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Ciclos Emocionais Viciantes - Roberta Sara
Ciclos Emocionais Viciantes - Roberta Sara
Roberta Sara
Copyright © 2019 Roberta Sara
É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrônicos, xerocados, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por escrito,
da autora. Salvo em citações breves, com indicação da fonte.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos na Nova Versão Internacional (NVI), da
Sociedade Bíblica Internacional.
Impressão: Imprensa da Fé
______________________________________________________________
@robertasara.escritora robertasara.escritora
www.youtube.com/robertasara https://curso.mentoriasaradasparasarar.com.br
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Sumário
Agradecimentos
Introdução
Capitulo 1 - Definição de Ciclo Emocional Viciante Capitulo 2 - O Ciclo
da Rejeição e do Desprezo Capitulo 3 - O Ciclo da Inferioridade e
Vitimização Capitulo 4 - O Ciclo da Tristeza e da Angústia Capitulo 5 - O
Ciclo da Autossabotagem e Negação do Prazer Capitulo 6 - O Ciclo da
Crítica e da Negatividade Capitulo 7 - O Ciclo da Manipulação e do Medo
Capitulo 8 - O Ciclo da Mentira e da Falsidade Capitulo 9 - O Ciclo do
Perfeccionismo e da Obsessão Capitulo 10 - O Ciclo da Culpa e da
Vergonha Capitulo 11 - O Ciclo da Comparação e da Inveja Capitulo 12 - O
Ciclo da Compulsão Capitulo 13 - O Ciclo da Miséria e Humilhação
Capitulo 14 - O Ciclo da Impulsividade Capitulo 15 - Rompendo Todos os
Ciclos - Vida Equilibrada Bibliografia
Agradecimentos
Àquele que conhece e sabe todas as coisas. Àquele em quem a
sabedoria habita. Àquele que é o detentor de todo conhecimento e ciência.
Àquele que possui o maior coeficiente de inteligência que já existiu nessa
terra, tanto a inteligência intelectual, como a emocional. Outro, igual, não
há: JESUS CRISTO!
Àquele que me ensinou e continua ensinando todas as coisas: ESPÍRITO
SANTO!
Ao Grande “EU SOU’, que fez todas as coisas, e detém todo o poder,
mas que, eu prefiro chamar de Pai. Ele me formou e me concedeu a
habilidade de aprender sobre a Psicologia – outra grande paixão da minha
vida. Jamais conseguiria escrever sobre os assuntos que discorreremos
nesse livro se Ele não tivesse me capacitado a entender, vivenciar e ensinar
tantas pessoas.
Porque d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas! Sempre!
Ao meu esposo, companheiro nessa árdua jornada ministerial. Obrigada
por me liberar à realização dos meus sonhos. Você sempre me impulsiona a
arriscar mais, a enfrentar meus medos e desafios. Sem dúvida nenhuma,
para cumprir os propósitos que Deus havia designado para minha vida, eu
teria que ter esse homem ao meu lado: inteligente, criativo, ousado,
confiante, amoroso, colaborador, forte, persistente, entre outras inúmeras
qualidades. Se estou onde estou hoje, ele exerceu grande contribuição. Se
inúmeras pessoas foram alcançadas e têm acesso à conteúdos de ensino
através do Ministério Saradas para Sarar pelas redes sociais e internet, o
mérito é dele, que, insistentemente, me encoraja a sempre investir tempo
nisso e trabalha arduamente em processos de artes e edições, além de
administrar tudo isso. Palavras não são suficientes para definir minha
gratidão, mas as expresso dia a dia em nossa vida familiar e pública.
À minha querida e amada filha Amanda. Por ser quem você é, e por suas
características pessoais: educada, gentil, obediente, inteligente, excelente
bailarina e tão preciosa. Obrigada pela paciência em corrigir e diagramar os
livros que tenho escrito, com o objetivo de oferecer ensinamentos que
podem transformar vidas e gerações. Você faz parte disso! Que o Pai
Celestial a recompense por dedicar parte do seu tempo, dons, habilidades e
inteligência ao serviço no Reino de Deus.
À minha querida e amada filha Lavínia. Por ser quem você é, e por suas
características pessoais: alegre, feliz, animada, forte, inteligente, obediente:
mesmo argumentando, na maioria das vezes (risos), excelente artista –
canta, dança, atua – e tão preciosa. Que seus sonhos se realizem e que você
reflita a glória de Deus em tudo o que fizer.
Introdução
Permita-me contar a experiência de como nasceu esse livro. Em março
de 2019, fui à uma Conferência de Mulheres em Brasília – Modeladas –
realizada pela Comunidade das Nações. As experiências que vivi naquele
lugar foram incríveis e inesquecíveis – em tempo oportuno, contarei em
detalhes em algum livro que fale sobre rejeição. Foram quatro dias de
inúmeras palestras e ministrações sensacionais. Houveram duas que estão
ligadas à construção desse livro, que preciso compartilhar.
A primeira palestra foi do Paulo Vieira, escritor e conferencista
internacional; Ph.D. em coaching pela Florida Christian University (FCU);
criador da revolucionária metodologia do Coaching Integral Sistêmico
(CIS®); fundador da FEBRACIS, além de um dos mais conceituados
coaches do Brasil.
Ele abordou em sua palestra algo relacionado a vícios emocionais,
esclarecendo que todos somos viciados em algum sentimento ou
circunstâncias que nos fazem mal. Ainda discorreu que, todo vício vem de
um estado de não-perdão. Embora a palestra tenha sido incrível, naquele
momento não consegui identificar meu maior vício. Mas a informação ficou
registrada em meu cérebro -algo que semanas depois faria sentido.
Entre tantas outras incríveis palestras e ministrações que ocorreram
durante os quatro dias do evento, uma outra teve um grande destaque e
impacto em minha vida. Ana Paula Valadão Bessa: cantora; compositora;
escritora; pastora; conferencista internacional; líder e fundadora do
Ministério de Louvor Diante do Trono - uma das mais conhecidas e
renomadas bandas de música cristã contemporânea do Brasil e do mundo;
fez uma das últimas ministrações no último dia da Conferência.
Ela abordou sobre as construções neurais que nosso cérebro realiza
quando ainda estamos no ventre de nossa mãe e, que, inclusive, recebemos
algumas células de experiências traumáticas através do DNA de nossa mãe.
Resumindo: nossos comportamentos e sentimentos são, muitas vezes,
guiados pelas memórias que contêm nessas células. Uau! Eu estava
impactada com aquelas informações que casavam com a palestra do Paulo
Vieira.
Saindo do auditório onde o evento ocorria, havia uma livraria. Senti a
extrema necessidade de comprar o livro da Dr.Caroline Leaf, neurocientista
cognitiva, com o título de “Ative seu cérebro”. Indico a leitura.
De volta para casa, retomando minha vida cotidiana e, para minha
surpresa, o mesmo assunto começou a ser ensinado em uma disciplina no
curso de Psicologia, que sou aluna, abordando o tema de “neurobiologia das
emoções”, ligadas à neurociência. Percebi um ‘complô’ de Deus com o
objetivo de abrir meus olhos a cada dia, para que eu entendesse mais sobre
o assunto.
Então, semanas depois, vivi uma experiência – relatada no capítulo 2
desse livro – onde tudo fez sentido; e um texto com o título de “Quebre os
Vícios” nasceu dessa experiência, onde compartilhei nas redes sociais. A
repercussão foi tanta, que estendi para uma série de lives semanais que
durou três meses. Procurei abordar como nasce cada ciclo emocional e o
caminho para ser livre desses vícios: rejeição, abandono, culpa, tristeza,
medo, mentira, crítica, comparação, compulsão, impulsividade,
manipulação e miséria. Deus nos presenteou com muitos ensinamentos. Foi
incrível! A cada episódio da série, muitas pessoas entravam em contato
comigo pelo direct compartilhando o quanto tiveram sua mente aberta e que
estavam dispostas a colocar em prática o ensino apresentado, mas que
desejam ter mais conhecimento sobre esse assunto. Foi então que nasceu a
ideia deste livro.
Fazendo uma pesquisa sobre o assunto, acrescido das informações que
eu já tinha da palestra do Paulo Vieira, da ministrações da Pra. Ana Paula,
do livro da Dr. Caroline Leaf, além das aulas na faculdade e alguns vídeos
que assisti no YouTube – descrito na bibliografia desse livro – tive também
acesso à leitura do e-book número 3 da série “Inteligência Emocional”, com
o título de “Vícios Emocionais”, do autor Paulo Vieira, onde,
brilhantemente, ele discorre, de forma bem objetiva, como nasce o vício. É
dele a citação: “Todos os estímulos que são vistos, ouvidos e sentidos
durante a fase inicial da sua vida provavelmente serão reproduzidos ao
longo da sua adolescência ou da fase adulta.” Você pode obter informações
de como ter acesso ao e-book, através do site https://www.febracis.com.br
Motivada a compartilhar tantas informações que estavam mudando
minha forma de pensar, e impulsionada pelo Espírito Santo a compartilhar
minhas experiências pessoais, além do pedido da audiência das minhas
lives , comecei a produzir esse livro. Desde minha concepção, sempre vivi
experiências de desprezo, rejeição e de ser ignorada. Esse é o início da
minha história. Minha mãe engravidou de mim aos dezesseis anos de idade,
após ter sido vítima de um ato de violência sexual do meu pai biológico,
que, imediatamente, a desprezou e descartou, após o ato. Quando meu pai
biológico soube que minha mãe estava grávida, deu dinheiro para ela me
abortar. Como minha mãe era uma adolescente órfã, não tinha outra opção.
Tentou o aborto, mas não ‘deu certo’, pois Deus tinha um plano final muito
melhor que o começo para mim.
Diante da incapacidade de me oferecer um lar naquele momento, minha
mãe orquestrou uma história para que outro homem acreditasse que era meu
pai. Embora, ele tivesse me registrado, não pôde ser presente em minha
vida, devido à dúvida em relação a paternidade. Experimentei, mais uma
vez, a dor da rejeição e do desprezo. Sem alternativa, minha mãe pediu que
a mãe desse homem, que me registrou, me acolhesse por um tempo em sua
casa, no qual durou cinco anos. A mensagem que meu cérebro recebeu e as
sensações que experimentei em minhas conexões neurais foram de desprezo
e abandono. “Por que minha mãe me abandonou? Será que tenho algum
defeito e por isso ela não me quis? Será que não sou boa o suficiente?”
Pensamentos como esses, são comuns em crianças que passam pelo
abandono, desprezo e rejeição.
Sem que eu percebesse, inconscientemente, reviver esses sentimentos se
tornou um ciclo emocional viciante em minha vida. Desde muito pequena,
eu sempre procurei me relacionar com pessoas que, de uma forma ou de
outra, me desprezavam ou rejeitavam. Na infância, algumas colegas e
primas adoravam me fazer de ‘boba’. Lembro de cenas onde eu implorava,
ajoelhada, para uma delas não virar ‘a cara’ para mim. E ela amava fazer
isso. Na adolescência, eu sempre gostava dos meninos que não gostavam de
mim e que me desprezavam. Facilmente, eu virava ‘brinquedo’ das pessoas,
que, com ameaças de me rejeitarem (já rejeitando), se divertiam ao me
manipular. Era muito sofrido.
Inconscientemente, sempre estamos buscando reviver as mesmas
sensações – sejam boas ou ruins – que mais experimentamos em nossa vida.
O impacto da situação experimentada aciona os registros em nossa memória
de experiências que despertaram o mesmo sentimento.
De uma forma muito simples, o que ocorre é que, nossa química cerebral
precisa se alimentar desses sentimentos, pois foi construída assim desde sua
formação. Quando entendemos isso, a quebra do ciclo viciante se torna
mais clara.
Minha proposta, através desse livro, é tentar compartilhar, da forma mais
simples possível, alguns conceitos a respeito deste tema. No primeiro
capítulo, você encontrará a definição de ciclos emocionais viciantes e, nos
capítulos seguintes, abordarei sobre os principais ciclos, levando sempre
informações práticas para rompê-los.
Te asseguro que será uma leitura esclarecedora e transformadora!
Com Carinho,
Roberta Sara.
Capitulo 1
Portanto, meu conselho para você romper com esse ciclo é ‘sacuda a
rejeição das suas conexões neurais’ . De forma prática, essa ação inicia
através da identificação. Se você identificou que também possui esse vício,
sugiro que pegue um papel e uma caneta e anote o nome de todas as
pessoas, ou situações, que SEMPRE (todas as vezes que você está ou fala
com essa pessoa) te fazem sentir-se desprezada, rejeitada ou ignorada.
Agora que você conseguiu identificar, faça um favor para si mesma:
PARE DE PROCURAR ESSA PESSOA ou PARE DE PROVOCAR ESSA
SITUAÇÃO!! E quantas outras mais pessoas encontrar em sua caminhada,
que te causem as mesmas coisas, não vá atrás delas.
Por favor, entenda minha colocação aqui. Talvez, em vídeo, eu
conseguisse me expressar melhor. Não estou falando para você tratar a
pessoa mal, se, porventura, encontrar com ela um dia, ou não falar com ela
e ignorar. Não! Na verdade, dentro dessa abordagem que lhes trouxe,
normalmente essas pessoas nem nos procuram, somos nós que causamos
essa situação, como no caso dessa pessoa que lhes descrevi a respeito da
minha história, ela nunca me procurava, era eu que sempre ia ‘atrás’ dela.
Talvez a pessoa que você precisa parar de procurar seja uma pessoa que,
em algum período da vida, vocês até foram amigas, mas houve a quebra do
relacionamento. Talvez seja um ex-namorado ou ex-marido. Você pediu que
Deus te ajudasse nessa situação. Deus te afastou dessa pessoa, curou as
feridas que essa relação causou, passou um tempo, você esqueceu, e o que
você fez?
Procurou a pessoa de novo! E o que aconteceu? Você se sentiu
desprezada novamente. É a mesma história de arrancar a casca da ferida,
quando aquela região ainda não foi cicatrizada.
Para formar uma cicatriz, leva muito tempo. Se toda vez que essa casca
quase estiver pronta para cair de forma NATURAL, você for lá e
ARRANCAR, terá que VOLTAR ao PROCESSO novamente.
Ah...e não se esqueça: Não tem a ver com o outro. Às vezes, a pessoa
nem imagina que causa, ou que causou isso em você. É apenas o seu
cérebro buscando uma forma de alimentar os vícios que nasceram das
inúmeras experiências de desprezo e rejeição que você viveu desde sua
concepção. Sua tarefa é apenas QUEBRAR O VÍCIO, assim como quebrei
o meu.
E no final das contas, agradeço a Deus por essa pessoa e pelas dolorosas
experiências que vivenciei, pois, sem elas, eu não teria sido livre, e você
não estaria lendo este livro. Porque sempre, no final, todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, e que são chamados
segundo o seu propósito (Rom 8:28).
Capitulo 3
O Ciclo da Inferioridade e Vitimização Esse ciclo é
‘filho’ do ciclo que falamos anteriormente. Ele caminha de mãos dadas com
a insegurança. Experiências de rejeição, nos fazem sentir inferiores às
pessoas a nossa volta.
Pessoas que vivem repetindo esse ciclo buscam sempre se sentir inferior,
não importando onde ou com quem estejam. É aquela sensação de ‘não
pertencimento’ à ambiente nenhum.
Não sei se você se sente assim, mas eu já me senti muito. Não importa
onde ou com quem estivesse, eu sempre dava um jeito de me sentir mal
comigo mesma. O sentimento de vergonha é um grande aliado desse ciclo.
Estar em ambientes públicos era terrível para mim, pois eu sempre me
sentia constrangida. Se ganhava algum presente, me sentia mal e
envergonhada. Se alguém elogiava meu trabalho, me sentia muito
constrangida. É uma sensação de ‘não merecimento’, por mais que você
mereça.
A bíblia relata em Lucas 13, a história de uma mulher que vivia
encurvada há dezoito anos.
Permita-me usar como base a história dessa mulher, e fazer uma relação
entre a enfermidade física ligada à raiz emocional (já foi comprovado que
muitas doenças como bursite, tendinite, desvios na coluna, tem sua origem
no emocional – as doenças psicossomáticas). Esse ‘espírito impuro’, que a
bíblia relata, pode ser aplicado no contexto da vitimização e inferioridade,
como pensamentos autodestrutivos. A bíblia não diz como ela ficou assim.
Mas será que ela não foi se encurvando aos poucos, devido à tantos
traumas, perdas, faltas, dores, humilhações?
Quantas de nós provocamos nosso próprio encurvamento, com
pensamentos contra nós, como: “Não posso, não sou capaz, não consigo,
sou burra, por que eu nasci? Sou desprezível, ninguém me ama, tudo o que
faço não dá certo” , e por aí vai... Quantas de nós abrimos, excessivamente,
mão de nós mesmas, nos perdemos da nossa originalidade, fazemos
inúmeras concessões em prol do outro, e acabamos encurvadas? Quantas de
nós se autossabota o tempo todo, achando que não somos merecedores nem
de comprar uma ‘calcinha’ ou um iogurte que seja importante, até mesmo,
para o funcionamento do seu intestino, por exemplo? Quantas vezes
continuamos frequentando ambientes que nos fazem sentir inferiores?
Quantas vezes insistimos em nos relacionar com pessoas que sempre nos
colocam para baixo? Quantas vezes nos vestimos desleixadamente e
andamos encurvadas só para não chamar a atenção? Quantas vezes
continuamos em relacionamentos abusivos, porque achamos que é
exatamente isso (sermos maltratadas) que merecemos? Quantas vezes nos
isolamos de todo mundo, porque não queremos ‘atrapalhar’? Quantas vezes
não nos sentimos boas o suficiente? Quantas vezes desistimos dos nossos
projetos pessoais porque algumas pessoas competiram conosco, ou querem
tomar nosso lugar, por exemplo? Quando você abre mão do seu sonho, ou
dá o seu lugar para outra pessoa, você está dizendo, para si mesma, que o
outro é mais importante que você . Quantas vezes nos comparamos,
sempre nos colocando como inferiores, seja em beleza, dons, habilidades,
recursos financeiros, vida familiar, sucesso profissional e pessoal...?
Imagine que você está em uma festa e percebe que a anfitriã tira foto
com as amigas (que também são suas), ou primas e cunhadas dela, e não
chama você em nenhum momento para tirar uma foto também? Como você
se sente diante dessa cena? Como a excluída, a coitadinha, que ninguém
ama? Eu me sentia assim, diante de situações exatamente como essa.
Quando temos esse vício, nosso cérebro insiste em procurar cenas e
situações para se vitimizar. Em poucos segundos, você já está pensando em
tudo o que fez para essa anfitriã, o quanto a ajudou, ou o quanto foi boba
em muitos momentos, e não vê a hora da festa acabar para ir embora para
casa, chorar até não ter mais lágrimas.
Você se sente ofendida quando as pessoas não te convidam para festas
ou eventos? Você fica ofendida quando algumas pessoas não curtem ou
comentam sua foto nas redes sociais? Ou quando elas marcam todas as
pessoas da foto, menos você? Sentir-se ofendida, diante dessas situações, te
levará para um caminho, onde seu pensamento será direcionado a pensar
que não tem valor, ou seja, que você é inferior a todos a sua volta.
Você já chegou ao cúmulo de se imaginar com uma doença grave – um
câncer, por exemplo – só para ver quem se importa com você? Eu já! Sem
saber, reforçando esses pensamentos, eu estava alimentando meu vício de
vitimização. Sempre que eu e meu esposo discutíamos, eu chorava até não
ter mais lágrimas, revivendo e distorcendo as palavras dele. E ainda sentia
‘prazer’ em ir em frente ao espelho, e olhar aqueles olhos e ‘cara’ inchados,
e eu mesma morrer de pena de mim! Isso é autocomiseração.
Você já passou e repassou diversos pensamentos em sua mente, como:
“Trabalho tanto e não tenho direito a nada” ... ou: “Me mato de limpar
essa casa e ninguém me ajuda, pelo contrário, pensam que sou escrava!, ou
ainda: “Estou tão triste, e quando mais preciso, aquela amiga nem se
importa comigo, nem me manda um WhatsApp para saber como eu
estou...” Eu também já alimentei esses e outros tantos pensamentos tóxicos
por anos e o que ocorria é que, eu ficava com raiva do meu esposo, por ele
não me ajudar; das minhas amigas, por não demonstrarem interesse por
meu problema, e, assim, alimentava pensamentos de que ninguém se
importava comigo. Coitadinha de mim!
Todas nós temos nossa lista de pedidos a Deus, que vão desde coisas
essenciais e primordiais até coisas não tão necessárias. Quero que saiba que
Deus se importa com tudo o que é importante para você. Mas como não
sabemos o que é bom para nós, ou qual caminho devemos percorrer para
alcançar nossos sonhos, Ele vai eliminando pessoas ou fechando portas que
seriam ciladas para nós. Por isso, é tão importante confiarmos em Deus e
termos a atitude correta enquanto estamos esperando algo. Falo muito sobre
esse assunto no meu livro: “Tempo de Crescimento”
Vou te sugerir um exercício: Faça sua lista de pedidos e comece a orar
por ela, não apenas pedindo, mas agradecendo como se já tivesse recebido.
Esse princípio está na Palavra de Deus.
Comece a declarar a Palavra de Deus sobre sua vida e fale para você
mesma que o senhor te escolheu, te formou, te planejou e te capacitou para
a realização de grandes feitos e que, com a ajuda de Cristo, você será tudo o
que Deus deseja que você seja! Que tal FALAR BEM DE VOCÊ PARA
VOCÊ MESMA?
A CRÍTICA GENERALIZADA – Esse ciclo é mantido por pessoas
que criticam absolutamente tudo e todos. Exemplos clássicos de pessoas
que estão presas à esse ciclo são aquelas que reparam nas roupas e
comportamentos de todo mundo, e sempre tem algum ‘palpite ou pitaco’
para dar, mesmo que ela não conheça a pessoa. São pessoas que criticam
artistas de televisão, revistas ou redes sociais, sem conhecer a vida e
história da pessoa. São pessoas que julgam duramente indivíduos que estão
crescendo na vida pessoal, financeira ou ministerial; sempre achando que a
pessoa fez algo de errado para estar onde está, ou porque ‘teve sorte’ na
vida. Ela nunca se deu ao trabalho de estudar a trajetória da pessoa, ou falar
com as pessoas que mais a conhecem (cônjuge, pais e filhos), mas faz
questão de apontar suas críticas e seus ‘achismos’. Pessoas que veem
pessoas próximas à ela crescerem e, ao invés de se alegrarem com o sucesso
da amiga, da prima ou irmã em Cristo, julgam que essa pessoa não é mais
simples e humilde como antes; e quando outras pessoas perguntam da
amiga para ela, faz questão de tecer seus maldosos comentários: “Hum,
fulana? Ela não é mais a mesma! A promoção/cargo ou ministério que ela
recebeu subiu para a cabeça”
Outros exemplos clássicos de pessoas que se encaixam nesse perfil são
aquelas que sempre saem falando mal dos eventos, reuniões e festas que
participam. Ela sempre tem um comentário negativo a fazer, seja sobre a
comida/bebida que foi servida, sobre a decoração, lembrancinhas, ou sobre
a noiva, sobre os pais da noiva ou do noivo, ou dos pais da(o)
aniversariante, ou do anfitrião da festa, ou da célula, ou do
congresso/chá/culto de mulheres... enfim, ela sempre tem uma ideia melhor.
Algumas, inclusive, mais ‘atrevidas’, chegam até a pessoa e fazem suas
críticas e observações deselegantemente. Sabe aqueles eventos de final de
ano ou churrascos que ocorrem na sua família e parentela? Sabe aquela
sobremesa, maionese, farofa, carne ou prato especial que você fez com
tanto carinho e gastou horas para ele ficar pronto, e quando você chega
nesse ambiente, tem sempre uma tia ‘chata’ para dar um palpite e criticar a
forma como você fez, ou quer te ‘ensinar’ uma receita melhor? Sabe aquela
mãe, tia, avó ou sogra que sempre palpita na roupa que você colocou em
seus filhos, ou na forma que você os educa? Então, essas pessoas são
viciadas em críticas. Mas não quero que você pense nessas pessoas e
comece a condená-las. Entenda que ninguém é ruim de graça. Esse
comportamento, como você tem visto através desse livro, surge, na maioria
das vezes, de experiências muito negativas. Que tal, por um minuto, parar
de associar esse comportamento a pessoas à nossa volta, e refletir se não
somos nós mesmas que agimos assim! Às vezes, criticamos nossos pais,
filhos, esposo, irmãos, primas, parentes, amigas, vizinhos, patrões, líderes,
pastores, e nem nos damos conta do quanto esse vício é extremamente
danoso, pois vai contra o que Jesus nos ensina:
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma
forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também
será usada para medir vocês. “Por que você repara no cisco que está no
olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio
olho?” - Mateus 7:1-3
Minha sugestão para você é: “Pare de falar mal do seu esposo, filhos,
emprego, familiares e finanças; em vez disso, declare em voz alta, como se
estivesse profetizando, chamando à existência o que ainda não existe,
expressando a forma como você gostaria que seu esposo ou essa situação
estivesse”. Exemplo: Se seu esposo tem dificuldade com organização
financeira, você pode declarar: “Meu esposo é um excelente administrador
financeiro e tudo o que Deus coloca em suas mãos prospera”, ou: “Meu
filho é temente a Deus e obediente, e será abençoado nessa terra”.
A CRÍTICA INGRATA E NEGATIVA – Pessoas que são viciadas
nesse tipo de crítica só reclamam da vida, e não criticam apenas com o
falar, mas estão sempre lançando olhares de censura, bufando pelos cantos
ou balançando a cabeça em sinal de reprovação. Reclamam se está calor, se
está frio, se está chovendo, se está sol, se está ventando, se está muito
abafado... Reclamam da vida, da saúde, do emprego, ou da falta dele, do
baixo salário... Reclamam da falta de dinheiro, da casa que moram, dos
vizinhos, do bairro, da cidade, do país, do governo, que nada vai melhorar...
Reclamam que nunca tiveram oportunidade, que ‘são pobres’, que não tem
direito de sonhar, que sua vida nunca vai mudar, que nunca vai poder
comprar uma casa ou carro... Reclamam quando alguém pede que ela faça
algo, seja no trabalho, seja ajudar nas tarefas domésticas, ou ir ao
supermercado, ou pagar contas. Reclamam se não são bem atendidos em
algum estabelecimento, reclamam se o caminhão que coleta os lixos passou
fora do horário, reclamam se o vizinho deixou lixo na sua calçada,
reclamam se algum produto não foi entregue no prazo, se a fila do
supermercado, açougue, padaria ou banco está muito grande, se tem que ir
ao médico, se tem que praticar atividades físicas, se tem que cuidar melhor
da alimentação e saúde, se tem que ir à igreja, se ‘tem que’ orar ou ler a
bíblia... Esse ciclo também vai contra os ensinos que a bíblia nos apresenta.
Diversas passagens nos ensinam sobre o poder da GRATIDÃO. Quero
compartilhar apenas uma:
“Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de
Deus para vocês em Cristo Jesus.” - 1 Tessalonicenses 5:18
“Não fale algo sobre alguém que não esteja presente numa conversa,
que você não falaria se ela estivesse presente .”
Esse é o melhor filtro que eu conheço para identificar se o que o seu Ego
está querendo dizer é pecado ou não. Uma dica que pode parecer infantil e
boba, mas acredito que pode te ajudar a perceber se você pode falar sobre
determinado assunto ou não, é imaginar que se a pessoa envolvida na
situação estivesse escondida em algum lugar te ouvindo, ou se seu celular
ficou ligado e ela ouviu sua conversa, ou se ‘sem querer’ você enviou o
áudio do whatsApp enganado para a pessoa envolvida ao invés de enviar
para sua amiga ‘confidente’; e se perguntar o que isso geraria em você. Se
seus batimentos aceleraram, e você ficar em pânico só de pensar que ela
poderia ter escutado, e ficar com raiva de você, ou até desfazer a amizade,
então, é um sinal claro de que você não deve falar sobre esse assunto.
Outra ação muito comum relacionada a esse ciclo é querer,
desesperadamente, contar a alguém quando você é ferida por alguém. Eu
sei, quando alguém nos decepciona, ficamos chateadas, iradas, magoadas e
nosso Ego grita por acolhimento, amparo ou por empatia (alguém que nos
entenda, compreenda e de preferência, que fique do nosso lado da história).
Mas, quanto mais contarmos indignadas o que as pessoas fizeram conosco,
mais contribuiremos para a liberação de toxinas em nosso cérebro, ativando
sentimentos negativos (ira, raiva, ódio, vingança) que farão mal para nosso
corpo como um todo. Esse comportamento negativo é muito comum no
histórico de pacientes acometidos de câncer. Então o que fazer em situações
como essa, já que nossa alma grita por socorro?
1º - Aprenda a falar primeiramente para Deus. Fale com ele sobre seus
verdadeiros sentimentos – expresse a dor, a raiva, ira, ódio, mágoa – conte
sua versão, da forma como você está vendo a situação. Deus é o único
capaz de te ouvir sem julgar, o único capaz de te compreender, e o único
que tem o poder de tirar os seus sentimentos negativos. Nosso erro fatal é
correr primeiro para as pessoas, pois elas muitas vezes poderão nos
aconselhar erroneamente, ou ‘comprar’ nossa dor e ficar com raiva da outra
pessoa também – nesse caso, estaremos contaminando o outro com nossa
percepção da história, que ainda não está totalmente resolvida – ou ainda,
algumas pessoas podem nem se importar com o que estamos falando, ou
pior, a grande maioria sai contando para outras pessoas em comum sua dor,
acrescentando alguns elementos à história.
2º - Libere perdão para essa pessoa quantas vezes for necessário, até que
seus sentimentos acompanhem sua decisão de perdoar. Se for muita coisa,
anote no seu ‘caderno de feridas’ (ensino sobre ele no livro “Tempo de
Crescimento”), e depois rasgue ou jogue fora toda essa dor expressa através
da sua escrita. Se tiver uma, apenas uma, amiga de confiança, e se sentir da
parte de Deus que você pode compartilhar com ela sua dor, compartilhe.
Mas peça para ela orar com você para que seu coração seja curado, ao invés
dela ficar ‘instigando’ seus sentimentos negativos.
3º - Ore pedindo sabedoria a Deus de como você deve agir com essa
pessoa quando a encontrar. Se deve conversar com ela e expor como você
se sentiu diante das ações dela. Peça direcionamento a Deus de quando e
como falar. No momento da conversa, nunca chegue acusando a pessoa de
ter te feito mal. Fale como você se sentiu, que foi sua interpretação em
relação a ação dela, e permita que ela coloque o ponto de vista dela, ou se
justifique. Nem sempre a forma como interpretamos a situação está correta,
já que lemos as pessoas e as circunstâncias através da nossa ótica, das
experiências vividas. Esteja aberta para novas percepções. Você não é a
dona da razão. Mas se, porventura, a pessoa realmente agiu com más
intenções, e ainda assim, ela não reconhecer que errou ou pedir perdão; não
fique chateada, devolva tudo o que você viveu com ela para Deus, e siga
sua vida sem falar mal dela para ninguém! Deus julgará a sua ação e a dela
também, por isso, cuide da sua parte, e deixe que cada um preste conta a
Deus das suas ações.
Aproveite para se consertar com Deus. Faça uma lista das críticas que
você fez as pessoas e apresente-a diante de Deus, confessando seu pecado e
pedindo perdão. Se você lançou palavras de maldição para alguma pessoa,
cancele-as, em nome de Jesus e coloque todas na Cruz de Cristo. Depois,
rasgue essa folha e, de agora em diante, mude suas falas em relação ao
outro! Se o Espírito Santo incomodar seu coração, também peça perdão e
verbalize o cancelamento dessas sentenças às pessoas que você expressou
essas falas negativas – normalmente, fazemos isso com nosso filhos e
cônjuge.
QUANDO O OUTRO TE CRITICA – E por fim, encerro esse
capítulo expondo mais um ciclo ligado à crítica. Há pessoas que foram
muito criticadas em sua infância, e precisam sentir as mesmas sensações,
mesmo sendo negativas. Elas normalmente, e inconscientemente, buscam se
relacionar com pessoas que irão reproduzir os mesmos comportamentos de
seus pais. Ser criticado dói, machuca, sangra a alma; principalmente quando
a crítica está fundamentada em uma inverdade. Quando você receber uma
crítica dolorosa, a grande pergunta que deve fazer é: “Por que doeu tanto
essa crítica?” Na maioria das vezes, não é a crítica da amiga, da irmã da
igreja, da líder ou do patrão que dói, mas sim, a verdadeira raiz da crítica
que pode estar nas experiencias que você viveu com sua mãe, irmã de
sangue, irmão ou com o pai. Outra pergunta importante que você deve fazer
a si mesma é: “Por que estou querendo provar para essa pessoa que o que
ela está pensando a meu respeito está errado?” Será que falta aprovação na
sua vida?
Sempre que eu recebia uma crítica fosse do meu esposo, fosse de
qualquer pessoa, meu Ego ferido interpretava como uma rejeição.
Inconscientemente, eu pensava que se a pessoa não concordava comigo,
então ela também não me aprovava, não me aceitava e não me amava.
Demorou muito tempo para eu entender que na verdade ela apenas não
concordava comigo , e tudo bem, pois somos pessoas diferentes! Isso
ocorria porque EU NÃO ME ACEITAVA E NEM ME AMAVA. Meu
subconsciente entendia que, para amar alguém, seria necessário concordar
com todo pensamento, fala ou ação dessa pessoa. Enquanto eu permitia que
o que as pessoas pensassem a meu respeito me definisse, eu ainda estava
presa à opinião e aprovação delas. E foi através de uma dolorosa, mas
libertadora experiência com uma ‘amiga’ que fui liberta! Como nos
relacionamos conosco mesmas define como nos relacionamos com o
próximo e como interpretamos as ações dele. Aprendi que alguém só
compete conosco se nós também estamos competindo com ele. Então,
minha dica de ouro é: trate o outro como você gostaria de ser tratado, mas
não espere que ele faça o mesmo por você! Isso evitará muitas decepções.
Uma outra dica legal é você aprender a identificar qual é o seu conteúdo
e qual é o conteúdo do outro. Assim como interpretamos o outro baseado
em nossas experiências, o outro também nos interpreta baseado nas
experiências dele. Se alguém tem te acusado de algo, ou feito alguma crítica
maldosa, separe os conteúdos de cada um. Busque, com humildade diante
de Deus, identificar na crítica, o que deve ser aproveitado e melhorado em
você – porque sempre há algo para aproveitar – mas não receba o material
do outro. Peça para o Espírito Santo de Deus limpar seu coração, e não
permita criar uma ferida. Entenda que, possivelmente, essa pessoa ainda
não saiba separar o conteúdo dela do seu também. Às vezes, a leitura que
ela está fazendo de você, na verdade, é a leitura dela mesma, ou ela pode
estar usando o óculos de outra pessoa, e sendo influenciada por alguém que
não teve uma boa experiência com você.
E por fim, entenda que o que o outro pensa ou fala a seu respeito não
deve ser mais importante do que o que Deus fala a seu respeito .
Quando sabemos quem somos, e vivemos aos pés do Senhor, em
obediência, podemos dormir tranquilos, porque mesmo que inimigos se
levantem contra nós, estamos cumprindo o propósito para o qual fomos
designadas!
Quem decide quem é, e qual é o seu valor, é você, não os outros!
Eu não poderia encerrar esse capítulo sem sugerir à você algo que
mudou totalmente o meu falar – compartilho essa experiência no livro
“Desconstruindo o meu Eu” – Faça um JEJUM de todo tipo de
CRÍTICAS por, no mínimo, 40 dias! É necessário um período de 2/3 meses
com novos comportamentos para quebrar o ciclo vicioso. Quando você
muda o que você fala, você muda o que sente e como se comporta.
Capitulo 7
O Ciclo da Manipulação e do Medo Manipular e ser
manipulado são ações que estão intrinsicamente ligadas. Todo manipulador
precisará, necessariamente, de um manipulado para se alimentar. Tanto o
manipulador está preso ao ciclo emocional de manipular as pessoas, como
os manipuláveis estão presos ao ciclo emocional viciante de serem
manipulados. É como se um dependesse do outro, por isso, é muito comum
eles se atraírem. Quem é viciado em ser manipulado, inconscientemente,
sempre buscará relações – sejam amorosas ou interpessoais – com
manipuladores, e o mesmo ocorrerá com o manipulador, que sempre estará
em busca de pessoas vulneráveis e permissivas demais.
As possibilidades dos motivos do surgimento desses ciclos são
inúmeras: pessoas que foram abusadas sexualmente, verbalmente ou
fisicamente. Pessoas que tiveram pais manipuladores. Pessoas que foram
rejeitadas e temem serem rejeitadas novamente, por isso, se submetem a
tudo o que lhe é imposto. Pessoas que foram altamente criticadas por toda
infância e adolescência e sempre temem a opinião dos outros. Pessoas que
conviveram com pessoas que sempre faziam chantagem emocional. Pessoas
que sempre colocam a culpa nas pessoas à sua volta. Pessoas que sempre se
colocavam em situações de vítima para todos terem ‘pena’ dela. Pessoas
que sempre cobravam demais dos outros a sua volta. Pessoas que sempre
estavam bravas, insatisfeitas com as ações das pessoas à sua volta.
A manipulação, normalmente ocorre em relações mais próximas. É
muito comum sermos manipulados por pessoas de fora – no trabalho,
faculdade, cursos, igrejas – e, em contrapartida, manipularmos nosso
cônjuge, pais ou filhos.
Normalmente, o perfil dos que vivem presos ao ciclo vicioso de serem
manipulados, possuem algumas características, como: baixa autoestima;
ingenuidade extrema; medo de ser abandonada ou rejeitada; medo de dizer
“não”; medo da opinião do outro; medo de entrarem em conflitos;
necessidade exagerada de aprovação; estar sempre disponível; tendência à
assumir responsabilidades e culpas que não são suas; entre outras.
Já o perfil dos viciados em manipularem as pessoas, podem incluir: a
famosa ‘boazinha demais’ – que faz tudo por todo mundo, que está sempre
‘disposta a ajudar’, que é sempre tão ‘legal’ com as pessoas, que sempre
compra um mimo para seu alvo, ou enche-a de presentes, ou bajulam
excessivamente, são sempre ‘tão amigas’, tão presentes, tão próximas;
causando sempre a sensação de que as pessoas ‘devem’ algo à ela, e que por
isso, nunca poderão dizer “não” – outra característica desse perfil são
pessoas especialistas em distorcer os fatos e mudar a situação a seu favor,
para que o outro se sinta responsável e culpado. Os viciados em manipular
também sufocam os outros com suas exigências. Há o perfil daqueles que
são ‘problemáticos’ e que buscam ajuda em alguém que possa ser seu alvo
– mas, por mais atenção que essa pessoa der a ela, nunca será suficiente. Os
manipuladores sempre exigirão presença e atenção constante. Há os que
sempre se fazem de ‘coitadinhos’ e de vítimas, em busca de seu alvo lhe
oferecer cuidado e atenção. Há os que estão sempre ‘jogando na cara do
outro’ o que fez por ele, para tentar obter o controle da situação e sair como
a vítima e a boazinha da história.
Falas como: “Faço tudo por você, sempre estive ao seu lado, te apoio
em tudo o que você faz, abri mão da minha vida por você, deixei de fazer
coisas por sua causa...” Há os que provoquem problemas e doenças só para
manter as pessoas perto delas. Falas como: “Você vai me deixar sozinha
para sair com seus amigos ou para ir na casa da sua mãe? Estou doente,
não posso ficar sozinha. Estou ‘morrendo’ e ninguém está nem aí para
mim...” Pessoas que projetam os traumas do passado no manipulado.
Exemplos de falas: “Fui traída(o) uma vez e não quero ser de novo!” ou
“ Já passei por isso uma vez e não quero passar de novo com você” –
sempre impondo medo e pressão emocional no outro – Há aqueles que cometem
erros, magoam o parceiro ou a amiga, ou praticam traições, e quando o
manipula do descobre, e enfim toma coragem de confrontar o manipulador,
esse reage fazendo infinitas promessas de amor, mas nunca as cumpre.
Manipulam através da sedução, do olhar, da paixão, de palavras ‘doces’,
oferecendo coisas que sabe como manter ‘sua presa’ ao seu lado. Há os que
se mostram sempre ‘fracos’ e dizem nunca conseguirem realizar nada
sozinhos, na espera de que seu alvo esteja sempre disposto a ajudá-lo a
realizar suas tarefas e enfrentamentos. Falas como: “Você não vai me deixar
sozinha nessa, né? Eu não sei fazer isso sem você. Eu não consigo
melhorar sozinha. Você vai me abandonar na hora em que eu mais preciso
de você? Mas, eu ainda não estou pronta para caminhar sozinha. Eu
preciso de ajuda para orar, para ler a bíblia, para ser ‘curada’...” Pessoas
que são totalmente dependentes emocionalmente de outras. Outros vivem
fazendo chantagem emocional. Há, também, o perfil de alguns líderes
religiosos que impõem medo em seus liderados, com falas de que ele detém
certo poder divino e que, por isso, as pessoas devem obedecê-lo, senão,
podem até ser amaldiçoados por Deus. Enfim, há tantos outros exemplos,
mas acredito ter dado suficiente para você identificar em qual grupo você se
encaixa.
Encerro esse tópico com os conselhos: Não tenha medo daquele que te
manipula. Ele só obtém êxito em suas ações porque o seu medo o permite.
Trabalhe os seus medos. Se faça perguntas: “Do que verdadeiramente eu
tenho medo? O que eu temo é provável que aconteça, ou é só fruto da
minha imaginação? Por que me submeto a isso? Como seria minha vida
sem essa pessoa?” Lembre-se: o medo está ligado à insegurança, e você
deve trabalhar isso em Deus, afirmando sua identidade de FILHA AMADA
e protegida por seu Pai. Você não está à deriva. Você não vai ‘morrer’, se
essa pessoa sair da sua vida. Deus tem uma vida de liberdade para você. 1ª
João 4:18 diz “No amor não há medo; pelo contrário, o perfeito amor
expulsa o medo , porque o medo produz tormento” . À medida que eu me
relacionava intimamente com Deus e recebia porções do seu amor, era
encorajada a romper com os que me manipulavam. Então, se agarre nesse
AMOR que te afirma, te segura, te sustenta, te ama, te encoraja, te protege e
NUNCA te deixa só!
Imponha limites – Se respeite, assim estará ensinando os outros a te
respeitarem.
Quando alguém te pedir algo, ou te convidar para algum lugar, agradeça
e diga que vai pensar e verificar as possibilidades. Se você for casada, peça
a opinião do seu esposo – eles percebem quando estão ‘abusando’ de nós –
e, somente depois, diga que sim ou não, utilizando os critérios que
compartilhei no início desse tópico.
Se sentir pressionada diante de um ‘pedido’ – imposição – já é um
importante sinal para dizer “não”.
Se possível, e se achar ‘coragem’ para isso, marque uma conversa e
exponha como você se sente diante das ações da pessoa que te manipula.
Diga que você se sente pressionada e manipulada por ela, e que isso a
sufoca. Às vezes, a pessoa nem percebe que gera todo esse sofrimento em
você, e se ela estiver aberta a mudanças, quem sabe você não seja um
instrumento de Deus para lhe abrir os olhos?
Não tenha medo de perder a amizade. Se ela acabar, é porque a pessoa
realmente só queria o que você tinha a oferecer a ela, e não sua amizade
verdadeira.
Quando alguém lhe oferecer presentes em excesso e você perceber que
há segundas intenções em te ‘prender’, agradeça o presente, mas pergunte a
pessoa: “Quais são as suas verdadeiras intenções com esses presentes? Eles
não farão com que você obtenha privilégios, ok?”
Não ceda de maneira nenhuma diante de pressões e insistências. Não é
não, e ponto! Não se violente, não passe por cima de você mesma!
Não permita as críticas e comentários dessas pessoas te fazer sentir-se
inferior. Às vezes, elas usam essa arma para prenderem pessoas inseguras
em sua teia de manipulação. Afinal, você passa a se sentir tão incapaz que
precisa sempre estar ao lado de alguém super capaz!
Não assuma responsabilidades e culpas que não são suas. A estratégia
mais fácil, para quem não quer se responsabilizar, é culpar o outro. Deixe
claro que não adianta jogar nas suas costas, pois você não assumirá o erro
alheio.
E. principalmente, para as solteiras, não ceda à chantagens emocionais,
como: “Se você me ama de verdade, se entrega totalmente para mim, eu
serei cuidadoso”; ou “Se me abandonar, te mato” ou “Se me abandonar,
sou capaz de tudo” ou “Eu acabo com sua vida!” ... Se você é jovem e vive
um relacionamento baseado em ameaças e medos, rompa com esse
relacionamento, e denuncie esses manipuladores! Se você também vive
debaixo de pressão e coerção de qualquer tipo de abuso, denuncie esses
manipuladores! Não tenha medo. Peça ajuda, urgentemente!
Prejuízos:
Alto nível de estresse
Diminuição da imunidade
Suscetível a doenças cardíacas e psíquicas
Sujeito a crises de pânico, depressão e ansiedade generalizada
Afastamento das pessoas
Sensação de infelicidade, insatisfação e frustração todo tempo
Perda do prazer da vida
Risco de suicídio
E agora, quero deixar alguns conselhos para você romper com esse
ciclo : Aprenda a receber e compreender o amor de Deus Pai através de
relacionamento diário com Ele.
Se Aceite, se ame e se perdoe. Faça uma lista de coisas que você admira
em si mesma e uma lista de erros e decisões erradas. Ore, devolvendo seus
erros a Deus, peça perdão, mas também verbalize, em voz alta, o perdão à
você mesma: “Eu, seu nome, libero perdão para mim mesma por ter feito
isso, e isso...”. Depois, apresente suas qualidades a Deus, e peça para Ele te
conduzir a usá-las de forma excelente (e não perfeita) para a glória d’Ele.
Não tente ‘ser o melhor’, apenas ‘dê o seu melhor’.
Não se compare com os outros, principalmente com a vida das pessoas
expostas nas redes sociais – não existe vida, casamento, filhos, família,
trabalho, igreja perfeita, porque todos eles são constituídos de pessoas, e
todas as pessoas são imperfeitas.
Entenda que NINGUÉM é perfeito, a não ser nosso Mestre, Jesus!
Aceite que você pode errar, e tudo bem!
Não se cobre demais e nem cobre demais das pessoas à sua volta,
principalmente de seus filhos e cônjuge – ninguém aguenta viver em um
ambiente opressor por muito tempo. Lembre-se que os perfeccionistas são
‘chatos’ e não se conectam com pessoas emocionalmente. Eles valorizam
mais o resultado do que as pessoas.
Busque sempre olhar o lado positivo de cada situação – tanto a sua,
como das pessoas à sua volta – o que você pode aprender com esse erro?
Qual foi a parte boa em tudo isso? É nesse ponto que você deve colocar seu
foco.
Não estabeleça metas inalcançáveis, pois isso, ativará seu ciclo viciante
novamente.
Não tenha medo de críticas! Aceite que as pessoas podem discordar de
você, e tudo bem! – Afinal, nem Jesus Cristo, que é perfeito, agradou a
todos.
Se achar necessário, busque uma ajuda terapêutica ou aconselhamento
em sua igreja.
Lembre-se: Você nunca irá decepcionar Deus, porque Ele já sabia quem
você era e do que você é capaz quando te escolheu. Você e as suas ações
(erros, pecados, falhas) não são surpresas para Deus.
Capitulo 10
Esse princípio nos ensina que Deus usa a mesma balança, ou seja, se não
perdoamos, também não estamos aptos a sentir o perdão de Deus. Um dos
motivos pelos quais eu me sentia culpada é que eu não havia verbalizado o
perdão das ações dos meus ofensores. À medida que fiz isso, e também
aceitei o perdão de Cristo, minhas culpas diminuíram consideravelmente.
Dentro do processo de liberar perdão, peça para o Espírito Santo trazer a
ótica de Cristo em relação à essa situação e pessoa. À medida que treinamos
a ‘empatia’ – se colocar no lugar do outro – fica mais fácil deixar de julgar
e compreendermos porque aquela pessoa agiu assim. Quanto mais eu me
colocava no lugar da minha mãe, imaginando-a sozinha, sem família, tendo
crescido no contexto que cresceu – sem amor, afeto, perdendo a mãe aos 9
anos de idade, ser violentada sexualmente – mais eu compreendia suas
ações. Claro que, compreender não anula as consequências. Eu ainda tive
que lidar com essas consequências ruins, porém, estava livre para avançar
porque havia ressignificado meu passado.
Aliás, essa também é uma boa dica nesse processo. Tente encontrar um
propósito em tudo o que viveu. Seja nos erros que cometeram com você,
ou nos que você cometeu. Eu encontrei meu propósito compartilhando
minhas experiências com vocês, por exemplo. Quanto mais testemunhos
recebo, mais curada sou, porque sei que se eu não tivesse passado pelo que
passei, não teria habilidade para ajudar tantas pessoas.
Agora é hora de se perdoar . Faça uma lista de todas as culpas que
carrega. De todos erros, pecados e falhas. Coisas que você fez contra você
mesma e também contra as pessoas. Decisões e escolhas erradas que tomou.
Verbalize, em voz alta: “Eu, seu nome, libero perdão para mim mesma por
____ todos os itens da sua lista” . Em oração, e deixe tudo isso aos pés da
Cruz de Cristo. O próximo passo é se aceitar e aceitar suas limitações e
imperfeições (parecido com o processo do ciclo perfeccionista). Aprenda
com os erros e, se conseguir extrair alguma lição, anote em um caderno ou
diário para nunca esquecer.
Troque a culpa por responsabilidade . Em vez de se culpar – o que só
te traz peso e paralisação, mas não gera nenhuma mudança e avanço –
experimente assumir as responsabilidades que devem ser assumidas. Ex:
“Tudo bem, não escolhi passar pelo que passei, mas vou aprender a lidar
com isso” , ou “ cometi erros, mas agora preciso de ajuda para consertar”.
Fale para você mesma que você não tinha conhecimento, ou escolha, ou
opção ou ajuda de alguém para agir diferente do que agiu. Se compreenda e
pare de se criticar.
Não aceite as culpas que os outros depositarem em você . Há pessoas
que, infelizmente, ‘adoram’ colocar outras pessoas para baixo. Elas querem
sempre deixar um ‘pesinho’ sobre nós. Às vezes, até mesmo, de forma sutil,
com perguntas como: “Por que você está estranha? Por que você está com
essa cara? Você está triste, hein! Você está distante. Você não é mais a
mesma. Você nunca mais apareceu em casa...”. Alguns querem fazer com
que você se sinta culpada por não ajudá-las. Cuidado! Já falamos sobre isso
no ciclo viciante da manipulação. A culpa é o principal combustível do
manipulado. Outras te fazem sentir-se culpada por estar feliz ou
prosperando, com comentários: “Quem pode, pode né, minha filha! Isso é
que é vida! Você tem sorte! Hum...roupa nova! Vai viajar de novo? O que
você fez para ser promovida, hein? Nossa, que glamour! É, agora você
subiu de nível, não se importa mais com ‘a ralé!’. Trocou de carro, mas
aquele não estava bom?”. Enfim, esses e outros comentários nos fazem
sentir culpadas até por estarmos sendo abençoadas ou crescendo. Outras, te
fazem sentir-se culpada por estarem curada. Tenho uma história disso
relacionada ao dia das mães. Já não sofro por não ter minha mãe presente
nesse dia. Em um dia das mães uma ‘amiga’ me disse: “Imagino o quanto
você esteja triste por não ter sua mãe presente nesse dia!” Até aquele
momento eu não estava triste, mas então comecei a pensar: “Será que tenho
que ficar triste porque ela não está aqui?” Gente, foi imediato, comecei a
me sentir culpada por estar curada. Olha isso! Então, meu conselho final
nesse ponto é: “Não dê explicações para ninguém!” Pare de ficar
explicando porque trocou de carro, porque comprou uma casa nova, porque
está com roupa nova, porque comprou um sofá novo – e que parcelou em
10x – porque ainda não engravidou, porque foi promovida, porque foi viajar
para tal lugar, etc...
Capitulo 11
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e
súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as
suas mentes em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que for
verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for
puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de
excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Filipenses 4:6-8
Há pessoas que já chegaram ao ponto de perder totalmente o controle
sobre seus desejos, vontade e racionalidade; e o vício a tem dominado e
acabado com sua vida, a ponto de mentir para o marido, esconder coisas e
prejudicar os relacionamentos em busca do prazer. Se esse é o seu caso, e
se, ainda assim, com todas essas ações que sugeri, não diminuir
consideravelmente seu vício, busque ajuda de profissionais, como psicólogo
e psiquiatra.
Se o seu caso é compulsão por limpeza e organização , avalie como
está seu estado emocional. Muitos desenvolvem esse tipo de compulsão,
devido a desorganizações mentais, por coisas mal resolvidas no passado.
Nesse ponto, tenho experiência. Já sofri por longos anos com o T.O.C.
(Transtorno Obsessivo Compulsivo). Eu queria manter sempre tudo muito limpo
e organizado, porque, na verdade, minha alma estava uma bagunça e suja
por causa daquelas mãos que me tocaram indevidamente, e através do ciclo
compulsivo, eu tentava em vão, limpá-la e organizá-la. Se esse é o seu caso,
sugiro buscar um tratamento terapêutico ou aconselhamento na sua igreja.
Quando organizei internamente, pude romper com o ciclo vicioso.
Se o seu caso é pornografia , talvez seja necessário ajuda psicológica.
Mas o melhor caminho é o mais radical. Elimine toda oportunidade de
acessar essas imagens. Retire os computadores do seu meio, e tenha um
celular sem tecnologia ou acesso à internet até que você rompa esse ciclo.
Há situações que exigem ações extremas para eliminar o mal que tem
destruído sua vida.
Se o seu caso é jogos , simplesmente, não frequente mais esses lugares e
evite estar com pessoas que proporcione oportunidades de alimentar seu
vício.
Se o seu caso é excesso de trabalho , coloque seu celular para despertar
e estipule o horário de parar, tendo concluído a tarefa ou não. E não leve
trabalho para casa. Não troque o tempo de descanso, de lazer e da família,
por trabalho.
Se o seu caso é excesso de atividade física , ocupe parte do seu tempo
realizando trabalhos voluntários em instituições, como: asilos, orfanatos,
escolas, hospitais. Na realidade, esse conselho, cabe para todos os tipos de
compulsão. Outro trabalho voluntário, bem eficiente, é o serviço de
aconselhamento. Como já disse, trabalhei anos executando essa função, e
como aprendi com cada história. Tirar o foco de nós mesmas e colocar na
dor do outro, com certeza, nos ajuda a romper os ciclos compulsivos.
Proponha à liderança da sua igreja a formação desse ministério se ainda não
existe. Se precisar de informações mais profundas nessa área, acesse o site
(endereço na capa do livro) do meu curso de mentoria para mulheres cristãs, e
veja como obtê-las.
Se o seu caso é compulsão por doces ou comidas não saudáveis ,
quando for ao supermercado, NÃO compre guloseimas, pois, se tiver em
casa, diante de uma crise compulsiva, você fatalmente irá comer. É
importante eliminar o mal pela raiz e sair da ‘zona de perigo’. Uma boa dica
é ir ao supermercado logo após uma boa refeição, onde você estará
satisfeita, e comprará menos. Procure dicas na internet de nutrólogos e
nutricionistas de coisas que você pode substituir, como: barras de cereais,
castanhas, cenoura crua, maçã... enfim, alimentos que vão, de alguma
forma, ‘enganar’ seu cérebro e saciar o vício momentaneamente. Não estou
dizendo que será fácil, mas se você não fizer isso por você, ninguém
poderá fazer! Na hora da crise, experimente dizer para você mesma: “Seu
nome, você não está com fome, e não precisa disso para ser feliz. Tudo o
que você precisa está em Deus” . Na hora do desespero, se possível, saia
para fazer uma caminhada, de preferência, ouvindo louvores ou canções
alegres em seu celular. Agindo assim, você estará desviando o foco da
compulsão . Entenda que, embora seu cérebro tente te enganar e dizer que
ele é quem está no controle da situação, isso não é verdade. Já foi
comprovado pela neurociência que, nós é quem temos o controle do nosso
cérebro, só precisamos aprender a educá-lo. Dica de livro: “Ative seu
cérebro” – Dra. Caroline Leaf.
Uma outra dica legal é fazer novos cursos, aprender sobre novos
assuntos - seja através de vídeos no YouTube ou de livros. Novos
aprendizados estimulam novas redes neurais do cérebro e isso contribui
com a neuroplasticidade, que nada mais é do que a renovação da nossa
mente, descrita em Romanos 12:2.
Outra sugestão para romper com esse ciclo é fazer períodos de jejum.
Cada um faz como proposto em seu coração, mas quero apenas deixar uma
sugestão. Há pessoas que tem dificuldade em ficar um dia todo sem comer,
por causa das intensas atividades, que exigirá energia, força e concentração
– que é o meu caso, por exemplo – sendo assim, retire da sua alimentação:
doces, guloseimas, todos os tipos de pão, massas, refrigerantes ou outras
coisas relacionadas. De vez em quando, quando percebo que estou ansiosa
demais, e comendo além do que deveria, dou um ‘choque’ na minha
‘carne’: paro de tomar café da manhã por 1 semana e coloco no prato uma
quantidade bem pequena de comida no almoço. Funciona! Em poucos dias,
volto à normalidade. Retirando alguns desses alimentos que sugeri,
estaremos retirando a sensação de prazer que eles produzem; e fazendo isso,
estaremos retirando exatamente o que nosso cérebro busca para ser
recompensado . Com o passar dos dias, após o período de ‘desintoxicação’
– que pode vir acompanhado de ‘leves surtos’, como: irritabilidade,
sensibilidade extrema, tristeza, entre outros sentimentos tóxicos; você será
capaz dominar seu vício, além de ficar mais sensível a voz e ao
direcionamento de Deus. Juntamente com esse processo, busque ativar,
crescer e aperfeiçoar as qualidades relacionadas ao fruto do Espírito,
descrita em Gálatas 5:22-23; principalmente o domínio próprio, que é o
maior antídoto contra esse vício.
Capitulo 13
“Seja forte e corajoso, porque você conduzirá esse povo para herdar a
terra que prometi sob juramento aos seus antepassados. Somente seja forte
e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu
servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para
a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar.
Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de
dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito.
Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido.
Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem
se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você
andar”. - Josué 1:6-9
Pronto! Agora sua vida está nas mãos daquele que pode, e vai, mudar a
sua história, se assim você permitir. Se você deseja rompimento dos ciclos
emocionais viciantes em que se encontra presa, ou mudanças
comportamentais, sejam esses comportamentos resultado da sua genética,
das conexões neurais, da influência do meio em que viveu, ou dos traumas
que vivenciou, Deus pode transformá-la. Sugiro que você busque uma
amiga que conhece Jesus para te auxiliar nesse novo tempo da sua vida,
quem sabe seja essa mesma que lhe presenteou com esse livro.
Bibliografia
https://institutoelix.com.br/os-beneficios-do-bom-humor-segundo-a-neurociencia/
https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/noticia/autossabotagem-seu-cerebro-
pode-estar-te-impedindo-de-emagrecer.ghtml
https://administradores.com.br/artigos/7-passos-para-vencer-a-auto-sabotagem-e-
ter-sucesso
https://www.sbie.com.br/blog/o-poder-da-gratidao-os-beneficios-de-agradecer/
https://www.youtube.com/watch?v=qghHY27bGbU– A neurobiologiadas emoções
– Dr. Fernando M. Sant’Anna https://www.youtube.com/watch?v=SUAQeBKiQk0– O
que sãoemoções e sentimentos – Pedro Calabrez – Canal: NeuroVox
https://amenteemaravilhosa.com.br/aprenda-reconhecer-um-manipulador/
https://mundointerpessoal.com/2015/07/como-nao-ser-manipulado-
emocionalmente.html
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/caracteristicas-de-uma-pessoa-
perfeccionista/
https://www.uol.com.br/vivabem
Cap 9 - Dados apresentados nos sites: jrmcoaching.com.br esbie.com.br
Cap 13 - https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/comportamentos-
compulsivos-entrevista/
Cap 13 - https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/prazer-compulsivo-
artigo/