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IET 77

INSTRUÇÃO DE EXPLORAÇÃO TÉCNICA

MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA A


REALIZAÇÃO DE TRABALHOS NA VIA-
FÉRREA E SUA PROXIMIDADE

Entrada em Vigor
22 de agosto de 2023
Elaboração Direção de Segurança

Visto Agostinho Pereira

Aprovado José Pires

Elaborado SS-SGT

Edição 5

Data 10-08-2023

Tipo de Documento IET

Status do documento Concluído


4.ª Edição com data de entrada em vigor a
Documento substituído
26/07/2023
4.ª Edição
▪ Pontos 8.2.1, 8.2.2 e 8.2.3 - Eliminação de
utilização de equipamentos pesados e
esclarecimento de trabalhos que possam
originar projeção de materiais
▪ Ponto 8.2.2 - Inclusão de limite de velocidade
para efeitos de colocação de barreiras de
segurança rígidas
▪ Ponto 8.3 - Esclarecimento na implementação
da MS3 com utilização de equipamento pesado
▪ Ponto 9.2 - Quadro 7 - Identificação da MS2,
para trabalhos na proximidade da ZRA com
Alterações efetuadas
utilização de equipamentos pesados
▪ Ponto 10.3 - Equipamento pesados
posicionados na proximidade da ZRA –
Clarificação sobre a possibilidade de
implementação da MS7 ou MS 8 em alternativa
à MS 3 e esclarecimento na implementação da
MS3
5.ª Edição
▪ Pontos 8.1 e 8.3.3 – definidas as condições
para realização de trabalhos ao abrigo da MS1
e MS3 Manual, em zonas suburbanas e em
hora de ponta

▪ Instituto da Mobilidade e dos Transportes


▪ Gestor da Infraestrutura
Distribuição
▪ Empreiteiros e Prestadores de Serviços
▪ Entidades Terceiras

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Dúvidas e Sugestões sgt@infraestruturasdeportugal.pt

▪ Sistema de Gestão de Competências de


Sistemas de Gestão
Segurança
Aplicáveis
▪ Sistema de Gestão de Segurança

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Índice
1. Objeto ................................................................................................................... 9
2. Âmbito................................................................................................................... 9
3. Documentos associados ....................................................................................... 9
4. Definições ........................................................................................................... 10
5. Intervenientes ..................................................................................................... 13
6. Zonas de Risco e Zona Segura .......................................................................... 21
7. Riscos associados às Zonas de Risco................................................................ 26
8. Medidas de segurança........................................................................................ 27
9. Medidas de segurança associadas às Zonas de Risco ...................................... 54
10. Requisitos de Segurança, para Trabalhos na Via-Férrea e na sua Proximidade 57
11. Programação dos Trabalhos e das Medidas de Segurança ............................... 68

ANEXOS ................................................................................................................... 70
ANEXO I – Distâncias de Anúncio ............................................................................ 71
ANEXO II – Plano de Implementação do Sistema de Barreiras de Segurança ......... 72
ANEXO III – Plano de Implementação do Sistema de Aviso de Aproximação de
Circulações Manual ................................................................................................... 73
ANEXO IV – Suspensão Temporária da Circulação para Trabalhos na
Infraestrutura…. ........................................................................................................ 74
ANEXO V – Reunião Prévia ao início dos trabalhos ................................................. 78
ANEXO VI – Zonas suburbanas em hora de ponta ................................................... 80

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Lista de Quadros
Quadro 1 – Distância de segurança d1 .................................................................................... 21
Quadro 2 – Distância de segurança d2 ..................................................................................... 22
Quadro 3 – Distância de segurança d3 ..................................................................................... 23
Quadro 4 – Riscos associados às Zonas de Risco...................................................................... 27
Quadro 5 – Medidas de segurança que eliminam o risco ........................................................ 54
Quadro 6 – Medidas de segurança que controlam o risco ...................................................... 55
Quadro 7 - Medidas de segurança mínimas a considerar, em função das Zonas de Risco
invadidas e tipo de equipamentos utilizados ........................................................................... 56
Quadro 8 – Distâncias de Anúncio (calculadas em função da velocidade e do tempo de
desimpedimento da via) ........................................................................................................... 71

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Lista de Figuras
Figura 1 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade
I (à esquerda - via única; à direita – via dupla) ......................................................................... 22
Figura 2 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade
II (à esquerda - via única; à direita – via dupla) ........................................................................ 23
Figura 3 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade
III (à esquerda - via única; à direita – via dupla)....................................................................... 23
Figura 4 - Representação da Zona de Risco A em curva, com o aumento da Zona de Risco A 24
Figura 5 – Representação gráfica das Zonas de Risco A e das distâncias de segurança d2 e d3
(à esquerda – via única eletrificada; à direita – via dupla eletrificada) ................................... 24
Figura 6 - Representação das Zonas de Risco C e distância de segurança d1 (à esquerda – via
única eletrificada; à direita – via dupla eletrificada) ................................................................ 25
Figura 7 - Representação das Zona de Risco A e C e Zona Segura (à esquerda – via única
eletrificada; à direita - via dupla eletrificada) .......................................................................... 26
Figura 8 - Representação da colocação das Barreiras de Segurança Sinalizadoras, em via única
.................................................................................................................................................. 31
Figura 9 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Rígidas, em via única .... 33
Figura 10 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Rígidas, em via dupla,
considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos .................... 33
Figura 11 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao Carril, em via
única ......................................................................................................................................... 35
Figura 12 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao carril, em via
dupla, considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos ......... 35
Figura 13 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual...... 44
Figura 14 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
Simplificado com um Coordenador de Vigilância e um Vigilante ............................................ 46
Figura 15 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
Simplificado com um Coordenador de Vigilância..................................................................... 47
Figura 16 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, em
via única .................................................................................................................................... 50
Figura 17 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, numa
das vias, num troço de via dupla .............................................................................................. 51

6
Figura 18 - Representação da implementação da medida de segurança Corte de Tensão
Elétrica na Catenária................................................................................................................. 53

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Abreviaturas

CCO Centro de Comando Operacional

CDTA Cabo de Terra Aéreo

CDTE Cabo de Terra Enterrado

EF Empresa Ferroviária

EPI Equipamento de Proteção Individual

GI Gestor da Infraestrutura Ferroviária

IFTE Instalações Fixas para Tração Elétrica

LV Limitação Temporária de Velocidade Máxima de Circulações

MS Medida de Segurança

ODT Ordem Diária de Trabalho

OS Ordem de Serviço

PATE Pedido Antecipado de Trabalho Extraordinário

PGI Permanência de Gestão de Infraestruturas

PK Ponto Quilométrico

SAAC Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações

SAACM Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações, Manual

SAACMS Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações, Manual Simplificado

SAACA Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações, Automático

SAACSA Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Semiautomático

SIGMA Sistema Integrado de Gestão da Manutenção

STC Suspensão Temporária da Circulação

TVM Tabela das Velocidades Máximas

V Velocidade (km/h)

VP Vestuário de Proteção

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1. Objeto

Definir as medidas de segurança a implementar na realização de


trabalhos e atividades na via-férrea e na sua proximidade, de forma a
garantir a segurança dos trabalhadores e da circulação.

2. Âmbito

É aplicável a toda a Rede Ferroviária Nacional e a todas as instalações


que, não o sendo, tenham implicações na infraestrutura da rede,
nomeadamente ao nível da catenária e sinalização. Aplica-se a quaisquer
trabalhos e atividades desenvolvidos na via-férrea e na sua proximidade,
incluindo os de manutenção corretiva, quer sejam executados pelo GI,
quer por Empreiteiros ou Prestadores de Serviços, por si contratados, ou
ainda por Entidades Terceiras.

Estão excluídas do âmbito de aplicação deste documento, as atividades


exercidas pelo pessoal da Circulação (quando não sejam atividades de
manutenção da infraestrutura) e pelas tripulações dos Comboios,
enquadradas em regulamentação ferroviária e outros documentos
normativos específicos do GI.

3. Documentos associados

Os documentos regulamentares e normativos ferroviários, associados ao


presente documento, são a seguir identificados:

RGS II Regulamento Geral de Segurança – Sinais

RGS IX Regulamento Geral de Segurança –


Exploração de Catenária 25kV – 50 Hz

RGS XII Regulamento Geral de Segurança – Vias


Interditas à circulação

ICS 102 Instrução Complementar de Segurança –


Normas e Procedimentos Complementares ao
RGS II

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IET 50 Instrução de Exploração Técnica – Rede
Ferroviária Nacional

PR.GER.001 Procedimento de Segurança para Trabalhos


nas Instalações Fixas para Tração Elétrica e
sua Proximidade

GR.PR.005 Qualificação de trabalhadores com funções


relevantes para a segurança – Regras Gerais

GR.IT.003 Qualificação de trabalhadores com funções


relevantes para a segurança – IET77

4. Definições

AVISADOR SONORO
Equipamento para sinalização sonora (alarme), elétrico ou de carga de
bomba de ar, que determina a paragem e o desimpedimento imediato da
Zona de Risco A.

O nível de pressão sonora do alarme, em qualquer momento, deve ser


superior ao nível de ruído ambiente existente na frente de trabalho. O
alarme emitido pelo avisador sonoro deve ser percecionado de forma
clara e inequívoca e sem suscitar dúvidas na frente de trabalhos.

A sua utilização está dependente da prévia verificação, com vista a


assegurar o seu bom funcionamento e adequabilidade.

CATENÁRIA
Sistema aéreo para o transporte de energia elétrica destinada à tração de
circulações ferroviárias, que inclui as linhas aéreas, formadas por um ou
mais fios de contacto e um ou mais condutores longitudinais que,
suportando mecanicamente aqueles, têm também função de transporte
de energia elétrica. Consideram-se, também, englobadas nesta
designação, as linhas aéreas constituídas apenas por fio de contacto.

DISTÂNCIA DE ANÚNCIO
Distância a observar para a determinação:

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• da visibilidade do Aviso à Frente de Trabalhos;
• do local onde deve ser colocada a componente de anúncio do
Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações.
Esta distância é estabelecida segundo a direção do eixo longitudinal da
via e medida a partir da extremidade da frente de trabalhos, no sentido da
proveniência das circulações.

EQUIPAMENTO PORTÁTIL
Equipamento, motorizado ou não, que é transportável por um único
trabalhador da equipa de trabalho, com um peso inferior a 20 Kg.

EQUIPAMENTO LIGEIRO
Equipamento, motorizado ou não, que tem de ser transportado por mais
do que um trabalhador da equipa de trabalho.

EQUIPAMENTO LIGEIRO CARRILADO PARA TRANSPORTE DE


MATERIAIS
Equipamento, não motorizado, carrilado, destinado ao transporte de
materiais.

EQUIPAMENTO PESADO
Equipamento de trabalho, motorizado ou não, que não é possível ser
transportado pelos trabalhadores da equipa de trabalho. Os
equipamentos pesados dividem-se ainda em carrilados ou não carrilados.

ENTIDADES TERCEIRAS
Entidade externa que executa trabalhos ou atividades na via-férrea ou sua
proximidade, autorizados pelo GI mas sem relação contratual com este,
nem a si pertencente.

ENTREVIA
É o afastamento entre as faces de guiamento dos carris de duas vias
contíguas, medido na horizontal.

ESTAÇÃO
Qualquer dependência com possibilidade de interferência na circulação
de comboios, que inclui toda a área delimitada pelos sinais principais de

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entrada (sinalização completa), ou pelas agulhas extremas, caso não
existam sinais principais de entrada (sinalização reduzida).

FEEDER
Sistema de transporte de energia elétrica que alimenta a catenária, sendo
constituído por linha aérea ou subterrânea, eletricamente isolada da
catenária, e que pode ser a ela ligada por equipamento elétrico
conveniente.

FRENTE DE TRABALHOS
Espaço ocupado por uma equipa que executa trabalhos/atividades,
delimitado por pontos quilométricos, trabalhadores extremos e/ou
equipamentos de trabalho (apenas uma das condições), cujos limites não
podem ser transpostos por trabalhadores, ferramentas, materiais ou
equipamentos. Para efeitos do definido neste documento, a frente de
trabalhos pode ser móvel.

PERIGO
Propriedade intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento, um
agente ou outro componente material do trabalho com potencial para
provocar dano.

PLENA VIA
Troço entre duas estações contíguas, limitado pelos sinais principais de
entrada de cada uma das vias, em ambas as estações, ou pelas agulhas
extremas, caso não existam sinais principais de entrada.

RISCO
Probabilidade de concretização do dano em função das condições de
utilização, exposição ou interação do componente material do trabalho
que apresente perigo.

TROÇO
Parte da via-férrea, a que corresponde uma distância horizontal,
estabelecida segundo a direção do eixo longitudinal da via, delimitada por
Pontos Quilométricos (PK).

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5. Intervenientes

Os intervenientes que desempenham funções relevantes, desde o


planeamento, programação das medidas de segurança aqui definidas, até
à sua implementação e verificação, devem possuir qualificação adequada
às funções que desempenham, cabendo ao empregador assegurar as
informações e formação necessárias ao desenvolvimento das atividades
em segurança.

Para assegurar a observância do atrás disposto deverá ser cumprido o


documento normativo GR.PR.005 e documentos complementares,
publicados pelo GI, relativos à qualificação de trabalhadores.

Identificam-se, de seguida, os referidos intervenientes e listam-se as suas


responsabilidades, no âmbito do presente documento.

5.1. Intervenientes pertencentes às operações do GI


Os intervenientes pertencentes ao GI participam, ativamente, na
implementação das medidas de segurança previstas neste documento, à
exceção do Aviso à Frente de Trabalhos, Sistema de Barreiras de
Segurança e Sistemas de Aviso de Aproximação de Circulações, quando
sejam efetivadas através da plataforma de atendimento automática.

5.1.1. Responsável pelo envio do telegrama para a implementação


de LV
Tem como missão formalizar o envio do telegrama para efeitos de
efetivação da MS5 (Limitação Temporária de Velocidade Máxima das
Circulações).

Atribuições
• Com a antecedência estabelecida enviar o telegrama relativo ao
pedido da MS5 (Limitação Temporária de Velocidade Máxima das
Circulações) ao PGI.

5.1.2. Responsável pela Circulação


Tem como missão o comando e controlo da circulação na sua área de
atuação.

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Atribuições
• Autorizar, de acordo com a disponibilidade da infraestrutura, e após
implementadas as proteções, o início dos trabalhos para as
seguintes medidas de segurança:
• MS7 (Suspensão Temporária da Circulação para Trabalhos na
Infraestrutura);
• MS8 (Interdição de Via);
• Implementar as proteções necessárias para impedir a entrada de
comboios na zona de trabalhos, sempre que tal seja exigido, no
âmbito da realização de trabalhos imprevistos e de caráter urgente
na infraestrutura ferroviária;
• Confirmar ao PGI a possibilidade de operacionalizar o corte de
tensão elétrica na catenária e/ou feeder;
• Ordenar ao Chefe dos Trabalhos para que estes cessem
imediatamente os trabalhos e entreguem a via em condições de
segurança com vista à sua exploração, sempre que surja a
necessidade imprevista da sua utilização quando se encontre
implementada a MS7 (Suspensão Temporária da Circulação para
Trabalhos na Infraestrutura);
• Cumprir o estabelecido no RGS XII e RGS IX, nas MS8 (Interdição
de Via) e/ou MS10 (Corte de Tensão Elétrica na Catenária e/ou
Feeder).

5.1.3. Permanência de Gestão de Infraestruturas (PGI)


Em coordenação com a circulação ferroviária e manutenção, estabelece
os cortes e os restabelecimentos de tensão, bem como a comunicação às
EF das limitações de velocidade.

Atribuições
• Autorizar de acordo com a disponibilidade da infraestrutura, e após
implementadas as devidas proteções, o início dos trabalhos para a
MS10 (Corte de Tensão Elétrica na Catenária e/ou Feeder);
• Autorizar o início dos trabalhos, após confirmação do seu registo no
eLV, para a MS5 (Limitação Temporária de Velocidade Máxima das
Circulações);

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• Autorizar o início dos trabalhos e registar o seu termo, quando não
sejam efetivadas através da plataforma de atendimento automático,
para as medidas de segurança:
• MS1 (Aviso à Frente de Trabalhos);
• MS2 (Sistema de Barreiras de Segurança);
• MS3 (Sistemas de Aviso de Aproximação de Circulações);
• Implementar as proteções necessárias, relativamente ao risco de
eletrocussão, sempre que tal seja exigido, no âmbito da realização
de trabalhos imprevistos e de caráter urgente na infraestrutura
ferroviária.

5.2. Intervenientes pertencentes à Entidade Executante


A Entidade Executante é a pessoa singular ou coletiva, ou o próprio GI,
que executa os trabalhos de acordo com as disposições legais e
regulamentares aplicáveis tendo como principais responsabilidades:

• Assegurar a informação e formação adequada aos trabalhadores a


seu cargo, para o desempenho de funções da sua responsabilidade
e definidas em normativo ferroviário;
• Assegurar o cumprimento do disposto no presente documento, por
parte dos trabalhadores a seu cargo em trabalhos na via-férrea e na
sua proximidade;
• Assegurar a implementação das medidas de segurança, definidas
no presente documento, aplicáveis aos trabalhos na via-férrea e na
sua proximidade.

5.2.1. Diretor Técnico


Representante da Entidade Executante responsável pela execução dos
trabalhos/atividades e cumprimento das normas legais e regulamentares
em vigor.

Atribuições
• Especificar as medidas de segurança adequadas, no planeamento
e respetiva programação dos trabalhos, com base na avaliação dos
riscos associados (elaborada pelos técnicos que asseguram o
desenvolvimento das atividades técnicas de segurança);

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• Assegurar a execução dos trabalhos e o cumprimento das
obrigações legais e regulamentares em vigor, nomeadamente, as
referentes à segurança do trabalho e ferroviária;
• Assegurar a programação das medidas de segurança aqui
previstas;
• Assegurar a implementação das medidas corretivas necessárias, na
sequência das situações de alerta e não conformidades detetadas
em inspeções e auditorias realizadas, em matéria de segurança.

5.2.2. Técnico de Segurança


Trabalhador pertencente à Entidade Executante, ou por si contratado, que
assegura as atividades técnicas de segurança.

Atribuições
• Cumprir as obrigações que lhes são atribuídas na Lei nº 102/2009,
de 10 de setembro, na sua redação atual, concretamente no que se
refere aos trabalhos na via-férrea ou na sua proximidade.

5.2.3. Chefe dos Trabalhos


Agente pertence à Entidade Executante, ou por si contratado, que assume
a organização e comando, na frente dos trabalhos, nos aspetos técnicos
e de segurança.

Atribuições
• Garantir na frente de trabalhos as condições de segurança para os
trabalhadores, circulações e terceiros;
• Organizar os recursos necessários à implementação das medidas
de segurança definidas para os trabalhos;
• Reunir com a equipa de trabalho, antes do início dos trabalhos, com
o objetivo de coordenar as atividades a desenvolver, informá-la dos
aspetos relevantes para a sua própria segurança e segurança das
circulações e verificar se estão reunidas as condições para
realização dos trabalhos em condições de segurança;
• Permanecer contactável e na frente de trabalhos até ao seu termo.
Nas MS1 a MS7, ter controlo visual sobre toda a frente de trabalhos;
• Antes do início dos trabalhos, organizar a implementação das
medidas de segurança no “terreno” e estabelecer os contactos
necessários à sua autorização;
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• Cumprir e fazer cumprir as indicações do Coordenador de
Vigilância, relativas à implementação do Sistema de Aviso de
Aproximação de Circulações;
• No final dos trabalhos, assegurar a retirada das medidas de
segurança implementadas no “terreno”, garantindo as condições de
segurança para a reposição da exploração ferroviária e estabelecer
os contactos necessários decorrentes do termo dos mesmos.
• Contactar a PGI sempre que seja imprescindível prolongar os
períodos para conclusão dos trabalhos ao abrigo das medidas de
segurança:
• MS1 (Aviso à Frente de Trabalhos);
• MS2 (Sistema de Barreiras de Segurança);
• MS3 (Sistemas de Aviso de Aproximação de Circulações).
• Cumprir complementarmente o estabelecido no RGS XII e RGS IX,
tanto no que se refere às responsabilidades como procedimentos a
adotar, para as MS8 (interdição de via) e/ou MS10 (Corte de Tensão
Elétrica da Catenária e/ou Feeder)

5.2.4. Coordenador de Vigilância


Agente que coordena o Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações.

No caso dos SAACA ou SAACSA, independentemente da qualificação


que lhe é exigida, o Coordenador de Vigilância tem de estar habilitado
com formação, para instalação e/ou operação do sistema, reconhecida
pelo fabricante ou seu representante, e aceite pelo GI.

Atribuições
• Instalar, verificar a operacionalidade e operar o SAAC a seu cargo,
de acordo com as instruções do fabricante (para os SAACA e
SAACSA). Admite-se que, nos SAACA e SAACSA, a instalação e
verificação de operacionalidade seja efetuada pelo próprio
fabricante do sistema ou seu representante;
• Emitir o alarme aviso à restante equipa de trabalho, imediatamente
após emissão do alarme de anúncio pelo Vigilante, nos SAACM e
SAACMS;
• Coordenar os elementos afetos ao SAAC a seu cargo;
• Permanecer no seu posto de trabalho, não sendo permitido
abandonar o mesmo nos SAACM e SAACMS;
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• Dedicar-se exclusivamente à operação do sistema, sempre que seja
instalado o SAACM ou SAACMS. Nos SAACSA e SAACA pode
estar envolvido noutras atividades devendo estar na frente de
trabalhos por forma a assegurar a libertação do alarme ou a
resolução de qualquer falha;
• Garantir o rearme do sistema, após a passagem das circulações,
nos SAACA e SAACSA;
• Autorizar o recomeço dos trabalhos, após a passagem das
circulações nos SAACM e SAACMS.

5.2.5. Vigilante
Agente afeto à operação do anúncio do Sistema de Aviso de Aproximação
de Circulações.

No caso dos SAACSA, independentemente da qualificação que lhe é


exigida, o Vigilante tem de estar habilitado com formação para a operação
do sistema, reconhecida pelo fabricante ou seu representante e aceite
pelo GI.

Atribuições
• Dedicar-se exclusivamente, à vigilância da aproximação de
comboios e proteção da equipa de trabalho;
• Operar, corretamente, a componente de anúncio do Sistema de
Aviso de Aproximação de Circulações e de acordo com as
instruções do fabricante (para os SAACSA);
• Emitir o anúncio, quando detetar a aproximação de uma circulação,
à Distância de Anúncio;
• Informar o Coordenador de Vigilância sobre falhas ou deficiências
que detete no Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações,
que opera;
• Permanecer no seu posto de trabalho, não sendo permitido o
abandono do mesmo, sem ser previamente substituído;
• Informar o Coordenador de Vigilância, sempre que sentir que não
se encontra em condições, físicas ou psicológicas, para o
desempenho da sua função.

5.2.6. Responsável pelo Aviso à Frente de Trabalhos


Agente afeto à medida de segurança Aviso à Frente de Trabalhos.

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Atribuições
• Emitir o aviso à restante equipa de trabalho, quando detetar a
aproximação de uma circulação, à Distância de Anúncio;
• Dedicar-se exclusivamente ao aviso da aproximação de comboios
e proteção da equipa de trabalho;
• Informar o Chefe dos Trabalhos sobre falhas ou deficiências que
detete no avisador sonoro;
• Permanecer no seu posto de trabalho, não sendo permitido o
abandono do mesmo, sem ser previamente substituído;
• Informar o Chefe dos Trabalhos, sempre que sentir que não se
encontra em condições, físicas ou psicológicas, para o desempenho
da sua função;
• Dar indicação para retoma dos trabalhos, após verificar a saída total
da circulação da frente de trabalhos e de estar garantido que não se
aproximam outras circulações.

5.2.7. Trabalhador
Agente afeto à execução dos trabalhos.

Atribuições
• Cumprir as prescrições de segurança e instruções definidas para a
execução dos trabalhos.

5.3. Outros intervenientes


Apresentam-se seguidamente, e de forma não exaustiva, outros
intervenientes, previstos na legislação e regulamentação ferroviária e que
desempenham funções no âmbito da segurança dos trabalhos na ferrovia.

5.3.1. Agentes na via interdita


Intervenientes afetos à interdição da via e ao corte de tensão elétrica da
catenária e/ou feeder.

Atribuições
• Cumprir os procedimentos que lhes estão estabelecidos pelo
Regulamento Geral de Segurança XII – Vias Interditas à circulação
e Regulamento Geral de Segurança IX – Exploração de Catenária
25 KV-50Hz.
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5.3.2. Coordenador de segurança, em projeto e em obra
Trabalhador pertencente ao GI, ou pessoa singular ou coletiva por si
contratada, que executa as tarefas de coordenação em matéria de
segurança e saúde, previstas no Decreto-Lei n.º 273/03 de 29 de outubro.

Atribuições
• Cumprir as obrigações que lhe são atribuídas pelo Decreto-Lei nº
273/2003, de 29 de outubro;
• Promover e verificar o cumprimento do disposto na documentação
regulamentar e normativa ferroviária, no que se refere aos trabalhos
na via-férrea ou na sua proximidade, no sentido da promoção da
segurança no contexto do trabalho.

5.3.3. Fiscalização
Trabalhadores pertencentes ao GI ou pessoa singular ou coletiva por si
contratada, que assegura a fiscalização dos trabalhos.

Atribuições
• Verificar e promover o cumprimento das obrigações legais,
regulamentares e normativas em vigor, nomeadamente, as
referentes às condições técnicas de execução, de segurança do
trabalho e de segurança ferroviária.

5.3.4. Trabalhadores que desempenhem funções nas Instalações


Fixas para Tração Elétrica e sua proximidade
Trabalhadores pertencentes à Entidade Executante, que desenvolvem
trabalhos ou atividades nas Instalações Fixas para Tração Elétrica.

Atribuições
• Cumprir as prescrições de segurança e instruções definidas para a
execução dos trabalhos nas instalações fixas para tração elétrica e
sua proximidade.

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6. Zonas de Risco e Zona Segura

Os trabalhos realizados na via-férrea e na sua proximidade comportam


riscos especiais, associados a Zonas de Risco, que resultam da
existência de uma infraestrutura ferroviária em exploração, ou seja, da
existência de:

• Circulação Ferroviária;
• Instalações Fixas para Tração Elétrica (IFTE) em tensão.

6.1. Zonas de Risco


São os espaços tridimensionais circundantes das componentes da
infraestrutura ferroviária cujos contornos são definidos por distâncias de
segurança. Dividem-se em Zona de Risco A e Zona de Risco C.

Distância de segurança d1
Distância de segurança que define o limite da Zona de Risco C, medida
radialmente a partir de qualquer parte em tensão, pertencente às
instalações fixas para tração elétrica.

A distância d1, para o Sistema 1500V (corrente contínua) e 25kV (corrente


alternada) (cuja definição dos valores tem em consideração o
PR.GER.001 – Segurança para trabalhos nas instalações fixas para
tração elétrica e sua proximidade), é igual a:

d1 (m) 2,00

Quadro 1 – Distância de segurança d1

Poderão ser adotadas distâncias inferiores nos trabalhos realizados nas


instalações fixas de tração elétrica, nas condições estabelecidas no
PR.GER.001.

Para trabalhos realizados por Entidades Terceiras a distância a


considerar é 2,5 m conforme estabelecido, nos documentos normativos
ferroviários em vigor.

É proibida a medição da distância de segurança d1 usando


instrumentos que invadam a Zona de Risco C em tensão.

21
Distância de segurança d2
Distância de segurança, que define o limite da Zona de Risco A, medida
paralelamente ao plano de rolamento a partir da face não ativa da cabeça
do carril para o exterior, na direção do passeio ou da entrevia.

A distância d2 varia em função da velocidade, dado que a exposição ao


risco aumenta progressivamente com a velocidade (v) das circulações.
Assim, em função dos intervalos de velocidade (I, II, III) estabelecidos, d2
é igual a:
Intervalo de Intervalo de Intervalo de
velocidade I velocidade II velocidade III

0 < v ≤ 80 80 < v ≤ 160 160 < v ≤ 220


(km/h) (km/h) (km/h)

d2 (m) 1,20 2,00 2,50

Quadro 2 – Distância de segurança d2

Figura 1 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade I (à


esquerda - via única; à direita – via dupla)

22
Figura 2 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade II (à
esquerda - via única; à direita – via dupla)

Figura 3 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade III
(à esquerda - via única; à direita – via dupla)

O valor da velocidade das circulações a considerar, deve ser o valor


máximo permitido para o troço em causa, o qual poderá ser dado em
função dos seguintes elementos:

• Tabela de Velocidades Máximas (TVM);


• valor da velocidade máxima permitida pela sinalização;
• valor da Limitação de Velocidade (LV).

Distância de segurança d3
Distância de segurança que define o limite da Zona de Risco A, medida
perpendicularmente à mesa de rolamento do carril.

A distância d3 é igual a:

d3 (m) 6,00

Quadro 3 – Distância de segurança d3


23
Em zonas de via em curva, o material circulante terá uma
ocupação superior (mais larga), sobretudo devido ao feito de
flecha e escala, pelo que deve ser avaliada a necessidade de
aumentar a Zona de Risco A

Figura 4 - Representação da Zona de Risco A em curva, com o aumento da Zona de Risco A

6.1.1. Zona de Risco A


Zona de Risco limitada pela plataforma da via e pelas distâncias de
segurança d2 e d3. Existem tantas Zonas de Risco A quantas as vias
existentes, podendo verificar-se a sobreposição das mesmas.

Figura 5 – Representação gráfica das Zonas de Risco A e das distâncias de segurança d2 e d3 (à


esquerda – via única eletrificada; à direita – via dupla eletrificada)

24
6.1.2. Zona de Risco C
Zona de Risco circundante das IFTE (catenária e/ou feeder) em tensão,
limitada pelas superfícies geradas pela distância de segurança d1.

Existe uma Zona de Risco C, independente, por cada catenária ou feeder,


eletricamente separados, podendo verificar-se a sobreposição das
mesmas.

Figura 6 - Representação das Zonas de Risco C e distância de segurança d1 (à esquerda – via


única eletrificada; à direita – via dupla eletrificada)

6.2. Zona Segura


É o espaço tridimensional circundante da Infraestrutura Ferroviária,
exterior aos limites das Zonas de Risco A e C.

25
Figura 7 - Representação das Zona de Risco A e C e Zona Segura (à esquerda – via única eletrificada;
à direita - via dupla eletrificada)

Para trabalhos na Zona de Risco A e na sua proximidade com circulação


ferroviária a Zona Segura deve, para além de ser exterior à Zona de Risco
A, ser de fácil acesso e com uma dimensão tal que permita o resguardo
dos trabalhadores, equipamentos e materiais.

7. Riscos associados às Zonas de Risco

Entende-se por risco, a probabilidade de concretização do dano em


função das condições de utilização, exposição ou interação da
componente material do trabalho que apresente perigo ou de outras
ocorrências que possam afetar a segurança dos trabalhadores ou da
exploração ferroviária.

A cada Zona de Risco (A e C) estão associados riscos ferroviários que


devem ser considerados para os trabalhos que se realizem quer na Zona
de Risco, quer na proximidade da Zona de Risco, quando exista a
possibilidade da mesma ser invadida, por pessoas ou equipamentos,
conforme se indica seguidamente:

26
Zona de Risco Riscos

• Atropelamento ferroviário
A • Colisão de circulações ferroviárias com
equipamentos e materiais
• Instabilização na via-férrea e/ou na infraestrutura

• Eletrocussão (que pode ocorrer por contacto


C direto ou indireto com as Instalações Fixas para
Tração Elétrica) em tensão

Quadro 4 – Riscos associados às Zonas de Risco

Sempre que exista sobreposição de Zonas de Risco deverá


ter-se em consideração os riscos associados a cada uma
delas para a definição das medidas de segurança adequadas.

8. Medidas de segurança

8.1. Medida de Segurança 1 (MS1) - Aviso à Frente de


Trabalhos
Medida de Segurança para trabalhos na Zona de Risco A ou na sua
proximidade, que consiste no aviso à frente de trabalhos da aproximação
de circulações, determinando o desimpedimento imediato de toda a Zona
de Risco A por parte de pessoas, materiais e equipamentos.

Operação
• O trabalhador Responsável pelo Aviso da aproximação de
circulações está posicionado na frente de trabalhos, na Zona
Segura e quando detetar a aproximação da circulação, à Distância
de Anúncio (Anexo I), emite o aviso, à restante equipa de trabalho;
• O aviso é efetuado através do acionamento do avisador sonoro e
após a emissão do alarme do aviso, procede-se de imediato:
• À paragem dos trabalhos;
• Ao posicionamento de trabalhadores, materiais e
equipamentos na Zona Segura.
• Os trabalhos só são retomados por indicação do trabalhador
responsável pelo aviso à frente de trabalhos, após verificada a saída

27
total da circulação dessa frente e de estar garantido que não se
aproximam outras circulações.

Requisitos de Implementação
• O trabalhador Responsável pelo Aviso à frente de trabalhos da
aproximação de circulações está dedicado, em exclusivo, a essa
função podendo ser substituído por outro trabalhador durante o
período dos trabalhos, desde que devidamente qualificado e
garantindo sempre os mesmos níveis de segurança;
• O Responsável pelo Aviso não pode acumular com a função de
Chefe dos Trabalhos;
• Não é permitida a implementação desta medida em vias/linhas
gerais, em zonas suburbanas, em hora de ponta, de acordo com o
definido no Anexo VI, exceto quando cumpridos cumulativamente
os seguintes requisitos:
• frentes de trabalho fixas;
• trabalhos realizados fora da Zona de Risco A;
• implementação de barreiras de segurança.
• Em frentes de trabalho móveis só é permitida a implementação
desta medida numa das vias (plena via) / linhas (estação);
• Em frentes de trabalho fixas são permitidos trabalhos, no máximo,
em 2 vias/linhas em simultâneo;
• Para atravessar a via-férrea é considerada a possibilidade de
implementar esta medida em mais do que 1 via/linha;
• Sempre que:
• o Responsável pelo Aviso não esteja na mesma via / linha que
a restante equipa de trabalho ou
• esta medida seja implementada em mais que uma via/ linha
em simultâneo
deve ser garantido o contacto visual permanente entre o
Responsável pelo Aviso e os restantes elementos da equipa de
trabalho. Nestas situações, sempre que se aproxime um comboio
que possa condicionar a visibilidade entre o Responsável pelo Aviso
e a equipa, e independentemente do local dos trabalhos, deve
igualmente o Responsável pelo Aviso emitir o alarme de aviso à
equipa quando detetar a aproximação da circulação, à Distância de
Anúncio (Anexo I) determinando a paragem imediata dos trabalhos

28
e posicionamento da equipa, materiais e equipamentos na Zona
Segura;
• É garantida a visibilidade do Responsável pelo Aviso à frente de
trabalhos, nos dois sentidos, a partir das extremidades da frente de
trabalhos, para cumprir a Distância de Anúncio (Anexo I), que varia
em função da velocidade das circulações e do tempo necessário
para desimpedir a via e é calculada de acordo com a seguinte
fórmula de cálculo:
𝑡
𝐷𝐴 = × 𝑣 × 1000
3600

em que:
DA, é a distância de anúncio em m (metros), sendo o
arredondamento feito superiormente à meia centena ou à centena;
t, é o tempo de desimpedimento da via em s (segundos);
v, é a velocidade em km/h (quilómetros por hora).
• O tempo de desimpedimento mínimo considerado, para
posicionamento na Zona Segura é de 12 s, e apenas para os casos
em que não sejam utilizados equipamentos ou os equipamentos
utilizados não produzam ruído;
• A velocidade máxima das circulações permitida em função de um
tempo de desimpedimento da via, é de:
• v= 160 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 12 s;
• v= 130 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 15 s;
• v= 60 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 30 s;
• v= 40 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 45 s;
• v= 30 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 60 s.
• O aviso é efetuado por meio de avisador sonoro elétrico ou de carga
de bomba de ar audível de forma clara e inequívoca na frente de
trabalhos;
• O ambiente sonoro, na frente de trabalhos permite a audição do
aviso de uma forma clara e sem suscitar dúvidas;

29
• Para trabalhos na Zona de Risco A só podem ser utilizados
equipamentos portáteis. Para trabalhos na sua proximidade só
podem ser utilizados equipamentos portáteis ou ligeiros;
• A distância máxima entre os elementos extremos na frente de
trabalhos é de 20 metros;
• Esta medida de segurança não pode condicionar a circulação
ferroviária programada nem o estado da infraestrutura;
• A equipa de trabalho é constituída no mínimo por 1 (um) e no
máximo por 4 (quatro) trabalhadores, acrescida de 1 (um)
trabalhador que é o Responsável pelo Aviso de aproximação de
circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.

Poderá dispensar-se o cumprimento da distância de anúncio,


quando:

• O Responsável pelo Aviso possa estar localizado de


frente para a informação semafórica rodoviária da
Passagem de Nível Automatizada;
• Os trabalhos não necessitem de um tempo de
desimpedimento superior a 15seg e não interfiram com
nenhum componente da PN;
• e desde que a PN se mantenha no seu estado normal
funcionamento.
Nestas situações este requisito é substituído pela informação
semafórica e o alarme é igualmente assegurado pelo
Responsável pelo Aviso.

A paragem dos trabalhos é obrigatória, independente do


sentido de circulação do comboio e do número de vias.

8.2. Medida de Segurança 2 (MS2) - Barreiras de Segurança


Medida de segurança para trabalhos na proximidade da Zona de Risco A,
que consiste na instalação de um Equipamento de Proteção Coletiva, que
delimita horizontalmente a Zona de Risco A, em relação à frente de
trabalhos, dando indicação do limite que não pode ser ultrapassado por
trabalhadores, equipamentos e materiais.

Existem 3 tipos de barreiras de segurança:

• Sinalizadora;

30
• Rígida;
• Rígida fixa ao carril.

8.2.1. Barreira de Segurança Sinalizadora

Características
• São constituídas por rede ou corrente em material plástico, de cor
bem visível, fixas a prumos/elementos verticais;
• São colocadas a uma altura de 0,90m, a partir do plano de
trabalhos;
• O espaçamento máximo entre elementos verticais de fixação deve
garantir a sua estabilidade durante a passagem das circulações
ferroviárias.

Requisitos de implementação
• São colocadas a delimitar a Zona de Risco A, no mínimo à distância
de segurança d2, em função da velocidade, de acordo com o
definido no quadro 2 do ponto 6.1;

Figura 8 - Representação da colocação das Barreiras de Segurança Sinalizadoras, em via única

Em zonas em curva, as barreiras poderão ter de ser colocadas


a uma distância do carril, superior à distância d2.

• São instaladas de acordo com o plano de implementação (Anexo II)


aprovado e anexado à ODT;
• São colocadas em toda a extensão dos trabalhos, garantindo-se
aberturas nos locais de passagem autorizada (atravessamentos de
nível autorizados);

31
• A fixação dos prumos ou elementos verticais tem de ser
suficientemente resistente, de forma a garantir que a deslocação do
ar provocada pela passagem do comboio não interfere com a sua
estabilidade;
• Na fixação ao solo deve ser verificada, previamente, a inexistência
de redes técnicas enterradas;
• A sua estabilidade tem de ser verificada periodicamente durante a
jornada de trabalho e para trabalhos com duração superior a um dia,
as redes ou correntes, têm de ser retiradas no final do período de
trabalho e recolocadas no dia seguinte, antes do seu início;
• Sempre que seja implementada uma LV para possibilitar a
diminuição da distância de colocação das barreiras, estas têm de
ser retiradas antes de ser retirada a LV;
• Esta medida de segurança não pode condicionar a circulação
ferroviária programada nem o estado da infraestrutura;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis e ligeiros;
• Não é permitida a sua utilização na entrevia nem em túneis;
• Não é permitida a utilização de fita sinalizadora;
• Sempre que os trabalhos possam originar a projeção de materiais
(e não esteja implementada também a MS1 / MS3) deve ser
utilizado, complementarmente, um avisador sonoro na frente de
trabalhos para assegurar a paragem dos trabalhos à passagem das
circulações. Nestas situações, deve ser garantido que o aviso é
emitido com a antecedência suficiente para que os trabalhos
estejam parados à passagem de circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.

8.2.2. Barreira de Segurança Rígida


Características
• Tem uma altura mínima de 0,90m. No caso de serem fixas a
prumos/elementos verticais, o afastamento entre estes deve
garantir a sua estabilidade durante a passagem das circulações
ferroviárias;
• Podem ainda considerar-se Barreiras de Segurança as estruturas
existentes de caráter permanente, com dimensão e resistência
adequada (ex.: vedações, elementos estruturais de obras de arte,
guarda-corpos e muros);

32
• A sua resistência mecânica garante a proteção de um trabalhador,
no caso da barreira de segurança sofrer um impacto lateral;
• São colocadas a uma distância nunca inferior a 2,0m das IFTE.

Requisitos de implementação
• As barreiras com altura de 0,90m são colocadas a delimitar a Zona
de Risco A, no mínimo à distância de segurança d2, em função da
velocidade, de acordo com o definido no quadro 2 do ponto 6.1.
Admite-se para este tipo de barreiras a possibilidade de redução da
distância d2:
• Até a um mínimo de 0,95m, no sentido da entrevia, em zonas
em reta e para velocidades nunca superiores a 30 km/h;
• De 2,50m até a um mínimo de 2,00m, para velocidades
superiores a 160 km/h e inferiores ou iguais a 220 km/h.
Em zonas em curva ou para barreiras com altura superior a
0,90m (medida a partir da mesa de rolamento dos carris), a
distância para colocação das barreiras poderá ter de ser
superior à distância d2, de forma a cumprir também o gabarito
de obstáculos.

Figura 9 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Rígidas, em via única

Figura 10 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Rígidas, em via dupla,


considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos
33
• São instaladas de acordo com o plano de implementação (Anexo II)
aprovado e anexado à ODT;
• São colocadas em toda a extensão dos trabalhos, garantindo-se
aberturas nos locais de passagem autorizada (atravessamentos de
nível autorizados);
• Quando fixas ao solo, deve ser verificado previamente, a
inexistência de redes técnicas enterradas;
• Se as barreiras de segurança rígidas forem metálicas, em linhas
eletrificadas, deve ser garantida a sua ligação à terra e a
continuidade elétrica entre os vários elementos metálicos que as
constituem, de acordo com o estabelecido no normativo ferroviário;
• A sua estabilidade tem de ser verificada periodicamente durante a
jornada de trabalho;
• Sempre que seja implementada uma LV para possibilitar a
diminuição da distância de colocação das barreiras, estas têm de
ser retiradas antes de ser retirada a LV;
• A atividade a ser desenvolvida ao abrigo desta medida de
segurança não pode condicionar a circulação ferroviária
programada nem o estado da infraestrutura;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis e ligeiros;
• Sempre que os trabalhos possam originar a projeção de materiais
(e não esteja implementada também a MS1 / MS3) deve ser
utilizado, complementarmente, um avisador sonoro na frente de
trabalhos para assegurar a paragem dos trabalhos à passagem das
circulações. Nestas situações deve ser garantido que o aviso é
emitido com antecedência suficiente para que os trabalhos estejam
parados à passagem de circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.

8.2.3. Barreira de Segurança Rígida Fixa ao Carril


Características
• São constituídas por montantes metálicos fixos ao carril por meio de
garras e por dois elementos horizontais paralelos de material
isolante, fixos aos montantes através do sistema de fixação;
• As suas características cumprem os requisitos de aceitação
definidos do GI, previstos no normativo ferroviário aplicável.

34
Requisitos de implementação
• São utilizadas no intervalo de velocidade I e colocadas a delimitar a
Zona de Risco A, no mínimo à distância de segurança d2, de acordo
com o definido no quadro 2 do ponto 6.1. Admite-se para este tipo
de barreiras a possibilidade de redução da distância d2:
• De 1,20m até a um mínimo de 0,95m, no sentido da entrevia,
em zonas em reta;
• Em zonas de curva, a redução da distância deve ser avaliada
caso a caso, tendo em consideração o efeito da flecha e da
escala.

Figura 11 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao Carril, em via única

Figura 12 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao carril, em via dupla,
considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos

• Encontram-se aceites pelo GI e o comprovativo do mesmo (Ficha


de Equipamento de Proteção Coletiva emitida pelo GI) está
disponível na frente de trabalhos;

35
• São instaladas de acordo com o plano de implementação (Anexo II)
aprovado e anexado à ODT e de acordo com o definido na Ficha de
Equipamento de Proteção Coletiva respetiva;
• A sua utilização está dependente da prévia verificação, após a sua
montagem e com uma periodicidade diária pelo Chefe dos
Trabalhos, de acordo com a lista de verificação constante da Ficha
de Equipamento de Proteção Coletiva respetiva.
Independentemente do referido a sua estabilidade tem de ser
verificada periodicamente durante a jornada de trabalho;
• São colocadas em toda a extensão dos trabalhos, garantindo-se
aberturas nos locais de passagem autorizada (atravessamentos de
nível autorizados);
• Sempre que seja implementada uma LV para possibilitar a
diminuição da distância de colocação das barreiras, estas têm de
ser retiradas antes de ser retirada a LV;
• A atividade a ser desenvolvida ao abrigo desta medida de
segurança não pode condicionar a circulação ferroviária
programada nem o estado da infraestrutura;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis e ligeiros;
• Sempre que os trabalhos possam originar a projeção de materiais
(e não esteja implementada também a MS1 / MS3) deve ser
utilizado, complementarmente, um avisador sonoro na frente de
trabalhos para assegurar a paragem dos trabalhos à passagem das
circulações. Nestas situações deve ser garantido que o aviso é
emitido com antecedência suficiente para que os trabalhos estejam
parados à passagem de circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.

8.3. Medida de Segurança 3 (MS3) - Sistema de Aviso de


Aproximação de Circulações (SAAC)
Medida de Segurança para trabalhos, na Zona de Risco A ou na sua
proximidade, que consiste num sistema de aviso que visa informar a
equipa de trabalho, de uma dada frente de trabalho, da aproximação das
circulações, determinando o desimpedimento imediato de toda a Zona de
Risco A por parte de pessoas, materiais e equipamentos.

Este sistema comporta duas etapas, consistindo a primeira delas, na


deteção da aproximação das circulações (anúncio) e a segunda, no aviso
para os trabalhadores da frente de trabalhos (aviso).
36
Existem 3 tipos de sistemas de aviso de aproximação de circulações,
listadas a partir do mais seguro:

• Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Automático


(SAACA);
• Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Semiautomático
(SAACSA);
• Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
(SAACM). Este sistema pode ainda, mediante cumprimento dos
requisitos definidos, ser simplificado (SAACMS).
Sempre que os SAACA e SAACSA disponham dessa funcionalidade, são
ainda permitidas situações mistas de anúncio efetuadas por meio de
processos automáticos e por processos manuais.

As características específicas de cada um dos sistemas (SAACA,


SAACSA e SAACM, incluindo o SAACMS) e os requisitos
complementares para a sua utilização são apresentados nos pontos
seguintes.

Operação do Sistema
• A componente de anúncio é sempre colocada a montante dos
trabalhos de ambos sentidos por forma a garantir a Distância de
Anúncio (Anexo I) e a componente de aviso é posicionada na frente
de trabalhos;
• Após a emissão do alarme do aviso de aproximação de circulações,
procede-se de imediato à:
• Paragem dos trabalhos;
• Posicionamento de trabalhadores, materiais e equipamentos
na Zona Segura;
• Imobilização dos equipamentos pesados paralelamente à via-
férrea e na Zona Segura.
Os trabalhos só são retomados por indicação do Coordenador de
Vigilância, após verificada a operacionalidade do sistema, verificada
a saída total da circulação da frente de trabalhos e de estar
garantido que não se aproximam outras circulações, exceto
aquando da libertação automática do alarme do aviso à frente dos
trabalhos no SAACA.

37
Requisitos de implementação
• Os trabalhadores e materiais afetos ao sistema estão posicionados
na Zona Segura;
• São cumpridas as Distâncias de Anúncio (Anexo I), que variam em
função da velocidade das circulações e do tempo necessário para
desimpedir a via, calculadas de acordo com a seguinte fórmula de
cálculo:

𝑡
𝐷𝐴 = × 𝑣 × 1000
3600

em que:
DA, é a distância de anúncio em m (metros), sendo o
arredondamento feito superiormente à meia centena ou à centena;
t, é o tempo de desimpedimento da via em s (segundos);
v, é a velocidade em km/h (quilómetros por hora).
• O tempo de desimpedimento mínimo considerado, para
posicionamento na Zona Segura é de 15 segundos;
• O aviso é efetuado por meio de avisador sonoro elétrico ou de carga
de bomba de ar audível de forma clara e inequívoca na frente de
trabalhos;
• O ambiente sonoro na frente de trabalhos, permite a audição do
aviso de uma forma clara e sem suscitar dúvidas;
• Para efeitos de gestão dos recursos afetos à vigilância ou
comunicações de emergência deve ser utilizado um meio de
comunicação eficaz e fiável,
• O Coordenador de Vigilância (no SAACM e SAAMS) e os Vigilantes
estão dedicados em exclusivo a essa função, podendo ser
substituídos por outros trabalhadores durante o período de
trabalhos, desde que deviamente qualificados e garantindo sempre
os mesmos níveis de segurança;
• O Coordenador de Vigilância e os Vigilantes devem ter um período
de descanso de 15 minutos por cada 2 horas;
• A atividade a ser desenvolvida ao abrigo desta medida de
segurança não pode condicionar a circulação ferroviária
programada nem o estado da infraestrutura;
• Para trabalhos na Zona de Risco A podem ser utilizados
equipamentos portáteis e ligeiros. Para trabalhos na sua
38
proximidade podem ser utilizados equipamentos portáteis, ligeiros
ou equipamentos pesados não carrilados, desde que posicionados
na Zona Segura exterior à banqueta e garantam a não invasão da
Zona de Risco C (quando aplicável). No caso de equipamentos
pesados a MS3 é complementada com a MS2. Pode ser dispensada
a MS2 mediante avaliação dos riscos, que identifique não ser
necessária a implementação da MS2;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.

Poderá dispensar-se o cumprimento da distância de anúncio,


quando:

• O Coordenador de Vigilância/ Vigilante possa estar


localizado de frente para a informação semafórica
rodoviária da Passagem de Nível Automatizada;
• Os trabalhos não necessitem de um tempo de
desimpedimento superior a 15seg e não interfiram com
nenhum componente da PN;
• e desde que a PN se mantenha no seu estado normal
funcionamento.
Nestas situações este requisito é substituído pela informação
semafórica e o alarme é igualmente assegurado pelo
Coordenador de Vigilância/ Vigilante.

A paragem dos trabalhos é obrigatória, independente do sentido


de circulação do comboio e do número de vias.

8.3.1. Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Automático


(SAACA)
Características específicas do SAACA
• As componentes de anúncio e aviso são efetuadas por
equipamentos e processos completamente automáticos;
• A componente de aviso é assegurada em toda a extensão da frente
de trabalhos, por avisadores sonoros elétricos e por sinalização
luminosa intermitente;
• A libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos pode ser
efetuada de forma manual, através do Coordenador de Vigilância
ou através de processos automáticos;
• O sistema funciona por cabo ou por radiofrequência.

39
Operação do SAACA
• O sistema é operado apenas pelo Coordenador de Vigilância;
• O Coordenador de Vigilância pode estar envolvido noutras
atividades devendo estar na frente dos trabalhos por forma a
assegurar a libertação do alarme (quando aplicável) ou a resolução
de qualquer falha;
• A componente de anúncio deve ser colocada à Distância de Anúncio
prevista no Anexo I, salvo se especificado de outra forma na Ficha
de Especificação de EPC e o seu acionamento é automático, à
passagem das circulações;
• A componente de aviso é assegurada através do alarme emitido,
em toda a extensão da frente de trabalhos, por avisadores sonoros
elétricos e por sinalização luminosa intermitente;
• Ao ser acionada a componente de anúncio é despoletado
automaticamente o aviso na frente de trabalhos;
• A retoma dos trabalhos só pode ocorrer de duas formas distintas:
• Quando a libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos
é assegurada automaticamente, após cessar o alarme;
• Quando a libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos
é assegurada de forma manual, por indicação do
Coordenador de Vigilância e após verificada a saída total da
circulação da frente de trabalhos, de estar garantido que não
se aproximam outras circulações e verificada a
operacionalidade do sistema.

Requisitos complementares de implementação do SAACA


• O sistema, incluindo todos os seus componentes, estão aceites pelo
GI e o comprovativo do mesmo (Ficha de Equipamento de Proteção
Coletiva emitida pelo GI) está disponível na frente de trabalhos;
• O sistema, incluindo todos os seus componentes, deve ser
acompanhado dos certificados emitidos pelo fabricante que ateste
a realização das ações de verificação ou manutenção periódica
preconizadas;
• São instalados de acordo com as instruções do fabricante e o
projeto de implementação do SAACA elaborado pelo fabricante ou
seu representante (de acordo com a IT.GER.006) e aprovado pela
IP (em anexo à ODT);

40
• No caso de se operar com sistema que funcione via radiofrequência,
deve garantir-se, previamente, que no local de trabalho estão
garantidas as condições de emissão e receção dos sinais de rádio
para a utilização dos equipamentos;
• A sua utilização está dependente da prévia verificação, após a sua
montagem e com uma periodicidade diária, pelo Coordenador de
Vigilância, de acordo com a lista de verificação constante da Ficha
de Equipamento de Proteção Coletiva respetiva;
• Sempre que surja uma falha do sistema deve interromper-se os
trabalhos. Estes só podem ser retomados, após a resolução da
falha.

8.3.2. Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações


Semiautomático (SAACSA)
Características específicas do SAACSA
• A componente de anúncio é operada por Vigilantes, sendo a
componente de aviso efetuada por equipamentos automáticos;
• A componente de aviso é assegurada, em toda a extensão da frente
de trabalhos, por avisadores sonoros elétricos e por sinalização
intermitente;
• A libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos é despoletada
de forma manual;
• O sistema funciona por cabo ou por radiofrequência.

Operação do SAACSA
• O sistema é operado por uma equipa de vigilância, constituída pelo
Coordenador de Vigilância e 2 (dois) Vigilantes. Em zonas de
bifurcação, admite-se ainda a possibilidade do número de Vigilantes
poder ser aumentado, não podendo, contudo, existir mais que 1
(um) Vigilante, no mesmo sentido de uma dada via;
• O Coordenador de Vigilância pode estar envolvido noutras
atividades devendo estar na frente dos trabalhos por forma a
assegurar a libertação do alarme ou a resolução de qualquer falha;
• Os Vigilantes estão dedicados em exclusivo à função e devem estar
posicionados de ambos os lados da frente de trabalhos, na Zona
Segura e de forma a assegurar a Distância de Anúncio (dada pela
soma da distância entre o elemento extremo que constitui a equipa
de trabalho e a posição do vigilante, mais a distância de visibilidade
41
do Vigilante para a deteção de comboios) prevista no Anexo I, salvo
se especificado de outra forma na Ficha de Especificação de EPC;
• O Vigilante ao avistar a circulação ferroviária deve emitir o anúncio,
através do acionamento do dispositivo que faz despoletar
automaticamente o aviso na frente de trabalhos;
• A libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos é assegurada
de forma manual pelo Coordenador de Vigilância e após verificada
a saída total da circulação da frente de trabalhos, de estar garantido
que não se aproximam outras circulações e verificada a
operacionalidade do sistema.

Requisitos complementares de implementação do SAACSA


• O sistema, incluindo todos os seus componentes, estão aceites pelo
GI e o comprovativo do mesmo (Ficha de Equipamento de Proteção
Coletiva emitida pelo GI) está disponível na frente de trabalhos;
• O sistema, incluindo todos os seus componentes, deve ser
acompanhado dos certificados emitidos pelo fabricante que ateste
a realização das ações de verificação ou manutenção periódica
preconizadas;
• São instalados de acordo com as instruções do fabricante e o
projeto de implementação do SAACSA elaborado pelo fabricante ou
seu representante (de acordo com a IT.GER.006) e aprovado pela
IP (em anexo à ODT);
• No caso de se operar com um sistema que funcione via
radiofrequência, deve garantir-se, previamente, que no local de
trabalho são garantidas as condições de emissão e receção dos
sinais de rádio para a utilização dos equipamentos;
• A sua utilização está dependente da prévia verificação, após a sua
montagem e com uma periodicidade diária, pelo Coordenador de
Vigilância, de acordo com a lista de verificação constante da Ficha
de Equipamento de Proteção Coletiva respetiva;
• Sempre que surja uma falha do sistema deve interromper-se os
trabalhos. Estes só podem ser retomados, após a resolução da
falha.

42
Sempre ocorra uma situação de mau funcionamento de um
SAACA ou SAACSA em que não é detetada a origem da falha,
deve ser comunicada por escrito à Unidade Orgânica do GI
com atribuições na área da segurança, através de um relatório,
reportando detalhadamente a ocorrência.

8.3.3. Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual


Características específicas do SAACM
• As componentes de anúncio e aviso são operadas pelo
Coordenador de Vigilância e Vigilantes, sem recorrer a nenhum
sistema automático;
• As componentes de anúncio e aviso são asseguradas por
avisadores sonoros elétricos ou de carga de bomba de ar.

Operação do SAACM
• A equipa de Vigilância é constituída pelo Coordenador de Vigilância
e 2 (dois) Vigilantes. Em zonas de bifurcação, admite-se ainda a
possibilidade do número de Vigilantes poder ser aumentado, não
podendo, contudo, existir mais do que 1(um) Vigilante, no mesmo
sentido de uma dada via;
• O sistema é operado pelo Coordenador de Vigilância e pelos
Vigilantes;
• O sistema é instalado de acordo com o plano de implementação
aprovado (em anexo à ODT);
• O Coordenador de Vigilância deve estar posicionado próximo da
componente de aviso, no centro da frente de trabalhos, na Zona
Segura;
• Os Vigilantes devem estar posicionados a montante da frente de
trabalhos relativamente às circulações ferroviárias, na Zona Segura,
e de forma a assegurar a Distância de Anúncio (dada pela soma da
distância entre o elemento extremo que constitui a equipa de
trabalho e a posição do vigilante mais a distância de visibilidade do
Vigilante para a deteção de comboios) prevista no Anexo I;
• O Coordenador de Vigilância deve ter contacto visual com os
Vigilantes;
• A distância máxima entre o Coordenador de Vigilância e cada um
dos Vigilantes é de 150 metros;
43
• O Coordenador de Vigilância e os Vigilantes encontram-se
equipados com avisadores sonoros;
• O Vigilante ao avistar a circulação ferroviária à Distância de
Anúncio, emite o anúncio, através do acionamento do avisador
sonoro, ao Coordenador de Vigilância;
• O Coordenador de Vigilância imediatamente após a receção do
anúncio, emite o aviso, através do acionamento do avisador sonoro;
• O acionamento do avisador sonoro, para efeitos de anúncio e aviso,
é efetuado por um período igual ou superior a 3 (três) segundos;
• A montagem do sistema representa-se no esquema seguinte:

Figura 13 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual

Requisitos complementares de implementação do SAACM


• A distância máxima entre os elementos extremos que constituem a
equipa de trabalhos é de 50 metros;
• O Coordenador de Vigilância não pode acumular com a função de
Chefe dos Trabalhos;
• Não é permitida a implementação desta medida em vias/linhas
gerais, em zonas suburbanas, em hora de ponta, de acordo com o
definido no Anexo VI, exceto quando cumpridos cumulativamente
os seguintes requisitos:

44
• frentes de trabalho fixas;
• trabalhos realizados fora da Zona de Risco A;
• implementação de barreiras de segurança.
• Em frentes de trabalho móveis só é permitida a implementação
desta medida numa das vias (plena via) / linhas (estação);
• Em frentes de trabalho fixas são permitidos trabalhos, no máximo,
em 2 vias/linhas em simultâneo;
• Para atravessar a via-férrea é considerada a possibilidade de
implementar esta medida em mais do que 1 via/linha;
• Sempre que:
• o Coordenador de Vigilância e/ou os Vigilantes não estejam
na mesma via / linha que a restante equipa de trabalho ou;
• esta medida seja implementada em mais que uma via/ linha
em simultâneo
deve ser garantido o contacto visual permanente entre o
Coordenador de Vigilância, os Vigilantes e os restantes elementos
da equipa de trabalho. Nestas situações, sempre que se aproxime
um comboio que possa condicionar a visibilidade entre o
Coordenador de Vigilância, Vigilantes e a equipa, e
independentemente do local dos trabalhos, devem igualmente os
Vigilantes e Coordenador de Vigilância emitir o anúncio e aviso à
equipa quando detetarem a aproximação da circulação, à Distância
de Anúncio (Anexo I) determinando a paragem imediata dos
trabalhos e posicionamento da equipa, materiais e equipamentos na
Zona Segura;
• A velocidade máxima das circulações permitida, em função do
tempo necessário para desimpedimento da via, é de:
• v= 130 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 15 s;
• v= 60 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 30 s;
• v= 40 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 45 s;
• v= 30 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 60 s.

8.3.4. Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual


Simplificado

45
Admite-se a possibilidade de o sistema de aviso de aproximação de
circulações manual ser simplificado, ou seja, do Coordenador de
Vigilância acumular as funções, de um ou mais Vigilantes nas seguintes
condições:

• O Coordenador de Vigilância consegue garantir, a partir do local dos


trabalhos, a(s) Distância(s) de Anúncio (dadas pela visibilidade do
Coordenador de Vigilância);
• A distância máxima entre os elementos extremos que constituem a
equipa de trabalho é de 20 metros e;
• A equipa de trabalho é constituída, no máximo, por 6 (seis)
trabalhadores.
Nesta situação, as condições de Operação e Requisitos são iguais às do
Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual, com exceção
do seguinte:

Operação do SAACMS
• O Coordenador de Vigilância emite o aviso, através do acionamento
do avisador sonoro;
• Imediatamente após a receção do anúncio, caso exista vigilante;
• Quando detetar a aproximação da circulação, à Distância de
Anúncio (Anexo I), caso não exista vigilante.

Figura 14 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual


Simplificado com um Coordenador de Vigilância e um Vigilante

46
Figura 15 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
Simplificado com um Coordenador de Vigilância

8.4. Medida de Segurança 4 - Reservado

8.5. Medida de Segurança 5 (MS5) - Limitação Temporária


de Velocidade Máxima das Circulações
Medida de Segurança para trabalhos na Zona de Risco A ou na sua
proximidade, complementar a outras medidas de segurança,
implementada pelo GI, que consiste na redução temporária da velocidade
máxima autorizada em vigor numa via, imposta às circulações.

Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, em função do valor de
folga do Horário por troços da rede, decorrente das margens de
regularidade ou suplementares da circulação definidas;
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelos Operadores Ferroviários, PGI, Unidade
Orgânica do GI responsável pela manutenção da rede ferroviária
nacional e Chefe dos Trabalhos. O Chefe dos Trabalhos não pode
dar início aos trabalhos sem que tenha obtido a prévia autorização
por parte do PGI;
• Esta medida de segurança pode ser implementada para:
• Permitir a implementação de outra medida de segurança;

47
• Reduzir a distância de segurança horizontal (d2), relativa à
delimitação da área da Zona de Risco A, em função da
alteração dos Intervalos de Velocidade;
• Reforçar a eficácia de outra medida de segurança;
• Para trabalhos que possam instabilizar a via ou a sua
infraestrutura.
• Esta é uma medida de segurança complementar a outra(s)
medida(s) de segurança ferroviárias;
• Devem ser cumpridos os procedimentos definidos no RGS II –
Sinais, ICS 102 – Normas e Procedimentos Complementares ao
RGS II e PCG 06/2022 – Implementação de Limitações de
Velocidade Temporárias;
• Existe Zona Segura, adequada aos recursos a utilizar.

8.6. Medida de Segurança 6 (MS6) - Reservado

8.7. Medida de Segurança 7 (MS7) - Suspensão Temporária


da Circulação para Trabalhos na Infraestrutura
Medida de segurança, para trabalhos na Zona de Risco A ou na sua
proximidade, implementada pelo GI, que consiste na suspensão
temporária da circulação num determinado troço de linha, nos intervalos
entre a circulação de comboios.

Quando implementada uma MS7 na proximidade de outras vias


em exploração, deve, para o efeito, ser avaliada a possibilidade
de invasão das Zonas de Risco das vias contíguas e a
necessidade de implementar medidas de segurança
adequadas para essas vias.

Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, de acordo com a
disponibilidade em horário;
• É implementada nos intervalos entre circulações, para o local dos
trabalhos definido na sua programação em ODT, incluindo esquema
com a localização inequívoca dos trabalhos;
• Pode ser implementada (individualmente ou em simultâneo):

48
• Em troços de plena via;
• Em estação:
• Nas linhas principais e secundárias;
• entre dois pontos singulares (Sinais ou AMV);
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelo CCO, Responsável pela Circulação na Estação
e pelo Chefe dos Trabalhos. A autorização para realização dos
trabalhos é efetuada pelo CCO e o Chefe dos Trabalhos não pode
dar início aos trabalhos sem ter em seu poder a respetiva
autorização;
• São cumpridas as formalidades para pedido, autorização e
conclusão dos trabalhos, registadas através dos modelos gerados
automaticamente pelo sistema eODT, conforme Anexo IV;
• Em troços com mais que uma via só é permitida a suspensão da
circulação de uma das vias, mantendo-se a(s) outras abertas à
exploração em estrito cumprimento da regulamentação em vigor. A
suspensão temporária em mais do que uma via, apenas é permitida
para intervenções em diagonais de ligação e para limpeza de
aparelhos de apoio de pontes, quando o tabuleiro suporte mais do
que uma via;
• No troço para onde é solicitada a suspensão temporária da
circulação para trabalhos na infraestrutura, só é permitida uma
única frente de trabalhos, ao abrigo desta medida de segurança;
• Dentro dos limites do troço em causa, é permitida ainda a existência
de outras frentes de trabalho definidas por outras ODT, desde que
protegidas por medidas de segurança adequadas e desde que
essas medidas sejam a MS1, MS2, MS3 ou MS5;
• Não é permitida a implementação desta medida em estações que
estejam incluídas, parcial ou totalmente, em medidas de segurança
MS7 ou MS8;
• A necessidade de realização imprevista de qualquer circulação
extraordinária, ou outra perturbação inesperada na circulação,
obriga a que, após ordem nesse sentido por parte do GI
(Responsável pela Circulação), o Chefe dos Trabalhos cesse
imediatamente os trabalhos e entregue em segurança a via livre, em
condições de exploração, num período de tempo nunca superior a
15 (quinze) minutos;

49
• Só são permitidos trabalhos em que não seja previsível a
possibilidade de afetação do desempenho da infraestrutura após a
realização dos mesmos;
• O Chefe dos Trabalhos tem de possuir meios de comunicação que
permitam o contacto permanente com o GI (Responsável pela
Circulação);
• O Chefe dos Trabalhos tem de ter controlo visual sobre toda a frente
de trabalhos;
• Esta medida de segurança não pode condicionar a circulação
ferroviária programada nem o estado da infraestrutura;
• Para trabalhos na Zona de Risco A podem ser utilizados
equipamentos portáteis, ligeiros e equipamentos ligeiros carrilados
para transporte de materiais. Para trabalhos na proximidade da
Zona de Risco A podem ser utilizados equipamentos portáteis,
ligeiros ou até equipamentos pesados não carrilados, desde que
posicionados na Zona Segura exterior à banqueta e garantam a não
invasão da Zona de Risco C (quando aplicável).

8.8. Medida de Segurança 8 (MS8) - Interdição da Via


Medida de segurança para trabalhos na Zona de Risco A ou na sua
proximidade, implementada pelo GI, que interdita a exploração ferroviária
num troço de via definido, sendo, contudo, permitida a movimentação de
material circulante de serviço e outros veículos equiparados.
Quando implementada uma MS8 na proximidade de outras vias
em exploração, deve, para o efeito, ser avaliada a possibilidade
de invasão das Zonas de Risco das vias contíguas e a
necessidade de implementar medidas de segurança
adequadas para essas vias.

Figura 16 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, em via


única

50
Figura 17 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, numa
das vias, num troço de via dupla

Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, de acordo com a
disponibilidade;
• É proibida a exploração ferroviária no troço de via definido;
• O pedido de Interdição da Via é obrigatório mesmo que tenha sido
efetuado outro pedido de Interdição da Via para o mesmo local;
• São cumpridos os procedimentos definidos no RGS XII;
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelo CCO e Agentes na via interdita. O Chefe dos
Trabalhos não pode dar início aos trabalhos sem ter em seu poder
a respetiva autorização;
• Existem boas condições de iluminação artificial, para os trabalhos
realizados durante a noite;
• Quando numa mesma Interdição exista mais que uma frente de
trabalhos e, simultaneamente, estejam previstos equipamentos
pesados carrilados e não existam condições de iluminação natural
suficiente, deve ser avaliada a necessidade de implementação de
sinalização de segurança que delimite as equipas de trabalho;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis, ligeiros,
equipamentos ligeiros carrilados para transporte de materiais e
pesados na Zona de Risco A ou na sua proximidade;
• Sempre que existam equipamentos pesados carrilados, ou existe
Zona Segura, adequada aos recursos a utilizar, que garanta a
proteção e o resguardo dos trabalhadores à sua passagem ou os
trabalhos são previamente coordenados com o Dono da Obra de
forma a garantir que durante a passagem dos equipamentos
pesados carrilados não existem trabalhadores em locais onde não
existe Zona Segura.

51
8.9. Medida de Segurança 9 (MS9) – Reservado

8.10. Medida de Segurança 10 (MS10) - Corte de Tensão


Elétrica na Catenária e/ou Feeder
Medida de Segurança para trabalhos, na Zona de Risco C ou na sua
proximidade, implementada pelo GI, que consiste no corte de tensão
elétrica num dado troço de catenária ou feeder definido e respetiva ligação
à terra. Após ter sido desligada a tensão elétrica da catenária ou feeder
permanecem tensões residuais, pelo que não fica eliminado o risco de
eletrocussão. A segurança só é garantida após a ligação à terra, através
de Varas de Terra e Ligadores Complementares, quando aplicáveis.

Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, de acordo com a
disponibilidade;
• Utiliza-se nos trabalhos que invadam, ou possam invadir, a Zona de
Risco C, originando a aproximação direta ou indireta a uma
distância inferior à distância de segurança d1 das partes das
instalações fixas para tração elétrica em tensão;
• Consiste na manobra dos aparelhos de corte adequados, num dado
troço de catenária ou feeder definido, e respetiva ligação à terra;
• O pedido de Corte de Tensão é sempre obrigatório mesmo que a
tensão elétrica se encontre desligada ou que tenha sido efetuado
outro pedido de corte de tensão para o mesmo local;
• São cumpridos os procedimentos definidos no RGS IX, RGS XII e
PR.GER.001;
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelo CCO, PGI e Agentes na via interdita. O Chefe
dos Trabalhos não pode dar início aos trabalhos sem ter em seu
poder a respetiva autorização;
• Existem boas condições de iluminação artificial, para os trabalhos
realizados durante a noite;
• Só é permitido realizar trabalhos, quando se verificar
cumulativamente o seguinte:
• Estão manobrados os aparelhos de corte adequados;
• Está interdito o acesso a circulações com pantógrafos
levantados (no caso da catenária);

52
• Estão efetuados os procedimentos de segurança para a
realização dos trabalhos, incluindo a ligação à terra, através
da colocação de Varas de Terra e/ou Ligadores
Complementares.
• As Varas de Terra e/ou Ligadores Complementares encontram-se
aceites pelo GI e estão em bom estado de conservação;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis, ligeiros e pesados, na
Zona de Risco A ou na sua proximidade;
• Sempre que existam equipamentos pesados carrilados, ou existe
Zona Segura, adequada aos recursos a utilizar, que garanta a
proteção e o resguardo dos trabalhadores, à sua passagem ou, os
trabalhos são previamente coordenados com o Dono da Obra (RGS
XII) de forma a garantir que durante a passagem dos equipamentos
pesados carrilados não existem trabalhadores em locais onde não
existem Zona Segura.

Figura 18 - Representação da implementação da medida de segurança Corte de Tensão Elétrica


na Catenária

8.11. Medida de Segurança 11 – Reservado

53
9. Medidas de segurança associadas às Zonas de
Risco

Qualquer trabalho nas Zonas de Risco, e na sua proximidade, quando


exista a possibilidade de invasão, está dependente da implementação de
medidas de segurança que eliminem os riscos ferroviários (Zona Segura)
ou os minimizem para níveis considerados aceitáveis (Zona de Risco).

Para eliminar ou controlar os riscos ferroviários associados às Zonas de


Risco é necessário adotar e implementar uma ou mais medidas de
segurança, por cada risco identificado.

Medidas de segurança que ELIMINAM o risco ferroviário


(Zona Segura)

Riscos Medidas de segurança aplicáveis

• Interdição da Via (MS 8)


• Suspensão Temporária da Circulação para
Atropelamento Trabalhos na Infraestrutura (MS 7)
ferroviário • Barreiras de Segurança (MS 2)
• Fixas ao carril
• Rígidas

Colisão de circulações • Interdição da Via (MS 8)


ferroviárias com • Suspensão Temporária da Circulação para
equipamentos e
materiais Trabalhos na Infraestrutura (MS 7)

Eletrocussão • Corte de tensão elétrica da catenária e/ou feeder

Quadro 5 – Medidas de segurança que eliminam o risco

54
9.1. Medidas de segurança que CONTROLAM o risco
(ZONA DE RISCO)

Riscos Medidas de segurança aplicáveis

• Aviso à Frente de Trabalhos (MS 1)


Atropelamento • Barreiras de Segurança Sinalizadoras (MS 2)
ferroviário • Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações
(MS 3)

Colisão de circulações • Aviso à Frente de Trabalhos (MS 1)


ferroviárias com • Barreiras de Segurança (MS 2)
equipamentos e • Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações
materiais (MS 3)

Quadro 6 – Medidas de segurança que controlam o risco

Quando implementadas medidas de segurança que controlem


os riscos é necessário garantir a existência de uma Zona
Segura, exterior às Zonas de Risco, para, em tempo útil,
garantir o posicionamento, em segurança dos trabalhadores,
equipamentos e materiais à passagem das circulações
ferroviárias.

9.2. Definição das medidas de segurança


As medidas de segurança devem ser definidas de acordo com a seguinte
hierarquia:

• Medidas de Segurança que ELIMINAM o risco


• Medidas de Segurança que CONTROLAM o risco
Haverá que considerar ainda na definição das medidas de segurança, a
sua possível interferência com a exploração ferroviária e a necessidade
de minimizar esses efeitos.

Na tabela seguinte sintetizam-se as medidas de segurança mínimas a


considerar, em função das Zonas de Risco invadidas e tipo de
equipamentos utilizados.

55
Tipo de equipamentos possíveis de serem
Medidas
utilizados
Frente de Trabalho mínimas de
Ligeiros carrilados
Portáteis Ligeiros para transporte de Pesados segurança
materiais

X - - - 1
X X - - 3
Zona de Risco A
X X X - 7
X X X X 8
X - - - 1
Proximidade da Zona
X X - - 1
de Risco A
X X - X 2+3
Zona de Risco C ou sua
X X X X 10
proximidade

Quadro 7 - Medidas de segurança mínimas a considerar, em função das Zonas de Risco invadidas e
tipo de equipamentos utilizados

Para além do acima descrito, determinam a implementação das medidas


de segurança que ELIMINAM os riscos de atropelamento ferroviário,
colisão de circulações ferroviárias com equipamentos e materiais ou
Instabilização/ danos na via-férrea ou na infraestrutura, os seguintes
critérios:

• Questões técnicas relacionadas com o trabalho e que inviabilizam


ou colocam em risco a circulação ferroviária;
• A inexistência de Zona Segura ou a impossibilidade de alcançar a
Zona Segura durante o tempo de desimpedimento previsto;
• A utilização de equipamentos que não possam ser retirados
atempadamente da Zona de Risco;
• A impossibilidade de cumprir integralmente os requisitos de
implementação das medidas de segurança que controlam o risco.
Sempre que, por algum motivo, não seja possível implementar a medida
se segurança mínima, deverá avaliar-se a implementação de outra
medida de segurança subsequente ou complementar, adequada aos
trabalhos em causa.

Relativamente ao risco de eletrocussão, sempre que exista a


possibilidade de invasão da Zona de Risco C, é vinculativa a
implementação de medida de Segurança que ELIMINE esse risco.

56
10. Requisitos de Segurança, para Trabalhos na Via-
Férrea e na sua Proximidade

10.1. Avaliação dos Riscos


A realização de trabalhos na via-férrea e na sua proximidade carece da
prévia análise e avaliação dos riscos que lhe estão associados, incluídas
no instrumento de gestão da segurança no trabalho que lhe seja aplicado:

• Plano de Segurança e Saúde / Ficha de Procedimentos de


Segurança, no caso dos trabalhos de âmbito construtivo realizados
por Empreiteiros / Prestadores de Serviço / Entidades Externas;
• Plano de Prevenção de Riscos Profissionais, no caso dos trabalhos
de âmbito não construtivo realizados por Prestadores de Serviço /
Entidades Externas;
• Fichas de Análise de Riscos, no caso dos trabalhos executados por
Colaboradores IP.
Os procedimentos legais relativos à análise e validação técnica das
medidas de segurança pelo Coordenador de Segurança em Obra e
aprovação pelo Dono da Obra, para trabalhos realizados por Empreiteiros
/ Prestadores de Serviço / Entidades Externas aplicam-se igualmente às
medidas de segurança previstas na IET 77, devendo estas ser
consideradas no instrumento de gestão de segurança aplicável.

A programação de trabalhos em ODT/OS deve ser efetuada em


conformidade com o previamente definido no instrumento de gestão de
segurança aprovado.

As medidas de segurança definidas na programação de


trabalhos (ODT/OS) não pode contrariar o definido no
instrumento de gestão de segurança em vigor.

10.2. Seleção das medidas de segurança para trabalhos


Para a seleção das medidas de segurança para trabalhos na via-férrea e
sua proximidade deve ter-se em consideração, para além dos parâmetros
de segurança definidos noutros documentos de regulamentação
ferroviária e normativo do GI aplicáveis, o seguinte:

57
• A natureza das atividades e trabalhos a executar;
• O tempo previsto para a sua realização;
• Os recursos humanos e materiais envolvidos;
• Os condicionalismos existentes;
• Os acessos ao local dos trabalhos;
• A velocidade praticada no troço;
• As Zonas de Risco invadidas;
• A existência de Zonas Seguras;
• Os riscos ferroviários existentes e que se pretendem
eliminar/controlar;
• As medidas de segurança aplicáveis e os seus requisitos de
implementação;
• A necessidade de minimização da afetação da exploração
ferroviária.
Para a efetiva eliminação ou minimização dos riscos associados aos
trabalhos, é necessário integrar as medidas de segurança adequadas:

• no planeamento;
• na organização prévia do trabalho;
• durante a realização dos trabalhos.

10.3. Requisitos para Utilização de Equipamentos de


Trabalho
Equipamentos portáteis
Podem ser utilizados ao abrigo de todas as MS previstas na IET 77.

Equipamentos ligeiros
Podem ser utilizados ao abrigo de todas as MS previstas na IET 77,
contudo na MS1 e MS2, só podem ser utilizados na proximidade da Zona
de Risco A.

Equipamentos ligeiros carrilados


A sua utilização está pendente do cumprimento dos seguintes requisitos
cumulativos:

• MS7 (Suspensão Temporária da Circulação para Trabalhos na


Infraestrutura) e/ou MS8 (Interdição de Via);

58
• sistema de imobilização, por forma a impossibilitar o movimento
intempestivo;
• sistema de comando/manípulo, só permitindo a movimentação por
desativação do sistema de freios;
• dimensionados para a carga a transportar, não excedendo o peso
de 250 kg (tara + carga), no caso da MS7;
• acondicionamento da carga, de forma a evitar a queda/projeção de
materiais.

Equipamentos pesados
Quando posicionados na proximidade da Zona de Risco A, podem ser
utilizados ao abrigo da MS3, MS7 ou MS8. A MS3 é complementada com
a MS2. Pode ser dispensada a MS2 mediante avaliação dos riscos, que
identifique não ser necessária a implementação da MS2.

Na Zona de Risco A só podem ser utilizados ao abrigo da MS8 e sempre


que necessário, complementada com a MS10 (de acordo com o indicado
no DCV do equipamento e Zona de Risco invadida).

10.4. Autorização para a Realização de Trabalhos


Independentemente da aprovação das medidas de segurança, a
realização de trabalhos na via-férrea e na sua proximidade, carece da
prévia autorização do GI.

Sempre que o entenda necessário, o GI pode exigir o reforço das medidas


de segurança definidas para os trabalhos.

Qualquer trabalho que possa interferir com o normal funcionamento da


infraestrutura ferroviária deverá ser coordenado com o GI, nas
especialidades envolvidas.

10.5. Condições Obrigatórias para a Realização de


Trabalhos
Para a realização de trabalhos consideram-se obrigatórias as seguintes
condições:

• Os trabalhadores devem possuir as qualificações necessárias;


• Ter sido realizada a reunião prévia à execução dos trabalhos;

59
• Existe análise e avaliação de riscos e estão definidas as medidas
de prevenção e esse documento está disponível na frente de
trabalhos;
• Existem condições atmosféricas adequadas;
• Existem condições para cumprimento integral dos requisitos de
implementação de cada medida de segurança a adotar;
• Os equipamentos são adequados, estão em boas condições e é
garantido o seu posicionamento em Zona Segura, à passagem das
circulações (quando aplicável);
• Estão disponíveis os contactos de emergência e meios de
comunicação para o efeito;
• Existe Autorização para a realização dos trabalhos.

10.6. Realização de trabalhos programados em ODT em


troços de via interdita e/ou com corte de tensão
elétrica (MS8/MS10)
Num troço de via interdita e/ou com corte de tensão elétrica é permitido
existirem outra(s) frente(s) de trabalho, desde que:

• protegida(s) pela(s) adequada(s) medida(s) de segurança;


• essa(s) medida(s) se enquadrem nas MS1, MS2, MS3;
• existam condições para cumprir todos os requisitos da(s) medida(s)
de segurança programadas;
• a realização dos trabalhos não exija a intervenção do CCO ou altere
as condições da infraestrutura.
Neste enquadramento o Dono da Obra (RGS XII) é responsável apenas
pelos trabalhos previstos em OS.

10.7. Utilização de Telemóveis


A utilização de telemóveis não é permitida na Zona de Risco, à exceção
das situações, em que, pela natureza da atividade seja requerida a
comunicação e a presença simultânea na Zona de Risco.

10.8. Acessos, Circulação e Atravessamentos


Na fase de planeamento, devem ser tidos em consideração os pontos de
acesso ao local de realização dos trabalhos e quais os itinerários seguros.
Na escolha dos itinerários deve ser considerada a proximidade em

60
relação à frente de trabalhos e garantir que o acesso ao local dos
trabalhos se efetua através da Zona Segura. Quando tal não seja
possível, devem ser implementadas as medidas de segurança
adequadas.

A circulação pedonal dos trabalhadores, em vias múltiplas, deve realizar-


se, sempre que possível, no sentido contrário ao sentido normal de
circulação dos comboios, não devendo, porém, ser descurada a
possibilidade de existência de circulações em contravia.

Os atravessamentos da via, por trabalhadores, devem efetuar-se,


preferencialmente, nos atravessamentos de nível autorizados e depois de
se assegurar de que não existe nenhuma circulação próxima. Quando tal
não seja possível, devem ser implementadas as medidas de segurança
adequadas.

10.9. Reunião Prévia ao Início dos Trabalhos


Antes do início dos trabalhos deve ser realizada uma reunião prévia,
promovida pelo Chefe dos Trabalhos, com todos os trabalhadores, para
que estes sejam informados dos aspetos relevantes para a sua própria
segurança e segurança das circulações, onde seja abordado,
nomeadamente, o seguinte:

• A natureza dos trabalhos, as funções de cada um dos elementos da


equipa de trabalho e equipamentos envolvidos;
• A localização dos trabalhos e a melhor forma de acesso em
segurança;
• Os limites físicos do troço, onde estão efetivadas as proteções
associadas às medidas de segurança e os limites físicos da frente
de trabalhos;
• A velocidade máxima das circulações no local dos trabalhos e a sua
adequabilidade relativamente a distâncias de visibilidade (se
aplicável);
• Os limites físicos das Zonas de Risco e das Zonas Seguras e os
limites de limitação de velocidade (se aplicável);
• Os contactos de emergência e da confirmação da disponibilidade
de meios de contacto;
• A sinalização fixa a instalar (se aplicável);
• Os riscos existentes e respetivas medidas de segurança a
implementar, quer no que se refere à atividade a desenvolver, quer
61
no que se refere a condicionalismos existentes, nomeadamente,
circulação ferroviária, instalações elétricas em tensão e circulação
rodoviária.
A reunião prévia é o último momento de verificação das condições de
segurança antes da execução dos trabalhos. Se no decorrer da reunião
prévia o Chefe dos Trabalhos verificar que não estão reunidas as
condições de segurança para a execução dos trabalhos, estes não devem
ser executados. Deve, nestes casos, o Chefe dos Trabalhos justificar o
motivo da não realização dos trabalhos no modelo da reunião prévia e
remeter essa informação via email ao Diretor Técnico.

O modelo para registo da Reunião Prévia ao início dos trabalhos


encontra-se no Anexo V deste documento.

10.10. Equipamentos de Proteção Individual e Vestuário


de Proteção
Entende-se por EPI – Equipamento de Proteção Individual e VPAV –
Vestuário de Proteção de Alta Visibilidade, todo o equipamento, bem
como complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo
trabalhador para se proteger dos riscos a que está exposto, para a sua
segurança e para a sua saúde. Na via-férrea ou sua proximidade é
obrigatória a utilização por parte de todos os trabalhadores de:

• Vestuário de proteção de alta visibilidade;


• Botas de proteção (categoria de proteção S3);
• Outros que se verifiquem como necessários, objeto da avaliação de
riscos efetuada.
No que se refere ao Vestuário de Proteção de Alta Visibilidade, é
obrigatória a Classe 3 (EN ISO 20471) para inspeção e execução de
trabalhos na via-férrea e sua proximidade. Admite-se a possibilidade de
utilização da Classe 2 (EN ISO 20471) para trabalhos de fiscalização e
acompanhamento das equipas de trabalho, desde que não estejam
envolvidos na execução dos trabalhos ou em permanência expostos aos
riscos ferroviários. Ainda relativamente ao vestuário deverá ser avaliada
a necessidade proteção complementar em função dos riscos a que os
trabalhadores estão expostos.

62
10.11. Visitantes
O acesso de visitantes à infraestrutura ferroviária, só é permitido mediante
prévia autorização do GI.

Os visitantes devem ser acompanhados por agentes pertencentes ao GI,


ou por si mandatados, e devem cumprir todas as recomendações que lhes
sejam transmitidas.

Aos visitantes é também obrigatória a utilização dos equipamentos de


proteção individual e vestuário de proteção de alta visibilidade adequados.

10.12. Condições de Iluminação


Para trabalhos realizados em período noturno, bem como sempre que a
visibilidade seja reduzida, devem ser asseguradas boas condições de
iluminação artificial.

10.13. Condições Atmosféricas Adversas


Eventuais condições atmosféricas adversas, como a trovoada e a chuva
intensa, ou que diminuam a visibilidade, são fatores a considerar para a
realização de trabalhos. Não são permitidos trabalhos na via-férrea
quando as condições atmosféricas constituam um risco acrescido para os
trabalhadores ou inviabilizem o cumprimento das medidas de segurança
definidas.

10.14. Sinalização de Segurança Ferroviária


Para proteção dos trabalhadores, nos trabalhos que se realizem na Zona
de Risco A, e na sua proximidade (quando exista a possibilidade da sua
invasão) e complementarmente às medidas de segurança ferroviária,
deve ser considerada a implementação dos seguintes sinais, previstos no
RGS II:

• Sinal indicador de aviso sonoro (“S- Atenção Trabalhos”);


• Indicadores de Zona de Trabalhos abrangida por SAAC;
• Sinais de velocidade máxima autorizada.

63
Os sinais devem:
• Encontrar-se em bom estado de conservação e leitura e em
conformidade com o definido nos documentos normativos
ferroviários;
• Ser colocados em local bem visível pelas tripulações das
circulações ferroviárias e não invadirem o gabarito de obstáculos;
• Ser removidos / colocados fora de serviço, no final do período de
trabalho.

10.14.1. Sinal Indicador de Aviso Sonoro


A implementação do sinal indicador de aviso sonoro (sinal “S - Atenção
Trabalhos”) é obrigatória sempre que se verifiquem, cumulativamente, os
seguintes requisitos:

• Exista circulação ferroviária;


• A frente de trabalhos seja fixa;
• A duração dos trabalhos com risco de invasão da Zona de Risco A,
seja superior a 4 horas.
A distância a considerar para a colocação destes sinais está definida no
RGS II.

10.14.2. Indicadores de Zona de Trabalhos Abrangida por SAACA


A implementação dos sinais Indicadores de Zona de Trabalhos abrangida
por SAACA, é obrigatória sempre que seja implementado um Sistema de
Aviso de Aproximação de Circulações Automático.

A localização para a colocação destes sinais está definida no RGS II.

10.14.3. Sinais de Aviso de Velocidade Máxima e/ou Balizas de


Convel
A implementação dos sinais de aviso de velocidade máxima e/ou balizas
de Convel é obrigatória, nas condições previstas na ICS 102 quando seja
implementada a medida de segurança complementar Limitação
Temporária da Velocidade Máxima das Circulações.

A distância para a colocação destes sinais está também definida nesse


documento.

64
10.15. Ligação à Terra de Elementos Metálicos
Para além do risco de eletrocussão associado à Zona de Risco C, há
ainda que considerar, decorrente da via-férrea eletrificada em exploração,
o risco de eletrocussão por eletrização de elementos metálicos (por arcos
elétricos, fenómenos de indução eletromagnética ou de influência
elétrica), resultante da proximidade com as IFTE. Nestas circunstâncias,
deve garantir-se a ligação à terra de todas as massas metálicas
suscetíveis de adquirir potenciais perigosos (exemplo: armaduras para
construção em betão armado, estruturas metálicas integrantes da obra,
cimbres, andaimes, gruas ou outros equipamentos auxiliares de
construção) e a continuidade elétrica entre os vários elementos que as
constituem, conforme documentos normativos ferroviários em vigor. As
ligações provisórias devem ser efetuadas antes do início dos trabalhos e
só retiradas após a conclusão dos mesmos.

10.16. Garantia do Circuito do Retorno da Corrente de


Tração
Uma quebra de continuidade no circuito de retorno da corrente de tração,
pode provocar o aparecimento de potenciais perigosos entre os
elementos que constituem o circuito de retorno (carril, CDTE ou CDTA),
ou entre estes e o solo ou ainda entre estes e outra massa qualquer
originando o risco de eletrocussão para os trabalhadores. Sempre que os
trabalhos a realizar obriguem à interrupção do circuito de retorno da
corrente de tração, terá de ser estabelecido um caminho alternativo
provisório para a corrente de retorno, através de uma ligação provisória
enquanto durar a interrupção, conforme documentos normativos
ferroviários em vigor. As ligações provisórias para o caminho alternativo,
devem ser efetuadas antes do início dos trabalhos e retiradas só após a
sua conclusão.

10.17. Pontos Singulares da Infraestrutura


Na infraestrutura da Rede Ferroviária Nacional existem alguns pontos
singulares que pelas suas características intrínsecas especiais, possuem
um potencial acrescido para a ocorrência de acidentes. Para o efeito,
aquando do planeamento dos trabalhos, é necessário avaliar os
condicionalismos existentes e a necessidade de reforçar as medidas de

65
segurança. Apresentam-se seguidamente, e de forma não exaustiva,
alguns dos fatores críticos a considerar associados à via-férrea.

10.17.1. Pontes
Nas pontes com passeio, dado que existem passeios que se encontram
dentro da Zona de Risco A, para a definição das medidas de segurança a
implementar, para os riscos de atropelamento ferroviário e colisão de
circulações ferroviárias com equipamentos e materiais, deve ser sempre
avaliado se os passeios dispõem, efetivamente, da existência de uma
Zona Segura.

Para além dos riscos ferroviários e outros que possam existir há ainda
que considerar, nas pontes, o risco de queda em altura.

10.17.2. Taludes de Aterro e de Escavação


Nos taludes de aterro e escavação, para a definição das medidas de
segurança a implementar, para os riscos de atropelamento ferroviário e
colisão de circulações ferroviárias com equipamentos e materiais, é
necessário avaliar a existência da Zona Segura.

Para além dos riscos ferroviários, e outros que possam existir, haverá
ainda que considerar, em taludes, o risco de queda em altura / queda em
desnível.

10.17.3. Túneis
Os acessos e trabalhos em túneis, na Zona de Risco A, mesmo os que
disponham de passeio e de abrigos, devido aos efeitos aerodinâmicos,
carecem da implementação de medidas de segurança que eliminem os
riscos de atropelamento ferroviário e colisão de circulações ferroviárias
com equipamentos e materiais, ou seja:

• Interdição da Via;
• Suspensão Temporária da Circulação para trabalhos na
infraestrutura.
Considera-se como exceção ao referido anteriormente, os acessos e
trabalhos em túneis que disponham de Zona Segura. Nestes casos, em
função do local e da atividade a executar, poderá ser considerada:

66
• Trabalhos na proximidade da ZRA (passeio) - implementação de
medida de segurança que controle o risco de atropelamento
ferroviário, desde que adequada aos trabalhos a realizar e
complementada obrigatoriamente com a MS5 (Limitação de
Velocidade Máxima Temporária das Circulações), igual ou inferior a
30km/h;
• Trabalhos na ZRA - implementação de medida de segurança
adequada aos trabalhos a realizar e complementada
obrigatoriamente com a MS5 (Limitação de Velocidade Máxima
Temporária das Circulações), igual ou inferior a 30km/h para ambas
as vias.
A implementação da MS complementar, MS5, pretende controlar os
efeitos aerodinâmicos provocados pela passagem das circulações no
local dos trabalhos.

Num Túnel de via dupla, em que seja implementada uma MS7


(Suspensão Temporária da Circulação para Trabalhos na Infraestrutura)
ou MS8 (Interdição de Via) na via onde decorrem os trabalhos e exista a
possibilidade de invadir a Zona de Risco A da via contígua, é necessário
considerar, na via contígua em exploração, para além de outras que
sejam necessárias, a implementação complementar das medidas de
segurança:

• MS5 (Limitação de Velocidade Máxima Temporária das


Circulações), igual ou inferior a 30km/h, de forma a controlar os
efeitos aerodinâmicos provocados pelas circulações.
• MS2 (Sistema de Barreiras de Segurança) rígidas para separação
física, da via interdita e da via em exploração, no caso de trabalhos
fixos.
Para este tipo de trabalho (a executar numa via com suspensão da
circulação ou com via interdita, estando a outra em exploração), deve ser
elaborado pelo Diretor Técnico um procedimento específico, que inclua:

• Lista de trabalhos e a sua metodologia de realização;


• Mapa de equipamentos a serem utilizados;
• Identificação dos trabalhadores intervenientes nos trabalhos;
• Medidas de prevenção definidas para a realização dos trabalhos;
• Procedimentos específicos em situação de emergência.

67
No âmbito da implementação de uma Interdição de Via, o acesso ou
movimentação pedonal no interior do túnel deve ser coordenado
previamente com o Dono de Obra (RGS XII), sempre que a OS contemple
a circulação de equipamentos pesados. Quando não existir Zona Segura
é proibida a permanência de pessoas dentro do túnel com circulação de
equipamentos pesados.

Complementarmente ao referido anteriormente:

• Sempre que sejam utilizados equipamentos que emitam gases


potencialmente tóxicos (exemplo: motores a diesel) deve ser
garantida a adequada ventilação do túnel. No caso da necessidade
de utilizar geradores, estes devem ficar posicionados, sempre que
possível, no exterior do túnel;
• Sempre que necessário, devem ser utilizados medidores de gases
e em caso de alarme o túnel deverá ser evacuado.

10.17.4. Passagens de Nível


Nas passagens de nível é necessário ter em consideração, para além dos
riscos ferroviários, os riscos associados à circulação rodoviária.

10.17.5. IFTE
Na definição das medidas de segurança a implementar, para trabalhos
nas IFTE ou na sua proximidade, deve ser sempre avaliado no local dos
trabalhos se existem pontos singulares que pela sua especificidade
podem representar risco acrescido de eletrocussão, como por exemplo,
locais com catenária rebaixada, existência de feeder em cabo seco aéreo
ou enterrado, ou transformadores de tensão aplicados em postes de
catenária alimentados pela catenária da via contigua, entre outros.

11. Programação dos Trabalhos e das Medidas de


Segurança

Só são permitidos trabalhos ou atividades na Infraestrutura Ferroviária


que estejam programados.

Excetua-se ao referido anteriormente:

68
• Trabalhos de reparação de anomalias (avarias, acidentes e
incidentes), de caráter urgente e imediato, na sequência de uma
falha na Infraestrutura Ferroviária;
• Trabalhos imprevistos, não urgentes, executados ao abrigo de
PATE no quadro regulamentar do RGS IX;
• As ações de fiscalização e de auditoria às frentes de trabalhos na
Infraestrutura Ferroviária.

Nos trabalhos de reparação de avaria, decorrente de falha, a


implementação de medidas de segurança que garantam a
segurança dos trabalhadores e das circulações, durante a
realização dos trabalhos, deve ser coordenada entre o
CCO/PGI e o Chefe dos Trabalhos.

A programação dos trabalhos e das respetivas medidas de segurança


deve ser efetivada através de:

• MS1, MS2, MS3 e MS7 – em ODT;


• MS5 – em ODT, LV ou outro documento regulamentar;
• MS8 e MS10 – em OS, ou outro documento regulamentar.

A programação em ODT deve ser efetuada em conformidade com o


previsto no documento normativo GR.PR.046.

Lisboa, 11 de agosto de 2023

Infraestruturas de Portugal, SA
Visto
O Diretor do Departamento de O Gestor da Unidade de
Regulamentação e Planeamento Regulamentação
Operacional

a) Agostinho Pereira a) José Pires

a) Assinado no original

69
ANEXOS
ANEXO I – Distâncias de Anúncio
DISTÂNCIA DE ANÚNCIO (metros)

Tempo de desimpedimento da via (segundos)

Velocidade (Km/h) 12 15 30 45 60

220 750 950 1850 2750 3700

200 700 850 1700 2500 3350

160 550 700 1350 2000 2700

150 500 650 1250 1900 2500

140 500 600 1200 1750 2350

130 450 550 1100 1650 2200

120 400 500 1000 1500 2000

110 400 500 950 1400 1850

100 350 450 850 1250 1700

90 300 400 750 1150 1500

80 300 350 700 1000 1350

70 250 300 600 900 1200

60 200 250 500 750 1000

50 200 250 450 650 850

40 150 200 350 500 700

30 100 150 250 400 500

20 100 100 200 250 350

10 50 50 100 150 200

Nota: O tempo total de desimpedimento, para posicionamento na Zona Segura, tem em


consideração o seguinte:

Tempo de reação da
2 2 2 2 2
frente de trabalhos

Tempo para alcançar a


5 8 23 38 53
Zona Segura

Margem de Segurança 5 5 5 5 5

Total (segundos) 12 15 30 45 60

Quadro 8 – Distâncias de Anúncio (calculadas em função da velocidade e do tempo de


desimpedimento da via)

71
ANEXO II – Plano de Implementação do Sistema de
Barreiras de Segurança

Nota: Caso a EE não seja o GI, poderá ser utilizado este formulário ou outro equivalente
ANEXO III – Plano de Implementação do Sistema de Aviso
de Aproximação de Circulações Manual

Nota: Caso a EE não seja o GI, poderá ser utilizado este formulário ou outro equivalente
ANEXO IV – Suspensão Temporária da Circulação para
Trabalhos na Infraestrutura
As formalidades para pedido, autorização e conclusão dos trabalhos,
registadas através dos modelos gerados automaticamente pelo sistema
eODT são as seguintes:

1. Com uma antecedência mínima de dez (10) minutos antes da hora


prevista para início dos trabalhos, o Chefe dos Trabalhos endereça
ao Responsável pela Circulação/ CCO, através do número de
telefone dedicado (com gravação de chamada), o seguinte
telefonema registado, a solicitar a autorização respetiva:

“Telefonema registado nº <nº da ODT><nº do período>_1

(Chefe dos Trabalhos > Responsável pela Circulação CCO/ Estação)

Chefe dos Trabalhos <Nome do Chefe dos Trabalhos da ODT> da <nome da


Empresa incluída na ODT>, nº empregado/ nº CC ____________,ao
Responsável pela Circulação CCO/ Estação de ________________, para a ODT
<Nº da ODT>, solicito autorização para início dos trabalhos previstos para a
localização indicada no esquema em anexo, ao abrigo da Suspensão temporária
da circulação na <Estação/ Plena Via / Plena Via + Estação>, de/entre
<Estação>/ <dependência de início> <inclusive/exclusive> e <dependência de
fim> <inclusive/exclusive>, da(o) <Linha/ Ramal indicado no ODT>, período <nº
do período>, com a chave <nº da chave>, a partir das ___h__m.”

2. O CCO deve certificar-se, através dos Responsáveis pela Circulação


das estações interessadas que:
• Não existem comboios no local a suspender;
• Não existem comboios em aproximação no local a suspender;
• As proteções longitudinais e transversais estão asseguradas;
• Para trabalhos em linhas de estação, as linhas a intervencionar
não se encontram ocupadas com material.
Se nada se opuser, o CCO após assegurar todas as ações
necessárias à segurança da frente de trabalhos do troço a suspender
a circulação, sejam estas efetuadas a partir do CCO ou localmente,
autoriza o início dos trabalhos através de telefonema registado, com
o teor seguinte:
74
“Telefonema registado nº <nº da ODT><nº do período>_2

(Responsável pela Circulação CCO/ Estação > Chefe dos Trabalhos/ Mesa
Operação/ Regulação/ Estação)

O Responsável pela Circulação CCO/ Estação de ________________, <Nome e


nº de empregado>, ao Chefe dos Trabalhos <nome do Chefe dos Trabalhos da
ODT> da <nome da Empresa incluída na ODT> à Mesa de Operação/
Regulação_________ e Estação/ Estações_________

Confirmo a Suspensão temporária da circulação na <Estação / Plena Via / Plena


Via + Estação>, de/entre <Estação>/ <dependência de início>
<inclusive/exclusive> e <dependência de fim> <inclusive/exclusive>, da(o)
<Linha/ Ramal indicado no ODT>, e fica autorizado a realizar os trabalhos
previstos na ODT nº <nº da ODT> e na localização indicada no esquema em
anexo, período <nº do período>, com a chave <nº da chave>, a partir das
___h__m.”

3. O Chefe dos Trabalhos, antes de expirar o período de tempo


concedido ou por pedido do CCO, promove a cessação dos
trabalhos e verifica que estão garantidas todas as condições de
segurança para a circulação normal de comboios, após o que
transmite ao CCO o telefonema com o seguinte teor:

75
“Telefonema registado nº <nº da ODT><nº do período>_3

(Chefe dos Trabalhos > Responsável pela Circulação CCO/ Estação)

Chefe dos Trabalhos <Nome do Chefe dos Trabalhos da ODT> da <nome da


Empresa incluída na ODT>, nº empregado/ nº CC ____________, ao
Responsável pela Circulação CCO/ Estação de ________________

Para a ODT nº <nº da ODT>, período <nº do período>, confirmo que estão
terminados os trabalhos e solicito o levantamento da Suspensão temporária da
circulação na <Estação / Plena Via / Plena Via + Estação>, de/entre <Estação>/
<dependência de início> <inclusive/exclusive> e <dependência de fim>
<inclusive/exclusive>, da(o) <Linha/ Ramal indicado no ODT>.

É dada a via livre à normal circulação dos comboios sem restrições / com as
seguintes restrições____________, a partir das ___h___m.”

4. O CCO, após o telefonema indicado no ponto anterior, providencia


o levantamento da Suspensão Temporária da Circulação, e efetua a
confirmação ao Chefe dos Trabalhos, através da seguinte
comunicação:
“Telefonema nº <nº da ODT><nº do período>_4

(Supervisor CCO/ Responsável pela Circulação na Estação > Chefe dos


Trabalhos/ Mesa Operação/ Regulação/ Estação)

O Responsável pela Circulação CCO/ Estação de ________________<Nome e


nº de empregado>, ao Chefe dos Trabalhos <nome do Chefe dos Trabalhos da
ODT> da <nome da Empresa incluída na ODT>, à Mesa de Operação/
Regulação_________ e Estação/ Estações_________ informa que fica
estabelecida a circulação na <Estação / Plena Via / Plena Via + Estação>,
de/entre <Estação>/ <dependência de início> <inclusive/exclusive> e
<dependência de fim> <inclusive/exclusive>, da(o) <Linha/ Ramal indicado no
ODT>, a partir das ___h__m.”

76
Nota 1: Para a realização de trabalhos nas estações guarnecidas,
detentoras do comando e controlo da circulação, o pedido, a autorização
e a conclusão dos trabalhos são efetuados diretamente entre o Chefe
dos Trabalhos e o Responsável pela Circulação na estação, dando este
conhecimento do início e fim ao CCO. Os registos são efetuados nos
modelos gerados automaticamente pelo sistema eODT.

Nota 2: Permite-se que, em linhas ou troços de linha explorados em


cantonamento telefónico, uma das estações testa da STC, se encontre
em período de desguarnecimento desde que seja estação final de linha,
sem continuidade, usualmente designada por estação de topo.

Nota 3: Os registos que evidenciam o pedido, a autorização e a


conclusão dos trabalhos devem ser arquivados, junto do processo
associado aos trabalhos.

77
ANEXO V – Reunião Prévia ao início dos trabalhos

ODT / OS __________
Temas a abordar:
A natureza dos trabalhos, as funções de cada um dos elementos da equipa de
trabalho e equipamentos envolvidos
A localização dos trabalhos e a melhor forma de acesso em segurança
Os limites físicos do troço, onde estão efetivadas as proteções associadas às
medidas de segurança e os limites físicos da frente de trabalhos
A velocidade máxima das circulações no local dos trabalhos e a sua adequabilidade
relativamente distâncias de visibilidade (se aplicável)
Os limites físicos das Zonas de Risco e das Zonas Seguras e os limites de limitação
de velocidade (se aplicável)
Os contactos de emergência, e da confirmação da disponibilidade de meios de
contacto
A sinalização fixa a instalar (se aplicável)
Os riscos existentes e respetivas medidas de segurança a implementar, quer no que
se refere à atividade a desenvolver, quer no que se refere a condicionalismos
existentes (nomeadamente, circulação ferroviária, instalações elétricas em tensão,
circulação rodoviária)

Observações:

A verificar (assinale com um X) Sim Não

As medidas de segurança a implementar são adequadas ao


modo como os trabalhos vão ser executados e são cumpridos os
requisitos para implementação das medidas de segurança.
Caso tenha respondido Não, indique o motivo:

Presenças:

Assinatura do Chefe dos Trabalhos: __ - __ - ____

78
Notas:
A reunião, coordenada pelo Chefe dos Trabalhos, deve ser efetuada
em local seguro.
A presente ficha deve ser arquivada na ação SIGMA correspondente
ou associada ao processo de segurança, quando não há registo
SIGMA.

79
ANEXO VI – Zonas suburbanas em hora de ponta

Hora de ponta:
Dias uteis, entre as O6h00 e as 10h00 e as 16h30 e as 20h45.

Zonas suburbanas:
• Linha do Minho, entre as estações de Porto São Bento e Nine
• Linha do Norte, entre as estações de:
• Aveiro e Porto Campanhã
• Alfarelos e Coimbra B
• Lisboa Santa Apolónia e Azambuja
• Linha de Sintra
• Linha de Cintura
• Linha de Cascais
• Concordância de Sete Rios
• Linha do Sul, entre agulha junto à Ponte de Santana e a estação
Praias Sado
• Linha do Alentejo, entre as Estações Pinhal Novo e Barreiro
A definição destes limites teve como referência o Diretório de Rede e a
IET10, e considera os troços da Rede com vias múltiplas e duplas, com
frequência de comboios igual ou superior a 6 comboios por hora.

80

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