Índice

BLURB
Prólogo
Conhecendo nossos companheiros
André e Margarida
CAPÍTULO UM - Ela
CAPÍTULO DOIS - Ele
CAPÍTULO TRÊS - Você é um idiota
CAPÍTULO QUATRO - Grávida
Drake e Amy
CAPÍTULO UM - Uma sensação estranha
CAPÍTULO DOIS - Porra, eu gosto de você
CAPÍTULO TRÊS - Companheiro Escolhido
CAPÍTULO QUATRO - Nosso filho
Nathan e Janete
CAPÍTULO UM - Meu Pai
CAPÍTULO DOIS - Meu companheiro
CAPÍTULO TRÊS - Caçador
CAPÍTULO QUATRO - Dois encrenqueiros
Jacó e Rosa
CAPÍTULO UM – O Encontro
CAPÍTULO DOIS - Apaixonado
CAPÍTULO TRÊS - Minha Filha
CAPÍTULO QUATRO - Felizes para sempre
CAPÍTULO UM - Irritante
CAPÍTULO DOIS - Nosso Passado (Parte Um)
CAPÍTULO TRÊS - Nosso Passado (Parte Dois)
CAPÍTULO QUATRO - Nosso Passado (Parte Três)
CAPÍTULO CINCO - Agora você sabe tudo
CAPÍTULO SEIS - Preparando-se
CAPÍTULO SETE - O Pacote Lua Crescente
CAPÍTULO OITO – Companheiro?
CAPÍTULO NOVE - Ele não é seu pai
CAPÍTULO DEZ – Meu anjo
CAPÍTULO ONZE - Medo
CAPÍTULO DOZE - Quem é ela?
CAPÍTULO TREZE - Confuso
CAPÍTULO QUATORZE - Assustado
CAPÍTULO QUINZE - Furioso
CAPÍTULO DEZESSEIS - Eles estão felizes?
CAPÍTULO DEZESSETE - Anna
CAPÍTULO DEZOITO - Apaixonado
CAPÍTULO DEZENOVE - Não vou deixar você ir
CAPÍTULO VINTE - Conhecendo Anna
CAPÍTULO VINTE E DOIS - Ela não
CAPÍTULO VINTE E TRÊS - Transferir
CAPÍTULO VINTE E QUATRO - Sua Família
CAPÍTULO VINTE E CINCO – Precisamos realmente fazer isso?
CAPÍTULO VINTE E SEIS - Alexander e Mason
CAPÍTULO VINTE E SETE - Senti sua falta
CAPÍTULO VINTE E OITO - Alfa Nathan
CAPÍTULO VINTE E NOVE - Vinte
CAPÍTULO TRINTA – O que aconteceu?!
CAPÍTULO TRINTA E UM - Reunião
CAPÍTULO TRINTA E DOIS - Andrew e Daisy
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS - Algum tempo sozinho
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO - Outra Pessoa
CAPÍTULO TRINTA E CINCO - Dois dias
CAPÍTULO TRINTA E SEIS - A Voz
CAPÍTULO TRINTA E SETE - Se foi
Nota de agradecimento
 Verdadeira Lua
A magia desconhecida
Série O Lobo Branco Livro 4
Tessa Lilly
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 Nota para leitores:

Olá, meus queridos leitores.

Este livro é o
quarto livro da série True Luna (série The White Wolf). Este livro pode ser lido como
um livro independente, mas gostaria de incluir algumas notas para aqueles que não
leram os dois primeiros livros. Mencionarei apenas alguns pontos-chave dos livros
anteriores para que a história que você está prestes a ler faça mais sentido.

Emma é conhecida como True Luna e White Wolf. Ela descobriu que é um lobo
branco puro depois de mudar pela primeira vez. Ela não sabia o que isso significava
na época, mas outras pessoas sabiam de seus poderes e queriam usá-la. Uma dessas
pessoas foi The Rogue King. Logan e Emma são pais de Sophia e Alexander. Eles são
verdadeiros companheiros, mas Logan rejeitou Emma a princípio. Ele queria ter sua
amiga Sienna como companheira escolhida. Sienna estava com ciúmes de Emma e
tentou matá-la. Logan se arrependeu de ter rejeitado Emma e tentou reconquistá-la
depois de salvá-la. Emma o perdoou e eles se aceitaram. O Rogue King conseguiu
sequestrar Emma e tentou usar seus poderes. Logan a salvou novamente. Eles
descobriram que há outras pessoas atrás de Emma.

Quatro anos após o sequestro, Emma e Logan descobriram a verdade sobre a lenda
do Lobo Branco. Eles descobriram que Emma tem dois companheiros, um dado pela
Deusa e outro amaldiçoado. Seu segundo companheiro, Alpha Nathan, vem até a
matilha e tenta provar que ele é seu companheiro dado pela Deusa. Ele tenta
machucar Daisy, cunhada de Emma, mas Emma a salva. Ela luta contra Nathan e
prova que ele é seu companheiro amaldiçoado. Em vez de matar Nathan, eles o
deixaram ir para evitar uma guerra.

Outros personagens importantes são Andrew (Beta da matilha e irmão mais velho de
Emma), Daisy (companheira de Andrew), Drake (amigo de Logan e Andrew), Amy
(companheira de Drake e amiga de Emma), Jacob (amigo de Emma e prima de Amy),
Rose ( Companheiro de Jacob), Mason (filho de Andrew e Daisy).

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 BLURB
"Porra, Sophia", ele murmurou, inclinando-se e respirando fundo. Seu nariz tocou meu
queixo e todo o meu corpo estremeceu.
"Você acha que eu vou deixar você ir?" ele perguntou. "Você é um tesouro, anjo. Eu não vou
deixar você ir. Eu não dou a mínima para o passado. Eu não dou a mínima para a sua magia.
Você é meu companheiro. Eu não vou desistir de você."
Meu coração disparou. Apertei meu corpo mais perto da parede, tentando me afastar dele
para poder pensar com clareza.
"Hunter..." falei, mas ele me interrompeu.
"Não, anjo", ele disse suavemente. "Eu não quero ouvir suas desculpas. Nada do que você
disser me fará te querer menos."
Sophia é uma loba de 18 anos que esconde um grande segredo. Ela é filha do Lobo Branco,
mas não herdou apenas a magia da luz de sua mãe. Há escuridão dentro dela, e ela esconde
isso desde que era uma garotinha. Emma e Logan passaram anos tentando encontrar uma
maneira de se livrar da escuridão dentro de sua filha, mas não conseguiram encontrar as
respostas que procuravam. Sophia foi ensinada a usar apenas magia de luz. Ela encontrou
uma maneira de lidar com a escuridão dentro dela.
Tudo muda depois que Sophia conhece seu companheiro. Seu companheiro é o Alfa do
Bando da Lua Sangrenta, mas estar ligada a ele não é tão fácil quanto Sophia esperava que
fosse. O que acontecerá quando os erros cometidos no passado atrapalharem o vínculo
conjugal? O que acontecerá quando alguém do passado decidir usar Sophia e sua magia
como arma de vingança?
Este é o livro 4 de True Luna. Também pode ser lido como um livro independente.
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Prólogo

Conhecendo nossos companheiros

André e Margarida

CAPÍTULO UM - Ela

Ponto de vista de André

Entrei no escritório de Logan e suspirei. Eu nunca me acostumaria com a visão dele

beijando minha irmã.

Ela estava sentada em seu colo com os braços em volta de seu pescoço.

Logan ouviu meu suspiro e riu.

“Já faz um ano”, disse Logan. “Acostume-se com isso.”

Sentei-me e franzi a testa para ele: “Não vejo isso acontecendo tão cedo”.

Emma riu e balançou a cabeça.

“Quando Drake chega?” Eu perguntei, mudando de assunto.

Logan olhou para o relógio.

“Em cerca de uma hora”, disse ele, olhando para mim. “A irmã dele está vindo com ele.”

Eu não sabia que ele tinha uma irmã. Esse homem nunca compartilhou nada sobre si
mesmo. Ele era um cara legal e amigo, mas não sabíamos muito sobre sua vida privada.

"Ele tem uma irmã?" Emma perguntou curiosamente.

Logan olhou para ela e assentiu. “Eu também não sabia. Ela é mais nova que ele, eu acho.

“Espero que ela seja tão legal quanto Drake,” Emma disse, fazendo Logan franzir a testa.

Eu sorri. Emma era sua companheira e esposa, e ele ainda estava com ciúmes. Foi divertido.

Emma suspirou e revirou os olhos. “Pare de franzir a testa, sim? É uma observação. Nós
dois sabemos que ele é um bom homem.”
Logan riu e balançou a cabeça. Ele deu um beijo em seu ombro e sorriu.

“Sinto muito, meu amor”, disse ele. “É difícil abandonar velhos hábitos.”

Emma sorriu e olhou para mim.

"Vamos jantar esta noite?" ela me perguntou.

Tínhamos a tradição de sempre jantarmos juntos às sextas-feiras. A vida estava ocupada.

Emma agora era uma Luna. Ela não morava mais em casa. Houve dias em que nem nos
víamos fora dos nossos escritórios. Eu odiei isso. Ela odiava isso. Ela era minha irmã e eu
queria vê-la desempregada. Queria conversar com ela sobre algo além de orçamentos,
fronteiras e suprimentos.

Então propusemos jantares na sexta-feira. Ela voltava para casa, eu preparava algo para
comer e assistíamos nossos filmes favoritos e conversávamos sobre qualquer coisa que não
fosse nosso trabalho.

“Claro,” eu sorri. “Mal posso esperar.”

Emma sorriu brilhantemente. Logan colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e beijou
sua bochecha.

Comecei a me levantar, mas então me lembrei do motivo pelo qual vim aqui.

“Vim aqui para falar com você sobre a patrulha”, eu disse enquanto me sentava. “Temos um
problema na fronteira oriental.”

“Que tipo de problema?” ele perguntou, franzindo a testa.

Emma olhou para mim preocupada.

“Rogues,” eu suspirei. “Alpha Rick está deixando eles vagarem por seu território. Ele está
fazendo um péssimo trabalho para manter suas fronteiras seguras.”

A raiva brilhou nos olhos de Logan. Ele apertou os braços em volta de Emma.

Éramos extremamente cuidadosos quando se tratava de bandidos espreitando em nosso

território. Depois que Samuel nos contou que outras pessoas estavam tentando chegar até
Emma, ficamos constantemente nervosos. Estávamos torturando Samuel há um ano, mas
ele ainda não nos contou mais nada. Foi difícil fazer o filho da puta falar.

“Ele é um idiota,” Logan murmurou com raiva. “Quantos ladinos nossos guerreiros
notaram?”

Logan estava certo. Alfa Rick era um idiota. Ele era um velho Alfa que não tinha herdeiro.
Ele não poderia se importar menos com sua matilha e seu território. Ele assistiu sua
matilha desmoronar por anos.
“Não muitos,” eu suspirei. “Eles não estavam em grupos. Apenas indivíduos que estavam
passando.

“Ok,” Logan assentiu. “Devíamos aumentar a patrulha naquela área.”

Balancei a cabeça e me levantei: “Vou falar com Lewis imediatamente”.

Logan abriu a boca para falar, mas se conteve. Eu poderia dizer que ele estava recebendo
uma ligação mental de alguém.

“Drake acabou de chegar”, disse Logan.

“Ele chegou cedo,” Emma murmurou enquanto se levantava e caminhava até a janela.

Asher se mexeu.

'O que está errado?' Eu perguntei a ele.

— Não sei — murmurou ele. 'Eu tenho uma sensação estranha.'

Suspirei e comecei a caminhar em direção à porta.

“Vou falar com Lewis e informá-lo sobre o novo horário de turnos”, eu disse enquanto abria
a porta. “Diga a Drake que passarei por aqui um pouco mais tarde.”

Logan assentiu e disse algo que não consegui ouvir.

Meu corpo ficou tenso. Meu coração começou a bater mais rápido. O perfume mais
delicioso dominou meus sentidos.

'Amigo!' Ashed disse, fazendo meu coração parar de bater.

Eu me virei abruptamente. Foi quando eu a vi.

Ela era a mulher mais linda que eu já vi. Cada parte do meu corpo e alma a queria. Meu
coração acelerou. Minhas palmas começaram a suar. Eu precisava tocá-la. Eu precisava
segurá-la. Ela era minha. Ela foi um presente da Deusa. Ela foi um presente para mim.

“Companheiro”, dissemos ao mesmo tempo.

Sua voz era angelical. Era suave e reconfortante. Eu poderia ouvir a voz dela até o dia em
que morresse.

"Amigo?!" alguém exclamou.

Eu não sabia quem. Eu não me importei. Ela era tudo que eu conseguia ver. Ela teve minha
atenção total e exclusiva.

Um enorme sorriso se espalhou por seu rosto. Deusa, ela era linda.
Forcei meu corpo a se mover. Dei um passo mais perto dela. O sorriso em seu rosto ficou
ainda maior. Ela se aproximou de mim e eu estava na porra do paraíso.

Estendi a mão e segurei seu lindo rosto. Ela colocou as mãos sobre as minhas e suspirou
satisfeita. Os formigamentos e faíscas percorreram minha pele. Eles aqueceram meu
coração e minha alma. Eu nunca quis que esse sentimento parasse.

“Oi,” ela disse suavemente.

Eu não conseguia falar. Eu só conseguia olhar para ela. O que eu fiz para merecer alguém
tão lindo?

“Meu nome é Daisy”, disse ela. “Você deve ser Andrew.”

Como ela sabia meu nome?

Eu balancei a cabeça.

Eu só consegui acenar com a cabeça. Eu não conseguia falar. Eu ainda estava chocado
demais para falar.

“Drake me contou muito sobre você”, disse ela. “É maravilhoso conhecer você.”

Drake contou a ela sobre mim? Como ela conheceu Drake? Quem era ele para ela? Uma
onda de ciúme tomou conta de mim.

Asher rosnou.

“Acalme-se”, ouvi alguém suspirar. "Ela é minha irmã."

Irmã?

Finalmente desviei o olhar dela, embora não quisesse.

Drake estava parado ao nosso lado com um leve sorriso no rosto. Olhei para trás. Emma e
Logan sorriam tanto que tive medo de que suas bocas rasgassem.

Olhei de volta para meu companheiro.

“Oi, Daisy,” eu disse suavemente. "É muito bom te conhecer."

CAPÍTULO DOIS - Ele

Ponto de vista de Daisy

Eu estava olhando pela janela do carro com um leve sorriso no rosto. Fiquei feliz por estar
aqui. Fiquei satisfeito por finalmente poder conhecer as pessoas de quem meu irmão não
parava de falar.

“Obrigado por me trazer com você”, eu disse, virando-me e olhando para meu irmão. “Estou
animado para conhecer todos.”

Drake sorriu e olhou para mim.

“Mal posso esperar para ver a reação deles”, disse Drake. “Eu nunca contei a eles sobre
você.”

Meus olhos se arregalaram.

"Por que?" Eu perguntei, surpreso.

Drake olhou para mim e suspirou.

“Quanto menos pessoas souberem sobre minha vida pessoal, melhor”, disse Drake.
“Ninguém sabe que tenho uma irmã e pretendo continuar assim. Alguém poderia machucar
você para chegar até mim.

Estudei seu rosto por um segundo.

"Por que você me trouxe aqui então?" Perguntei.

“Eu confio neles”, disse Drake. “Eles nunca machucariam você.”

Mordi meu lábio inferior e balancei a cabeça. Eu entendi por que ele não queria que
ninguém soubesse sobre mim. Havia pessoas doentes por aí que não paravam diante de
nada para conseguir o que queriam.

“Só um aviso”, disse Drake. “Eles são incrivelmente protetores com Emma. Não leve para o
lado pessoal se eles não deixarem você se aproximar dela.”

Eu balancei a cabeça: “Eu entendo. Eu também seria protetor.

O que aquela pobre garota passou foi horrível. Eu entendi completamente por que seu
irmão e seu companheiro não deixavam ninguém se aproximar dela. Eu só esperava que
eles confiassem em mim eventualmente.

Drake estacionou o carro em frente ao armazém e saímos.

Daphne se mexeu. Uma sensação que eu não conseguia reconhecer tomou conta de mim.

'O que está errado?' Eu perguntei a ela imediatamente.

— Não sei — ela murmurou. 'Tome cuidado.'

— Sempre estou — eu disse enquanto seguia Drake para dentro.

“Bom dia, Alpha Drake,” um dos guerreiros de Alpha Logan disse educadamente.

“Olá, Jack”, meu irmão sorriu. “Alfa Logan está em seu escritório?”

“Ele é,” Jack assentiu. "Ele está esperando por você."

Drake assentiu e caminhou mais para dentro.

Eu o segui e olhei em volta. O interior do packhouse era incrível. Foi muito acolhedor e
cheirava bem lá. Cheirava a orquídeas, minha flor favorita.

Daphne se mexeu novamente.

O cheiro de orquídeas ficou forte. Isso fez meu corpo formigar. Isso fez meu coração
palpitar.

A porta no final do corredor se abriu. Eu vi um homem alto parado ali. Meu coração
disparou.

O homem se virou e Daphne disse algo que eu esperei tanto para ouvir.

'Amigo!' ela exclamou feliz.

Eu sorri. Ele olhou para mim com uma expressão chocada em seu lindo rosto.

“Companheiro”, dissemos ao mesmo tempo.

"Amigo?!" meu irmão exclamou.

Eu o ignorei. Eu não conseguia tirar os olhos do homem lindo na minha frente. Ele era alto e
musculoso. Seu cabelo parecia tão macio e eu mal podia esperar para passar os dedos por
ele. Seus olhos azuis eram como um oceano no qual eu mal podia esperar para nadar.

Eu o reconheci imediatamente. Meu irmão me contou tudo sobre ele. Foi André.

Ele se aproximou de mim lentamente e meu sorriso cresceu. Ele segurou minhas bochechas
e meu coração explodiu de felicidade. Coloquei minhas mãos sobre as dele e suspirei. Os
formigamentos e faíscas eram incríveis. A sensação foi muito melhor do que eu esperava.

“Oi,” eu disse suavemente.

Ele não disse nada. Ele estava olhando para mim. Isso me fez querer rir.

“Meu nome é Daisy”, eu disse. “Você deve ser Andrew.”

Suas sobrancelhas franziram um pouco. Ele provavelmente não conseguia descobrir como
eu sabia o nome dele. Drake nunca contou a ele sobre mim.
“Drake me contou muito sobre você”, expliquei. “É maravilhoso conhecer você.”

O ciúme brilhou em seus olhos e ele rosnou.

“Acalme-se”, disse meu irmão, com um toque de diversão na voz. "Ela é minha irmã."

Andrew olhou para Drake antes de se virar e olhar para as pessoas atrás dele. Eu não
conseguia vê-los. Seus ombros largos me impediram de ver quem estava atrás dele.

Ele olhou para mim.

“Oi, Daisy”, ele disse suavemente. "É muito bom te conhecer."

Sua voz causou arrepios na minha espinha. Foi fantástico. Eu nunca quis que ele parasse de
falar.

Sorri e acariciei suas mãos com meus polegares. Eu o senti estremecer um pouco. Eu queria
beijá-lo. Eu queria tanto beijá-lo.

“Ok, chega”, meu irmão suspirou. “Não preciso testemunhar mais nada.”

Andrew franziu a testa e olhou para ele.

“Você gosta de ver Logan e sua irmã juntos?” meu irmão perguntou a ele, levantando uma
sobrancelha e sorrindo.

Andrew revirou os olhos, mas tirou as mãos do meu rosto. Eu queria reclamar. Ele não me
deixou ir, no entanto. Ele pegou minha mão e ficou ao meu lado.

Finalmente pude ver as pessoas que estavam atrás de Andrew.

Reconheci sua irmã imediatamente. Eles eram muito parecidos. Ela era bonita. Um homem
estava parado ao lado dela e eu soube imediatamente que ele era Alfa Logan. Ambos tinham
enormes sorrisos em seus rostos.

“Oi, Margarida!” Emma exclamou feliz. “É tão bom conhecer você.”

Ela deu um passo mais perto de mim e estendeu a mão para apertar minha mão.

Senti Andrew ficar tenso. Logan colocou a mão em sua cintura.

Respirei fundo e sorri para ela. Peguei a mão dela na minha e apertei-a.

“Você deve ser Emma”, eu disse. "Eu ouvi muito sobre você."

“Eu gostaria de poder dizer o mesmo”, disse Emma, franzindo a testa para meu irmão. “Mas
teremos todo o tempo do mundo para nos conhecermos.”

“Mal posso esperar”, eu disse enquanto meu sorriso aumentava.

' Asher é muito protetor com ela', Daphne me disse. ‘Temos que protegê-la também.’

“Nós iremos”, eu disse a ela. 'Ela é nossa irmã agora também.'

“Oh, merda,” meu irmão murmurou, nos fazendo olhar para ele.

Levantei uma sobrancelha para ele.

“Você gostaria de uma boa posição na minha matilha, Andrew?” meu irmão perguntou. “Eu
já tenho um Beta, mas você poderia ser meu Beta reserva.”

Logan suspirou. Franzi as sobrancelhas.

“Acabei de perceber que você terá que ficar aqui agora”, meu irmão me disse. “Estou
tentando encontrar uma maneira de mantê-la em casa.”

Eu ri e balancei a cabeça.

“Se você tiver uma posição de Alfa e Luna para Logan e Emma, eu adoraria”, disse Andrew
provocativamente.

Drake olhou para Emma e sorriu um pouco.

“Eu tenho uma posição Luna,” meu irmão disse, fazendo Logan rosnar.

Meus olhos se arregalaram. Ele estava louco? Ele queria que Logan chutasse sua bunda?

“Não me irrite,” Logan disse, puxando Emma para ele. “Você acabou de chegar.”

Eu balancei minha cabeça. Felizmente, Logan entendeu que meu irmão estava brincando.

Olhei para meu companheiro e sorri. Ele ergueu a mão e acariciou minha bochecha.

“Você precisa de mim, Logan?” meu companheiro perguntou ao seu Alfa, mantendo os
olhos nos meus.

A temperatura no meu corpo começou a subir.

“Não”, disse Logan.

“Ótimo”, disse Andrew enquanto começava a me puxar em direção a outra porta no

corredor.

CAPÍTULO TRÊS - Você é um idiota

Ponto de vista de André

O cheiro da minha companheira me alcançou antes mesmo de ela bater na porta.

“Entre, querido”, eu disse, mantendo os olhos nos papéis à minha frente.

Ela entrou e fechou a porta atrás de si.

"Estou te incomodando?" ela me perguntou baixinho.

Olhei para ela e sorri.

“Nunca,” eu disse enquanto estendia a mão para ela. "E aí?"

Ela se aproximou de mim e sentou no meu colo. Coloquei minha mão em sua coxa e
esfreguei suavemente.

Já se passaram três meses desde que ela se mudou para a nossa matilha e eu não poderia
estar mais feliz. Ela era uma mulher incrível e eu tive muita sorte de tê-la.

“Eu queria esperar até você voltar para casa, mas Daphne me fez vir aqui”, Daisy suspirou.

Ela manteve os olhos baixos e mexeu os dedos nervosamente.

Franzi as sobrancelhas. Meu coração disparou. Havia algo errado? Ela estava machucada?

“O que há de errado, Margarida?” Eu perguntei preocupado.

Ela olhou para mim e me deu um pequeno sorriso.

“Não há nada de errado”, ela disse suavemente. “Estou um pouco preocupado com alguma
coisa.”

Segurei suas bochechas e pressionei meus lábios contra os dela. Eu adorei beijá-la.

“Fale comigo, querido,” eu disse suavemente.

Ela olhou para mim e acariciou minha bochecha.

“Não posso deixar de pensar que você ainda não confia em mim quando se trata de Emma,”
ela disse calmamente. “Já faz algum tempo que estou preocupado com isso.”

Eu congelo.

Eu não sabia o que dizer a ela.

Ela não estava errada. Não confiei em ninguém depois de Sienna. Doeu-me muito dizer que
não confiava no meu companheiro, mas uma pequena parte de mim ainda estava
desconfiada.

Suspirei e fechei os olhos. Encostei minha testa na dela.

“Eu sinto muito,” eu murmurei. “Há uma pequena parte de mim que ainda está com muito
medo.”

Daisy segurou meu rosto e pressionou seus lábios contra os meus.

“Eu sei,” ela disse suavemente. "Eu senti."

Abri os olhos e olhei para ela.

“Sienna era minha melhor amiga,” murmurei. “Ela foi uma grande parte da minha vida. Eu
confiei nela com minha vida. Acreditei nela a ponto de colocar a vida da minha irmã em
perigo. Olhando para trás, não posso acreditar o quão estúpido eu fui. Não acredito que
confiei mais nela do que na minha irmã.”

Parei de falar e respirei fundo.

Daisy acariciou minha bochecha.

“Não consigo nem explicar por quê”, continuei. “Não sei por que confiei em Sienna, mas sei
que isso me ferrou. Isso me deixou desconfiado e com muito medo. Sinto muito, querido. É
tão difícil deixar esse medo ir depois de tudo o que aconteceu.”

Daisy suspirou e deu um pequeno beijo em meus lábios.

“Sienna era uma idiota”, disse Daisy. “Não consigo nem explicar o quanto estou bravo com
ela. Emma é uma garota incrível e eu a amo muito. Eu a amo porque ela me lembra você. Se
Sienna amasse você, ela também teria amado Emma. Há muito de você em Emma, e estou
muito animado para descobrir tudo. Eu amo aquela garota e prometo que não sou uma
ameaça para ela.”

Meu coração acelerou e senti lágrimas nos cantos dos olhos.

A mulher em meus braços era incrível!

Eu não disse nada. Acabei de beijá-la. Eu queria mostrar a ela o quanto ela significava para
mim.

Uma batida na porta do meu escritório nos interrompeu.

Eu estava tão concentrado em meu companheiro que nem ouvi ninguém se aproximando
do meu escritório.

“Entre,” murmurei contra os lábios macios de Daisy.

A porta se abriu e eu olhei para cima.

Minha irmã entrou, fechando a porta atrás de si. Ela manteve os olhos nos papéis em suas
mãos.
“Andrew, você pode ...” ela falou, mas parou quando olhou para cima e viu Daisy em meus
braços.

Seus olhos se arregalaram um pouco e ela sorriu.

“Sinto muito”, disse ela. “Eu não queria interromper. Volto mais tarde."

“Não, está tudo bem”, disse Daisy, levantando-se e sentando-se na cadeira em frente à
minha mesa. “Estávamos apenas conversando.”

“Estarei fora daqui em breve”, disse Emma ao se aproximar da minha mesa e me entregar
os papéis. “Só preciso que Andrew assine algo para mim.”

Peguei-os dela e coloquei-os na mesa à minha frente.

“Está tudo bem, amor,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso. “Você não estava
interrompendo. Estávamos falando sobre você.

Emma franziu as sobrancelhas. "Quanto a mim?"

Olhei para minha companheira e dei-lhe um pequeno sorriso.

“Como sou protetor com você”, eu disse, olhando para minha irmã. “E como desconfio de
todos.”

Emma levantou uma sobrancelha para mim. Ela olhou para Daisy e suspirou.

“Você é um idiota, Andrew”, disse ela. “Daisy nunca me machucaria.”

Eu ri e balancei a cabeça. Margarida riu.

“Talvez eu devesse ter conversado com Emma sobre minhas preocupações”, disse Daisy
com um pequeno sorriso. “Ela é eficiente.”

Revirei os olhos para meu companheiro.

“Tire sua cabeça da sua bunda e pare de suspeitar tanto de seu companheiro,” Emma disse
severamente. “Ela não é Sienna.”

Respirei fundo e balancei a cabeça.

“Eu sei”, eu disse. “Expliquei e pedi desculpas a Daisy.”

Emma olhou para Daisy e sorriu.

“Andrew te ama muito”, disse Emma. “Por favor, não fique com raiva dele. O que Sienna fez
foi horrível, e ela o machucou muito.”

Meu coração se apertou. Sienna a machucou mais.

“Eu sei, Emma, não se preocupe”, disse Daisy enquanto se levantava, se aproximava de
minha irmã e a puxava para um abraço. “Não estou com raiva dele. Eu entendo por que ele
está desconfiado.

Eu sorri. Daisy amava Emma.

“E Sienna é uma vadia”, disse Daisy com raiva. “Eu não me importaria se você me deixasse
ir ao porão para lhe dar uma lição.”

Daisy olhou para mim e ergueu uma sobrancelha.

“Não,” eu disse severamente. "Eu não vou deixar você chegar perto daquela vadia."

Daisy soltou Emma e suspirou.

“Tudo bem,” Daisy murmurou, dando a Emma um pequeno sorriso.

Emma riu e olhou para mim.

“Traga-me esses papéis quando você os assinar, por favor”, ela me disse. “Eu tenho que
voltar ao trabalho.”

Sorri para minha irmã e observei ela sair do meu escritório.

Assim que a porta se fechou, estendi a mão para meu companheiro.

Ela se aproximou de mim e sentou no meu colo.

“Eu te amo”, eu disse a ela.

“Eu também te amo, idiota,” ela sorriu e pressionou seus lábios contra os meus.

Eu sorri e a beijei de volta.

CAPÍTULO QUATRO - Grávida

Ponto de vista de Daisy

Acordei quando senti um beijo suave na minha barriga.

Sorri e passei os dedos pelos cabelos do meu companheiro.

"O que você está fazendo?" Murmurei sonolento.

“Beijando meu filho”, disse Andrew. “Quero que ele ou ela saiba o quanto eu o amo.”

Eu ri e abri os olhos.
Andrew estava olhando para minha barriga com tanto amor nos olhos que quase me fez
chorar. Ele colocou a mão na minha barriga e esfregou suavemente.

“Você vai ser tão amado”, Andrew murmurou enquanto se abaixava e beijava minha barriga
suavemente.

Meu coração inchou.

“Você vai ser um pai incrível”, eu disse a ele.

Andrew olhou para mim e sorriu.

"Você acha?" ele perguntou.

Eu ri e balancei a cabeça: “Acho que não. Eu sei disso.

Andrew sorriu abertamente e deitou a cabeça na minha barriga.

“Você quer uma menina ou um menino?” Eu perguntei a ele enquanto acariciava sua
bochecha.

Andrew encolheu os ombros: “Não me importo, desde que eles sejam saudáveis. Sei muito
sobre esportes e sei fazer tranças, então somos bons em todas as frentes.”

Eu ri e balancei a cabeça.

“Você sabe fazer tranças?” Eu perguntei, levantando uma sobrancelha para ele.

André assentiu.

“Emma teve uma fase em que tudo o que ela queria eram tranças”, Andrew suspirou. “Ela se
recusou a deixar o cabelo solto. Ela recusou rabos de cavalo. Ela queria tranças, então tive
que aprender a fazê-las.”

"Quantos anos ela tinha?" Eu perguntei, rindo.

“Por volta das 5 ou 6”, disse Andrew com um pequeno sorriso no rosto. “Ela se recusou a
cortar o cabelo também, então demorou muito para trançar tudo.”

“Pelo menos um de nós sabe fazer tranças”, murmurei, fazendo Andrew rir.

Revirei os olhos para ele.

“Ei, não ria de mim,” eu disse, fazendo beicinho. “Eu sei fazer um normal.”

Andrew se apoiou no cotovelo e sorriu para mim. Ele se abaixou para me beijar
suavemente.

“Eu farei todas as tranças,” ele murmurou contra meus lábios. "Não se preocupe."
Sorri e passei meus braços em volta de seu pescoço, puxando-o para mais perto de mim. Ele
passou a mão pelo meu corpo, me fazendo tremer e me pressionar mais perto dele.
Eu precisava dele. Eu o queria. Os hormônios da gravidez eram uma loucura.

Passei minha mão por seu peito musculoso. Sua figura incrível nunca parava de me fazer
babar.

“Oh, querido, eu adoraria ficar na cama com você, mas Emma e Logan estão vindo,” Andrew
murmurou enquanto abaixava a cabeça e começava a beijar meu pescoço.

Eu choraminguei baixinho.

Por que eles estavam vindo de qualquer maneira? Era sábado. Devíamos ter podido ficar na
cama o dia todo e desfrutar um do outro.

“Por que eles estão vindo?” Eu perguntei, concentrando-me em como seus lábios se sentiam
contra a minha pele.

A sensação era incrível e eu não queria que ele parasse.

Mas ele fez.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um pequeno sorriso no rosto.

“Você os convidou para que pudéssemos contar sobre o bebê”, disse Andrew, me fazendo
suspirar.

Eu fiz isso.

“Oh, querido, estaremos de volta para nossa cama em pouco tempo”, disse Andrew quando
percebeu a decepção em meu rosto. “Eu quero fazer sexo com você também. Que merda.

Olhei para ele e sorri.

Pressionei meus lábios contra os dele assim que ouvimos a campainha.

Eu gemi, fazendo Andrew rir.

“Isso é culpa sua,” ele disse provocativamente enquanto se levantava e colocava um

moletom sobre a cabeça.

Revirei os olhos e me sentei.

“Vista-se”, disse Andrew, vestindo o moletom. “Vou fazer um café para eles.”

Eu balancei a cabeça e me levantei. Andrew me deu um pequeno beijo antes de sair do

quarto.

Coloquei a mão na minha barriga e sorri.

“Você terá o melhor pai do mundo, meu pequeno Sunshine”, eu disse calmamente.

Eu quis dizer isso. André foi incrível. Ele era um homem incrível, um parceiro incrível e um
irmão incrível. Não havia como ele ser nada menos que um pai incrível.

Coloquei minhas roupas e saí do nosso quarto. Eu esperava voltar para lá o mais rápido
possível.

"Por que você está sorrindo como um idiota?" Ouvi a voz de Logan quando me aproximei da
cozinha.

Ouvi Andrew rir.

“Porque estou grávida!” Exclamei quando entrei na cozinha.

Não fazia sentido esperar. Eu queria que eles fossem embora o mais rápido possível. Eu
adorava os dois, mas precisava de algum tempo a sós com meu companheiro. Se eu
soubesse que ficaria com tanto tesão, nunca os teria convidado.

Os olhos de Emma se arregalaram. Logan ofegou silenciosamente.

"O que?!" Emma exclamou feliz enquanto se levantava e corria em minha direção.

Ela colocou a mão na minha barriga e sorriu.

"VocÊ esta grávida?" ela perguntou.

“Sim,” eu balancei a cabeça. "Você vai ser tia."

Emma sorriu e me puxou para um abraço apertado.

“Oh, Deusa, estou tão feliz!” Ema disse. "Parabéns!"

Olhei para Logan e meu companheiro. Logan estava sorrindo e puxando Andrew para um
abraço.

“Parabéns, cara”, disse Logan. “Você vai ser um pai incrível.”

“Obrigado,” Andrew disse alegremente enquanto soltava Logan.

Emma me soltou e se virou. Andrew sorriu e estendeu a mão para ela. Ela correu para os
braços dele e eles se abraçaram com força.

“Parabéns”, disse Emma. "Estou tão feliz por você."

Andrew beijou o topo de sua cabeça e sorriu.

“Obrigado, Em,” ele murmurou, esfregando as costas dela suavemente.

Observá-lo com ela fez meu coração inchar. Eu estava tão orgulhoso dele. Ele foi incrível.
Ele era amoroso e atencioso, e eu não poderia ter desejado um companheiro melhor.

Emma soltou Andrew. Ele sorriu para ela antes de olhar para mim.

Aproximei-me dele e ele me puxou para seus braços.

“Vocês vão ter um filhote bem a tempo para um novo jardim de infância”, disse Emma, nos
fazendo rir.

Andrew beijou minha têmpora e eu me inclinei mais para ele.

Um enorme sorriso se espalhou pelo meu rosto. Eu tive muita sorte. Eu não poderia ter
pedido um companheiro melhor e uma família melhor. Eu estava tão feliz e sabia que
sempre seria assim enquanto eu os tivesse.

OceanoofPDF. com
Drake e Amy

CAPÍTULO UM - Uma sensação estranha

Ponto de vista de Drake

“Você realmente precisa parar de olhar para ela”, meu Beta me disse. “Ela é uma loba
acasalada. Ela é uma mulher casada.

Engoli a dose de uísque e olhei para ele.

“Não estou olhando para ela”, murmurei. "Eu superei ela."

Josh suspirou e revirou os olhos.

Eu estava dizendo a verdade. Eu superei Emma. Eu sempre ficaria fascinado com sua beleza
e seu poder, mas eu a superei. Ela não era minha. Ela era de Logan, e quanto mais eu
observava os dois juntos, mais eu sabia que a Deusa havia feito a escolha certa. Eles eram
perfeitos juntos. Eles foram realmente feitos um para o outro. Fiquei feliz que Logan
cresceu e percebeu que tipo de mulher ele tinha ao lado dele. Fiquei feliz que ele percebeu
seu erro antes de perdê-la. Fiquei feliz que Emma o perdoou.

“Diga isso aos seus olhos”, Josh murmurou. “Eles estão olhando para ela.”

Eu estava olhando para ela, mas não porque a quisesse. Eu estava olhando para ela porque
queria alguém como ela. Eu queria um companheiro. Eu queria alguém que me amasse
assim como Emma amava Logan.

Observei enquanto ela olhava para Logan e sorria. Observei Logan passar o braço em volta
da cintura dela e beijar o topo de sua cabeça. Ambos olharam para Alpha Greg e
continuaram a falar com ele.

Estávamos realizando uma pequena reunião para nós, Alfas, que éramos aliados de Logan.
Era uma tradição anual. Alguns Alfas até trouxeram suas filhas, esperando que um de nós,
Alfas não acasalados, fosse seu companheiro. Para não mentir, eu também queria isso. Eu
esperava que uma daquelas garotas fosse minha.

Mas era a mesma coisa todos os anos. Nenhuma dessas garotas era minha companheira.

'Ela morreu, Drake,' meu lobo suspirou. 'Eu também a quero, mas acho que ela não existe
mais.'

Meu coração apertou e uma dor aguda se espalhou pelo meu peito. Embora eu nunca a
tivesse conhecido, ainda era doloroso pensar que ela havia morrido.

– Eu sei, Dean – suspirei.

“Alfa Drake?” uma voz suave chamou meu nome.

Desviei o olhar de Emma e me virei. Um enorme sorriso se espalhou pelo meu rosto.

A amiga de Emma, Amy, estava atrás de mim com um pequeno sorriso no rosto.

Eu realmente gostei dela. Ela e eu passamos muito tempo juntos nos últimos dias. Tive
alguns problemas com meus campos e com a produção de alimentos em minha matilha.
Meus agrônomos estavam tendo dificuldade para descobrir o que estava acontecendo.
Emma sugeriu que Amy desse uma olhada. Aparentemente, Amy era muito boa com plantas
e conhecia bem o solo. Eu a levei de volta para minha mochila há alguns dias e ela
imediatamente soube o que estava errado. Ela ajudou meus agrônomos e as coisas estavam
melhorando. Fiquei muito grato a ela. Fiquei realmente impressionado. Ema estava certa.
Amy definitivamente conhecia bem o plantio e o solo.

“Oi, Amy,” eu disse enquanto meu sorriso crescia. “Por favor, não me chame de Alfa. É
apenas Drake.”

Ela sorriu, e meu coração deu um salto estranho. Ela era bonita. Seus olhos castanhos
pareciam uma poça de ouro líquido. Seu cabelo loiro morango parecia tão macio. Eu queria
passar meus dedos por ele. Sua boca se moveu, mas não ouvi uma palavra do que ela disse.

"Desculpe, o quê?" Murmurei, fazendo-a rir.

“Perguntei se está tudo bem com o solo agora?” ela repetiu sua pergunta.

Engoli em seco e sorri.

“Sim, claro”, eu disse. "Muito obrigado. Não posso acreditar que meus agrônomos não
tenham descoberto isso.”

“Oh, não os culpe”, disse ela, balançando a cabeça. “Eu também não saberia se já não tivesse
visto uma vez. Era um fungo raro e não admira que não tenham pensado nisso.”

Eu sorri e balancei a cabeça. Eu estava nervoso. Por que eu estava nervoso?

“Sinto muito por incomodar você, Drake”, disse Amy. "Te vejo por aí."

Ela não me incomodou. Ela nunca poderia me incomodar.

Ela me deu um pequeno sorriso e foi embora antes que eu pudesse impedi-la e dizer que
queria falar com ela e que ela não estava me incomodando.

Porra. O que havia de errado com meu cérebro?

- Ela cheira bem. – Dean suspirou.

Ela cheirava bem. Ela cheirava a coco. Eu adorei coco.

“Ela é bonita,” Josh disse, me fazendo olhar para ele.

Eu não sabia por que, mas seu comentário me irritou.

“Ouvi dizer que ela ainda não encontrou um companheiro”, disse Josh, tomando um gole de
sua bebida.

Seus olhos estavam nela e isso estava me irritando.

“Por que você sabe disso?” Eu perguntei, contendo um grunhido. "Você está interessado
nela?"

Josh olhou para mim e sorriu.

“Não”, ele disse. "Você é?"

Cerrei os punhos e desviei o olhar dele.

“Não,” eu murmurei.

“Então tenho certeza de que não vai te incomodar que um homem esteja falando com ela
agora”, disse Josh, me fazendo virar a cabeça na direção dela.

Josh estava certo. Um dos guerreiros que chegou com Alpha Henry estava conversando com
ela. Ela estava balançando a cabeça e sorrindo para ele.

Algo estranho se agitou dentro de mim. Eu não gostei. Eu não queria que ele falasse com
ela. Eu queria arrastá-lo para longe dela.

Rosnei baixinho, coloquei meu copo no bar e caminhei em direção a eles. Eu podia ouvir
Josh rindo baixinho.

"Então, Amy, você está livre esta noite?" o cara perguntou a ela, fazendo aquela sensação
estranha dentro do meu peito crescer. “Eu estava pensando que poderíamos sair e comer
alguma coisa?”

Ela estava prestes a responder, mas eu a interrompi.

"Amy, posso falar com você, por favor?" Eu perguntei, fazendo os dois olharem para mim.

“Alpha Drake,” o cara disse educadamente, inclinando a cabeça em respeito.

Dei-lhe um pequeno aceno de cabeça e olhei para ela.

"Podemos falar?" Repeti minha pergunta.

“Claro”, disse ela, dando-me um pequeno aceno de cabeça.

Ela olhou para o cara e sorriu. "Eu volto já."

Eu tive que segurar um rosnado. Eu não queria que ela voltasse. Eu não queria que ela
saísse com ele esta noite.

De repente, percebi o que era aquela sensação estranha.

Foi ciúme.

CAPÍTULO DOIS - Porra, eu gosto de você

Ponto de vista de Amy

Minhas mãos tremiam.

Alpha Drake era intimidante, ainda mais porque eu tinha uma queda estúpida por ele.

Não que ele algum dia sentiria o mesmo por mim. Ele era um Alfa e eu não era nada. Eu não
era digno dele.

Mas como eu poderia não ter uma queda por ele? Ele era tão bonito. Ele era engraçado. Ele
foi gentil. Conheci-o melhor nas últimas semanas e gostei dele. Ele era um homem bonito e
inteligente.

Eu o segui até o jardim atrás do armazém. Ao contrário do resto do lugar, o jardim era
tranquilo. Ninguém estava por perto e, antes que eu percebesse, Alpha Drake e eu
estávamos completamente sozinhos. Eu ainda podia ouvir as vozes vindas do armazém,
mas não havia ninguém perto de nós.

Eu estava nervoso. Comecei a brincar com meu cabelo, torcendo-o e enrolando-o nos
dedos. Eu sempre fazia isso quando estava nervoso.

Alpha Drake finalmente parou de andar. Ele se virou e me olhou de cima a baixo.

Eu estremeci.

A sensação de nervosismo estava começando a ser substituída pelo medo. Fiz algo de
errado? Ele disse que não havia nada de errado com o solo. Fui desrespeitoso? Eu o ofendi?

Eu vi sua mandíbula apertar. Ele engoliu em seco e estreitou um pouco os olhos.

"Você tem um companheiro?" ele perguntou, sua voz rouca.

Estremeci novamente. Sua voz me fez tremer. Eu nem ouvi a pergunta dele.

O que ele me perguntou?

"O que?" Murmurei, esperando que ele não ficasse ainda mais bravo comigo por não ouvi-
lo.
Ele respirou fundo e fechou os olhos por um segundo.

Porra. Eu o irritei.

"Você tem um companheiro?" ele repetiu sua pergunta.

Desta vez me forcei a ouvi-lo, e sua pergunta me surpreendeu. Ele perguntou se eu tinha
uma companheira?

Alguns segundos se passaram e eu o vi levantar as sobrancelhas para mim. Ele esperava

uma resposta.

“Eu não, Alfa Drake,” eu disse imediatamente, não querendo irritá-lo ainda mais.

“Eu disse para você não me chamar de Alfa”, disse ele.

Porra. Ele me disse isso.

“Sinto muito”, pedi desculpas.

Ele suspirou e me olhou de cima a baixo novamente. Eu podia sentir a temperatura do meu
corpo subindo.

– Concentre-se, Amy – Alora murmurou.

“Estou tentando”, eu disse. 'A paixão que tenho por ele não está ajudando.'

“Ele cheira bem”, Alora murmurou, e eu tive que resistir à vontade de revirar os olhos.

Ela estava me dizendo para me concentrar, e era ela quem estava respirando o cheiro dele
agora. Ele cheirava bem. Ele cheirava como uma floresta depois da chuva. Era meu cheiro
favorito. Eu adorava correr na floresta depois que chovia.

“Quem é aquele homem que te convidou para sair?” Alpha Drake me perguntou, me
fazendo sair dos meus pensamentos.

Franzi as sobrancelhas. Por que ele se importava? Primeiro, ele perguntou sobre meu
companheiro, e agora sobre Nick me convidando para sair. Por que?

“Ele é um dos guerreiros de Alpha Henry”, respondi. “Já nos encontramos algumas vezes
antes.”

Alfa Drake estreitou os olhos.

"O que você ia dizer a ele?" ele perguntou-me.

Meu coração disparou. Por que ele se importava?

Seus olhos escuros perfuraram os meus. Seu cheiro dominou meus sentidos. Eu não
conseguia me concentrar.
"O que?" Eu consegui murmurar.

“Se eu não te arrastasse, você diria sim à proposta dele?” ele perguntou.

Ele realmente não me arrastou. Ele perguntou se poderia falar comigo e eu disse que sim.

“Não”, respondi.

Ele apertou a mandíbula novamente.

"Por que?" ele perguntou.

Principalmente porque eu tinha uma queda por ele, mas não podia contar isso a ele. Ele era
um Alfa. Eu não era ninguém. Eu era apenas um lobo normal.

“Eu não gosto dele assim,” eu murmurei.

Ele engoliu em seco e deu um passo mais perto de mim.

O que diabos ele estava fazendo?! Ele precisava se afastar antes que seu cheiro me fizesse
perder a cabeça.

“Tem mais alguém de quem você gosta, Amy?” ele perguntou, fazendo meus olhos se
arregalarem.

"Por que?" Eu perguntei em vez de responder.

Ele caminhou até mim e acariciou minha bochecha.

Eu congelo. Meu coração disparou.

“Quero saber quanta concorrência tenho”, ele murmurou, passando o dedo para cima e
para baixo em meu queixo.

Meu coração ia parar.

Eu ouvi direito?

Não havia como. Eu imaginei isso. Eu estava sonhando.

“Você não respondeu minha pergunta,” Drake disse, afastando a mão.

Quase chorei. Eu não queria que ele parasse. Seu toque causou arrepios agradáveis na
minha espinha.

O que ele me perguntou?

Franzi as sobrancelhas, fazendo-o sorrir um pouco.

“Tenho concorrência, Amy?” ele repetiu sua pergunta anterior.

Balancei a cabeça, fazendo-o sorrir.

Deusa, seu sorriso fez meus joelhos dobrarem.

Ele segurou minhas bochechas e inclinou minha cabeça para cima. Eu ia desmaiar. Eu nem
tinha certeza se meu coração estava batendo ou não. Eu não conseguia sentir nada além de
suas mãos em meu rosto.

“Porra, eu gosto de você,” ele murmurou, curvando-se um pouco. "Você é lindo. Fiquei
muito feliz nas últimas semanas e finalmente percebi que passar um tempo com você era a
razão para isso.

Eu realmente ia desmaiar. Não havia como isso acontecer. Eu estava sonhando. Talvez eu
tenha caído e batido a cabeça em algum lugar e estava tendo alucinações com tudo isso.

“Você também gosta de mim, Amy?” ele me perguntou baixinho.

Ele olhou para meus lábios e meu coração disparou.

Ele iria me beijar? Ah, eu queria que ele me beijasse.

“Eu quero,” eu murmurei. “Mas você é um Alfa e eu sou apenas…”

Não consegui terminar a frase porque ele pressionou seus lábios macios contra os meus.
Ele passou a língua no meu lábio inferior, me fazendo abrir para ele. Sua língua entrou na
minha boca e seu gosto me fez gemer. Ele até tinha gosto de chuva.

Ele tirou uma das mãos do meu rosto, colocou-a na minha cintura e me pressionou mais
perto dele.

Todo o meu corpo estava em chamas.

“Porra, seu gosto é incrível,” ele murmurou quando parou de me beijar.

Ele pressionou a testa contra a minha e fechou os olhos. Tentei forçar meu coração a bater
um pouco mais devagar. Tentei respirar fundo. Tentei impedir que meu corpo tremesse.

“Eu nunca quero ouvir você dizer sim para outro homem”, ele murmurou. “Fui claro?”

Eu não pude fazer mais nada além de concordar. Eu não conseguia nem falar.

“Boa menina,” ele murmurou e me beijou novamente.

CAPÍTULO TRÊS - Companheiro Escolhido

Ponto de vista de Drake

Eu estava nervoso pra caralho.

E se ela dissesse não?

“Você pode parar de andar por aí?” minha irmã suspirou. “Você está me deixando louco.”

Olhei para ela e revirei os olhos.

“Estou nervoso”, murmurei enquanto me sentava ao lado dela.

Coloquei minha mão em sua barriga e esfreguei suavemente. Eu não conseguia acreditar
que logo teria um sobrinho.

“Pare de ficar nervoso”, Daisy suspirou. “Essa garota está tão loucamente apaixonada por
você. Ela vai dizer sim.

Olhei para minha irmã e sorri.

"Você acha mesmo?" — perguntei, fazendo Daisy rir.

“Sim,” ela assentiu. "Pare de se preocupar."

Suspirei e passei os dedos pelos cabelos.

Eu não estava nervoso só porque estava prestes a pedir a Amy para ser minha companheira
escolhida. Eu estava nervoso por causa de tudo que a bruxa acabara de nos contar.

“Onde está André?” — perguntei a Margarida.

“Tomando banho,” ela murmurou. “Ele ficou assustado quando voltou para casa.”

“É claro que ele estava,” eu murmurei. “Se o que aquela bruxa disse for verdade…”

“Pare com isso”, Daisy me interrompeu. “Não estamos falando sobre isso porque vou perdê-
lo. Posso sentir as emoções de Andrew, e isso é mais que suficiente. Além disso, você tem
coisas mais importantes para fazer agora.”

Eu fiz. Tive que pedir ao amor da minha vida para ser meu companheiro escolhido.

Eu nunca teria pensado que me apaixonaria tão perdidamente por Amy. Eu nunca teria
pensado que ela se tornaria todo o meu maldito mundo.

Mas ela fez. Ela era tudo para mim e eu mal podia esperar para tornar isso oficial. Eu mal
podia esperar para afundar meus caninos em seu doce pescoço. Eu mal podia esperar até
poder chamá-la oficialmente de minha.

Ouvi a porta da frente abrir e o cheiro incrível de Amy encheu todo o meu corpo.

“Drake?” Ela me chamou suavemente.

Levantei-me imediatamente e corri em direção a ela.

Sorri assim que a vi.

“Onde está Emma?” ela perguntou. "O que aconteceu?"

Eu a puxei em meus braços em vez de responder. Enterrei meu nariz em seu cabelo e
respirei fundo.

Eu não conseguia nem imaginar o que Logan estava passando. Se alguém tentasse tirar
Amy de mim, eu perderia o controle. Se eu descobrisse que havia outro homem atrás dela,
sentiria muita dor.

“Drake?” Amy chamou meu nome, me fazendo olhar para ela.

“Logan a levou para casa”, eu disse a ela. “Explicarei tudo mais tarde. Preciso falar com você
agora mesmo.

Eu tinha um jantar inteiro planejado, mas meus planos fracassaram depois do que
aconteceu. Eu poderia ter feito um novo plano para amanhã, mas não queria esperar. Se
esta situação com Emma e seu novo companheiro me ensinou alguma coisa, foi não
esperar, porque você nunca poderia saber o que aconteceria a seguir.

Eu queria perguntar a Amy agora. Eu precisava perguntar a ela agora. Eu precisava torná-la
minha o mais rápido possível.

Peguei a mão dela e a tirei de casa. Eu sabia exatamente para onde levá-la.

“Está tudo bem, Drake?” Amy perguntou preocupada, tentando acompanhar meu ritmo
acelerado.

“Sim, princesa,” eu disse a ela. "Tudo está bem."

"Onde estamos indo?" ela perguntou, me fazendo olhar para ela.

“Para o jardim”, eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso. “Para o lugar onde nossa história
começou.”

Eu podia ouvir o batimento cardíaco dela acelerar.

Felizmente, a casa de Andrew não ficava longe do empacotador e estávamos em nosso

lugar alguns minutos depois.

Eu me virei para olhar para minha futura Luna. Sorri e puxei-a para mais perto de mim.

“Deusa, você é linda,” murmurei enquanto pressionava meus lábios contra os dela.

Ela entrelaçou os dedos em meu cabelo e me beijou de volta. Eu estava no céu.

Parei de beijá-la e segurei suas bochechas.

“Eu tinha planejado um jantar inteiro e lamento não termos podido ir”, eu disse a ela.
“Pensei em remarcar, mas mal podia esperar para te perguntar uma coisa.”

Amy respirou fundo e mordeu o lábio inferior.

“Eu te amo, Amy,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso. “Nunca pensei que teria a sorte
de encontrar alguém como você. Eu te amo pra caralho e quero passar o resto da minha
vida com você. Você me daria a maior honra e se tornaria minha companheira e Luna?

Meu coração estava batendo incrivelmente rápido quando terminei de falar.

Eu não tinha certeza se Amy estava respirando.

Ela estava quieta, mas uma lágrima caiu em seu rosto.

Eu não tinha certeza se isso era possível, mas meu coração começou a bater ainda mais
forte. Por que ela não estava dizendo nada? Por que ela estava chorando? Ela iria dizer não?
Se ela dissesse não...

“Eu te amo, Drake,” ela finalmente falou. “Estou tão feliz com você e nunca quero perder
você. Eu ficaria muito feliz em me tornar seu companheiro e sua Luna. Eu ficaria muito feliz
em passar o resto da minha vida com você e chamá-lo de meu companheiro e meu Alfa.”

O medo lentamente começou a desaparecer, mas voltou como um maremoto após a frase
seguinte.
“Mas e se eu não for bom o suficiente?” ela murmurou, fazendo meu coração disparar parar.

Do que diabos ela estava falando?

Franzi as sobrancelhas e estudei seu rosto.

“Eu sou um lobo comum”, ela continuou. “Eu nunca fui feito para ser uma Luna. E se eu
errar? E se eu fosse uma Luna terrível? E se você se arrepender de me perguntar? E se…"

Parei sua divagação capturando seus lábios com os meus.

“Cale a boca,” eu murmurei contra seus lábios. “Você vai ser uma Luna incrível. Você não
vai me abandonar, Amy.

Sentei-me no banco e puxei-a para o meu colo. Limpei as lágrimas de seu rosto e a beijei
novamente.

“Diga sim”, eu disse a ela. "Eu não vou deixar você ir."

Ela sorriu e assentiu.

“Sim”, ela disse, me fazendo o homem mais feliz de todos os tempos. “Eu adoraria ser sua
companheira e Luna.”

Eu sorri brilhantemente e a puxei para um abraço apertado.

“Eu te amo, princesa,” eu disse a ela enquanto esfregava suas costas suavemente.

“Eu também te amo, meu Alfa”, ela respondeu, fazendo meu coração bater mais forte.

CAPÍTULO QUATRO - Nosso filho

Ponto de vista de Amy

“Devíamos fazer outro”, disse meu companheiro, olhando para nosso filho.

Ele foi a surpresa de uma vida porque pensávamos que ele era uma menina até que eu o dei
à luz, algumas horas atrás.

Ele o carregava, recusando-se a colocá-lo no berço. Gostei de observá-lo com nosso filhote,
e se a dor do parto ainda não estivesse fresca em minha mente, eu faria com que ele
colocasse outro filhote em mim agora mesmo.

“Claro”, eu disse, sorrindo um pouco. “Será você quem dará à luz o próximo?”

Drake olhou para mim e sorriu.

“Eu faria isso se pudesse”, disse ele. “Mas eu não posso, então você terá que fazer isso.”

Eu ri e balancei a cabeça.

“Eu quero uma menina”, disse Drake, olhando de volta para o nosso bebê. “Eu estava me
preparando para ser pai de menina. Não quero que isso seja desperdiçado.”

Eu ri baixinho. Drake não estava brincando. Ele estava tão animado por ter uma menina.

“Podemos revisitar o assunto depois que eu esquecer a dor”, eu disse, fazendo-o olhar para
mim.

Ele se aproximou da minha cama e se abaixou para beijar minha testa.

“Sinto muito, princesa”, disse ele. “Se eu pudesse, tiraria toda a sua dor.”

Olhei para ele e sorri.

“Eu sei,” eu disse suavemente.

Ele deu um pequeno beijo em meus lábios, me deixando ávida por mais.
“Que tal você colocar nosso filhote no berço e deitar ao lado do seu companheiro por um
tempo?” Eu perguntei, sorrindo para ele.

“Você não precisa me perguntar duas vezes”, disse ele, caminhando em direção ao berço.

Ele deu um beijo suave na bochecha do nosso filhote e o colocou no chão.

Ele voltou para mim e eu abri espaço para ele na minha cama. Ele deitou ao meu lado e me
puxou para seus braços.

Suspirei contente. A dor diminuiu assim que estive em seus braços.

“Obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo,” ele murmurou enquanto inclinava
minha cabeça para cima.

Sorri e pressionei meus lábios contra os dele.

“Como vamos chamá-lo?” Eu perguntei, rindo.

Queríamos chamar nossa filha de Halley, mas obviamente isso não acontecia mais.

“Que tal Hayden?” Drake perguntou.

Ele deu um pequeno beijo na ponta do meu nariz. Sorri e pressionei meu corpo mais perto
do dele.

“Eu gosto disso”, eu disse. “Alfa Hayden.”

Drake sorriu e pressionou seus lábios contra os meus.

“O que eu fiz para merecer você?” ele murmurou enquanto respirava fundo.

“Seu solo tinha um fungo e seus agrônomos não conseguiram descobrir”, respondi,
fazendo-o rir.

“Graças à Deusa por esse fungo”, disse ele. “Não sei o que teria feito sem ele.”

“Você provavelmente ainda estaria babando por Emma,” eu disse, sorrindo.

Seus olhos se arregalaram. Eu ri.

“Eu nunca a amei”, ele murmurou, e pude ouvir o medo em sua voz. “Eu estava apaixonado
pela ideia dela.”

Sorri e acariciei sua bochecha.

“Eu sei”, eu disse.

“Eu não achei que você soubesse,” ele murmurou baixinho.

Eu sorri e balancei a cabeça.

“Ela é minha melhor amiga”, eu disse. “Claro que eu sabia.”

Drake gemeu e encostou a testa na minha.

“Foda-se,” ele murmurou. “Eu nunca a amei, Amy. Nunca amei ninguém como amo você. Eu
nunca a quis do jeito que quis você. Ela foi apenas uma ideia pela qual me apaixonei. Ela foi
feita para Logan da mesma forma que você foi feito para mim.

Eu ri e enrosquei meus dedos em seu cabelo. Levantei sua cabeça para poder olhar em seus
olhos.

“Eu sei disso”, eu disse. “Você não precisa se preocupar.”

Drake suspirou e acariciou minha bochecha.

"Você sabe quando eu percebi que queria você?" ele perguntou-me.

Eu sorri e balancei a cabeça.

“Eu estava me apaixonando lentamente por você enquanto você estava aqui ajudando com
nossa questão do solo”, disse ele. “Eu não percebi isso, no entanto. Não até que eu vi você
naquela reunião do Alfa na matilha de Logan.”

Ele deu um pequeno beijo em meus lábios antes de continuar.

“Eu estava olhando para Emma e Josh ficava me dizendo para parar com isso porque ela era
uma mulher casada”, disse ele, rindo. “Percebi que não estava olhando para ela porque a
queria, mas porque queria uma companheira. Eu queria esse tipo de amor que ela e Logan
tinham.”

Ele deu um pequeno beijo na minha bochecha, me fazendo sorrir.

“E então você veio falar comigo,” ele murmurou. “Meu mundo inteiro se iluminou em um
segundo. Lembro-me de pensar em como você é linda e inteligente.”

“Sim, estou,” eu disse, fazendo-o rir.

“Mas então você começou a conversar com aquele cara e eu fiquei chateado”, ele suspirou,
revirando os olhos. “Eu sabia que não poderia deixar nada acontecer entre vocês dois. Eu
sabia que tinha que fazer algo antes que alguém tirasse você de mim.”

Sorri e o puxei para outro beijo.

“Estou tão feliz que você me impediu de sair com aquele cara,” eu disse enquanto parava de
beijá-lo. “Eu tinha uma queda enorme por você, mas nunca teria admitido isso.”

Ele franziu as sobrancelhas.

"Por que não?" ele perguntou.

Suspirei e acariciei sua bochecha.

“Achei que não seria bom o suficiente para um Alfa,” eu disse calmamente. “Achei que não
seria bom o suficiente para você.”

Drake suspirou e me puxou para um abraço.

“É o contrário”, disse ele. “Sou eu que não sou bom o suficiente para você, princesa.”

Eu bati em seu braço de brincadeira.

“Pare de dizer isso”, eu disse. “Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo.”

Ele riu e beijou o topo da minha cabeça.

“Eu te amo muito, princesa”, disse ele.

“Eu também te amo, meu Alfa,” eu disse, sorrindo contente.

Nosso filho começou a chorar, nos fazendo rir.

“Eu o peguei,” Drake disse enquanto me soltava e se levantava.

Ele se aproximou do berço e pegou nosso filho no colo.

“Oi, Alfa Hayden,” Drake murmurou. “Seu pai te ama muito.”

Meu coração disparou enquanto observava o amor da minha vida sorrindo para nosso filho.
Eu não conseguia acreditar na sorte que tive. Eu não conseguia acreditar que um homem
como Drake me escolheu. Eu não conseguia acreditar que ele me amava. Eu sempre seria
grato por isso e sempre faria tudo o que pudesse para mostrar a ele o quanto o amava.

OceanoofPDF. com
Nathan e Janete

CAPÍTULO UM - Meu Pai

Ponto de vista de Nathan

“O que diabos aconteceu com você?!” Mark exclamou quando entrei em meu escritório.

Ele correu em minha direção e me ajudou a sentar no sofá.

“Puta merda, Nathan,” ele murmurou, inclinando minha cabeça para olhar meu rosto
espancado e machucado.

“Nada que eu não merecesse,” murmurei, fazendo Mark franzir as sobrancelhas.

"Do que diabos você está falando?" ele perguntou.

Suspirei e olhei para o armário de bebidas.

“Traga-me um copo de uísque, sim?” Eu murmurei.

Mark suspirou e foi até o armário. Observei-o servir uísque em dois copos.

Ele caminhou de volta em minha direção e me entregou um copo.

Peguei dele e despejei o uísque na garganta.

“Eu era o companheiro amaldiçoado,” murmurei, olhando para um copo vazio.

"O que?" Mark murmurou, choque evidente em sua voz.

Olhei para ele e respirei fundo.

“Ela não era minha,” eu disse. “Eu era o amaldiçoado.”

Os olhos de Mark se arregalaram. Eu poderia dizer que ele tinha um milhão de perguntas
para me fazer, mas presumi que ele não sabia por onde começar.

“Eles me deixaram ir porque sou um Alfa”, eu disse. “Eles disseram que não queriam me
matar e entrar em guerra com meu pai maluco.”

Eu os entendi completamente. Meu pai era louco e iria para a guerra com eles.

“Estou tão confuso,” Mark murmurou enquanto se sentava ao meu lado.

Suspirei e olhei para meu amigo.

“Mas ela deveria ser nossa Luna,” Mark murmurou. “Quem será nossa Luna? Você tem um
companheiro verdadeiro?

Eu sorri um pouco.

“Sim”, eu disse. “A Deusa da Lua me disse que sim.”

Os olhos de Mark se arregalaram. Ele estudou meu rosto por alguns segundos.

“Quão forte eles bateram em você?” ele perguntou, estreitando os olhos e olhando para os
hematomas na minha cabeça.

Suspirei e revirei os olhos para ele.

“Emma e eu vimos a Deusa da Lua depois que ela quebrou a maldição”, eu disse. “A magia
dela nos nocauteou e acordamos em algum campo. Temos que conversar com a Deusa da
Lua lá. Ela me disse que meu verdadeiro companheiro estava esperando por mim na minha
mochila.”

Os olhos de Mark se arregalaram ainda mais.

"Quem é ela?" ele perguntou.

Dei de ombros.

Mark queria me perguntar mais alguma coisa, mas foi interrompido quando a porta do meu
escritório se abriu.

“Onde está sua Luna?” meu pai perguntou.

Seus olhos se arregalaram enquanto ele me olhava de cima a baixo.

“O que diabos aconteceu com você?!” ele gritou, fechando a porta do meu escritório.

A raiva dentro de mim começou a ferver.

O homem na minha frente era culpado de foder tudo. Foi ele quem encheu minha cabeça
com histórias do Lobo Branco. Foi ele quem me disse que eu era seu companheiro dado
pela Deusa. Foi ele quem me fez acreditar que ela me pertencia.

Ele matou minha mãe. Ele abusou de mim. Ele destruiu completamente nossa matilha.

Eu também era o culpado. Eu não deveria ter ouvido ele.

Olhando para trás, a maldição prendeu muita raiva dentro de mim. A magia negra estava
comendo meu coração e minha alma. Meu pai apenas colocou lenha na fogueira.

Eu queria matá-lo.

Mas não consegui.

Não importa o que acontecesse, ele era meu pai. Eu não seria capaz de conviver com o fato
de ter matado meu próprio pai.

“Você está banido da matilha,” eu disse enquanto me levantava. “Você não é mais membro
do Blood Moon Pack. Você será escoltado até a fronteira. Você é um trapaceiro agora. Se eu
te ver perto da minha matilha, vou te matar.”

Eu podia sentir a ligação do meu pai com a ruptura da matilha.

Seus olhos se arregalaram quando ele caiu de joelhos. Ele ofegou por ar.

"O que você fez?!" ele gritou.

“Você fez da minha vida um inferno”, eu disse, tentando manter a calma. “Você envenenou
minha mente e minha alma. Você destruiu nossa matilha. Você não merece mais fazer parte
disso. Você não merece mais fazer parte da minha vida.

Meus guerreiros bateram na porta do meu escritório. Eles podiam sentir o cheiro do meu
pai. Ele cheirava como um trapaceiro agora.

“Entre”, eu disse.

A porta se abriu e meus guerreiros entraram.

“Leve-o para a fronteira”, ordenei. “Ele não é mais um membro da nossa matilha.”

Eu poderia dizer que meus guerreiros ficaram surpresos, mas eles me ouviram. Eles não
tiveram outra escolha.

“Isso não acabou!” meu pai gritou. “Eu vou te trazer de volta por isso! Farei da sua vida um
inferno, Nathan!”

“Você já fez isso,” eu disse quando a porta do escritório se fechou.

A última coisa que vi foi o olhar assassino nos olhos do meu pai.

“Que porra é essa?” Mark murmurou, me fazendo olhar para ele.

“Eu prometi a Emma que cortaria todos os laços com ele”, eu disse enquanto caminhava até
o armário de bebidas e me servia de outra bebida. “Eu prometi a Emma que ouviria mais
meu lobo. Ela salvou minha vida e farei tudo que puder para recompensá-la.”

“Não me entenda mal, estou feliz que você finalmente se livrou de seu pai, mas exilando-o?”
Mark murmurou. “Isso foi inteligente?”
“Eu não dou a mínima,” eu disse. “Eu vou matá-lo se o vir aqui novamente.”

Eu derramei outra bebida na minha garganta.

Respirei fundo depois de engolir minha bebida.

Eu congelo. Noel se mexeu.

O perfume mais lindo fez meus joelhos dobrarem.

Uma batida na porta me fez congelar.

“Entre,” Mark murmurou.

Meu companheiro estava do outro lado daquela porta. Eu sabia. Eu senti.

A porta se abriu e a mulher mais maravilhosa entrou no meu escritório.

Janete.

Ela estava olhando para mim com os olhos arregalados. Eu podia ouvir seu coração
acelerado.

"O que diabos está acontecendo?" ela murmurou, sua voz tremendo. “Por que meu lobo
simplesmente reconheceu você como minha companheira?”

Mark engasgou.

Noel iria explodir de felicidade.

“Companheiro,” eu murmurei enquanto corria em direção a ela.

Diminuí a distância entre nós e a puxei para meus braços.

Formigamentos e faíscas explodiram na minha pele.

Eu tive meu companheiro comigo o tempo todo. Ela estava sempre ao meu lado. Ela sempre
foi minha.

CAPÍTULO DOIS - Meu companheiro

Ponto de vista de Janete

Eu estava tão confuso.

Meu coração estava batendo forte no meu peito. Os formigamentos e faíscas na minha pele
eram agradáveis, mas estranhos.

O que estava acontecendo?!

— O que está acontecendo, Jess? Eu perguntei ao meu lobo.

“Não sei”, ela choramingou. — Não posso falar com Noel. Ele está muito animado.

Nathan finalmente me deixou ir.

Eu vi lágrimas em suas bochechas machucadas.

Um de seus olhos estava inchado e fechado. O outro era completamente preto e azul.

“Você pode nos dar um pouco de privacidade, Mark?” Nathan murmurou, mantendo os
olhos nos meus.

Bem, um de seus olhos.

“Claro”, Mark murmurou, e eu o ouvi sair do escritório de Nathan.

“Você estava bem ao meu lado todo esse tempo,” Nathan murmurou enquanto encostava
sua testa na minha.

Por que ele não ficou tão surpreso quanto eu? Por que parecia que ele sabia o que estava
acontecendo? Ele sabia?

“O que está acontecendo, Nathan?” Eu perguntei, tentando impedir que minha voz
tremesse.

Nathan levantou a cabeça e pegou minha mão na sua. Ele me puxou para o sofá e nos
sentamos um ao lado do outro.

“Não há uma maneira fácil de dizer isso, Jenny”, ele murmurou, me chamando pelo meu
apelido de infância. “Vou lhe contar minha história e deixarei que você decida o que quer
fazer.”

Eu não tinha certeza se isso era possível, mas meu coração disparou ainda mais.

“Você conhece a lenda do Lobo Branco?” Nathan me perguntou.

“Claro,” eu murmurei.

Crescemos ouvindo histórias sobre o Lobo Branco. Todos da nossa matilha conheciam a
lenda.

“As histórias são verdadeiras, Jenny”, disse Nathan, apertando minha mão com mais força.
“A companheira de Alpha Logan, Emma, é o Lobo Branco.”

Meus olhos se arregalaram. O que?

“Meu pai sempre me disse que eu era o companheiro dado pela Deusa ao Lobo Branco,”
Nathan continuou. “Ele me disse que ela seria minha Luna. Ele me disse que ela me tornaria
o Alfa mais forte.”
Nathan respirou fundo e acariciou minha bochecha.

Os arrepios me fizeram estremecer.

“Quando descobri sobre Emma, eu sabia que precisava ir buscá-la”, Nathan murmurou. “Eu
tinha tanta certeza de que ela era minha. Saí para a Matilha da Lua Crescente para trazê-la
de volta aqui e torná-la minha Luna.”

Meu coração se partiu. Jess uivou baixinho. Eu podia sentir a dor dela. Eu podia sentir sua
tristeza.

Nathan apertou a mandíbula. Ele me puxou para mais perto e colocou um braço em volta da
minha cintura.

“Eu estava errado, Jenny,” Nathan continuou. “Eu era o companheiro amaldiçoado. Emma já
estava com seu companheiro dado pela Deusa. Você e eu não conseguíamos sentir nosso
vínculo porque eu estava enfeitiçado.”

Eu podia sentir meu coração batendo na minha garganta. Estava ficando cada vez mais
difícil respirar.

"Você me deixou para ir buscá-la?" Murmurei, sentindo uma dor aguda no peito.

Tudo foi muito pior porque eu estava...

“Eu fiz,” Nathan murmurou. “Eu sinto muito. Eu não sabia. Se eu soubesse, não iria embora.
Eu não te abandonaria, Jenny.

Senti uma lágrima cair na minha bochecha.

“Eu fui um completo idiota,” Nathan suspirou enquanto encostava sua testa na minha. “A
maldição me deixou com muita raiva. Meu pai me deixou com raiva. Cometi um grande erro
e machuquei muitas pessoas por causa disso.”

Limpei as lágrimas do meu rosto.

“Quem você machucou?” Eu perguntei baixinho.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim. Eu podia ver a dor e o arrependimento em seus
olhos.

“Você”, ele disse. “Emma, Logan, irmão de Emma e sua esposa. A lista continua e continua."

Engoli em seco e respirei fundo.

"O que você fez?" Perguntei.

Nathan abaixou a cabeça e respirou fundo.

“Eu estava com raiva porque Emma não me queria”, disse ele. “Tentei forçá-la a vir comigo,
ameaçando machucar sua cunhada e seu filhote ainda não nascido.”

Coloquei minha mão na parte inferior da barriga automaticamente.

Nathan olhou para mim. Eu vi como ele estava envergonhado.

“Não acredito que fiz isso”, ele murmurou. “Não acredito que eles me deixaram ir. Eu tinha
certeza de que eles iriam me matar.”
Uma dor aguda no peito quase me fez ofegar. Se eles o tivessem matado...

“Emma salvou minha vida”, disse Nathan. “Ela me fez prometer que cortaria todos os laços
com meu pai. Ela me fez prometer que ouviria mais Noel.”

Franzi as sobrancelhas. "O que você quer dizer?"

“Eu exilei meu pai da nossa matilha,” Nathan disse, me fazendo ofegar. “Cansei de ser
controlada por ele. Emma salvou minha vida e eu retribuiria sendo uma pessoa melhor.
Serei uma pessoa melhor para você. Farei tudo o que for preciso para merecer você.

Minha cabeça estava girando.

“Você exilou seu pai?” Eu murmurei.

“Eu fiz,” Nathan assentiu. “Você sabe que tipo de homem ele é. Você sabe o que ele fez. A
única razão pela qual eu o ouvi todo esse tempo foi porque ele estava alimentando a raiva
dentro de mim. Agora que a maldição acabou, a raiva também desapareceu. Não quero mais
aquele homem perto de mim.”

Nathan estava certo. Seu pai era um homem terrível. Ele foi cruel e fez da vida de Nathan
um inferno. Fiquei feliz por ele ter se livrado dele.

“Eu sei que você levará algum tempo para processar tudo o que acabei de lhe contar,”
Nathan disse enquanto se inclinava e beijava minha bochecha. “Eu conheço você bem o
suficiente para saber que você não me aceitará imediatamente.”

Ele estava certo. Ele me conhecia bem.

“Preciso de um tempo, Nathan”, eu disse.

Ele assentiu e me deu um pequeno sorriso.

“Vou esperar por você o tempo que for necessário”, disse ele suavemente. “Eu quero que
você saiba que eu sinto muito. Quero que você saiba que eu te amo.”

Engoli em seco e respirei fundo.

“Nathan?” Liguei para ele baixinho.

“Sim, Jenny?” ele perguntou, me dando um pequeno sorriso.

Eu tive que contar a ele. Eu não conseguia mais esconder isso dele. Esta notícia não teve
nada a ver com o nosso problema atual. Era apenas uma questão de tempo até que ele
descobrisse. Fiquei surpreso que ele ainda não percebeu.

“Estou grávida de dois meses e meio”, eu disse calmamente. “É um menino. Você vai ser
pai.”

Seu único olho bom se arregalou e um enorme sorriso se espalhou por seu rosto. Ele olhou
para minha barriga e soluçou.

“Eu vou ser pai?” ele perguntou, olhando para mim.

Assenti e ele me puxou para um abraço imediatamente.

Meu coração pulou uma batida. Fiquei tão feliz que a notícia o deixou feliz.

Eu ainda precisava de tempo, no entanto. Eu precisava de tempo para processar tudo o que
aconteceu. Eu precisava de tempo para aceitar tudo.

CAPÍTULO TRÊS - Caçador

Ponto de vista de Nathan

Eu estava olhando para meu lindo menino, que dormia pacificamente em meus braços.

Ele era perfeito. Ele era uma combinação perfeita de sua mãe e eu.

"Você será o melhor Alfa um dia", eu disse a ele calmamente. "Estarei ao seu lado em cada
passo do caminho. Não vou fazer o que meu pai fez, eu prometo. Serei melhor. Farei
melhor."

Quando meu filhote nasceu, um dos meus maiores medos era ser um péssimo pai. Eu não
tive o melhor modelo enquanto crescia. Eu estava com tanto medo de acabar como meu pai.

Mas Jenny me convenceu do contrário. Ela me fez perceber que eu era diferente. Ela estava
lá para mim e me apoiou em cada passo do caminho.

Infelizmente para mim, ela só estava lá para mim como amiga.

Ela disse que precisava de tempo. Eu entendi e tentei apoiá-la.

Foi tão difícil, no entanto. Eu queria meu companheiro mais do que tudo. Eu queria beijá-la
e queria abraçá-la. Eu queria marcá-la. Eu queria torná-la minha.

Mas eu sabia que ela precisava de tempo. Eu sabia que estraguei tudo.
"Como ele está?" Eu ouvi a voz do meu companheiro.

Eu me virei e sorri.

"Ele está dormindo pacificamente", eu disse, olhando para ele.

Abaixei-me e dei um beijo suave em sua testa.

“Não acredito que ele está com três meses hoje”, disse Jenny calmamente. "O tempo está
passando tão rápido."

Meu coração se apertou.

Ela estava certa. O tempo estava passando tão rápido e eu ainda não a tinha. Minha família
ainda não estava completa.

Jenny se aproximou de nós e sorriu. Ela olhou para o nosso cachorrinho e acariciou sua
bochecha.

"Ele é tão fofo", ela murmurou. "E não estou dizendo isso só porque ele é nosso
cachorrinho."

Eu ri e beijei sua têmpora.

"Você não é nada tendencioso", eu disse provocativamente, fazendo-a revirar os olhos para
mim.
Deusa, ela era linda.

Apertei minha mandíbula e tomei uma decisão. Resolvi falar com ela hoje. Eu não podia
esperar mais. Eu precisava dela. Eu precisava torná-la minha. Eu ficaria louco se não o
fizesse.

Eu entenderia se ela precisasse de mais tempo. Eu encontraria uma maneira de lidar com
isso, mas precisava tentar.

Ela estava morando no packhouse, dormindo no quarto ao lado do meu. Ela estava aqui. Eu
a via todos os dias. Ela era a Luna da minha matilha.

Mas ela ainda não era minha companheira. Eu ainda não conseguia tocá-la e me enterrar
dentro dela.

Voltei para o berço e coloquei meu filho no chão.

Eu precisava fazer isso agora.

Eu me virei, me aproximei da minha companheira e peguei a mão dela na minha. Comecei a

conduzi-la em direção ao quarto dela, que ficava ao lado do berçário.

"Onde estamos indo?" ela perguntou, confusa.

Eu não respondi. Eu estava muito focado em tentar acalmar meu coração acelerado.

Abri a porta, entrei no quarto dela e puxei-a para a cama. Sentei-me e fiz ela sentar ao meu
lado.

"O que há de errado, Nathan?" ela perguntou suavemente.

Respirei fundo e segurei suas bochechas. Os formigamentos e faíscas me acalmaram um

pouco.

“Você está certo, Jenny”, eu disse. "O tempo está passando tão rápido. Hunter tem três
meses. Em breve ele estará crescido e comandará nossa matilha."

Jenny franziu a testa.

"Você errou alguns passos aí", ela disse com uma pitada de diversão em sua voz.

"Não importa", eu disse, balançando a cabeça. "O importante é que não quero esperar. Não
quero perder mais tempo. Quero que minha família esteja completa. Eu quero você, Jenny.
Quero te marcar e te mostrar o quanto eu sou foda. amo você."

Seus olhos se arregalaram um pouco.

"Eu entendo se você precisar de mais tempo." Suspirei. "Mas eu precisava dizer algo antes
de explodir. Precisava tentar. Não queria perder mais tempo."

Jenny estudou meu rosto por um segundo antes de colocar as mãos sobre as minhas.

"Não preciso de mais tempo, Nate", disse ela, fazendo meu coração bater mais forte. "Eu vi
você se tornar o melhor pai e o melhor Alfa. Eu me apaixonei por você um pouco mais a
cada dia. Você está certo. Não deveríamos perder mais tempo."

Eu ia explodir de felicidade.

Inclinei-me e capturei seus lábios macios com os meus. Ela tinha um gosto tão incrível. Ela
tinha gosto de canela e maçã.

"Emma ficaria orgulhosa de você", disse Jenny quando parei de beijá-la.

Franzi as sobrancelhas e ela me deu um pequeno sorriso.

“Você é um homem diferente agora”, disse Jenny. "Você é gentil e amoroso. Você a ouviu e
aprofundou sua conexão com Noel. Ela ficaria orgulhosa, tenho certeza disso. Ela ficaria
feliz por ter salvado sua vida."

Eu realmente esperava que ela o fizesse. Eu tinha um longo caminho de redenção pela
frente, mas definitivamente estava no caminho certo.
“Você é”, Noel me disse. 'Jenny está certa. Emma ficaria feliz.

Uma sensação quente se espalhou pelo meu peito.

“É uma pena que nunca saberemos com certeza”, eu disse para Jenny e Noel.

Eles me proibiram de voltar para sua matilha, e eu honraria isso. Eu não queria causar
ainda mais danos a eles.

"Nunca se sabe", disse Jenny com um pequeno sorriso. "Você pode vê-la novamente."

Eu adoraria isso. Eu adoraria agradecê-la por acreditar em mim e me dar uma segunda
chance.

Sorri para minha companheira e dei outro beijo em seus lábios.

"Jenny?" Murmurei enquanto comecei a beijar seu pescoço.

Ela gemeu e passou os braços em volta da minha cintura.

"Sim?" ela murmurou, já ofegante.

"Posso marcar você?" Eu perguntei, chupando um pouco o local marcado.

Justamente naquele momento, nosso cachorrinho começou a chorar.

"Porra", murmurei, fazendo Jenny rir.

"Esta noite", ela disse enquanto dava um beijo suave no meu pescoço.

Levantei minha cabeça e sorri para ela.

Eu mal podia esperar para torná-la minha.

CAPÍTULO QUATRO - Dois encrenqueiros

Ponto de vista de Janete

“Hunter, deixe seu irmão em paz!” Eu gritei pela milésima vez hoje.

Hunter riu, fazendo cócegas em Harry mais uma vez antes de ele fugir.

Harry riu alto e correu atrás dele.

Suspirei e me virei.

“Eu desisto”, murmurei enquanto abria a porta da cozinha.

Meu lindo companheiro estava lá. Ele estava folheando o telefone e tomando café.

“Ainda sem sorte?” ele perguntou, olhando para mim.

Vi um leve sorriso em seu rosto e revirei os olhos.

“Eles estão me deixando louco”, eu disse enquanto me servia de café.

Eu amava muito meus dois filhos adolescentes, mas às vezes queria que eles voltassem a
ser meus bebês. Eles eram tão calmos e adoráveis quando eram bebês. Agora eram
adolescentes que sempre encontravam algo para brigar e podiam destruir minha casa
inteira em apenas alguns segundos.

“Talvez devêssemos tentar ter uma menina”, disse Nate, me fazendo levantar as
sobrancelhas para ele.

“Eu amo você e nossos dois encrenqueiros, mas não quero mais filhos”, eu disse enquanto
caminhava até Nate.

Ele sorriu e moveu os braços para que eu pudesse sentar em seu colo.

“Eu te amo,” Nate murmurou enquanto dava um pequeno beijo no meu ombro.

“Eu também te amo”, eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso.

"Você fede!"

“Seu merdinha!”

Ouvi gritos se aproximando de nós e suspirei.

Nate riu.

“Ei, pelo menos eles se adoram”, Nate riu.

Ele estava certo. Nossos meninos brigavam o tempo todo, mas eles se adoravam. Eles eram
protetores um com o outro. Eles eram gentis e amorosos. Fiquei muito orgulhoso de ambos.

Nate segurou minhas bochechas e me beijou.

Eu o beijei de volta e passei os dedos pelos seus cabelos macios.

“Nojento”, ouvi a voz do meu filho.

Eu ri e parei de beijar meu companheiro.

Harry e Hunter entraram na cozinha com enormes sorrisos no rosto.

“Achei que você estava brigando”, eu disse.

"Na verdade não", Harry suspirou. “Só temos novos apelidos um para o outro.”

Eu levantei minhas sobrancelhas para eles.

“Não importa, mãe,” Hunter riu enquanto se sentava ao lado de seu irmão.

Foi difícil para mim acreditar que eles tinham 15 e 13 anos. Parecia que dei à luz Hunter
ontem.

“Você vai para a reunião Alfa no Full Moon Pack?” perguntou Caçador.

Nate olhou para mim e respirou fundo.

Levantei-me e fui até o fogão. Comecei a preparar o café da manhã.

Nathan não gostava dessas reuniões. Ele tinha que ver Logan e Emma lá, o que sempre o
lembrava do que havia acontecido.

Emma e Logan sempre mantiveram distância de nós. Eles nunca falaram conosco, mas
sempre foram muito educados quando nos cruzamos. Logan olhou para meu companheiro
nas primeiras vezes, mas parou depois de um tempo. Felizmente, sempre havia muitas
pessoas nas reuniões do Alpha, e ninguém notava a tensão entre eles e nós.

Ainda não tínhamos contado aos nossos filhos o que havia acontecido anos atrás. Nathan
estava sempre adiando, dizendo que as crianças eram pequenas demais para saber.

Eu sabia o verdadeiro motivo, no entanto. Ele estava com vergonha. Eu disse a ele
repetidamente que não havia nada com que se envergonhar. Ele mudou sua vida. Ele se
tornou um pai e companheiro fantástico. Nosso bando era um dos mais fortes agora por
causa dele. Ele não era o mesmo homem de tantos anos atrás.

Mas ele ainda estava envergonhado. Ele temia que seus filhos o vissem de forma diferente
depois de descobrirem a verdade.

“Estou, amigo”, disse Nathan. "Por que?"

“Posso ir este ano, pai?” Hunter perguntou animadamente. “Tenho 15 anos. Serei Alfa em
breve. É hora de começar a frequentar essas coisas.”

Eu estava tão orgulhoso do meu menino. Ele levou muito a sério seu papel como futuro
Alfa. Ele começou a treinar e aprender quando tinha apenas dez anos. Ele disse que queria
se tornar o melhor Alfa que pudesse ser.

Eu podia sentir o nervosismo de Nate.

Você precisa falar com ele, Nate. Eu liguei-o mentalmente. Ele está certo. Ele será um
Alfa em breve. Ele precisa saber o que aconteceu. Ele precisa saber todos os fatos.
Meu filho era um menino inteligente. Ele notaria que não somos aliados da matilha mais
forte e gostaria de saber por quê.

Eu sei. Nathan suspirou. Eu vou falar com ele. Eu contarei a ele.

Eu podia sentir o medo vindo de Nate.

Não há nada a temer, meu amor. Eu disse suavemente. Ele irá admirar e amar você
tanto e talvez ainda mais depois que você contar a verdade.

Nathan respirou fundo e sorriu para nosso filho.

“Você está certo, amigo”, disse Nate. “É hora de você aprender sobre essas coisas.”

Um enorme sorriso se espalhou pelo rosto de Hunter.

“Isso significa que posso ir este ano?” ele perguntou entusiasmado.

Nathan sorriu e assentiu.

“E eu, pai?” Harry perguntou.

"Você ainda é muito jovem, garoto", disse Nate, fazendo Harry franzir a testa. “Você pode
vir conosco quando completar 15 anos. Eu prometo.”

Harry revirou os olhos, me fazendo rir.

Me aproximei dele e o abracei por trás.

“Talvez eu pudesse ficar em casa com você, e você e eu possamos passar algum tempo
juntos”, eu disse, fazendo-o olhar para mim. “Só eu e meu cachorrinho.”

Harry suspirou e revirou os olhos.

“Eu não sou pequeno, mãe”, ele murmurou.

Eu ri e beijei sua bochecha.

“Você sempre será meu cachorrinho”, eu disse. “Mesmo quando você completar 50 anos.”

Harry revirou os olhos novamente, me fazendo rir.

“Tudo bem”, ele suspirou. “Você fará cheesecake para nós?”

Ele sorriu para mim e eu ri.

“Eu vou,” eu disse e pisquei para ele.

“Eu meio que quero ficar em casa agora também,” Hunter murmurou, fazendo Nate e eu rir.
"Não posso fazer isso, Alfa", disse Harry. “Vou pegar todo o cheesecake enquanto você vai
trabalhar.”

Eu ri e balancei a cabeça.

Voltei para o fogão para terminar de preparar o café da manhã.

Ouvi passos se aproximando de mim e senti duas mãos envolverem minha cintura.

“Eu te amo, Jenny,” meu companheiro murmurou enquanto dava um pequeno beijo no meu
pescoço.

“Eu também te amo,” eu disse suavemente.

Nate sorriu para mim e senti arrepios em todo o meu corpo.

Eu nunca me cansaria desse sentimento. Eu nunca me cansaria do vínculo e do amor que

compartilhamos.

OceanoofPDF. com
Jacó e Rosa

CAPÍTULO UM – O Encontro

Ponto de vista de Jacó

“Vamos, Jake, pare de ficar deprimido”, Dylan suspirou. “Estamos atrasados.”

Revirei os olhos e me levantei.

“Eu não estou deprimida,” murmurei enquanto passava por ele. "Você está vindo ou não?"

Eu o ouvi seguindo atrás de mim.

“Você é o chefe da patrulha agora”, disse Dylan. “Você não deveria se atrasar para uma
reunião importante.”

Suspirei e estreitei os olhos.

“Ainda temos meia hora até chegarmos lá”, eu disse, tentando manter a calma. "Você vai
sair do meu pé?"

“São 20 minutos, não meia hora”, disse Dylan, fazendo minha raiva aumentar.

Apertei minha mandíbula e respirei fundo.

Eu tive que ignorá-lo, ou sua atitude irritante me faria explodir.

“O que diabos há com você hoje?” Dylan perguntou. “Seu humor vai destruir esta reunião.”

Eu realmente ia dar um soco nele.

Dylan agarrou meu braço e me fez parar de andar. Rosnei para ele, tentando puxar meu
braço para fora de seu aperto.

“Fale comigo, Jacob”, disse Dylan. “Eu não vou deixar você ir lá assim. Algo obviamente está
incomodando você.

Apertei minha mandíbula a ponto de pensar que meus dentes iriam quebrar.

“Isso é sobre Emma de novo?” Dylan suspirou. “Você tem que parar, Jake. Ela é casada. Ela
tem filhos.

Eu vi vermelho, porra.

Eu estava tão cansado de todo mundo me perguntar se meu mau humor era por causa de
Emma. Porra, não foi. Eu sempre amaria aquela garota e nunca deixaria de acreditar que
ela deveria ter sido minha, mas segui em frente. Ela tinha um companheiro. Ela teve dois
filhos com ele. Ela não era minha, e eu encontrei uma maneira de ficar bem com isso. Eu só
queria que todos parassem de me incomodar.

“Não é sobre Emma,” eu disse, puxando meu braço de seu alcance.

"Então, o que é?" Dylan suspirou.

Comecei a andar novamente.

Eu não sabia do que se tratava. Eu estava chateado desde o momento em que acordei esta
manhã.

Dylan estava certo. Esta reunião foi necessária. Estávamos nos reunindo com o chefe da
patrulha de Alpha Henry para discutir a segurança da fronteira. Logan foi cauteloso depois
de tudo o que aconteceu. Era compreensível e acabei por concordar com ele relativamente
à questão da fronteira. Alpha Henry era um dos nossos aliados cuja matilha estava na nossa
fronteira norte. Ele ficou mais do que feliz em permitir que seu chefe de patrulha se
encontrasse comigo. Eu precisava me recompor e fazer meu trabalho.

Seria mais fácil se eu soubesse o que diabos estava me incomodando.

“Jake?” Dylan me ligou novamente, me fazendo suspirar.

“Não sei o que há de errado”, murmurei. “Estou chateado desde que acordei esta manhã.
Jared está inquieto, mas também não sabe.”

“Mantenha o controle até depois da reunião”, disse Dylan.

Cerrei os punhos e fiquei em silêncio.

Ele estava certo, mas ele estava realmente me irritando.

Estávamos quase no local combinado quando Jared se mexeu.

'O que está errado?' Perguntei.

— Alguma coisa vai acontecer — disse Jared, rosnando baixinho. 'Tome cuidado.'

“Calma, Dylan,” eu disse a ele. “Jared disse que algo iria acontecer.”

A cabeça de Dylan virou em minha direção.

"O que?" ele perguntou, seus olhos se arregalando.

“Eu disse, fique atento,” rosnei para ele. “Pare de olhar para mim e tenha cuidado.”

Eu podia sentir o cheiro e ouvir os membros da matilha de Alpha Henry, que já estavam nos
esperando do outro lado da fronteira.
Houve um cheiro que se destacou. Cheirava a manga com um toque de melancia. Por que
diabos eu estava sentindo cheiro de manga e melancia no meio da porra da floresta?!

Corri em direção ao ponto de encontro quando todo o meu mundo mudou completamente.

Meus olhos caíram sobre uma mulher parada ao lado de Jason, chefe da patrulha de Alpha
Henry.

Ela era linda pra caralho. Seu cheiro me fez babar. Cada maldita coisa que me preocupava
simplesmente se dissipou.

Eu a ouvi ofegar. Observei quando ela se virou e olhou para mim.

Deusa, ela era linda. Seu cabelo preto estava cortado em um corte curto. Seus olhos verdes
fundiram-se com a floresta ao nosso redor.

Eu estava total e completamente apaixonado por ela.

“Companheiro”, dissemos ao mesmo tempo.

Ouvi as pessoas ao nosso redor suspirarem, mas não prestei a menor atenção nelas. Eu só
conseguia vê-la. Eu só queria ouvir a voz dela.

Corri em sua direção. Eu mal podia esperar para tocá-la. Eu mal podia esperar para sentir
sua pele na minha.

Ela sorriu e estendeu a mão para mim.

Peguei a mão dela e puxei-a para um abraço.

Todo o meu corpo formigou. Um arrepio prazeroso subiu e desceu pela minha espinha.
Cada dor no meu corpo desapareceu.

Enterrei meu nariz em seu cabelo e respirei fundo.

“Bem, agora sabemos por que você estava tão nervoso desde que acordou esta manhã,”
Dylan bufou, fazendo Jason rir.

"Foi ele?" Jasão perguntou. “Rose também ficou nervosa o dia todo.”
Rosa? O nome dela era Rosa?

Eu a deixei ir e olhei para ela. Sorri e acariciei sua bochecha.

“Oi, Rose,” eu disse calmamente. "Meu nome é Jacob."

Ela sorriu e meus joelhos cederam.

“Oi, Jacob”, ela disse. “É tão bom finalmente conhecer você.”

Sua voz era melódica. Eu já sabia que iria gostar cada vez que ela falasse.
Ela estava certa. Foi tão bom conhecê-la.

“Eu não pensei que você existisse,” eu disse baixinho enquanto segurava seu rosto e
encostava minha testa na dela. “Eu já desisti de encontrar você.”

Ela colocou a mão sobre a minha e sorriu. Ela era tão linda quando sorria. Eu nunca me
cansaria de vê-la sorrir.

“Eu estava sempre esperando por você”, disse ela, fazendo meu coração bater mais forte.
“Estou tão feliz que você finalmente me encontrou.

Eu fiz.

Finalmente a encontrei e nunca a deixaria ir.

CAPÍTULO DOIS - Apaixonado

Ponto de vista de Rose

Ele era tão lindo e eu estava tão apaixonada por ele.

Não havia outra palavra para descrevê-lo. Ele era lindo. Ele era alto, musculoso e tão
gostoso que tive que me impedir de babar.

Ele era ótimo com crianças também.

“Sim, Alex, voltarei em breve”, disse ele com um pequeno sorriso. "Sim, vou trazer um
presente para você."

Ele olhou para mim e sorriu.

Quem foi Alex? Eu poderia dizer que ele era uma criança pela forma como ele balbuciava ao
telefone. Eu nem sabia como Jacob o entendia.

“Dê um beijo na sua irmã por mim, sim?” Jacó disse.

Ouvi o garoto dizer algo que fez Jacob rir. Meu coração acelerou. Ele estava tão quente
quando ria.

“Oi, Amy”, ouvi ele dizer, mas me concentrei apenas em seus lábios.

Eu queria saber como eles se sentiam contra os meus. Eu queria saber qual era o gosto
deles. Eu estava babando por ele e Roxy não ajudava com seus comentários constantes.

“Ele é tão lindo”, ela suspirou. 'Mal posso esperar para conhecer seu lobo.'

“Pare de suspirar o tempo todo”, eu disse a ela. 'Você está me distraindo.'

— Ele está nos distraindo — murmurou Roxy. 'Como ele não poderia? Ele é perfeito.'

Revirei os olhos e a ignorei. Eu tinha dificuldade em manter minhas próprias emoções sob
controle e não precisava das dela também.

“Estarei em casa em breve”, disse Jacob. "Sim, você vai conhecê-la."

Ele ligou para contar ao primo e ao amigo sobre mim. Com base nas reações deles, pude
perceber que eles estavam muito entusiasmados em me conhecer. Eu também estava
animado para conhecê-los.

“Diga oi para minha sobrinha por mim”, disse Jacob com um pequeno sorriso.

Ele me contou que sua prima estava grávida e que mal podia esperar para conhecer o bebê
dela. Eu poderia dizer que ele realmente amava e cuidava de sua família.

Jacob desligou o telefone e olhou para mim. Ele sorriu e eu imediatamente me aproximei
dele. Eu realmente precisava tocá-lo.

Ele me puxou para seu colo e eu pressionei meus lábios contra os dele imediatamente. Nós
dois gememos baixinho. Ele tinha um gosto tão delicioso quanto eu sabia que seria.

“Porra, Rose,” ele murmurou e apertou os braços em volta de mim.

Eu podia sentir algo duro sob minha bunda e sorri.

Eu o beijei novamente, me pressionando mais perto dele. Suas mãos percorreram meu
corpo. Ele agarrou minha bunda e apertou.

Eu estremeci. Eu queria mais. Eu realmente queria mais.

Teríamos que esperar, no entanto. Não podíamos fazer sexo no meio da sala dos meus pais.

“Então, quem é Alex?” Eu perguntei quando parei de beijá-lo.

Eu precisava de uma distração. Precisávamos de uma distração.

“O filho do meu amigo”, disse ele com um pequeno sorriso. "Ele é bonito. Eu amo ele."

Ele sorriu e isso fez meu coração disparar. Eu poderia dizer que ele seria um ótimo pai.

"Ele tem uma irmã?" — perguntei, lembrando-me da conversa dele com o garoto.

“Sim,” Jacob assentiu. "Um gêmeo. Eles são inseparáveis.”

"Quantos anos eles tem?" — perguntei, querendo saber mais sobre as pessoas que eram
importantes para ele.
Minha família era pequena. Eu não tinha irmãos ou primos. Eu poderia dizer que Jacob
tinha uma família grande e estava animado por fazer parte dela. Eu queria saber mais sobre
eles.

“Eles farão três em alguns meses”, disse Jacob, me dando um pequeno sorriso.

“Mal posso esperar para conhecê-los”, eu disse, sorrindo para ele.

“Então, você está realmente levando nossa filha para sua matilha?” Eu ouvi a voz da minha
mãe atrás de mim.

Eu estremeci e me levantei imediatamente. Meus pais eram legais, mas eu tinha certeza que
eles não queriam me ver sentada no colo do meu companheiro.

Jacob sorriu, mas pude sentir seu nervosismo.

“Eu estou,” ele assentiu. “Viremos nos visitar o tempo todo, e você é mais que bem-vindo
para vir à minha matilha. Meus pais estão ansiosos para conhecer você.

Meu pai se aproximou de mim e me puxou para seus braços.

“Cuide da minha garotinha”, meu pai disse enquanto me abraçava com força.

“Eu irei,” ouvi a voz do meu companheiro. “Estou honrado por ter uma companheira tão
linda e gentil como sua filha. Eu vou amá-la e apreciá-la.”

“É melhor você fazer isso”, minha mãe disse enquanto se juntava ao nosso abraço.

Sua voz era baixa e rouca. Eu poderia dizer que ela estava chorando.

Olhei para minha mãe e dei-lhe um pequeno sorriso.

“Você vai me ver o tempo todo, mãe”, eu disse a ela. “Não vou me mudar para muito longe.”

Minha mãe enxugou o rosto e me deu um pequeno sorriso.

“Eu sei, Rosie”, ela disse suavemente. “Ainda sentirei falta de ver você todos os dias.”

“Também sentirei falta de ver você, mãe”, eu disse, soltando meu pai e envolvendo meus
braços em volta de minha mãe.

Ela me abraçou com força e beijou minha têmpora.

“Precisamos ir,” Jacob disse, fazendo minha mãe suspirar.

Minha mãe me soltou e segurou meu rosto.

“Me ligue quando chegar aí, ok?” ela disse. “E nos avise quando pudermos fazer uma visita.”
“É claro,” Jacob respondeu em vez de mim. “Vou falar com meu Alfa e avisarei quando você
puder vir.”

Eu sorri para minha mãe. Ela me beijou novamente antes de me deixar ir.

Jacob foi até a porta da frente e pegou minhas malas. Ele abriu a porta da frente e saiu. Meu
pai foi ajudá-lo a levar minhas malas para o carro.

Respirei fundo e olhei ao redor da minha casa de infância. Fiquei triste por ter que ir
embora, mas estava muito animado para começar minha vida com meu companheiro.
Esperei por ele por muito tempo. Achei que nunca o encontraria e, agora que o encontrei,
mal podia esperar para passar cada segundo com ele.

CAPÍTULO TRÊS - Minha Filha

Ponto de vista de Jacó

“Não teremos mais filhos depois deste”, disse Rosie, andando lentamente pela sala.

“Você não quer outro garoto?” Eu perguntei, sorrindo um pouco.

Rosie olhou para mim, fazendo-me levantar as mãos em sinal de rendição.

“Ei, só estou repetindo o que você disse”, me defendi.

Depois que descobrimos que nosso segundo bebê era uma menina, Rosie ficou muito
animada. Ela disse que queria outro menino, no entanto. Ela adorava nosso filho e eles
tinham um relacionamento especial.

Ela revirou os olhos e continuou andando pela sala. Ela parecia um pequeno pinguim.

Eu ri e balancei a cabeça.

“Esqueci como é doloroso dar à luz”, disse Rosie, gemendo um pouco.

Levantei-me e me aproximei dela. Acariciei sua barriga e beijei sua têmpora.

“Você consegue”, murmurei baixinho. “Eu te amo e estou muito orgulhoso de você.”

Rosie se apoiou em mim e eu esfreguei suas costas suavemente.

“Eu também te amo”, ela murmurou, me fazendo sorrir.

Houve uma batida na porta e, um segundo depois, Emma espiou. Ela ainda era voluntária
no hospital quando tinha tempo e estava aqui quando entramos.

“Oi, pessoal”, disse ela com um enorme sorriso no rosto. "Como vão as coisas?"
“Lentamente”, Rosie suspirou enquanto caminhava até a cama e se sentava. “Ela é uma
criança teimosa e, aparentemente, não quer se assumir.”

Emma riu e ajeitou os travesseiros de Rosie.

“Eu me lembro disso”, disse ela. “Teremos outra garota teimosa na família, aparentemente.
Sophie também não queria sair. Alex estava praticamente falando quando conseguimos
convencê-la a se juntar a nós.”

Eu bufei e balancei a cabeça. Eu não fiquei surpreso. Sophie realmente era uma garotinha
teimosa.

“Não estou surpresa”, Rosie riu. “Ela é uma menina teimosa.”

“Ela herdou isso do pai,” Emma disse, revirando os olhos de brincadeira.

Eu ri e balancei a cabeça.

“Eu conheço você há muito tempo”, eu disse. "Ela herdou isso de você."

Emma olhou para mim e balançou a cabeça, me fazendo rir novamente.

“Então, onde estão Alex e Soph?” Eu perguntei, esfregando suavemente as costas do meu
companheiro.

“Eles também estão com Daisy”, disse Emma. “Mason, Alex e Sophie assumiram muito a
sério a responsabilidade de cuidar de Danny.”

Eu sorri. Meu filho amava seus amigos mais velhos. Ele adorava passar tempo com eles.

"Ele está se comportando?" Rosie perguntou.

“Oh, tenho certeza que sim”, Emma sorriu. “Ele é um ótimo menino, Rosie. Você fez um
trabalho incrível criando-o.
Rosie sorriu e pegou a mão de Emma.

“Obrigada, Emmy”, Rosie disse suavemente.

Sorri e peguei a outra mão do meu companheiro. Adorei a amizade entre Emma e Rosie. Eu
até me aproximei de Logan depois de encontrar minha companheira. Ele ficava muito mais
relaxado perto de mim, e eu poderia até chamá-lo de meu amigo agora.

Eu ainda amava muito Emma. Ela ainda era minha melhor amiga e eu ainda faria tudo por
ela e tudo ao meu alcance para protegê-la. Eu não a queria como a queria antes. Esse
sentimento de intensa necessidade por ela desapareceu no momento em que conheci meu
companheiro.

“Uh,” Rosie gemeu, colocando a mão na barriga.

Ela teve outra contração.

Ela apertou minha mão e eu me abaixei para beijar o topo de sua cabeça.

“Eles estão ficando mais próximos”, Rosie murmurou, respirando fundo.

“Eu irei buscar Wren,” Emma disse.

“Obrigado,” eu disse a ela enquanto a observava sair da sala.

Ela sorriu para nós antes de fechar a porta atrás de si.

Puxei uma cadeira e sentei-me ao lado do meu companheiro. Ela estava respirando lenta e
profundamente. Ela sorriu para mim e eu beijei sua mão.

“Mal posso esperar para conhecer nossa filhinha”, eu disse, tentando conter as lágrimas.

Eu mal podia esperar para segurar meu bebê. Mal podia esperar para conhecer minha filha.

“O que decidimos sobre o nome?” Rosie perguntou.

“Os dois últimos nomes pelos quais brigamos foram Olivia e Hazel,” eu ri.

“E quanto a Amélia?” Rosie perguntou.

“Eliminamos esse nome há muito tempo”, eu disse, balançando a cabeça para ela.

Ela gemeu e apertou minha mão novamente no momento em que o doutor Wren entrou.

“Oi, Rosie”, disse ele com um enorme sorriso no rosto. “A menina está pronta para sair?”

“Com certeza parece que sim”, disse Rosie, respirando durante a contração.

Wren foi até o armário e calçou algumas luvas.

“Vamos ver quanto tempo até você conseguir empurrar,” Wren disse enquanto se
aproximava da cama.

Olhei para o lindo rosto do meu companheiro. Abaixei-me e beijei sua bochecha. Ela olhou
para mim e sorriu.

“Eu te amo”, eu disse a ela. “Obrigado por me tornar pai novamente.”

Ela sorriu e apertou minha mão.

“Eu também te amo, Jake”, disse ela. “Adoro ver você com nosso filho e mal posso esperar
para ver você segurando nossa filhinha.”

Meu coração pulou uma batida. Eu também mal podia esperar por isso.
“Daniel será o melhor irmão mais velho de todos os tempos”, acrescentou Rosie, me
fazendo sorrir.

Danny tinha dois anos e meio, mas eu já sabia que Rosie estava certa. Ele era tão gentil e
gentil, e eu sabia que ele seria um ótimo irmão mais velho.

“Ok, Rosie,” Wren disse, me fazendo olhar para ele. “Você estará pronto para avançar em
breve. Como você está se sentindo?"

“Como se eu estivesse sendo dividida em duas”, disse Rosie, gemendo quando outra
contração começou.

Respirei fundo e beijei sua têmpora. Eu queria poder tirar a dor. Eu gostaria de poder
suportar isso por ela.

“Basta pensar na sua filhinha e que você a conhecerá em breve”, disse Wren, sorrindo para
Rosie.

Ela sorriu e assentiu.

“Você já decidiu o nome?” Wren nos perguntou.

Rosie olhou para mim e sorriu. Nós dois sabíamos que nome queríamos dar à nossa filha.

“Hazel”, nós dois dissemos ao mesmo tempo.

Eu sorri e me abaixei para dar um beijo suave nos lábios do meu companheiro.

Eu era o homem mais feliz do mundo.

CAPÍTULO QUATRO - Felizes para sempre

Ponto de vista de Rose

“Pare com isso, Danny!” minha filha gritou enquanto ria alto.

Danny não a ouviu. Claro que não. Ele continuou jogando água nela.

"É meu aniversário!" Hazel gritou. “Você tem que me ouvir hoje!”

Eu não conseguia acreditar que meu bebê já tinha seis anos. O tempo estava passando tão
rápido. Alex, Mason e Sophie eram bebês quando cheguei à matilha e agora já eram
adolescentes. Às vezes eu desejava poder desacelerar o tempo.

"Nunca!" Danny gritou enquanto fugia.

Eu ri e balancei a cabeça.
“Graças a Deus não tenho um irmão mais velho”, Mason suspirou, revirando os olhos.

“Seu irmão mais novo também atormenta você”, Alex riu.

“Sim, eu quero”, ouvi a voz de Mike atrás de mim.

Me virei e vi Daisy e Mike se aproximando.

“Isso é só porque eu deixei”, disse Mason, franzindo a testa. “Se ele fosse mais velho, tenho
certeza que seria pior.”

“Sim, seria,” Mike riu, fazendo Mason revirar os olhos.

Mike era um encrenqueiro engraçado. Ele sempre encontrava uma maneira de nos fazer rir.
Ele era amoroso e gentil, mas realmente conseguia irritar seu irmão mais velho e o resto de
seus primos.

“Amy e Drake chegaram?” Daisy perguntou, colocando um prato cheio de cupcakes

diferentes sobre a mesa.

“Ainda não”, eu disse. “Amy ligou. Eles estão atrasados porque Halley derramou iogurte em
si mesma quando eles estavam prestes a sair.

Daisy riu e balançou a cabeça.

“Ela me lembra muito de quando eu era criança”, disse Daisy. “Eu era igualmente
desajeitado.”

“Onde está Sophia?” Mike perguntou, fazendo Alex suspirar.

“Ela não está se sentindo bem,” Alex murmurou preocupado. "Mamãe e papai estão com
ela."

Meu coração pulou uma batida. Sophie estava lutando com magia ultimamente. Ela teve
dificuldade em controlá-lo e isso drenou completamente sua energia.

Estávamos todos muito preocupados com ela.

"Por que você não está com ela?" Mike perguntou a Alex.

Alex e Sophie eram inseparáveis, principalmente se um deles não estivesse se sentindo

bem.

“Ela me expulsou de casa”, Alex suspirou. “Ela disse que eu precisava relaxar e aproveitar a
festa.”

Mason bufou. “É como se ela nem conhecesse você.”

“Eu disse a mesma coisa,” Alex murmurou, franzindo a testa.

Ele não seria capaz de relaxar até que Sophie estivesse bem.

“Não se preocupe, amigo”, Daisy disse suavemente. “Seu tio está lá e ele me conectou
mentalmente há alguns minutos. Ela está muito melhor e eles estão vindo para cá.”

Ema está bem? Eu liguei mentalmente Daisy.

Eu sabia por que Andrew foi para lá. Emma estava uma bagunça completa ultimamente. Ela
mal dormiu porque estava tentando encontrar uma maneira de ajudar Sophie com sua
magia. Infelizmente, ela não conseguiu encontrar nada. Sophie foi a primeira a ter poderes
como esse.

Ela é melhor. Margarida respondeu. Andrew conseguiu acalmá-la um pouco.

Respirei fundo e olhei para Alex. Ele estava perturbado.

“Alex!” minha filha gritou, fazendo-o se virar.

“Ei, isso não é justo!” Danny gritou.

“Você é Alfa”, disse Hazel, correndo para os braços de Alex. “Você pode ordenar que Danny
pare de me incomodar.”

Alex pegou Hazel e sentou-a em seu colo.

“Pare de incomodar sua irmã, Daniel”, disse Alex, fazendo Hazel sorrir.

"Você esta trapaceando!" Danny gritou, nos fazendo rir.

“Amy e Drake devem chegar a qualquer momento,” ouvi a voz do meu companheiro atrás
de mim.

Eu me virei e o vi colocar o telefone de volta no bolso.

Eu sorri e estendi a mão para ele. Ele passou os braços em volta de mim e beijou minha
têmpora.

“Sophie está bem?” Jacob perguntou baixinho.

Olhei para as crianças. Alex, Mason e Mike estavam rindo de algo que Hazel havia dito.

“Ela está melhor agora”, disse Daisy. “Ela teve uma manhã difícil. Ela não conseguia
controlar a magia.”

“Porra,” Jacob murmurou enquanto passava os dedos pelos cabelos.

“Emma e Anna conseguiram contê-lo,” Daisy continuou suavemente. “Ela não machucou
ninguém.”

Respirei fundo e soltei lentamente. Fiquei aliviado.

“Oi, pessoal,” ouvi a voz de Emma atrás de nós.

Eu me virei e vi ela, Logan, Andrew e Sophie se aproximando de nós.

Alex colocou Hazel no chão e correu em direção a Sophie.

"Você está bem?" ele perguntou enquanto agarrava seus ombros e a olhava de cima a baixo.

Ela sorriu e assentiu. Pude ver Alex relaxar um pouco.

“Sophia, os meninos estão me incomodando!” minha filha reclamou, fazendo Sophie rir.

Alex pegou a mão dela e puxou-a em direção ao resto das crianças.

"Você está bem?" Jacob perguntou a Emma.

“Cansado, mas melhor”, disse ela com um pequeno sorriso no rosto. “Onde estão Drake e
Amy?”

“A caminho deles”, disse Jacob. “Halley derramou iogurte em si mesma.”

Emma e Logan riram.

“Claro que sim”, disse Emma, balançando a cabeça.

“Sentem-se”, eu disse a eles. “Comeremos quando eles chegarem aqui.”

Emma e Andrew se aproximaram da mesa e se sentaram. Jake voltou para casa para pegar
as bebidas.

“Soph,” Logan chamou sua filha, fazendo-a olhar para ele. “Venha aqui, princesa.”

Ela soltou a mão de Alex e se aproximou do pai. Ele a puxou para um abraço e beijou o topo
de sua cabeça.

Ele sussurrou algo para ela. Ela assentiu e sorriu.

“Eu te amo, princesa,” Logan disse suavemente.

“Eu também te amo, pai”, disse Sophie.

Logan a soltou e ela voltou para as crianças.

“Ela está bem, Logan,” Andrew disse calmamente.

Logan olhou para ele e respirou fundo. Ele se aproximou de nós e sentou-se à mesa. Emma
pegou a mão dele.

“Se algo acontecer com minha garotinha...” Logan murmurou preocupado.

“Nada vai acontecer”, disse Emma. “Vou encontrar uma maneira de me livrar da magia
negra. Vou encontrar uma maneira de ajudá-la.

Logan puxou Emma para um abraço apertado.

Olhei para nossos filhos e sorri. Eles eram nosso maior tesouro. Todos eles eram tão gentis
e gentis. Meus olhos pousaram sobre meus dois pequenos encrenqueiros e meu coração
dobrou. Eles eram perfeitos e eu estava muito orgulhoso de ambos.

Eu amei como minha vida acabou. Eu adorava meu companheiro e meus filhos. Eu amava
muito meus amigos. Não pude deixar de me perguntar o que o futuro reservava para
nossos filhos.

Eles encontrariam o amor assim como nós? Eles seriam felizes como nós?

Eu não sabia as respostas para essas perguntas, mas sabia que estaria aqui para ajudá-las
em cada passo do caminho.

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CAPÍTULO UM - Irritante

Ponto de vista de Alexandre

"Porque você é tão irritante?!" Eu gritei enquanto descia as escadas.

Deusa, ninguém poderia ter me irritado mais do que minha irmã.

Fia murmurou algo enquanto batia a porta do quarto.

Revirei os olhos e caminhei até a cozinha.

“Todas as irmãs são tão irritantes?” Suspirei enquanto entrava na cozinha.

Minha mãe e meu tio estavam sentados à mesa tomando café. Meu pai estava preparando o
café da manhã.

“Eu não saberia, amigo,” meu pai riu.

“Sim, são”, disse meu tio ao mesmo tempo.

Uma pequena nuvem apareceu acima da cabeça do meu tio. Algumas gotas de chuva caíram
em sua cabeça.

Ele olhou para cima e suspirou.

“Você não está provando que estou errado, Emma,” meu tio suspirou.

Minha mãe riu e a nuvem desapareceu.

Eu nunca deixaria de ficar fascinado pela magia da minha mãe. Ela era o Lobo Branco. Ela
era a Verdadeira Luna. Minha mãe era o único lobo que existia que tinha magia. Bem, ela
era a única loba que tinha magia até dar à luz a minha irmã e a mim.

Sophia também tinha magia, mas era diferente da da minha mãe. Minha mãe era uma
elemental que conseguia controlar a água e o ar. Minha mãe também podia mudar o clima,
e foi a coisa mais legal de todas. Quando eu era criança, adorava tempestades, então minha
mãe sempre fazia pequenos relâmpagos em cima da minha cama. Foi uma das lembranças
mais preciosas que tive.

A magia da minha irmã era um pouco diferente. Ela também era uma elemental, mas podia
controlar a terra e o fogo. Minha irmã evitou usar magia por causa da escuridão. A magia da
minha mãe era leve, mas a da minha irmã não. Ela tinha magia clara e negra e passou anos
aprendendo como afastar a escuridão. Ela evitou usar magia completamente, no entanto.
Ela disse que mesmo usar sua magia de luz poderia ser perigoso. Ela disse que podia sentir
a escuridão tentando-a a ceder.
Não herdei a magia da minha mãe, mas herdei a força dela. Eu era um pouco maior e mais
forte do que qualquer outro lobo Alfa da minha idade. Tive mais resistência e fui mais
rápido que os outros.

Minha mãe e minha irmã tinham uma habilidade única de compartilhar sua magia com
outras pessoas, principalmente comigo e com meu pai. Eles não poderiam nos dar sua
magia para usar, mas poderiam melhorar nossas habilidades e nos proteger um pouco
melhor. Ambos poderiam fazer isso com outras pessoas também, mas isso exigiu muita
força deles e não foi tão eficaz como quando eles transferiram para nós.

"Por que vocês dois estão brigando agora?" minha mãe perguntou enquanto puxava uma
cadeira para eu sentar.

Sentei-me ao lado dela e ela beijou minha têmpora.

Franzi as sobrancelhas, tentando lembrar.

Eu esqueci completamente. A maioria das nossas brigas eram completamente estúpidas, e

em poucos minutos esqueci o motivo da briga.

Oh. Lembrei-me.

“Ela continua deixando a porta do meu quarto aberta depois que sai,” suspirei, revirando os
olhos.

Minha mãe e meu pai riram.

“Essa é a mesma briga que você teve durante anos”, disse meu tio, balançando a cabeça e
tomando um gole de café.

"Eu sei!" exclamei. “Eu esperava que ela já tivesse aprendido.”

“Muito obrigado, Emma,” meu tio franziu a testa. “Meu café está aguado agora.”

“Oh, relaxe, foram apenas algumas gotas de água”, minha mãe suspirou.

“Agora eu sei de onde Sophia tirou isso,” eu disse, estreitando os olhos para minha mãe.
“Isso é exatamente o que ela sempre me diz. Ah, relaxe, Alex.

Meu pai estava rindo o tempo todo. Ele se aproximou de meu tio e lhe serviu uma xícara de
café fresco.

"Sofia?" Eu ouvi a voz da minha irmã. "Você está tão bravo comigo?"

Olhei para ela e revirei os olhos. Eu só a chamava de Sophia quando estava realmente bravo
com ela. Todos a chamavam de Sophia apenas quando estavam bravos com ela. As pessoas
a chamavam de Sophie ou Soph. Sempre a chamei de Fia.

“Você precisa fechar a porta quando sair do meu quarto,” suspirei.

“Eu sei”, disse Fia. “Eu já te disse que sinto muito.”

“Desculpe, não vou fechar minha porta,” eu murmurei, franzindo a testa para ela.

“Ok, chega”, meu pai disse enquanto colocava um prato cheio de panquecas na nossa frente.
“Você pode discutir sobre isso mais tarde. Temos coisas mais importantes para discutir
hoje.

Eu fiz uma careta e olhei para meu pai.

"Está tudo bem?" Perguntei.

Fia e eu completamos 18 anos há três meses e meu pai estava me preparando para me
tornar um Alfa. Eu estava lentamente assumindo algumas das funções e esperava assumir o
comando da matilha quando completasse 19 anos.

“Sim, amigo, não se preocupe”, meu pai disse, me dando um pequeno sorriso. “Eu só preciso
conversar com você e Soph sobre a reunião do Alfa este ano.”

Minha excitação cresceu imediatamente. A reunião do Alfa estava em nossa matilha este
ano e seria a primeira vez que eu teria permissão para ir. Eu queria que meu pai me levasse
mais cedo, mas ele me disse que eu tinha que esperar até completar 18 anos.

“E daí?” Eu perguntei, entusiasmado.

Meu pai olhou para minha mãe e meu tio. Eu poderia jurar que vi uma pitada de
preocupação em seus olhos.

“Temos permissão para ir este ano, certo?” Eu perguntei, franzindo as sobrancelhas.

Se meu pai dissesse que eu não poderia ir de novo este ano…

“Claro, amigo”, disse meu pai, me fazendo suspirar de alívio. “Queremos apenas contar um
pouco sobre o Alpha do Blood Moon Pack.”

Franzi as sobrancelhas e olhei para Fia. Ela estava olhando para meu pai com uma
expressão confusa no rosto.

“E ele?” Eu perguntei, olhando para meu pai.

Ele respirou fundo e passou os dedos pelos cabelos.

“Nossa matilha tem uma história com ele,” meu pai disse enquanto colocava as mãos nos
ombros da minha mãe. “Seguimos em frente, mas é algo que nos afetou muito e nunca
poderíamos esquecer o que aconteceu.”

Meu batimento cardíaco acelerou.

"O que aconteceu?" Eu perguntei baixinho.

Meu pai olhou para minha mãe. Ela sorriu para ele.

“Alfa Nathan tentou tirar sua mãe de mim”, disse meu pai, fazendo meus olhos se
arregalarem.

Axel se mexeu e rosnou.

"O que?" Fia murmurou baixinho.

Peguei a mão dela na minha e apertei.

“Fale,” eu disse severamente.

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CAPÍTULO DOIS - Nosso Passado (Parte Um)

Ponto de vista de Alexandre

Observei meu pai enquanto ele puxava uma cadeira e se sentava ao lado da minha mãe. Ela
passou os dedos pelos cabelos dele e ele sorriu para ela.

“Eu te amo, Emma”, meu pai disse calmamente.

“Eu também te amo”, disse minha mãe, dando-lhe um pequeno sorriso.

Meu pai se virou para Fia e para mim.

“Eu sempre lhe disse que seu companheiro predestinado seria a pessoa mais importante da
sua vida, certo?” meu pai perguntou.

Eu balancei a cabeça. Eu estava ficando mais confuso a cada segundo.

“Eu sempre lhe disse que você tem que valorizar e respeitar seu companheiro, certo?” meu
pai perguntou, sua voz rouca.

Balancei a cabeça novamente.

Olhei para Fia. Ela estava tão confusa quanto eu.

“O que estou prestes a dizer a seguir provavelmente mudará o que você sente por mim”,
disse meu pai, com a voz embargada. “Eu só espero que você encontre uma maneira de me
perdoar. Amo vocês dois e sua mãe de todo o coração e alma e nunca quero perder vocês.

Meu coração disparou.

Do que diabos ele estava falando? Por que eu mudaria o que sinto por meu pai? Eu amava
meu pai.

Ele respirou fundo e puxou minha mãe para mais perto dele. Ela acariciou sua bochecha
suavemente.

“Quando descobri que sua mãe era minha companheira, eu a rejeitei”, disse meu pai,
fazendo Fia engasgar.

Eu estava congelado.

O que?

Ele rejeitou minha mãe? Minha mãe maravilhosa? Por que?!

Olhei para meu tio. Ele sabia disso? Como ele pôde deixar isso acontecer? Se o companheiro
de Fia a rejeitasse, eu arrancaria a porra do coração dele.
“Por que, pai?” Fia perguntou, sua voz cheia de tristeza.

Meu pai fechou os olhos e respirou fundo.

“Eu fui um idiota”, meu pai disse baixinho enquanto abria os olhos e olhava para mim e
minha irmã. “Como você sabe, seu avô foi morto em um ataque desonesto e me deixou no
comando antes mesmo de eu começar meu treinamento Alfa. Eu me senti tão responsável
pela minha matilha e estava focado em encontrar uma companheira forte.”

Apertei minha mão em torno da de Fia.

“Descobri que sua mãe era minha companheira no aniversário de 18 anos dela”, disse meu
pai, olhando para minha mãe. “Eu a rejeitei naquele mesmo dia. Achei que ela não era forte
o suficiente para ser minha Luna. Decidi pegar um companheiro escolhido. Decidi fazer de
Sienna minha Luna.”

Dizer que fiquei chateado seria um eufemismo.

“Quem é Siena?” Fia perguntou baixinho.

“Você sabia disso?” Perguntei ao meu tio ao mesmo tempo.

Meu tio assentiu e respirou fundo. "Eu fiz. Eu concordei com seu pai. Eu o apoiei em sua
decisão.”

Meus olhos se arregalaram.

Ele estava falando sério?! Ele estava falando sério?!

"Você está brincando comigo?!" exclamei, olhando para meu tio com os olhos arregalados.
“Você deixou ele fazer isso com sua irmã?!”

Instintivamente puxei Fia para mais perto de mim.

“Cometi um erro”, disse meu tio. “Seu pai e eu cometemos muitos erros.”

Olhei para minha mãe. Como eles puderam machucá-la daquele jeito? Minha mãe era a
melhor mulher deste planeta, e eu não estava dizendo isso porque ela era minha mãe. Foi a
verdade.

Minha mãe sorriu para mim. Eu queria abraçá-la.

“Quem é Siena?” minha irmã perguntou novamente, fazendo todos nós olharmos para ela.

Ela parecia tão triste e desapontada.

Meu pai respirou fundo e passou os dedos pelos cabelos.

“Sienna foi a melhor amiga de infância de Andrew e minha”, meu pai disse.
"Onde ela está agora?" Fia perguntou.

Nós nunca a conhecemos. Eu nunca tinha ouvido falar dela até alguns minutos atrás.

“Ela está morta”, disse meu pai com raiva. “Ela morreu no porão há muito tempo.”

Por que eu tinha a sensação de que nossos pais estavam escondendo tantas coisas de nós?

"Por que ela estava lá?" Fia perguntou, apertando minha mão com mais força.

Meu pai olhou para minha mãe e meu tio.

“Pare de olhar um para o outro e diga-nos a verdade!” Eu disse, ficando irritado com a
maneira como eles estavam prolongando isso.

Minha mãe se levantou e se aproximou de Fia e de mim. Ela beijou minha têmpora e ficou
atrás de mim. Ela passou os braços em volta de mim e de Fia e apoiou a cabeça na minha.

Eu relaxei um pouco.

“Sienna estava no porão porque contratou um bandido chamado Rolf para sequestrar e
matar sua mãe”, disse meu pai, fazendo meu coração parar de bater.

O que?

O QUE?!

Agarrei o braço da minha mãe e olhei para ela. Fiquei horrorizado.

"Mãe?" Fia gritou, olhando para a mãe também.

Os olhos de Fia estavam cheios de lágrimas.

Nossa mãe se abaixou e beijou a bochecha de Fia. Ela passou os dedos pelo meu cabelo e
nos deu um pequeno sorriso.

“Sienna estava com ciúmes de eu ser o verdadeiro companheiro do seu pai”, disse nossa
mãe. “Ela queria que eu fosse embora, embora seu pai a tenha escolhido, então ela
contratou um bandido para me sequestrar. Seu pai e seu tio me encontraram e me
salvaram.”

Olhei de volta para meu pai.

"Por que ela odiava a mãe?" Perguntei. “Você disse que ela era do tio Andrew e sua amiga
de infância. Ela não conhecia a mãe também? Por que ela a machucaria?

“Sienna sempre teve ciúmes da sua mãe”, respondeu meu tio. “Ela acreditava que Logan e
eu deveríamos amá-la mais. Ela intimidou sua mãe durante anos. Depois que Logan
descobriu que sua mãe era companheira dele, Sienna perdeu o controle. Ela queria se livrar
dela.

Que diabos? Eu estava ficando cada vez mais confuso a cada segundo.

Eu tinha tantas perguntas.

“Ela intimidou a mãe durante anos?” Fia expressou a primeira pergunta que eu tinha em
mente. "Por que você não a impediu?"

Meu tio respirou fundo e olhou para minha mãe.

“Porque não acreditamos em Emma”, meu tio murmurou. “Eu não acreditei na sua mãe
quando ela me contou sobre Sienna. Eu estraguei tudo.

Meus olhos se arregalaram a ponto de cair das órbitas.

Eu ouvi direito?

Não. Não havia nenhuma maneira de eu ter ouvido direito.

Se Fia me dissesse que alguém a estava intimidando, eu os destruiria. Eu nem precisaria de

provas. As palavras da minha irmã seriam prova suficiente.

“Deixe-me ver se entendi”, murmurei, balançando a cabeça. “Sua amiga de infância

intimidou sua irmã durante anos e você não acreditou nela? E então o pai escolheu aquele
amigo como companheiro? Mas ela estava com ciúmes da mãe e a sequestrou?

Meu tio e meu pai assentiram. Minha mãe acariciou minha bochecha.

Eu apertei minha mandíbula. Eu podia sentir a raiva fervendo dentro de mim.

“Posso dizer o que você está pensando, amigo”, disse meu tio. “Se apenas acreditássemos
em sua mãe sobre Sienna, ela nunca seria capaz de sequestrá-la.”

Cerrei os punhos e balancei a cabeça.

"Por que você não acreditou, mãe?" Fia perguntou baixinho.

Meu pai e meu tio respiraram fundo e se entreolharam.

Eu mal podia esperar para ouvir a desculpa deles. Eu amava muito os dois, mas queria dar
um soco neles por fazerem isso com minha mãe.

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CAPÍTULO TRÊS - Nosso Passado (Parte Dois)

Ponto de vista de Sofia

Eu estava olhando para meu pai com uma expressão confusa no rosto.

Tantas emoções borbulharam dentro de mim. Raiva, tristeza, medo, confusão, frustração...
eu tinha todos eles e não conseguia resolvê-los.

“Não acreditamos nela porque pensamos que Sienna nunca faria algo assim”, disse tio
Andrew. “Achei que sua mãe estava com ciúmes de Sienna porque passamos muito tempo
juntos.”

Meu queixo quase caiu no chão.

Ele estava falando sério?

Lex riu sombriamente.

“Você não acreditou na sua irmã porque achou que ela estava com ciúmes?” Lex perguntou,
apertando minha mão com força.

Lex era muito protetor comigo e com minha mãe. Eu podia sentir sua raiva e tristeza. Ele
parecia que ia explodir.

“Eu fui um idiota, Alex”, meu tio suspirou. “Eu paguei pelo meu erro. Quase perdi minha
irmã. Achei que ela nunca mais falaria comigo. Achei que ela iria me odiar. Achei que ela
morreria antes que eu pudesse dizer a ela o quanto estava arrependido.

Meus olhos se arregalaram.

"Morrer?" Murmurei, olhando para minha mãe.

Minha mãe quase morreu?

“Eu estava muito mal quando seu pai e seu tio me encontraram”, disse ela. “Felizmente, o
doutor Wren me salvou.”

Lex levantou-se abruptamente e virou-se para nossa mãe. Ele a puxou para um abraço
apertado.
“Sinto muito, mãe”, Lex murmurou. “Se Sienna ainda estivesse viva, eu a mataria com
minhas próprias mãos.”

Minha mãe abraçou meu irmão e esfregou suas costas suavemente.

“Ela não está mais viva, querido”, disse minha mãe. “Ela não pode mais machucar ninguém.”

“E aquele maldito ladino?” Lex perguntou.

“Ele também está morto”, meu pai murmurou, me fazendo olhar para ele.

Meu pai parecia tão triste. Eu queria abraçá-lo, mas estava com muita raiva dele.

Meu pai olhou para mim e engoliu em seco. Eu poderia dizer que ele queria me abraçar
também.

“O que aconteceu depois?” Perguntei. “Como o Alpha do Blood Moon Pack tentou tirar a
mãe de você?”

Papai respirou fundo e olhou para minha mãe.

“Você se lembra da Lenda do Lobo Branco?” meu pai perguntou.

Eu balancei a cabeça.

Claro que me lembrei disso. Cresci ouvindo histórias sobre minha mãe ser o Lobo Branco e
o único lobo que existia que tinha magia. Bem, até ela me dar à luz.

“Nós não contamos a história toda”, meu pai disse, me fazendo estreitar os olhos para ele.

“Você rejeitou minha mãe duas vezes?” Lex perguntou com raiva.

Meu pai suspirou.

“Seu pai cometeu um erro, querido”, minha mãe disse suavemente. “Eu encontrei uma
maneira de perdoá-lo. Ele compensou isso. Ele é um companheiro maravilhoso e um pai
maravilhoso. Por favor, não fique com raiva dele.

Minha mãe estava certa. Meu pai era um companheiro maravilhoso e o melhor pai do
mundo. Mas era tão difícil não ficar com raiva.

Lex zombou e sentou-se ao meu lado. Ele cruzou os braços sobre o peito e olhou para nosso
pai.

“O que você não nos contou?” Lex perguntou com raiva.

Minha mãe beijou o topo da cabeça de Lex e acariciou minha bochecha. Ela voltou para o
pai e sentou-se ao lado dele. Ela pegou a mão dele e deu-lhe um pequeno sorriso. Meu pai a
puxou para ele.

Sempre admirei o relacionamento que minha mãe e meu pai tiveram. Sempre esperei
encontrar um companheiro que me amasse da mesma forma que meu pai amava minha
mãe. Doeu muito descobrir que meu pai rejeitou minha mãe. Eu não pude acreditar. Foi
difícil acreditar.

“O Lobo Branco foi criado por uma maldição”, disse minha mãe, olhando para mim e para
meu irmão. “Há muito tempo, um clã de bruxas das trevas queria se livrar dos lobisomens.
Eles sabiam que não poderiam matá-los porque a Deusa os puniria. Naquela época, havia
apenas duas matilhas e as bruxas bolaram um plano para virar as matilhas umas contra as
outras. Eles pensaram que a melhor maneira de fazer isso seria colocar os dois Alfas um
contra o outro.”

Franzi as sobrancelhas.

"Como?" Perguntei.

“Eles amaldiçoaram uma mulher de uma das matilhas”, disse minha mãe. “Alfa de sua
matilha era seu companheiro dado pela Deusa. As bruxas amaldiçoaram o Alfa da outra
matilha e fizeram dele seu companheiro também. As bruxas pensaram que os dois Alfas
iriam brigar por ela, se matariam, e as matilhas não existiriam mais.”

Minha respiração ficou presa na garganta.

"Você tinha dois amigos?" meu irmão murmurou baixinho.

Minha mãe olhou para ele e assentiu.

Meus olhos se arregalaram. Lex amaldiçoou baixinho.

“É por isso que você usa magia negra, princesa”, meu pai me disse. “A magia da sua mãe foi
criada por uma maldição sombria. A escuridão da maldição foi transferida para você.”

Respirei fundo e soltei lentamente.

Lex agarrou minha mão.

“Fia terá dois companheiros?” Lex perguntou preocupado.

Meus olhos se arregalaram e olhei para ele. Isso nem me ocorreu. Foi possível?

“Não sabemos,” minha mãe suspirou, me fazendo olhar para ela. “Você sabe que sou o
primeiro Lobo Branco que teve filhos. Tudo o que sabemos até agora é apenas uma
suposição.”

“O que aconteceu com o primeiro Lobo Branco?” Lex perguntou.

“Ela se matou”, disse minha mãe. “Ela não conseguiu escolher entre seus dois
companheiros e tirou a própria vida.”

Uma sensação desconfortável tomou conta de mim.

“Como você escolheu, mãe?” Lex perguntou a ela.

Minha mãe sorriu e olhou para meu pai.

“Meu coração sabia que era seu pai”, disse ela. “Nosso amor era mais forte que a maldição.”
Um pequeno sorriso se espalhou pelo meu rosto.

Meu pai puxou minha mãe para seus braços. Ele a abraçou com força e olhou para nós.

“Eu te contei a história do Rogue King, não foi?” meu pai perguntou enquanto beijava o topo
da cabeça da minha mãe.

“Sim”, disse Lex. “Ele matou o seu pai e os pais da sua mãe.”

Nosso pai assentiu.

“Nunca lhe contamos o verdadeiro motivo pelo qual ele atacou a matilha,” nosso tio
suspirou, juntando-se à conversa. “Nós nunca dissemos a você quem ele realmente estava
procurando.”

“Há alguma coisa que você nos contou?” Lex perguntou com raiva.

“Estávamos tentando proteger você”, disse nosso pai.

Lex cerrou os punhos e estreitou os olhos para o nosso pai. Eu poderia dizer que ele queria
discutir, mas o interrompi. Eu não queria que ele discutisse com o pai. Eu entendi que ele
estava com raiva, mas nada de bom resultaria da briga dos dois.

“Quem foi o Rogue King atrás?” Eu perguntei, fazendo meu pai e meu tio olharem para mim.

“Sua mãe”, disse meu tio.

Eu congelo. Lex rosnou.

O que? Por que?

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CAPÍTULO QUATRO - Nosso Passado (Parte Três)

Ponto de vista de Alexander

Eu não pude deixar de olhar para meu pai.

Eu o amava tanto, mas estava com muita raiva dele.

Ele rejeitou minha mãe. Ele não acreditou nela. Ela quase morreu porque ele não acreditou
nela.

Eu queria dar um soco nele e me senti mal por isso. Ele era meu pai. Eu nunca iria machucá-
lo.

Mas Deusa, eu estava tão chateado.

“Por que ele estava atrás da nossa mãe?” Fia perguntou baixinho, sua voz cheia de tristeza.

Apertei a mão dela.

Você está bem? Eu a conectei mentalmente.
Eu não sei o que pensar. Ela disse. Estou triste e com raiva. Quero abraçar meu pai,
mas estou com raiva dele. Estou tão confuso.
Eu sei, Fia. Suspirei. Eu também.

“Ele ouviu falar da lenda do Lobo Branco”, respondeu meu pai. “Ele estava trabalhando com
algumas bruxas e elas lhe disseram que ele poderia tomar o Lobo Branco como seu
companheiro. Eles disseram a ele que ela o tornaria poderoso. Ele pensou que seria capaz
de ter filhos com ela e assumir o controle de todas as matilhas.”

Eu levantei minhas sobrancelhas. Ele estava louco?

“As bruxas que trabalhavam para ele interpretaram mal a lenda”, minha mãe suspirou.
“Como você já sabe, a lenda foi escrita em uma língua antiga e foi traduzida incorretamente.
Eles pensaram que qualquer um poderia se tornar meu segundo imediato.”

“Não sabíamos nada sobre a lenda na época”, disse tio Andrew. “Conseguimos capturar
alguns ladinos que estavam trabalhando para o Rogue King e eles nos contaram pedaços do
que ouviram do Rogue King.”

“Nós nem sabíamos que eu tinha magia,” minha mãe continuou, me fazendo olhar para ela.
“O Rogue Kind apenas pensou que eu seria uma Luna melhor, eu acho. Ele pensou que eu
seria mais poderoso e carismático. Isso é tudo o que sabíamos sobre isso.”

“E o que aconteceu com ele?” Eu perguntei, sentindo meu coração disparar.

Ele machucou minha mãe? Ele estava vivo? Se estivesse, eu o mataria com minhas próprias
mãos.

“Ele veio para a nossa fronteira com uma bruxa”, meu pai suspirou. “Ela usou sua magia
para nos incapacitar. O Rogue King ameaçou nos matar se sua mãe não fosse com ele.”

Um grunhido me escapou.

Ele ameaçou matar meu pai?! Ele ameaçou matar minha família e minha matilha?!

Oh, eu iria matá-lo!

“Oh, Deusa,” Fia gritou baixinho.

Coloquei meu braço sobre seus ombros.

"O que ele fez com você, mãe?" Eu perguntei baixinho.

Eu queria dar um soco em alguma coisa.

Bem, não algo, alguém. Eu queria dar um soco em Sienna e naquele filho da puta que a
ajudou. Eu queria dar um soco no Rogue King e naquela maldita bruxa.

“Bem, no fim das contas, eles sabiam um pouco mais sobre a lenda do que nós”, suspirou
minha mãe. “Mas ainda estava errado, mas eles sabiam que eu tinha magia. Eles sabiam que
eu poderia compartilhar isso. Então, quando o Rogue King me levou, ele deixou as bruxas
fazerem experiências comigo. Eles estavam tentando ver o quanto eu poderia suportar. Eles
estavam tentando me fazer usar minha magia e compartilhá-la com eles.”

Eu vi vermelho, porra.

Eles experimentaram na minha mãe?!

Fia cobriu a boca com a mão e soluçou baixinho.

“Oh, princesa,” minha mãe disse enquanto se levantava e se aproximava de minha irmã.

Ela a abraçou e beijou o topo de sua cabeça.

“Sinto muito, mãe”, Fia murmurou baixinho.

“O que eles fizeram, mãe?” Eu perguntei, tentando engolir o nó na garganta.

Minha mãe olhou para mim e suspirou.

“Não importa, querido”, disse ela. “Tudo que você precisa saber é que seu pai e seu tio me
salvaram novamente.”

Foi ruim. Eu sabia. Ela nos diria se não fosse ruim.

“Então Alfa da Matilha da Lua Sangrenta era o Rei Rogue?” Fia perguntou, olhando para
nossa mãe.

“Não, princesa”, minha mãe disse enquanto enxugava as lágrimas do rosto de Fia. “O nome
do Rogue King era Samuel e ele não era um Alfa.”

"Onde ele está?" Eu perguntei com raiva.

“Morto”, meu pai disse, me fazendo olhar para ele.

Bem, pelo menos ele fez algo certo. Ele matou todas as pessoas que machucaram minha
mãe.

“Alfa da Alcateia da Lua de Sangue era meu verdadeiro companheiro amaldiçoado”, disse
minha mãe. “O Rogue King pensou que qualquer um poderia se tornar meu companheiro
me marcando, mas isso não era verdade. A maldição criou meu segundo companheiro e foi
Alfa Nathan da Alcateia Lua Sangrenta.”

Eu sabia quem era Alfa Nathan. Eu conhecia o filho dele. Ele fez o treinamento Alpha um
ano antes de mim, então não nos cruzamos, mas eu sabia quem ele era.

Mas por que Alpha Nathan ainda estava vivo? Por que meu pai não o matou?

"Ele machucou você, mãe?" Fia perguntou baixinho.

Minha mãe respirou fundo e soltou lentamente.

“Ele veio aqui porque tinha certeza de que era meu companheiro dado pela Deusa”, minha
mãe disse enquanto ele passava os dedos pelos cabelos de Fia. “Ele tinha certeza de que seu
pai era o amaldiçoado. Ele queria que eu lhe desse uma chance.”

"Você já estava acasalado com o pai então?" Eu perguntei a ela.

“Eu fiz,” minha mãe assentiu. “Isso foi quatro anos depois que o Rogue King me levou. Seu
pai e eu já éramos companheiros e casados.

“E ele ainda insistiu que você desse uma chance a ele?” Eu perguntei com raiva.

Minha mãe assentiu.

“Ele tinha certeza de que era meu companheiro dado pela Deusa”, disse minha mãe.

“Mas como ele iria marcar você se o pai já tivesse marcado você?” Fia perguntou, franzindo
as sobrancelhas.

“Anna veio até nossa matilha um dia para nos contar toda a lenda do Lobo Branco,” minha
mãe disse enquanto voltava para se sentar ao lado do meu pai. “Seus ancestrais escreveram
os livros e ela sabia lê-los. Ela conhecia toda a lenda.

"Foi assim que você a conheceu?" Fia perguntou.

Minha mãe assentiu.

“Anna nos contou sobre Alpha Nathan”, meu pai continuou. “Ela disse que ele era o outro
companheiro da sua mãe e que sua mãe teve que ser marcada pela segunda vez. Mas se seu
amaldiçoado companheiro fosse quem a marcasse pela segunda vez, ela morreria.
Infelizmente, o primeiro Lobo Branco nunca descobriu quem era seu companheiro dado
pela Deusa e não tínhamos ideia de como saber com certeza.”

Meu coração disparou. Minha mãe passou por tanta coisa.

“Eu estava bem com o fato de seu pai ser meu companheiro amaldiçoado”, disse minha
mãe. “Eu estava bem com as coisas permanecendo como estavam. Eu não queria Alfa
Nathan, nem mesmo se ele fosse meu companheiro dado pela Deusa.”

"Mas?" Fia perguntou baixinho.

“Mas Anna me disse que eu não seria capaz de ter filhos a menos que fosse marcado pelo
meu companheiro dado pela Deusa”, disse minha mãe.

Franzi as sobrancelhas.

Tudo o que aconteceu foi uma loucura.

Eu não conseguia acreditar no que minha mãe passou.

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CAPÍTULO CINCO - Agora você sabe tudo

Ponto de vista de Sofia

"O que você fez?" Murmurei baixinho.

Minha mãe olhou para meu pai e suspirou.

“Alfa Nathan insistiu em me conhecer, então jantamos juntos”, disse minha mãe. “Eu
sempre soube que seu pai era meu companheiro dado pela Deusa. Eu não precisava
conhecer Alpha Nathan. Meu coração sabia.”

“Por que você não a marcou pela segunda vez imediatamente, pai?” Lex perguntou.

Papai puxou a mãe para seus braços. Ele a abraçou com força e respirou fundo.

“Eu estava com medo,” papai murmurou enquanto enterrava o nariz no cabelo da minha
mãe. “Eu estava com tanto medo que ela morresse.”

Meu pai fechou os olhos.

Ele adorava minha mãe. Foi difícil para mim acreditar que houve um tempo em que ele não
a queria. Eu não conseguia imaginar meu pai rejeitando minha mãe. Foi surreal.

"Por que você foi jantar com ele, mãe?" Lex perguntou a ela. “Por que você simplesmente
não o expulsou do bando?”

“Estávamos tentando evitar uma guerra”, suspirou minha mãe. “Naquela época, Alpha
Nathan estava sob a influência de seu pai maluco, que trabalhava com bandidos. Não
queríamos que pessoas inocentes fossem mortas. Eu não poderia deixar os membros da
nossa matilha sofrerem por minha causa.”

Eu entendi isso. Eu faria o mesmo.

"Então o que aconteceu?" Lex perguntou. “Como você descobriu quem era o companheiro
amaldiçoado?”

Meu pai deixou minha mãe ir. Ela olhou para o tio Andrew.

“Alpha Nathan enlouqueceu”, minha mãe murmurou. “Ele queria me forçar a deixar a
matilha com ele. Ele fez sua tia Daisy como refém e ameaçou matá-la. Ela estava grávida de
Mason naquela época.

Meus olhos se arregalaram. Lex rosnou alto.

Olhei para meu tio, que tinha uma expressão irritada no rosto.
“Ainda estou chateado pra caralho com isso, embora tenha acontecido há 18 anos”,
suspirou meu tio.

“Claro que você está,” Lex disse com raiva. “Ele ameaçou seu companheiro e seu filho. Eu o
teria matado.

Apertei a mão de Lex. Ele sempre foi muito protetor com nossa família. Foi um valor que
nossos pais nos ensinaram. Família e companheiros sempre vinham em primeiro lugar.

"O que aconteceu depois?" Eu perguntei, fazendo meus pais e tio olharem para mim.

Meu pai olhou para minha mãe e sorriu.

“Sua mãe durona encontrou sua magia e salvou Daisy”, disse meu pai com orgulho.

“Foi assim que você encontrou sua magia?” Eu perguntei, levantando as sobrancelhas.

“Sim,” minha mãe assentiu. “Anna disse que eu só conseguiria minha magia depois de ser
marcado pelo meu companheiro dado pela Deusa, mas acho que a raiva que senti a
desbloqueou.”

“Ela foi incrível, mas quase me deu um ataque cardíaco”, meu tio riu, olhando para minha
mãe.

Meu tio era incrivelmente protetor com minha mãe. Ele praticamente a criou porque meus
avós trabalhavam muito. Às vezes ele agia mais como o pai dela do que como o irmão dela.

"Por que?" Perguntei.

“Eu lutei com Nathan usando minha magia, mas ainda era muito novo e eu realmente não
tinha controle sobre isso, então ele quase venceu algumas vezes”, disse a mãe, rindo e
balançando a cabeça.

“Não foi engraçado, Emma”, disse tio Andrew severamente. "Eu pensei que você estava
morto."

Eu suspirei.

"Morto?" Lex rosnou.

“Eu acertei nós dois com magia”, explicou a mãe. “Não sei como, mas desmaiamos e
conversamos com a Deusa da Lua. A maldição quebrou na explosão e depois que
acordamos, não éramos mais companheiros.”

Minha cabeça ia explodir.

Minha mãe conversou com a Deusa da Lua?

“Você conversou com a Deusa da Lua?” Lex murmurou.

“Nós fizemos,” minha mãe assentiu.

Meu cérebro parecia que ia explodir. Lex balançou a cabeça e respirou fundo.

“Por que você não matou Alfa Nathan?” Lex perguntou com raiva. “Por que você deixou o
filho da puta viver? Eu o teria matado. Eu quero matar ele."

“Oh, acredite em mim, amigo, eu queria matá-lo”, disse papai. "Seu tio queria matá-lo."

"Mas?" Lex perguntou.

“Mas ele é um Alfa”, nosso pai suspirou. “Se o matássemos, seu pai teria um bom motivo
para atacar nossa matilha. Fizemos tudo o que podíamos para evitar uma guerra. Sua tia
Daisy estava grávida. Sua mãe e eu finalmente nos acasalamos pela segunda vez. Nenhum
de nós queria arriscar nossa felicidade por algum filho da puta maluco.”

Lex engoliu em seco e apertou a mandíbula.

“Fiz Alfa Nathan prometer cortar relações com o pai”, disse minha mãe. “Eu o fiz prometer
ouvir mais seu lobo. Pelo que eu saiba, ele fez tudo isso. Ele exilou seu pai e se tornou um
grande Alfa.”

“E agora você sabe tudo”, meu pai disse calmamente.

Olhei para ele e meu coração apertou. Ele parecia tão triste e preocupado.

“Por que você não nos contou antes?” Eu perguntei, fazendo meu pai olhar para mim.
"Porque agora?"

“Bem, esta é a primeira vez em 18 anos que o Alfa da Matilha da Lua de Sangue participará
da reunião do Alfa em nossa matilha”, disse o pai. “Proibimos Alfa Nathan de vir para nossa
matilha, mas o filho dele assumiu e sua mãe e eu acreditamos que não estaria tudo bem se
proibissemos o filho dele de comparecer.”

A reunião Alpha era um evento anual. A cada ano, um grupo diferente o hospedava. A
reunião Alpha deste ano foi em nossa matilha. Foi uma oportunidade para os Alfas
conversarem e fazerem novos aliados. Foi um evento interessante e eu estava animado
para começar.

“Eu proibiria o filho dele de vir também”, Lex murmurou.

“Eu sei, amigo”, disse papai. “Mas não podemos puni-lo pelos erros de seu pai.”

Lex suspirou.

Papai olhou para mim e engoliu em seco.

“Sinto muito”, disse papai. “Eu deveria ter contado a verdade antes, mas estava com medo.”
"Sobre o que?" Eu perguntei, franzindo as sobrancelhas.

“De perder vocês dois”, disse papai. "Estou com medo de que você me odeie pelo que fiz."

Meu coração se partiu.

“Nós nunca poderíamos odiar você, pai,” Lex suspirou. "Estou chateado pra caralho, mas
nunca poderia odiar você."

“Nem eu, pai”, eu disse. “Você cometeu um erro, mas eu nunca poderia te odiar. Eu te amo."

Papai se levantou e se aproximou de nós. Ele puxou nós dois para um abraço apertado.

“Oh, graças à Deusa,” ele murmurou enquanto beijava minha têmpora. "Eu amo muito vocês
dois."

Passei meu braço livre em volta do meu pai. Vi minha mãe e meu tio sorrindo para nós.

Eu estava com raiva de meu pai, mas nunca poderia odiá-lo. Eu o amei tanto. Ele cometeu
um erro, mas isso não o definiu. Ele ainda era o melhor pai que eu poderia ter pedido.

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CAPÍTULO SEIS - Preparando-se

Ponto de vista do caçador

"Posso entrar?" Eu ouvi a voz do meu pai.

Eu olhei para cima e balancei a cabeça.

Eu já sabia que ele estava vindo. Eu o ouvi se aproximando do meu escritório.

"Você está se preparando?" papai perguntou.

“Sim”, eu disse enquanto largava a caneta. “Estou quase com as malas prontas. Partirei pela
manhã.

Papai assentiu e sentou-se na poltrona em frente à minha mesa. Ele parecia nervoso e
preocupado.

“Pare de se preocupar, pai”, suspirei. "Tudo vai ficar bem."

Papai respirou fundo e soltou lentamente.

“Você não pode me culpar por estar nervoso,” papai murmurou. “Você está indo para o
bando de pessoas que me odeiam.”

Eu cerrei os dentes. Eu sabia o que aconteceu entre meu pai e Alpha Logan e Luna Emma.
Eu não estava dizendo que eles não tinham um bom motivo para não gostar do meu pai,
mas ele mudou muito. Desejei que eles lhe dessem uma chance de mostrar que ele não era
mais o mesmo homem.

“Tudo vai ficar bem, pai”, eu disse. “Eles não vão me machucar.”

Eu sabia muito sobre Alpha Logan e Luna Emma. Eles eram boas pessoas. Fiquei grato a
eles por deixarem meu pai ir. Eu seria um órfão agora. Eu cresceria sem ele se eles não
tivessem misericórdia dele.

Papai passou os dedos pelos cabelos.

“Tanto Emma quanto sua filha têm magia”, disse meu pai. "Você precisa ser cuidadoso."

Emma e Logan tiveram dois filhos. Alpha Alexander e sua irmã gêmea Sophia. Alexander
era o Alfa mais forte que existia. A magia de sua mãe o tornou mais poderoso que todos nós.
Ele não herdou a magia de sua mãe, no entanto. Eu não sabia muito sobre a irmã dele, mas
sabia que ela tinha magia. Alguns diziam que ela era ainda mais poderosa que a mãe, mas
ninguém sabia muito sobre ela. Logan e Emma a mantiveram escondida do resto do mundo.
Eles eram protetores com ela.
“Eu sei, pai”, eu disse. “Tenho certeza de que tudo ficará bem. Tenho certeza de que eles não
vão me machucar.”

“Apenas fique longe deles”, disse meu pai. “Especialmente a filha de Emma. Não sabemos
muito sobre ela, mas as pessoas dizem que sua magia é imprevisível, mas mais forte que a
de Emma.”

Suspirei e balancei a cabeça. “Estou ciente, pai. Vou ser cuidadoso."

Papai me olhou de cima a baixo.

“Sua mãe vai me matar se algo acontecer com você”, disse meu pai, me fazendo rir um
pouco.

Papai franziu a testa.

“Não é engraçado”, disse ele. “Sua mãe fica assustadora quando está com raiva.”

Eu ri, balançando a cabeça.

“Ah, eu sei”, eu disse. “Eu fui alvo da raiva dela muitas vezes.”

Papai riu. "Eu sei. Eu estava com medo por você.

Papai respirou fundo e um sorriso desapareceu de seu rosto.

“Tem certeza que quer ir, Hunter?” ele perguntou-me. “Você não precisa, você sabe.”

Suspirei e recostei-me na cadeira. Olhei meu pai nos olhos.

“Estou indo, pai”, eu disse. “Não vou desperdiçar a oportunidade de tornar nossa matilha
melhor e mais forte. Não vou desperdiçar a oportunidade de ajudar nossa matilha a crescer.
Ouvi muito sobre Logan e Emma. Eles não parecem ser as pessoas que me machucariam, a
menos que eu ameaçasse a família deles, o que definitivamente não farei.”

Papai respirou fundo e assentiu.

“Eu sei, Hunter”, disse meu pai. “Eu gostaria de poder parar de ficar nervoso, mas você é
meu filho e é tão difícil. Você vai entender um dia.”

Eu sorri um pouco.

Eu ainda não conseguia me ver como pai, mas queria ser um dia. Eu poderia me ver como
um companheiro. Eu mal podia esperar para conhecê-la. Eu mal podia esperar para tê-la ao
meu lado. Eu mal podia esperar para abraçá-la, valorizá-la e protegê-la. Meu pai sempre me
disse o quanto os amigos eram importantes e depois de ouvir sua história, eu sabia por que
ele estava me contando isso. Ele quase perdeu sua companheira e não queria que a mesma
coisa acontecesse comigo. Eu nunca permitiria isso, no entanto. Eu lutaria por ela até dar
meu último suspiro.
“Eu sei, pai,” eu ri. “Mas estou focado em nossa matilha por enquanto.”

Meu pai sorriu para mim.

“Você é um Alfa incrível”, disse ele. "Estou tão orgulhoso de ti."

Meu coração inchou.

“Obrigado, pai,” eu disse calmamente.

Ouvi passos se aproximando do meu escritório. Eu sabia que era minha mãe antes mesmo
de ela entrar no meu escritório.

“Ei, querido,” minha mãe disse enquanto abria a porta. “Você fez as malas?”

Meu pai se virou e sorriu para minha mãe.

“Sim, mãe”; Eu disse. “Vou sair de manhã cedo.”

Minha mãe se aproximou do meu pai e colocou as mãos em seus ombros. Ele pegou a mão
dela e a beijou.

"Por que vocês dois ainda estão aqui?" Suspirei, lembrando o que eles disseram ontem.

Harry e eu finalmente os convencemos a tirar férias curtas em uma de nossas cabanas no

lago. Eles disseram que partiriam hoje.

“Partiremos em uma hora”, disse minha mãe. “Eu queria ver você antes de partirmos. Eu
queria dizer para você ter cuidado.

“Eu sei, mãe,” eu sorri. “Papai já me disse para ter cuidado.”

Minha mãe assentiu e olhou para meu pai.

"Você está pronto para ir, querido?" minha mãe perguntou.

Papai sorriu e deu-lhe um pequeno aceno de cabeça.

“Se você não me mandar mensagens regularmente, irei até lá e arrastarei você de volta
para casa”, disse minha mãe enquanto ele olhava para cima e apontava o dedo para mim.
“Você pode ser um Alfa grande e ruim agora, mas ainda é meu filho e eu ainda posso te
deixar de castigo.”

Tentei conter minha risada.

“Eu sei, mãe”, eu disse, mordendo o interior das bochechas para me impedir de sorrir. "Eu
vou lhe enviar uma mensagem."

“Posso ver você sorrindo, Hunter Reed”, disse minha mãe. “Estou falando sério.”
“Eu sei, mãe”, repeti.

Ela se aproximou de mim e me puxou para um abraço.

“Tenha cuidado, Hunter,” ela disse suavemente. "Eu te amo."

“Eu também te amo, mãe,” eu disse enquanto a abraçava de volta.

Ela me soltou e deu um tapinha na minha bochecha.

“Vejo você quando você voltar”, disse ela.

Balancei a cabeça e observei enquanto ela voltava para o meu pai.

“Eu te amo, amigo,” papai disse enquanto sorria para mim e pegava a mão da minha mãe.

“Também te amo”, eu disse enquanto os observava sair do meu escritório.

Eu sorri.

Eu queria encontrar um companheiro que me amasse tanto quanto minha mãe amava meu
pai.

Eu esperava encontrá-la logo.

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CAPÍTULO SETE - O Pacote Lua Crescente

Ponto de vista do caçador

“Bem-vindo à Matilha da Lua Crescente, Caçador Alfa”, disse um guerreiro na fronteira,

curvando-se diante de mim.

“Obrigado,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso.

“Por favor, continue dirigindo”, disse-me o guerreiro. “Alpha e Luna irão recebê-lo no
packhouse.”

Sorri e balancei a cabeça, fechando a janela novamente.

Holden se mexeu.

'O que está errado?' Eu perguntei a ele.

— Não sei — murmurou ele. 'Eu estou nervoso. Você precisa ser cuidadoso.'

Suspirei e balancei a cabeça.

“Eu sei, Holden”, eu disse. 'Nada de ruim vai acontecer. Pare de se preocupar.'

'Eu sou um lobo Alfa', ele rosnou um pouco. 'É da minha natureza ter cuidado o tempo todo.'

“Eu sei”, eu disse, tentando não rir dele. 'Sinto muito.'

Pude sentir sua irritação aumentar, mas ele não disse nada.

Contive a risada e continuei dirigindo em direção ao packhouse.

A terra era linda. Eu estava dirigindo por uma floresta densa e só queria pular do carro e
correr. As árvores imponentes cercavam a estrada em ambos os lados, seus galhos se
estendiam no alto como uma copa frondosa. A luz do sol filtrada pelos galhos densos. O ar
estava fresco e fresco, perfumado com o doce aroma de agulhas de pinheiro e terra úmida.
O suave zumbido do motor do carro era o único som que perturbava o silêncio da floresta.
A floresta parecia se estender para sempre.

Eu podia sentir os lobos que estavam de guarda na floresta.

De repente, a floresta se abriu e eu me vi dirigindo para uma clareira. Eu sorri, observando

a mudança de cenário.

Vi o packhouse à frente e diminuí a velocidade do carro.

Meus olhos vislumbraram um casal que estava parado na entrada do armazém
cumprimentando os convidados. Eles estavam sorrindo e apertando as mãos dos
convidados.

Eu soube imediatamente quem era. Logan e Emma Carter, Alfa e Luna do Pacote Lua
Crescente.

Luna Emma era linda. Ela tinha cabelos castanhos e olhos azuis. Ela parecia gentil e
amorosa. Ela estava irradiando uma aura de paz e tranquilidade para todos ao seu redor.
Seus olhos brilhavam com uma luz suave e seu sorriso era caloroso e acolhedor.

Alpha Logan era um homem forte e dominante que exalava uma aura de poder e controle.
Sua própria presença exigia atenção e respeito. Eu poderia dizer o quão ferozmente
protetor ele era com sua Luna. O braço dele estava em volta da cintura dela e ele a segurava
perto. Ninguém se atreveu a chegar muito perto dela.

Saí do carro e respirei fundo.

De repente, fiquei muito nervoso para abordá-los.

Tranquei meu carro e corrigi minha postura.

Eu tive que dizer a mim mesmo que poderia fazer isso. Eu era um maldito Alfa da matilha
mais antiga.

Fui até Alpha e Luna.

Seus olhos pousaram em mim e pude sentir o nervosismo aumentar.

“Alpha Logan, Luna Emma,” eu disse educadamente, inclinando um pouco a cabeça.

“Alfa Hunter”, disse Alfa Logan. “Bem-vindo ao Pacote Lua Crescente.”

Olhei para cima e vi Luna Emma sorrindo para mim. Alfa Logan foi cuidadoso. Seu braço
apertou a cintura de seu companheiro.

“Obrigado por me receber”, eu disse. “Estou grato por você ter decidido me deixar ir.”

“Claro, Alpha Hunter,” Luna sorriu. “Não seria justo punir um jovem Alfa por algo que
aconteceu há quase 20 anos.”

Eu sorri para ela.

“Você é sempre bem-vindo à nossa matilha”, disse Alfa Logan, me fazendo olhar para ele.

Eu certamente não esperava que ele dissesse isso.

“Contanto que você não machuque ninguém, é claro”, acrescentou ele, lançando-me um
olhar severo.
Eu sorri e balancei a cabeça. "Eu nunca faria isso. Eu respeito e admiro você, Alfa Logan.
Gostaria que trabalhássemos juntos no futuro.”

Ele me olhou de cima a baixo. Seu rosto estava inexpressivo. Eu não sabia o que ele estava
pensando.

“Veremos isso, Alpha Hunter”, disse ele.

“Eu apreciaria até mesmo uma consideração”, eu disse, sorrindo educadamente.

Alfa Logan assentiu.

"Como está o seu pai?" Luna Emma perguntou, me fazendo olhar para ela.

“Ele está muito bem”, eu disse. “Ele e minha mãe estão aproveitando a aposentadoria.”

“Fico feliz em ouvir isso”, disse ela educadamente.

Eu gostava dela. Eu gostei dos dois. Fiquei grato pela oportunidade que me deram.

“Por favor, entre e se refresque”, disse Luna Emma. “Um dos membros da nossa equipe irá
mostrar-lhe o seu quarto.”

“Obrigado,” eu disse enquanto me curvava um pouco.

Eu estava prestes a me afastar deles quando um cheiro incrível me fez congelar

completamente.

Foi fantástico. Cheirava a um campo de violetas.

Que raio foi aquilo?

Holden se mexeu e ficou tenso.

“Está tudo bem, Alfa Hunter?” Eu ouvi a voz de Luna Emma.

"Que cheiro é esse?" Murmurei, olhando em volta.

Eu queria encontrá-lo. Eu queria encher meus pulmões com isso.

"Cheiro?" Alfa Logan perguntou, confuso.

E então eu a vi.

Todo o resto ao meu redor desapareceu quando meus olhos se fixaram nela. Meu coração
acelerou e senti uma onda de emoções tomar conta de mim: excitação, nervosismo e um
profundo sentimento de conexão.
Sua beleza era radiante e hipnotizante. Suas feições eram delicadas e perfeitas. Seus olhos
brilharam, atraindo-me e fazendo-me sentir como se ela e eu fôssemos as únicas pessoas
no mundo.

O tempo pareceu parar quando eu a vi. Eu não conseguia me mover. Eu não conseguia
respirar. Eu não conseguia pensar.

Tudo o que vi foi ela. Tudo que eu queria era ela.

Quando seus lindos olhos verdes encontraram os meus, pensei que iria explodir de
felicidade.

Ela era minha.

Aquele lindo anjo era meu.

“Companheiro,” dissemos ao mesmo tempo e senti um enorme sorriso se espalhar pelo

meu rosto.

Eu queria correr em direção a ela. Eu queria segurá-la. Eu queria pressionar meus lábios
contra ela e prová-la.

Mas alguém me parou. Alguém me agarrou antes que eu pudesse chegar ao meu anjo.
Alguém não queria que eu fosse até ela.

Eu rosnei alto. Eu iria separá-los.

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CAPÍTULO OITO – Companheiro?

Ponto de vista de Sophia

“Vamos, Fia,” meu irmão suspirou. "Nós estamos atrasados."

Eu me virei para olhar para ele. Ele estava encostado no batente da porta com os braços
cruzados sobre o peito.

"Por que você está esperando por mim?" Perguntei. “Você pode descer. Estarei lá em breve.

Lex revirou os olhos para mim. “Eu não vou deixar você sozinho. Se apresse."

“Tudo bem”, murmurei enquanto me abaixava para fechar o zíper das botas.

Eu estava um pouco nervoso. Stella continuou se mexendo e eu pude sentir a tensão

irradiando dela.
'O que está errado?' Perguntei a ela pelo que pareceu ser a milionésima vez hoje.
— Não sei — ela murmurou. — Depressa, Sofia.

Franzi as sobrancelhas e me levantei.

Por que ela estava tão nervosa? Por que ela estava me apressando?

"Feito?" Lex perguntou, me fazendo olhar para ele.

Balancei a cabeça e respirei fundo.

"O que está errado?" ele perguntou e eu pude ouvir uma pitada de preocupação em sua voz.

“Eu não sei,” eu murmurei. “Estou um pouco nervoso.”

Aproximei-me do meu irmão e ele passou um braço em volta dos meus ombros.

“Não se sinta, Fia”, disse ele, dando-me um pequeno sorriso. “Você pode sair quando quiser,
ok?”

Balancei a cabeça e sorri de volta para ele.

Lex afastou o braço dos meus ombros e segurou minha mão. Ele me levou em direção às
escadas. Quanto mais caminhávamos, mais Stella se agitava.

O que diabos havia de errado com ela?

“Por que Stella está tão tensa?” Lex perguntou, olhando para mim.

Axel provavelmente contou a ele.

“Eu não sei,” eu murmurei. “Ela esteve assim a manhã inteira.”

Lex franziu as sobrancelhas e apertou minha mão com mais força.

Respirei fundo enquanto descíamos as escadas.

Algo cheirava bem. Foi um novo renovador de ar? Cheirava a café e baunilha. Respirei
fundo, deixando o cheiro me acalmar. Minha mãe escolheu bem dessa vez. Esses eram meus
dois aromas favoritos.

Lex e eu estávamos quase no fim da escada quando Stella se mexeu e choramingou.

Senti olhos em mim e olhei para a minha direita.

O mundo parou de girar.

Um homem alto e musculoso estava parado na porta da frente. Seus olhos estavam fixos em
mim. Todo o meu corpo tremeu. Stella ronronou. Meus aromas foram dominados por ele.

Seus olhos castanhos escuros brilharam. Seus músculos se contraíram. Seu cabelo escuro
era perfeito e parecia tão macio. Eu queria passar meus dedos por ele. Eu queria enterrar
meu nariz nisso e respirar fundo.

O cheiro estava saindo dele.

Ele era meu companheiro.

A excitação de Stella quase me fez pular.

“Companheiro,” eu murmurei ao mesmo tempo que ele.

"Amigo?" Lex exclamou e eu pude ouvir a confusão em sua voz.

Meu companheiro se mudou. Ele queria se aproximar de mim. Eu queria que ele fizesse
isso. Eu queria tocá-lo.

Um grunhido baixo me escapou quando meu pai o parou. Lex me puxou para trás dele e eu
não pude mais ver meu companheiro.

"Amigo?" Eu ouvi a voz irritada do meu pai.

"Me deixar ir!" meu companheiro falou, me fazendo estremecer. “Ela é minha companheira.
Você não pode me manter longe dela!

Sua voz era profunda e agradável. Era como veludo, rico e macio, com uma aspereza sutil
que acrescentava um toque de masculinidade. Sua voz me fez querer ouvir e seguir. Eu
queria que ele continuasse falando. Eu queria ouvi-lo para sempre.

“Tire ela daqui, Alex”, meu pai disse, fazendo meu coração bater mais forte.

Não. Eu não queria ir. Por que meu pai não deixou meu companheiro vir até mim?

“Você está brincando comigo?!” meu companheiro gritou. “Você não pode fazer isso!”

Eu queria ir até ele, mas Alex me pegou e subiu correndo.

"Me deixar ir!" gritei, tentando sair dos braços do meu irmão.

Seu domínio sobre mim só aumentou.

“Pare com isso, Sophia,” Lex rosnou. "Você não pode ir até ele."

Ouvi gritos lá embaixo. Eu ouvi meu companheiro gritando. Ouvi meu pai dizendo a ele que
ele não poderia ir até mim.
Mãe? Eu a conectei mentalmente. O que está acontecendo?
Não se preocupe, querido. Minha mãe disse calmamente. Vou falar com seu pai. Ele está
apenas surpreso, só isso.
Mas por que? Perguntei. Quem é ele, mãe?

Eu não reconheci meu companheiro. Eu não sabia quem ele era.

Ele é o Caçador Alfa. Minha mãe disse. Ele é filho de Alfa Nathan.
Meu coração parou de bater.

Filho de Alfa Nathan? O mesmo homem que tentou tirar minha mãe do meu pai?
“Hunter”, Stella ronronou.

Lex entrou no escritório do meu pai e me colocou no chão. Ele fechou a porta e começou a
andar. Ele enroscou os dedos no cabelo e respirou fundo.

“Lex...” eu murmurei, mas ele me parou imediatamente.

“Não, Sophia”, disse ele, olhando para ele. “Você não vai chegar perto daquele homem.”

Meu coração apertou dolorosamente.

Eu entendi porque Lex e meu pai não me queriam perto dele, mas ele era meu
companheiro. Eu queria falar com ele. Eu precisava falar com ele.

“Ele é meu companheiro,” eu disse calmamente.

Lex rosnou e começou a andar pelo escritório novamente. Observei enquanto ele cerrava os
punhos repetidamente.

“O pai dele é um bastardo louco”, disse Lex com raiva. “O filho dele provavelmente é o
mesmo. Ele não é confiável. Não podemos permitir isso.”

Stella ficou tensa. Eu rosnei.

Lex olhou para mim e ergueu uma sobrancelha.

“Não faça isso, Sophia”, ele disse. “Você sabe que estou certo.”

“Nós não o conhecemos”, argumentei. “Ele poderia ser diferente de seu pai.”

Lex se aproximou de mim e colocou as mãos nos meus ombros. Ele se abaixou para olhar
nos meus olhos.

“O pai dele tentou levar nossa mãe embora”, disse Lex, cerrando os dentes. “O pai dele
tentou matar tia Daisy e Mason.”

Meu coração parecia que estava sendo esfaqueado repetidamente.

A porta do escritório do meu pai se abriu. Mason e Mike correram para dentro.

"É verdade?" Mason rosnou alto quando se aproximou de mim e agarrou meu braço.

“Sim,” Lex disse enquanto olhava para ele. “Você conhece a história toda?”

"Que história?" Mike perguntou. “Quem precisamos bater?”

Mason assentiu e me puxou para um abraço. Todos nós ignoramos Mike.

“Sinto muito, Soph,” ele murmurou. “Você merece um companheiro melhor.”

Passei meus braços em volta do meu primo e deixei as lágrimas caírem pelo meu rosto.

Eles não o conheciam. Eu não o conhecia. Eles estavam falando sobre ele como se fosse ele
quem tentou levar minha mãe e matar minha tia. Será que eles me deixariam conhecê-lo?
Será que eles permitiriam que ele nos mostrasse que não era seu pai?
Stella choramingou.

Ela sabia a resposta. Nós dois fizemos.

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CAPÍTULO NOVE - Ele não é seu pai
Ponto de vista de Emma

Fiquei completamente em choque.

O filho de Alpha Nathan era companheiro da minha filha?! A Deusa estava brincando
conosco?

“Para onde ele está levando ela?!” Alpha Hunter gritou, tentando sair do aperto de Logan.
"Ela é minha! Traga-a de volta!

Logan rosnou.

Olhei em volta e vi nossos numerosos convidados olhando para nós. Sorri para eles e
agarrei o braço do meu companheiro.

Leve-o para a cozinha. Eu liguei-o mentalmente. Não podemos fazer isso aqui.

Logan olhou ao nosso redor e rosnou baixinho. Ele começou a afastar Alpha Hunter.

“Que porra você está fazendo?!” Alfa Hunter rosnou. "Deixe-me ir até ela!"

Meu coração pulou uma batida. Deve haver um mal-entendido.

Mãe? Minha filha me conectou mentalmente. O que está acontecendo?

Não se preocupe, querido. Eu disse, tentando parecer o mais calmo possível. Vou
falar com seu pai. Ele está apenas surpreso, só isso.

Mas por que? Ela perguntou e eu pude ouvir o desespero em sua voz. Quem é ele, mãe?

Meu coração se partiu pela minha garotinha. Ela não merecia isso.

Ele é o Caçador Alfa. Eu disse. Ele é filho de Alfa Nathan.

Ela não se importou em me ligar de volta e eu me concentrei em meu companheiro e em

Alpha Hunter.

Já estávamos na cozinha.

Logan soltou Alpha Hunter e rosnou.

“Alpha Logan, vou lutar com você para chegar até ela,” Alpha Hunter rosnou. "Ela é minha.
Você não pode me proibir de vê-la. Você não pode tirá-la de mim. Por que você faria isso?

Alpha Hunter estava tremendo. Eu poderia dizer que ele estava se segurando para não
atacar meu companheiro.
Logan deu um passo mais perto dele, mas eu agarrei seu braço e o impedi.

“Você sabe quem ela é, Alpha Hunter?” Eu perguntei, fazendo-o olhar para mim.

"Isso importa?" Alfa Hunter rosnou. “Ela é minha companheira. Eu não me importo com
quem ela é. Eu não me importo com a posição dela na matilha.”

Respirei fundo e apertei minha mão em volta do braço de Logan.

Meu companheiro estava tremendo. Eu podia sentir a raiva irradiando dele.

“Ela é nossa filha, Alpha Hunter,” eu disse, tentando impedir que minha voz tremesse.

Os olhos de Alfa Hunter se arregalaram. Ele olhou de mim para Logan. Pude ver seu corpo
ficar ainda mais tenso, mas ele deu um pequeno passo para trás. Ele olhou para mim e pude
ver o medo em seus olhos.

"Sua filha?" ele murmurou baixinho.

“Sim,” eu balancei a cabeça.

Alpha Hunter fechou os olhos e apertou a mandíbula.

“Não me importo com o passado”, disse ele. "Ela é minha."

"Bem, eu me importo!" Logan exclamou com raiva. “Não vou deixar minha filha ficar com
um homem cujo pai quase destruiu minha família!”

Alpha Hunter abriu os olhos abruptamente. Ele rosnou e deu um passo mais perto de nós.

“Meu pai cometeu um erro”, disse Alpha Hunter com raiva. “Ele foi amaldiçoado. Ele nunca
machucaria ninguém. Ele é um bom homem."

Logan rosnou alto. "Um bom homem?! Ele tentou matar uma mulher grávida!

“Logan,” eu o chamei, puxando-o para mais perto de mim. "Parar."

Ele olhou para mim com raiva. “Não me diga que você está bem com isso!”

Olhei para Alpha Hunter e respirei fundo. Eu não estava bem com isso, mas a Deusa tinha
que ter uma razão para criar um vínculo de companheiro entre eles.

“Não estou bem com isso, mas não podemos culpar Alpha Hunter pelos erros de seu pai”, eu
disse, olhando para meu companheiro. “Ele não é o pai dele.”

Logan estreitou os olhos e apertou a mandíbula.

“Emma...” ele falou severamente, mas eu o interrompi.

“Não podemos separá-los,” eu disse suavemente. “Não estaria tudo bem. Precisamos deixá-
los decidir. Precisamos deixar Sophia decidir.

Logan estudou meu rosto por um segundo antes de fechar os olhos e suspirar. Seu corpo
relaxou um pouco.

Lembre-se de tudo que ensinamos aos nossos filhos sobre companheiros. Eu liguei-o
mentalmente. Não podemos ir contra isso, Logan. Não seria justo.

Tanto Logan quanto eu decidimos que ensinaríamos nossos filhos sobre o valor do vínculo
conjugal. Sempre lhes dissemos que o vínculo de companheiro era um presente da Deusa
que deveria ser protegido e valorizado. Logan foi quem insistiu para que fizéssemos isso.
Ele queria corrigir seu próprio erro.

Logan abriu os olhos e olhou para Hunter.

“Eu sou contra isso,” Logan disse calmamente. “Minha filha não deveria ter sido acasalada
com você. Mas minha Luna está certa. Vou deixá-la decidir.

Alpha Hunter cerrou os punhos. Eu pude ver a raiva brilhar em seus olhos.

Inclinei-me e dei um pequeno beijo no peito de Logan. Eu estava tão orgulhoso dele.

Eu podia sentir sua raiva e dor. Eu podia sentir seu medo. Eu tive as mesmas emoções que
ele. Eu estava com raiva. Eu estava assustado. Eu estava com dor. Eu sabia o quão difícil era
para ele deixar de lado essas emoções. Eu sabia o quão difícil era para ele dizer essas
palavras.

“Eu não vou machucá-la”, disse Alpha Hunter com raiva. “Ela é minha companheira. Meu
pai me ensinou a valorizar o presente da Deusa e é isso que farei.”

Olhei para Logan. Ele não estava convencido.

“Eu preciso vê-la”, disse Alpha Hunter e pude ouvir a dor em sua voz.

“Espere aqui um segundo,” eu disse a ele enquanto puxava Logan para a outra sala.

Eu precisava acalmá-lo um pouco antes de levarmos Alpha Hunter para ver Sophie.

Assim que a porta se fechou atrás de nós, Logan me puxou para ele e me beijou. Enrosquei
meus dedos em seu cabelo e o beijei de volta.

"Porque ela?" Logan murmurou enquanto apoiava sua testa na minha.

“Eu não sei,” suspirei enquanto acariciava sua bochecha. “A Deusa tinha que ter um
motivo.”

Logan suspirou e levantou a cabeça. Ele deu outro pequeno beijo em meus lábios.
“Eu te amo”, ele murmurou.

“Eu sei,” eu disse, sorrindo para ele. “Vamos acabar logo com isso.”

Logan grunhiu e pegou minha mão na sua. Voltamos para a cozinha.

“Vamos deixar você conhecer nossa filha, Alpha Hunter”, disse Logan. “Um movimento
errado e você está fora do meu bando.”

Alpha Hunter apertou a mandíbula e acenou com a cabeça.

Dei-lhe um pequeno sorriso quando comecei a sair da cozinha e puxei Logan atrás de mim.

Onde você está? Eu liguei mentalmente meu filho.

Escritório do papai. Ele respondeu imediatamente. O que está acontecendo?

Eu não respondi sua pergunta. Eu sabia como ele reagiria se soubesse que estávamos
trazendo Alpha Hunter conosco.

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CAPÍTULO DEZ – Meu anjo

Ponto de vista do caçador

Todo o meu corpo tremia. Eu precisava vê-la.

Sofia.

O nome dela era perfeito. Ela era meu anjo.

Eu não podia acreditar que a Deusa me acasalou com ela. Qual era o plano dela? Ela estava
tentando nos punir? Ela estava tentando punir nossos pais? Não importa qual fosse o
motivo, eu nunca desistiria da minha companheira. Eu lutaria por ela até meu último
suspiro.

Aproximamo-nos de uma grande porta de carvalho e eu sabia que ela estava na sala. Eu
podia sentir o cheiro doce dela. Eu podia ouvir o batimento cardíaco dela.

“Pai…” alguém falou, mas parou assim que entrei na sala.

Meus olhos a encontraram imediatamente. Ela estava olhando para mim com os olhos
arregalados. Um homem que estava ao lado dela puxou-a para trás, fazendo-me rosnar.

“Que porra ele está fazendo aqui?!” a mesma voz exclamou com raiva.

Eu não conseguia mais ver meu anjo.

Eu queria despedaçar aquele homem e puxá-la para mim.

“Precisamos deixar Sophia decidir o que fazer, Alex”, disse Luna Emma.

“Ele não vai chegar perto dela”, disse o homem chamado Alex. “Estou decidindo por ela.”

Meus olhos se voltaram para ele e rosnei novamente. Quem diabos era ele?!

Ele era tão parecido com meu anjo. Eles tinham os mesmos olhos e o mesmo cabelo. Eles
tinham as mesmas características faciais.

Tinha que ser seu gêmeo.

“Alex, querido…” Luna Emma disse, mas ele a interrompeu.

“Eu não vou deixar ele machucá-la,” Alex rosnou, mantendo os olhos em mim. "Eu não vou
deixá-lo chegar perto dela."

Cerrei os punhos e apertei a mandíbula.

“Ela é minha companheira,” eu disse com raiva. “Você não pode mantê-la longe de mim.
Você não pode decidir por ela.

Alex abriu a boca para falar, mas uma voz melódica o deteve.

“Lex, por favor,” ela disse, fazendo meu coração bater mais forte. “Deixe-me falar com ele.”

Olhei para o homem que estava parado na frente dela. Quem diabos era ele e por que ele
estava tocando meu companheiro?

Eu queria despedaçá-lo.

Estreitei os olhos para ele, fazendo-o rosnar um pouco.

“Não toque nela,” eu disse a ele calmamente. “Afaste-se.”

“Não me diga o que fazer”, disse o homem com raiva. “Ela é minha prima. Estou protegendo
ela de você. Eu sempre irei protegê-la de você e de todos os outros.”

Eu apertei minha mandíbula.

Fui eu quem sempre a protegeria. Era eu quem sempre garantiria que ela estivesse segura.

“Você não precisa protegê-la de mim,” eu disse. “Eu sou seu companheiro. Ela está segura
comigo.

“Diga isso ao seu pai”, disse o homem. “Ele tentou matar minha mãe e eu.”

Meus olhos se arregalaram um pouco. Então este era o filho de Beta Andrew?

“Mason, por favor,” meu companheiro disse suavemente.

Eu queria vê-la. Eu queria tocá-la.

Holden estava nervoso e eu mal consegui impedi-lo de assumir o controle e destruir todo
mundo.

“Vamos dar-lhes algum tempo para conversar”, disse Luna Emma. “Alpha Hunter não vai
machucá-la.”

Olhei para ela e sorri um pouco. Fiquei extremamente grato a ela. Se ela não acalmasse Alfa
Logan, eu não seria capaz de ver minha companheira.

“Você está falando sério, mãe?!” Alex exclamou com raiva. “Eu não vou deixá-la sozinha com
ele!”

“Sim, você é, Alex,” Luna Emma suspirou. “Sophia vai ficar bem.”

Alex apertou a mandíbula e cerrou os punhos.

“Eu não vou machucá-la,” eu disse a ele.

Ele se aproximou de mim e apontou um dedo para mim.

“Se você machucá-la, eu vou te matar”, ele me ameaçou. “Vou despedaçar você e queimar os
malditos pedaços.”

Eu acreditei nele, mas suas ameaças eram desnecessárias. Eu nunca iria machucá-la. Ela
fazia parte do meu corpo e da minha alma.

Alex passou por mim e saiu furioso da sala.

“Mason, Mike, vamos lá”, disse Luna Emma.

“Alex não será seu único problema se você encostar o dedo nela”, disse Mason enquanto se
afastava lentamente.

Ignorei sua ameaça porque finalmente pude vê-la.

Deusa, ela era tão linda. Ela estava olhando para mim e eu percebi que ela estava muito
nervosa. Ela ficava olhando atrás de mim para seus pais.

“Você tem 10 minutos, Alpha Hunter”, ouvi a voz de Alpha Logan.

Eu podia ouvir a porta se fechando atrás de mim. Finalmente estávamos sozinhos.

Sorri para ela e ela respirou fundo.

Eu não poderia mais fazer isso. Aproximei-me dela em três passos longos e segurei suas
bochechas macias.

Nós dois engasgamos.

Os formigamentos e faíscas eram tão intensos. Meu corpo estremeceu. Meu coração batia
tão rápido que pensei que fosse pular do meu peito. Holden estava pulando para cima e
para baixo. Eu poderia dizer que ele estava dizendo alguma coisa, mas não conseguia me
concentrar o suficiente para saber o quê.

Finalmente tive meu companheiro em meus braços.

Ela colocou suas pequenas mãos sobre as minhas e sorriu um pouco.

“Oi, Sophia,” murmurei enquanto apoiava minha testa na dela.

“Olá, Hunter,” ela disse suavemente, me fazendo sorrir.

“Você é linda, anjo,” eu disse calmamente. “Não posso acreditar que presente precioso a
Deusa me deu.”
Ela era. Eu não conseguia acreditar na sorte que tive. Eu não conseguia acreditar que
aquela linda loba era minha.

Eu podia senti-la ficar um pouco tensa. Levantei a cabeça e olhei para seus lindos olhos
verdes.

“Nossos pais…” ela falou, mas eu a interrompi imediatamente.

“O que aconteceu com eles não é da nossa conta, Sophia”, eu disse. “Não podemos deixar
que isso atrapalhe.”

Ela respirou fundo e fechou os olhos. Ela franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio inferior.

Eu quase desmaiei. Eu queria fazer isso. Eu queria beijá-la e saboreá-la e morder seus
lábios suavemente.

Porra.

“Sophia, anjo, você é minha,” eu disse a ela suavemente enquanto acariciava suas
bochechas. “Eu nunca vou parar de lutar por você. Quero você."

Ela abriu os olhos e olhou para mim. Quase derreti em uma poça inútil.

Mantive meus olhos nos dela enquanto me abaixava e pressionava meus lábios contra seus
lábios macios.

Eu podia sentir meu coração batendo na minha garganta. Eu podia sentir o formigamento
nos dedos dos pés. Eu podia sentir meu corpo esquentar.

Ela tinha um gosto incrível.

Ela gemeu um pouco e abriu os lábios. Seu hálito quente me fez estremecer. Eu queria mais
dela.

Nós dois fechamos os olhos ao mesmo tempo.

Passei um braço em volta de sua cintura e a pressionei mais perto de mim.

Ela se encaixou perfeitamente em meus braços.

Eu nunca pararia de lutar por ela. Ela era minha e sempre seria assim.

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CAPÍTULO ONZE - Medo

Ponto de vista de Alexandre

Eu estava chateado pra caralho. Minha mãe estava ficando louca?!

Bati a porta do escritório dela atrás de mim.

Todo o meu corpo tremia de raiva. Eu queria voltar e matá-lo. Eu queria voltar e levá-la
para algum lugar seguro.

Se ele a machucasse...

A porta se abriu e o resto da minha família entrou.

“Que porra é essa, mãe?!” Eu gritei quando me virei. “Se ele a machucar...”

“Não fale assim com sua mãe”, meu pai me interrompeu com raiva.

Eu olhei para ele e apertei minha mandíbula.

“Alex, querido, eu sei que você está com medo, mas ele não vai machucá-la”, disse minha
mãe. “Ela é sua companheira. Ele não pode fazer isso.

Cerrei os punhos e comecei a andar nervosamente pelo escritório.

"Por que você o deixou falar com ela?" Mason perguntou. “Ele não a merece. O que o pai
dele fez...”

“Foi horrível”, disse minha mãe, interrompendo Mason. “Mas Alpha Hunter não é o pai
dele.”

“Não”, disse Mason com raiva. “Ele poderia ser ainda pior.”

O medo explodiu dentro de mim. Mason estava certo. Ele poderia ser ainda pior. E se ele a
estivesse machucando agora? E se ele a matasse? E se eu nunca mais a visse?

Meu coração ia pular para fora do meu corpo. Eu podia sentir isso na minha garganta. Isso
cairia da minha boca. Eu tinha certeza disso.

“Ela está bem, Alex”, Axel me disse. 'Ela está viva. Eu saberia se ela não estivesse. Você saberia
se ela não estivesse.

Axel estava certo, mas o medo que senti me bloqueou completamente. Eu não conseguia
sentir nada além de meu coração disparar como um louco.

A porta se abriu e meu tio e minha tia entraram.

"É verdade?!" meu tio rosnou alto. “O filho do filho da puta é companheiro dela?!”

Meu tio estava tão chateado quanto eu. Minha tia parecia preocupada.

“Sim”, meu pai respondeu à sua pergunta. “Alpha Hunter é seu companheiro.”

Meu tio rosnou e olhou ao redor da sala.

"Onde ela está?" ele perguntou.

“Conversando com Alpha Hunter,” Mason murmurou com raiva.

Os olhos do meu tio se arregalaram. Ele olhou para meus pais.

“Como você pôde deixar isso acontecer?!” ele gritou. “Temos que ir buscá-la! Ele vai
machucá-la!

Eu concordei completamente com ele.

“Está tudo bem, Andrew”, disse minha mãe. “Ele não vai machucá-la. Ela está bem.

Os olhos do meu tio se arregalaram ainda mais.

“Que diabos, Emma?” ele perguntou com raiva.

“Ela vai ficar bem, Andrew”, minha mãe suspirou. "Ele não vai machucá-la."

Meu tio olhou para meu pai sem acreditar.

“Você deixou sua filha sozinha com aquele homem?!” meu tio exclamou com raiva. “Você
está maluco?! O pai dele tentou matar minha companheira e meu filho!”

“Aquele menino não é o pai dele, Andrew”, disse minha mãe com um toque de raiva na voz.

Meu tio olhou para ela e estreitou os olhos.

“Não, Emma, mas ele foi criado por ele”, disse ele, dando um passo mais perto da minha
mãe. “Você tem ideia de quanto ódio por nós Nathan provavelmente plantou em seu filho?
Você o rejeitou. Nós o humilhamos. Logan e eu demos uma surra nele. Ele nos odeia, Emma,
e você acabou de deixar sua filha sozinha com o filho dele.

O medo que senti dobrou. Meu tio estava certo. Eu nunca deveria ter saído daquele
escritório! Eu nunca deveria ter deixado ela sozinha com ele!

“Andrew...” minha tia falou, mas eu não ouvi o resto.

Rosnei enquanto saía correndo do escritório da minha mãe e ia em direção ao escritório do

meu pai. Eu vi vermelho. Eu ia matá-lo.

Mas alguém me parou.

Rosnei e olhei para trás.

Foi Jake.

“Não faça isso, Alex”, disse ele, apertando os braços em volta de mim. “Ela está bem. Dê a ela
alguns minutos para lidar com isso sozinha.”

Eu estreitei meus olhos para ele. Ele achou que seria capaz de me impedir? Eu poderia me
livrar dele como um inseto.

“Alex,” ouvi a voz do meu pai.

Olhei para cima e o vi parado na entrada do escritório da minha mãe.

“Dê a ela mais alguns minutos”, disse papai calmamente. "Ela está bem."

Eu queria rasgá-los todos em pedacinhos.

“Vamos,” Jake disse enquanto começava a me levar de volta para o escritório da minha mãe.

“Não me dê sermões, Andrew”, ouvi a voz irritada de minha mãe. "Eu estava lá. Eu os
salvei.”

Entrei bem a tempo de ver meu tio rosnar para minha mãe.

“Juro pela Deusa, Andrew, vou dar um soco em você se você não parar de rosnar para sua
irmã”, minha tia disse severamente.

“Essa é minha sobrinha aí!” meu tio disse, cerrando os punhos. “E se ele a machucar? E se
ele tentar levá-la embora? Ele é filho de seu pai.”

“Guerreiros estão estacionados ao redor do packhouse,” Jake disse calmamente.

“Aumentamos a segurança nas fronteiras. Ele não vai levá-la a lugar nenhum.

“Eu liguei mentalmente Jake assim que concordei com esse show de merda”, disse meu pai.
“Eu contei a ele o que aconteceu e disse a ele para proteger o lugar. Não vou deixar nada de
ruim acontecer com minha princesa.”

Meu tio zombou e sentou-se no sofá. Ele cruzou os braços sobre o peito e olhou para minha
tia.

“Você concorda com Emma?” Ele perguntou a ela.

Minha tia suspirou e assentiu.

“Esse garoto não é Nathan”, disse minha tia. “Não podemos arruinar a possibilidade de
amor para Sophie.”

E então um pensamento esperançoso veio à minha mente.

“E se ele for seu companheiro amaldiçoado?” Eu perguntei, fazendo todos eles olharem
para mim. “E se ela tiver dois amigos, assim como a mãe teve?”

Eu não conseguia ler as emoções em seus rostos.

“Espero que não”, disse minha mãe. “Eu não quero que ela passe por isso.”

“Mas isso pode significar que há outro homem para ela”, eu disse. “Isso pode significar que
ela pode rejeitar Hunter.”

Minha mãe suspirou e se aproximou de mim. Ela ergueu as mãos e segurou minhas
bochechas.

“Eu sei que você está preocupado, querido”, ela disse suavemente. “Eu sei que você quer
manter sua irmã segura, mas não espere que ela tenha dois companheiros. Você não quer
que ela passe por essa dor.

Apertei minha mandíbula e respirei fundo.

Ouvi a porta do escritório se abrir e olhei para trás.

“Fia!” Exclamei enquanto corri até ela e a puxei para um abraço.

Ela estava bem. Ela não ficou ferida. Ela estava viva.

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CAPÍTULO DOZE - Quem é ela?

Ponto de vista de Hunter

Entrei no quarto, fechei a porta e respirei fundo.

Eu ainda podia sentir o gosto dela em meus lábios. Eu ainda podia sentir sua pele sob
minhas impressões digitais. Seu cheiro ainda estava em meus pulmões.

Eu estava perdidamente apaixonado e lutaria por ela até meu último suspiro.

Achei que meu coração iria se partir quando ela dissesse que precisava de um pouco de
tempo para descobrir tudo. Eu não sabia por quê. Ela me queria tanto quanto eu a queria.
Eu poderia dizer. Eu sabia.
'É por causa da família dela', Holden suspirou.
— Eu sei — murmurei. ‘Mas Luna Emma não tem problema com isso.’
- O pai e o irmão dela fazem isso - Holden rosnou. 'Eles vão tentar tirá-la de nós.'

Eu podia sentir sua raiva crescendo. Ele era possessivo. Ele era territorial.
'Claro que estou', Holden suspirou. 'Eu sou um lobo. Eu sou um lobo Alfa e ela é minha.'
“Eu sei, Holden”, eu disse. 'Tudo ficaria bem. Daremos a ela algum tempo para conversar com
os pais. Ela nos quer.
"Ela quer", Holden concordou. 'Eu conversei com o lobo dela. Ambos nos querem.

Sorri e me encostei na porta. Passei um dedo sobre meus lábios, lembrando o quão gostoso
ela era.

Ela era minha. Sofia era minha.

Meu sorriso cresceu. Meu coração parecia ter duplicado desde que a vi pela primeira vez.
Eu me senti mais forte. Eu estava mais feliz. Tudo ficou melhor porque eu a encontrei.
'Você precisa ligar para seus pais', disse Holden, me deixando tenso.

“Porra”, murmurei enquanto encostava a cabeça na porta e fechava os olhos.

“Eles ficarão emocionados, Hunter”, disse Holden.
'Espero que sim', murmurei enquanto abria os olhos e respirava fundo.

Enfiei a mão no bolso e tirei meu telefone.

Uma onda de nervosismo tomou conta de mim. O que meus pais diriam? E se eles
reagissem da mesma forma que Alpha Logan?

Seria ruim se eu ligasse para eles amanhã?

'Basta ligar para eles, Hunter', Holden suspirou. 'Eles ficarão chateados se você esconder isso
deles.'

Suspirei e desbloqueei meu telefone. Holden estava certo.

“Tenho sempre razão”, disse ele, fazendo-me revirar os olhos.

Procurei o número da minha mãe e apertei discar. Respirei fundo e esperei ouvir a voz dela.
Não demorou muito para ela responder.

“Hunter, querido, está tudo bem?” ela perguntou preocupada. "Você chegou? Eles foram
legais com você? Eles machucaram você?

Eu me impedi de rir.

“Estou bem, mãe”, eu disse enquanto caminhava até a cama e me sentava. “Cheguei e eles
foram muito receptivos. Eu não estou ferido.

Minha mãe suspirou de alívio. “Ah, eu estava tão preocupado.”

Engoli em seco e fechei os olhos.

"O papai está aí?" Eu perguntei, querendo contar a eles o mais rápido possível.

Eu tinha que fazer isso antes de mudar de ideia.

“Sim, querido, ele e Harry estão assistindo TV”, disse a mãe. “Ele está esperando que eu me
prepare para que possamos ir embora.”

“Você pode ir para a sala e me colocar no viva-voz?” Perguntei.

Houve um momento de silêncio antes de minha mãe falar preocupada.

"Por que querida?" ela perguntou. "Está tudo bem?"

“Sim, mãe”, eu disse, tentando manter a calma. “Basta ir para a sala e colocar-me no viva-
voz.”

“Ok,” minha mãe murmurou e eu pude ouvi-la se mover.

Ouvi a porta abrir e fechar. Eu ouvi seus passos. Alguns momentos depois, pude ouvir meu
pai e meu irmão discutindo sobre alguma coisa.

Meu coração batia cada vez mais rápido a cada segundo.

"Oh, ei, querido, você está pronto?" Eu ouvi a voz do meu pai.
“Quase”, disse minha mãe. “Hunter está ao telefone.”

“Merda!” meu irmão exclamou, me fazendo revirar os olhos.

"Ei, amigo, está tudo bem?" meu pai perguntou.

Eu podia ouvir minha mãe repreendendo Harry baixinho. Eu poderia imaginá-lo revirando
os olhos para ela.

“Sim, pai, está tudo bem”, eu disse. “Eu tenho algo para contar a vocês.”

"Aconteceu alguma coisa?" meu pai perguntou preocupado.

“Sim”, eu disse enquanto um pequeno sorriso se espalhava pelo meu rosto. “Eu encontrei
meu companheiro.”

Minha família ficou em silêncio por um segundo, mas então a alegria irrompeu.

“Ah, Deusa!”

“Eu sabia que você conseguiria, merda!”

“Esse é meu garoto!”

Eu ri e balancei a cabeça.

"Quem é ela?" minha mãe perguntou. "Ela é bonita? Oh, o que estou perguntando, claro que
ela está!

“Temos uma nova Luna?” meu pai perguntou, nem mesmo me permitindo responder à
pergunta da minha mãe.

"Ela será capaz de tolerar sua bunda chata?" meu irmão perguntou, rindo.

Revirei os olhos. Eu ia chutar a bunda dele quando voltasse para casa.

“Eu lhe direi se você me permitir falar”, suspirei.

“Desculpe, querido”, disse minha mãe. “Estamos muito entusiasmados.”

Sorri e respirei fundo.

“Então, conte-nos sobre nossa nova Luna, filho”, disse meu pai. "Quem é ela?"
Engoli em seco e fechei os olhos. Tentei respirar fundo novamente, mas não consegui.
Parecia que uma mão estava apertando meus pulmões.

“Sophia Carter, filha de Alpha Logan e Luna Emma,” eu disse calmamente.

O silêncio do outro lado da ligação fez meu estômago revirar.

"O que você disse?" meu pai murmurou depois de um tempo.

“A filha de Alpha Logan e Luna Emma é minha companheira,” repeti.

“Isso é incrível”, disse meu irmão com entusiasmo. “Ouvi dizer que ela é muito bonita.”

Ele ainda não sabia o que aconteceu entre nosso pai e os pais de Sophia.

"Mãe pai?" Liguei para eles, ignorando meu irmão.

“Estamos muito felizes, querido”, minha mãe disse calmamente. “Estamos um pouco
chocados.”

Eu entendi isso.

"Por que?" meu irmão perguntou. “É porque ela tem magia? Acho legal."

“Como a família dela reagiu?” meu pai me perguntou.

Suspirei e passei os dedos pelos cabelos.

“Eles ficaram chocados”, eu disse. “No início eles não me deixaram vê-la, mas Luna Emma
conseguiu convencer Alpha Logan a me deixar falar com Sophia.”

"Por que eles não deixaram você vê-la?" meu irmão perguntou com raiva. “Ela é sua
companheira!”

“Explicaremos mais tarde, querido”, minha mãe disse ao meu irmão.

"Voce falou com ela?" meu pai perguntou.

“Sim”, eu disse, sorrindo um pouco. “Ela também me quer, pai. Ela só precisa de um pouco
de tempo para resolver as coisas com sua família.”

Eu daria tempo a ela. Eu esperaria pacientemente. Eu faria o que diabos fosse necessário
para tê-la. Eu mostraria a ela o quanto eu a queria. Eu mostraria a ela que era um homem
bom e digno de seu amor. Eu mostraria à família dela que era um bom homem que a amaria
e a protegeria até meu último suspiro.
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CAPÍTULO TREZE - Confuso

O ponto de vista de Sophia,

Lex estava me segurando com tanta força que eu estava tendo dificuldade para respirar.

“Estou bem, Lex,” eu disse, esfregando suas costas suavemente. “Ele não me machucaria.”

“Nós não conhecemos isso, Soph,” Mason murmurou com raiva. “Não sabemos quem ele é.”
— Ele é meu companheiro — rosnou Stella.
— Ele é, Stella — suspirei. “Mas é compreensível que eles tenham medo. Precisamos ser
pacientes com eles.

Ela não respondeu, mas pude sentir seu aborrecimento.

Lex me soltou e me olhou preocupado.

"O que você vai fazer?" Jacob me perguntou, me fazendo olhar para ele.

Respirei fundo e soltei lentamente.

Eu o queria. Deusa, o quanto eu o queria. Ele era meu companheiro. Ele foi feito para mim e
eu fui feito para ele.

Mas...

“Ele é perigoso, Sophia,” Mason disse enquanto cruzava os braços sobre o peito. “O pai dele
é perigoso. Você precisa pensar no que fazer.”

Não parecia que eu estava em perigo quando estava em seus braços. Não parecia que eu
estava em perigo quando ele estava me beijando.

Olhei para meu pai, que estava encostado na mesa da minha mãe. Ele tinha uma expressão
preocupada no rosto.

Afastei-me de Lex e me aproximei de meu pai. Eu precisava de seu conforto.

Ele abriu os braços imediatamente. Ele sabia o que eu precisava. Ele sabia o quanto eu o
amava.

“Oh, princesa,” ele murmurou enquanto passava os braços em volta de mim.

Passei meus braços em volta de sua cintura e apoiei minha cabeça em seu peito.
“Tudo vai ficar bem, Sophie”, disse meu pai. “Nós amaremos e apoiaremos você, não
importa o que você decida.”

Eu não sabia o que fazer.

Eu o queria. Eu o queria tanto que doía.

Mas o pai dele machucou minha família. O pai dele quase matou minha tia e Mason. O pai
dele quase tirou minha mãe do meu pai.

Seu pai era o mesmo homem de tantos anos atrás? Será que ele me aceitaria como
companheira de seu filho? Ele ainda estava com raiva da minha família? Ele tentaria me
machucar como um ato de vingança? Ele tentaria machucar minha família novamente?

Bem, eu não me importava se ele me machucasse, mas não podia deixá-lo machucar minha
família.

E então havia todo o problema com a minha magia.

Eu tinha magia clara e negra dentro de mim. Anna e minha mãe me ensinaram como obter
controle sobre a escuridão. Eles me ensinaram como suprimi-lo e impedir que me
consumisse. Eu ainda não tinha contado a ninguém, mas estava ficando cada vez mais difícil
manter a escuridão afastada. Eu podia sentir isso me empurrando para libertá-lo. Eu podia
sentir isso alimentando meu interior.

Eu poderia dizer que Lex poderia dizer que algo estava acontecendo, mas ele ainda não
tocou no assunto. Era apenas uma questão de tempo até que ele o fizesse.

E se eu machucar Hunter com minha magia? E se eu machucar sua família ou matilha? E se

eles começassem a me temer?

Eu tinha tantas perguntas e tantas preocupações. Eu tinha tantos motivos para aceitá-lo e
tantos para rejeitá-lo.

Eu estava tão confuso e não sabia o que fazer.

“Seu pai está certo, querido”, disse meu tio. “Nós iremos apoiá-lo, não importa o que
aconteça. Estamos apenas com medo.”

Olhei para ele e balancei a cabeça.

“Eu sei”, murmurei. “Eu também estou com medo.”

Meu pai beijou o topo da minha cabeça e esfregou minhas costas suavemente.
“Você não pode fazer isso, Sophia”, disse Mason enquanto começava a andar de um lado
para o outro. “O pai dele poderia machucar você. Ele poderia machucar você. Talvez você
nem seja seu verdadeiro companheiro. Há tantas coisas a considerar...”

Parei de ouvir.

Meu coração parecia que ia parar.

O que Mason disse?

Eu não era o verdadeiro companheiro de Hunter?

O que? Por que ele diria isso? Eu era companheiro de Hunter. Eu senti tudo: a conexão, os
arrepios, as faíscas. Eu senti tudo. Estava lá. Não era falso.

Eu podia sentir meu coração batendo na minha garganta.

Do que diabos Mason estava falando?!

"O que você disse?" Murmurei enquanto me afastava do meu pai.

Mason parou de falar e olhou para mim. Ele franziu as sobrancelhas.

“Eu falei muito,” ele murmurou com uma expressão confusa no rosto.

“Você disse que eu não sou a verdadeira companheira de Hunter,” murmurei, tentando
impedir que minha voz tremesse.

Uma expressão de culpa passou pelo rosto de Mason. Ele olhou para minha mãe.

E então me dei conta.

Eles pensaram que eu era sua companheira amaldiçoada.

Senti lágrimas nos cantos dos meus olhos.

“Sophie, querida, ele é o seu companheiro dado pela Deusa”, minha mãe disse enquanto me
puxava para seus braços. “Você não está amaldiçoada, princesa.”

Abracei minha mãe e apoiei minha cabeça em seus ombros.

Lágrimas quentes caíram em minha bochecha.

“Sinto muito, Soph,” Mason murmurou. “Estávamos conversando sobre a possibilidade de

você ter dois amigos como sua mãe, e isso simplesmente surgiu. Eu não queria machucar
você. Sinto muito. Sinto muito."

Stella choramingou. Sua dor me dominou.

Fechei os olhos e respirei fundo. Minha mãe continuou beijando o topo da minha cabeça.

“Você não vai passar por essa dor, minha princesa”, minha mãe disse suavemente. "Eu
prometo."

Foi possível? Eu tinha dois amigos assim como minha mãe? Hunter era meu companheiro
amaldiçoado? Eu estava ligada a outro homem também?
'Não!' Stella choramingou. 'Nós somos dele. Eu sei isso. Eu posso sentir isso.'

Eu não respondi. Eu não consegui. A dor estava me afogando.

“Ok, todos fora”, disse meu irmão com raiva. "Nos deixe em paz."

“Alex…” meu tio falou, mas Alex o interrompeu.

“Eu disse para nos deixar em paz”, disse Lex. “Eu preciso falar com ela a sós.”

Minha mãe beijou o topo da minha cabeça novamente e me soltou.

“Vai ficar tudo bem, Soph,” minha mãe disse enquanto segurava meu rosto e me dava um
pequeno sorriso. "Nós estamos todos aqui para você."

Ouvi o resto da minha família sair silenciosamente do escritório da minha mãe. Minha mãe
e meu pai ficaram.

“Nós amamos você, princesa,” meu pai murmurou enquanto me abraçava com força. "Vai
ficar tudo bem. Eu prometo."

“Eu também te amo,” murmurei enquanto abraçava meu pai de volta.

Ele me soltou e pegou a mão da minha mãe nas dela. Os dois me deram um pequeno sorriso
e saíram do escritório.

Respirei fundo e me virei para olhar para meu irmão.

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CAPÍTULO QUATORZE - Assustado

Ponto de vista de Alexander

Me virei para olhar para Fia assim que meu pai fechou a porta do escritório.

Ela parecia estar com dor. Ela parecia exausta. Ela parecia tão assustada e confusa.

Meu coração se partiu e eu desejei poder aliviar sua dor. Desejei que Hunter nunca tivesse
vindo aqui. Eu desejei que ele não fosse seu companheiro.

Mas ela não estava cansada só por causa do que aconteceu com Hunter. Ela estava cansada
há dias.

E eu sabia exatamente por quê.

“Eu não sei o que fazer, Lex,” Fia murmurou enquanto deixava a cabeça cair sobre o peito.

Ela colocou as mãos na cabeça e gemeu.

Cerrei os punhos e apertei a mandíbula. Eu queria que ela o rejeitasse. Eu queria que ela
ficasse aqui, onde ela estava segura. E se o pai maluco de Hunter decidisse machucar Fia
como um ato de vingança contra minha mãe e meu pai? Como diabos eu poderia deixá-la ir
para a matilha de Hunter sabendo que Nathan estava lá?

Simples. Eu não consegui.

Mas eu não ia dizer a ela o que fazer. Apesar do que eu havia dito antes, eu não iria tomar
decisões por ela. Eu disse isso por medo. Agora que me acalmei um pouco, pude pensar
com clareza. Ela era uma garota inteligente. Ela tomaria a decisão certa.

Tive dificuldade em me acalmar. Do meu ponto de vista, meu irmão gêmeo estava em
perigo e eu estava morrendo de medo. Eu podia sentir o pânico aumentando dentro do meu
corpo. Eu poderia dizer que estava em alerta. Minha frequência cardíaca aumentou quando
ela o reconheceu como seu companheiro e não diminuiu desde então. Eu estava tenso e
nervoso. Fiquei pensando no bem-estar dela e era difícil para mim me concentrar em
qualquer outra coisa. Eu me senti impotente e impotente. Eu me senti vulnerável.

Não parecia assim só por causa de Hunter. Eu me senti assim porque percebi que ela estava
tendo problemas com sua magia. Essa situação com Hunter só poderia piorar as coisas e
isso fez meu estômago revirar dolorosamente.

Observei enquanto Fia caminhava até o sofá e se sentava. Ela suspirou e olhou para mim.
“Não posso te dizer o que fazer, Fia,” murmurei enquanto cruzava os braços sobre o peito.
“Uma parte de mim quer. Uma parte de mim quer tomar essa decisão por você, mas sei que
não posso.”

“Eu sei”, Fia suspirou.

"O que você quer fazer?" Eu perguntei a ela suavemente.

Ela olhou para mim e balançou a cabeça. “Eu não sei, Lex.”

Suspirei e me aproximei dela. Sentei-me ao lado dela e esfreguei suas costas suavemente.

“Você deve ter algumas ideias”, eu disse, estudando seu rosto.

Suas sobrancelhas franziram e ela olhou para as mãos.

“Eu o quero, Lex,” ela murmurou. “Mas também estou com medo. E se o pai dele não me
aceitar? E se ele ainda estiver com raiva da nossa família?

Percebi que ela não tinha medo de que ele não a aceitasse ou de que nossa família ficasse
com raiva dela. Isso me fez feliz. Ela sabia que sempre estaríamos ao seu lado, não importa
o que acontecesse.

“E minha magia…” Fia acrescentou baixinho, me deixando tensa.

“E quanto a isso, Fia?” Eu perguntei, fazendo-a olhar para mim.

“Eu não quero machucá-lo,” ela murmurou. “Eu não quero machucar ninguém.”

Meu coração apertou dolorosamente. Eu a puxei para um abraço.

“Você não vai machucar ninguém, Fia,” eu disse suavemente. “Encontraremos uma maneira
de lidar com isso. Sempre fizemos isso.”

E então um pensamento me ocorreu.

Eu a deixei ir e agarrei seus ombros.

“Dê para mim”, eu disse.

Nunca tentamos isso antes, mas eu tinha certeza de que funcionaria. Tinha que funcionar.
Por que nunca pensamos nisso?

Suas sobrancelhas franziram. "O que?"

“A escuridão”, expliquei. “Dê para mim, Fia. Pelo menos uma parte disso. Será mais fácil
lidar com isso se compartilharmos.”

Se ela pudesse me dar sua magia e me tornar mais forte, ela certamente poderia me dar sua
escuridão também.

Seus olhos se arregalaram e ela ofegou silenciosamente.

“Lex, não”, ela disse. "Eu estou bem. Eu posso lidar com isso."

“Fia, eu posso lidar com isso”, eu disse severamente. "Me dê isto. Eu estarei bem."

Ela cerrou os punhos e balançou a cabeça.

“Não, Lex,” ela disse. “Eu não estou colocando você em perigo. Eu não estou fazendo isso. Eu
dou conta disso. Tudo ficará bem."

“Fia…” falei, mas ela me interrompeu.

“Não, Alexander,” ela disse severamente. "Pare de perguntar. Nunca fizemos isso antes. Eu
nem sei como fazer isso. Eu nem sei se conseguiria.”

“Seria o mesmo que quando você compartilha sua magia de luz comigo”, eu disse. “Só que
isso não me tornaria mais forte, me tornaria mais fraco.”

Fazia sentido. Tinha que funcionar.

Fia estreitou os olhos para mim e cruzou os braços sobre o peito.

“Se eu lhe dissesse para fazer algo que me enfraquecesse, você faria isso?” ela perguntou,
fazendo meus olhos se arregalarem um pouco.

Claro que não. Eu nunca faria nada que pudesse prejudicá-la. Mas isso era diferente. Isso
não me faria mal e eu tornaria tudo mais fácil para ela.

“Isso não é a mesma coisa”, argumentei. “Eu não vou me machucar.”

“Sim, é, e não sabemos disso”, ela suspirou. “Eu não vou fazer isso, Lex.”

Eu queria discutir novamente, mas ela me interrompeu antes mesmo que eu pudesse falar.

“Nem tente, Lex,” ela suspirou novamente. “Vou conversar com mamãe e Anna sobre isso.
Não estou colocando você em perigo.

Respirei fundo e soltei lentamente. Ela pegou minha mão e apoiou a cabeça em meus
ombros.

“O que devo fazer, Lex?” ela murmurou.

Passei meus dedos pelos cabelos dela e encostei minha cabeça na dela.

“Não sei, Fia”, murmurei. “Estarei aqui não importa o que você decida fazer. Preciso que
você saiba que nunca deixarei ninguém te machucar e nunca deixarei você machucar
ninguém. Estou aqui para ajudá-lo, assim como estive desde o dia em que nascemos.”

Ela era minha gêmea. Ela estava em todas as memórias que eu tinha. Eu não sabia como
seria uma vida sem ela. Eu nem conseguia imaginar isso. Compartilhamos tudo em nossas
vidas. Ela esteve lá para mim em tudo na minha vida. Começamos a caminhar juntos.
Começamos a conversar juntos. Estávamos presentes um para o outro em tudo e eu nunca
permitiria que nada nem ninguém mudasse isso.

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CAPÍTULO QUINZE - Furioso

Ponto de vista de Hunter

Minha família ficou um pouco surpresa, mas emocionada por eu ter encontrado meu
companheiro. Eu poderia dizer que meu pai lutou com a ideia da filha de Emma ser minha
companheira, mas ele estava feliz por mim.

Um enorme sorriso se espalhou pelo meu rosto. Eu nunca estive mais feliz. Eu entendi a
necessidade de Sophia de reservar um pouco de tempo para pensar em tudo, mas sabia que
tudo daria certo.

Levantei-me e caminhei em direção à porta. Eu precisava ir procurá-la. Eu já senti falta

dela. Queria passar mais tempo com ela e conhecê-la um pouco melhor. Nós dois queríamos
conversar com nossas famílias, mas agora que isso estava feito, eu estava mais do que
pronto para passar algum tempo com meu companheiro. Talvez eu pudesse até beijá-la
novamente.
'Você tem que beijá-la de novo', Holden suspirou ansiosamente.

Eu ri e saí para o corredor.

Presumi que Sophia estivesse no escritório da mãe dela. Deixei-a lá há menos de meia hora.

Eu tinha um sorriso enorme quando me aproximei do escritório de Luna Emma. O cheiro

dela era forte aqui e me relaxou imediatamente. Respirei fundo, aproveitando os arrepios
que subiam e desciam pela minha espinha.

Eu estava na frente do escritório de Alpha Logan quando ouvi algo que me deixou furioso.

Eu mal consegui evitar que Holden aparecesse e destruísse todo o lugar.

“Ainda acho que há uma chance de ele ser seu companheiro amaldiçoado”, disse uma voz.

Maldito companheiro?!

Como não é real?! Alguém pensou que havia outro homem por aí que tentaria tirá-la de
mim?!
Amaldiçoado como se meu pai fosse o companheiro amaldiçoado de Luna Emma?!

Meu coração disparou e minha visão escureceu.

Não!

Porra, não!
Ela era minha e eu era dela! Não havia mais ninguém que pudesse reivindicá-la. Não havia
outro homem que pudesse tirá-la de mim.

Antes mesmo de perceber o que estava fazendo, atravessei a porta, rosnando e olhando
para todos lá dentro.

"Ela. É. Meu!" exclamei, enfatizando cada palavra.

Eles estavam olhando para mim com os olhos arregalados. Ninguém falou uma palavra.

“Eu não sou seu companheiro amaldiçoado!” Eu gritei quando meu corpo começou a
tremer. “Ela é minha e não vai deixar você tirá-la de mim!”

“Alpha Hunter, ninguém está tentando tirá-la de você,” Luna Emma falou suavemente.

Eu não acreditei nela.

Eles disseram a Sophia que eu poderia ser seu companheiro amaldiçoado? Ela também
pensava isso?

Holden choramingou. Meu coração se partiu. Eu senti como se algo pesado estivesse no
meu peito.

Olhei ao redor da sala pela primeira vez desde que entrei. Meu anjo não estava aqui. Onde
ela estava?

"Onde ela está?" Eu perguntei enquanto o nó na minha garganta crescia.

Olhei de volta para Luna Emma.

“Ela está no meu escritório,” ela disse suavemente. "Ela está com o irmão."

“Ela é minha”, eu disse a ela. “Isso não é uma maldição. Você o quebrou. Isso não pode ser
uma maldição.
Luna Emma se aproximou de mim e pegou minha mão na dela. Alguém rosnou baixinho.

Senti a raiva dentro de mim crescer. Essas pessoas não confiaram em mim. Eles nunca
confiariam em mim.

“Sinto muito, Alpha Hunter,” Luna Emma disse suavemente. “Estamos todos um pouco
chocados e assustados.”

Por que eles estavam com medo? Eu nunca machucaria Sophia. Deusa, só de pensar em
machucá-la era doloroso.
“Eu nunca iria machucá-la,” murmurei, tentando engolir o nó na garganta.

Eu não conseguia decidir qual emoção estava dominando. Eu estava igualmente irritado e
triste.

“Talvez você não quisesse, mas seu pai poderia”, alguém disse, me fazendo erguer os olhos.

Era o primo de Sophia. Ele estava olhando para mim com uma expressão irritada no rosto.

A raiva começou a vencer.

“Meu pai nunca a machucaria”, eu disse, cerrando o punho livre. “Ele nunca faria algo assim
comigo.”

“Seu pai quase matou minha mãe e eu!” o homem gritou, dando um passo mais perto de
mim.

Eu vi vermelho, porra. Soltei a mão de Luna Emma e dei um passo mais perto do homem.

“Meu pai mudou,” eu rosnei. “Ele não é mais o mesmo homem. Ele foi amaldiçoado. Ele
nunca teria feito isso se não fosse.”

Alguém me puxou de volta. Outro homem ficou entre mim e o primo de Sophia. O homem
empurrou a prima de Sophia para trás.

“Não vamos fazer isso”, disse severamente um homem que me segurava.

Olhei para trás e vi que era Alpha Logan.

Ele me soltou e me lançou um olhar severo.

“Não permitirei que ele insulte meu pai”, eu disse, cerrando os punhos.

“Sinto muito, Alpha Hunter, mas seu pai quase matou minha mãe”, disse o homem, me
fazendo olhar para ele. “Não posso ter respeito por esse homem. Não posso confiar nele ou
em você.

Meu coração apertou dolorosamente. Sophia também se sentia assim? Ela também achava
que meu pai era uma pessoa horrível?

“Meu pai mudou”, eu disse. “Ele mudou sua vida. Ele é uma boa pessoa e um ótimo pai.
Sinto muito pelo que aconteceu, mas ele nunca machucaria ninguém. Ele nunca machucaria
Sophia.
Pude ver a mandíbula da prima de Sophia se contraindo. Ele cerrou os punhos e respirou
fundo.

“Mason, querido, eu sei que você está preocupado e assustado, mas não podemos julgar
Alpha Hunter com base nos erros de seu pai,” uma mulher disse suavemente.

Olhei para ela e percebi que ela era a mãe de Mason. Então ela era a mulher que meu pai
ameaçou.

"Caçador?" Ouvi a voz do meu anjo e me virei abruptamente.

Eu nem a ouvi se aproximando do escritório. Eu estava tão concentrado na minha raiva e

dor que nem ouvi meu companheiro chegando.

Sua voz e sua presença eliminaram toda dor.

Corri em sua direção, puxando-a em meus braços. Os formigamentos e faíscas me fizeram

estremecer. Seu cheiro me cercou e eu relaxei imediatamente.

"O que aconteceu?" ela perguntou suavemente enquanto esfregava minhas costas
suavemente.

Seu toque era tudo que eu precisava para me acalmar.

Eu não consegui nem responder a ela. Fechei os olhos e enterrei o nariz em seus cabelos.
Respirei fundo e deixei seu cheiro encher meus pulmões.

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CAPÍTULO DEZESSEIS - Eles estão felizes?

Ponto de vista de Sofia

Eu podia sentir o quão tenso Hunter estava. Eu podia sentir sua raiva e medo.

“O que aconteceu, mãe?” Perguntei novamente quando Hunter não respondeu à minha
pergunta.

Ele apenas apertou os braços em volta de mim e me pressionou mais perto de seu corpo.

“Hunter nos ouviu conversando sobre a possibilidade de ele ser seu companheiro
amaldiçoado,” minha mãe disse, me deixando tensa.

O que?!

Uma dor aguda no peito me fez cerrar os punhos. Por que eles falariam sobre isso? Ele não
era meu companheiro amaldiçoado. Eu tinha certeza disso.

“Eu não sou seu companheiro amaldiçoado”, disse Hunter, sua voz cheia de dor. "Ela é
minha. Não há mais ninguém para ela.

Esfreguei suas costas suavemente, mas ele não relaxou, nem um pouco.

“Você quebrou a maldição, mãe,” eu disse, tentando manter a calma.

“Sim, querido”, disse minha mãe. “É por isso que não acho que isso seja uma maldição.”

Hunter levantou a cabeça e se virou para olhar para minha mãe. Seu domínio sobre mim
afrouxou. Aproveitei a oportunidade para me afastar dele e olhar para minha família. Eu
entendi o medo deles, mas estava com raiva deles. Eles não tinham o direito de ficar entre
nós. Eles não tinham o direito de machucá-lo daquele jeito.

Eu amava muito todos eles e tinha que ter certeza de que eles sabiam o quanto eu os
amava. Eu tinha que ter certeza de que eles sabiam que eu entendia o medo e a suspeita
deles.

Olhei para meu tio. Eu o amava muito e sabia o quanto ele me amava. Ele era uma pessoa
incrível, mas tudo o que aconteceu com minha mãe e minha tia Daisy o deixou muito
desconfiado e cuidadoso.

Eu sabia que, de toda a minha família, ele era provavelmente o mais preocupado e o mais
irritado. Eu sabia que ele teria muita dificuldade em aceitar isso. Ele era o único que eu
queria tranquilizar agora. Todos os outros poderiam esperar.

“Tio Andrew, sei que isso é difícil para você”, eu disse, fazendo-o olhar para mim. “Eu sei
que tudo o que você quer fazer é proteger sua família e garantir que estamos todos seguros.
Não consigo nem imaginar o quão difícil deve ter sido para você ver alguém ameaçar sua
companheira e sua irmã.”

Parei para respirar fundo.

Só de pensar em alguém machucando Lex...

Eu não conseguia nem pensar nisso. Só de pensar nisso me deu vontade de gritar e liberar a
escuridão dentro de mim. Forcei-me a me concentrar e terminar o que queria dizer.

“Mas esse alguém não era Hunter,” continuei. “Eu te amo, tio Andrew, e nunca vou deixar de
te amar, não importa a decisão que eu tome.”

Sua mandíbula apertou. Ele olhou de mim para Hunter.

“Mas sou eu quem toma a decisão”, eu disse enquanto olhava para o resto da minha família.
“Nenhum de vocês tem o direito de fazer isso por mim. Mesmo que ele fosse meu
companheiro amaldiçoado, é meu direito escolher se quero aceitá-lo ou não.”

Hunter rosnou baixinho. Ele pegou minha mão e me puxou para mais perto dele.

Minha mãe e meu pai estavam me observando com pequenos sorrisos em seus rostos.

Estou orgulhoso de você, princesa. Meu pai me conectou mentalmente.

Eu não respondi. Olhei para o resto da minha família. Minha tia estava sorrindo para mim e
meu tio estava olhando para mim com uma expressão preocupada no rosto. Mason parecia
chateado. Mike continuou olhando para Mason com uma expressão preocupada no rosto.
Tio Jake estava olhando para Hunter, mas eu não sabia o que ele estava pensando.

“Você está certo, querido”, meu tio falou depois de alguns momentos de silêncio. “Você tem
que ser quem toma essa decisão. Você é uma garota inteligente e todos nós confiamos em
você para decidir o que é melhor para você.”

Eu dei a ele um pequeno sorriso.

Eu te amo tanto querido. Meu tio me conectou mentalmente. Sinto muito. Eu sei que
Hunter não é o pai dele, mas estou com muito medo. Se algo acontecer com você…

Eu o observei fechar os olhos e respirar fundo.

Nada vai acontecer, tio Andrew. Eu o conectei mentalmente de volta. Eu ficarei bem.

Ele abriu os olhos e olhou para mim. Ele me deu um pequeno sorriso e pegou a mão de tia
Daisy.

“Conversei com meus pais”, disse Hunter, fazendo todos nós olharmos para ele.

A tensão na sala aumentou.

"O que eles disseram?" Eu perguntei a ele, tentando impedir que minha voz tremesse.

Eles estavam com raiva? Eles disseram a ele para me rejeitar?

Hunter olhou para mim e sorriu. “Eles ficaram um pouco surpresos, mas estão tão felizes
por eu ter encontrado você.”

Meus olhos se arregalaram um pouco. Eles eram felizes?

“É claro que eles estão felizes”, zombou Mason. “Seu pai se vingará através de Sophie.”

Olhei para Mason com uma expressão chocada no rosto. Hunter e Lex rosnaram. Nossos
pais e Jake lançaram-lhe um olhar de desaprovação.

Hunter ficou tenso. Eu poderia dizer que ele queria dizer alguma coisa, mas Lex o
interrompeu

“Posso falar com você lá fora, Mason?” Lex disse com raiva.

Mason olhou para ele e estreitou os olhos. Lex estava atrás de mim, então eu podia ver seu
rosto, mas alguns segundos depois Mason se moveu e saiu do escritório do meu pai. Ouvi a
porta fechar e respirei fundo.

“Sinto muito, Alpha Hunter”, disse minha tia. “Mason é muito protetor com Sophia e às
vezes tem dificuldade em controlar seu temperamento.”

“Eu entendo”, disse Hunter, mas eu percebi pelo tom de sua voz que ele estava chateado.

Apertei sua mão, fazendo-o olhar para mim. O olhar irritado em seus olhos desapareceu
imediatamente.

“Que tal voltarmos lá embaixo, Alpha Hunter?” meu pai disse. “Os outros Alfas
provavelmente estão se perguntando onde estamos.”

Hunter olhou para meu pai e assentiu.

Desejei que ele não tivesse que ir, mas precisava de algum tempo para mim. Eu precisava
pensar. Mais importante ainda, eu precisava falar com Anna o mais rápido possível. Foi
cada vez mais difícil controlar a escuridão, especialmente agora que minhas emoções
estavam uma bagunça. Eu precisava que ela me ajudasse. Eu precisava ter certeza de que
nunca machucaria ninguém. Eu precisava ter certeza de que não colocaria Hunter em
perigo ao aceitá-lo como meu companheiro.

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CAPÍTULO DEZESSETE - Anna

Ponto de vista de Sophia

Eu estava andando nervosamente pelo meu pequeno escritório.

Meus pais, minha tia, meu tio e Hunter foram à reunião do Alfa. Eles ficaram fora por um
tempo e precisavam voltar. Mike provavelmente estava em casa ou lá embaixo. Ele estava
animado para participar este ano. Eu não tinha ideia de onde Lex e Mason estavam, mas o
importante é que eles não estavam lá e eu poderia aproveitar a oportunidade para falar
com Anna.

Pedi a Seth, um dos guerreiros da matilha, que fosse buscá-la. Eu não queria que minha
família me visse andando pelo armazém. Eles faziam perguntas e eu não estava pronto para
falar sobre isso com eles. Eu não queria preocupá-los. Eu tive que encontrar uma maneira
de lidar com minha magia antes de contar a alguém.

A porta do meu escritório se abriu e Anna entrou com uma expressão preocupada no rosto.

"É verdade?" ela perguntou assim que fechou a porta. “Você encontrou sua companheira?”

Respirei fundo e balancei a cabeça. Eu nem sabia como ela descobriu, mas não me importei
com isso.

Um enorme sorriso se espalhou pelo rosto de Anna.

“Isso é incrível, querido!” ela disse enquanto se aproximava de mim e me puxava para um
abraço. "Quem é ele? O que seu pai disse? O que Alex disse? Eles o assustaram?

Anna me soltou e riu. Ela manteve as mãos em meus ombros, sorrindo suavemente para
mim.

“Ele é filho de Alfa Nathan,” eu murmurei, fazendo seus olhos se arregalarem.

"O que?" ela murmurou enquanto seu domínio sobre mim aumentava.

“Ele é filho de Alfa Nathan,” repeti calmamente.

Ela estudou meu rosto por alguns segundos.

“Uau, a Deusa tem um péssimo senso de humor,” Anna murmurou enquanto me soltava.

Suspirei e dei-lhe um pequeno aceno de cabeça.

“O que sua família disse?” Anna perguntou.

“Eles não ficaram entusiasmados”, suspirei.

Anna estudou meu rosto por um segundo. “O que Alpha Hunter disse?”

Um pequeno sorriso se espalhou pelo meu rosto. Lembrei-me de como me senti quando ele
me tocou pela primeira vez.

“Posso dizer pela expressão em seu rosto que, ao contrário de sua família, ele estava
emocionado”, disse Anna, rindo.

“Ele estava,” eu disse. “Ele disse que sua família também está feliz.”

As sobrancelhas de Anna franziram. "O que você vai fazer?"

Respirei fundo e soltei lentamente. Afastei-me dela e comecei a andar pelo escritório
novamente.

“Eu não sei, Anna,” eu murmurei. “Quero aceitá-lo, mas estou ciente de tudo o que
aconteceu entre nossas famílias.”

“Isso não é um problema, Sophia”, disse Anna. “Suas famílias terão que engolir isso e seguir
em frente com o que aconteceu.”

Ela não estava errada. Eu sabia que minha família nunca deixaria de me amar e me apoiar.
Eu não sabia muito sobre a família de Hunter, mas tinha a sensação de que eles também o
apoiariam. Encontraríamos uma maneira de superar tudo o que havia acontecido. Não seria
fácil, mas encontraríamos um caminho.

Mas esse não era o maior problema que eu estava enfrentando. Isso não me preocupou
tanto quanto minha magia. Eu senti que ficou mais forte. Eu senti isso me consumindo.

“Não se preocupe com isso, Sophie,” Anna disse suavemente. “Sua família irá apoiá-lo.”

Respirei fundo e soltei lentamente.

“Eu sei”, murmurei. “Sei o quanto isso é difícil para eles, mas tenho certeza de que tudo
ficará bem.”

"Por que você está tão preocupado então?" Anna perguntou, me fazendo olhar para ela.

Meu batimento cardíaco acelerou. Senti arrepios percorrerem minha espinha. Isso me
deixou desconfortável. Isso me deixou ainda mais nervoso do que já estava.
“É a minha magia, Anna,” eu disse calmamente. “Está ficando cada vez mais difícil controlá-
lo.”

Os olhos de Anna se arregalaram. Ela franziu as sobrancelhas. Eu poderia dizer que sua
respiração acelerou.

“Do que você está falando, Sophia?” ela perguntou baixinho.

Comecei a andar pelo meu escritório novamente. Cerrei os punhos e respirei fundo.

“Posso sentir a escuridão pressionando para ser liberada”, expliquei. “Tudo começou há
alguns dias, mas se intensificou quando vi Hunter pela primeira vez hoje. É como se a
emoção de ver meu companheiro pela primeira vez tornasse tudo pior.”

Eu não queria admitir isso para mim mesmo, mas era a verdade. Parecia que minhas
entranhas estavam tremendo. Eu senti como se tivesse que manter meus músculos
contraídos o tempo todo só para ter certeza de que a escuridão não sairia. Já tive dias ruins
antes, mas nunca foi assim.

“Oh, Deusa,” Anna murmurou.

“Estou com medo, Anna”, suspirei. “E se eu não conseguir controlar isso? E se eu machucar
meu companheiro? Não posso aceitá-lo se sou um perigo para ele e sua matilha.”

Stella choramingou. Senti um nó na garganta. Só de pensar em rejeitá-lo doía como o

inferno. Só de pensar em rejeitá-lo me deu vontade de chorar. Mas eu faria isso se isso
significasse que ele estaria seguro. Eu nunca seria capaz de me perdoar por machucar ele
ou sua matilha.

Eu era perigoso. O que aconteceu entre nossas famílias não foi o único problema aqui.

“Você não é um perigo, Sophia”, disse Anna, me fazendo olhar para ela. “Encontraremos
uma maneira de parar a escuridão. Vou encontrar um feitiço ou uma poção. Vou começar
imediatamente.

“E se não funcionar, Anna?” Eu perguntei, minha voz tremendo.

Parei na janela e olhei para o nosso quintal. Meus olhos encontraram meu companheiro
imediatamente. Meu coração acelerou. Meu corpo estremeceu. Ele era tão bonito e eu o
queria tanto.

Desviei o olhar dele. Eu não poderia aceitá-lo até encontrar uma maneira de controlar essa
escuridão que estava dificultando minha respiração.

Olhei para minha mãe e meu pai que estavam conversando com Drake e Amy. Eles devem
ter chegado recentemente. Eu os vi olhando para Hunter. Meus pais devem ter contado a
eles o que havia acontecido.

“Vai funcionar, Sophie,” Anna disse suavemente. “Sempre encontramos um caminho.

Encontraremos um caminho desta vez também.”

A porta do meu escritório se abriu, me fazendo virar.

Lex entrou com uma expressão preocupada no rosto. Ele suspirou de alívio quando me viu.

"Por que você está aqui?" ele disse, olhando para Anna. "O que aconteceu?"

“Eu só queria conversar com Anna sobre minha magia,” eu disse calmamente.

Lex olhou para Anna e cerrou os punhos. Eu o vi respirar fundo.

“Ela pode compartilhar comigo?” ele perguntou a ela, me fazendo ofegar.

“Lex, não!” Eu disse imediatamente. “Eu já te disse que não farei isso!”

Anna olhou de Lex para mim com uma expressão confusa no rosto.

“Você acha que ela poderia compartilhar sua escuridão com você?” Anna murmurou
baixinho.

“Sim,” Lex assentiu, me ignorando completamente. "Eu quero tornar isso mais fácil para
ela."

“Lex...” eu queria argumentar, mas Anna me interrompeu.

“Poderia funcionar”, disse ela, olhando para mim.

Não. Eu não faria isso. Eu não colocaria meu irmão em perigo. Não havia nenhuma maneira
de eu dar a ele alguma da minha escuridão. Tinha que haver outra maneira de contê-lo.

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CAPÍTULO DEZOITO - Apaixonado

Ponto de vista de Hunter

Eu precisava vê-la.

O primeiro dia da reunião Alfa foi muito longo e muito chato. Eu não conseguia parar de
pensar nela. Fiquei pensando em beijá-la novamente. Fiquei pensando em segurá-la em
meus braços novamente. Eu não conseguia me concentrar em nenhuma conversa que
tivesse com outros Alfas e tinha certeza de que eles me achavam um completo idiota. Eu me
senti como um cachorrinho perdido o dia inteiro. Eu só queria vê-la novamente.

Eu estava tão apaixonado por aquela garota.

Agora que eu estava no meu quarto, deitado na cama e olhando para o teto, a necessidade
de vê-la só aumentava. Eu me senti privado sem ela. Eu não conseguia respirar
normalmente. Meu coração não estava batendo como deveria. Tudo parecia errado.

Eu precisava vê-la. Eu mal podia esperar até amanhã. Não seria capaz de durar tanto tempo
sem seu doce perfume. Eu não seria capaz de ficar tanto tempo sem tocar sua pele macia.

Eu sabia que ela morava perto do armazém, mas também sabia que ela tinha um pequeno
escritório aqui. Eu não tinha certeza se ela ainda estava aqui e não tinha ideia de onde
ficava o escritório dela, mas iria encontrá-lo. Eu perguntaria a alguém. Eu não dei a mínima.
Eu precisava dela.

Levantei-me e corri para fora do meu quarto. A necessidade dela crescia a cada batida do
coração. Eu podia senti-lo pulsando dentro do meu corpo.

Encontrei um dos guerreiros de Alpha Logan. Ele me olhou de cima a baixo e inclinou um
pouco a cabeça.

“Preciso ver a Srta. Sophia”, eu disse educadamente. “Você pode me dizer onde fica o
escritório dela?”

O guerreiro me olhou com desconfiança. Fiquei grato por ele ter tomado cuidado para não
deixar ninguém se aproximar do meu companheiro, mas não tinha tempo para isso. Eu
precisava vê-la. Estava ficando cada vez mais difícil para mim manter a calma.

“Eu sou o companheiro dela,” eu disse, tentando manter o nervosismo fora da minha voz.
“Eu preciso falar com ela.”

Eu poderia dizer que ele conectou alguém mentalmente e eu esperava que fosse Sophia. Eu
não tinha certeza se o pai dela me permitiria vê-la sem ninguém presente.
“Por favor, siga-me, Alfa”, disse o guerreiro depois de alguns momentos.

Suspirei de alívio e corri atrás dele. Eu nem estava prestando atenção para onde estava
indo. Tudo que eu conseguia pensar era em vê-la. Tudo que eu conseguia pensar era em
seus lábios macios pressionados contra os meus.

Holden rosnou lascivamente. Eu o ignorei. Eu não conseguia controlar minhas próprias

necessidades e certamente não conseguia me concentrar em controlar as necessidades dele
também.

O cheiro dela ficou mais forte e eu respirei fundo, deixando-o encher meus pulmões.
Estremeci e a necessidade dela explodiu. Passei correndo pelo guerreiro, fazendo-o agarrar
meu braço.

Eu tive que me impedir de rosnar.

“Alfa…” ele falou, mas eu o interrompi.

“Eu sei onde fica o escritório”, eu disse. "Obrigado."

Eu sabia exatamente de onde vinha o cheiro dela. Eu podia sentir a presença dela atrás da
última porta à minha direita.

Tirei meu braço do alcance da guerreira e corri em direção ao escritório dela. Eu não podia
esperar mais.

Apesar da minha impaciência, bati e esperei.

“Entre,” ela disse suavemente, fazendo meu coração bater mais forte.

Abri a porta e suspirei de alívio.

Lá estava ela. Meu lindo e pequeno anjo.

“Sophia,” murmurei enquanto fechava a porta atrás de mim.

Ela engoliu em seco e eu a vi estremecer.

Eu fechei a distância entre nós. Ela se levantou e eu a puxei para meus braços.

A sensação do corpo dela pressionado contra o meu deixou minha mente em êxtase. O
vínculo era incrível e eu não conseguia acreditar que essa mulher perfeita era minha.

“Senti sua falta,” murmurei enquanto enterrava meu nariz em seu cabelo. "Senti tanto a sua
falta."

Respirei fundo e soltei lentamente. Ela estremeceu quando minha respiração tocou sua
pele. Corri minha mão para cima e para baixo em suas costas, desejando poder apenas
rasgar a camisa de seu corpo e sentir sua pele macia sob as pontas dos dedos. Ela se
aproximou de mim, me fazendo sorrir. Ela me queria tanto quanto eu a queria.

Olhei para a mesa e vi um monte de livros escritos à mão. Eu não sabia dizer o que estava
escrito.

“O que você está fazendo com todos esses livros, Anjo?” Eu perguntei enquanto dava um
pequeno beijo no topo de sua cabeça.

Ela olhou para mim. Levantei minha mão e acariciei sua bochecha macia. Eu simplesmente
não pude resistir. Eu estava prestes a me abaixar para beijá-la, mas ela começou a falar.

“Você sabe que eu tenho magia, certo?” ela me perguntou baixinho.

Eu balancei a cabeça. "Eu sei. Por que?"

Ela respirou fundo e se afastou de mim. Eu me sentia vazio e com frio sem ela em meus
braços.

"Sofia?" Liguei para ela, estreitando os olhos.

Por que ela se afastou de mim?

“Minha magia é imprevisível, Hunter,” ela murmurou, olhando para os livros em sua mesa.
"É perigoso."

Meu coração disparou. O que ela estava tentando dizer?

“Estou tendo problemas para controlar a escuridão dentro de mim”, ela continuou, com a
voz cheia de preocupação e medo. “Eu sou um perigo para você e sua matilha.”

Que porra ela estava tentando dizer?!

Eu não entendi, porra. Ela estava tentando me rejeitar?

Não! Sobre a porra do meu corpo morto!

Eu estava prestes a agarrá-la quando ela começou a andar pela sala.

“Eu não posso machucar você, Hunter,” ela disse, com a voz trêmula. “Eu nunca me
perdoaria se machucasse alguém da sua matilha. Eu nunca..."
Parei sua divagação aproximando-me dela e pressionando-a contra a parede. Coloquei
minhas mãos na parede, prendendo-a. Abaixei-me para olhar seu lindo rosto.

Meu coração estava a mil por hora. Eu não ia deixá-la me deixar.

Ela olhou nos meus olhos pela primeira vez desde que entrei em seu escritório. Estremeci e
engoli em seco.

“Que porra você está dizendo, Sophia?” Eu murmurei. “Você não vai me abandonar. Você
não está me rejeitando. Não tenho medo da sua magia. Você não é perigoso. Você não vai
machucar ninguém.

Ela olhou para meus lábios, fazendo todo o sangue do meu corpo correr para o meu pau.

Porra.

“Hunter, eu...” ela murmurou, mas eu não consegui mais me conter.

Pressionei meus lábios contra os dela, usando minha língua para separá-los. Seu gosto
invadiu meus sentidos e eu estava na porra do paraíso.

Ela não estava me deixando. Eu não ia deixar isso acontecer. Ela era minha, e eu nunca a
deixaria ir.

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CAPÍTULO DEZENOVE - Não vou deixar você ir

Ponto de vista de Sophia

Meu corpo inteiro tremia. Seus lábios tinham um gosto incrível. Seu cheiro me envolveu
como um cobertor. Eu estava no céu e nunca mais queria sair.

Mas eu tive que fazer isso.

Eu não poderia machucá-lo. Eu tive que encontrar uma maneira de controlar minha magia
primeiro. Eu tive que encontrar uma maneira de me livrar da escuridão primeiro.

Eu precisava parar com isso. Eu precisava me afastar dele. Mais um gosto dele e eu cederia.
Eu deixaria ele me marcar aqui mesmo, contra a parede.

Parei de beijá-lo e encostei a cabeça na parede.

Ele olhou para mim e acariciou minha bochecha.

“Porra, Sophia,” ele murmurou, inclinando-se e respirando fundo.

Seu nariz tocou meu queixo e todo o meu corpo estremeceu.

"Você acha que vou deixar você ir?" ele perguntou. “Você é um tesouro, anjo. Eu não vou
deixar você ir. Eu não dou a mínima para o passado. Eu não dou a mínima para sua magia.
Você é meu companheiro. Eu não vou desistir de você.

Meu coração disparou. Apertei meu corpo mais perto da parede, tentando me afastar dele
para poder pensar com clareza.

“Hunter…” falei, mas ele me interrompeu.

“Não, anjo,” ele disse suavemente. “Eu não quero ouvir suas desculpas. Nada do que você
disser me fará querer menos você.

“Você deveria me querer menos, Hunter,” murmurei. “Eu sou perigoso. A escuridão...”

“Faz parte de você”, Hunter terminou para mim. "Eu sei que. Eu aceito isso. Eu vou ajudá-lo
a lidar com isso. Eu não estou fugindo disso.”

Havia um enorme nó na minha garganta. Eu não consegui engolir. Eu não conseguia

respirar fundo por causa disso. Meu estômago estava embrulhado. Meu coração estava a
mil por hora.
Ele não sabia do que estava falando. Ele não sabia nada sobre minha magia.

"Deusa, Sophia, estou tão apaixonado por você", ele murmurou enquanto segurava meu
rosto. “Por favor, deixe-me mostrar que estarei ao seu lado, não importa o que aconteça.”

Lágrimas quentes caíram em meu rosto. Ele os enxugou com os polegares.

“Você não sabe o quão ruim é, Hunter,” murmurei. “Preciso encontrar uma maneira de me
livrar disso antes de aceitar você. Quero você. Eu quero tanto você, mas não seria capaz de
viver comigo mesmo se te machucasse.

Um pequeno sorriso se espalhou por seu rosto me fazendo franzir as sobrancelhas. Eu

estava confuso. Por que ele estava sorrindo?

“Tudo o que ouvi é que você também me quer”, disse ele. “Isso é o suficiente, Sophia.
Faremos todo o resto juntos. Nossos pais e sua magia não são um problema. Nós vamos
lidar com isso juntos.”

Estudei seu rosto por um momento. Ele não me ouviu quando eu disse que minha magia
era perigosa?

Ele me beijou novamente antes que eu pudesse discutir. Seus lábios macios tocaram os
meus e eu esqueci do que estávamos falando.

Ele enroscou os dedos em meu cabelo e puxou minha cabeça para trás suavemente. Ele
começou a beijar meu queixo e pescoço, me fazendo gemer baixinho. Seus lábios tocaram
meu ponto de marcação e eu engasguei. Uma sensação estranha fez minha barriga apertar.

“Vou marcar você em breve, meu amor,” ele murmurou contra meu pescoço. “Mal posso
esperar para fazer isso. Mal posso esperar para fazer você ser minha. Mal posso esperar
para mostrar ao mundo que esta mulher maravilhosa pertence a mim.”

Estremeci e engoli em seco.

Ele começou a chupar meu ponto de marcação suavemente, me fazendo agarrar a parte de
trás de sua camisa.

Meus olhos rolaram para a parte de trás da minha cabeça e pressionei meu corpo mais
perto do dele.

Suas mãos percorreram meu corpo, fazendo cada parte da minha pele formigar. Ele me
pegou em seus braços e envolveu minhas pernas em sua cintura. Ele se aproximou, me
pressionando com mais força contra a parede.

“Nunca mais tente me deixar”, ele disse suavemente. “Meu coração quase desistiu.”
Seus lábios pressionaram contra os meus novamente. Apertei meus braços e pernas ao
redor dele.

Eu podia sentir cada músculo do seu corpo. Eu podia sentir o quão duro ele estava. Isso fez
o sangue correr para minhas bochechas. Isso fez minha pele queimar.

Ele pressionou a parte inferior de seu corpo contra o meu e gemeu.

“Em breve,” ele murmurou. “Em breve você será completamente meu, Anjo.”

Minha mente estava completamente em branco. Eu senti como se estivesse em uma nuvem.
Tudo que eu podia sentir eram suas mãos em meu corpo. Tudo que eu queria era sentir
seus lábios na minha pele.

“Hunter...,” eu gemi baixinho, fazendo-o apertar os braços em volta de mim.

“Sim, anjo?” ele murmurou enquanto começava a morder suavemente o lóbulo da minha
orelha.

Ah Merda. Sua voz profunda fez a necessidade dele explodir dentro de mim. Seu hálito
quente no meu pescoço fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

“Precisamos conversar”, murmurei, mas não tinha ideia do que precisávamos conversar.

“Sobre o quê, meu amor?” ele perguntou enquanto pressionava seus lábios nos meus
novamente.

Estendi a mão e enrosquei meus dedos em seu cabelo, puxando-o suavemente. Ele gemeu e
aprofundou nosso beijo.

Tentei me concentrar. Tentei limpar a névoa em torno do meu cérebro.

Eu precisava falar com ele.

Eu tinha tanta coisa para contar a ele.

Corri minha mão para cima e para baixo em suas costas musculosas. Eu só estava piorando
as coisas para mim.

“Fale, Anjo,” ele murmurou enquanto mordia meu lábio inferior suavemente.

Ele estava louco? Eu nem conseguia lembrar meu nome enquanto ele me tocava e me
beijava daquele jeito.
Parei de beijá-lo e me afastei um pouco. Eu precisava de um pouco de espaço para poder
pensar com clareza.

Ele olhou para mim e riu. “Você não pode falar e me beijar ao mesmo tempo?”

Eu fiz uma careta para ele, fazendo-o sorrir amplamente. Se eu estivesse de pé, meus
joelhos cederiam. Ele era lindo.

“Preciso que você saiba tudo antes de tomar sua decisão”, consegui murmurar. “Vou te
contar tudo sobre mim e minha magia. Você merece saber tudo antes de me aceitar.

Hunter suspirou e acariciou minha bochecha. Ele deu um beijo suave em meus lábios.

“Tudo bem, meu amor”, disse ele. “Já tomei minha decisão, mas vou ouvir. Eu quero saber
tudo sobre você. Quero saber como posso ajudá-lo.”

Eu não tinha certeza se ele conseguiria.

Sorri para ele e pressionei meus lábios contra os dele. Ele gemeu e aprofundou o beijo, me
fazendo derreter nele.

Eu contaria tudo a ele e deixaria que ele decidisse. Eu precisava que ele soubesse a verdade.
Eu não poderia deixá-lo fazer isso sem saber tudo sobre a minha magia. Eu não poderia
deixá-lo arriscar tudo antes de saber toda a verdade.

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CAPÍTULO VINTE - Conhecendo Anna

Ponto de vista do caçador

Eu estava olhando para ela e não conseguia desviar o olhar.

Minha mente continuava repassando aquela cena quente de amassos que aconteceu nesta
sala ontem à noite. Ela era tão perfeita e eu queria fazer isso de novo. Eu queria mais. Eu
queria torná-la minha.

Meus olhos caíram em seu lindo pescoço. Lembrei-me de como chupei e beijei. Lembrei-me
do gosto de sua pele. Eu mal podia esperar para ver minha marca em seu pescoço. Eu mal
podia esperar que o resto do mundo visse que ela era minha.

“Pare de me olhar desse jeito,” ela murmurou, me fazendo olhar para seu lindo rosto.

"Como o que?" Eu perguntei, fingindo inocência.

Ela levantou uma sobrancelha para mim, me fazendo sorrir.

“Não posso evitar”, eu disse. “Preciso repetir aquela sessão de amassos da noite passada.”

Ela corou e olhou para a parede atrás de mim.

“Poderíamos usar a parede de novo”, eu disse, rindo. “Ou talvez até uma cama desta vez.”

Seus olhos se arregalaram e eu a vi engolir em seco. Queria provocá-la um pouco mais, mas
ouvi passos se aproximando do escritório.

Sorri para ela e ela respirou fundo.

Deusa, ela era fodidamente perfeita.

A porta do escritório se abriu e vi o irmão dela entrar. Ele olhou para mim antes de se
aproximar de Sophia.

“Você está bem, Fia?” ele perguntou suavemente enquanto beijava o topo de sua cabeça.

Ela olhou para ele e sorriu. "Eu estou bem."

Seu irmão sorriu para ela antes de olhar para mim. Seu sorriso desapareceu e ele me lançou
um olhar severo.

“Olá, Alexander,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso.

“Alpha Hunter,” ele murmurou baixinho.

Ele olhou para sua irmã, suspirou e revirou os olhos. Ela provavelmente o conectou
mentalmente.

“Como vão as reuniões?” Eu perguntei, fazendo Alexander olhar para mim.

“Tudo está indo muito bem”, disse ele. “Papai disse para levarmos o tempo que
precisarmos.”

Balancei a cabeça e sorri para ele.

Ele e eu fizemos uma pequena pausa na participação na reunião para que pudéssemos
conversar com uma bruxa chamada Anna. Sophia disse que eu precisava ouvir tudo antes
de tomar minha decisão. Eu já sabia o que queria. Nada que Anna pudesse dizer me faria
querer menos meu companheiro. Eu a aceitaria, não importa o quê. Eu a ajudaria a lidar
com tudo.

Alexander olhou para Sophia. Ela sorriu para ele e ele apertou seus ombros levemente. Eu
sabia o quanto ele era importante para Sophia e queria ter um bom relacionamento com
ele. Fiquei feliz em ver que ele a protegia. Significava apenas que ela tinha pessoas ao seu
redor que se importavam e a queriam segura.

“Você tem certeza disso, Fia?” Alexandre perguntou a ela. “Você não precisa fazer isso.”

“Eu disse a mesma coisa a ela”, respondi em vez dela, fazendo os dois olharem para mim.
"Eu disse a ela que a quero, não importa o que aconteça."

Alexander apertou a mandíbula.

“Você merece saber tudo, Hunter,” Sophia disse suavemente. “Não quero que você se
arrependa de nada.”

Olhei para ela e meu coração apertou dolorosamente. Ela achava que algum dia eu iria me
arrepender disso?

“Eu nunca me arrependeria de você, Sophia”, eu disse. “Nada vai me fazer te querer menos.
Eu já te disse isso.

Ela engoliu em seco e olhou para Alexander. Ele tinha uma expressão severa no rosto e
estava olhando para mim.

“Estou apaixonado por sua irmã, Alexander”, eu disse. "Eu quero ela. Eu não me importo
com nossos pais ou com a magia dela. Eu vou ajudá-la com tudo. Eu não vou desistir dela.”

Alexander respirou fundo e estreitou um pouco os olhos.

“Seu pai é outro assunto que não discutirei agora”, disse ele. “Vamos nos concentrar em
lidar com isso primeiro.”
Cerrei os punhos com força. Será que algum dia eles confiariam que meu pai havia
mudado?

A porta do escritório se abriu e Luna Emma entrou seguida por uma senhora mais velha
que tinha um pequeno sorriso no rosto.

Luna Emma se aproximou de Alexander e Sophia. Ela sorriu e abraçou os dois.

“Olá, Alpha Hunter”, disse a mulher mais velha educadamente. "Meu nome é Anna. É um
prazer finalmente conhecer você.

Seu sorriso me relaxou. Ela foi a primeira que não teve cuidado comigo ou que não olhou
para mim como se eu fosse o responsável pelo que aconteceu há 18 anos.

“Oi, Anna,” eu disse, sorrindo para ela. "É um prazer te conhecer também."

Ela sorriu para mim e olhou para minha companheira.

“Oi, Soph,” ela disse suavemente. "Como você está hoje?"

Ela se sentou ao meu lado e deu um tapinha gentil em meu joelho.

“Meio nervosa,” Sophia murmurou, fazendo meu coração apertar.

Olhei para ela e dei-lhe um sorriso suave. Queria tomá-la nos braços, mas sabia que o irmão
dela não iria gostar muito disso.

“Não há necessidade de ficar nervoso, Sophia,” eu disse suavemente. “Nada vai me fazer te
querer menos.”

Eu disse isso para ela um milhão de vezes e repetiria mais um milhão. Eu repetiria até que
ela acreditasse em mim. Se ela fosse a criatura mais sombria deste planeta, ela seria minha
criatura mais sombria e eu não a deixaria ir.

“O que você sabe sobre a magia dela?” Anna perguntou, me fazendo olhar para ela.

“Eu sei que ela é poderosa”, eu disse. “Eu sei que ela tem magia clara e negra.”

Ana assentiu. "Algo mais?"

“Eu sei que é imprevisível”, eu disse.

Anna olhou para Sophia e assentiu novamente.

“É,” ela disse calmamente. “É imprevisível e poderoso. Temos tentado contê-lo, mas ele
sempre dá um jeito de sair.”

Respirei fundo e soltei lentamente.

"Ela pode se livrar disso?" Perguntei.

“Eu nunca tentei”, disse Sophia, me fazendo olhar para ela. “Cada vez que deixo sair apenas
uma pequena parte, isso mata uma parte da minha magia de luz.”

Meus olhos se arregalaram.

"O que você está dizendo?" Eu murmurei.

“Ela está dizendo que a escuridão tomaria conta dela completamente se ela a deixasse sair,”
Alexander disse, fazendo meu coração parar de bater.

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CAPÍTULO VINTE E UM - As Trevas

Ponto de vista de Alexander

Eu não queria fazer isso.

Eu não queria que ele soubesse de nada. Ele poderia usar isso contra ela. Ele poderia
machucá-la. Ele poderia contar aos outros e eles poderiam vir atrás dela.

Nunca contamos a ninguém a verdade sobre a magia de Fia. Nunca contamos a ninguém o
quão perigosa era realmente a escuridão dela. Tínhamos medo de que outros viessem
buscá-la. Tínhamos medo de que eles quisessem destruir ela e sua magia.

Apenas o pensamento de alguém a machucando me fez ver vermelho. Eu mataria todo

mundo que ousasse tocá-la.

Eu não tinha certeza sobre Hunter. Ele parecia que realmente a queria, mas não sabia a
verdade. Ele não sabia o quão perigosa ela era. Bem, não ela, mas sua magia.

A escuridão de Fia estava drenando sua luz. Cada vez que surgia ou Fia tentava destruí-lo,
matava uma parte de sua magia de luz. Isso esgotaria completamente a energia de Fia. Fia
teria que descansar por dias depois disso. Uma vez, quando tínhamos cerca de 15 anos, a
escuridão quase a matou. Eu odiava lembrar disso. Eu odiava lembrar como era quase
perdê-la.
Você tem certeza absoluta disso, Fia? Eu a conectei mentalmente novamente. Ainda
podemos encerrar esta conversa.
Tenho certeza, Lex. Ela disse suavemente. Ele merece saber.
Se ele te rejeitar e contar para alguém… eu falei, mas ela me interrompeu.
Vou implorar para que ele não faça isso. Fia disse. Vou encontrar uma maneira, Lex.
Não se preocupe.

Franzi as sobrancelhas e apertei seus ombros. Ela estava falando sério?

Você está louco? Suspirei. Você é meu gêmeo. Estamos prestes a dizer a um estranho
que você é o ser mais perigoso deste planeta. Ele poderia usar essa informação
contra você. Ele poderia contar para outras pessoas. Eles poderiam tirar você de
mim. Eles poderiam machucar você. Não estou preocupado, Fia. Estou com muito
medo.

Eu podia senti-la ficar tensa. Ela olhou para mim.

Eu sei, Lex. Ela murmurou. Também estou com medo, mas tenho a sensação de que ele
não fará isso. Mesmo que ele decida me rejeitar, ele não contará a ninguém sobre
mim.
Como você pode ter tanta certeza? Eu perguntei, franzindo a testa para ela. Nós não o
conhecemos. Ele é um estranho, Fia.
Fia suspirou.
É uma má ideia, Fia. Eu disse. Não deveríamos fazer isso. Deveríamos…

“Alex?” a voz da minha mãe interrompeu nossa ligação mental.

Eu olhei para ela.

“Sinto muito, Alpha Hunter”, minha mãe suspirou. “Eles sempre fazem isso.”

Olhei para Hunter, que estava olhando para Fia e para mim com uma expressão
preocupada no rosto.

Fia e eu às vezes ficávamos tão concentrados em nossa conversa que ficávamos desligados
de tudo e de todos ao nosso redor.

“Sinto muito, Hunter”, disse Fia suavemente. “Lex e eu às vezes nos perdemos em nossa
conversa.”

Hunter sorriu para ela. “Tudo bem, meu amor. Eu entendo."

Fia olhou para mim.

Eu não gosto dele. Eu a conectei mentalmente. Por que ele já tem um apelido para
você?

Fia suspirou e olhou para Hunter.

“Minha escuridão é perigosa, Hunter”, disse ela. “Isso está drenando a luz de mim. Eu tenho
empurrado e reprimido isso, mas ele sempre encontra uma maneira de sair. Isso vai me
consumir inteiro se eu deixar. Isso vai me consumir por inteiro se eu perder o controle
sobre isso. Não sei quem eu me tornaria se isso tomasse conta de mim. Não sei se
sobreviveria.”

Fechei os olhos e respirei fundo.

Eu não ia deixar isso acontecer. Eu encontraria uma maneira de tirar uma parte dela. Eu
não ia deixar isso matá-la.

Hunter rosnou, me fazendo abrir os olhos e olhar para ele. Seus punhos estavam cerrados.
Ele estava olhando para minha irmã com uma expressão de dor no rosto.

“O que você está dizendo, Sofia?” ele perguntou, sua voz tremendo.

“Estou dizendo que posso me tornar uma criatura muito perigosa”, disse Fia calmamente.
“Eu poderia machucar você. Eu poderia machucar outras pessoas.”
Abaixei-me e beijei o topo de sua cabeça.
Nunca vou deixar isso acontecer, Fia. Eu a conectei mentalmente. Eu nunca vou deixar
isso tomar conta de você.

Com base no que eu tinha visto no passado, a escuridão não iria tomar conta dela. Isso a
mataria.

“Eu não dou a mínima para isso, Sophia,” Hunter rosnou, me fazendo franzir as
sobrancelhas. "Você é meu. Se você se tornar a criatura mais sombria deste planeta, você
ainda será meu. Eu já te disse que nada me faria rejeitá-lo. Estou falando sobre a última
coisa que você disse. Você não sobreviveria?

Eu estava surpreso. Ele não se importava com a escuridão dela? Ele ainda a desejaria
mesmo que toda a luz desaparecesse?

“Você não se importa com a escuridão?” Fia perguntou o que eu estava pensando.

Olhei para minha mãe e Anna. Eles estavam olhando para Hunter com pequenos sorrisos
no rosto.

Suspirei internamente. Desejei que meu pai ou tio Andrew estivessem aqui. Minha mãe e
Anna gostavam de Hunter. Eu ainda não estava convencido.

Hunter suspirou e balançou a cabeça. “Eu já te disse que não me importo, Sophia. Você é
meu e sempre será meu. A única coisa que me importa é a sua segurança e felicidade.

Essa foi uma boa resposta.

Mas eu ainda não estava convencido.

Fia respirou fundo e soltou lentamente.

“Por que você não sobreviveria, Sophia?” Hunter perguntou, cerrando os punhos com força.

“Porque a escuridão não está apenas drenando a luz dela,” Anna falou, fazendo todos nós
olharmos para ela. “Isso também está drenando a vida dela. Cada vez que tentávamos nos
livrar dele, isso quase a matava. Cada vez que a escuridão aparecia, Sophia ficava doente e
demorava muito para se recuperar. Não sabemos o que aconteceria se a escuridão
desaparecesse completamente.”

Hunter se moveu antes que qualquer um de nós pudesse reagir. Ele deu um pulo, agarrou
Sophia nos braços e foi para o outro canto da sala. Seus olhos continuavam mudando de
cor. Seus caninos e garras alongados. Ele continuou rosnando e rosnando para nós.
Eu vi vermelho, porra.

Eu o mataria se ele a machucasse.

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CAPÍTULO VINTE E DOIS - Ela não

Ponto de vista do caçador

Ela não. Por favor, Deusa, ela não.

Meu coração estava batendo tão forte contra minhas costelas. Foi doloroso. Eu tinha
certeza de que minhas costelas iriam quebrar. Todo o meu corpo tremia. Meus caninos e
garras estavam para fora e eu não conseguia parar de rosnar e rosnar.

Minha reação não fez sentido. Nenhuma das pessoas aqui na sala iria machucá-la. Mas meus
instintos me fizeram agarrá-la. Eu não podia deixar nada nem ninguém machucá-la.
Senti a mão dela na minha nuca. Ela apertou suavemente e passou os dedos pelo meu
cabelo.

Ela estava me dizendo algo, mas eu não conseguia me concentrar. Eu não conseguia ouvir o
que ela estava dizendo.

Tudo que eu conseguia pensar era em protegê-la. Tudo que eu conseguia pensar era em
mantê-la viva.

'Ela está em perigo, Hunter!' Holden estava gritando comigo. 'Precisamos protegê-la!'

Eu sabia disso!

Mas como eu poderia protegê-la disso? Como eu poderia protegê-la da escuridão que
estava dentro dela?

Fechei os olhos e enterrei o nariz em seus cabelos. Respirei fundo seu perfume
maravilhoso. Concentrei-me na sensação dos dedos dela no meu cabelo.

A única coisa que ouvia era meu sangue bombeando nas veias. A única coisa que pude
sentir foi meu coração batendo freneticamente. Parecia que estava batendo por todo o meu
corpo.

Tentei me concentrar em sua voz suave, mas foi difícil. Eu não conseguia respirar. Eu não
conseguia engolir o enorme nó na garganta.

Ela deu um pequeno beijo no meu pescoço e foi a única coisa em que consegui me
concentrar. Os arrepios se espalharam pelo meu corpo, me fazendo estremecer. Meu
batimento cardíaco desacelerou um pouco.

Concentrei-me em seus dedos em meu cabelo. Percebi o quão gentil ela era. Percebi como o
toque dela me acalmou e me fez sentir como se estivesse no céu.

Respirei fundo novamente e soltei lentamente.

“Está tudo bem, Hunter,” finalmente ouvi sua voz gentil. "Tudo vai ficar bem."

Nada ficaria bem se ela me deixasse. Nada estaria bem se ela não existisse.

Eu podia sentir meus caninos e garras retraírem lentamente.

“Volte para mim, Hunter,” ela disse calmamente enquanto dava outro pequeno beijo no
meu pescoço.

Ela não precisou me perguntar duas vezes.

Foi como se um interruptor estivesse ligado. Tudo voltou ao foco. Eu podia ouvi-la. Eu
podia sentir seu pequeno corpo contra o meu. Eu poderia me concentrar em tudo ao meu
redor.

Ela precisava de mim. Tive que tirar a cabeça da minha bunda e voltar para ela.

“Não vou deixar nada acontecer com você”, falei, minha voz rouca. “Não vou deixar a
escuridão tirar você de mim. Vamos encontrar uma maneira."

Levantei minha cabeça e beijei sua têmpora.

Olhei para a família dela. Anna e Luna Emma estavam olhando para mim e sorrindo
suavemente. Alexander estava olhando para mim com uma expressão de raiva no rosto. Ele
provavelmente estava com raiva porque eu agarrei Sophia daquele jeito, mas eu não dava a
mínima. Eu precisava protegê-la. Ela era minha. Meu para proteger, meu para amar, meu
para valorizar e adorar.

Olhei de volta para meu companheiro e respirei fundo.

“Estamos nisso juntos, Sophia”, eu disse a ela. “Eu não vou embora. Eu estou aqui."

Ela olhou para mim e eu vi lágrimas em seus olhos. Ela estudou meu rosto por alguns
momentos.

“Hunter, esta não é uma decisão fácil de tomar,” ela murmurou. “Se você precisar de
tempo…”

Eu a interrompi pressionando meus lábios contra os dela.

Alexander gemeu e amaldiçoou baixinho. Luna Emma e Anna riram.

“Pare com isso”, disse Alexander. “Eu não estou assistindo isso.”

Eu ri e parei de beijá-la. Sorri para ela e acariciei sua bochecha.

Ela respirou fundo e olhou para trás.

“Acho que ele não vai a lugar nenhum, querido”, disse Luna Emma, rindo.
“Eu não estou,” eu disse, balançando a cabeça. "Eu estou aqui. Ela é minha. Eu não me
importo com o passado de sua escuridão. Eu vou lutar por ela. Nada ficará no meu
caminho.”

Apertei meus braços ao redor dela, puxando-a ainda mais para perto de mim.

Luna Emma sorriu. Anna piscou para mim. Alexander revirou os olhos e suspirou.

“Não tão rápido, Hunter”, disse Alexander. “Eu ainda não confio em você ou em seu pai.
Você terá que passar por mim primeiro, e não vou facilitar isso.”

Sorri para ele, fazendo-o franzir as sobrancelhas em confusão.

“Estou tão feliz que Sophia tenha alguém que a ama tanto quanto você”, eu disse com
sinceridade. “Estou feliz que ela tenha alguém que sempre a protegerá. Sei que não será
fácil, mas vou provar a você que sou digno de sua irmã.”

Os olhos de Alexander se arregalaram um pouco. Eu poderia dizer que o deixei sem

palavras.

“Você é a primeira pessoa que conseguiu fazer isso,” Sophia murmurou, me fazendo olhar
para ela.

"Fazer o que?" Eu perguntei, confuso.

“Você foi o primeiro que conseguiu deixar Lex sem palavras”, disse Sophia, sorrindo um
pouco. “Ele geralmente nunca cala a boca.”

Eu bufei. Luna Emma e Anna riram.

“Fia,” Alexander rosnou em advertência.

Sophia se virou para olhar para ele. Ela sorriu para ele, fazendo meu coração bater mais
forte. Deusa, ela era linda.

Inclinei-me para dar um beijo suave em sua bochecha. Ela olhou para mim e sorriu.

Queria tornar isso oficial e dizer a ela que a aceito, mas queria fazer isso em particular. Eu
queria que ficássemos sozinhos para que eu pudesse beijá-la e tocá-la depois.

“Você gostaria que lhe contássemos tudo o que tentamos para nos livrar da escuridão
dela?” Anna perguntou, me fazendo olhar para ela.

Afrouxei meu aperto em Sophia, permitindo que ela se virasse. Eu não afastei meus braços,
no entanto. Eu não a deixaria sair dos meus braços. Nem agora, nem nunca.

“Claro”, eu disse imediatamente. "Eu quero saber tudo. Quero saber se você tem alguma
outra ideia. Quero que tentemos inventar outra coisa. Vamos lidar com isso e encontrar
uma maneira de destruí-lo.”
Eu não deixaria nada machucar meu companheiro. Eu encontraria uma maneira de destruir
a escuridão. Eu não deixaria isso tirar meu companheiro de mim.

Abaixei-me para beijar o topo da cabeça de Sophia antes de olhar para Anna. Apertei minha
mandíbula e respirei fundo.

“Conte-me tudo”, eu disse com determinação na voz.

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CAPÍTULO VINTE E TRÊS - Transferir

Ponto de vista de Sofia

Eu não tinha certeza do que sentir.

Eu estava animado. Eu estava tão feliz. Eu estava tremendo de cima a baixo. Meu
companheiro me queria. Ele me queria apesar de tudo que acabou de descobrir sobre mim.
Ele me abraçou, me beijou e estava lá para mim. Eu estava em êxtase.

Mas também fiquei apavorado. E se eu machucá-lo? E se ele se arrependesse de me aceitar?

E se ele mudasse de ideia quando visse a verdadeira escuridão dentro de mim?

Tantas emoções fluíam pelo meu corpo. Eu estava exausto e muito confuso. Eu não sabia no
que focar.

Fia? Lex me conectou mentalmente, me fazendo olhar para ele. Você quer parar?
Podemos acabar com isso. Podemos continuar amanhã.

Eu sabia que ele estava impressionado com tudo. Eu podia sentir suas emoções. Eu podia
sentir seu medo e raiva. Eu sabia que ele não queria fazer isso, mas precisávamos. Hunter
merecia saber tudo.

Eu estou bem. Eu o conectei mentalmente de volta. Você está bem? Você pode sair da
sala se estiver ficando muito pesado.

E deixar você em paz? Lex zombou. Não é a mínima chance, Fia.

Eu o observei estreitar os olhos para Hunter antes mesmo de perceber que Hunter estava
beijando minha bochecha suavemente.

Olhei para meu companheiro e meu coração disparou. Ele estava sorrindo para mim.

“Você e Alexander se perderam em uma de suas conversas de novo?” ele perguntou, rindo.

“Sim,” eu murmurei. "Desculpe. O que você me perguntou?"

“Nada, Anjo,” Hunter disse suavemente. “Anna estava me contando sobre a primeira vez
que você tentou conter sua escuridão.”

Olhei para Anna e respirei fundo.

A primeira vez que tentei conter minha escuridão, acabei no hospital por uma semana.
Todo mundo ficou tão assustado. Lex se recusou a sair do meu lado o tempo todo.

Tentei soltá-lo e acabei me lançando a alguns metros de altura. Caí no braço esquerdo e
quebrei. Felizmente, os ossos do lobisomem sararam rapidamente. Ainda doía demais e eu
ainda tive que ficar deitada na cama do hospital por uma semana com meu irmão roncando
no meu ouvido o tempo todo.

“Como eu estava dizendo”, Anna continuou, “ela acabou no hospital por uma semana. Foi
uma explosão poderosa e foi então que soubemos que estávamos lidando com algo
poderoso.”

Senti Hunter ficar tenso. Ele inclinou a cabeça e beijou meu ombro.

“O que mais você tentou?” ele perguntou, olhando para Anna.

“Emma e eu tentamos usar nossa magia para tirar a escuridão dela,” Anna suspirou. “Isso
não funcionou. Quase a matou.

Hunter rosnou, apertando os braços em volta de mim.

“Eu tentei usar minha magia de luz para apagar a escuridão, mas ela sempre venceu e a
única coisa que fez foi me exaurir,” suspirei, fazendo Hunter olhar para mim.

Ele respirou fundo e encostou a testa na minha.

“Sinto muito, anjo”, ele murmurou. "Vamos encontrar uma maneira. Eu prometo."

Sua voz suave e tranquilizadora me fez acreditar que isso seria possível.

“Eu tentei poções e feitiços, mas tudo o que tentamos só piorou as coisas”, Anna suspirou.
“Isso causaria uma erupção em sua escuridão ou a deixaria exausta a ponto de ter que ir
para o hospital.”

“Porra,” Hunter murmurou enquanto passava os dedos pelos cabelos. “O que você fez para
contê-lo então?”

“Encontrei uma maneira de suprimir isso”, eu disse, fazendo-o olhar para mim. “Encontrei
uma maneira de lutar contra isso. Ainda não tenho certeza de como, mas já faço isso há
anos. Mas às vezes tenho um dia ruim.

Hunter acariciou minha bochecha.

“Você tem tido mais dias ruins ultimamente?” ele me perguntou baixinho.

Balancei a cabeça e respirei fundo.

“Conhecer você tornou mais difícil de conter”, murmurei. “Minhas emoções têm um grande
impacto sobre isso.”

Hunter apertou a mandíbula e assentiu. "Compreensível."

“Ainda há mais uma coisa que não tentamos,” Lex disse, me fazendo olhar para ele.
Eu estreitei meus olhos para ele. Tentei conectá-lo mentalmente para dizer-lhe para parar,
mas ele me bloqueou.

“Lex, não,” eu disse em voz alta.

"O que?" Hunter perguntou imediatamente. "Nós podemos tentar. Eu posso ajudar."

"Do que você está falando, meu bem?" minha mãe perguntou baixinho.

“Eu já te disse não, Alex,” eu disse severamente. "Deixa para lá."

“Eu não vou deixar isso passar, Sophia,” ele rosnou. “Isso poderia ajudá-lo. Por que você
tem que ser tão teimoso?

Cerrei os punhos e apertei a mandíbula. Tentei conectá-lo mentalmente novamente, mas

ele continuou me bloqueando.

“Não estou sendo teimoso”, eu disse entre dentes. “Eu não estou fazendo isso. Não estou
colocando você em perigo.

Lex suspirou e revirou os olhos. “Não estarei em perigo, Fia.”

“Não sabemos disso”, argumentei. “Você é louco por sugerir…”

“Ok, chega,” minha mãe suspirou, interrompendo nossa briga. “Algum de vocês pode nos
dizer do que diabos estão falando?”

Estreitei os olhos para meu irmão. Ele suspirou e olhou para nossa mãe.

Eu não faria isso, não importa o que ele dissesse. Eu não o faria passar por isso. Eu não o
colocaria em perigo.

“Eu sugeri que ela transferisse uma parte de sua escuridão para mim”, disse Lex, fazendo
meu coração disparar. “Ela pode fazer isso com sua magia de luz. Não vejo uma razão pela
qual ela não pudesse fazer isso com sua escuridão também. Seria mais fácil lidar com isso
se nós dois lidássemos com isso.”

Os olhos da minha mãe se arregalaram. Ela olhou de Lex para mim.

“Isso poderia funcionar,” Anna murmurou, me fazendo olhar para ela.

“Não,” eu disse severamente. “Eu não estou fazendo isso. Não estou colocando ele em
perigo. Esqueça."

“Mãe,” Lex suspirou. “Você concorda comigo, não é? Poderia funcionar.

Olhei para minha mãe. Ela estava olhando para frente e parecia preocupada.
“Talvez,” ela murmurou, franzindo as sobrancelhas. “Mas Sophie está certa, Alex. É
perigoso."

“Eu não me importo,” Lex disse, cerrando os punhos. “É perigoso para ela ter tanto disso.”

“Estou acostumada com isso,” eu disse, fazendo Lex olhar para mim.

Ele respirou fundo e soltou lentamente.

“Eu farei isso”, disse Hunter, me fazendo ofegar e olhar para ele.

Meus olhos se arregalaram a ponto de pensar que eles iriam cair das órbitas.

"Você está louco?" Eu murmurei. "Não. Ninguém está fazendo isso. Eu não estou fazendo
isso. Pare de tocar no assunto.

Hunter olhou para mim e me deu um pequeno sorriso.

“Você vai transferir para mim, amor,” ele disse suavemente. “Eu faria qualquer coisa para
deixar você seguro. Eu ficarei bem. Tudo ficará bem."

Ele se inclinou e beijou minha testa suavemente.

Não. Eu não ia fazer isso. Eu não iria colocar ele ou Lex em perigo. Eu poderia lidar com isso
sozinho. Eu encontraria um jeito. Eu sempre encontrei um caminho.

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CAPÍTULO VINTE E QUATRO - Sua Família

Ponto de vista de Hunter

Eu ia fazer isso. Eu iria pegar uma parte de sua escuridão. Eu iria ajudá-la.

Olhei para seu rosto surpreso e sorri. Ela estava olhando para mim com os olhos
arregalados, e eu poderia dizer que ela estava lutando para saber o que dizer em seguida.

“Ela não pode transferir isso para você”, disse seu irmão, me fazendo olhar para ele. “Você
ainda não a marcou. Ela só pode transferi-lo para mim.

Franzi as sobrancelhas. Achei que ela poderia compartilhar sua magia com outras pessoas.

“Ela não pode me dar sua magia para usar, mas pode melhorar minhas habilidades,” Alex
explicou depois de ver meu rosto confuso. “Ela também pode fazer isso com outras pessoas,
mas exige muita força dela e não é tão eficaz quanto quando ela transfere para mim.”

Oh. Eu balancei a cabeça e olhei para meu companheiro.

“Então, você poderia me dar, mas não ajudaria muito?” Eu perguntei, fazendo-a assentir.

Olhei de volta para o irmão dela. Seus olhos estavam nela e ele tinha uma expressão
preocupada no rosto.

“Mas depois de marcá-la, ela será capaz de transferi-lo totalmente para mim?” Perguntei.

Alexander estreitou os olhos para mim.

“Não temos certeza”, disse Luna Emma. “Posso transferi-lo para minha companheira, então
Sophia poderá transferi-lo para você assim que você marcá-la.”

Eu balancei a cabeça e olhei para meu companheiro.

“Está resolvido então,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso. “Estou marcando você e
você está me dando uma parte da sua escuridão.”

Os olhos de Sophia se arregalaram. Alexandre rosnou.

“Não tão rápido, Hunter,” Alexander disse ameaçadoramente. “Eu ainda não confio em
você.”

Suspirei e cerrei os dentes. Eu estava ficando irritado com a atitude dele.

“Bem, é bom que isso não dependa de você”, eu disse. "Eu não vou marcar você, vou?"
Alexander rosnou e estreitou os olhos para mim. Observei seus músculos se contraírem. Ele
começou a respirar pesadamente. Sua mandíbula apertou. Naquele momento percebi
porque todos o temiam. Ele parecia assustador. Ficou muito claro que ele era mais
poderoso do que qualquer outro Alfa que encontrei.

Eu não o temia, no entanto. Nada me assustava quando se tratava do meu companheiro.

Eu podia sentir seu poder irradiando dele. Eu podia sentir sua aura Alfa. Foi mais forte do
que qualquer outro. Isso me fez querer cair de joelhos e eu era um alfa também.

Cerrei os dentes e resisti à vontade de me curvar diante dele. Eu não ia fazer isso. Eu não ia
deixar seu poder me quebrar.

Eu mantive meus olhos nele o tempo todo.

Seu poder era como eletricidade. Eu podia ouvi-lo zumbindo no ar. Eu podia sentir isso na
minha pele.

Eu me perguntei como seria se ele o perdesse completamente. Eu poderia dizer que ele
estava se controlando agora. Eu me perguntei o que seria necessário para acalmá-lo.

E então uma voz suave respondeu a todas as minhas perguntas.

“Lex,” Sophia disse calmamente. "Acalmar. Tudo bem."

O zumbido parou instantaneamente. A pressão para se curvar diante dele desapareceu.

Claro que foi ela. Ela poderia acalmá-lo.

Ele não desviou os olhos dos meus, no entanto.

“Você está se movendo muito rápido para o meu gosto, Hunter,” Alexander disse
calmamente. "Vá devagar."

Eu cerrei os dentes. Eu entendi seu medo, mas não iria deixá-lo ficar entre Sophia e eu.

“Alex, querido, está tudo bem”, disse Luna Emma. “Hunter quer o que é melhor para Sophie.
Acho que todos podemos concordar com isso.”

Alex manteve os olhos nos meus.

Sophia suspirou e Alex olhou para ela. Eu poderia dizer que ela estava ligando-o
mentalmente. Ele olhou para mim e eu percebi que ele resistiu à vontade de revirar os
olhos.
A porta do escritório se abriu, fazendo Alex e eu desviarmos o olhar um do outro. Eu estava
tão focada nele que nem ouvi ninguém chegando.

Alfa Logan entrou e olhou ao redor da sala. Seus olhos pousaram em seu filho e ele
estreitou os olhos um pouco.

“Posso sentir sua aura”, disse Alpha Logan. "O que diabos aconteceu?"

Alex suspirou e cruzou os braços sobre o peito.

“Nada”, ele murmurou, olhando para mim. “Estávamos conversando sobre a magia de Fia e
fiquei chateado.”

Franzi as sobrancelhas em confusão. Por que ele não contou ao pai o verdadeiro motivo
pelo qual ficou chateado? Talvez ele não quisesse chatear o pai.

Alfa Logan olhou para Sophia e para mim. Ele olhou para meus braços em volta da cintura
dela. Pude ver sua mandíbula se contrair um pouco, mas ele não disse nada.

Ele olhou para mim e me deu um sorriso educado.

“Alpha Hunter, sua família estaria disposta a vir até minha matilha para que pudéssemos
nos conhecer um pouco melhor?” Alpha Logan perguntou, fazendo meus olhos se
arregalarem.

Ele estava realmente se oferecendo para falar com meu pai?

"O que?"

“Essa é uma oferta muito boa.”

Alexander e Anna disseram ao mesmo tempo.

Alfa Logan olhou para Anna e deu-lhe um pequeno sorriso. Ele olhou para mim e respirou
fundo.

“Conversei com Andrew e concordamos que seria melhor para todos se aceitássemos esse
vínculo”, disse Alpha Logan. “Não queremos machucar Sophia. Não queremos perder
Sophia. Acho que nosso medo é compreensível, mas não queremos que nosso medo impeça
Sophia de ser feliz.”

Sophia se afastou de mim e se aproximou do pai. Ela passou os braços em volta da cintura
do pai. Ele a abraçou com força e beijou o topo de sua cabeça.
“Obrigada, pai,” ela murmurou baixinho.

“Não há necessidade de me agradecer, princesa”, disse Alpha Logan. “Nós te amamos muito
e queremos que você seja feliz.”

Sorri e olhei para Luna Emma. Ela tinha um sorriso enorme no rosto.

Alfa Logan olhou para mim e respirou fundo.

“Você vai falar com seu pai e pedir para ele vir?” ele perguntou.

Eu balancei a cabeça. "Claro."

Alfa Logan me deu um pequeno sorriso e se abaixou para beijar o topo da cabeça de Sophia
novamente.

“Eu tenho que voltar”, disse Alpha Logan, olhando para Alexander e para mim. “Junte-se a
mim lá embaixo quando terminar esta conversa.”

Nós dois assentimos. Observei Alfa Logan se afastando. Ele abriu a porta e olhou para mim
com um pequeno sorriso no rosto.

“Ouvi dizer que pizza e cerveja são uma ótima maneira de conquistar Mason e Alexander”,
disse ele antes de sair e fechar a porta atrás de si.

Luna Emma, Anna e Sophia bufaram.

Olhei para Alexandre. Ele suspirou e revirou os olhos.

Eu sufoquei uma risada.

Bem, eu teria que levá-los para comer pizza e tomar cerveja, não é?

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CAPÍTULO VINTE E CINCO – Precisamos realmente fazer isso?

Ponto de vista de Alexandre

“Nós realmente temos que fazer isso?” Mason reclamou enquanto eu amarrava os sapatos.

“Sim”, disse Mike. “Estamos fazendo isso por Sophie. Acalme-se e pare de reclamar.”

Mason revirou os olhos e sentou-se na minha cama.

“Hayden e Danny também vêm?” ele perguntou, me fazendo olhar para ele.

"Sim, eu disse. “Hunter disse que queria conhecer todo mundo.”

Mason murmurou algo baixinho.

Ele estava me irritando pra caralho. Eu também não queria fazer isso e não precisava da
atitude irritante dele.

“Pare de agir assim, Mason”, eu disse. “Isso é difícil para todos nós. Não precisamos tolerar
sua atitude também.”

Mason suspirou e passou os dedos pelos cabelos.

"Sinto muito, ok?" ele murmurou. "Estou assustado. Não tenho nada contra Hunter, mas
estou com medo do que o pai dele possa fazer.”

Eu cerrei os dentes.

Hunter disse que seu pai havia mudado, mas será que mudou?

“Você acha que ele poderia machucar Soph?” Mike perguntou baixinho.

Senti uma centelha de raiva dentro de mim. Só de pensar em Fia se machucando, eu estava
pronto para liberar todo o poder que possuía.

“Eu não sei,” Mason suspirou. “Ele poderia querer vingança. Ele poderia usá-la para voltar
para nossos pais. Não conhecemos o homem. Tudo o que sabemos é que ele ameaçou matar
minha mãe e sequestrar minha tia.

Engoli em seco e me levantei.

“Ele não será capaz de machucá-la,” eu disse enquanto pegava meu moletom e o colocava
sobre minha cabeça. “Número um, eu o mataria antes que ele tentasse. Número dois, Fia
pode usar sua magia para se defender. Número três, acho que Hunter se preocupa com ela.
Ele não deixaria seu pai machucá-la.
“Apenas mantenha a mente aberta, Mason”, disse Mike. “Eu sei que é difícil, mas temos que
fazer isso por Soph.”

Eu sorri e olhei para Mason. “Como diabos seu irmão mais novo é mais sábio do que você?”

Mason olhou para mim e revirou os olhos. Mike riu.

“Podemos acabar logo com isso?” Mason murmurou enquanto se levantava e caminhava até
a porta.

Mike e eu o seguimos para fora da sala.

Descemos as escadas e vimos Alpha Hunter conversando com meu pai e meu tio Andrew.

Eu poderia dizer que tanto meu pai quanto meu tio estavam tensos, mas ambos tinham
sorrisos educados no rosto.

Tio Andrew olhou para nós e seu sorriso se alargou um pouco.

“Vocês estão prontos, pessoal?” ele perguntou.

“Onde estão Hayden e Danny?” Mike perguntou em vez de responder ao pai.

“Aqui,” ouvi a voz de Hayden atrás de mim.

Eu me virei e sorri.

“Ei, garoto,” eu disse, sorrindo brilhantemente para ele.

“Pare de me chamar de criança”, ele suspirou, revirando os olhos. “Tenho 16 anos.”

“Você sempre será uma criança para nós, garoto”, disse Mason, rindo.

Hayden suspirou e revirou os olhos para nós.

Eu amei aquele garoto. Ele seria um grande Alfa um dia.

"Onde você estava?" Eu perguntei enquanto olhava para Hunter.

Ele tinha um sorriso no rosto e parecia animado.

“Só estou me despedindo das meninas”, disse Danny. “Halley e Hazel estão com Soph.”

Balancei a cabeça e olhei para Hunter.

"Pronto para ir?" Eu perguntei a ele.

“Claro”, disse Hunter e olhou para meu pai. “Eu avisarei você assim que meu pai me
responder.”
“Tudo bem”, disse meu pai, dando-lhe um pequeno sorriso. "Divirtam-se rapazes."

"Deixar você saber o quê?" Eu perguntei ao meu pai.

Ouvi Mike, Hayden e Danny rindo alto enquanto saíam de casa. Mason esperou por Hunter
e por mim.

“Minha família vem amanhã”, disse Hunter. “Meu pai me avisará quando eles chegarem à
fronteira.”

Apertei minha mandíbula e balancei a cabeça.

Seja legal. Meu pai me conectou mentalmente.

Eu vou. Eu disse. Eu não acho que ele seja tão ruim. Veremos sobre seu pai, no
entanto.

Vamos ver. Meu pai suspirou.

Saí de casa e esperei Mason e Hunter saírem para que eu pudesse fechar a porta.

Por favor, seja legal com ele. Minha irmã me conectou mentalmente quando começamos
a caminhar em direção ao restaurante.

Resisti à vontade de revirar os olhos. Por que todos pensaram que eu não seria legal com
ele?

Eu serei legal. Eu a conectei mentalmente de volta. Talvez você devesse ter essa
conversa com Mason.

Ah, eu já fiz. Fia disse. Ele prometeu que seria legal. Você precisa ter certeza de que
ele cumpre sua promessa.

Vou lá para tomar conta dele ou para conhecer Hunter? Perguntei.

Ambos. Fia disse, me fazendo revirar os olhos.

Multar. Murmurei, fechando nosso link.

“O que Sophia disse?” Hunter perguntou, me fazendo olhar para ele.

Franzi as sobrancelhas. Como diabos ele sabia que eu estava fazendo uma ligação mental
com ela?

“Como você sabe que ele estava ligando a mente de Sophia?” Mason perguntou o que eu
estava pensando.

“Ele fica com essa expressão quando está falando com ela”, disse Hunter, dando-me um
pequeno sorriso. “Não sei como descrever, mas sei que ele a estava ligando mentalmente.”
Balancei a cabeça e olhei para meus primos mais novos.

“Ela disse que deveríamos ser legais com você”, respondi à sua pergunta. “Ela me disse para
ficar de olho em Mason.”

Caçador bufou.

“Ela já me disse para ser legal,” Mason murmurou. “Não havia necessidade de dizer para
você ficar de olho em mim.”

Levantei uma sobrancelha para ele. “Não estava lá?”

Mason revirou os olhos. Hunter riu e balançou a cabeça.

"Estou preocupado, ok?" Mason suspirou. “Ela é minha prima e eu a quero segura.
Processe-me."

Eu o entendi completamente. Eu a queria segura também. Eu também estava preocupado. A

única diferença era que a língua de Mason era um pouco mais afiada que a minha. Eu sabia
como me conter, mas Mason não.

“Eu sei que você está preocupado”, disse Hunter. “Não consigo nem começar a explicar o
quanto estou feliz por ela ter tantas pessoas que a amam e a querem segura. Eu a quero
segura também. Prometo que nem eu nem minha família somos uma ameaça.”

Bem, teríamos que ver isso.

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CAPÍTULO VINTE E SEIS - Alexander e Mason

Ponto de vista de Hunter

'Estou com saudades dela', Holden suspirou enquanto eu tomava outro gole de minha
cerveja.
“Vamos vê-la em breve”, eu disse a ele. 'Pare de choramingar e concentre-se.'
'É difícil', Holden murmurou. 'Eu sinto falta dela.'

Revirei os olhos e o ignorei. Eu não precisava que ele me dissesse o quanto sentia falta dela.
Eu sabia disso e precisava me concentrar em outra coisa antes de voltar correndo para ela.

Olhei para Alexander e Mason. Ambos estavam bebendo suas cervejas e olhando ao redor
da lanchonete. Hayden, Danny e Mike saíram há cerca de meia hora. Fiquei um pouco
nervoso quando eles foram embora. A conversa foi fácil quando eles estavam aqui. Eles me
perguntaram sobre assumir o controle da matilha e conversamos sobre videogames e
esportes. Foi fácil conversar com eles e fiquei feliz por conhecê-los um pouco melhor. Mike
era um cara bobo e eu sabia que nos daríamos muito bem. Hayden seria um ótimo Alfa. Ele
era gentil, inteligente e calmo. Danny era um jovem inteligente que um dia seria um grande
guerreiro.

“O que Soph decidiu?” Mason perguntou, quebrando o silêncio. “Ela tentará transferir a
magia para você?”

Olhei para Alexandre. Ele suspirou e revirou os olhos.

“Não,” ele murmurou. “Ela disse que não quer me colocar em perigo. Ela é teimosa.

Não fiquei feliz com a decisão dela. Eu queria que ela compartilhasse com alguém. Eu sabia
que Alexander poderia lidar com isso. Eu sabia que poderia lidar com isso.

“Ela sempre foi tão teimosa?” Eu perguntei, fazendo-os olhar para mim.

Mason zombou. Alexandre assentiu.

“Boa sorte, cara”, disse Mason, sorrindo para mim.

Eu ri e balancei a cabeça.

“Eu entendo que ela não quer nos colocar em perigo,” suspirei e olhei para a garrafa em
minha mão. “Eu só queria que ela nos deixasse ajudá-la.”

Ouvi Alexander suspirar.

“Ela vai nos deixar ajudar”, disse Alexander, me fazendo olhar para ele. “Mas ela encontrará
uma maneira de fazer isso sem nos colocar em perigo.”

“Mas não será tão eficaz,” eu disse, fazendo Alexander assentir.

Ele tomou um gole de cerveja e olhou para Mason.

Eu olhei para ele. Suas sobrancelhas estavam franzidas e ele estava olhando para a mesa.

“Eu nunca iria machucá-la,” eu disse calmamente, fazendo Mason e Alexander olharem para
mim.

Eu precisava dizer isso a eles. Eu precisava que eles soubessem que ela significava tudo
para mim. Eu sabia que nem Mason nem Alexander encontraram seus companheiros ainda,
mas eles entenderiam quando o encontrassem.

Ela era tudo para mim. Desde o momento em que a vi, soube que precisava protegê-la de
qualquer maneira. Ela se tornou parte do meu coração e alma instantaneamente. Ela
distorceu todo o meu mundo e se tornou o centro dele. Eu não poderia machucá-la porque
seria como rasgar meu peito e arrancar meu coração.

Fiquei apaixonado por ela desde o momento em que a vi. Eu sabia que era por causa do
vínculo de companheiro, mas também sabia que o vínculo de companheiro não teria nada a
ver com isso tão cedo. Eu estava me apaixonando por ela e nem precisaria do vínculo de
companheiro para me fazer desejá-la. Ela era bonita. Ela era corajosa, gentil e amorosa. Ela
era tudo que eu sempre quis.

A mandíbula de Mason se contraiu. Ele olhou para a garrafa em suas mãos.

“Nossos pais nos criaram para valorizar nossa família e nossos companheiros”, disse
Alexander. “Sempre nos disseram que a família é o mais importante. Depois de se tornar a
família de Sophia, ela lhe dará sua confiança infinita. Não quebre.

Engoli em seco e balancei a cabeça.

“Eu nunca faria isso”, eu disse. “Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu já a amo pra caralho
e não é só por causa do vínculo de companheiro. Ela é incrível e tenho sorte de tê-la.”

“Ela é,” Alexander disse enquanto um pequeno sorriso se espalhava por seu rosto.

“Eu me pergunto o que a Deusa estava pensando quando uniu você a Soph,” Mason
murmurou, me fazendo estreitar os olhos para ele.

Alexander enfiou o cotovelo nas costelas de Mason, fazendo-o olhar para mim.

“Eu não quis dizer nada de ruim”, disse Mason, arregalando os olhos. “Você é um cara legal,
eu gosto de você. Mas, é confuso quando você pensa sobre isso. Seu pai e a mãe dela quase
acabaram juntos. Seu pai machucou a família dela. É uma bagunça, é tudo o que estou
dizendo.”

Eu apertei minha mandíbula. Ele não estava errado, no entanto. Foi estranho.

“Olha, eu sei que meu pai estragou tudo”, suspirei enquanto tomava outro gole de minha
cerveja. “Ele cometeu erros, mas foi vítima da maldição. Ele mudou desde então. Ele é um
Alfa incrível e um pai maravilhoso.”

“Ele alguma vez falou sobre vingança?” Alexander perguntou e eu balancei minha cabeça
imediatamente.

"Não, eu disse. "Nunca. Ele sabe que estragou tudo. Ele sabe que deveria estar grato por
seus pais terem decidido deixá-lo ir. Ele não quer vingança. Ele nunca quis isso.

Alexander olhou para Mason.

“Nós só queremos Sophia segura,” Mason murmurou enquanto tomava um pequeno gole de
sua cerveja.

“Meu pai não é uma ameaça para ela”, eu disse. "Ele nunca iria machucá-la."

Mason olhou para mim. Eu vi sua mandíbula se contrair. Ele me deu um pequeno aceno de
cabeça, me fazendo sorrir para ele.

Doeu saber o que eles sentiam por meu pai, mas entendi por quê. Meu pai estragou tudo.

“Então, você tem irmãos?” Alexandre perguntou.

Fiquei grato por ele ter mudado de assunto. Eu entendia a raiva deles em relação ao meu
pai, mas isso não significava que não me machucasse.

“Sim”, eu disse, sorrindo. "Eu tenho um irmão. O nome dele é Harry e ele é chato pra
caralho.

“Oh, conte-me sobre isso,” Mason suspirou, revirando os olhos e olhando para Alexander.
“Você não tem ideia da sorte que tem por ter uma irmã.”

Alexander zombou e balançou a cabeça. “Você acha que Fia não é chata?”

Eu ri. Ela nunca poderia me irritar.

“Não tanto quanto Mike,” Mason murmurou.

“Ou Harry,” acrescentei, fazendo-os olhar para mim.

"Quantos anos Harry tem?" Mason me perguntou.

“16”, eu disse, sorrindo. “Ele fará 17 anos em breve.”

Alexander suspirou e revirou os olhos, fazendo Mason e eu olharmos para ele com
expressões confusas em nossos rostos.

“É Fia,” ele murmurou. “Ela está se certificando de que Hunter está bem. Eu não entendo
ela. Esta é a centésima vez que ela me conectou mentalmente. Ela acha que vamos comê-lo?

Mason zombou.

Eu sorri amplamente. Fiquei tão feliz em saber que meu companheiro se importava comigo.
Ela queria ter certeza de que eu estava bem. Meu coração inchou tanto que meu peito de
repente ficou apertado demais para segurá-lo.

Ela me amava tanto quanto eu a amava.

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CAPÍTULO VINTE E SETE - Senti sua falta

Ponto de vista de Sofia

Desci correndo assim que ouvi a porta da frente se abrir.

Eu podia sentir o cheiro do meu companheiro e um arrepio percorreu minha espinha.

“Ele está vivo, Sophia, vá devagar”, ouvi Lex suspirar antes mesmo de me ver.

Ouvi minha companheira rir e meu coração disparou. Finalmente cheguei ao fim da escada
e o vi.

Ele era perfeito. Eu nunca me cansaria de olhar para seu lindo rosto. Minha respiração ficou
presa na garganta e eu não conseguia desviar o olhar dele. Eu queria pular em seus braços e
beijá-lo. Eu queria sentir seu corpo perto do meu. Eu queria sentir seus lábios macios nos
meus.

“Feche a boca, Sophia,” Lex murmurou, me fazendo piscar e desviar o olhar da minha
companheira.

Ele estava com raiva de mim?

"Por que você está me chamando de Sophia?" Eu perguntei, franzindo as sobrancelhas.

"Está tudo bem?"

Ele só me chamava de Sophia quando estava com raiva de mim. Eu sempre fui Fia e ele
sempre foi Lex.

Lex piscou e balançou a cabeça. “Está tudo bem, Fia. Não se preocupe."

Claro que eu me preocuparia. Algo não estava certo.

Hunter pegou minha mão, me fazendo desviar o olhar do meu irmão. Formigamentos se
espalharam por todo o meu corpo.

“Posso falar com você lá fora por um segundo?” Hunter perguntou, me dando um pequeno
sorriso.

Eu poderia fazer qualquer outra coisa, menos concordar. Ele sempre conseguia me tirar o
fôlego.

Hunter me deu um pequeno sorriso e começou a me tirar de casa.

“Cinco minutos, Hunter”, disse meu irmão, fazendo Hunter olhar para ele e acenar com a
cabeça.

Hunter fechou a porta da frente e me puxou para um abraço apertado imediatamente.

“Deusa, senti sua falta,” ele murmurou enquanto passava os dedos pela minha espinha.

Tive que agarrá-lo para me manter de pé. Meus joelhos dobraram e uma sensação de
formigamento se espalhou pelo meu estômago.

Respirei fundo, deixando seu cheiro nublar meu cérebro.

“Eu também senti sua falta”, murmurei enquanto passava os dedos pelos cabelos dele.

Senti sua mão sob minha bunda e meu coração disparou. Ele me pegou com uma mão e eu
envolvi minhas pernas em sua cintura.

“Esperei para fazer isso desde que saímos de casa,” Hunter murmurou enquanto beijava
meu pescoço.

Tive que conter um gemido. Minha família estava dentro de casa.

Seus lábios eram quentes e macios. Ele deu beijos suaves por todo meu pescoço e
mandíbula. Ele alcançou minha boca e eu tive certeza que iria explodir de necessidade.

Segurei suas bochechas e pressionei meus lábios contra os dele. Ele apertou minha bunda,
me fazendo tremer. Mordi seu lábio inferior suavemente.

“Porra, Sophia, porra,” ele murmurou enquanto passava sua língua sobre a minha.

Meu coração estava acelerado. Todo o meu corpo estava formigando. Tudo que eu podia
sentir era ele e eu estava no céu.

Abaixei meus lábios até seu pescoço e chupei seu ponto de marcação. Ele rosnou e me
pressionou mais perto dele.

“Porra,” ele murmurou enquanto agarrava um punhado do meu cabelo e puxava minha
cabeça para trás.

Ele estava ofegante. Eu estava tendo problemas para respirar fundo. A luxúria que vi em
seus olhos fez minha barriga doer de necessidade. Era uma sensação desconhecida, mas
gostei e queria mais.

“Precisamos parar, ou vou te foder aqui e agora”, Hunter rosnou, apertando meu cabelo
com mais força.

Minha respiração ficou presa na garganta. Eu reclamaria muito se ele fizesse isso.

Ele trouxe meus lábios de volta aos dele enquanto eu quase derretia em uma poça sob seus
pés.

Eu o beijei com força, agarrando a parte de trás do moletom e pressionando meu corpo
mais perto do dele. Eu ainda não conseguia acreditar que ele me queria. Eu ainda não
conseguia acreditar que ele não me rejeitou depois de descobrir todas as coisas que havia
de errado comigo.

Parei de beijá-lo e encostei minha testa na dele. Nós realmente precisávamos parar de nos
beijar daquele jeito. Minha família estava lá dentro, e eu estava a apenas um beijo de deixá-
lo fazer o que queria comigo na minha varanda.

“O que eu fiz para merecer você?” Murmurei, fazendo-o se afastar para poder olhar para
mim.

"Que diabos você está falando?" ele perguntou, franzindo as sobrancelhas.

Respirei fundo e mordi meu lábio inferior.

“Eu sempre pensei que meu companheiro não iria me querer por causa da minha magia,”
murmurei, fazendo os olhos de Hunter se arregalarem. “Eu estava pronto para sua rejeição.
Eu não pensei que você me aceitaria.”

Hunter rosnou baixinho. “Deusa, Sophia, eu teria que ser um filho da puta louco para
rejeitar você. Eu não dou a mínima para sua magia. É uma parte de você e eu adoro isso. Eu
amo tudo em você, o bom e o ruim.

Eu ia chorar.

“Você é meu e não vou desistir de você”, disse Hunter enquanto dava um beijo suave em
meus lábios. “Coloque isso nessa sua cabeça teimosa.”

Senti uma lágrima cair na minha bochecha. Hunter enxugou-o suavemente.

“Já se passaram cinco minutos, Fia,” ouvi a voz do meu irmão.

Suspirei e revirei os olhos. Caçador riu.

"Não vamos irritá-lo, certo?" Hunter disse enquanto me colocava no chão suavemente. "Eu
acho que ele gosta de mim. Não quero estragar isso.”

“Eu nunca disse que gostava de você”, disse Lex.

“Pare de escutar,” eu disse com raiva.

A porta da frente se abriu e Lex saiu.

“Eu não estava escutando”, disse ele. “Eu ouvi isso por acidente.”

“Você ouve muita coisa por acidente,” murmurei baixinho, fazendo-o estreitar os olhos para
mim.

Ele olhou para Hunter e ergueu as sobrancelhas.

“Boa noite, Hunter,” Lex disse, fazendo Hunter rir.

Ele beijou o topo da minha cabeça e eu olhei para ele.

“Boa noite, anjo,” ele disse enquanto acariciava minha bochecha. "Te vejo amanhã."

“Boa noite,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso.

“Tchau, Alexander,” Hunter disse enquanto me soltava e começava a se afastar.

Fiquei instantaneamente com tanto frio. Eu já sentia falta de seus braços em volta de mim.

Lex pegou minha mão e me puxou para dentro de casa. Mantive meus olhos no meu
companheiro até Lex fechar a porta da frente.

Engoli em seco e olhei para Lex

"Porque é que estás zangado comigo?" Eu perguntei a ele.

Ele suspirou e passou os dedos pelos cabelos.

“Não estou bravo com você, Fia”, ele murmurou. “Estou nervoso com o amanhã.”

Suspirei e me aproximei dele. Passei meus braços em volta de sua cintura e o abracei com
força.

“Não sinta,” eu disse calmamente. “O pai dele vai ser legal. Eu estou certo disso."

Lex me abraçou de volta e encostou a cabeça na minha.

“Veremos”, ele murmurou baixinho. “Eu gosto de Hunter. Espero que ele esteja dizendo a
verdade sobre seu pai.”

Eu sorri. Lex era a pessoa mais importante da minha vida e ouvir que ele gostava de Hunter
me deixou muito feliz. Fechei os olhos e respirei fundo. Lex esfregou minhas costas
suavemente.

Tudo ficaria bem. Eu encontraria uma maneira de lidar com a escuridão e a minha família e
a de Hunter ficariam bem com nosso vínculo. Tudo ficaria bem. Tudo tinha que estar bem.

Eu tinha certeza disso.

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CAPÍTULO VINTE E OITO - Alfa Nathan

Ponto de vista de Logan

Passei os dedos pelos cabelos de Emma e beijei sua testa. Ela se mexeu um pouco.

Sorri e beijei a ponta do seu nariz. Ela suspirou e virou a cabeça para o outro lado.
“Vamos, baby, acorde,” eu murmurei enquanto a puxava para mais perto de mim.

“Mais cinco minutos,” ela murmurou, me fazendo rir.

“Não temos mais cinco minutos”, eu disse a ela. “Quero fazer amor com você antes de
acordarmos.”

Emma pressionou sua bunda contra meu pau já duro e eu gemi.

“Arranhe isso,” eu disse enquanto beijava minha marca em seu pescoço. “Preciso fazer
amor com você antes de levantarmos.”

Emma riu e se virou. Ela passou os braços em volta do meu pescoço e me beijou.

Eu gemi, enroscando meus dedos em seu cabelo e pressionando-a ainda mais perto de mim.

Não importa quanto tempo passasse, eu sempre a desejaria e precisaria dela. Ela era
perfeita pra caralho e eu adorava cada parte de seu corpo e alma. Eu a amava pra caralho.

Passei minha mão pelas costas dela e agarrei sua bunda perfeita. Eu estava duro como uma
pedra e precisava entrar dentro dela agora mesmo.

Ela parou de me assobiar e abaixou a cabeça. Ela começou a chupar sua marca no meu
pescoço, fazendo meus olhos rolarem para a nuca.

Eu estava prestes a abaixar a calça do pijama quando ouvi alguém se aproximando do

nosso quarto. Reconheci o cheiro do meu filho imediatamente.

Rosnei assim que ele bateu na porta do nosso quarto.

“Levante-se”, disse Alexander. “A família de Hunter estará aqui em duas horas.”

Virei-me para deitar de costas e passei os dedos pelos cabelos.

“Achei que nossa vida sexual deveria melhorar depois que eles crescessem”, murmurei,
fazendo Emma rir.

“Eu ouvi isso e é nojento,” Alexander murmurou enquanto se afastava.

Emma bufou e começou a se levantar. Eu a puxei de volta e a pressionei mais perto de mim.

“Temos tempo,” murmurei enquanto dava um pequeno beijo em seu ombro.

Emma riu e passou os dedos pelo meu cabelo.

“Ele vai voltar”, disse Emma. “Ele provavelmente está muito nervoso.”

Eu tive que segurar um gemido.

“Serei toda sua esta noite”, disse Emma, me fazendo sorrir.

"Você promete?" Perguntei.

“Eu prometo,” ela disse enquanto pressionava seus lábios contra os meus.

Tive que conter um gemido. Eu realmente queria ficar na cama com ela um pouco mais. Eu
precisava dela hoje. Eu precisava senti-la e me assegurar de que ela era realmente minha.

Eu não sabia por que estava tão carente hoje. Talvez fosse porque Nathan estava vindo e
tudo o que aconteceu voltou à tona. Lembrei-me de como eu estava com medo. Lembrei-me
de como eu estava com raiva. Eu pensei que iria perdê-la. Achei que ela iria me deixar.
Achei que ele iria tirá-la de mim. Tudo o que aconteceu com Nathan foi difícil para mim. Só
de lembrar que parte de nossas vidas trouxe aquela dor de volta à superfície. Eu precisava
sentir Emma para que a dor passasse.

Ela parou de me beijar muito cedo. Ela olhou para mim e acariciou minha bochecha.

“Eu posso sentir suas emoções, Logan,” ela murmurou. “Eu sei que isso vai ser difícil, mas
quero que você saiba que eu te amo muito. Estou incrivelmente orgulhoso de você e estou
incrivelmente orgulhoso de ser seu companheiro.

Eu sorri para ela. "Eu te amo."

“Eu também te amo”, disse ela, sorrindo.

Ela se levantou e se espreguiçou.

“Vamos,” ela disse enquanto caminhava em direção ao banheiro. “Nossos filhos precisam de
nós.”
Levantei-me bufando e a segui até o banheiro.

“Você acha que Nathan realmente mudou?” Perguntei a ela quando começamos a escovar
os dentes.

Emma assentiu. "Eu faço. Você mesmo viu a mudança nele.

Eu fiz. Cada vez que nos víamos, ele era muito respeitoso e gentil. Ele entendeu nossa
necessidade de manter distância dele e nunca tentou ultrapassar nenhum limite. Ele
definitivamente não era o mesmo Nathan que veio para minha matilha anos atrás.

Emma murmurou algo que eu não entendi nada. Franzi as sobrancelhas.

“Não consigo entender você se você fala com uma escova de dente na boca”, eu disse.

Ela tirou a escova de dente da boca e cuspiu a pasta de dente.

“Eu disse que precisávamos dar a ele uma segunda chance”, disse Emma, me fazendo
suspirar.

“Eu sei”, eu disse. “Eu faria qualquer coisa pela minha princesa.”

Meus filhos foram a luz da minha vida. Eu estava tão orgulhoso de ambos. Alexander era
um jovem maravilhoso e em breve seria um grande Alfa. Eu sabia que deixaria minha
matilha nas mãos de um Alfa gentil e poderoso.

Minha Sophie era minha princesa. Ela era minha alegria. Ela era minha garotinha e meu
amor por ela era infinito. Não havia nada que eu não faria para mantê-la segura. Não havia
nada que eu não faria para fazê-la feliz.

Emma terminou de escovar os dentes. Ela sorriu para mim e passou os braços em volta da
minha cintura. Eu acariciei sua bochecha.

“Vou me vestir,” ela disse suavemente enquanto dava um pequeno beijo no meu peito nu.

Todo o meu corpo queimou de necessidade e tive que respirar fundo para me acalmar.

Observei Emma voltar para o nosso quarto quando recebi uma ligação mental de Andrew.
Ele está aqui? Ele perguntou-me.
Ainda não. Eu disse. Ele estará aqui em cerca de duas horas.

Lavei a boca e cuspi a pasta de dente.

Você está nervoso? – perguntou André.
Pra caralho. Eu murmurei.
Joguei água fria no rosto e respirei fundo.
Tudo ficará bem. André suspirou. Estamos fazendo isso por Soph.

Eu me olhei no espelho. Observei meu queixo se contrair.

Eu sei. Eu disse. Não há nada que eu não faria por ela.

Eu só esperava que Nathan mudasse. Eu esperava que ele tratasse minha filha com
respeito. Se ele não o fizesse, nada me impediria de matá-lo desta vez.

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CAPÍTULO VINTE E NOVE - Vinte

Ponto de vista de Sofia

Eu estava nervoso como o inferno.

Continuei andando pela sala e roendo a pele ao redor das unhas.

Seus pais gostariam de mim? Eles me aprovariam? E se eles lhe dissessem para me rejeitar
por causa da minha escuridão? Ele mudaria de ideia? Ele os ouviria? E se ele acabasse me
rejeitando?

Meu coração estava a mil por hora. Minhas palmas suavam e minha respiração era curta e
rápida.

Não conseguir dormir ontem à noite não ajudou em nada. A escuridão era demais. Ele
continuou me provocando e tentando me fazer usá-lo. Houve uma sensação estranha no
meu estômago. Era como a fome, mas monótona e persistente. Não era o tipo de fome que
pudesse ser saciada com comida. Era uma fome de magia.

“Acalme-se, Fia,” Lex suspirou. "Você está me deixando louco."

Eu o ignorei completamente. Eu não conseguia parar de andar por aí. Minha magia sairia se
eu fizesse isso. Eu tive que continuar andando.

“Deusa, Fia, o que há de errado com você?” Lex me perguntou.

Eu o ignorei novamente.

Eu podia sentir meu coração batendo na minha garganta. Tentei engolir, mas não consegui.
Meus pulmões começaram a doer. Eu não conseguia colocar ar suficiente em meus
pulmões.

Eu era uma criatura sombria e perigosa. E se a família dele não me aceitasse? E se eles me
temessem? E se Hunter começasse a me temer também?

Eu podia sentir lágrimas nos cantos dos meus olhos.

Ele acabaria me rejeitando, não é? Ele me diria que mudou de ideia e que não poderia ficar
comigo. Ele me diria que eu era muito perigoso e imprevisível.

Ele encontraria outra companheira? Ele faria isso. Claro que ele faria isso. Ele encontraria
outra companheira. Ele a marcaria e ela seria sua Luna.

Eu podia sentir a escuridão se espalhando pelo meu coração. Estava frio e doeu. Meu peito
doeu.

Alguém agarrou meus ombros.

“Puta merda, Fia, o que há de errado?” Lex perguntou, ficando na minha cara.

Ele estudou meu rosto preocupado.

"Você está com dor de novo?" ele perguntou, apertando meus ombros com força. "O que
diabos está acontecendo?"

Balancei a cabeça porque não conseguia falar.

Eu estava com dor. A escuridão atingiu meu estômago e tive vontade de gritar.

“Porra,” Lex murmurou enquanto passava os braços em volta de mim.

Eu me inclinei para ele. Eu estava cansado. Eu não conseguia mais ficar de pé.

“Tente respirar fundo, Fia,” Lex disse suavemente enquanto beijava o topo da minha
cabeça. “Concentre-se em meus braços ao seu redor. Concentre-se no calor, ok? Tente
encontrar a luz.

Fechei os olhos e tentei fazer o que ele me disse. Já fizemos isso tantas vezes antes. Eu já
sabia o que precisava fazer, mas ainda precisava de sua voz suave para me guiar.

“Onde está a escuridão, Fia?” Lex perguntou suavemente enquanto esfregava minhas
costas.

“Meu peito,” consegui murmurar baixinho.

“Ok,” Lex murmurou enquanto continuava a esfregar minhas costas suavemente.

“Concentre-se em mim, Fia. Empurre-o de volta. Você consegue."

Eu podia ouvir passos atrás de mim, mas não conseguia me virar. Eu sabia que eram meus
pais.

Forcei-me a parar de pensar em como meu peito estava frio. Eu me forcei a focar em meu
irmão. Concentrei-me em seus braços ao meu redor. Concentrei-me em sua respiração
constante. Eu podia ouvir o batimento cardíaco dele também. Foi muito mais estável que o
meu. Foi muito mais lento que o meu. Cerrei os dentes e contei seus batimentos cardíacos.

Um.

Concentrei-me nas bordas da escuridão em meu peito. Ele se espalhou. Agora estava
encolhendo toda a parte superior do meu corpo.

Dois.

Comecei pela minha garganta. Empurrei um pouco para baixo para poder respirar.

Três.
Estava reagindo. Não queria ir embora. Não queria voltar.

Quatro.

Tentei engolir. Foi difícil. A escuridão ainda estava lá.

Cinco.

Mudou-se para o meu estômago. Eu precisava tirá-lo de lá porque a sensação no meu

estômago estava deixando meus joelhos fracos. Se Lex não estivesse me segurando, eu
certamente cairia. Foi uma sensação de desesperança e dor. Foi intenso e me assustou.

Seis.

A escuridão estava reagindo. Tentou se espalhar novamente.

Sete.

Eu não poderia deixar isso acontecer. Eu não poderia deixar isso vencer. Empurrei para
trás com mais força.

Oito.

“Você está indo muito bem, Fia,” Lex disse suavemente. "Só mais um pouquinho."

Nove.

Eu empurrei de volta. Eu tive que recuar. Hunter estaria aqui em breve. Eu não poderia
deixá-lo me ver naquele estado.

Dez.

“Respire fundo”, disse Lex. “Você pode fazer isso agora, Fia. Eu posso sentir isso."

Onze.

Eu o ouvi. Inspirei lentamente. Ainda era difícil, mas era mais fácil do que antes.

Doze.

“Lá vamos nós”, disse Lex. "Tudo vai dar certo. Respire fundo novamente.”

Treze.

Concentrei-me nas bordas novamente. A escuridão estava apenas em volta do meu peito
agora. Eu pude sentir uma pequena faísca da minha magia de luz. Usei-o para afastar a
escuridão.

Quatorze.
Respirei fundo novamente. Eu poderia fazer isso agora. Não foi tão difícil como antes.

Quinze.

Eu podia sentir minha frequência cardíaca desacelerar. O calor da pele de Lex foi
transferido para a minha. Eu não estava mais com tanto frio.

Dezesseis.

“Lá vamos nós,” Lex murmurou enquanto beijava minha têmpora. "Você fez isso. Estou tão
orgulhoso de ti."

Dezessete.

Agarrei a parte de trás do seu moletom com meus dedos congelados. Eu ainda podia sentir
um ponto escuro em meu peito.

Dezoito.

Ouvi passos se aproximando de nós. Senti os braços dos meus pais envolverem Lex e eu.

Dezenove.

“Oh, minha princesa,” meu pai murmurou enquanto beijava o topo da minha cabeça.
"Estamos aqui. Sua família está aqui. Você não está sozinho."
Vinte.

Abri os olhos e olhei para meu irmão. Ele sorriu para mim, mas pude ver a preocupação em
seus olhos. Senti os dedos da minha mãe em meu cabelo.

"O que aconteceu, querido?" minha mãe perguntou. “Para onde foi sua mente antes de
acontecer?”

Olhei para ela e engoli em seco. Eu não conseguia nem dizer isso em voz alta.

“Foi algo sobre Hunter?” minha mãe perguntou enquanto beijava minha bochecha.

Eu balancei a cabeça.

“Oh, princesa,” meu pai murmurou enquanto apertava seus braços em volta de mim.

Eu estava completamente envolvido em seus braços e fiquei muito grato por isso. Eu não
poderia fazer isso sozinho.

“Você sempre nos terá, Fia,” Lex murmurou baixinho. “Não importa o que aconteça com
Hunter, sempre estaremos aqui.”

Olhei para ele e sorri.

“Obrigado”, eu disse. "Eu amo muito todos vocês."

“Nós também amamos você, querido”, disse minha mãe enquanto acariciava minha
bochecha.

Meu pai deu outro beijo no topo da minha cabeça e Lex sorriu para mim.

Ouvi passos se aproximando da casa. Eu podia sentir o leve cheiro do meu companheiro.

Meu coração disparou novamente.

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CAPÍTULO TRINTA – O que aconteceu?!

Ponto de vista de Hunter

Bati na porta e respirei fundo.

Falei com meu pai há alguns minutos. Eles estavam a cerca de meia hora de distância. Eu
estava nervoso, mas animado. Eu sabia que tudo iria bem. Meus pais e Harry estavam muito
entusiasmados em conhecer Sophia. Minha mãe estava nervosa e ficava me perguntando o
que deveria vestir. Como se eu soubesse alguma coisa sobre isso.

“Entre”, ouvi a voz de Alfa Logan.

Abri a porta e sorri assim que meus olhos pousaram em Sophia.

Mas algo estava errado. Algo estava terrivelmente errado.

Meu sorriso caiu instantaneamente e corri até ela.

"O que aconteceu?!" Exclamei enquanto a puxava de Alexander.

Ela estava pálida e havia pequenas gotas de suor em sua testa. Ela estava com tanto frio e
eu poderia dizer que ela estava exausta.

Meu coração estava a mil por hora. O que diabos aconteceu com ela?

“Ela teve alguns problemas com sua escuridão”, disse Luna Emma enquanto esfregava as
costas suavemente.

Arrepios percorreram minha espinha. Eu olhei para ela de cima a baixo. Sempre foi tão
ruim?

“Oh, meu anjo,” murmurei enquanto a puxava para um abraço apertado. “Existe algo que eu
possa fazer?”

“Estou melhor agora”, ela murmurou. "Obrigado."

Olhei para Alexandre. Ele tinha uma expressão preocupada no rosto. Ele parecia exausto
também.

"Você está bem?" Eu perguntei a ele.

Ele apertou a mandíbula e assentiu. Ele manteve os olhos em Sophia o tempo todo.
“Estou bem agora que ela está melhor”, ele murmurou.

Tentei respirar fundo, mas foi muito difícil. Eu estava tão assustada. Por que ela teve
problemas com isso novamente? Como foi? Eu saberia como ajudá-la se isso acontecesse
enquanto eu estivesse por perto? Ela me deixaria ajudá-la?

Beijei o topo de sua cabeça e respirei seu perfume. Isso me acalmou um pouco.

“Você deveria comer alguma coisa, Fia”, disse Alexander.

“Não estou com fome”, ela murmurou.

Sua voz saiu abafada porque sua cabeça estava enterrada em meu peito.

“Eu sei, mas você ainda precisa comer”, Alexander suspirou.

“Vamos, anjo,” eu disse enquanto dava outro beijo no topo de sua cabeça. "Você precisa
comer. Algo pequeno, pelo menos.

Ela apertou os braços em volta de mim e respirou fundo.

“Vou fazer o café da manhã”, disse Luna Emma, me fazendo olhar para ela. “Você está com
fome, Caçador?”

“Não, obrigado,” eu disse, dando-lhe um pequeno sorriso. “Eu comi no packhouse. Café
seria bom, no entanto.

“Claro”, disse Luna Emma, sorrindo para mim.

Olhei para Alfa Logan e Alexander.

“Poderíamos ter um momento a sós, por favor?” Eu perguntei, apertando meus braços em
volta de Sophia.

Alfa Logan assentiu. Alexander não se moveu nem disse nada. Eu poderia dizer que ele
estava relutante em sair.

Alfa Logan suspirou, agarrou seu braço e começou a puxá-lo.

“Estarei na cozinha se você precisar de mim, Fia”, disse Alexander e pude ouvir uma pitada
de pânico em sua voz.

Sophia se virou e assentiu.

“Estou bem”, disse ela. “Estaremos aí.”

Assim que Alpha Logan e Alexander saíram da sala, puxei Sophia para o sofá. Sentei-me e
puxei-a para o meu colo.

“O que diabos aconteceu, meu amor?” Eu perguntei a ela enquanto segurava suas
bochechas.

Ela ainda estava tão pálida e com tanto frio. Meu coração estava partido dentro do peito.

Ela franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio inferior. Acariciei suas bochechas com meus
polegares. Sua pele era tão macia e eu gostei da sensação dela nas pontas dos dedos.

“Isso acontece às vezes”, ela disse calmamente. “A escuridão tenta assumir o controle, mas
eu sempre consigo afastá-la.”

Olhei para seus lábios perfeitos. Eu queria beijá-la.

“Isso sempre fica tão ruim assim?” Murmurei enquanto me inclinava e roçava meus lábios
nos dela.

Ela estremeceu em meus braços e um pequeno sorriso se espalhou pelo meu rosto. Adorei
ver o efeito que meu toque teve nela.

“Às vezes,” ela murmurou enquanto se inclinava e me beijava.

Eu sorri contra seus lábios. Eu adorei beijá-la. Eu amei que ela foi quem me beijou. Isso
significava que ela me queria. Eu ainda não conseguia acreditar.

Ela se afastou e passou meu nariz para cima e para baixo em sua mandíbula.

“Alexander ajudou você?” Eu perguntei a ela enquanto dava um pequeno beijo em seu
pescoço.

“Ele sempre faz isso”, disse ela. “Ele é o único que pode me ajudar. Ele é o único que sabe
fazer isso.”

Olhei para ela e acariciei sua bochecha novamente.

“Ele terá que me ensinar como fazer isso,” eu disse suavemente.

Eu precisava saber como ajudá-la quando ela se mudasse para minha matilha. Eu precisava
saber o que fazer e como lidar com a situação. Eu precisava conversar com Alexander sobre
isso.

Sophia engoliu em seco e me abraçou com força.

“Sua família estará aqui em breve?” ela perguntou baixinho.

Eu a abracei de volta com força. Coloquei a mão na parte de trás de sua cabeça, segurando-a
perto de mim.

“Eles estão perto da fronteira”, eu disse enquanto enterrava o nariz em seu cabelo.

“Ok,” Sophia murmurou. “Vou me refrescar.”

“Mhm,” eu murmurei, sem me mover um centímetro.

Eu não queria deixá-la ir. Eu queria ficar assim para sempre.

“Não posso ir se você não me deixar ir”, disse Sophia com diversão na voz.

“Eu realmente não quero”, suspirei enquanto apertava meu braço em volta de sua cintura.

Ela esfregou minhas costas suavemente. Arrepios percorreram minha espinha e minhas
pernas. Foi uma sensação tão prazerosa.

“Eu já volto”, ela disse enquanto ele dava um pequeno beijo no meu pescoço.

Eu grunhi e levantei minha cabeça. “Você não está ajudando. Agora eu só quero que você
fique aqui e continue me beijando assim.”

Sophia riu e balançou a cabeça.

“Haverá tempo para isso”, disse ela, me fazendo sorrir.

Oh sim. Haveria tempo para tudo. Eu acariciaria e beijaria cada parte do seu corpinho
perfeito. Eu mal podia esperar para fazer isso. Eu mal podia esperar para torná-la minha de
todas as maneiras possíveis.

Meu telefone tocou, fazendo meu coração disparar.

Minha família havia chegado à fronteira.

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CAPÍTULO TRINTA E UM - Reunião

Ponto de vista de Emma

“Meus pais cruzaram a fronteira”, disse Hunter ao entrar na cozinha.

Meu coração acelerou um pouco. Eu podia sentir o nervosismo de Logan aumentando.

“Onde está Fia?” Alex perguntou preocupado.

“Ela queria se refrescar”, disse Hunter ao se aproximar de mim. "Você precisa de alguma
ajuda?"

Eu sorri para ele. Ele era um jovem bem criado. Ele seria um companheiro incrível para
minha filha, eu tinha certeza disso. Eu sabia que a Deusa tinha seus motivos pelos quais
decidiu vinculá-lo à minha filha.

“Está tudo bem, Hunter,” eu disse. "Por favor, sente-se. Logan vai pegar uma xícara de café
para você.

Ele assentiu e sorriu de volta para mim.

Olhei para meu filho. Ele estava olhando para a porta da cozinha com uma expressão
preocupada no rosto.

Ela está bem, Alex. Eu liguei-o mentalmente.

Este foi ruim, mãe. Meu filho disse. Foi pior que os outros. Não sei como ela voltou
disso.

Ela fez isso porque tem você, Alex. Eu disse suavemente. Você foi incrível e a ajudou
mais uma vez.

Alex não respondeu. Ele manteve os olhos na porta da cozinha. Suspirei e olhei para meu
companheiro. Ele estava entregando uma xícara de café para Hunter.

“Beta Andrew e sua família virão conhecer meus pais?” perguntou Caçador.

Tanto Logan quanto eu demos a ele um pequeno aceno de cabeça.

“Eles passarão um pouco mais tarde”, disse Logan. “Achamos que seria melhor se fôssemos
só nós por enquanto.”

Ouvi passos descendo as escadas. Alex deu um pulo e saiu correndo da cozinha.

Olhei para Hunter, que tinha um pequeno sorriso no rosto.

“Estou tão feliz que ela tenha alguém que se preocupa tanto com ela”, Hunter murmurou
baixinho.

Sorri e olhei para os ovos que estava fazendo.

“Eles são inseparáveis”, disse Logan. “Eles podem lutar sem parar, mas são os que mais se
amam neste mundo.”

Eles realmente fizeram. Às vezes era engraçado. Quando eles brigavam, às vezes eu
pensava que eles acabariam se matando. Eles poderiam gritar um com o outro sem parar.
Eles poderiam lutar entre si até o último suspiro. Mas se alguém ousasse brigar com
qualquer um deles, faria você se arrepender. Ninguém mais tinha permissão para gritar
com Sophie e ninguém mais tinha permissão para brigar com Alex. Eles eram incrivelmente
protetores um com o outro.

“Estou feliz”, disse Hunter. “Sei que sempre poderei contar com ele para mantê-la segura.”

“Você vai”, disse Logan. “Não apenas nele. Você pode contar com todos nesta família e nesta
matilha para mantê-la segura.”

Ouvi um carro parar na nossa garagem. Meu coração acelerou um pouco.

Nathan e sua família estiveram aqui.

Eu podia sentir o nervosismo de Logan aumentar.

Tudo vai ficar bem. Eu liguei-o mentalmente.

Ele não respondeu, mas eu o ouvi se aproximando de mim. Desliguei o fogão e respirei
fundo. Senti a mão de Logan na minha. Eu me virei para olhar para ele.

“Tudo vai ficar bem”, eu disse, sorrindo para ele.

Ele assentiu e pressionou seus lábios contra os meus.

Ouvi a porta da frente se abrindo. Olhei para trás de Logan e vi que Hunter não estava mais
na cozinha conosco.

Logan e eu saímos da cozinha. Ele estava segurando minha mão firmemente na dele.

Eu vi meus filhos no corredor. Ambos pareciam muito nervosos. Alex era como uma mola
enrolada esperando para explodir.

“Vamos, pessoal,” eu disse suavemente, sorrindo para eles.

Eu precisava relaxá-los. Eu precisava ter certeza de que meus filhos estavam bem.

“A viagem foi boa?” Ouvi a voz de Hunter quando nos aproximamos da porta.
“Sim, querido”, disse Luna Janet. "Você está bem?"

“Eu sou perfeito, mãe”, disse Hunter. "Ela é maravilhosa. Mal posso esperar para você
conhecê-la.

Sorri e olhei para minha filha. Ela foi incrível.

Meus olhos caíram sobre Nathan quando saímos para a varanda. Ele olhou para nós assim
que nos ouviu chegando.

“Emma,” ele murmurou enquanto respirava fundo.

Eu sorri para ele.

“Olá, Nathan”, eu disse. “É muito bom ver você.”

A mão de Logan apertou a minha. Nathan pareceu um pouco surpreso. Ele olhou para seu
companheiro antes de olhar para mim.

“É muito bom ver você também, Emma,” ele disse e sorriu antes de olhar para Logan. “Olá,
Alfa.”

Senti Logan relaxar um pouco.

“Bem-vindo à nossa matilha, Nathan,” Logan disse educadamente e olhou para Luna Janet.
“Espero que sua viagem tenha corrido bem.”

“Sim”, Luna Janet sorriu. “Suas terras de matilha são incríveis. Eu realmente gostei disso."

Logan e eu sorrimos. Ouvir isso nos deixou felizes.

“Mãe, pai, esta é Sophia”, disse Hunter com entusiasmo. “Ela é minha companheira.”

Ele se aproximou dela e puxou-a de Alexander. Ele tinha um enorme sorriso no rosto e eu
podia sentir a felicidade irradiando dele. Eu tive que segurar uma risada. Fiquei muito feliz
em ver que ele amava tanto minha filhinha.

“Estamos honrados em conhecê-la, Sophia”, disse Nathan enquanto estendia a mão para
apertar a mão dela. "Bem-vindo à família."

Sophia deu-lhe um pequeno sorriso nervoso e pegou a mão dele.

“É um prazer conhecê-lo também, Alfa Nathan”, disse ela educadamente.

“Posso te abraçar, querido?” Luna Janet perguntou enquanto abria os braços e sorria para
Sophia.

Sophia deu-lhe um pequeno aceno de cabeça e caminhou para seus braços abertos.

“Estou muito feliz em conhecê-lo”, disse Luna Janet. “Você é linda, querido.”
“Obrigada, Luna,” Sophia disse calmamente.

“Oh, por favor, querida, me chame de Janet,” Luna Janet disse enquanto soltava Sophia.
“Não há necessidade de ser formal.”

Sophia deu-lhe um pequeno sorriso. Hunter pegou a mão dela e apontou para o menino
atrás de seus pais.

"Esse é meu irmão, Harry", disse Hunter, sorrindo brilhantemente.

"Oi, Sophia", disse Harry, estendendo a mão para apertar a mão de Sophia. "Você é quente."

Eu tive que segurar uma risada. Sophia sorriu e pegou a mão de Harry nas suas.

“Afaste-se,” Hunter rosnou para seu irmão.

Harry sorriu e apertou a mão de Sophia.

“Eu adoro irritá-lo”, disse Harry. “Vou te ensinar tudo e podemos fazer isso juntos.”

Sofia riu. Hunter rosnou novamente.

“Este é meu irmão”, disse Sophie, virando-se e apontando para Alex.

Alex estava olhando para a família de Hunter com uma expressão severa no rosto. Assim
que Nathan olhou para ele, Alex soltou sua aura Alfa. Nathan estremeceu um pouco, mas
sorriu.

“É um prazer conhecê-lo, Alfa Alexander”, disse Nathan. “Ouvi coisas maravilhosas sobre
você.”

Alex apertou a mandíbula. Ele olhou para Sophia e eu percebi que ela o conectou
mentalmente. Ela provavelmente disse a ele para ser legal.

“É um prazer conhecê-lo também, Alfa Nathan”, disse Alex.

“Ok,” eu disse, fazendo todos olharem para mim. "Vamos entrar. Eu fiz o café da manhã.

Comecei a voltar para dentro de casa, sem esperar pela resposta de ninguém. Eu respirei
fundo. A primeira reunião correu bem.

“Você tem sorte de ela não ter feito panquecas,” Logan murmurou, me fazendo revirar os
olhos. "Ela não pode fazê-los."

Ouvi Nathan e Janet rirem, me fazendo sorrir.

Eu sabia que tudo ficaria bem.

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CAPÍTULO TRINTA E DOIS - Andrew e Daisy

Ponto de vista de Nathan

Dizer que eu estava nervoso seria um eufemismo.

Minhas entranhas estavam tremendo e eu senti que ia vomitar.

Emma e Logan foram educados e vê-los novamente não foi tão ruim quanto pensei que
seria. Alexander, por outro lado, queria arrancar minha cabeça com uma mordida. Eu
entendi o porquê, mas precisava mostrar a ele que não era uma ameaça para ele ou sua
família.

Olhei para Sofia. Ela me lembrou muito Emma quando a conheci. Ela era linda e eu poderia
dizer que ela era muito gentil e amorosa. Gostei de ver meu amigo feliz. Ele estava tão
apaixonado e isso fez meu coração dobrar.

Levantei os olhos do prato e vi meu filho acariciando a bochecha de Sophia. Ela tinha um
pequeno sorriso no rosto. Hunter estava sussurrando algo para ela.

Sorri e olhei para Alexander. Eu podia sentir seu poder e tive que admitir que era um pouco
intimidante. Eu não queria pegar o lado ruim dele.

“Quando você assumirá o controle da matilha, Alexander?” Eu perguntei, fazendo-o

levantar os olhos do prato.

“Em alguns meses”, ele respondeu. “Já comecei a assumir algumas funções.”

“Mal posso esperar para entregar minha mochila para ele”, disse Logan. “Estou pronto para
me aposentar e passar um mês na minha cabana com meu companheiro.”

“Vai ser maravilhoso, acredite”, disse Jenny, rindo. “Nathan e eu fizemos isso assim que
Hunter assumiu.”

Olhei para minha companheira e peguei sua mão na minha.

Te amo querido. Eu a conectei mentalmente.

Eu também te amo, Nate. Ela disse. Você está bem?

Um pouco nervoso, mas melhor. Eu disse.

Ela olhou para mim e me deu um pequeno sorriso.

“Estou ansiosa por isso”, disse Emma, me fazendo olhar para ela. “Será bom passar algum
tempo relaxando à beira do lago. A mãe de Logan se mudou para sua casa de férias há
alguns anos e eu a invejo todos os dias.”
Sorri e vi Logan pegar a mão dela. Ele o levou aos lábios e deu um beijo suave na palma da
mão dela.

“Logo seremos nós, querida”, disse ele, fazendo-a sorrir.

Fiquei tão feliz por ela estar feliz. Era óbvio que Logan e ela foram feitos um para o outro.
Eu me perguntei como diabos não vi isso há tantos anos. Era óbvio. Ela foi feita para ele e
ele foi feito para ela.

Emma olhou para mim e sorriu.

“Seu filho é um jovem maravilhoso, Nathan”, disse Emma, olhando para Hunter. “Estou
impressionado e incrivelmente feliz por ele ser o companheiro da minha filha. Eu sei que
ela sempre estará segura com ele.”

Meu coração quase explodiu de felicidade. Ouvi-la dizer isso depois de tudo o que fiz foi
incrível. Quase me fez chorar.

Olhei para meu amigo e sorri.

“Ele é,” eu concordei. “Sophia sempre estará segura e amada, não só por ele, mas também
por nossa família. Estamos honrados em receber uma jovem tão incrível em nossa matilha
e em nossa família.”

Os olhos de Sophia se arregalaram um pouco. Ela ficou surpresa com minha declaração?
Por que?

“Obrigada, Alfa Nathan,” ela disse calmamente.

“De nada, Sophia”, eu disse, sorrindo para ela. “Eu quis dizer cada palavra que disse.”

A campainha tocou e a atmosfera na sala de repente ficou tensa.

“Com licença,” Emma disse enquanto se levantava. “Meu irmão e sua família queriam se
juntar a nós.”

Meu coração disparou. Jenny pegou minha mão e apertou.

Está tudo bem, querido. Ela me conectou mentalmente. Você não está sozinho. Seus
filhos e eu estamos aqui para ajudá-lo.

Apertei a mão dela e respirei fundo.

Ouvi passos se aproximando e olhei para cima. O primeiro que entrou na sala de jantar foi
Andrew. Sua mandíbula se contraiu quando ele me viu, mas ele estendeu a mão para
apertar a minha. Levantei-me e dei-lhe um pequeno sorriso.

“Olá, Alfa Nathan”, ele disse educadamente enquanto apertamos as mãos.

“Olá, Beta Andrew”, eu disse. "Como vai?"

“Estou bem”, disse ele. “Sua viagem foi boa?”

Eu queria responder, mas meus olhos pousaram em Daisy e meu estômago revirou. A culpa
tomou conta de mim como nunca antes. Eu não a via desde o dia em que ameacei matá-la.

Como diabos eu pude ter feito isso?!

Engoli em seco e olhei para baixo, tentando respirar um pouco. A mão do meu companheiro
apertou a minha.

“Olá, Alfa Nathan,” Daisy disse, me fazendo olhar para ela. “Espero que sua viagem tenha
corrido bem.”

Ela estava sorrindo para mim. Eu não merecia isso.

“Sim”, disse Jenny em vez de mim. “Eu estava dizendo a Emma e Logan que as terras de sua
matilha são incríveis.”

“Eles são”, Daisy concordou. “Estou feliz que você goste do nosso território.”

“Estes são meus filhos”, disse Andrew, fazendo-me erguer os olhos. “Mason e Mike.”

Olhei para dois meninos. O mais novo estava ao lado da mãe. Ele tinha um sorriso educado
no rosto. O menino mais velho estava atrás de Sophia. Suas mãos foram colocadas em seus
ombros e ele estava olhando para mim.

Foi ele quem tentei matar.

Outra onda de culpa e vergonha tomou conta de mim.

“Prazer em conhecê-los, rapazes”, disse Jenny, sorrindo para eles. "Este é nosso filho mais
novo, Harry."

Mantive meus olhos em Mason. Ele não parou de olhar para mim até que alguém o
conectou mentalmente. Ele suspirou e olhou para Sophia.

“Vamos, sente-se”, disse Emma. "Está com fome? Eu fiz o café da manhã?

"Não são panquecas, certo tia?" O filho mais novo de Andrew perguntou enquanto se
sentava ao lado de Harry.

Emma riu e balançou a cabeça.

“Eu não fiz panquecas”, ela disse enquanto abria o armário e tirava mais alguns pratos.

“Eu adoraria um pouco então,” seu sobrinho sorriu amplamente.

Você está bem, pai? Meu filho me conectou mentalmente, me fazendo olhar para ele.
Estou, amigo. Eu disse. Estou incrivelmente feliz por você. Ela é maravilhosa.

Ela realmente é. Ele disse, sorrindo amplamente. Estou tão apaixonada.

Eu posso dizer. Eu disse, sorrindo de volta para ele. Ela também está apaixonada por
você.

Ela era. Eu poderia dizer pela maneira como ela sorriu para ele. Eu poderia dizer pela
maneira como ela aceitou seu toque. Eles estavam destinados um ao outro.

Alguém sentou ao meu lado, me fazendo olhar para a direita.

Meu coração parou.

Era Margarida.

Por que ela se sentou ao meu lado? Ela não sentiu repulsa por mim?

Ela olhou para mim e sorriu.

“É bom ter você aqui conosco”, disse Daisy. “Estamos todos muito felizes que nossa Sophie
tenha encontrado um companheiro tão maravilhoso.”

Meus olhos se arregalaram. Eu mal consegui reunir um pequeno sorriso. Ela estava feliz por
eu estar aqui?

Eu não pude acreditar. Eu não conseguia acreditar que essa mulher incrível superou o que
eu tinha feito. Eu queria abraçá-la e agradecer, mas me contive. Eu sabia que Andrew e seu
filho mais velho não iriam gostar disso.

Haveria tempo para isso mais tarde. Haveria tempo para eu pedir desculpas a ela e ao filho.

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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS - Algum tempo sozinho

Ponto de vista do caçador

“Acho que correu bem”, eu disse quando meu anjo e eu entramos em seu quarto.

Olhei em volta e sorri. O quarto dela era incrível. Era um espaço aconchegante e
confortável, cheio de lembranças e toques pessoais. As paredes foram pintadas em um tom
suave de rosa e a sala foi inundada de luz natural, graças às grandes janelas. Havia fotos
emolduradas dela e de Alex por toda a sala. Sorri e olhei para um onde eles tinham cerca de
10 anos.

“Você era uma criança fofa,” eu disse, fazendo-a rir.

Olhei para outra foto na parede. Era uma foto do hospital. Luna Emma estava segurando os
recém-nascidos Alex e Sophia nos braços. Ela estava sorrindo brilhantemente. Alfa Logan
estava sentado ao lado dela com o braço em volta dos ombros dela. Um dos bebês segurava
o dedo em seus bracinhos. Ele tinha um enorme sorriso no rosto. A foto ficou linda e pude
sentir a felicidade deles.

Eu também mal podia esperar para tirar a mesma foto com meu companheiro. Imaginei-a
grávida e tudo dentro de mim se agitou. Eu mal podia esperar para ter filhos fofos com ela.
Eu mal podia esperar para começarmos nossas vidas juntos.

Percebi o quanto Sophia e Luna Emma eram parecidas. Foi quase como olhar para Sophia
na foto.

“Você se parece muito com sua mãe”, murmurei.

“Todo mundo diz isso”, disse Sophia, fazendo-me virar e olhar para ela.

De repente, ficou muito quente na sala.

Ela estava sentada na cadeira da escrivaninha e sorrindo para mim. Ela era tão linda e eu
quase derreti em uma poça. Ela não precisou fazer muito para fazer todo o meu corpo
tremer de necessidade. Apenas um sorriso e eu fui embora.

Percebi que estávamos sozinhos em casa. Nossos pais, Andrew, Daisy e o irmão dela foram
para o packhouse. Mike e Harry foram à casa de Mike para jogar um novo videogame pelo
qual ambos eram obcecados.

Estávamos completamente sozinhos e eu finalmente poderia passar algum tempo de

qualidade com meu companheiro.

Eu sabia exatamente o que queria fazer.

Se ela me deixar, é claro.

Eu sorri e me aproximei dela. Suas sobrancelhas franziram um pouco enquanto ela me
observava. Finalmente estava perto o suficiente para tocá-la. Acariciei sua bochecha macia
e me abaixei para beijar seus lábios deliciosos.

“Diga-me uma coisa, anjo”, eu disse, esperando que a resposta à minha pergunta fosse não.

Ela já estava ofegante e eu não tinha feito nada ainda.

"O que?" ela murmurou baixinho.

“Algum outro homem já tocou no que é meu?” Eu perguntei enquanto dava um pequeno
beijo em sua mandíbula. “Você já esteve com mais alguém, Anjo?”

Eu realmente esperava que a resposta à minha pergunta fosse não. Eu não ficaria bravo se
ela estivesse com outra pessoa, mas eu realmente esperava que ela não estivesse.

Eu também não era inocente. Eu tinha um amigo no colégio com quem brincava. Nunca
fizemos sexo, mas fizemos outras coisas, então eu não poderia ser hipócrita e ficar bravo
com ela se houvesse alguém antes de mim.

Mas eu realmente esperava que não houvesse. Eu realmente esperava que ninguém tivesse
provado a pele deliciosa de seu pescoço. Eu esperava que eu fosse o único.

“Não,” ela murmurou, fazendo a felicidade dentro de mim explodir.

Sorri enquanto chupava seu ponto de marcação, fazendo-a se contorcer.

"Realmente?" Perguntei. “Ninguém nunca provou o que estou provando agora?”

“Oh, Deusa,” ela murmurou enquanto eu mordia seu pescoço suavemente.

“Responda, Sophia,” murmurei enquanto voltava a beijar seus lábios deliciosos.

Seus olhos estavam arregalados e cheios de luxúria. Ela estava respirando com dificuldade.
Seus lábios estavam vermelhos, inchados e molhados. Eu já estava duro como pedra e a
visão de seu rosto corado não ajudou em nada. Estava começando a ficar doloroso.

Porra.

Eu mal podia esperar que ela respondesse. Peguei suas mãos nas minhas e a puxei para
cima. Ela estava olhando para mim com os olhos arregalados. Aproximei-me da cama e
sentei-me. Eu a puxei para o meu colo. Ela engasgou baixinho quando sentiu meu pau duro
pressionar contra sua bunda.

“Eu preciso de você,” murmurei enquanto capturava seus lábios com os meus.

Ela gemeu e me beijou de volta. Deitei-me, puxando-a comigo. Ela deitou em cima de mim e
moveu os lábios para o meu pescoço. Ela beijou suavemente e eu quase perdi a cabeça
quando ela começou a chupar meu ponto de marcação.
“Oh, merda,” eu grunhi enquanto enroscava meus dedos em seu cabelo.

Ela gemeu contra meu pescoço, causando arrepios pelo meu corpo.

Eu precisava retomar o controle antes de perdê-lo completamente. Eu já estava pronto

para explodir.

Virei-a de costas e deitei em cima dela. Pressionei a minha pila dura contra a rata dela,
fazendo-a gemer e contorcer-se.

“Então, ninguém nunca teve a oportunidade de fazer isso?” Murmurei enquanto abaixei
meus lábios até sua clavícula e a beijei.

“Não”, ela disse, com a voz trêmula.

Eu sorri contra sua pele macia.

“Você não tem ideia de como isso me deixa feliz,” eu disse enquanto olhava para ela.

Suas bochechas estavam vermelhas. Seus olhos estavam arregalados. Seu cabelo estava
uma bagunça. Ela era perfeita pra caralho e eu fiz uma imagem mental dela nesse estado.
Ela era linda assim.

“Mal posso esperar para poder tocar você, meu amor,” eu disse suavemente. “Mal posso
esperar para apreciar esse seu corpo perfeito.”

Ela se contorceu debaixo de mim. Olhei para ela e acariciei sua bochecha.

Era muito cedo para eu fazer isso agora. Eu queria. Porra, eu queria tocá-la e estar dentro
dela pra caralho, mas era muito cedo. Ela nunca tinha feito nada parecido antes e eu sabia
que ela precisava de mais tempo para se sentir confortável.

Ela engoliu em seco e respirou fundo.

“Eu quero que você me toque,” ela disse suavemente. "Eu quero fazer tudo com você. Só
estou nervoso porque nunca fiz nada antes e não sei…”

Parei sua divagação dando outro beijo em seus lábios.

“Não se preocupe com isso, meu amor”, eu disse. “Não faremos nada agora. Você precisa de
mais tempo para se sentir confortável e está tudo bem. Além disso, não sabemos quanto
tempo temos. Nossos pais ou seu irmão podem voltar em breve.”

Seus olhos se arregalaram um pouco e ela olhou para a porta do quarto.

“Isso não significa que não podemos continuar fazendo isso,” eu disse enquanto a beijava
suavemente.
Ela gemeu e pressionou seu corpo mais perto do meu.

Eu estava no céu.

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CAPÍTULO TRINTA E QUATRO - Outra Pessoa

Ponto de vista de Sofia

Todo o meu corpo estava queimando. Parecia que o fogo estava me consumindo. Eu não
conseguia acreditar como era bom estar em seus braços. Eu não podia acreditar o quão feliz
eu estava.

Ainda esta manhã eu estava em pânico com a possibilidade de ele me rejeitar, e agora
estava completamente envolvida em seus braços, sentindo cada parte de seu corpo perfeito
contra o meu.

Estava ficando cada vez mais difícil ficar parado. A área entre minhas pernas ardia de
necessidade. Foi quase doloroso. Eu queria implorar para ele me tocar, mas ele estava
certo. Eu não estava pronto. Eu queria, mas precisava de mais tempo.

Também seria bom se não estivéssemos no meu quarto e se não houvesse uma grande
chance de um dos membros da minha família voltar para casa.

“Oh, Deusa,” murmurei enquanto ele apertava minha bunda e me pressionava mais perto
dele.

“Você é perfeita pra caralho”, ele murmurou contra meu pescoço.

Eu estremeci. Seu hálito quente desceu pelo meu pescoço e pela minha camisa. Ele deu um
pequeno beijo na minha clavícula e passou a mão pelo meu corpo.

“Precisamos parar,” ele murmurou, me fazendo congelar.

Por que? Fiz algo de errado?

Ele levantou a cabeça e segurou minha bochecha.

"Fiz algo de errado?" Murmurei, minha voz tremendo. “Sinto muito, eu não…”

Ele me calou me beijando com força. Tentei conter um gemido, mas foi impossível. Ele sabia
o que estava fazendo e meu corpo simplesmente se rendeu a ele.

“Deusa, Sophia, não,” ele murmurou quando parou de me beijar. "Temos que parar porque
se não pararmos vou acabar fodendo você, e ainda não chegamos lá."

Meu coração pulou uma batida. Minha respiração ficou presa na garganta.

“Nunca pense que você fez algo errado, meu amor,” ele disse suavemente. “Aprenderemos o
que fazer juntos.”

Dei-lhe um pequeno sorriso e ele me beijou novamente.

Um pensamento me ocorreu. Se ele disse que aprenderíamos juntos, isso significava que ele
também nunca esteve com mais ninguém. Certo?

Eu precisava perguntar a ele, no entanto. Eu precisava de confirmação. Eu precisava que ele

me dissesse que não estava com mais ninguém. Só de pensar nele com outra garota me
torcia por dentro dolorosamente.

“Você já esteve com alguém?” Eu perguntei a ele baixinho.

Ele suspirou e passou os dedos pelos cabelos. A culpa brilhou em seus olhos e meu coração
parou de bater.

Eu não conseguia falar. Eu não conseguia respirar. Eu só conseguia olhar em seus olhos
cheios de culpa.

Ele fez. Ele estava com outra pessoa. Ela era namorada dele? Ela estava esperando por ele
de volta em sua mochila? O relacionamento deles era sério?

Minha mente estava uma bagunça completa e senti o primeiro sinal de escuridão
rastejando em meu peito.

Tentei afastá-lo, mas tudo em que consegui me concentrar foi na dor em meu coração.

Ele tinha outra pessoa. Ele amava outra pessoa.

“Ela está esperando por você em sua mochila?” Eu perguntei a ele, minha voz cheia de dor.

Eu podia sentir as lágrimas se formando em meus olhos.

Seus olhos se arregalaram. Ele engasgou e segurou minhas bochechas.

"Não!" ele exclamou, em pânico. “Nunca estivemos em um relacionamento. Eu nunca fiz

sexo com ela. Éramos dois adolescentes estúpidos que brincavam um pouco. Fizemos
algumas coisas orais, mas foi isso. Ela não é nada, Sophia. Ela encontrou seu companheiro e
está feliz com ele. Estou feliz por ela. Ele é um homem legal e ela merece um homem legal.
Ela é uma pessoa muito legal. Isso é tudo que ela sempre foi para mim. Uma pessoa legal,
um bom amigo.”

Ele estava divagando agora. Eu podia ouvir o pânico em sua voz.

“Porra, meu pai me disse que eu iria me arrepender,” ele murmurou enquanto fechava os
olhos e balançava a cabeça.

Ele abriu os olhos e respirou fundo.

“Sinto muito, anjo,” ele disse enquanto encostava sua testa na minha. “Se eu pudesse voltar
atrás, eu o faria. Cometi um erro e sinto muito. Você é tudo que eu quero e preciso.”

Respirei fundo e passei os dedos pelos seus cabelos.

Doeu saber que outra garota o teve antes de mim, mas não havia nada que eu pudesse ter
feito. Eu só poderia aceitar isso.

“Está tudo bem,” eu disse, tentando manter a dor longe da minha voz. “Está no passado.”

Hunter levantou a cabeça e pude ver lágrimas em seus olhos.

"Realmente?" ele perguntou, sua voz tremendo.

Balancei a cabeça e dei-lhe um pequeno sorriso.

“Oh, Deusa,” ele murmurou enquanto me puxava para um abraço apertado. “Eu já imaginei
você me deixando. Eu tive uma visão na minha cabeça de você me rejeitando e me dizendo
para sair. Eu quase tive um ataque cardíaco."

Virei minha cabeça e dei um beijo suave em seu pescoço.

“Eu não poderia fazer isso,” eu disse calmamente.

Só de pensar em dizer a palavra “rejeitar” já era doloroso. Eu simplesmente não consegui.

Ele enterrou o nariz em meu cabelo e respirou fundo.

“Estou tão apaixonado por você, Angel,” ele disse calmamente. “Não posso acreditar como
sou sortudo por ter você.”

Sorri e beijei seu pescoço novamente.

“Eu também estou apaixonado por você,” murmurei, fazendo-o levantar a cabeça.

Ele sorriu para mim e pressionou seus lábios contra os meus.

Ele passou a mão pelo meu corpo, me fazendo contorcer e me pressionar mais perto dele.

Ele estava prestes a agarrar minha bunda novamente quando a porta da frente se abriu.

“Fia?” meu irmão me ligou, fazendo Hunter suspirar.

“Mal posso esperar para ficarmos sozinhos,” ele disse enquanto parava de me beijar. “A
primeira coisa que farei quando voltarmos para nossa matilha é levar você de férias.
Afundarei meus caninos em seu pescocinho perfeito e farei você minha de todas as
maneiras possíveis. Mais importante ainda, não haverá ninguém lá para nos perturbar.”

Eu ri e balancei a cabeça.

“Mal posso esperar”, eu disse, fazendo-o sorrir amplamente.

Ele beijou meus lábios novamente antes de tirar as mãos de mim e se levantar.
Eu tive que segurar um gemido. Eu já senti falta dele.

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CAPÍTULO TRINTA E CINCO - Dois dias

Ponto de vista de Alexandre

Eu estava nervoso.

Eu não queria deixar Fia sozinha, mas tive que ir ao empacotador.

“Fia?!” Liguei para ela novamente quando ela não me respondeu.

“Estou indo,” ela disse calmamente e eu fiquei aliviado.

Não gostei de deixá-la sozinha depois que ela teve um de seus episódios. A escuridão
sempre poderia voltar, e eu não sabia como ela lidaria com isso sem mim aqui.

Eu a vi descendo as escadas e respirei aliviada.

"Você está bem?" Eu perguntei enquanto a puxava para mais perto para poder ver melhor
seu rosto. “Aconteceu de novo?”

Eu estava com muito medo.

Nunca foi tão ruim como foi esta manhã. Sempre soube que ela seria capaz de afastar a
escuridão. Esta manhã foi a primeira vez que não tive certeza disso.

Estudei seu rosto cuidadosamente. Eu precisava saber se ela estava bem. Eu precisava
saber que ela estava dizendo a verdade.

“Não aconteceu,” ela disse, me dando um pequeno sorriso.

“Você tem que me ensinar como ajudá-la se isso acontecer de novo”, ouvi a voz de Hunter.

Eu estava tão focado em Fia que nem o ouvi chegar.

Engoli em seco e olhei para ela. Definitivamente aconteceria de novo e me perguntei o quão
ruim seria da próxima vez.

“Preciso saber o que fazer quando voltarmos para nossa matilha”, disse Hunter, fazendo
meu coração parar. “Preciso saber como ajudá-la quando você não estiver por perto.”

Certo.

Eu não estaria por perto quando ela fosse embora.

Oh, Deusa, eu nem pensei sobre isso.

Engoli em seco e cerrei os dentes.

Como diabos eu iria me acostumar a não vê-la todos os dias? Não conseguia me lembrar de
um dia em que não a tivesse visto. Estávamos sempre juntos. Fizemos tudo juntos.

Fia entendeu o que estava acontecendo dentro da minha mente. Ela passou os braços em
volta de mim e me abraçou com força.

Olhei para minha irmã e engoli em seco.

“Nós nos veremos o tempo todo”, ela disse suavemente. "Eu prometo. São apenas duas
horas de viagem.”

Certo.

Apenas duas horas de viagem.

Eu a abracei de volta.

“Você é sempre bem-vindo em nossa matilha, Alex,” Hunter disse, me fazendo olhar para
ele. “Você pode vir me visitar todos os dias se quiser.”

Claro que eu queria.

Mas ambos sabíamos que seria impossível. Eu assumiria nosso bando em breve. Eu teria
um trabalho a fazer. Ela se tornaria uma Luna e teria um trabalho a fazer também. Não
poderíamos nos ver todos os dias.

“Vou lhe dizer o que ajuda”, murmurei. “Mas estarei a apenas um telefonema de distância se
ela precisar de mim.”

“Claro”, disse Hunter, sorrindo para mim.

Olhei de volta para minha irmã.

“Onde estão mamãe e papai?” ela perguntou enquanto me soltava.

“Eles ainda estão na matilha”, respondi. “Eles estão fazendo um contrato entre nossas
matilhas.”

Minha irmã olhou para Hunter.

“Você não deveria estar lá?” Ela perguntou a ele. “Você é o Alfa.”

Hunter balançou a cabeça e sorriu. “Confio no meu pai e discutimos tudo antes de ele partir.
Ele sabe o que fazer."

Fia assentiu e olhou para mim.

"Café?" ela perguntou enquanto começava a caminhar em direção à cozinha.

Hunter e eu a seguimos.
“Quando você planeja partir?” — perguntei a Caçador.

Desejei que a resposta fosse em uma ou duas semanas.

“Em dois dias”, disse Hunter, fazendo meu estômago revirar dolorosamente. "Eu tenho que
voltar. Já fiquei mais tempo do que planejei.”

"Dois dias?" Fia perguntou, surpresa.

Hunter olhou para ela e assentiu.

“Sim, anjo”, disse ele. “Precisamos voltar.”

Fia olhou para mim. Sorri, tentando não mostrar a ela o quão nervoso eu estava.

Nos veremos o tempo todo. Ela me conectou mentalmente.

Eu sei. Eu disse. Só estou preocupado com a escuridão. Hunter poderia ajudá-lo?

Ela olhou para Hunter.

Não sei. Ela suspirou. Eu me sinto melhor quando estou perto dele. Você precisa
mostrar a ele como você faz isso.

Fia começou a fazer café. Hunter e eu nos sentamos à mesa.

Nem tenho certeza do que dizer a ele, Fia. Suspirei.

Você pode contar a ele sobre o batimento cardíaco. Ela disse. Isso sempre me ajuda.

Olhei para Hunter. Ele estava olhando para minha irmã com um pequeno sorriso no rosto.

Você acha que ele conseguirá manter a calma? Eu perguntei a ela.

Espero que sim. Ela suspirou. Você sabe o quanto isso é importante naquele
momento.

Eu sabia disso, mas levei anos para aprender como manter a calma nessa situação. Eu ainda
sentia a necessidade de surtar toda vez que isso acontecia, mas aprendi como controlar
isso. Eu geralmente surtava depois.

— Talvez devêssemos ir com ela e ficar lá por um tempo — disse Axel.

Eu também queria isso, mas sabia que seria impossível.

— Você sabe que não podemos fazer isso, Axel — suspirei.

Alex grunhiu e recuou. Ele estava assustado. Eu o entendi. Eu também estava com medo.
"Vocês dois terminaram de conversar?" Hunter riu, olhando de Fia para mim.

“Sinto muito”, desculpou-se Fia imediatamente. “Estávamos conversando sobre…”

“Está tudo bem, Sophia,” Hunter a interrompeu. "Eu entendo. É uma coisa gêmea, certo?

Ele olhou para mim e sorriu.

“É”, eu disse enquanto tirava a caneca de café da mão de Fia.

Ela entregou um para Hunter e sentou-se à nossa frente.

“Então, qual é a coisa mais importante que preciso saber se algo assim acontecer com ela
novamente?” Hunter perguntou enquanto tomava um pequeno gole de café.

“O mais importante é manter a calma”, eu disse. "Ela precisa que você esteja lá para ajudá-
la, para não surtar."

Hunter assentiu e olhou para Fia.

“Também vou precisar que você me ligue imediatamente”, eu disse severamente. “Vou
tentar acalmá-la pelo telefone.”

Tive a sensação de que não iria funcionar, mas nunca me perdoaria se não estivesse ao lado
dela quando ela precisasse de mim.

“Claro,” Hunter assentiu.

Tomei um gole do meu café e olhei para Fia.

Eu não conseguia acreditar que não conseguiria vê-la todos os dias.

Eu sentiria muita falta dela.

Eu sentirei sua falta também. Ela me conectou mentalmente, me fazendo franzir as

sobrancelhas.

Ela riu da minha expressão confusa.

Como ela sabia?

Você é meu gêmeo, Lex. Ela disse. Eu sei que você e Stella me contaram.

Revirei os olhos.

Claro que ela fez. Murmurei através do link mental.

Respirei fundo e olhei para a caneca em minha mão.

Eu me acostumaria a não vê-la. Conversaríamos ao telefone todos os dias. Eu nem notaria
que ela não estava mais aqui. Não era como se eu não fosse vê-la ou falar com ela
novamente.

Tudo ficaria bem e eu me acostumaria.

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CAPÍTULO TRINTA E SEIS - A Voz

Ponto de vista de Sofia

Eu estava deitado na minha cama olhando para o teto.

Eu não consegui dormir.

Eu estava nervoso e animado ao mesmo tempo. Eu tive que começar a fazer as malas
amanhã. Eu voltaria para a matilha de Hunter com ele e sua família em dois dias.

Eu estava animado para começar minha vida com meu companheiro, mas estava nervoso
por deixar minha família.

Eu sentiria falta da minha mãe e do meu pai. Eu sentiria falta do meu tio e da minha tia. Eu
sentiria falta da minha avó e dos meus primos.

Acima de tudo, eu sentiria falta do meu irmão. Eu não poderia nem imaginar não vê-lo
todos os dias. Qual seria a sensação disso? Não houve um dia na minha vida em que eu não
visse Lex. Fizemos tudo juntos. Fomos juntos a todos os lugares. Como eu passaria um dia
sem ele?

O pensamento me assustou. Lex era uma parte de mim. Eu realmente nunca pensei em
deixá-lo. Nunca pensei que chegaria um dia em que eu não o veria.

Eu já senti falta dele.

Lex? Tentei conectá-lo mentalmente, mas percebi que ele já estava dormindo.

Suspirei e fechei os olhos, tentando relaxar para poder adormecer.

Foi difícil. Minhas emoções estavam uma bagunça e eu ainda estava exausto pelo que
aconteceu esta manhã.

Foi o pior episódio que tive até agora. Nunca tive que me esforçar tanto para impedir que a
escuridão se espalhasse.

Pelo menos os pais de Hunter pareciam gostar de mim. Sua mãe era tão gentil e amorosa e
isso tornou muito mais fácil conhecê-los. O pai dele também era muito legal. Ele tinha uma
aura pacífica ao seu redor. Gostei dele desde o momento em que o vi e não conseguia
acreditar que aquele era o homem que machucara minha família. Era muito óbvio que ele
havia mudado muito.

“Sophia,” ouvi a voz calma do meu irmão.

Abri os olhos e franzi as sobrancelhas.

“Lex?” Chamei seu nome enquanto me apoiava nos cotovelos.

Como diabos ele entrou no meu quarto? Não o ouvi entrar. Pensei que ele estivesse
dormindo. E por que diabos ele me chamou pelo meu nome completo de novo?

“Sophia,” ele me chamou novamente, me fazendo estender a mão e acender a luminária na

minha mesa de cabeceira.

Eu não conseguia vê-lo.

“Que diabos, Lex?” Murmurei enquanto me virava e procurava por ele.

Eu ainda não conseguia vê-lo. Meu quarto estava vazio.

“Alex?” Liguei para ele, minha voz tremendo.

“Ajude-me, Sophia,” ele disse, sua voz cheia de dor.

Meu coração parou de bater. Lex estava ferido?

Pulei da cama, mas não sabia para onde ir ou o que fazer. Não parecia que a voz dele vinha
do quarto. Parecia que vinha de fora.

Corri até a janela e a abri.

“Lex?” Eu o chamei. "Onde você está?"

A noite estava fria e o ar estava fresco e cortante. As estrelas brilhavam como diamantes no
céu. A noite estava tão calma que nem uma folha farfalhava, e o silêncio era quase palpável.
Apesar da falta de vento, um frio permanecia no ar, fazendo minha respiração fumegar a
cada expiração.

Eu poderia vê-lo em qualquer lugar.

'Onde ele está, Stella?' Eu perguntei ao meu lobo. 'Você pode falar com Axel? Faça com que ele
lhe diga onde está.

Comecei a descer pela minha janela. Eu não queria passar pela minha casa e acordar meus
pais. Eu não queria preocupá-los.

Stella não respondeu. Eu não conseguia nem senti-la.

O que diabos estava acontecendo?

Usei o carvalho do nosso quintal para descer. Lex e eu costumávamos escalá-lo o tempo
todo. Eu conhecia cada galho e já sabia onde pisar para não cair.

“Alex?!” Liguei para meu irmão novamente quando meus pés tocaram o chão frio.
O chão era duro e inflexível sob meus pés, e o barulho da grama congelada ecoava pela
quietude. Eu estava preocupado que isso pudesse acordar meus pais, então tentei andar
suavemente.

“Alex?!” Eu sussurrei e gritei. "Onde você está? O que aconteceu? Se for como aquela vez em
que você caiu e torceu o tornozelo, vou chutar a sua bunda.

Quando tínhamos cerca de 13 anos, Alex escapou para ir a um lago com Mason. Ele torceu o
tornozelo ao pular uma árvore caída e me chamou pedindo ajuda porque sabia que nossos
pais iriam deixá-lo de castigo.

Se ele fizesse algo estúpido como isso de novo, eu iria fritar a bunda dele por me preocupar.

Por que diabos ele saiu de casa no meio da noite?

“Sophia,” Alex gritou novamente, fazendo meu coração parar de bater.

Sua voz vinha da floresta atrás de nossa casa.

Comecei a correr em direção à sua voz. Eu precisava ajudá-lo. Eu precisava salvá-lo.

'Estela!' Eu gritei com meu lobo. 'Onde ele está?!'

Ela não respondeu.

Meu coração disparou. O que diabos havia de errado com ela? Onde ela estava?
E se Lex ficou tão ferido que ela recuou para ficar com Axel?

Comecei a correr mais rápido. Meus pulmões doem.

Eu queria usar minha magia, mas fiquei com medo depois do que aconteceu hoje. Um
movimento errado e eu poderia libertar a escuridão.

“Alex!” Eu gritei quando parei de correr e olhei em volta.

A floresta era densa e eu mal conseguia ver nada. Eu nem conseguia mais ver as estrelas.

"Sofia!" ele me ligou novamente.

Sua voz parecia que ele estava sendo torturado. Meu coração parou de bater.

“Alex!” Gritei novamente enquanto corria mais fundo na floresta.

Alguém o machucou? Ah, Deusa.

Eu não o ouvi sair de casa! Como eles chegaram até ele?!

“Alex!” Eu gritei quando um soluço rompeu meus lábios.

Senti a escuridão em meu peito crescer. Eu senti isso me consumindo. Eu não conseguia
mais respirar.

"Sofia!" ele gritou novamente, fazendo minhas pernas se moverem mais rápido.

“Estou indo, Alex!” Eu gritei em meio às lágrimas. "Eu estou vindo!"

Eu não conseguia ver para onde estava indo. Minhas lágrimas turvaram minha visão
completamente. A escuridão havia atingido meu coração e eu podia senti-la me sufocando.

Eu não conseguia respirar.

Tropecei e caí no chão frio.

Não!
Eu tive que me levantar!

“Alex…” Murmurei enquanto tentava levantar meu corpo do chão.

Eu estava com dor. Eu estava com muita dor. A escuridão agora estava apertando meu
coração. Eu podia sentir isso no meu estômago.

Meu corpo convulsionou e eu gritei.

Minha mente estava uma bagunça completa. Eu não consegui ver nada. Eu não conseguia
mais respirar.

Senti uma mão em meu ombro.

Alguém me virou de costas.

Foi Alex?

“Alex...” Murmurei enquanto tentava alcançá-lo.

Ele estava bem? Ele tinha que estar bem.

“Olá, Sophia”, ouvi uma voz desconhecida. “É um prazer finalmente conhecer você.”

Quem era aquele? Onde estava Alex?

Nunca recebi minha resposta porque meus olhos rolaram para a nuca e tudo que pude ver
foi escuridão.
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CAPÍTULO TRINTA E SETE - Se foi

Ponto de vista de Alexandre

“Bom dia, querido”, disse minha mãe quando entrei na cozinha.

Ela estava fazendo café e café da manhã.

“Tem café para mim?” Murmurei enquanto me sentei no banco do bar ao lado do meu pai.

Eu dormi como uma merda. Continuei tendo um pesadelo após o outro, mas por mais que
tentasse, não conseguia acordar. Nem me lembro do que eram os pesadelos, mas eram
terríveis. Acordei suando frio.

Além disso, Axel ficou nervoso desde o momento em que acordei. Ele continuou mexendo e
me fazendo sentir tensa. Perguntei-lhe o que diabos havia de errado, mas ele não sabia.

“Claro, querido”, disse minha mãe enquanto ele abria o armário e tirava uma caneca.

“O que há de errado, amigo?” meu pai perguntou enquanto tomava um gole de café.

“Eu não dormi bem,” murmurei enquanto tirava a caneca da mão da minha mãe.
"Obrigado."

“De nada”, disse minha mãe, sorrindo para mim. “Onde está Sofia?”

Ela se virou para continuar fazendo o café da manhã.

“Ela provavelmente ainda está dormindo”, eu disse. "Deixe-a. Ela precisa disso depois de
ontem.

Lidar com a escuridão sempre a cansava.

“Foi ruim,” meu pai murmurou, me fazendo concordar.

“Sim”, concordei. “Quero falar com Anna e tentar a transferência antes que ela vá embora.
Receio que Hunter não saiba o que fazer se a situação piorar novamente.”

Pensei muito sobre isso ontem à noite. Queria falar com Hunter e pedir-lhe que ficasse mais
alguns dias para que pudéssemos tentar transferi-lo para mim. Eu estava com medo de
deixá-la ir para sua matilha sem mim.

“Não tenho certeza disso, querido”, minha mãe suspirou enquanto se virava e se apoiava no
balcão. “Eu não quero que você se machuque.”

Eu cerrei os dentes. “Ela vai se machucar se não fizermos alguma coisa, mãe.”

Minha mãe olhou para meu pai e respirou fundo.

“Eu sei”, disse ela. “Foi por isso que pensei em aceitar. Eu conheço bem a magia e poderia
lidar melhor com isso.

Meus olhos se arregalaram.

“Não”, meu pai disse severamente. “Não sabemos o que isso poderia fazer com você, Emma.
Você pode se machucar.

“Melhor eu do que nossos filhos”, minha mãe suspirou, fazendo meu pai rosnar baixinho.

“Então estou fazendo isso em vez de você”, disse meu pai. “Não vou deixar você ou meus
filhos se machucarem. Ela pode transferir tudo para mim.

Minha mãe queria discutir, mas a campainha interrompeu nossa discussão.

Eu poderia dizer pelo cheiro que era Hunter.

“Eu atendo,” eu disse enquanto me levantava e caminhava até a porta da frente.

Abri e vi Hunter parado na minha varanda com um pequeno sorriso no rosto.

“Bom dia”, disse ele.

Afastei-me para que ele pudesse entrar na casa.

“Onde está Sofia?” ele perguntou, olhando em volta.

“Ela ainda está dormindo”, eu disse. “Minha mãe e meu pai estão na cozinha. Junte-se a eles.
Vou verificar Fia.”

“Não a acorde”, ele me disse. "Deixe-a dormir."

“Eu vou,” eu disse enquanto começava a subir as escadas. “Vou apenas ver como ela está.
Direi a ela que você está aqui se ela estiver acordada.

Hunter assentiu e eu o vi se afastar.

Senti sua vontade de ir ver como estava Fia. Foi principalmente por causa de Axel. Talvez
vê-la o acalmasse um pouco.

“Talvez você devesse conversar com Stella”, eu disse a ele. 'Ela tem um jeito de acalmar você.'

Axel não respondeu.

Bati na porta de Fia e esperei.

Não consegui ouvir nada, então abri a porta lentamente. Eu não queria acordá-la se ela
ainda estivesse dormindo.
Meus olhos caíram em sua cama e franzi as sobrancelhas.

Estava vazio.

“Fia?” Liguei para ela quando entrei em seu quarto.

Ela provavelmente estava no banheiro.

Estava congelando no quarto dela.

Meus olhos pousaram na janela aberta. Por que diabos ela abriu isso?

Fui até a porta do banheiro. Tive vontade de bater, mas percebi que a porta estava aberta.
Agarrei a maçaneta e abri a porta totalmente. O banheiro estava vazio.

Que porra é essa?!

Meu coração começou a acelerar.

"Sofia!" Liguei para ela enquanto me virava.

Onde diabos ela estava?!

Meus olhos pousaram em um pedaço de papel em sua mesa de cabeceira.

Meu coração disparou.

Corri para a mesa de cabeceira e peguei o papel. Minhas mãos tremiam.

Não procure por ela porque você não a encontrará. Ela voltará, mas quando isso acontecer,
será a maior arma deste planeta. Ela será minha maior arma.

Ela se foi.

Minha visão escureceu.

Minhas mãos começaram a tremer.

Eu nem percebi que estava rosnando e rosnando.

'NÃO!' Axel estava gritando enquanto empurrava para sair. 'TEMOS QUE ENCONTRÁ-LA!'

Ouvi passos correndo em direção à sala.

Eu não conseguia me mover. Tudo o que pude fazer foi olhar para o pedaço de papel em
minhas mãos.

Meu peito subia e descia rapidamente. Eu vi pelos crescendo em meus braços. Senti meus
caninos e garras se alongarem.
Alguém arrancou o papel das minhas mãos.

"Não!" Hunter gritou. "Não não não não!"

"Oh meu bebê!" minha mãe gritou.

Reconheci o rosnado alto de meu pai.

"Sofia!" Hunter gritou e eu o ouvi correndo para a janela. "Sofia!"

'Mova-se, seu filho da puta!' Axel gritou comigo. 'Temos de ir! Temos que encontrá-la!

Eu não conseguia me mover. Eu estava fodidamente congelado.

Axel estava lentamente assumindo o controle do meu corpo.

“Logan!” minha mãe gritou.

“Eu vou encontrá-la, Emma”, ouvi meu pai dizer. “Já alertei a todos. Eles já estão
procurando por ela.

"Sofia!" Hunter gritou novamente.

Finalmente consegui mover meu corpo.

Deixei Axel assumir o controle total. Eu mudei e pulei pela janela, quebrando-a em um
milhão de pedacinhos.

Rosnei alto, fazendo as árvores ao meu redor tremerem.

Ouvi alguém correndo atrás de mim. Eu sabia que era Hunter.

Fia?! Tentei conectá-la mentalmente. Onde você está? Estamos chegando, ok?
Aguentar.

Meu coração estava completamente despedaçado, mas tive que me esforçar para correr o
mais rápido possível.

Eu tinha que encontrá-la.

Eu a encontraria e mataria quem quer que a tivesse levado. Eu faria com que eles se
arrependessem do dia em que nasceram.

Eu podia sentir meus músculos crescendo. Eu podia sentir meu corpo ganhando mais força.

Reconheci a magia da minha mãe fluindo em meu sangue e usei-a para me esforçar ainda
mais.

Eu a encontraria.
Eu tinha que encontrá-la.

Ela não tinha ido embora.

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 Nota de agradecimento
Meus queridos leitores,
Quero reservar um momento para expressar minha mais profunda gratidão a cada um de
vocês que leu meu livro. Seu apoio e incentivo significaram muito para mim, e sinto-me
humilde pela onda de amor que recebi.
Foi uma honra e um privilégio compartilhar minha história com vocês, e estou emocionado
em saber que ela ressoou em tantos de vocês. Seus comentários e avaliações foram
inestimáveis para mim e sou grato pelo tempo e esforço que você dedicou ao compartilhar
suas idéias.
Tenho o prazer de anunciar que haverá outro livro desta série e mal posso esperar para
continuar esta jornada com você. Seu entusiasmo e paixão me inspiraram a continuar
escrevendo e sou grato pela oportunidade de compartilhar mais histórias com você.
Obrigado novamente por seu apoio, sua gentileza e sua dedicação inabalável a esta história.
Espero que você continue a se juntar a mim nesta jornada e que o próximo livro seja tão
significativo e impactante quanto o primeiro.
Com sincera gratidão,
Tessa Lilly
OceanoofPDF. com