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1) Quanto mais complicada se tornou a producao industrial, mais numerosos passaram a ser os elementos da
industria que exigiam garantia de fornecimento. Tres deles eram de importância fundamental: o trabalho, a
terra e o dinheiro. Numa sociedade comercial, esse fornecimento so poderia ser organizado de uma forma:
tornando-os disponiveis a compra. Agora eles tinham que ser organizados para a venda no mercado. Isso
estava de acordo com a exigência de um sistema de mercado. Sabemos que em um sistema como esse, os
lucros so podem ser assegurados se se garante a autorregulacao por meios de mercados competitivos
interdependentes.
POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa epoca. Rio de Janeiro: Campus, 2000 (adaptado).
2) De alcance nacional, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) representa a incorporacao a
vida politica de parcela importante da populacao, tradicionalmente excluida pela forca do latifundio.
Milhares de trabalhadores rurais se organizaram e pressionaram o governo em busca de terra para cultivar e
de financiamento de safras. Seus metodos – a invasao de terras publicas ou nao cultivadas – tangenciam a
ilegalidade, mas, tendo em vista a opressao secular de que foram vitimas e a extrema lentidão dos governos
em resolver o problema agrario, podem ser considerados legitimos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo carrinho/Rio de Janeiro: Civilizacao Brasileira, 2006 (adaptado).
Argumenta-se que as reivindicacoes apresentadas por movimentos sociais, como o descrito no texto, tem como
objetivo contribuir para o processo de:
a) inovacao institucional.
b) organizacao partidaria.
c) renovacao parlamentar.
d) estatizacao da propriedade.
e) democratizacao do sistema.
3) As mulheres quebradeiras de coco-babacu dos Estados do Maranhao, Piaui, Para e Tocantins, na sua grande
maioria, vivem numa situação de exclusao e subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o carater
de identidade coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e reconhecem sua
posicao e condicao desvalorizada pela logica da dominacao, se organizam em movimentos de resistencia e
de luta pela conquista da terra, pela libertação dos babacuais, pela autonomia do processo produtivo.
Passam a atribuir significados ao seu trabalho e as suas experiencias, tendo como principal referencia sua
condicao preexistente de acesso e uso dos recursos naturais.
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babacu, pela libertacao do coco preso e pela posse da terra.
In: Anais do VII Congresso Latino-Americano de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado)
a) constante violencia nos babacuais na confluencia de terras maranhenses, piauienses, paraenses e tocantinenses,
regiao com elevado indice de homicidios.
b) falta de identidade coletiva das trabalhadoras, migrantes das cidades e com pouco vinculo histórico com as areas
rurais do interior do Tocantins, Para, Maranhao e Piaui.
c) escassez de agua nas regioes de veredas, ambientes naturais dos babacus, causada pela construcao de acudes
particulares, impedindo o amplo acesso publico aos recursos hidricos.
d) progressiva devastacao das matas dos cocais, em funcao do avanco da sojicultura nos chapadoes do Meio-Norte
brasileiro.
e) dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros no acesso aos babacuais localizados no interior de suas
propriedades.
4) Texto I - Ao se emanciparem da tutela senhorial, muitos camponeses foram desligados legalmente da antiga
terra. Deveriam pagar, para adquirir propriedade ou arrendamento. Por nao possuirem recursos,
engrossaram
a camada cada vez maior de jornaleiros e trabalhadores volantes, outros, mesmo tendo propriedade sobre
um pequeno lote, suplementavam sua existencia com o assalariamento esporadico.
MACHADO, P. P. Política e colonização no Império. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999 (adaptado).
Os textos demonstram que, tanto na Europa do século XIX quanto no contexto latino-americano do seculo XXI, as
alteracoes tecnologicas vivenciadas no campo interferem na vida das populacoes locais, pois:
a) induzem os jovens ao estudo nas grandes cidades, causando o exodo rural, uma vez que formados, não retornam
a sua regiao de origem.
b) impulsionam as populacoes locais a buscar linhas de financiamento estatal com o objetivo de ampliar a agricultura
familiar, garantindo sua fixacao no campo.
c) ampliam o protagonismo do Estado, possibilitando a grupos economicos ruralistas produzir e impor politicas
agricolas, ampliando o controle que tinham dos mercados.
d) aumentam a producao e a produtividade de determinadas culturas em funcao da intensificacao da mecanizacao,
do uso de agrotoxicos e cultivo de plantas transgenicas.
e) desorganizam o modo tradicional de vida impelindo-as a busca por melhores condicoes no espaco urbano ou em
outros paises em situacoes muitas vezes precarias.
5) Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educacao das Relacoes
Etnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Procura-se oferecer uma
resposta, entre outras, na area da educacao, a demanda da populacao afrodescendente, no sentido de
politicas de acoes afirmativas. Propoe a divulgacao e a producao de conhecimentos, a formacao de atitudes,
posturas que eduquem cidadaos orgulhosos de seu pertencimento etnico-racial — descendentes de
africanos, povos indigenas, descendentes de europeus, de asiaticos — para interagirem na construcao de
uma nacao democratica, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educacao. Disponivel em: www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov. 2013.
A orientacao adotada por esse parecer fundamenta uma politica publica e associa o principio da inclusao social a:
6) A populacao negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensao social e frequentemente procurou faze-
lo por rotas originais, como o esporte, a musica e a danca. Esporte, sobretudo o futebol, musica, sobretudo o
samba, e danca, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros ate
recentemente. A libertacao dos escravos nao trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada
nas leis, mas negada na pratica. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilegios e arrogâncias de poucos
correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilizacao Brasileira, 2006 (adaptado).
Em relacao ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que esse(a):
7) Na regulação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos da
educação pública, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por
exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posição da
família e dos consórcios semelhantes ao matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação
das esferas pública e privada — em tudo isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de
uma cultura majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa de tais regras, implicitamente
repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de
direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da
maioria.
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias
contemporâneas, na medida em que se alcança:
a) a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condição da sua concentração
espacial, num tipo de independência nacional.
b) a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades étnicas,
confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura política nacional.
c) a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem
ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento.
d) a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se libertar das tradições de suas
origens em nome da harmonia da política nacional.
e) o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem política ou distintas convenções de
comportamento, para compor a arena política a ser compartilhada.
8) TEXTO I - Não é sem razão que o ser humano procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros
que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que
chamo de propriedade.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem, extensão e objetivo do governo civil. São
Paulo: Abril Cultural, 1978.
TEXTO II - Para que essas classes com interesses econômicos em conflitos não destruam a si mesmas e à
sociedade numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que, na aparência, esteja acima da sociedade,
que atenue o conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem.
ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociolo-gia. São Paulo: Paulus, 2005 – adaptado.
Os textos expressam duas visões sobre a forma como os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões apontam,
respectivamente, para as concepções:
a) Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade privada / Conflituosa, exemplificada pela luta de classes.
b) Heterogênea, favorável à propriedade privada / Consensual, sob o controle de classes com interesses comuns.
c) Igualitária, baseada na filantropia / Complementar, com objetivos comuns unindo classes antagônicas.
d) Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis que se complementam / Individualista, na qual as pessoas lutam
por seus interesses.
e) Libertária, em defesa da razão humana / Contraditória, na qual vigora o estado de natureza.
9) O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si
mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas da sua vida, dia após dia, a quem melhor
pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, isto
é, ao capitalista.
MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a implementação do sistema
capitalista, devido às mudanças tecno-sociais ligadas ao:
10) Ações de educação patrimonial são realizadas em diferentes contextos e localidades e têm mostrado
resultados surpreendentes ao trazer à tona a autoestima das comunidades. Em alguns casos, promovem o
desenvolvimento local e indicam soluções inovadoras de reconhecimento e salvaguarda do patrimônio
cultural para muitas populações.
PELEGRINI, S. C. A.: PINHEIRO, A. P. (Orgs.). Tempo, memória e patrimônio cultural. Piauí: Edupi. 2010.
A valorização dos bens mencionados encontra-se correlacionada a ações educativas que promovem a(s):
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