Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IET 77 Edição 5
IET 77 Edição 5
Entrada em Vigor
22 de agosto de 2023
Elaboração Direção de Segurança
Elaborado SS-SGT
Edição 5
Data 10-08-2023
2
Dúvidas e Sugestões sgt@infraestruturasdeportugal.pt
3
Índice
1. Objeto ................................................................................................................... 9
2. Âmbito................................................................................................................... 9
3. Documentos associados ....................................................................................... 9
4. Definições ........................................................................................................... 10
5. Intervenientes ..................................................................................................... 13
6. Zonas de Risco e Zona Segura .......................................................................... 21
7. Riscos associados às Zonas de Risco................................................................ 26
8. Medidas de segurança........................................................................................ 27
9. Medidas de segurança associadas às Zonas de Risco ...................................... 54
10. Requisitos de Segurança, para Trabalhos na Via-Férrea e na sua Proximidade 57
11. Programação dos Trabalhos e das Medidas de Segurança ............................... 68
ANEXOS ................................................................................................................... 70
ANEXO I – Distâncias de Anúncio ............................................................................ 71
ANEXO II – Plano de Implementação do Sistema de Barreiras de Segurança ......... 72
ANEXO III – Plano de Implementação do Sistema de Aviso de Aproximação de
Circulações Manual ................................................................................................... 73
ANEXO IV – Suspensão Temporária da Circulação para Trabalhos na
Infraestrutura…. ........................................................................................................ 74
ANEXO V – Reunião Prévia ao início dos trabalhos ................................................. 78
ANEXO VI – Zonas suburbanas em hora de ponta ................................................... 80
4
Lista de Quadros
Quadro 1 – Distância de segurança d1 .................................................................................... 21
Quadro 2 – Distância de segurança d2 ..................................................................................... 22
Quadro 3 – Distância de segurança d3 ..................................................................................... 23
Quadro 4 – Riscos associados às Zonas de Risco...................................................................... 27
Quadro 5 – Medidas de segurança que eliminam o risco ........................................................ 54
Quadro 6 – Medidas de segurança que controlam o risco ...................................................... 55
Quadro 7 - Medidas de segurança mínimas a considerar, em função das Zonas de Risco
invadidas e tipo de equipamentos utilizados ........................................................................... 56
Quadro 8 – Distâncias de Anúncio (calculadas em função da velocidade e do tempo de
desimpedimento da via) ........................................................................................................... 71
5
Lista de Figuras
Figura 1 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade
I (à esquerda - via única; à direita – via dupla) ......................................................................... 22
Figura 2 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade
II (à esquerda - via única; à direita – via dupla) ........................................................................ 23
Figura 3 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade
III (à esquerda - via única; à direita – via dupla)....................................................................... 23
Figura 4 - Representação da Zona de Risco A em curva, com o aumento da Zona de Risco A 24
Figura 5 – Representação gráfica das Zonas de Risco A e das distâncias de segurança d2 e d3
(à esquerda – via única eletrificada; à direita – via dupla eletrificada) ................................... 24
Figura 6 - Representação das Zonas de Risco C e distância de segurança d1 (à esquerda – via
única eletrificada; à direita – via dupla eletrificada) ................................................................ 25
Figura 7 - Representação das Zona de Risco A e C e Zona Segura (à esquerda – via única
eletrificada; à direita - via dupla eletrificada) .......................................................................... 26
Figura 8 - Representação da colocação das Barreiras de Segurança Sinalizadoras, em via única
.................................................................................................................................................. 31
Figura 9 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Rígidas, em via única .... 33
Figura 10 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Rígidas, em via dupla,
considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos .................... 33
Figura 11 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao Carril, em via
única ......................................................................................................................................... 35
Figura 12 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao carril, em via
dupla, considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos ......... 35
Figura 13 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual...... 44
Figura 14 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
Simplificado com um Coordenador de Vigilância e um Vigilante ............................................ 46
Figura 15 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
Simplificado com um Coordenador de Vigilância..................................................................... 47
Figura 16 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, em
via única .................................................................................................................................... 50
Figura 17 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, numa
das vias, num troço de via dupla .............................................................................................. 51
6
Figura 18 - Representação da implementação da medida de segurança Corte de Tensão
Elétrica na Catenária................................................................................................................. 53
7
Abreviaturas
EF Empresa Ferroviária
MS Medida de Segurança
OS Ordem de Serviço
PK Ponto Quilométrico
V Velocidade (km/h)
VP Vestuário de Proteção
8
1. Objeto
2. Âmbito
3. Documentos associados
9
IET 50 Instrução de Exploração Técnica – Rede
Ferroviária Nacional
4. Definições
AVISADOR SONORO
Equipamento para sinalização sonora (alarme), elétrico ou de carga de
bomba de ar, que determina a paragem e o desimpedimento imediato da
Zona de Risco A.
CATENÁRIA
Sistema aéreo para o transporte de energia elétrica destinada à tração de
circulações ferroviárias, que inclui as linhas aéreas, formadas por um ou
mais fios de contacto e um ou mais condutores longitudinais que,
suportando mecanicamente aqueles, têm também função de transporte
de energia elétrica. Consideram-se, também, englobadas nesta
designação, as linhas aéreas constituídas apenas por fio de contacto.
DISTÂNCIA DE ANÚNCIO
Distância a observar para a determinação:
10
• da visibilidade do Aviso à Frente de Trabalhos;
• do local onde deve ser colocada a componente de anúncio do
Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações.
Esta distância é estabelecida segundo a direção do eixo longitudinal da
via e medida a partir da extremidade da frente de trabalhos, no sentido da
proveniência das circulações.
EQUIPAMENTO PORTÁTIL
Equipamento, motorizado ou não, que é transportável por um único
trabalhador da equipa de trabalho, com um peso inferior a 20 Kg.
EQUIPAMENTO LIGEIRO
Equipamento, motorizado ou não, que tem de ser transportado por mais
do que um trabalhador da equipa de trabalho.
EQUIPAMENTO PESADO
Equipamento de trabalho, motorizado ou não, que não é possível ser
transportado pelos trabalhadores da equipa de trabalho. Os
equipamentos pesados dividem-se ainda em carrilados ou não carrilados.
ENTIDADES TERCEIRAS
Entidade externa que executa trabalhos ou atividades na via-férrea ou sua
proximidade, autorizados pelo GI mas sem relação contratual com este,
nem a si pertencente.
ENTREVIA
É o afastamento entre as faces de guiamento dos carris de duas vias
contíguas, medido na horizontal.
ESTAÇÃO
Qualquer dependência com possibilidade de interferência na circulação
de comboios, que inclui toda a área delimitada pelos sinais principais de
11
entrada (sinalização completa), ou pelas agulhas extremas, caso não
existam sinais principais de entrada (sinalização reduzida).
FEEDER
Sistema de transporte de energia elétrica que alimenta a catenária, sendo
constituído por linha aérea ou subterrânea, eletricamente isolada da
catenária, e que pode ser a ela ligada por equipamento elétrico
conveniente.
FRENTE DE TRABALHOS
Espaço ocupado por uma equipa que executa trabalhos/atividades,
delimitado por pontos quilométricos, trabalhadores extremos e/ou
equipamentos de trabalho (apenas uma das condições), cujos limites não
podem ser transpostos por trabalhadores, ferramentas, materiais ou
equipamentos. Para efeitos do definido neste documento, a frente de
trabalhos pode ser móvel.
PERIGO
Propriedade intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento, um
agente ou outro componente material do trabalho com potencial para
provocar dano.
PLENA VIA
Troço entre duas estações contíguas, limitado pelos sinais principais de
entrada de cada uma das vias, em ambas as estações, ou pelas agulhas
extremas, caso não existam sinais principais de entrada.
RISCO
Probabilidade de concretização do dano em função das condições de
utilização, exposição ou interação do componente material do trabalho
que apresente perigo.
TROÇO
Parte da via-férrea, a que corresponde uma distância horizontal,
estabelecida segundo a direção do eixo longitudinal da via, delimitada por
Pontos Quilométricos (PK).
12
5. Intervenientes
Atribuições
• Com a antecedência estabelecida enviar o telegrama relativo ao
pedido da MS5 (Limitação Temporária de Velocidade Máxima das
Circulações) ao PGI.
13
Atribuições
• Autorizar, de acordo com a disponibilidade da infraestrutura, e após
implementadas as proteções, o início dos trabalhos para as
seguintes medidas de segurança:
• MS7 (Suspensão Temporária da Circulação para Trabalhos na
Infraestrutura);
• MS8 (Interdição de Via);
• Implementar as proteções necessárias para impedir a entrada de
comboios na zona de trabalhos, sempre que tal seja exigido, no
âmbito da realização de trabalhos imprevistos e de caráter urgente
na infraestrutura ferroviária;
• Confirmar ao PGI a possibilidade de operacionalizar o corte de
tensão elétrica na catenária e/ou feeder;
• Ordenar ao Chefe dos Trabalhos para que estes cessem
imediatamente os trabalhos e entreguem a via em condições de
segurança com vista à sua exploração, sempre que surja a
necessidade imprevista da sua utilização quando se encontre
implementada a MS7 (Suspensão Temporária da Circulação para
Trabalhos na Infraestrutura);
• Cumprir o estabelecido no RGS XII e RGS IX, nas MS8 (Interdição
de Via) e/ou MS10 (Corte de Tensão Elétrica na Catenária e/ou
Feeder).
Atribuições
• Autorizar de acordo com a disponibilidade da infraestrutura, e após
implementadas as devidas proteções, o início dos trabalhos para a
MS10 (Corte de Tensão Elétrica na Catenária e/ou Feeder);
• Autorizar o início dos trabalhos, após confirmação do seu registo no
eLV, para a MS5 (Limitação Temporária de Velocidade Máxima das
Circulações);
14
• Autorizar o início dos trabalhos e registar o seu termo, quando não
sejam efetivadas através da plataforma de atendimento automático,
para as medidas de segurança:
• MS1 (Aviso à Frente de Trabalhos);
• MS2 (Sistema de Barreiras de Segurança);
• MS3 (Sistemas de Aviso de Aproximação de Circulações);
• Implementar as proteções necessárias, relativamente ao risco de
eletrocussão, sempre que tal seja exigido, no âmbito da realização
de trabalhos imprevistos e de caráter urgente na infraestrutura
ferroviária.
Atribuições
• Especificar as medidas de segurança adequadas, no planeamento
e respetiva programação dos trabalhos, com base na avaliação dos
riscos associados (elaborada pelos técnicos que asseguram o
desenvolvimento das atividades técnicas de segurança);
15
• Assegurar a execução dos trabalhos e o cumprimento das
obrigações legais e regulamentares em vigor, nomeadamente, as
referentes à segurança do trabalho e ferroviária;
• Assegurar a programação das medidas de segurança aqui
previstas;
• Assegurar a implementação das medidas corretivas necessárias, na
sequência das situações de alerta e não conformidades detetadas
em inspeções e auditorias realizadas, em matéria de segurança.
Atribuições
• Cumprir as obrigações que lhes são atribuídas na Lei nº 102/2009,
de 10 de setembro, na sua redação atual, concretamente no que se
refere aos trabalhos na via-férrea ou na sua proximidade.
Atribuições
• Garantir na frente de trabalhos as condições de segurança para os
trabalhadores, circulações e terceiros;
• Organizar os recursos necessários à implementação das medidas
de segurança definidas para os trabalhos;
• Reunir com a equipa de trabalho, antes do início dos trabalhos, com
o objetivo de coordenar as atividades a desenvolver, informá-la dos
aspetos relevantes para a sua própria segurança e segurança das
circulações e verificar se estão reunidas as condições para
realização dos trabalhos em condições de segurança;
• Permanecer contactável e na frente de trabalhos até ao seu termo.
Nas MS1 a MS7, ter controlo visual sobre toda a frente de trabalhos;
• Antes do início dos trabalhos, organizar a implementação das
medidas de segurança no “terreno” e estabelecer os contactos
necessários à sua autorização;
16
• Cumprir e fazer cumprir as indicações do Coordenador de
Vigilância, relativas à implementação do Sistema de Aviso de
Aproximação de Circulações;
• No final dos trabalhos, assegurar a retirada das medidas de
segurança implementadas no “terreno”, garantindo as condições de
segurança para a reposição da exploração ferroviária e estabelecer
os contactos necessários decorrentes do termo dos mesmos.
• Contactar a PGI sempre que seja imprescindível prolongar os
períodos para conclusão dos trabalhos ao abrigo das medidas de
segurança:
• MS1 (Aviso à Frente de Trabalhos);
• MS2 (Sistema de Barreiras de Segurança);
• MS3 (Sistemas de Aviso de Aproximação de Circulações).
• Cumprir complementarmente o estabelecido no RGS XII e RGS IX,
tanto no que se refere às responsabilidades como procedimentos a
adotar, para as MS8 (interdição de via) e/ou MS10 (Corte de Tensão
Elétrica da Catenária e/ou Feeder)
Atribuições
• Instalar, verificar a operacionalidade e operar o SAAC a seu cargo,
de acordo com as instruções do fabricante (para os SAACA e
SAACSA). Admite-se que, nos SAACA e SAACSA, a instalação e
verificação de operacionalidade seja efetuada pelo próprio
fabricante do sistema ou seu representante;
• Emitir o alarme aviso à restante equipa de trabalho, imediatamente
após emissão do alarme de anúncio pelo Vigilante, nos SAACM e
SAACMS;
• Coordenar os elementos afetos ao SAAC a seu cargo;
• Permanecer no seu posto de trabalho, não sendo permitido
abandonar o mesmo nos SAACM e SAACMS;
17
• Dedicar-se exclusivamente à operação do sistema, sempre que seja
instalado o SAACM ou SAACMS. Nos SAACSA e SAACA pode
estar envolvido noutras atividades devendo estar na frente de
trabalhos por forma a assegurar a libertação do alarme ou a
resolução de qualquer falha;
• Garantir o rearme do sistema, após a passagem das circulações,
nos SAACA e SAACSA;
• Autorizar o recomeço dos trabalhos, após a passagem das
circulações nos SAACM e SAACMS.
5.2.5. Vigilante
Agente afeto à operação do anúncio do Sistema de Aviso de Aproximação
de Circulações.
Atribuições
• Dedicar-se exclusivamente, à vigilância da aproximação de
comboios e proteção da equipa de trabalho;
• Operar, corretamente, a componente de anúncio do Sistema de
Aviso de Aproximação de Circulações e de acordo com as
instruções do fabricante (para os SAACSA);
• Emitir o anúncio, quando detetar a aproximação de uma circulação,
à Distância de Anúncio;
• Informar o Coordenador de Vigilância sobre falhas ou deficiências
que detete no Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações,
que opera;
• Permanecer no seu posto de trabalho, não sendo permitido o
abandono do mesmo, sem ser previamente substituído;
• Informar o Coordenador de Vigilância, sempre que sentir que não
se encontra em condições, físicas ou psicológicas, para o
desempenho da sua função.
18
Atribuições
• Emitir o aviso à restante equipa de trabalho, quando detetar a
aproximação de uma circulação, à Distância de Anúncio;
• Dedicar-se exclusivamente ao aviso da aproximação de comboios
e proteção da equipa de trabalho;
• Informar o Chefe dos Trabalhos sobre falhas ou deficiências que
detete no avisador sonoro;
• Permanecer no seu posto de trabalho, não sendo permitido o
abandono do mesmo, sem ser previamente substituído;
• Informar o Chefe dos Trabalhos, sempre que sentir que não se
encontra em condições, físicas ou psicológicas, para o desempenho
da sua função;
• Dar indicação para retoma dos trabalhos, após verificar a saída total
da circulação da frente de trabalhos e de estar garantido que não se
aproximam outras circulações.
5.2.7. Trabalhador
Agente afeto à execução dos trabalhos.
Atribuições
• Cumprir as prescrições de segurança e instruções definidas para a
execução dos trabalhos.
Atribuições
• Cumprir os procedimentos que lhes estão estabelecidos pelo
Regulamento Geral de Segurança XII – Vias Interditas à circulação
e Regulamento Geral de Segurança IX – Exploração de Catenária
25 KV-50Hz.
19
5.3.2. Coordenador de segurança, em projeto e em obra
Trabalhador pertencente ao GI, ou pessoa singular ou coletiva por si
contratada, que executa as tarefas de coordenação em matéria de
segurança e saúde, previstas no Decreto-Lei n.º 273/03 de 29 de outubro.
Atribuições
• Cumprir as obrigações que lhe são atribuídas pelo Decreto-Lei nº
273/2003, de 29 de outubro;
• Promover e verificar o cumprimento do disposto na documentação
regulamentar e normativa ferroviária, no que se refere aos trabalhos
na via-férrea ou na sua proximidade, no sentido da promoção da
segurança no contexto do trabalho.
5.3.3. Fiscalização
Trabalhadores pertencentes ao GI ou pessoa singular ou coletiva por si
contratada, que assegura a fiscalização dos trabalhos.
Atribuições
• Verificar e promover o cumprimento das obrigações legais,
regulamentares e normativas em vigor, nomeadamente, as
referentes às condições técnicas de execução, de segurança do
trabalho e de segurança ferroviária.
Atribuições
• Cumprir as prescrições de segurança e instruções definidas para a
execução dos trabalhos nas instalações fixas para tração elétrica e
sua proximidade.
20
6. Zonas de Risco e Zona Segura
• Circulação Ferroviária;
• Instalações Fixas para Tração Elétrica (IFTE) em tensão.
Distância de segurança d1
Distância de segurança que define o limite da Zona de Risco C, medida
radialmente a partir de qualquer parte em tensão, pertencente às
instalações fixas para tração elétrica.
d1 (m) 2,00
21
Distância de segurança d2
Distância de segurança, que define o limite da Zona de Risco A, medida
paralelamente ao plano de rolamento a partir da face não ativa da cabeça
do carril para o exterior, na direção do passeio ou da entrevia.
22
Figura 2 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade II (à
esquerda - via única; à direita – via dupla)
Figura 3 – Representação gráfica da distância de segurança d2, para o intervalo de velocidade III
(à esquerda - via única; à direita – via dupla)
Distância de segurança d3
Distância de segurança que define o limite da Zona de Risco A, medida
perpendicularmente à mesa de rolamento do carril.
A distância d3 é igual a:
d3 (m) 6,00
24
6.1.2. Zona de Risco C
Zona de Risco circundante das IFTE (catenária e/ou feeder) em tensão,
limitada pelas superfícies geradas pela distância de segurança d1.
25
Figura 7 - Representação das Zona de Risco A e C e Zona Segura (à esquerda – via única eletrificada;
à direita - via dupla eletrificada)
26
Zona de Risco Riscos
• Atropelamento ferroviário
A • Colisão de circulações ferroviárias com
equipamentos e materiais
• Instabilização na via-férrea e/ou na infraestrutura
8. Medidas de segurança
Operação
• O trabalhador Responsável pelo Aviso da aproximação de
circulações está posicionado na frente de trabalhos, na Zona
Segura e quando detetar a aproximação da circulação, à Distância
de Anúncio (Anexo I), emite o aviso, à restante equipa de trabalho;
• O aviso é efetuado através do acionamento do avisador sonoro e
após a emissão do alarme do aviso, procede-se de imediato:
• À paragem dos trabalhos;
• Ao posicionamento de trabalhadores, materiais e
equipamentos na Zona Segura.
• Os trabalhos só são retomados por indicação do trabalhador
responsável pelo aviso à frente de trabalhos, após verificada a saída
27
total da circulação dessa frente e de estar garantido que não se
aproximam outras circulações.
Requisitos de Implementação
• O trabalhador Responsável pelo Aviso à frente de trabalhos da
aproximação de circulações está dedicado, em exclusivo, a essa
função podendo ser substituído por outro trabalhador durante o
período dos trabalhos, desde que devidamente qualificado e
garantindo sempre os mesmos níveis de segurança;
• O Responsável pelo Aviso não pode acumular com a função de
Chefe dos Trabalhos;
• Não é permitida a implementação desta medida em vias/linhas
gerais, em zonas suburbanas, em hora de ponta, de acordo com o
definido no Anexo VI, exceto quando cumpridos cumulativamente
os seguintes requisitos:
• frentes de trabalho fixas;
• trabalhos realizados fora da Zona de Risco A;
• implementação de barreiras de segurança.
• Em frentes de trabalho móveis só é permitida a implementação
desta medida numa das vias (plena via) / linhas (estação);
• Em frentes de trabalho fixas são permitidos trabalhos, no máximo,
em 2 vias/linhas em simultâneo;
• Para atravessar a via-férrea é considerada a possibilidade de
implementar esta medida em mais do que 1 via/linha;
• Sempre que:
• o Responsável pelo Aviso não esteja na mesma via / linha que
a restante equipa de trabalho ou
• esta medida seja implementada em mais que uma via/ linha
em simultâneo
deve ser garantido o contacto visual permanente entre o
Responsável pelo Aviso e os restantes elementos da equipa de
trabalho. Nestas situações, sempre que se aproxime um comboio
que possa condicionar a visibilidade entre o Responsável pelo Aviso
e a equipa, e independentemente do local dos trabalhos, deve
igualmente o Responsável pelo Aviso emitir o alarme de aviso à
equipa quando detetar a aproximação da circulação, à Distância de
Anúncio (Anexo I) determinando a paragem imediata dos trabalhos
28
e posicionamento da equipa, materiais e equipamentos na Zona
Segura;
• É garantida a visibilidade do Responsável pelo Aviso à frente de
trabalhos, nos dois sentidos, a partir das extremidades da frente de
trabalhos, para cumprir a Distância de Anúncio (Anexo I), que varia
em função da velocidade das circulações e do tempo necessário
para desimpedir a via e é calculada de acordo com a seguinte
fórmula de cálculo:
𝑡
𝐷𝐴 = × 𝑣 × 1000
3600
em que:
DA, é a distância de anúncio em m (metros), sendo o
arredondamento feito superiormente à meia centena ou à centena;
t, é o tempo de desimpedimento da via em s (segundos);
v, é a velocidade em km/h (quilómetros por hora).
• O tempo de desimpedimento mínimo considerado, para
posicionamento na Zona Segura é de 12 s, e apenas para os casos
em que não sejam utilizados equipamentos ou os equipamentos
utilizados não produzam ruído;
• A velocidade máxima das circulações permitida em função de um
tempo de desimpedimento da via, é de:
• v= 160 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 12 s;
• v= 130 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 15 s;
• v= 60 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 30 s;
• v= 40 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 45 s;
• v= 30 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 60 s.
• O aviso é efetuado por meio de avisador sonoro elétrico ou de carga
de bomba de ar audível de forma clara e inequívoca na frente de
trabalhos;
• O ambiente sonoro, na frente de trabalhos permite a audição do
aviso de uma forma clara e sem suscitar dúvidas;
29
• Para trabalhos na Zona de Risco A só podem ser utilizados
equipamentos portáteis. Para trabalhos na sua proximidade só
podem ser utilizados equipamentos portáteis ou ligeiros;
• A distância máxima entre os elementos extremos na frente de
trabalhos é de 20 metros;
• Esta medida de segurança não pode condicionar a circulação
ferroviária programada nem o estado da infraestrutura;
• A equipa de trabalho é constituída no mínimo por 1 (um) e no
máximo por 4 (quatro) trabalhadores, acrescida de 1 (um)
trabalhador que é o Responsável pelo Aviso de aproximação de
circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.
• Sinalizadora;
30
• Rígida;
• Rígida fixa ao carril.
Características
• São constituídas por rede ou corrente em material plástico, de cor
bem visível, fixas a prumos/elementos verticais;
• São colocadas a uma altura de 0,90m, a partir do plano de
trabalhos;
• O espaçamento máximo entre elementos verticais de fixação deve
garantir a sua estabilidade durante a passagem das circulações
ferroviárias.
Requisitos de implementação
• São colocadas a delimitar a Zona de Risco A, no mínimo à distância
de segurança d2, em função da velocidade, de acordo com o
definido no quadro 2 do ponto 6.1;
31
• A fixação dos prumos ou elementos verticais tem de ser
suficientemente resistente, de forma a garantir que a deslocação do
ar provocada pela passagem do comboio não interfere com a sua
estabilidade;
• Na fixação ao solo deve ser verificada, previamente, a inexistência
de redes técnicas enterradas;
• A sua estabilidade tem de ser verificada periodicamente durante a
jornada de trabalho e para trabalhos com duração superior a um dia,
as redes ou correntes, têm de ser retiradas no final do período de
trabalho e recolocadas no dia seguinte, antes do seu início;
• Sempre que seja implementada uma LV para possibilitar a
diminuição da distância de colocação das barreiras, estas têm de
ser retiradas antes de ser retirada a LV;
• Esta medida de segurança não pode condicionar a circulação
ferroviária programada nem o estado da infraestrutura;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis e ligeiros;
• Não é permitida a sua utilização na entrevia nem em túneis;
• Não é permitida a utilização de fita sinalizadora;
• Sempre que os trabalhos possam originar a projeção de materiais
(e não esteja implementada também a MS1 / MS3) deve ser
utilizado, complementarmente, um avisador sonoro na frente de
trabalhos para assegurar a paragem dos trabalhos à passagem das
circulações. Nestas situações, deve ser garantido que o aviso é
emitido com a antecedência suficiente para que os trabalhos
estejam parados à passagem de circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.
32
• A sua resistência mecânica garante a proteção de um trabalhador,
no caso da barreira de segurança sofrer um impacto lateral;
• São colocadas a uma distância nunca inferior a 2,0m das IFTE.
Requisitos de implementação
• As barreiras com altura de 0,90m são colocadas a delimitar a Zona
de Risco A, no mínimo à distância de segurança d2, em função da
velocidade, de acordo com o definido no quadro 2 do ponto 6.1.
Admite-se para este tipo de barreiras a possibilidade de redução da
distância d2:
• Até a um mínimo de 0,95m, no sentido da entrevia, em zonas
em reta e para velocidades nunca superiores a 30 km/h;
• De 2,50m até a um mínimo de 2,00m, para velocidades
superiores a 160 km/h e inferiores ou iguais a 220 km/h.
Em zonas em curva ou para barreiras com altura superior a
0,90m (medida a partir da mesa de rolamento dos carris), a
distância para colocação das barreiras poderá ter de ser
superior à distância d2, de forma a cumprir também o gabarito
de obstáculos.
34
Requisitos de implementação
• São utilizadas no intervalo de velocidade I e colocadas a delimitar a
Zona de Risco A, no mínimo à distância de segurança d2, de acordo
com o definido no quadro 2 do ponto 6.1. Admite-se para este tipo
de barreiras a possibilidade de redução da distância d2:
• De 1,20m até a um mínimo de 0,95m, no sentido da entrevia,
em zonas em reta;
• Em zonas de curva, a redução da distância deve ser avaliada
caso a caso, tendo em consideração o efeito da flecha e da
escala.
Figura 11 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao Carril, em via única
Figura 12 - Representação de colocação das Barreiras de Segurança Fixas ao carril, em via dupla,
considerando que não existe circulação na via onde vão decorrer os trabalhos
35
• São instaladas de acordo com o plano de implementação (Anexo II)
aprovado e anexado à ODT e de acordo com o definido na Ficha de
Equipamento de Proteção Coletiva respetiva;
• A sua utilização está dependente da prévia verificação, após a sua
montagem e com uma periodicidade diária pelo Chefe dos
Trabalhos, de acordo com a lista de verificação constante da Ficha
de Equipamento de Proteção Coletiva respetiva.
Independentemente do referido a sua estabilidade tem de ser
verificada periodicamente durante a jornada de trabalho;
• São colocadas em toda a extensão dos trabalhos, garantindo-se
aberturas nos locais de passagem autorizada (atravessamentos de
nível autorizados);
• Sempre que seja implementada uma LV para possibilitar a
diminuição da distância de colocação das barreiras, estas têm de
ser retiradas antes de ser retirada a LV;
• A atividade a ser desenvolvida ao abrigo desta medida de
segurança não pode condicionar a circulação ferroviária
programada nem o estado da infraestrutura;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis e ligeiros;
• Sempre que os trabalhos possam originar a projeção de materiais
(e não esteja implementada também a MS1 / MS3) deve ser
utilizado, complementarmente, um avisador sonoro na frente de
trabalhos para assegurar a paragem dos trabalhos à passagem das
circulações. Nestas situações deve ser garantido que o aviso é
emitido com antecedência suficiente para que os trabalhos estejam
parados à passagem de circulações;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.
Operação do Sistema
• A componente de anúncio é sempre colocada a montante dos
trabalhos de ambos sentidos por forma a garantir a Distância de
Anúncio (Anexo I) e a componente de aviso é posicionada na frente
de trabalhos;
• Após a emissão do alarme do aviso de aproximação de circulações,
procede-se de imediato à:
• Paragem dos trabalhos;
• Posicionamento de trabalhadores, materiais e equipamentos
na Zona Segura;
• Imobilização dos equipamentos pesados paralelamente à via-
férrea e na Zona Segura.
Os trabalhos só são retomados por indicação do Coordenador de
Vigilância, após verificada a operacionalidade do sistema, verificada
a saída total da circulação da frente de trabalhos e de estar
garantido que não se aproximam outras circulações, exceto
aquando da libertação automática do alarme do aviso à frente dos
trabalhos no SAACA.
37
Requisitos de implementação
• Os trabalhadores e materiais afetos ao sistema estão posicionados
na Zona Segura;
• São cumpridas as Distâncias de Anúncio (Anexo I), que variam em
função da velocidade das circulações e do tempo necessário para
desimpedir a via, calculadas de acordo com a seguinte fórmula de
cálculo:
𝑡
𝐷𝐴 = × 𝑣 × 1000
3600
em que:
DA, é a distância de anúncio em m (metros), sendo o
arredondamento feito superiormente à meia centena ou à centena;
t, é o tempo de desimpedimento da via em s (segundos);
v, é a velocidade em km/h (quilómetros por hora).
• O tempo de desimpedimento mínimo considerado, para
posicionamento na Zona Segura é de 15 segundos;
• O aviso é efetuado por meio de avisador sonoro elétrico ou de carga
de bomba de ar audível de forma clara e inequívoca na frente de
trabalhos;
• O ambiente sonoro na frente de trabalhos, permite a audição do
aviso de uma forma clara e sem suscitar dúvidas;
• Para efeitos de gestão dos recursos afetos à vigilância ou
comunicações de emergência deve ser utilizado um meio de
comunicação eficaz e fiável,
• O Coordenador de Vigilância (no SAACM e SAAMS) e os Vigilantes
estão dedicados em exclusivo a essa função, podendo ser
substituídos por outros trabalhadores durante o período de
trabalhos, desde que deviamente qualificados e garantindo sempre
os mesmos níveis de segurança;
• O Coordenador de Vigilância e os Vigilantes devem ter um período
de descanso de 15 minutos por cada 2 horas;
• A atividade a ser desenvolvida ao abrigo desta medida de
segurança não pode condicionar a circulação ferroviária
programada nem o estado da infraestrutura;
• Para trabalhos na Zona de Risco A podem ser utilizados
equipamentos portáteis e ligeiros. Para trabalhos na sua
38
proximidade podem ser utilizados equipamentos portáteis, ligeiros
ou equipamentos pesados não carrilados, desde que posicionados
na Zona Segura exterior à banqueta e garantam a não invasão da
Zona de Risco C (quando aplicável). No caso de equipamentos
pesados a MS3 é complementada com a MS2. Pode ser dispensada
a MS2 mediante avaliação dos riscos, que identifique não ser
necessária a implementação da MS2;
• Existe Zona Segura adequada aos recursos a utilizar.
39
Operação do SAACA
• O sistema é operado apenas pelo Coordenador de Vigilância;
• O Coordenador de Vigilância pode estar envolvido noutras
atividades devendo estar na frente dos trabalhos por forma a
assegurar a libertação do alarme (quando aplicável) ou a resolução
de qualquer falha;
• A componente de anúncio deve ser colocada à Distância de Anúncio
prevista no Anexo I, salvo se especificado de outra forma na Ficha
de Especificação de EPC e o seu acionamento é automático, à
passagem das circulações;
• A componente de aviso é assegurada através do alarme emitido,
em toda a extensão da frente de trabalhos, por avisadores sonoros
elétricos e por sinalização luminosa intermitente;
• Ao ser acionada a componente de anúncio é despoletado
automaticamente o aviso na frente de trabalhos;
• A retoma dos trabalhos só pode ocorrer de duas formas distintas:
• Quando a libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos
é assegurada automaticamente, após cessar o alarme;
• Quando a libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos
é assegurada de forma manual, por indicação do
Coordenador de Vigilância e após verificada a saída total da
circulação da frente de trabalhos, de estar garantido que não
se aproximam outras circulações e verificada a
operacionalidade do sistema.
40
• No caso de se operar com sistema que funcione via radiofrequência,
deve garantir-se, previamente, que no local de trabalho estão
garantidas as condições de emissão e receção dos sinais de rádio
para a utilização dos equipamentos;
• A sua utilização está dependente da prévia verificação, após a sua
montagem e com uma periodicidade diária, pelo Coordenador de
Vigilância, de acordo com a lista de verificação constante da Ficha
de Equipamento de Proteção Coletiva respetiva;
• Sempre que surja uma falha do sistema deve interromper-se os
trabalhos. Estes só podem ser retomados, após a resolução da
falha.
Operação do SAACSA
• O sistema é operado por uma equipa de vigilância, constituída pelo
Coordenador de Vigilância e 2 (dois) Vigilantes. Em zonas de
bifurcação, admite-se ainda a possibilidade do número de Vigilantes
poder ser aumentado, não podendo, contudo, existir mais que 1
(um) Vigilante, no mesmo sentido de uma dada via;
• O Coordenador de Vigilância pode estar envolvido noutras
atividades devendo estar na frente dos trabalhos por forma a
assegurar a libertação do alarme ou a resolução de qualquer falha;
• Os Vigilantes estão dedicados em exclusivo à função e devem estar
posicionados de ambos os lados da frente de trabalhos, na Zona
Segura e de forma a assegurar a Distância de Anúncio (dada pela
soma da distância entre o elemento extremo que constitui a equipa
de trabalho e a posição do vigilante, mais a distância de visibilidade
41
do Vigilante para a deteção de comboios) prevista no Anexo I, salvo
se especificado de outra forma na Ficha de Especificação de EPC;
• O Vigilante ao avistar a circulação ferroviária deve emitir o anúncio,
através do acionamento do dispositivo que faz despoletar
automaticamente o aviso na frente de trabalhos;
• A libertação do alarme do aviso na frente de trabalhos é assegurada
de forma manual pelo Coordenador de Vigilância e após verificada
a saída total da circulação da frente de trabalhos, de estar garantido
que não se aproximam outras circulações e verificada a
operacionalidade do sistema.
42
Sempre ocorra uma situação de mau funcionamento de um
SAACA ou SAACSA em que não é detetada a origem da falha,
deve ser comunicada por escrito à Unidade Orgânica do GI
com atribuições na área da segurança, através de um relatório,
reportando detalhadamente a ocorrência.
Operação do SAACM
• A equipa de Vigilância é constituída pelo Coordenador de Vigilância
e 2 (dois) Vigilantes. Em zonas de bifurcação, admite-se ainda a
possibilidade do número de Vigilantes poder ser aumentado, não
podendo, contudo, existir mais do que 1(um) Vigilante, no mesmo
sentido de uma dada via;
• O sistema é operado pelo Coordenador de Vigilância e pelos
Vigilantes;
• O sistema é instalado de acordo com o plano de implementação
aprovado (em anexo à ODT);
• O Coordenador de Vigilância deve estar posicionado próximo da
componente de aviso, no centro da frente de trabalhos, na Zona
Segura;
• Os Vigilantes devem estar posicionados a montante da frente de
trabalhos relativamente às circulações ferroviárias, na Zona Segura,
e de forma a assegurar a Distância de Anúncio (dada pela soma da
distância entre o elemento extremo que constitui a equipa de
trabalho e a posição do vigilante mais a distância de visibilidade do
Vigilante para a deteção de comboios) prevista no Anexo I;
• O Coordenador de Vigilância deve ter contacto visual com os
Vigilantes;
• A distância máxima entre o Coordenador de Vigilância e cada um
dos Vigilantes é de 150 metros;
43
• O Coordenador de Vigilância e os Vigilantes encontram-se
equipados com avisadores sonoros;
• O Vigilante ao avistar a circulação ferroviária à Distância de
Anúncio, emite o anúncio, através do acionamento do avisador
sonoro, ao Coordenador de Vigilância;
• O Coordenador de Vigilância imediatamente após a receção do
anúncio, emite o aviso, através do acionamento do avisador sonoro;
• O acionamento do avisador sonoro, para efeitos de anúncio e aviso,
é efetuado por um período igual ou superior a 3 (três) segundos;
• A montagem do sistema representa-se no esquema seguinte:
44
• frentes de trabalho fixas;
• trabalhos realizados fora da Zona de Risco A;
• implementação de barreiras de segurança.
• Em frentes de trabalho móveis só é permitida a implementação
desta medida numa das vias (plena via) / linhas (estação);
• Em frentes de trabalho fixas são permitidos trabalhos, no máximo,
em 2 vias/linhas em simultâneo;
• Para atravessar a via-férrea é considerada a possibilidade de
implementar esta medida em mais do que 1 via/linha;
• Sempre que:
• o Coordenador de Vigilância e/ou os Vigilantes não estejam
na mesma via / linha que a restante equipa de trabalho ou;
• esta medida seja implementada em mais que uma via/ linha
em simultâneo
deve ser garantido o contacto visual permanente entre o
Coordenador de Vigilância, os Vigilantes e os restantes elementos
da equipa de trabalho. Nestas situações, sempre que se aproxime
um comboio que possa condicionar a visibilidade entre o
Coordenador de Vigilância, Vigilantes e a equipa, e
independentemente do local dos trabalhos, devem igualmente os
Vigilantes e Coordenador de Vigilância emitir o anúncio e aviso à
equipa quando detetarem a aproximação da circulação, à Distância
de Anúncio (Anexo I) determinando a paragem imediata dos
trabalhos e posicionamento da equipa, materiais e equipamentos na
Zona Segura;
• A velocidade máxima das circulações permitida, em função do
tempo necessário para desimpedimento da via, é de:
• v= 130 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 15 s;
• v= 60 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 30 s;
• v= 40 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 45 s;
• v= 30 km/h, se o tempo necessário para desimpedimento da
via for igual a 60 s.
45
Admite-se a possibilidade de o sistema de aviso de aproximação de
circulações manual ser simplificado, ou seja, do Coordenador de
Vigilância acumular as funções, de um ou mais Vigilantes nas seguintes
condições:
Operação do SAACMS
• O Coordenador de Vigilância emite o aviso, através do acionamento
do avisador sonoro;
• Imediatamente após a receção do anúncio, caso exista vigilante;
• Quando detetar a aproximação da circulação, à Distância de
Anúncio (Anexo I), caso não exista vigilante.
46
Figura 15 - Representação do Sistema de Aviso de Aproximação de Circulações Manual
Simplificado com um Coordenador de Vigilância
Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, em função do valor de
folga do Horário por troços da rede, decorrente das margens de
regularidade ou suplementares da circulação definidas;
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelos Operadores Ferroviários, PGI, Unidade
Orgânica do GI responsável pela manutenção da rede ferroviária
nacional e Chefe dos Trabalhos. O Chefe dos Trabalhos não pode
dar início aos trabalhos sem que tenha obtido a prévia autorização
por parte do PGI;
• Esta medida de segurança pode ser implementada para:
• Permitir a implementação de outra medida de segurança;
47
• Reduzir a distância de segurança horizontal (d2), relativa à
delimitação da área da Zona de Risco A, em função da
alteração dos Intervalos de Velocidade;
• Reforçar a eficácia de outra medida de segurança;
• Para trabalhos que possam instabilizar a via ou a sua
infraestrutura.
• Esta é uma medida de segurança complementar a outra(s)
medida(s) de segurança ferroviárias;
• Devem ser cumpridos os procedimentos definidos no RGS II –
Sinais, ICS 102 – Normas e Procedimentos Complementares ao
RGS II e PCG 06/2022 – Implementação de Limitações de
Velocidade Temporárias;
• Existe Zona Segura, adequada aos recursos a utilizar.
Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, de acordo com a
disponibilidade em horário;
• É implementada nos intervalos entre circulações, para o local dos
trabalhos definido na sua programação em ODT, incluindo esquema
com a localização inequívoca dos trabalhos;
• Pode ser implementada (individualmente ou em simultâneo):
48
• Em troços de plena via;
• Em estação:
• Nas linhas principais e secundárias;
• entre dois pontos singulares (Sinais ou AMV);
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelo CCO, Responsável pela Circulação na Estação
e pelo Chefe dos Trabalhos. A autorização para realização dos
trabalhos é efetuada pelo CCO e o Chefe dos Trabalhos não pode
dar início aos trabalhos sem ter em seu poder a respetiva
autorização;
• São cumpridas as formalidades para pedido, autorização e
conclusão dos trabalhos, registadas através dos modelos gerados
automaticamente pelo sistema eODT, conforme Anexo IV;
• Em troços com mais que uma via só é permitida a suspensão da
circulação de uma das vias, mantendo-se a(s) outras abertas à
exploração em estrito cumprimento da regulamentação em vigor. A
suspensão temporária em mais do que uma via, apenas é permitida
para intervenções em diagonais de ligação e para limpeza de
aparelhos de apoio de pontes, quando o tabuleiro suporte mais do
que uma via;
• No troço para onde é solicitada a suspensão temporária da
circulação para trabalhos na infraestrutura, só é permitida uma
única frente de trabalhos, ao abrigo desta medida de segurança;
• Dentro dos limites do troço em causa, é permitida ainda a existência
de outras frentes de trabalho definidas por outras ODT, desde que
protegidas por medidas de segurança adequadas e desde que
essas medidas sejam a MS1, MS2, MS3 ou MS5;
• Não é permitida a implementação desta medida em estações que
estejam incluídas, parcial ou totalmente, em medidas de segurança
MS7 ou MS8;
• A necessidade de realização imprevista de qualquer circulação
extraordinária, ou outra perturbação inesperada na circulação,
obriga a que, após ordem nesse sentido por parte do GI
(Responsável pela Circulação), o Chefe dos Trabalhos cesse
imediatamente os trabalhos e entregue em segurança a via livre, em
condições de exploração, num período de tempo nunca superior a
15 (quinze) minutos;
49
• Só são permitidos trabalhos em que não seja previsível a
possibilidade de afetação do desempenho da infraestrutura após a
realização dos mesmos;
• O Chefe dos Trabalhos tem de possuir meios de comunicação que
permitam o contacto permanente com o GI (Responsável pela
Circulação);
• O Chefe dos Trabalhos tem de ter controlo visual sobre toda a frente
de trabalhos;
• Esta medida de segurança não pode condicionar a circulação
ferroviária programada nem o estado da infraestrutura;
• Para trabalhos na Zona de Risco A podem ser utilizados
equipamentos portáteis, ligeiros e equipamentos ligeiros carrilados
para transporte de materiais. Para trabalhos na proximidade da
Zona de Risco A podem ser utilizados equipamentos portáteis,
ligeiros ou até equipamentos pesados não carrilados, desde que
posicionados na Zona Segura exterior à banqueta e garantam a não
invasão da Zona de Risco C (quando aplicável).
50
Figura 17 - Representação da implementação da medida de segurança Interdição da Via, numa
das vias, num troço de via dupla
Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, de acordo com a
disponibilidade;
• É proibida a exploração ferroviária no troço de via definido;
• O pedido de Interdição da Via é obrigatório mesmo que tenha sido
efetuado outro pedido de Interdição da Via para o mesmo local;
• São cumpridos os procedimentos definidos no RGS XII;
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelo CCO e Agentes na via interdita. O Chefe dos
Trabalhos não pode dar início aos trabalhos sem ter em seu poder
a respetiva autorização;
• Existem boas condições de iluminação artificial, para os trabalhos
realizados durante a noite;
• Quando numa mesma Interdição exista mais que uma frente de
trabalhos e, simultaneamente, estejam previstos equipamentos
pesados carrilados e não existam condições de iluminação natural
suficiente, deve ser avaliada a necessidade de implementação de
sinalização de segurança que delimite as equipas de trabalho;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis, ligeiros,
equipamentos ligeiros carrilados para transporte de materiais e
pesados na Zona de Risco A ou na sua proximidade;
• Sempre que existam equipamentos pesados carrilados, ou existe
Zona Segura, adequada aos recursos a utilizar, que garanta a
proteção e o resguardo dos trabalhadores à sua passagem ou os
trabalhos são previamente coordenados com o Dono da Obra de
forma a garantir que durante a passagem dos equipamentos
pesados carrilados não existem trabalhadores em locais onde não
existe Zona Segura.
51
8.9. Medida de Segurança 9 (MS9) – Reservado
Requisitos de implementação
• Está condicionada à autorização pelo GI, de acordo com a
disponibilidade;
• Utiliza-se nos trabalhos que invadam, ou possam invadir, a Zona de
Risco C, originando a aproximação direta ou indireta a uma
distância inferior à distância de segurança d1 das partes das
instalações fixas para tração elétrica em tensão;
• Consiste na manobra dos aparelhos de corte adequados, num dado
troço de catenária ou feeder definido, e respetiva ligação à terra;
• O pedido de Corte de Tensão é sempre obrigatório mesmo que a
tensão elétrica se encontre desligada ou que tenha sido efetuado
outro pedido de corte de tensão para o mesmo local;
• São cumpridos os procedimentos definidos no RGS IX, RGS XII e
PR.GER.001;
• A segurança da circulação e dos trabalhos é garantida
conjuntamente pelo CCO, PGI e Agentes na via interdita. O Chefe
dos Trabalhos não pode dar início aos trabalhos sem ter em seu
poder a respetiva autorização;
• Existem boas condições de iluminação artificial, para os trabalhos
realizados durante a noite;
• Só é permitido realizar trabalhos, quando se verificar
cumulativamente o seguinte:
• Estão manobrados os aparelhos de corte adequados;
• Está interdito o acesso a circulações com pantógrafos
levantados (no caso da catenária);
52
• Estão efetuados os procedimentos de segurança para a
realização dos trabalhos, incluindo a ligação à terra, através
da colocação de Varas de Terra e/ou Ligadores
Complementares.
• As Varas de Terra e/ou Ligadores Complementares encontram-se
aceites pelo GI e estão em bom estado de conservação;
• Podem ser utilizados equipamentos portáteis, ligeiros e pesados, na
Zona de Risco A ou na sua proximidade;
• Sempre que existam equipamentos pesados carrilados, ou existe
Zona Segura, adequada aos recursos a utilizar, que garanta a
proteção e o resguardo dos trabalhadores, à sua passagem ou, os
trabalhos são previamente coordenados com o Dono da Obra (RGS
XII) de forma a garantir que durante a passagem dos equipamentos
pesados carrilados não existem trabalhadores em locais onde não
existem Zona Segura.
53
9. Medidas de segurança associadas às Zonas de
Risco
54
9.1. Medidas de segurança que CONTROLAM o risco
(ZONA DE RISCO)
55
Tipo de equipamentos possíveis de serem
Medidas
utilizados
Frente de Trabalho mínimas de
Ligeiros carrilados
Portáteis Ligeiros para transporte de Pesados segurança
materiais
X - - - 1
X X - - 3
Zona de Risco A
X X X - 7
X X X X 8
X - - - 1
Proximidade da Zona
X X - - 1
de Risco A
X X - X 2+3
Zona de Risco C ou sua
X X X X 10
proximidade
Quadro 7 - Medidas de segurança mínimas a considerar, em função das Zonas de Risco invadidas e
tipo de equipamentos utilizados
56
10. Requisitos de Segurança, para Trabalhos na Via-
Férrea e na sua Proximidade
57
• A natureza das atividades e trabalhos a executar;
• O tempo previsto para a sua realização;
• Os recursos humanos e materiais envolvidos;
• Os condicionalismos existentes;
• Os acessos ao local dos trabalhos;
• A velocidade praticada no troço;
• As Zonas de Risco invadidas;
• A existência de Zonas Seguras;
• Os riscos ferroviários existentes e que se pretendem
eliminar/controlar;
• As medidas de segurança aplicáveis e os seus requisitos de
implementação;
• A necessidade de minimização da afetação da exploração
ferroviária.
Para a efetiva eliminação ou minimização dos riscos associados aos
trabalhos, é necessário integrar as medidas de segurança adequadas:
• no planeamento;
• na organização prévia do trabalho;
• durante a realização dos trabalhos.
Equipamentos ligeiros
Podem ser utilizados ao abrigo de todas as MS previstas na IET 77,
contudo na MS1 e MS2, só podem ser utilizados na proximidade da Zona
de Risco A.
58
• sistema de imobilização, por forma a impossibilitar o movimento
intempestivo;
• sistema de comando/manípulo, só permitindo a movimentação por
desativação do sistema de freios;
• dimensionados para a carga a transportar, não excedendo o peso
de 250 kg (tara + carga), no caso da MS7;
• acondicionamento da carga, de forma a evitar a queda/projeção de
materiais.
Equipamentos pesados
Quando posicionados na proximidade da Zona de Risco A, podem ser
utilizados ao abrigo da MS3, MS7 ou MS8. A MS3 é complementada com
a MS2. Pode ser dispensada a MS2 mediante avaliação dos riscos, que
identifique não ser necessária a implementação da MS2.
59
• Existe análise e avaliação de riscos e estão definidas as medidas
de prevenção e esse documento está disponível na frente de
trabalhos;
• Existem condições atmosféricas adequadas;
• Existem condições para cumprimento integral dos requisitos de
implementação de cada medida de segurança a adotar;
• Os equipamentos são adequados, estão em boas condições e é
garantido o seu posicionamento em Zona Segura, à passagem das
circulações (quando aplicável);
• Estão disponíveis os contactos de emergência e meios de
comunicação para o efeito;
• Existe Autorização para a realização dos trabalhos.
60
relação à frente de trabalhos e garantir que o acesso ao local dos
trabalhos se efetua através da Zona Segura. Quando tal não seja
possível, devem ser implementadas as medidas de segurança
adequadas.
62
10.11. Visitantes
O acesso de visitantes à infraestrutura ferroviária, só é permitido mediante
prévia autorização do GI.
63
Os sinais devem:
• Encontrar-se em bom estado de conservação e leitura e em
conformidade com o definido nos documentos normativos
ferroviários;
• Ser colocados em local bem visível pelas tripulações das
circulações ferroviárias e não invadirem o gabarito de obstáculos;
• Ser removidos / colocados fora de serviço, no final do período de
trabalho.
64
10.15. Ligação à Terra de Elementos Metálicos
Para além do risco de eletrocussão associado à Zona de Risco C, há
ainda que considerar, decorrente da via-férrea eletrificada em exploração,
o risco de eletrocussão por eletrização de elementos metálicos (por arcos
elétricos, fenómenos de indução eletromagnética ou de influência
elétrica), resultante da proximidade com as IFTE. Nestas circunstâncias,
deve garantir-se a ligação à terra de todas as massas metálicas
suscetíveis de adquirir potenciais perigosos (exemplo: armaduras para
construção em betão armado, estruturas metálicas integrantes da obra,
cimbres, andaimes, gruas ou outros equipamentos auxiliares de
construção) e a continuidade elétrica entre os vários elementos que as
constituem, conforme documentos normativos ferroviários em vigor. As
ligações provisórias devem ser efetuadas antes do início dos trabalhos e
só retiradas após a conclusão dos mesmos.
65
segurança. Apresentam-se seguidamente, e de forma não exaustiva,
alguns dos fatores críticos a considerar associados à via-férrea.
10.17.1. Pontes
Nas pontes com passeio, dado que existem passeios que se encontram
dentro da Zona de Risco A, para a definição das medidas de segurança a
implementar, para os riscos de atropelamento ferroviário e colisão de
circulações ferroviárias com equipamentos e materiais, deve ser sempre
avaliado se os passeios dispõem, efetivamente, da existência de uma
Zona Segura.
Para além dos riscos ferroviários e outros que possam existir há ainda
que considerar, nas pontes, o risco de queda em altura.
Para além dos riscos ferroviários, e outros que possam existir, haverá
ainda que considerar, em taludes, o risco de queda em altura / queda em
desnível.
10.17.3. Túneis
Os acessos e trabalhos em túneis, na Zona de Risco A, mesmo os que
disponham de passeio e de abrigos, devido aos efeitos aerodinâmicos,
carecem da implementação de medidas de segurança que eliminem os
riscos de atropelamento ferroviário e colisão de circulações ferroviárias
com equipamentos e materiais, ou seja:
• Interdição da Via;
• Suspensão Temporária da Circulação para trabalhos na
infraestrutura.
Considera-se como exceção ao referido anteriormente, os acessos e
trabalhos em túneis que disponham de Zona Segura. Nestes casos, em
função do local e da atividade a executar, poderá ser considerada:
66
• Trabalhos na proximidade da ZRA (passeio) - implementação de
medida de segurança que controle o risco de atropelamento
ferroviário, desde que adequada aos trabalhos a realizar e
complementada obrigatoriamente com a MS5 (Limitação de
Velocidade Máxima Temporária das Circulações), igual ou inferior a
30km/h;
• Trabalhos na ZRA - implementação de medida de segurança
adequada aos trabalhos a realizar e complementada
obrigatoriamente com a MS5 (Limitação de Velocidade Máxima
Temporária das Circulações), igual ou inferior a 30km/h para ambas
as vias.
A implementação da MS complementar, MS5, pretende controlar os
efeitos aerodinâmicos provocados pela passagem das circulações no
local dos trabalhos.
67
No âmbito da implementação de uma Interdição de Via, o acesso ou
movimentação pedonal no interior do túnel deve ser coordenado
previamente com o Dono de Obra (RGS XII), sempre que a OS contemple
a circulação de equipamentos pesados. Quando não existir Zona Segura
é proibida a permanência de pessoas dentro do túnel com circulação de
equipamentos pesados.
10.17.5. IFTE
Na definição das medidas de segurança a implementar, para trabalhos
nas IFTE ou na sua proximidade, deve ser sempre avaliado no local dos
trabalhos se existem pontos singulares que pela sua especificidade
podem representar risco acrescido de eletrocussão, como por exemplo,
locais com catenária rebaixada, existência de feeder em cabo seco aéreo
ou enterrado, ou transformadores de tensão aplicados em postes de
catenária alimentados pela catenária da via contigua, entre outros.
68
• Trabalhos de reparação de anomalias (avarias, acidentes e
incidentes), de caráter urgente e imediato, na sequência de uma
falha na Infraestrutura Ferroviária;
• Trabalhos imprevistos, não urgentes, executados ao abrigo de
PATE no quadro regulamentar do RGS IX;
• As ações de fiscalização e de auditoria às frentes de trabalhos na
Infraestrutura Ferroviária.
Infraestruturas de Portugal, SA
Visto
O Diretor do Departamento de O Gestor da Unidade de
Regulamentação e Planeamento Regulamentação
Operacional
a) Assinado no original
69
ANEXOS
ANEXO I – Distâncias de Anúncio
DISTÂNCIA DE ANÚNCIO (metros)
Velocidade (Km/h) 12 15 30 45 60
Tempo de reação da
2 2 2 2 2
frente de trabalhos
Margem de Segurança 5 5 5 5 5
Total (segundos) 12 15 30 45 60
71
ANEXO II – Plano de Implementação do Sistema de
Barreiras de Segurança
Nota: Caso a EE não seja o GI, poderá ser utilizado este formulário ou outro equivalente
ANEXO III – Plano de Implementação do Sistema de Aviso
de Aproximação de Circulações Manual
Nota: Caso a EE não seja o GI, poderá ser utilizado este formulário ou outro equivalente
ANEXO IV – Suspensão Temporária da Circulação para
Trabalhos na Infraestrutura
As formalidades para pedido, autorização e conclusão dos trabalhos,
registadas através dos modelos gerados automaticamente pelo sistema
eODT são as seguintes:
(Responsável pela Circulação CCO/ Estação > Chefe dos Trabalhos/ Mesa
Operação/ Regulação/ Estação)
75
“Telefonema registado nº <nº da ODT><nº do período>_3
Para a ODT nº <nº da ODT>, período <nº do período>, confirmo que estão
terminados os trabalhos e solicito o levantamento da Suspensão temporária da
circulação na <Estação / Plena Via / Plena Via + Estação>, de/entre <Estação>/
<dependência de início> <inclusive/exclusive> e <dependência de fim>
<inclusive/exclusive>, da(o) <Linha/ Ramal indicado no ODT>.
É dada a via livre à normal circulação dos comboios sem restrições / com as
seguintes restrições____________, a partir das ___h___m.”
76
Nota 1: Para a realização de trabalhos nas estações guarnecidas,
detentoras do comando e controlo da circulação, o pedido, a autorização
e a conclusão dos trabalhos são efetuados diretamente entre o Chefe
dos Trabalhos e o Responsável pela Circulação na estação, dando este
conhecimento do início e fim ao CCO. Os registos são efetuados nos
modelos gerados automaticamente pelo sistema eODT.
77
ANEXO V – Reunião Prévia ao início dos trabalhos
ODT / OS __________
Temas a abordar:
A natureza dos trabalhos, as funções de cada um dos elementos da equipa de
trabalho e equipamentos envolvidos
A localização dos trabalhos e a melhor forma de acesso em segurança
Os limites físicos do troço, onde estão efetivadas as proteções associadas às
medidas de segurança e os limites físicos da frente de trabalhos
A velocidade máxima das circulações no local dos trabalhos e a sua adequabilidade
relativamente distâncias de visibilidade (se aplicável)
Os limites físicos das Zonas de Risco e das Zonas Seguras e os limites de limitação
de velocidade (se aplicável)
Os contactos de emergência, e da confirmação da disponibilidade de meios de
contacto
A sinalização fixa a instalar (se aplicável)
Os riscos existentes e respetivas medidas de segurança a implementar, quer no que
se refere à atividade a desenvolver, quer no que se refere a condicionalismos
existentes (nomeadamente, circulação ferroviária, instalações elétricas em tensão,
circulação rodoviária)
Observações:
Presenças:
78
Notas:
A reunião, coordenada pelo Chefe dos Trabalhos, deve ser efetuada
em local seguro.
A presente ficha deve ser arquivada na ação SIGMA correspondente
ou associada ao processo de segurança, quando não há registo
SIGMA.
79
ANEXO VI – Zonas suburbanas em hora de ponta
Hora de ponta:
Dias uteis, entre as O6h00 e as 10h00 e as 16h30 e as 20h45.
Zonas suburbanas:
• Linha do Minho, entre as estações de Porto São Bento e Nine
• Linha do Norte, entre as estações de:
• Aveiro e Porto Campanhã
• Alfarelos e Coimbra B
• Lisboa Santa Apolónia e Azambuja
• Linha de Sintra
• Linha de Cintura
• Linha de Cascais
• Concordância de Sete Rios
• Linha do Sul, entre agulha junto à Ponte de Santana e a estação
Praias Sado
• Linha do Alentejo, entre as Estações Pinhal Novo e Barreiro
A definição destes limites teve como referência o Diretório de Rede e a
IET10, e considera os troços da Rede com vias múltiplas e duplas, com
frequência de comboios igual ou superior a 6 comboios por hora.
80