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2° Fórum de debate

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Due: Friday, 24 May 2024, 11:59 PM

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2° Fórum de debate
Tuesday, 20 February 2024, 2:18 PM

Caro(a) estudante,

Este é o 2° Fórum de debate que vai decorrer no período de 08 a 29 de Abril


de 2024 as 23:59 e para uma participação activa recomenda-se a leitura de
obras e artigos de apoio indicados na disciplina bem como outras fontes de
pesquisa sobre o tema!

Sua realização é obrigatória, pois é um fórum avaliativo com


uma pontuação máxima de 7 valores.

TEMA DE DEBATE:

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia escolar e


a construção da cidadania

Os temas acima anunciados abordam sobre as práticas didáctica -


pedagógicas da geografia no sentido desta contribuir para a construção da
cidadania no nosso cotidiano. Com base nas ideias dos autores que
constam na bibliografia, faça uma reflexão sobre as práticas didáctica -
pedagógicas que devem ser usadas no ensino de geografia para a
construção da cidadania

Referências bibliográficas

Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a Geografia


escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. __). A Geografia
escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora Papirus.

Brito-ID, D. G., de Melo, J. A. B., & da Silva, G. C. O Ensino de Geografia:


Trabalhando Relevo através das categorias geográficas, lugar e paisagem.

Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública: avanços


e dificuldades. Passo Fundo.

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia como


possibilidades de formação para a cidadania. Revista Contexto &
Educação, 33(104);

Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de


cidadania. Individualização, cidadania e inclusão na sociedade ?
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do Campo,

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SP: Editora UFABC, 43-73.

Campos, A. C. (2010). Metodologia do ensino de geografia. São Cristóvão:


Universidade Federal de Sergipe, CESAD.

Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da geografia: um


olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

Para participar deve seleccionar em "Responder", opção está localizada no


canto inferior direito do rectângulo referido, e para finalizar, deve selecionar
em "Submeter".

Conto com a participação de todos!

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Re: 2° Fórum de debate


by Bruno Jone Jose Bento - Thursday, 4 April 2024, 6:44 PM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia


escolar e a construção da cidadania

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia


Segundo Santos, Busato, (2001) A Geografia é muito complexa e
bastante abrangente, uma vez que está envolvida em inúmeros
assuntos humanos e naturais. A sua abordagem está relacionada
nos conceitos, associados aos conteúdos estudados na Geografia,
torna os instrumentos para a efetiva aprendizagem e permite
compreender mais efetivamente a sociedade.

Na mesma senda Santos, Busato, (2001) afirma que no âmbito da


disciplina de Geografia, existem muitos materiais disponíveis para os
alunos e professores que podem ser utilizados como ferramentas
didáticas, para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de
aula. Na qual citou alguns exemplos como os chamados Recursos
Educacionais Abertos (REA), que podem incluir: textos, livros, planos
de aula, jogos, imagens, vídeos ou áudios, softwares e jogos,
imagens. Uma das plataformas mais acessadas está a “Recursos
Adicionais com licença Aberta” (REliA).

A discussão sobre o papel da didática no processo de ensino -


aprendizagem leva-nos a refletir sobre uma educação acessível a
todos e que respeite as suas peculiaridades. Partindo dessa análise,
torna-se indispensável uma mudança na transmissão de
conhecimentos no âmbito escolar, realizando uma reformulação do
ato educativo, que busque despertar a criticidade dos cidadãos em
face à realidade.(SANTOS, BUSATO, 2001)

Para Santos, Busato, (2001) É imperioso sobrepor que a Geografia


contribui para a formação de seus educandos, adaptando o
desenvolvimento de uma consciência crítica, voltada ao respeito
dos acontecimentos mundiais, correlacionando com a configuração
do espaço geográfico, reconhecendo as contradições e os conflitos
econômicos, sociais e culturais, facilitando o comparativo da vida,
seus hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e
pessoas, em busca do respeito às diferenças e de uma organização
social mais igualitária.
?
Segundo Freire (1979) discorre que atualmente há a concepção que

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a educação é um elemento de transformador social, e para que isso


ocorra, é necessário fazer uma reflexão pedagógica, na qual procure
questionar essa visão tradicional.

Para Santos, Busato (2001) Tornasse primordial fazer ligações com os


conhecimentos que o aluno tem aprendido no dia a dia e o
conhecimento científico. Porém, esta lacuna ainda aberta, constitui
um desafio para o professor, mas, para que haja ensino e
aprendizagem de Geografia, esse aspecto se faz cada vez mais
basilar.

A didática para ostentar um papel significativo na formação do


educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de
meios e mecanismos, pelos quais desenvolvem um processo de
ensino-aprendizagem. É preciso criar um modelo crítico com
práticas educativas alinhadas a um projeto histórico, que não será
construído tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente
com os educandos e outros membros dos diversos setores da
sociedade. (SANTOS, BUSATO, 2001)

Geografia escolar e a construção da cidadania

De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui


para a formação da cidadania através da prática de construção e
reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam
a capacidade de crianças e jovens compreenderem o mundo em
que vivem e atuam, numa escola organizada como um espaço
aberto e vivo de culturas. O exercício da cidadania na sociedade
atual, por sua vez, requer uma concepção, uma experiência, uma
prática - comportamentos, hábitos, ações concretas de cidade. A
vida nas cidades é cada vez mais um fato mundial, pois a partir de
um certo momento histórico, toda a sociedade passa a ser
organizada em função do espaço urbano. Sendo assim, a cidade
torna-se tema importante a ser trabalhado na escola fundamental,
num projeto de formação da cidadania. A escola, porém, não é a
única instância de formação de concepções e práticas da cidade,
habilidades básicas no exercício da cidadania. As práticas de
organização e gestão da cidade, os resultados dessas práticas e a
própria experiência cotidiana são também formadores de
cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna cidadão com a
contribuição de várias instâncias, destacando-se a escola. A escola
(e o conhecimen-to), por ser um lugar dedicado ao trabalho com o
conhecimento e com a atribuição de significados, pode ser a
instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre as
diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou
conhecimento científico e o saber cotidiano).
De acordo com Lefebvre, (1991) A cidade é um li-vro escrito que
precisa ser decifrado por seus cidadãos e a escola tem um papel
importante nesse sentido.

Na mesma senda Cavalcanti, (2008) afirma que no ensino de


Geografia, o tema da cidade já integra o conteúdo curricular de nível
fundamental, seja na I a fase, com o estudo do bairro e do município,
seja na 2a fase, com o estudo do processo de urbanização da
sociedade brasileira e mundial e com o estudo do conceito de
cidade e espaço urbano. Hos últimos anos, todavia, esse tema tem
adquirido relevância nas propostas curriculares, em virtude da
preocupação com a vinculaçáo entre os conteúdos sistematizados
e os conteúdos da vida cotidiana do aluno e de sua cultura. Essa ?
relevância aparece, por exemplo, na proposta político - pedagógica

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"Escola para o século XXI" da Secretaria Municipal de Educação de


Goiânia, que tem como projeto temático "a cidade e a cidadania"
(1998). Hessa proposta, a relação cidade e cidadania é eixo temático
da proposta curricular, e não apenas de Geografia, o que aponta
para o reconhecimento do caráter interdisciplinar do estudo da
cidade.

Referência Bibliográfica

Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a


Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. São
Paulo, Brasil

Freire, P. (1979) Educação e mudança. Rio de Janeiro, Brasil

Lefebvre, H. (1991) O direito à cidade. São Paulo, Brasil

Santos, A. M. D., Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Arminda Raul - Thursday, 4 April 2024, 8:48 PM

AS PRÁTICAS DIDÁCTICAS PEDAGÓGICAS USADAS NO ENSINO DE


GEOGRAFIA PARA A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

O ensino de Geografia contribui para a formação da


cidadania através da prática de construção e reconstrução de
conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de
crianças e jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam,
numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para o
ensino da Geografia e para a construção da cidadania. Algumas
dessas práticas Segundo Santos, e Busato, (2021), podem incluir:

i. Ensino contextualizado: é importante que o ensino da Geografia


esteja contextualizado à realidade dos alunos, considerando as suas
experiências, saberes e vivências, a fim de tornar o processo de
aprendizagem significativo.

ii. Aprendizagem problematizadora: além de transmitir conteúdos,


é importante que o ensino da Geografia também promova a
reflexão crítica sobre a realidade social e ambiental. Isso pode ser
feito utilizando diferentes metodologias, como debates, rodas de
conversa, pesquisa de campo, entre outras.

iii. Uso de tecnologias educacionais: as tecnologias educacionais


podem ser uma ferramenta importante para promover o ensino da
Geografia de forma mais interativa e participativa. Por exemplo, o
uso de softwares de geoprocessamento, mapas interativos e jogos
educativos.

iv. Educação ambiental crítica: a Geografia tem um papel


importante na construção de uma consciência ambiental crítica. O
ensino da Geografia pode promover a compreensão das relações
entre sociedade e ambiente, como a utilização dos recursos ?

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naturais, a produção de resíduos e a poluição.

v. Incentivo à participação dos alunos: é importante incentivar a


participação dos alunos em ações que promovam a cidadania,
como campanhas de arrecadação de alimentos, coleta seletiva de
lixo, entre outras.

Para os autores, essas são algumas das práticas didáticas


pedagógicas que podem ser utilizadas no ensino de Geografia para
a construção da cidadania. O importante é que o ensino seja
voltado para a promoção do pensamento crítico e participação
social dos alunos, visando a formação de cidadãos conscientes e
comprometidos com o mundo em que vivem.

Consta e Lanni, (2018), salientam que:

Existe uma grande relação entre a cidadania e o espaço por ser no


segundo que ocorre as relações. Para ao autores, um cidadão deve
participar de todos os acontecimentos, tendo conhecimento já que
ele não é meramente um objeto, mas sim um sujeito dinâmico e
receptível a mudanças. Portanto, para exercer a cidadania plena, os
indivíduos devem ter uma vivência de direitos e deveres em relação
a si mesmos e à sociedade em geral, e se tal relação é suscetível de
localização, caberá à Geografia um papel na formação do cidadão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de


cidadania. Individualização,

cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise


teórica [online]. São Bernardo do Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.

Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: Um olhar

sobre a prática docente e a Aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Antonio Basilio Manuel - Thursday, 4 April 2024, 9:10 PM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia

Falar da questão didáctico-pedagógica da Geografia escolar nos


remete a uma reflexão em torno das sérias críticas por qual passa
seu ensino, como, aliás, acontece com o ensino em geral. Deve-se a
isto à tradicional postura da Geografia e do professor, que
consideram como importante, no processo educativo: os dados, as
informações, o elenco de curiosidades, os conhecimentos gerais, as
localizações, enfim, o conteúdo acessório, como lembra-nos
Brabant (1989).

Discurso descritivo, até determinista, a Geografia na escola elimina,


na sua forma constitutiva, toda preocupação de explicação. A
primeira preocupação é descrever em lugar de explicar; inventariar
em lugar de analisar e de interpretar.

Essa característica é reforçada pelo enciclopedismo e avança no


?
sentido de uma despolitização total. Esse escopo, herança do século

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XIX, interfere no carácter propedêutico de uma Geografia voltada


para a cidadania, pois não consegue formar e manter conceitos
geográficos válidos cientificamente e relevantes socialmente,
existindo um predomínio forte de um ensino alinhado com apenas
uma orientação paradigmática da Geografia e, em muitas
situações didácticas verifica-se:

• A negligência em relação ao ensino da Geografia Física em


favor de uma maximização da Geografia Humana;
• A negligência – na verdade, o desaparecimento quase
completo de sala de aula e dos livros didácticos – da
Geografia Regional, em termos da caracterização e da
descrição das macro-regiões do mundo;
• Descanso – quando não abandono completo – de práticas
cartográficas e, até mesmo, do uso de Atlas, como também,
uma das técnicas de tratamento computacional das
informações geográficas (geoprocessamento – SIG), existindo,
portanto, um atraso desnecessário.

A prática didáctico-pedagógica da Geografia escolar segue um


modelo curricular fragmentado e conteudístico, permeado de
práticas centralizadoras do saber e do fazer educativo. Essa
manifestação, expressão funcional de um arbitrário cultural, próprio
de determinados grupos, assegura um processo educativo anti-
histórico e vicioso que não consegue atingir as vicissitudes da lógica
da territorialidade do lugar construído pelos sujeitos que o cercam.

Esse conjunto de informações, caóticas, unilaterais, transvestido de


conteúdo de ensino, incide fortemente na formação do imaginário
social que constitui a cidade. Como essa produção é
frequentemente inocentada na teia dos discursos sociais e
educativos, não consegue interagir com a complexidade da
sociedade, do mundo, de seu conhecimento e simbologias inerentes
necessitando de interlocução, reflexão e análise dos perigos e
possibilidades que essa realidade nos traz. É urgente que o ensino
da Geografia possa contribuir ao exercício de uma cidadania
efectiva.

A Geografia escolar e a construção da cidadania

As contribuições conceituais, teórico-epistemológicas da História e


da Geografia, quando consideradas na educação escolar,
possibilitam essa construção. O fornecimento didáctico-pedagógico
de conceitos geográficos e articulações, facilitam a compreensão
do mundo, dos complexos problemas da vida e do homem em
sociedade.

Para um efectivo exercício da participação há que se fornecer


caminhos para que a pessoa possa escolher aquele que for
compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as
circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nessa
perspectiva o desenvolvimento de conceitos geográficos, quais
sejam:

• Relações entre presente-passado-futuro;


• Diferenças e semelhanças;
• Continuidade e simultaneidade;
• Ritmos de duração, conjunturas e estruturas;
• Memória, identidade, subjectividade e cidadania;
• Espaço;
• Paisagem; ?

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• Lugar, território;
• Escala;
• Redes

Isso ajuda aos sujeitos educativos a tomar consciência de si


mesmos, dos outros e da sociedade nas mais diversas relações que
se possam estabelecer na sociedade.

É na apreensão destes conceitos que os sujeitos aceitam-se a si e


aos outros como uma totalidade social que liga o todo com as
partes e vice-versa e percebem que sua acção activa é
imprescindível para transformar a realidade, contribuindo para a
construção de uma sociedade democrática que sabe ver, que sabe
julgar, e que, de uma certa maneira sabe ser.

É mais do que necessário que no processo de ensino-aprendizagem


da Geografia quotidianamente se possa contemplar a emergência
de uma realidade mais justa, pelos novos significados que se
constroem na vida dos sujeitos.

Alfabetizar o aluno, ensinando-o a ler a realidade e a situar-se nela,


bem como estar no mundo de forma consciente, é uma forma de se
conhecer como ser social e construtor do seu espaço, pois é pela
apropriação do espaço nas materializações diversas e de todas as
ordens, próximas ou distantes, que poderemos transformá-lo e
dispor de uma melhor qualidade de vida, no concernente à
cidadania.

Referencias bibliográficas

Mubango, J. (s/d), Didáctica de Geografia II,CED-UCM

Re: 2° Fórum de debate


by Anicete Lopes - Friday, 5 April 2024, 6:10 PM

Tema de debate: A práticas didácticas pedagógicas que devem ser


usadas no ensino da geografia para construção da cidadania

Borges (2001) afirma que, acerca dos deveres e da cidadania, para


exercer a cidadania plena, os indivíduos devem ter uma vivência de
direitos e deveres em relação a si mesmos e à sociedade em geral, e
se tal relação é suscetível de localização, caberá à Geografia um
papel na formação do cidadão.

Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo, instruindo-o a


cumprir seus deveres e a elencar os seus direitos. É necessário ir
além, é necessário formar a criticidade do aluno sujeito, capaz de
fazer uma análise da realidade que o cerca, dos lugares da
experiência, não só reduzindo a experiência aos lugares e tempos
próximos, como também correlacionando aos outros espaços-
tempos. (Borges, 2001, p. 86).

É papel do professor, não só o constante repasse de conteúdo, mas


também a transformação deste em ensino geográfico, trabalhando
a qualidade das informações e propiciar ao aluno a transformação
de conteúdo em saber, informação em formação e utilizar os
aprendizados em benefício próprio e também do outro.

A Geografia e a aprendizagem da mesma tem a finalidade de ir em ?

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busca de empreendimentos que não prejudiquem a cidadania, pois


a mesma é composta por estudos do espaço e as condições de
espacialidade. Mas, para conscientizar o aluno acerca da cidadania
e sua obtenção, não é necessário apenas ajustá-lo. É necessário
tomar conhecimento do meio, reconhecer os factos e
acontecimentos, exercitar a crítica e traçar as possibilidades
alternativas dos objectivos que se quer alcançar. (Moran, 1998, p.
64).

Consideramos a Geografia de extrema importância nesse âmbito,


por essa, ser uma ciência que estuda o espaço onde as relações
sociais acontecem. Deve-se destacar que a prioridade é levar o
aluno a relacionar sua realidade com o que está sendo ensinado,
para que assim reconheça seu papel na sociedade e tenha
interesse discente. (Moran, 1998, p. 64).

Resumindo, A partir desta visão é possível destacar que a educação


o prazer estão completamente vinculados, pois a educação pode
ser tranquilamente adquirida através de actividades prazerosas.
Brincar e jogar são exercícios prazerosos da realidade e através
deles é possível adquirir e estabelecer regras básicas de
convivência, mudando aos educadores, os educandos e a
sociedade. O professor deve enriquecer qualquer atividade, fazendo
novos personagens e situações, onde o interesse aumente pela
criança e assim consiga criar a possibilidade de uma interessante
aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Berta Virgilia Olinda Abudo - Friday, 5 April 2024, 7:52 PM

Práticas didáctico-pedagógicas de Geografia escolar e a


construção da cidadania
O conceito de ensino reveste-se de grande importância, pois, o
modo como os professores entendem o que é ensinar repercurte
directamente em suas acções na sala de aula. As actividades
empreendidas pelo docente em sala de aula dependem do modo
como este as vêm, deste modo, se o professor tiver ideias estranhas
e esquisitas sobre o que é ensinar, será provável que, sob esse
nome, faça coisas estranhas e esquisitas. Um dos requesitos mais
importantes para um professor é seguramente ter uma noção clara
da natureza da actividade central em que está profissionalmente
envolvido.
Reflectir de que forma a falta de compromisso didáctico
pedagógico do professor de Geografia compromete a aquisição dos
conhecimentos básicos, para apreender os conteúdos
programáticos desenvolvidos na proposta pedagógica da escola,
visa ainda evidenciar a relevância da utilização de práticas e
actividades didáctico-pedagógicas que viabilizem o processo de
aprendizagem.
Certamente que o ensino é um ofício universal. E esse ofício não
somente possui uma longa história, pois suas origens remontam à
Grécia Antiga, mas tem um papel fundamental em nossas
sociedades contemporâneas. Embora ensinar seja um ofício
exercido em quase toda a parte do mundo, e sem interrupção desde
a Antiguidade, ainda se sabe muito pouco a respeito dos fenômenos
que lhes são inerentes. O conhecimento desses elementos do saber
?
profissional docente é fundamental e pode permitir que os

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professores exerçam seu ofício com muito mais competência.


Compreender a profissionalização da docência implica o
reconhecimento do trabalho do professor como uma prática social
e como trabalho interactivo que envolve aspectos internos e
externos à sua accao docente (TARDIF apud AZEVEDO, 2007). A
dimensão interna do trabalho docente define o que a literatura
chama de profissionalidade da docência. O termo delimita o campo
teórico que busca identificar e legitimar um corpo de saberes,
competências, atitudes, valores e normas para a profissão docente
(AZEVEDO, 2007).
É importante ainda enfatizar que cada aula tenha uma metodologia
específica, numa perspectiva de tornar atrativos os conteúdos
abordados sem incorrer numa mera transmissão de conteúdos e
informações. A aula seja um momento de interacção entre as
professoras e os alunos, em que todos tenham sua participação no
processo de aprendizagem mediante o estabelecimento do diálogo
e problematizando constantemente os conteúdos, pois ao
problematizar na expressão de autores, o professor tem a tarefa de
ir abrindo novos caminhos de compreensão. Para entender e
enfretar os desafios na sociedade.
Isto nos faz reflectir que as inúmeras pesquisas realizadas na área
educacional nos últimos anos objectivaram definir um repertório de
conhecimentos para a prática pedagógica, estes estudos podem
ser interpretados como incentivos para que o docente se conheça
enquanto docente, e como tentativas para identificar os
constituintes da identidade profissional e de definir os saberes, as
habilidades e as atitudes envolvidas no exercício do magistério.
Essa nova perspectiva considerava que não basta explicar o mundo,
é preciso transformá-lo. Assim, a Geografia ganha conteúdos
políticos que são significativos na formação do cidadão.
Para o ensino, essa perspectiva trouxe uma nova forma de
interpretar as categorias do espaço geográfico, e influenciou a partir
dos anos 80 uma série de propostas curriculares voltadas para uma
construção crítica e racional.
As sucessivas mudanças e debates em torno do objecto e método
da Geografia como ciência, presentes no meio acadêmico, tiveram
repercussões diversas na educação básica. Nos aspectos positivos,
foram um estímulo para a inovação e a produção de novos modelos
didácticos; e nos aspectos negativos, pois a rápida incorporação
das mudanças provocou a produção de inúmeras propostas
didácticas, descartadas a cada inovação conceitual e,
principalmente, sem que existissem acções concretas para que
realmente atingissem o professor em sala de aula, sobretudo o
professor das séries iniciais que, sem apóio técnico e teórico,
continuou e continua, de modo geral, a ensinar Geografia apoiando-
se apenas nas descriçoes dos factos e ancorando-se quase que
exclusivamente no livro didáctico.
Para tentar resolver esta problemática as abordagens actuais da
Geografia têm buscado políticas pedagógicas que permitam
apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo
fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que
os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas
a seu respeito. Para tanto, é fundamental que o professor crie e
planeje situações nas quais os alunos possam conhecer e utilizar
esses procedimentos. Desta forma, depreende-se que compete ao
professor e, sobretudo as práticas que este desenvolve em sala de
aula para que tal propósito seja alcançado.
Contudo, a Geografia escolar, movida pelo propósito de tornar
público os avanços no processo de ensino-aprendizagem a partir ?
da articulação entre os conteúdos de Geografia e os procedimentos

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didáctico-pedagógicos, é que se pode garantir a construção da


cidadania.
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Re: 2° Fórum de debate


by Aziza Abudo Giramo - Saturday, 6 April 2024, 4:14 PM

A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA ; A GEOGRAFIA


ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A prática didáctico-pedagógica da História e da Geografia escolar


segue um modelo curricular fragmentado e conteudístico,
permeado de práticas centralizadoras do saber e do fazer
educativo. Essa manifestação, expressão funcional de um arbitrário
cultural, próprio de determinados grupos, assegura um processo
educativo anti-histórico e vicioso que não consegue atingir as
vicissitudes da lógica da territorialidade do lugar construído pelos
sujeitos que o cercam.

Esse conjunto de informações, caóticas, unilaterais, transvestido de


conteúdo de ensino, incide fortemente na formação do imaginário
social que constitui a cidade. Como essa produção é
frequentemente inocentada na teia dos discursos sociais e
educativos, não consegue interagir com a complexidade da
sociedade, do mundo, de seu conhecimento e simbologias inerentes
necessitando de interlocução, reflexão e análise dos perigos e
possibilidades que essa realidade nos traz. É urgente que o ensino
da Geografia possa contribuir ao exercício de uma cidadania
efectiva.
É no reconhecimento da condição de “sujeitos” que promovemos o
acto da leitura e da interpretação da história quotidiana, como
aborda De Certeau. Assim, poderemos renunciar as prescrições
atribuídas por quem manipula o que os outros devem ou não
pensar. Não podemos mais olhar para as práticas curriculares da
Geografia escolar com a mesma inocência de antes.

A esse propósito Tomaz Tadeu da Silva afirma: o currículo tem


significados que vão além daqueles aos quais as teorias tradicionais
nos confinaram. O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é
trajectória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida,
curriculum vitae: no currículo se forja nossa identidade. Reconhecer
essa dimensão implica perceber o universo mental e as ideologias
presentes na realidade, bem como, a emergente necessidade de
trabalhar suas especificidades locais tal qual se constituem, nos
diferentes estados, cidades, municípios e regiões, diferindo
radicalmente daquelas pertencentes a um outro espaço e um outro
tempo.

A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer uma
concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez
mais um fato mundial, pois a partir de um certo momento histórico, ?
toda a sociedade passa a ser organizada em função do espaço

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urbano.
Sendo assim, a cidade torna-se tema importante a ser trabalhado
na escola fundamental, num projeto de formação da cidadania. A
escola, porém, não é a única instância de formação de concepções
e práticas da cidade, habilidades básicas no exercício da cidadania.
As práticas de organização e gestão da cidade, os resultados
dessas práticas e a própria experiência cotidiana são também
formadores de cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna
cidadão com a contribuição de várias instâncias, destacando-se a
escola. A escola (e o conhecimento), por ser um lugar dedicado ao
trabalho com o conhecimento e com a atribuição de significados,
pode ser a instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre
as diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou
conhecimento científico e o saber cotidiano). (LEFEBVRE, 1991)

CIDADÃO

Buscar elementos e aspectos que compõem um programa formal


de Geografia para formação da cidadania requer uma reflexão
sobre o significado que pode ser dado nesse programa para o
conceito de cidadania. O termo tem uma história longa, bastante
complexa, o que exige sua contextualização, para torná-lo
referência concreta para a vida na sociedade contemporânea. A
distância entre a defesa abstrata da cidadania e a concreta
possibilidade de seu exercício é muito grande e requer bastante
cuidado na sua explicitação. Uma idéia suscinta, mas bastante
expressiva, é a de que cidadania é o exercício do direito a ter direitos
(VIEIRA , 1997; AREMDT in BEMEVIDES, 1998). Essa idéia liga cidadania e
direito. Os significados do conceito de direito é também bastante
complexo e com história longa. Relevante para a argumentação
aqui é a distinção feita por Vieira (idem, ibdem) entre o direito
natural, baseado na idéia de universalidade, e o direito positivo,
baseado na particularidade e historicidade das normas e valores.

Santos (1987) defende a recuperação da noção de cidadão com


base no modelo cívico (fazendo referência a civilização), que
subordina o modelo econômico e é composto por, entre outros, dois
componentes essenciais: a cultura e o território. O componente
territorial supõe uma gestão adequada para garantir a produção e
distribuição de bens e serviços públicos. O conceito de território é
instrumentalizador quando se quer pensar e compreender a cidade
na sua relação com a cidadania. Território está associado aos
processos de posse, de domínio de um lugar, de uma área. Através
da dimensão territorial, o exercício da cidadania pode ser pensado
como uma questão de direito à cidade, direito ao domínio coletivo
do espaço da cidade. A escola pode organizar ações para a
formação da cidadania democrática, ativa, com direitos amplos
criados e recriados num processo h istó rico , so cial, eco n ô m ico ,
cu ltu ral.

Benevides (1998) destaca três elementos indispensáveis e


interdependentes em um projeto de educação para a cidadania: a
formação intelectual e a inform ação; a formação moral; a
educação do comportamento. O cidadão democrático, ativo,
criativo, consciente de seus direitos políticos, sociais, culturais,
individuais, territoriais, precisa conhecer a cidade, precisa
compreendê-la com profundidade, precisa decifrar seus símbolos,
precisa desenvolver um sentido ético e estético sobre ela, para que
possa lutar e conquistar seus direitos cívicos e sociais e cumprir com ?
seus deveres, individual e coletivam ente. Como afirma Santos, a

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

cidadania se aprende. Sem essa aprendizagem, a cidade torna-se


impalpável. Ela se torna, como ele diz (1987:14), "um amontoado de
signos aparentem ente desencontrados, agindo, no entanto, em
concerto, para limitar mais do que para facilitar a minha ação,
tornando-me impotente diante da multiplicidade das coisas que me
cercam e de que posso dispor".

CIDADE

Como ponto de partida, compreendese que a cidade é uma


aglomeração de pessoas (habitantes e visitantes) e de objetos
(casas, ruas, prédios) (CARLOS: 1992). É em função das pessoas e
dos objetos que a cidade se estrutura e tem uma dinâmica interna.
O arranjo interno de uma cidade é construído, pois, conforme se
organizam a vida e o processo produtivo. As pessoas precisam
morar, daí vão se configurando áreas residenciais diferentes porque
as pessoas se inserem no processo produtivo de maneira diferente
por exemplo, uns são proprietários dos meios de produção, outros
são assalariados, outros, desempregados, excluídos do processo
produtivo.
As pessoas precisam consumir, passear, comer... Vão surgindo e se
organizando os transportes, as lojas, os superm ercados, os
hospitais, as escolas, equipamentos de lazer, dentre outros. Todos
esses elementos vão configurando a paisagem urbana, que é a
aparência e a forma da cidade, a forma que vai sendo produzida. E
o conjunto formado pelos objetos e sua disposição, pelos sons e
odores, pelas pessoas e seus movimentos. Uma estudo dessa visão
aparente da cidade vai fornecendo pistas para a compreensão de
aspectos mais essenciais do espaço urbano nela materializado4 A
cidade pode ser entendida como um espaço geográfico, como um
conjunto de objetos e de ações (SANTOS, 1997), mas entendendo
esse espaço como lugar de existência das pessoas, não apenas
como um arranjo de objetos, tecnicamente orientado.

REFERENCIA.
CAVALCANTI, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a
Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano.
__). A Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora Papirus.
CARLOS, Ana F. A A cidade. São Paulo, Contexto,1992.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1987
BENEVIDES, Maria Vitória. Educação para a cidadania e em direitos
humanos. Anais EMDIPE, Encontro nacional de Didática e Prática de
Ensino. Águas de Lindóia, SP, 1998.
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Re: 2° Fórum de debate


by Anifatha Juma - Saturday, 6 April 2024, 8:38 PM

A pràtica didática-pedagógica da geografia; a geografia escolar e a


construção da cidadania

Introdução

A prática de ensino é fundamental ao currículo do professor, pois é


na prática que ele vai ter a
oportunidade de vivenciar as experiências, realizar na prática o
conhecimento adquirido
teoricamente poder passar a teoria e comprovar na prática. É
?
escolher seu método de trabalho

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

sendo flexível, pois ele poderá ser mudado. Na prática de ensino de


geografia,podemos conhecer
melhor quais os métodos eficientes e como podemos trabalhar o
conteúdo em sala de aula e
trazer para a realidade em que vivemos.
Antes de entrar em uma sala de aula o professor precisa saber qual
será o conteúdo a ser
ministrado, qual será seu método a utilizar com a turma e se seus
procedimentos são os mais
adequados para o nível da turma. Fazer uma reflexão sobra a sua
prática adotada se ela realmente
esta funcionando como ele planejou ou se esta ficando a deseja e o
que precisa ser melhorado,
pois o professor precisa sempre estar refletindo sobre os seus
método e procedimentos.

Contextualização

O ensino não é estático, ele sempre é inovado, repensado buscando


trazer a realidade. O ensino
passa por um processo de atualização para que as coisas da
atualidade não passe despercebido
pelas escolas. O professor precisa ficar sempre atento aos
conteúdos de geografia e sua práticas
utilizada, pois a geografia forma cidadãos para viver em sociedade.
A Cartografia ensina a
conhecer o mundo através de mapas, figuras e por isso o educador
deve atentar-se aos detalhes
das imagens para não passar conteúdo distorcido da realidade. O
educador pode trabalhar a teoria
em sala de aula e levar os alunos a construírem maquetes, textos
para verificar o conhecimento
adquirido, ver se o aluno assimilou o conteúdo mesmo.
O conhecimento obtido pelos educandos em sua vida cotidiana
precisa ser valorizado, o
professor precisa valorizar e trabalhar esse conhecimento que os
alunos adquiriram no seu dia a
dia. O conhecimento adquirido em sala de aula pode ser assimilado
em sua prática chamando o
aluno a observarem tudo que está ao seu redor e relacionar com o
que foi estudado, assim ele
observará seu espaço ocupado, seu território delimitado, seu lugar, a
paisagem presente ou
aquele que não existe mais e foi substituída por outra.

Teoria e elementos para a prática de ensino

A geografia vem sofrendo mudanças procurando pensar qual é o


seu papel na sociedade,
constituindo-se de novos conteúdos, reformulando outros já
existentes de grande importância,
questionando os métodos utilizados para explicar os conteúdos e
utilizando novos métodos,
fazendo com que os alunos participem mais das aulas com
questionamentos e vivencias do dia a
dia. As discussões teóricas que são propostas pouco têm sido feito
na prática. Mas as alterações
estão começando a aparecer com as experiências e com o estudo
das teorias criticas de geografia. ?
Para organizar um texto precisamos fazê-lo em duas partes onde é

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necessário fazer uma síntese


das principais contribuições da geografia relacionada aos
conteúdos, métodos e procedimentos a
se utilizar. Na segunda parte e necessário fazer uma reflexão a
respeito das práticas adotadas
pelos professores de geografia e quais serão os desafios que eles
apresentarão e enfrentarão e
analisar se seu método de ensino será cumprido.
Para Lana (2002, p.12) o ensino é um processo que contém
componentes fundamentais e entre
eles há de se destacar os objetivos, os conteúdos e métodos. A
importância da prática de ensino é
para colocar na prática o que foi visto na teoria, onde o professor
terá seus objetivos traçados
sobre o que ele almeja alcançar, um conteúdo a ser ensinado e seu
próprio método a ser utilizado,
pois cada professor tem um método para explicar o mesmo
conteúdo. O conteúdo pode ser
explicado na teoria e depois visto na prática através de um trabalho
de campo.
O objetivo da prática em geografia é de formar cidadão com
consciência do espaço das coisas,
dos fenômenos que elas vivenciam ou não, é definir o espaço
ocupado por nós e pelas coisas na
prática saindo da teoria. É entender que nós vivemos no espaço, que
tudo que existe ocupa um
lugar no espaço.
Callai (1998, p.56) defende a geografia como uma ciência que
estuda, analisa e tenta
explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem e, enquanto
matéria de ensino,ela permite
que o aluno “se perceba como participante do espaço que estuda,
onde os fenômenos que ali
ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão
inseridos num processo de
desenvolvimento”.
A geografia tem a função de contribuir com a formação do cidadão,
justificando assim a
presença da disciplina nos níveis fundamental e médio. A prática de
ensino em geografia é
fundamental ao currículo de formação do professor, pois é a
oportunidade de viver a
experiência e realizar na prática o conhecimento teórico adquirido
no decorrer de sua formação
acadêmica. O estagio curricular é uma oportunidade para o
educando refletir sobre os saberes
trabalhados durante o curso colocando-os na prática e procurando
trabalhar melhor sobre o que já
sabe enriquecendo seu próprio conhecimento.
A prática de ensino tem uma importância fundamental na hora de
trabalhar os conteúdos, pois ela
auxilia o professor na hora de ministrar suas aulas, fazendo com que
ele confronte os conceitos
que trazemos do dia a dia com os conceitos científicos. E que esse
professor venha a inovar os
métodos de trabalhar que ele não utilize apenas métodos
tradicionais já conhecidos que ele venha
propor uma dinâmica em suas aulas tornando-o mais criativa. Os
conceitos geográficos são ?
instrumentos básicos para compreender e analisar a leitura do

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mundo do ponto de vista


geográfico.

Referência didático-pedagógico na geografia escolar

Pesquisas feitas buscam ver qual é o modelo de pessoas que a


geografia vem formando. E as
pesquisas comprovaram que ela busca formar cidadãos com dois
tipos de conhecimento:
A partir de estudos e pesquisas produzidas nos últimos anos, é
possível realizar um
balanço provisório e, a partir dele, encontrar orientações curriculares
que convirjam para
uma proposta de ensino de geografia voltada para a formação de
cidadãos críticos e
participativos. (CAVALCANTI, 2002, p.29-30).
Cavalcanti ressalta que a construção de uma visão critica pelo
professor, o domínio das teorias
educacionais, a articulação da realidade cotidiana com a realidade
mundial e a construção de
uma ação pedagógica referem-se pela mediação entre os
conteúdos ministrados e os alunos, onde
eles devem articular-se na compreensão dos saberes pedagógicos
e dos conceitos geográficos.
Para isso acontecer, é necessário a reflexão sobre a prática de
ensino.
A geografia na construção da cidadania
É importante ressaltar que a prática de ensino de geografia contribui
eficaz mente na formação da
cidadania, uma vez que oferece instrumentos essenciais para a
interação na realidade social.
O ensino de geografia contribui para a formação da cidadania
através da prática de
construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores
que ampliam a
capacidade crianças e jovem compreenderem o mundo em que
vive e atuam, numa escola
organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
(CAVALCANTI, 2005, p.47)
O autor contextualiza que, o ensino de geografia deve promover
pressupostos objetivos para que
o aluno assimile a aprendizagem e que estes possam fazer parte da
vivencia social de cada um e
que a escola deve trabalhar com a multiculturalidade para
conseguirtranspor o conhecimento de
forma clara e objetiva para seus alunos. Sendo assim, é
indispensável que a prática pedagógica
do professor, trabalhe com as diversidades de cada um,com o
conhecimento prévio e local de
forma que venha contribuir, somar no processo de ensino
aprendizagem, para que então estimule
o interesse e gosto dos alunos, pois trabalhara com a realidade de
cada um. Nada impede o
professor de ampliar outros conhecimentos específicos e trabalhar a
realidade de cada um para
depois trabalhar com outras realidades.
A contribuição das cidades
As cidades por possuírem grande concentração populacional,
resultam em diferenças gritantes de ?
classes sociais. Os bolsões de pobreza constituem o ambiente da

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queles que são obrigados a


produzir e ampliar as riquezas, tendo em vista que é o trabalho que
gera riqueza. E nesse
ambiente que os trabalhadores, os habitantes das piores áreas, ou
seja, sobra a eles construírem
suas moradias em favelas, encostas. As planícies são inundadas
com as chuvas em excesso, os
morros que ficam sujeitos a deslizamentos, são os locais de
depósitos dos lixos domésticos e
industrial, as águas são inadequadas ao consumo e enfrentam as
péssimas condições de trabalho.
Sabemos que os alunos diferem entre si, por isso, necessitam de
diferentes tipos de
aprendizagem para seu próprio desenvolvimento. Para que se
obtenha uma aprendizagem
eficaz é indispensável, portanto, que se considerem as capacidades
de cada um ao
solucionar e organizar os procedimentos de ensino. ( Sant’Anna,
1995, p.124)
A natureza é um bem que deveria ser acessível a todos, para o
desenvolvimento de uma nação.
Se fosse dessa maneira não haveria, condições de vida subumana,
miserável.Se houvesse
distribuição de renda justa, restabeleceria a dignidade dos
cidadãos, dando a eles o direito de
viver em ambiente saudável.
Considerações Finais
A prática de ensino se mostra cada vez mais importante tanto para
o professor como para o aluno,
pois vivenciar na prática o que se aprendeu e colocar os
conhecimentos as outras pessoas. Para
compreender um conteúdo o professor precisa estar bem
preparado,passar este conteúdo de
forma clara e objetiva e cabe ao aluno estar atento as informações
que o professor passa, nem
sempre o problema da aprendizagem é do professor, pode sera
falta de motivação o desinteresse
do aluno que faz com que o conhecimento não seja assimilado.
Cada lugar contribui para o conhecimento do aluno, para isso é
necessário que este educando
esteja atento ao que esta ao seu redor, ao redor pode estar a
paisagem do campo ou da cidade, o
território delimitado, a região, o lugar e o espaço que cada um
ocupa. A geografia preocupa em
formar cidadãos com consciência, participativos e críticos, ela
trabalha com os conteúdos
considerados essenciais e também com os transversais que estão
nos PCNs para serem
trabalhados, juntos com os demais conteúdos.

Referências
ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS(1991). Prática de Ensino
em Geografia.
Editora Marco Zero 8ª edição publicado em abril .
CAVALCANTI, Lana de Souza(2002). Geografia e práticas de ensino/
Lana de Souza
Cavalcanti. [Goiânia]: Alternativa.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. M681 e Ensino: as abordagens do
processoSão Paulo: ?
EPU, 1986. (Temas Básicos de Educação e Ensino).

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PINTO, Leandro Rafael; OLIVEIRA, Marcia Maria Fernandes Prática de


Ensino de
Geografia na Comunidade: a experiência no Colégio Ângelo Gusso,
Curitiba-PR. Disponível em
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Re: 2° Fórum de debate


by Antonio Martins Antonio - Sunday, 7 April 2024, 1:13 PM

As práticas didáctica - pedagógicas que devem ser usadas no


ensino de geografia para a construção da cidadania

A geografia vem sofrendo mudanças procurando pensar qual é o


seu papel na sociedade, constituindo-se de novos conteúdos,
reformulando outros já existentes de grande importância,
questionando os métodos utilizados para explicar os conteúdos e
utilizando novos métodos, fazendo com que os alunos participem
mais das aulas com questionamentos e vivencias do dia-a-dia. As
discussões teóricas que são propostas pouco têm sido feitas na
prática. Mas as alterações estão começando a aparecer com as
experiências e com o estudo das teorias críticas de geografia.

Na perspectiva de Santos (2006), prática de ensino se mostra cada


vez mais importante tanto para o professor como para o aluno, pois
vivenciar na prática o que se aprendeu e colocar os conhecimentos
as outras pessoas. Para compreender um conteúdo o professor
precisa estar bem preparado, passar este conteúdo de forma clara
e objectiva e cabe ao aluno estar atento as informações que o
professor passa, nem sempre o problema da aprendizagem é do
professor, pode ser a falta de motivação o desinteresse do aluno
que faz com que o conhecimento não seja assimilado.

Rego e Castriogiovani (2007) explicam que cada lugar contribui


para o conhecimento do aluno, para isso é necessário que este
educando esteja atento ao que esta ao seu redor, ao redor pode
estar a paisagem do campo ou da cidade, o território delimitado, a
região, o lugar e o espaço que cada um ocupa. A geografia
preocupa em formar cidadãos com consciência, participativos e
críticos, ela trabalha com os conteúdos considerados essenciais e
também com os transversais que estão nos PCNs para serem
trabalhados, juntos com os demais conteúdos.

Assim, a prática de ensino é importante para enriquecer o currículo


do professor e é na prática que ele vai trabalhar os conteúdos vistos
na faculdade, ele vai trabalhar a vivencia e aprender a trabalhar
com o conhecimento trazido pelos alunos adquiridos no seu dia-
a-dia. O professor tem a consciência que este conhecimento prévio
que os alunos carregam com eles são importantes, porque pode
facilitar a compreensão dos mesmos e estimulá-los a participar da
aula.

Contudo o educador antes de ir para sala de aula precisa ter um


plano de aula para auxiliá-lo, com os conteúdos a serem aplicados,
com seus métodos a utilizar, pensando que esse método pode ser
modificado, pois talvez ele não seja o correcto para trabalharem
com a 10 turma.

Como afirma Pereira (2012), o método tem que ser flexível, pois pode
dar certo para alguns, mas outros não adaptarem. Para o autor a
teoria é um conhecimento que o educando vai aprender através dos ?
textos, por isso os livros precisam ser bem pensados pelos

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professores na hora da escolha, o professor precisa ficar atento se


esse livro não trás conhecimentos errados, distorcidos da realidade.

Contudo, a cartografia é a que mais exige atenção, pois seus


conteúdos devem ser exactos, os mapas devem estar bem claros e
tabelas e dados o mais exacto possível. Assim, aprática de ensino
contribui na formação da cidadania porque ela constrói e reconstrói
os conhecimentos.

Referências bibliográficas

Pereira, R.S. (2012). Geografias a reflexão e a prática no ensino. São


Paulo: Blucher,.

Rego, N. & Castriogiovani, A. C.; et al. (2007). Geografia. Porto Alegre:


Artmed.

Santos, M. (2006). Por uma outra globalização: do pensamento


crítico único á consciência universal. (13ª ed). Rio de Janeiro:
Recorde.

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Re: 2° Fórum de debate


by Beta da Bela Cesario - Monday, 8 April 2024, 6:04 AM

A prática didáctica-pedagógica da Geografia tem um papel


fundamental na construção da cidadania, pois ela permite que os
estudantes compreendam o mundo em que vivem e a sua posição
nele como cidadãos activos. A Geografia escolar, ao abordar temas
como espaço, lugar e interacções humanas-ambientais, oferece
uma base sólida para que os alunos desenvolvam uma consciência
crítica sobre questões sociais, económicas e ambientais.
Para contribuir efectivamente para a construção da cidadania, as
práticas didácticas em Geografia devem:
1. Promover a Consciência Espacial: Ajudar os alunos a entenderem
como os processos geográficos afectam suas vidas e a sociedade
em geral.
2. Encorajar o Pensamento Crítico: Incentivar os alunos a
questionarem e analisarem criticamente as informações
geográficas apresentadas a eles.
3. Desenvolver Habilidades de Pesquisa: Ensinar os alunos a
colectarem e interpretarem dados geográficos, promovendo uma
compreensão mais profunda dos temas estudados.
4. Fomentar a Educação Ambiental: Integrar conceitos de
sustentabilidade e conservação para formar cidadãos conscientes
do impacto humano no planeta.
5. Estimular a Participação Comunitária: Incentivar os alunos a se
envolverem em projectos locais que abordem problemas
geográficos reais, fortalecendo o senso de comunidade e
responsabilidade social.
Essas práticas são apoiadas por projectos como o “Nós Propomos!”
e o “Parque Educador”, que visam a construção de uma educação
cidadã emancipadora através de uma abordagem propositiva,
interdisciplinar e contínua. Ao aplicar essas práticas, os professores
de Geografia podem ajudar a moldar cidadãos informados,
responsáveis e engajados, capazes de contribuir positivamente para
a sociedade.

A prática didáctica-pedagógica da Geografia tem um papel


?
fundamental na formação da cidadania, pois ela permite que os

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

estudantes compreendam melhor o mundo em que vivem e a sua


posição nele. A Geografia escolar pode contribuir para a construção
da cidadania ao:
• Promover o pensamento crítico: Encorajar os alunos a questionar e
analisar criticamente as informações geográficas, ajudando-os a
formar suas próprias opiniões informadas sobre questões sociais,
económicas e ambientais.
• Desenvolver a consciência espacial: Ajudar os alunos a entender
como os espaços são organizados e como eles interagem com
esses espaços, o que é essencial para o exercício da cidadania
activa.
• Incentivar a compreensão intercultural: Através do estudo de
diferentes culturas e lugares, os alunos podem desenvolver uma
maior empatia e respeito pela diversidade, o que é crucial em uma
sociedade globalizada.
• Fomentar a responsabilidade ambiental: Ao aprender sobre os
desafios ambientais e a sustentabilidade, os alunos podem se tornar
mais conscientes de seu papel na proteção do planeta.
As práticas didácticas devem, portanto, ser interactivas, envolventes
e relevantes para a vida dos alunos, utilizando métodos que vão
além da memorização de fatos e incluem análises de caso, debates,
trabalho de campo e projectos de pesquisa. Isso não apenas
enriquece o conhecimento geográfico dos alunos, mas também
fortalece suas habilidades de cidadania, preparando-os para serem
membros activos e informados da sociedade.
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Re: 2° Fórum de debate


by Antonio Faustino - Monday, 8 April 2024, 1:30 PM

Tema de Debate: A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a


Geografia escolar e a construção da cidadania

Em relação a prática didáctica – Pedagógica da Geografia e

O ensino da geografia é desenvolvido, pela maioria dos


professores, ainda com métodos tradicionais, mediante uso
excessivo do livro didático.

Trabalhar com metodologias de ensino e recursos didáticos


alternativos ao uso do livro, como músicas, vídeos, imagens,
dramatização, e mesmo mapas o que deveria ser, mas não é
cotidiano à disciplina de Geografia estimula o aprendizado,
motivando a participação dos alunos e a compreensão e fixação
dos conteúdos trabalhados.

Na perspectiva de Santos (2006), prática de ensino se mostra cada


vez mais importante tanto para o professor como para o aluno, pois
vivenciar na prática o que se aprendeu e colocar os conhecimentos
as outras pessoas. Para compreender um conteúdo o professor
precisa estar bem preparado, passar este conteúdo de forma clara
e objectiva e cabe ao aluno estar atento as informações que o
professor passa, nem sempre o problema da aprendizagem é do
professor, pode ser a falta de motivação o desinteresse do aluno
que faz com que o conhecimento não seja assimilado.

Assim, a prática de ensino é importante para enriquecer o currículo


do professor e é na prática que ele vai trabalhar os conteúdos vistos
na faculdade, ele vai trabalhar a vivencia e aprender a trabalhar
com o conhecimento trazido pelos alunos adquiridos no seu dia- ?
a-dia. O professor tem a consciência que este conhecimento prévio

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que os alunos carregam com eles são importantes, porque pode


facilitar a compreensão dos mesmos e estimulá-los a participar da
aula.

Contudo o educador antes de ir para sala de aula precisa ter um


plano de aula para auxiliá-lo, com os conteúdos a serem aplicados,
com seus métodos a utilizar, pensando que esse método pode ser
modificado, pois talvez ele não seja o correcto para trabalharem
com a 10 turma.

A Geografia escolar e a construção da cidadania

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e informações de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.

Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para o


ensino da Geografia e para a construção da cidadania. Algumas
dessas práticas Segundo Santos, e Busato, (2021).

De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui


para a formação da cidadania através da prática de construção e
conhecimento de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam
a capacidade das crianças e os jovens compreendem o mundo em
que vivem e vivem, numa escola organizada como um espaço
aberto e vivo de culturas.

Consta e Lanni, (2018), salientam que:

"Existe uma grande relação entre a cidadania e o


espaço por ser no segundo que ocorre as relações. Para
os autores, um cidadão deve participar de todos os
acontecimentos, tendo conhecimento já que ele não é
meramente um objeto, mas sim um sujeito sonoro e
perceptível a mudanças. Portanto, para exercer a
cidadania plena, os indivíduos devem ter uma vivência
de direitos e devemer em relação a si mesmos e à
sociedade em geral, e se tal relação é suscetível de
localização, caberá à Geografia um papel na formação
do cidadão"(2018).

Santos e Busato, (2001) afirmam que no âmbito da disciplina de


Geografia, existem muitos materiais disponíveis para os alunos e
professores que podem ser utilizados como ferramentas didáticas,
para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de aula.

Na qual citou alguns exemplos como os chamados Recursos


Educacionais Abertos (REA), que podem incluir: textos, livros, planos
de aula, jogos, imagens, vídeos ou áudios, softwares e jogos,
imagens. Uma das plataformas mais acessadas é a “Recursos
Adicionais com licença Aberta” (REliA).

Em relação ao papel da didática no processo de ensino -


aprendizagem leva-nos a refletir sobre uma educação acessível a
todos e que respeite as suas especializações. Partindo dessa análise,
torna-se necessária uma mudança na transmissão de
conhecimentos no âmbito escolar, realizando uma reformulação do
ato educativo, que busca despertar a criticidade dos cidadãos em
face à realidade.(Santos, Busato, 2001)
?
Para Santos, Busato, ( 2001) É imperioso sobre porque a Geografia

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contribui para a formação de seus educandos, adaptando o


desenvolvimento de uma consciência crítica, voltada ao respeito
dos acontecimentos mundiais, correlacionando com a configuração
do espaço geográfico, reconhecendo as contradições e os conflitos
econômicos, sociais e culturais , facilitando o comparativo da vida,
seus hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e
pessoas, em busca do respeito às diferenças e de uma organização
social mais igualitária.

Referências Bibliográficas

Cavalcanti, L.D.S.(2008). A cidadania, o direito à cidade e a geografia


escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. São Paulo,
Brasil

Freire, P. (1979). Educação e mudança. Rio de Janeiro, Brasil

Lefebvre, H. (1991). O direito à cidade. São Paulo, Brasil

Santos, A.M.D, Busato, R.E (2021). A didática e o ensino da geografia:


um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Ancha Assane - Monday, 8 April 2024, 4:25 PM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia


escolar e a construção da cidadania

Para abordar as práticas didáctico-pedagógicas da geografia que


contribuem para a construção da cidadania no quotidiano, é
fundamental considerar as ideias de diversos autores abaixo
referenciado para este tema. Aqui estão algumas reflexões
baseadas nas contribuições desses autores:

1. Promover a participação activa dos alunos: Autores como


Cavalcanti, L. D. S. (2008) enfatizam a importância da
participação activa dos alunos no processo de aprendizagem.
Isso implica em práticas pedagógicas que incentivem os
alunos a questionar, reflectir, debater e tomar decisões sobre
questões geográficas relevantes para suas vidas e
comunidades. Por exemplo, actividades de pesquisa de
campo, projectos de investigação e debates sobre problemas
locais e globais podem imponderar os alunos a se envolverem
activamente na construção de soluções para desafios sociais
e ambientais.
2. Desenvolver o pensamento crítico: Autores como Zizemer, J.
S. (2006) ressaltam a importância de desenvolver o
pensamento crítico dos alunos para que possam analisar de
forma crítica as estruturas de poder e as desigualdades
presentes na sociedade. Nesse sentido, as práticas
pedagógicas devem estimular os alunos a questionar as
relações de poder, as injustiças sociais e as consequências
das decisões políticas e económicas sobre o território e as
comunidades. Debates, estudos de caso e análises de notícias
são algumas estratégias que podem promover o
desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos em
relação a questões geográficas. ?
3. Incentivar a empatia e a responsabilidade social: Autores

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como Campos, A. C. (2010) destacam a importância de


desenvolver a empatia e a responsabilidade social dos alunos
em relação aos outros seres humanos e ao meio ambiente.
Isso pode ser alcançado por meio de práticas pedagógicas
que sensibilizem os alunos para as diferentes realidades
sociais e ambientais, estimulando-os a considerar as
consequências de suas acções e decisões sobre o bem-estar
colectivo. Projectos de serviço comunitário, estudos de caso
sobre problemas sociais e ambientais e simulações de tomada
de decisão são exemplos de actividades que podem promover
a empatia e a responsabilidade social dos alunos.
4. Valorizar a diversidade e o diálogo intercultural: Autores como
Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018) enfatizam a importância de
valorizar a diversidade cultural e promover o diálogo
intercultural como forma de construir uma cidadania mais
inclusiva e respeitosa. Nesse sentido, as práticas pedagógicas
devem incluir o estudo e a valorização das diferentes culturas,
identidades e modos de vida presentes no mundo,
promovendo o respeito mútuo e a compreensão entre
diferentes grupos sociais. Actividades que envolvam a partilha
de experiências culturais, a análise de narrativas e
representações geográficas diversas e o trabalho colaborativo
entre alunos de diferentes origens podem contribuir para o
desenvolvimento de uma cidadania intercultural.

De todas as contribuições aqui deixadas pelos autores deste tema


e de uma leitura profunda que fiz cheguei a conclusão em teorias
ilustradas destes autores que, as práticas didáctico-pedagógicas
da geografia devem ser orientadas para promover a participação
activa, o pensamento crítico, a empatia, a responsabilidade social,
a valorização da diversidade e o diálogo intercultural, contribuindo
assim para a construção de uma cidadania mais informada,
engajada e inclusiva no nosso quotidiano.

Referências bibliográficas

Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a


Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço
urbano. __). A Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora
Papirus.

Brito-ID, D. G., de Melo, J. A. B., & da Silva, G. C. O Ensino de Geografia:


Trabalhando Relevo através das categorias geográficas, lugar e
paisagem.

Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública:


avanços e dificuldades. Passo Fundo.

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104);

Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de


cidadania. Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.

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?

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Re: 2° Fórum de debate


by Carlitos Jose Martins - Monday, 8 April 2024, 5:28 PM

A prática didática – Pedagógica da Geografia ; a Geografia escolar


e a construção da cidadania

A prática didática-pedagógica da Geografia tem um papel


fundamental na construção da cidadania, ela permite que os alunos
compreendam o mundo em que vivem e a sua posição nele como
cidadãos activos. A Geografia escolar, ao abordar temas como
espaço, lugar e interações humanas-ambientais, oferece uma base
sólida para que os alunos desenvolvam uma consciência crítica
sobre questões sociais, económicas e ambientais.
A educação geográfica, tendo em vista o ensino de cidade, deve
buscar nos educandos o desenvolvimento da capacidade de
conhecer o espaço urbano, desenvolver a criticidade no
entendimento de como acontecem os vários processos, e como os
educandos, na condição de sujeitos, contribuem na produção desse
espaço. A geografia tem relação direta para desvendar as
interligações que fundam a cidadania, bem como a construção de
uma cidadania mais igualitária.

A Geografia escolar e a construção da cidadania

Na Geografia Escolar, o trabalho pedagógico requer atenção e


necessita está bem organizado. Para isso é indispensável
planejamentos que visem à seleção de conteúdos de ensino,
metodologias e a realização da avaliação da aprendizagem por
meio de instrumentos avaliativos que influenciem significativamente
no interesse em aprender do educando.

Segundo Foucher(1995,13), "O ensino não é uma tarefa fácil",


principalmente quando se trata de formar cidadãos críticos,
capazes de interpretar as transformações da sociedade a partir das
observações da imagens. Nesse contexto, é necessário repensar os
conceitos e as formas que o ensino de Geografia esta sendo
abordado na sala de aula. Decorrente de todo um processo de
desenvolvimento historico-cultural, baseado em entender as
necessidades das classes dominantes, o processo de ensino atual
necessita dessa criticidade para a compreensão das realidades
social.
Acerca dos deveres e da cidadania, Borges (2001) afirma que, para
exercer a cidadania plena, os indivíduos devem ter uma vivência de
direitos e deveres em relação a si mesmos e à sociedade em geral, e
se tal relação é suscetível de localização, caberá à Geografia um
papel na formação do cidadão.

Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo, instruindo-o a


cumprir seus deveres e a elencar os seus direitos. É necessário ir
além, é necessário formar a criticidade do aluno sujeito, capaz de
fazer uma análise da realidade que o cerca, dos lugares da
experiência, não só reduzindo a experiência aos lugares e tempos
próximos, como também correlacionando a aos outros espaços-
tempos (BORGES, 2001, p. 86).

A construção da pratica pedagógica para as aulas de geografia é


um desafio constante, tendo que administrar mecanismos
pedagógicos que possam melhor aguçar a interação professora
aluno, possibilitando a praxis para uma atividade entre a teoria e a ?

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pratica.

A realidade em sala de aula, muitas vezes não consegue segurar a


forma de ensino dentro de padrões exigidos, levando o professor a
restringir as aulas somente ao livro didático, tornando o ensino
enfocando. Na pratica, a geografia ensinada não consegue
ultrapassar ou superar as descrições e as enumerações de dados e
fenômenos, como é tradição dessa disciplina. Nessas condições, o
livro didático, muitas vezes trazendo um conteúdo padronizado,
define o que vai ser ensinar, e os professores tratam os termos em
sim mesmos, sem permitir que sua abordagem sirva para transitar
na escala global-local, tendo como foco o local
(CAVALCANTI,200836‫)׃‬.

Na minha optica sobre o tema acima, nesse contexto, a educação


geográfica como possibilidade de tornar o ensino e aprendizagem
mais dinâmico e conectado com a realidade dos educandos tem
como compromisso principal a educação para a cidadania. Formar
pessoas que usem a Geografia como instrumento tanto de
crescimento pessoal quanto agente das mudanças que a
sociedade de hoje precisa.

BIBLIOGRAFIA

CAVALCANTI,Lana de Souza(2008), a Geografia Escolar e a Cidade


ensaio sobre ensino de geografia para a vida urbana cotidiana.
Campinas São Paulo 2008
Foucher, Michel,(1995),Lecionar geografia apesar de tudo.
BORGES, Vilmar José.( 2001). Mapeando a Geografia Escolar:
identidades, saberes práticas. Uberlândia-MG: Universidade Federal
de Uberlândia, (Dissertação de Mestrado).
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Re: 2° Fórum de debate


by Arcanjo Martins Ardo - Monday, 8 April 2024, 10:20 PM

A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA; A GEOGRAFIA


ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

As práticas didático-pedagógicas no ensino de geografia


desempenham um papel crucial na construção da cidadania dos
alunos, como destacado por Deon e Callai (2018). Com base nessas
ideias, podemos ressaltar algumas reflexões sobre estratégias que
podem promover essa construção:

a) Abordagem crítica e reflexiva

De acordo com Deon e Callai (2018), é fundamental adotar uma


abordagem crítica no ensino de geografia, permitindo que os alunos
reflitam sobre as relações sociais e espaciais presentes em seu
cotidiano. Isso implica em explorar temas como desigualdade
socioespacial, acesso aos serviços públicos e participação cidadã
na gestão do espaço urbano.

b) Vivências e experiências locais

Costa e Ianni (2018) ressaltam a importância de trabalhar com as


vivências e experiências locais dos alunos como forma de conectar-
se com seu entorno e compreender as dinâmicas espaciais. Isso
permite que reconheçam sua identidade e papel como cidadãos ?

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dentro da comunidade.

c) Participação ativa e prática cidadã

Segundo Santos e Busato (2021), é essencial promover a


participação ativa dos alunos na escola e na comunidade como
forma de construir a cidadania. Práticas pedagógicas devem
incentivar projetos de intervenção social, visitas a espaços públicos
e debates sobre questões locais. Isso desenvolve habilidades de
análise crítica, tomada de decisão e engajamento cívico.

Em síntese, as práticas didático-pedagógicas no ensino de


geografia devem promover uma compreensão crítica do espaço
urbano, valorizando as vivências locais dos alunos e incentivando
sua participação na construção de uma sociedade mais justa e
democrática.

Bibliografia

Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de


cidadania. Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104).

Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Belito Afonso Vasco - Tuesday, 9 April 2024, 7:15 AM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia


escolar e a construção da cidadania

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia

No livro didático. No que concerne a utilização do livro didático de

Geografia Castrigiovanni (2003, p.131). destacam que:

O livro didático frente às atuais condições de trabalho do professor


de Geografia torna-se cada vez mais um instrumento, senão
indispensável, pelo menos necessário, como

complemento às atividades didático-pedagógicas, devendo ser


utilizado apenas como um dos recursos entre tanto disponíveis.

De acordo com Busato, (2001) afirma que no âmbito da disciplina de


Geografia, existem muitos materiais disponíveis para os alunos e
professores que podem ser utilizados como ferramentas didáticas,
para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de aula.

Para tentar resolver esta problemática as abordagens atuais da ?

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Geografia têm buscado políticas pedagógicas que permitam


apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo
fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que
os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas
a seu respeito. Para tanto, é fundamental que o professor crie e
planeje situações nas quais os alunos possam conhecer e utilizar
esses procedimentos. Desta forma, depreende-se que compete ao
professor e, sobretudo as práticas que este desenvolve em sala de
aula para que tal propósito seja alcançado.

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia, implica a utilização


de transparências, vídeos, jornais, revistas e músicas são
importantes instrumentos para a fixação de conteúdos.

• Incentivos à leitura, uma vez que a mídia tomou o lugar da mesma,


e realização de trabalhos Dirigidos em Grupo.

• O provimento de aulas de campo, conhecidas como atividade


extra-classe, fornece um grande potencial para a aprendizagem,
pois se trata da prática, do real, da experiência.

A prática didáctico-pedagógica da Geografia escolar segue um


modelo curricular fragmentado e conteudístico, permeado de
práticas centralizadoras do saber e do fazer educativo. Essa
manifestação, expressão funcional de um arbitrário cultural, próprio
de determinados grupos, assegura um processo educativo anti-
histórico e vicioso que não consegue atingir as vicissitudes da lógica
da territorialidade do lugar construído pelos sujeitos que o cercam.

A Geografia escolar e a construção da cidadania

O ensino de Geografia contribui para a formação da


cidadania através da prática de construção e reconstrução de
conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de
crianças e jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam,
numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para o
ensino da Geografia e para a construção da cidadania. Algumas
dessas práticas Segundo Santos, e Busato, (2021),

De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui


para a formação da cidadania através da prática de construção e
reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam
a capacidade de crianças e jovens compreenderem o mundo em
que vivem e atuam, numa escola organizada como um espaço
aberto e vivo de culturas. O exercício da cidadania na sociedade
atual, por sua vez, requer uma concepção, uma experiência, uma
prática - comportamentos, hábitos, ações concretas de cidade.

A Geografia deve proporcionar situações de aprendizagem voltadas


para a realidade dos estudantes, articulando-se com os conteúdos
específicos para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Este
estudo objetiva-se a compreender como a Pedagogia da
Alternância, através de seus Elementos Pedagógicos, pode servir de
dinamismo na disciplina de Geografia, estabelecendo uma análise a
partir da relação espaço/tempo que envolve escola, família e
comunidade.
?

26 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Conforme Molina (2009, p.14) a escola pode ser um lugar


privilegiado de formação, de conhecimento e cultura, valores e
identidades das crianças, adolescentes, jovens e adultos. Não para
fechar-lhes horizontes, mas para abri-los ao mundo desde o campo,
ou desde o chão em que pisam. Desde suas vivências, sua
identidade, valores e culturas, abrir-se ao que há de mais humano e
avançado no mundo.

A pedagogia da alternância permite que os conteúdos de ensino da


Escola Família Agrícola sejam verdadeiramente vinculados ao meio
de vida do aluno. A família, a propriedade não é apenas o lugar
onde o aluno vai colocar em prática as suas experiências escolares,
mais é o lugar onde o aluno vai incorporar ao seu trabalho as
interrogações e as preocupações levantadas nas reflexões feitas na
escola. A família e/ou meio sócio profissional, é reconhecido pela
pedagogia da alternância como lócus de formação do educando, é
nela, a partir do trabalho de seu meio que emergirão os
questionamentos que necessitarão de aprofundamento na escola
ou nos espaços de

estágio.

Na minha optica as práticas didáticas pedagógicas que podem ser


utilizadas no ensino de Geografia para a construção da cidadania. O
importante é que o ensino seja voltado para a promoção do
pensamento crítico e participação social dos alunos, visando a
formação de cidadãos conscientes e comprometidos com o mundo
em que vivem.

Referências bibliográficas

MATTOS, L,A. (1967). Sumario de didática geral. Rio de Janeiro: Aurora.

Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública:


avanços e dificuldades. Passo Fundo.

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104);

Campos, A. C. (2010). Metodologia do ensino de geografia. São


Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD.

Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Caita Zeferino - Tuesday, 9 April 2024, 3:48 PM

A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA;

A Geografia escolar desempenha um papel fundamental na


formação dos alunos, contribuindo para a compreensão do
mundo e sua totalidade. Ela permite que os estudantes entendam
múltiplas escalas de análise, desde o espaço local até questões
globais. ?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Segundo Callai (2013), afirma que, a importância das práticas


didático-pedagógicas e metodológicas no ensino da Geografia,
apropria-se do quadro de elementos constituintes do processo
educativo (o aprendiz, o professor, o conhecimento, o contexto e a
avaliação) apresentado por Novak (1998 apud CALLAI, 2013, p.82),
e a eles acrescenta outro elemento básico, a ser considerado no
processo de formação do professor: o como fazer, que se constitui
a partir da e na interacção entre processos de aprendizagem e
formação.
Nesse contexto, a prática didático-pedagógica é essencial para
promover uma educação geográfica significativa e para construir
cidadãos conscientes e activos.
Alguns pontos relevantes sobre a relação entre Geografia escolar,
prática pedagógica e construção da cidadania incluem:
- A prática pedagógica em Geografia deve considerar o contexto
dos alunos, suas vivências e representações sociais.
- A conexão entre o conhecimento académico e a realidade
quotidiana dos estudantes é crucial para tornar o ensino mais
relevante e significativo.

A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA


Formação Docente
A formação docente demanda vários factores, dentre os quais, a
compreensão de que é fundamental realizar, ainda que não seja
fácil, a transposição do conhecimento obtido na Geografia
Académica para a Geografia Escolar por meio da articulação
entre a análise teórica dos conceitos e categorias da Geografia,
associada ao levantamento bibliográfico dos livros didácticos e a
produção de material didático-pedagógico como forma de
promover a prática quotidiana do fazer geográfico.

De acordo com Milton Santos em várias obras (1988; 1994; 1996;


2000), considera fundamental para a vida cidadã e dignidade dos
sujeitos, e como tal a eficácia da aprendizagem, se tivermos
acesso aos bens produzidos pela humanidade. Eis alguns
factores:
- A formação dos professores é um factor determinante para o
sucesso da prática pedagógica em Geografia;
- Os docentes precisam articular o conhecimento adquirido na
Geografia académica com a Geografia escolar, por meio da
análise teórica dos conceitos e categorias geográficas.

1. Material Didático-Pedagógico:
- A produção de materiais didácticos é uma ferramenta
importante para promover a prática quotidiana do fazer
geográfico;
- Livros didácticos, recursos audiovisuais e outras estratégias
podem enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.

2. Educação para a Construção da Cidadania:


-A Geografia escolar oferece oportunidades para discutir
questões sociais, ambientais e culturais;
- Ao compreenderem as dinâmicas espaciais e as interacções
humanas, os alunos se tornam cidadãos mais conscientes e
capazes de participar activamente na sociedade.
1.

Referencias Bibliográficas
CALLAI, Helena Copetti. A formação do profissional da Geografia:
?
(O professor). Ijuí: Unijuí, 2013.

28 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33 (104);
SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e o meio técnico
- científico informacional. São Paulo: HUCITEC, 1994.
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Re: 2° Fórum de debate


by Asa Valentim - Wednesday, 10 April 2024, 8:46 AM

1.A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA

Estudar didática significa desenvolver a capacidade de


questionamento e de experimentação com relação ao processo
ensino-aprendizagem. Por intermédio dos procedimentos da
Didática os educandos são estimulados e encaminhados, no
decurso da aprendizagem, a utilizarem a Geografia para tornarem-
se cidadãos capazes de se realizarem no meio social. (Santos e
Busato, 2021).

A escola, porém, não é a única instância de formação de


concepções e práticas da cidade, habilidades básicas no exercício
da cidadania. As práticas de organização e gestão da cidade, os
resultados dessas práticas e a própria experiência cotidiana são
também formadores de cidadania (Cavalcanti, 2008).

Refletir sobre a educação, a escola e o ensino de Geografia é pensar


uma nova Didática, fundamentada no conhecimento e no exercício
da aprendizagem. A escola atual, apesar dos consideráveis avanços,
ainda é reprodutora dos elementos que compõe o sistema político e
econômico vigente em nossa sociedade, tornando-se contraditória
e excludente. A primazia da educação deve ser a transformação do
educando em um ser crítico, capaz de fazer suas escolhas e se
posicionar nas diversas questões sociais, ao mesmo tempo em que
desenvolve suas habilidades e os seus interesses.

O professor no exercício da sua docência vivencia grandes barreiras,


diante dos diversos problemas existentes dentro do sistema
educacional, que muitas vezes impossibilita uma prática docente
fora dos padrões já estabelecidos. A falta de recursos didáticos, falta
de apoio a atividades externas, ausência da valorização do
profissional com baixa remuneração, deixando-o sobrecarregado,
são fatores que contribuem para a incapacidade do professor em
adequar o ensino ao contexto da sociedade atual, cada vez mais
globalizada em convivência com os diversos aparatos tecnológicos.

As práticas pedagógicas da didática propõem um novo sentido


para se abordar os temas em geografia, conforme Sacramento
(2010, p. 5): “O papel atual da Geografia escolar é fazer com que o
aluno compreenda os fenômenos geográficos espacializados em
seu cotidiano, permitindo-lhe localizar-se e perceber tais
transformações”. Neste contexto, pensar o currículo é reestruturar o
saber, para que a escola possa intervir na construção de um
conhecimento em que o aluno e o professor dialoguem, na
concepção de uma disciplina voltada para as transformações dos
lugares com os quais se relacionam o educador e o educando.
Refletindo o ensino e a educação em uma perspectiva dialética.

2.A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA ?

29 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Na áptica de Deon e Callai (2018), o actual processo de globalização


pautado em princípios da racionalidade instrumental tem trazido
inúmeros paradoxos à sociedade actual. De um lado, o avanço das
ciências, das tecnologias e informações; de outro, o aumento das
dificuldades no enfrentamento das diferenças e desigualdades que
estes avanços acabam por criar. Suas implicações incidem na
educação escolar que possui a responsabilidade de formar
cidadãos para a vivência em um mundo mais igualitário.

Por sociedade contemporânea compreendemos “[...] um


desdobramento, em auto referência, da tradição moderna industrial;
a transformação da modernidade por dentro de si mesma [...] que,
no entanto, não deixa de promover mudanças estruturais na
centralidade das sociedades ocidentais” (Ianni, 2013, p. 43-44 citado
por Costa e Ianni, 2018).

No advento da modernidade, emergiu a noção de indivíduo e sua


prevalência sobre a noção do coletivo, o que quer dizer que a ênfase
iluminista sobre o homem autônomo e racional trouxe mudanças
fundamentais ao entendimento do indivíduo e de sua relação com a
tradição, a obediência e a sociedade (Costa e Ianni, 2018).

Cavalcanti (2008), o ensino de Geografia contribui para a formação


da cidadania através da prática de construção e reconstrução de
conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de
crianças e jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam,
numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
O exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer
uma concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, ações concretas de cidade.

Para Zizemar (2006), a cidadania é compreendida como direito à


educação e, no âmbito da escola, como direito à participação, à
formação de uma consciência crítica e ao respeito à diversidade. A
realização desses direitos se dá de modo contínuo e dialético, ou
seja, é permeado por conflitos, contradições, relações de dominação
e de discriminações, mas também de ações afirmativas através da
participação e do desenvolvimento de atividades e projetos
propositivos.

Segundo Campos (2010), a Geografia antes mesmo de se tornar um


campo de pesquisa e uma entre as diversas ciências sociais, tem
sua origem na educação escolar. Embora sejam bastante antigos,
os estudos de caráter geográfico somente se sistematizaram em
uma única disciplina, com status acadêmico e científico, após sua
institucionalização na escola. A Geografia escolar passou, então, a
estar associada ao desenvolvimento de noções sobre a pátria, a
atender a projetos nacionalistas, a ocupar-se de criteriosa
caracterização das paisagens dos países e descrição dos lugares,
entre outros fatores, distinguindo-se como disciplina enciclopédica
que valoriza a memorização.

A Geografia escolar tem muito a contribuir na formação dos alunos


ao fornecer um conjunto de saberes que lhes serve de instrumental
teórico de interpretação do mundo para melhor apreendê-lo e nele
atuar. Por tratar do espaço geográfico presente, estudando os
processos pretéritos que o construíram e possibilitando refletir sobre
seu futuro, ela deve atender às diversas inquietações dos ?
estudantes quando deparam com os mais diversos objetos e ações

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que se materializam no território ou nele transitam (Campos, 2010).

O processo de fragmentação que ocorre em todos os setores da


sociedade, tendo grande incursão no sistema educacional, tem sido
associado ao processo de globalização que, ao mesmo tempo que
une,6 separa luagres e espaços (Dion e Ianni, 2018).

Neste contexto, educar para a emancipação humana e social na


base da Geografia escolar e a construção da cidadania, baseada
nos pressupostos da qualidade e da universalidade, encontra
percalços em um mundo no qual os interesses globais se
sobrepõem aos direitos dos cidadãos. Tais interesses orientam a
formulação das políticas educacionais que se materializam na
produção dos currículos para todos os níveis de ensino.

Os objetivos do ensino de Geografia tem nos proporcionado


inúmeros desafios provocados pelas mudanças no mundo
globalizado e com o próprio objeto da Geografia enquanto ciência
que pode ser usado como instrumento de dominação, quanto
instrumental de formação de uma sociedade transformadora. Neste
caso, a formação do professor torna-se fundamental para o
sucesso no ensino da disciplina, sempre impulsionada por novas
tendências, novas práticas e novos desafios.

Brito et al (s/d), apontam que a aproximação entre as instituições de


ensino, universidade e escola, contribuindo para o aprimoramento
da prática de ensino de Geografia tanto para o licenciando com a
formação inicial como a continuada para o professor supervisor.
Portanto, o seu papel permite a participação ativa dos envolvidos no
processo de ensino para melhora da qualidade das aulas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brito-ID, D. G., de Melo, J. A. B., & da Silva, G. C. O Ensino de Geografia:
Trabalhando Relevo através das categorias geográficas, lugar e
paisagem.
Campos, A. C. (2010). Metodologia do ensino de geografia. São
Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD.
Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a
Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano.
__). A Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora Papirus.
Costa, M. I. S. & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de cidadania.
Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.
Deon, A. R. & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia
como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104);
Sacramento, A. C. R. Didática e Educação Geográfica: algumas
notas. UNI Pluri/Versidad, vol.10, n.3, Version Digital.
Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da
geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.
Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública:
avanços e dificuldades. Passo Fundo.

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Re: 2° Fórum de debate


by Anchieta Alipio de Pedro - Wednesday, 10 April 2024, 11:16 AM

Prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia escolar e ?

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a construção da cidadania

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e jovens
compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa escola
organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. Assim, as
práticas didáticas pedagógicas são importantes para o ensino da
Geografia e para a construção da cidadania.

Algumas dessas práticas Segundo Santos & Busato (2021), Incluem:

✓Ensino contextualizado: é importante que o ensino da Geografia


esteja contextualizado à realidade dos alunos, considerando as suas
experiências, saberes e vivências, a fim de tornar o processo de
aprendizagem significativo.

✓Aprendizagem problematizadora: além de transmitir conteúdos, é


importante que o ensino da Geografia também promova a reflexão
crítica sobre a realidade social e ambiental. Isso pode ser feito
utilizando diferentes metodologias, como debates, rodas de
conversa, pesquisa de campo, entre outras.

✓Uso de tecnologias educacionais: as tecnologias educacionais


podem ser uma ferramenta importante para promover o ensino da
Geografia de forma mais interativa e participativa. Por exemplo, o uso
de softwares de geoprocessamento, mapas interativos e jogos
educativos.

✓Educação ambiental crítica: a Geografia tem um papel importante


na construção de uma consciência ambiental crítica. O ensino da
Geografia pode promover a compreensão das relações entre
sociedade e ambiente, como a utilização dos recursos naturais, a
produção de resíduos e a poluição.

✓Incentivo à participação dos alunos: é importante incentivar a


participação dos alunos em ações que promovam a cidadania,
como campanhas de arrecadação de alimentos, coleta seletiva de
lixo, entre outras.

De acordo com Santos & Bisato (2001), defendem que: A Geografia é


muito complexa e bastante abrangente, uma vez que está envolvida
em inúmeros assuntos humanos e naturais. A sua abordagem está
relacionada nos conceitos, associados aos conteúdos estudados na
Geografia, torna os instrumentos para a efetiva aprendizagem e
permite compreender mais efetivamente a sociedade.

No âmbito da disciplina de Geografia, existem muitos materiais


disponíveis para os alunos e professores que podem ser utilizados
como ferramentas didáticas, para contribuir nas pesquisas e
conteúdos em sala de aula. Na qual citou alguns exemplos como os
chamados Recursos Educacionais Abertos (REA), que podem incluir:
textos, livros, planos de aula, jogos, imagens, vídeos ou áudios,
softwares e jogos, imagens. Uma das plataformas mais acessadas
está a “Recursos Adicionais com licença Aberta” (REliA). (Santos &
Busato, 2001,p.85)

A discussão sobre o papel da didática no processo de ensino –


aprendizagem leva-nos a refletir sobre uma educação acessível a
todos e que respeite as suas peculiaridades. Partindo dessa análise, ?
torna-se indispensável uma mudança na transmissão de

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conhecimentos no âmbito escolar, realizando uma reformulação do


ato educativo, que busque despertar a criticidade dos cidadãos em
face à realidade.

De acordo com Santos & Busato (2001), defendem que: que a


Geografia contribui para a formação de seus educandos, adaptando
o desenvolvimento de uma consciência crítica, voltada ao respeito
dos acontecimentos mundiais, correlacionando com a configuração
do espaço geográfico, reconhecendo as contradições e os conflitos
econômicos, sociais e culturais, facilitando o comparativo da vida,
seus hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e
pessoas, em busca do respeito às diferenças e de uma organização
social mais igualitária.

De acordo com Santos & Busato (2001),afirmam que: A didática para


ostentar um papel significativo na formação do educador não
poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e
mecanismos, pelos quais desenvolvem um processo de ensino-
aprendizagem. É preciso criar um modelo crítico com práticas
educativas alinhadas a um projeto histórico, que não será construído
tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com os
educandos e outros membros dos diversos setores da sociedade.

Geografia escolar e a construção da cidadania

De acordo com Cavalcanti (2008), afirma que: O ensino de Geografia


contribui para a formação da cidadania através da prática de
construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores
que ampliam a capacidade de crianças e jovens compreenderem o
mundo em que vivem e atuam, numa escola organizada como um
espaço aberto e vivo de culturas. O exercício da cidadania na
sociedade atual, por sua vez, requer uma concepção, uma
experiência, uma prática – comportamentos, hábitos, ações
concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez mais um fato
mundial, pois a partir de um certo momento histórico, toda a
sociedade passa a ser organizada em função do espaço urbano.
Sendo assim, a cidade torna-se tema importante a ser trabalhado na
escola fundamental, num projeto de formação da cidadania. A
escola, porém, não é a única instância de formação de concepções e
práticas da cidade, habilidades básicas no exercício da cidadania.

As práticas de organização e gestão da cidade, os resultados dessas


práticas e a própria experiência cotidiana são também formadores
de cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna cidadão com a
contribuição de várias instâncias, destacando-se a escola. A escola
(e o conhecimen-to), por ser um lugar dedicado ao trabalho com o
conhecimento e com a atribuição de significados, pode ser a
instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre as diferentes
fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou conhecimento
científico e o saber cotidiano).

As contribuições conceituais, teórico-epistemológicas da História e


da Geografia, quando consideradas na educação escolar,
possibilitam essa construção. O fornecimento didáctico-pedagógico
de conceitos geográficos e articulações, facilitam a compreensão do
mundo, dos complexos problemas da vida e do homem em
sociedade.

Referências bibliográficas

Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a ?


Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. São

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Paulo, Brasil.

Santos, A. M. D., Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate
by Carla Frederico Pedro - Thursday, 11 April 2024, 8:56 PM

Introdução:

O tema "A Prática Didática-Pedagógica da Geografia: A Geografia


Escolar e a Construção da Cidadania" convida-nos a uma sinfonia
de reflexões sobre o papel crucial da disciplina na formação de
cidadãos críticos, conscientes e atuantes. Através da batuta do
conhecimento geográfico, podemos construir um mundo mais justo,
inclusivo e sustentável.

I. A Melodia da Cidadania:

A cidadania, como uma bela canção, exige uma orquestra de vozes


e instrumentos para ecoar seus princípios. A Geografia, com seu rico
repertório de conceitos, ferramentas e métodos, contribui para a
formação de cidadãos:

Críticos: Que leem e interpretam o mundo com discernimento,


questionando as desigualdades e os problemas socioambientais.
Conscientes: Que reconhecem seus direitos e deveres, assumindo a
responsabilidade por suas ações e pelo bem-estar da comunidade.
Atuantes: Que se engajam na busca por soluções para os desafios
da sociedade, participando da vida política e social de forma ativa e
propositiva.
II. A Orquestra Didática:

Para que a Geografia possa compor a melodia da cidadania, é


fundamental que a prática didática seja cuidadosamente
orquestrada. O professor, como maestro experiente, deve:

Promover o diálogo interativo: Criar um ambiente de debate e


questionamento, onde os alunos possam compartilhar suas
experiências e visões de mundo.
Utilizar metodologias ativas: Incentivar a participação dos alunos na
construção do conhecimento, através de atividades como projetos
de pesquisa, jogos educativos e simulações.
Contextualizar os conteúdos: Conectar a teoria à realidade dos
alunos, trabalhando com temas relevantes para o seu entorno social
e espacial.
Valorizar a diversidade: Reconhecer e celebrar a riqueza de culturas,
perspectivas e experiências presentes na sala de aula.
Promover a interdisciplinaridade: Estabelecer conexões com outras
áreas do conhecimento, como história, sociologia e economia, para
uma compreensão mais holística do mundo.
III. A Harmonia das Vozes Bibliográficas:

As diferentes vozes presentes nas referências bibliográficas


compõem uma harmonia de perspectivas sobre a prática didática ?

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da Geografia na construção da cidadania:

Cavalcanti (2008): Enfatiza a importância de trabalhar com o


conceito de direito à cidade e de promover a participação dos
alunos na vida urbana.
Brito-ID et al. (2018): Propõem uma metodologia para o ensino de
relevo que articula conceitos geográficos com a realidade local.
Zizemer (2006): Analisa os desafios e avanços da construção da
cidadania na escola pública brasileira.
Deon & Callai (2018): Discutem o potencial da Geografia para a
formação de cidadãos críticos e atuantes.
Costa & Ianni (2018): Oferecem uma reflexão teórica sobre o
conceito de cidadania em suas diferentes dimensões.
Campos (2010): Apresenta uma metodologia de ensino de Geografia
que valoriza a aprendizagem significativa.
Santos & Busato (2021): Refletem sobre a importância da didática na
construção de uma prática docente crítica e transformadora.
IV. A Composição Final: Uma Reflexão Inspiradora:

A partir da análise das diferentes perspectivas, podemos concluir


que a prática didática da Geografia deve ser:

Crítica: Incentivar o questionamento da realidade e a busca por


soluções para os problemas sociais e ambientais.
Contextualizada: Conectada com a realidade dos alunos e seus
diferentes contextos de vida.
Participativa: Incentivar a participação ativa dos alunos na
construção do conhecimento.
Interdisciplinar: Estabelecer conexões com outras áreas do
conhecimento.
Reflexiva: Estimular o pensamento crítico e a autonomia dos alunos.
Ao seguir esses princípios, a Geografia pode se tornar uma poderosa
ferramenta para a construção de uma sociedade mais justa,
inclusiva e sustentável.

V. Desafios e Perspectivas:

Ainda há desafios a serem superados para que a Geografia alcance


seu pleno potencial na construção da cidadania. A necessidade de
formação continuada para professores, a atualização dos currículos
escolares e a utilização de recursos didáticos inovadores são alguns
dos pontos a serem trabalhados.
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Re: 2° Fórum de debate


by Bonifacia Bonifacio - Thursday, 11 April 2024, 11:02 PM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia escolar


e a construção da cidadania

Para promover a construção da cidadania por meio do ensino de


Geografia, é necessário adoptar práticas didáctico-pedagógicas
que engajem os alunos na compreensão crítica do espaço
geográfico e estimulem sua participação activa na sociedade. Com
base nas ideias dos autores mencionados na bibliografia fornecida,
podemos destacar algumas reflexões sobre as práticas que podem
ser utilizadas:
?

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Abordagem crítica e contextualizada


Segundo Cavalcanti (2008), é fundamental que o ensino de
Geografia proporcione uma compreensão crítica do espaço urbano
e suas relações com a cidadania. As práticas didácticas devem
contextualizar os conteúdos, relacionando-os com a realidade dos
alunos e estimulando a reflexão sobre questões urbanas como
direito à cidade, acesso aos serviços públicos e participação na
gestão urbana.

Trabalho com categorias geográficas


De acordo com Brito-ID et al, o uso das categorias geográficas como
lugar e paisagem pode enriquecer o ensino de Geografia,
proporcionando aos alunos uma compreensão mais profunda do
espaço em que vivem e sua relação com a cidadania. As práticas
pedagógicas devem envolver actividades que permitam aos alunos
explorar e interpretar o espaço geográfico, reconhecendo suas
características e transformações.

Desenvolvimento de habilidades críticas


Conforme observado por Zizemer (2006) e Deon e Callai (2018), o
ensino de Geografia deve estimular o desenvolvimento de
habilidades críticas nos alunos, capacitando-os a analisar e
interpretar informações geográficas de forma autónoma e
responsável. Isso implica em práticas didácticas que promovam a
pesquisa, o debate e a argumentação, permitindo aos alunos
construir conhecimentos e tomar posições informadas sobre
questões geográficas e sociais.

Metodologias participativas
Segundo Santos e Busato (2021), é importante adoptar metodologias
que promovam a participação activa dos alunos no processo de
ensino e aprendizagem. Isso pode incluir actividades práticas de
campo, trabalhos em grupo, simulações e projectos de intervenção
no espaço geográfico. Ao envolver os alunos em experiências que os
coloquem em contacto directo com o espaço e os desafiem a
buscar soluções para problemas reais, as práticas didácticas
contribuem para o desenvolvimento de uma consciência crítica e
cidadã.

Integração de múltiplas perspectivas


Conforme sugerido por Costa e Ianni (2018), o ensino de Geografia
deve promover uma visão plural e inclusiva da cidadania,
considerando as diferentes dimensões e manifestações do conceito.
As práticas didácticas devem integrar múltiplas perspectivas,
incluindo a diversidade étnico-racial, de género, de classe social e
de orientação sexual, para promover uma compreensão ampla e
democrática da cidadania.

Em resumo, as práticas didáctico-pedagógicas no ensino de


Geografia para a construção da cidadania devem ser orientadas
para a promoção da reflexão crítica, o engajamento dos alunos e a
valorização da diversidade. Ao proporcionar experiências
significativas de aprendizagem, essas práticas contribuem para a
formação de cidadãos activos, conscientes e comprometidos com a
transformação social e a construção de uma sociedade mais justa e
democrática. ?

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Referencias

Brito-ID, et al. (2018). Geografia, educação e cidadania: Lugar e


paisagem no contexto escolar. Editora UFG.
Cavalcanti, L. A. (2008). A geografia escolar e a formação para a
cidadania. Revista Brasileira de Educação em Geografia, 1(1), 20-34.
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Re: 2° Fórum de debate


by Ancha Bartolomeu Mueziha - Friday, 12 April 2024, 11:06 AM

Tema: Pedagógica da Geografia ; a Geografia escolar e a


construção da cidadania.

A minha reflexão vai baseiar-se na obra de Cavalcanti (2008), pois,


o autor aborda a importância da prática didático-pedagógica da
Geografia escolar para a construção da cidadania. Assim sendo, a
Geografia, como disciplina, desempenha um papel fundamental na
formação dos indivíduos como cidadãos conscientes e críticos. É
possível compreender que a geografia pode contribuir muito com
esta possibilidade de atuação, de intervenção no âmbito do estudo
da/na cidade para o fortalecimento do espaço cidadão.

CAVALCANTI (2008) nos ajuda nesta reflexão ao trazer elementos da


geografia para o estudo do espaço urbano. Segundo a autora O
ensino de geografia contribui para a formação da cidadania por
meio da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas ( p 81).

A escola, nessa perspectiva, constitui-se local de troca de


experiências vividas e, por isso, um espaço privilegiado na
sociedade em que vivemos. Nela, a realidade deve ser associada às
disciplinas escolares, para que os educandos possam aprender
conteúdos diversos: de um lado, valores éticos e morais, com a
finalidade de contribuir nas relações humanas postas no cotidiano;
de outro, a construção de saberes significativos, oriundos das
disciplinas escolares formalmente estruturadas, que objetivam a
formação de cidadãos, que possam compreender, intervir e
reconstruir a sociedade em que vivem. Tal objetivo é possível,
acredita-se, se o lugar onde está a escola, seus alunos e
professores, for considerado nas reflexões que impliquem na
compreensão da realidade.

Aqui estão algumas reflexões sobre as práticas didático-


pedagógicas que podem ser utilizadas no ensino de Geografia para
promover a construção da cidadania:

i) Contextualização: As práticas pedagógicas em Geografia devem


estar sempre contextualizadas com a realidade local, nacional e
global, permitindo aos alunos compreenderem as interações entre
sociedade e espaço geográfico;

ii) Estímulo ao Pensamento Crítico: Ao abordar questões geográficas


complexas, os professores podem incentivar os alunos a analisarem
criticamente as diferentes realidades socioespaciais, desenvolvendo ?

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assim uma consciência cidadã mais ampla;

iii) Promoção do Engajamento Cívico: Através de estudos de caso e


projetos de investigação geográfica, os estudantes podem ser
incentivados a se envolver ativamente na resolução de problemas
locais e globais, contribuindo para a participação cívica e o exercício
da cidadania;

iv) Discussão de Temas Contemporâneos: Ao trazer temas atuais e


relevantes para a sala de aula, como sustentabilidade, migrações,
desigualdades socioespaciais, entre outros, os alunos podem
desenvolver uma visão crítica e engajada em relação às questões
sociais e ambientais;

v) Interdisciplinaridade e Interação com a Comunidade: A


integração da Geografia com outras disciplinas e a interação dos
estudantes com a comunidade local contribuem para uma
formação cidadã mais completa, estimulando a empatia, o respeito
à diversidade e a responsabilidade socioambiental.

Portanto, CAVALCANTI (2005) dizia que “o ensino de geografia


contribui para a formação da cidadania através da prática de
construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores
que ampliam a capacidade crianças e jovem compreenderem o
munl¡do em que vive e actuam, numa escola organizada cotmo um
espaço aberto e vivo de culturas (p. 47).

As práticas didático-pedagógicas em Geografia têm um papel


essencial na formação cidadã dos alunos, possibilitando-lhes não
apenas compreender o mundo em que vivem, mas também actuar
de forma crítica e engajada na construção de uma sociedade mais
justa e sustentável.

Referência:

CAVALCANTI, L. S. (2008). A geografia escolar e a cidade: Ensaios


sobre o ensino de geografia para a vida urbana cotidiana.
Campinas, SP: Papirus.

____________.(2005). A escola que é de todas as crianças. IN:


Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita, nº 183, p.
40-45.
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Re: 2° Fórum de debate


by Beatriz da Silva Tanieque - Friday, 12 April 2024, 1:37 PM

A PRÁTICA DIDÁCTICA- PEDAGÓGICAS DA GEOGRAFIA; GEOGRAFIA


ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A Didáctica é um ramo do conhecimento e, portanto, uma ciência


com seu próprio objeto, e como uma disciplina dos cursos de
formação de professores. Ela é uma disciplina integradora que faz a
ligação entre a teoria e a prática. Ordena e estrutura teoria e prática
em função do ensino.

Um professor que pretende realizar com sucesso o seu trabalho,


vendo acontecer justamente o objetivo do ensino, que é
proporcionar a aprendizagem ao seu aluno, certamente não ?
dispensará o conhecimento de toda a teoria que dá suporte ao fazer

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

pedagógico consciente.

A Didática tem seu corpo teórico fundamentado nas contribuições


da Psicologia, da Filosofia e da Sociologia que são áreas do
conhecimento que lançam luz sobre a complexidade da prática
pedagógica. Os objetivos da Didática são: refletir sobre o papel
sóciopolítico da educação, da escola e do ensino; compreender o
processo de ensino e suas múltiplas determinações; instrumentalizar
teórica e praticamente, o futuro professor para captar e resolver os
problemas postos pela prática pedagógica; redimensionar a prática
pedagógica através da elaboração da proposta de ensino numa
perspectiva crítica de educação (OLIVEIRA, 1995).

As práticas pedagógicas da didática propõem um novo sentido


para se abordar os temas em geografia.
conforme Sacramento (2010, p. 5): “O papel atual da Geografia
escolar é fazer com que o aluno compreenda os fenômenos
geográficos espacializados em seu cotidiano, permitindo-lhe
localizar-se e perceber tais transformações”. Neste contexto, pensar
o currículo é reestruturar o saber, para que a escola possa intervir na
construção de um conhecimento em que o aluno e o professor
dialoguem, na concepção de uma disciplina voltada para as
transformações dos lugares com os quais se relacionam o educador
e o educando. Refletindo o ensino e a educação em uma
perspectiva dialética.

As práticas pedagógicas adotadas pelos professores são


fundamentais para despertar o interesse do aluno, visto que a
motivação e o interesse discente aumentam à medida que o
mesmo se envolve com a escola e com a sociedade, rompendo com
a tradição ainda muito presente no ensino da Geografia, de apenas
descrevê-las. Analisar o conteúdo, gerar discussões, trazer para a
sala de aula fatos e acontecimentos diários da sociedade são
importantes metodologias a serem consideradas pelos professores
de Geografia.

Nessa direção é possível detectar que as narrativas de nossos


colaborares estão repletas de exemplos que desvelam concepções
de ensino de uma Geografia voltada para o aluno e sua realidade,
seu cotidiano, conforme narram.

GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A Geografia tem grande importância na formação do cidadão, visto


que seu objeto de estudo é o espaço. Este se constitui como político,
cultural, social, como também físico. É, ao mesmo tempo, concreto e
abstrato. É, enfim, dialético. Portanto o espaço geográfico pode/deve
não apenas ser visto, como trabalhado como o lugar de vivência,
aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade.

Segundo Santos e Kahil (2007) é no espaço geográfico que os


processos sociais ocorrem e através de seu estudo que o aluno
compreende a dinâmica dos lugares, já que o lugar não está
sozinho, mas é reflexo de um todo. As transformações políticas, ?
sociais, econômicas e culturais articulam-se no lugar, resultando

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

suas particularidades. Portanto, ao almejar um ensino significativo e


atraente para os alunos cuja efetivação propicie as bases para o
exercício pleno da cidadania, deve-se partir da realidade próxima e
das condições sociais de vivência desses mesmos alunos. Isso nos
leva a uma categoria de análise e estudo da Geografia que é o
Lugar.

Cavalcanti (2008), citando Vieira(1997) diz que cidadania é o


exercício do direito a ter direitos e que cidadão “é aquele que exerce
seu direito a ter direitos, ativa e democraticamente, o que significa
exercer seu direito de, inclusive, criar novos direitos e ampliar outros”
e conclui dizendo que “é no exercício pleno da cidadania que se
torna possível, então, transformar direitos formais em direitos reais
”Para avançar nesta análise é preciso lembrar Milton Santos e sua
compreensão de que “para ultrapassar a vaguidade do conceito e
avançar da cidadania abstrata à cidadania concreta, a questão
territorial não pode ser desprezada” (SANTOS, 2007, p. 151).

A cidadania perpassa pelo direito (civil, político e social) de todos.


Direito às condições básicas de existência como moradia, saúde,
educação, lazer, transporte onde cada conceito deve de forma
indissociável estar vinculado a um adjetivo como por exemplo:
moradia digna, educação de qualidade, saúde eficiente, transporte
de qualidade, em resumo, pode-se dizer que se trata de qualificar os
direitos inalienáveis da sociedade humana.

Talvez seja exatamente no que refere à cidadania que o princípio da


igualdade se aplicaria de forma apropriada. A cidadania é pois, um
conjunto de direitos e deveres que pressupõem igualdade.

A escola é antes de tudo um espaço de lutas. Espaço das


contradições onde, entre ações de permanências e rupturas, e
sobretudo nesta, se torna possível uma intervenção em favor da
cidadania. Mendonça (1997), observa que “a escola tem sido um
espaço de muita reflexão e contradição, principalmente nas últimas
décadas”.

A autora discute a escola como representação de poder e prática


de anti-poder e afirma que “por não estar isolada do contexto social,
desenvolveu em seu interior lutas e contradições, conjugando o
exercício de reprodução de saber e de poder, bem como o exercício
de anti-poder” (Mendonça, 1997).

E é nesta perspectiva que o professor pode realizar uma intervenção


que contribua com a formação para a cidadania. São os momentos
de ruptura que possibilitam ao professor e aos alunos romper com a
lógica de dominação, levando o saber para perto da realidade, a
cidade o bairro, possibilitando ações concretas que contribuam com
a melhoria na qualidade de vida urbana. Tudo isso em associação
constante com os acontecimentos globais que reproduzem os
espaços locais e são por estes, influenciados. Sabido o papel da
escola, suas possibilidades e limitações, é preciso compreender as
possibilidades de uso da cidade como espaço de aprendizagem e
de cidadania.

De certa forma, a crise enfrentada pela geografia, ajudou a ?


enriquecer o conhecimento geográfico, pois foi por meio dela que se

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

começou a pensar em uma nova relação entre a teoria e a prática


da geografia, deixando para trás o “saber neutro”, o ensino focado
nas paisagens como espetáculo e no conteudísmo .

A prática da geografia buscou basear-se na análise crítica da


construção do conhecimento e da metodologia, em que os
instrumentos adotados fossem capazes de responder às questões
postas por esta ciência para a formação do cidadão, não
permitindo que ele submergisse à voracidade das transformações
ocorridas no Mundo.

A geografia passa ter um novo significado frente à revolução técnico


científica, pela globalização da economia novos conflitos, novas
tensões, crise de estados ,nação, formação de novos blocos
econômicos, desterritorialização e pelos problemas ambientais .

A geografia agora passa a ser vista como ciência social, pensando e


estabelecendo uma conexão de fenômenos, na ligação entre o
sujeito humano e os objetos de seu interesse, em que se faz
necessário uma contextualização .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a
Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. São
Paulo, Brasil

Santos, A. M. D., Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.
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Re: 2° Fórum de debate


by Caovane Chatulia - Monday, 15 April 2024, 3:14 PM

INTRODUÇÃO
Na atualidade devido as exigências cada vez maiores por uma
educação de qualidade, traz à tona a discussão do que fazer para
melhorar essa educação. Diante desse questionamento se faz a
reflexão: Reflexão sobre as práticas didáctica - pedagógicas que
devem ser usadas no ensino de geografia para a construção da
cidadania.
Torna-se então cada vez mais importante a discussão sobre a
relação entre teoria e prática, pois não podemos desvincularmos
uma da outra porque ambas se complementam no processo
educacional. Além do mais temos que analisar o papel da didática
como área do conhecimento que fundamenta a ação docente,
alertando para o fato de ela não ser um conjunto de técnicas, e sim
uma área do conhecimento que procura fazer a mediação entre a
teoria educacional e o trabalho docente no dia a dia em sala de
aula.

CONCEITUAÇÃO DE DIDÁCTICA
Antes de fazermos a reflexão sobre as práticas didáctica -
pedagógicas que devem ser usadas no ensino de geografia para a
construção da cidadania, temos que refletir sobre as diversas
formas em que ela é conceituada, a partir da visão de vários
teóricos, procurando enfatizar sua relação com o ensino
aprendizagem. ?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

A concepção de Didática não é única entre os teóricos, ou seja, não


existe um padrão conceitual em que todos compartilham do
mesmo conceito.
Para o clássico Comenius, didática seria “a arte de ensinar tudo a
todos”, portanto apontando para a perspectiva inclusiva, embora
referida ao século XVII.
Como diz Santos (2003):
A didática passou de (…) apêndice de orientações mecânicas e
tecnológicas para um atual (…) modo crítico de desenvolver uma
prática educativa, forjada de um projeto histórico, que não se fará
tão somente pelo educador, mas pelo educador conjuntamente
com o educando e outros membros dos diversos setores da
sociedade.
Nesse sentido Libâneo (1992), afirma: A Didática é o principal ramo
de estudo da pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as
condições e os modos de realização da instrução e do ensino.
A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA; A GEOGRAFIA
ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DACIDADANIA
A PRÁTICA DIDÁTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA
Santos, Busato, (2001) afirmam que no âmbito da disciplina de
Geografia,existem muitos materiais disponíveis para os alunos e
professores que podem ser utilizadoscomo ferramentas didáticas,
para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de aula. Na
qualcitou alguns exemplos como os chamados Recursos
Educacionais Abertos (REA), que podemincluir: textos, livros, planos
de aula, jogos, imagens, vídeos ou áudios, softwares e jogos,
imagens.
Como podemos observar os avanços que a didática teve ao longo
do tempo na educação, está intimamente ligado as correntes,
concepções e tendência pedagógica que se apresentava em um
dado momento histórico. Vale ressaltar que essas concepções
ainda influenciam a educação até nos dias atuais, em maior ou
menor intensidade.
GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DACIDADANIA
A Geografia escolar, que possui papel fundamental na formação do
cidadão, deve fazer com que os indivíduos se tornem “seres
pensantes”, capazes de construir competências que permitam a
análise do real, a partir da exposição das causas e efeitos, a
intensidade, a heterogeneidade e entender o contexto espacial dos
fenômenos que configuram cada sociedade.
A formação da cidadania inicia-se com a prévia formação
profissional daqueles que mediam o conhecimento, assim como,
faz-se estritamente necessário que haja comprometimento por
parte desse profissional em formação (Santos, 2021).
Neste sentido, a Geografia Escolar tem papel fundamental na
formação do cidadão, visto que deve potencializar a criticidade dos
indivíduos, de modo a torná-los ‘seres pensantes’, com capacidade
de construir competências que lhe permitam uma análise do real,
tornando evidentes as causas e os efeitos, a intensidade, a
heterogeneidade e, entender o contexto espacial dos fenômenos
que configuram a sociedade assim como, exercerem a cidadania.
De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui
para a formação dacidadania através da prática de construção e
conhecimento de conhecimentos, habilidades,valores que ampliam
a capacidade das crianças e os jovens compreendem o mundo em
quevivem e vivem, numa escola organizada como um espaço
aberto e vivo de culturas.
O exercícioda cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer
uma concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos, ?
hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada

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vezmais um fato mundial, pois a partir de um certo momento


histórico, toda a sociedade passa a ser organizada em função do
espaço urbano. Sendo assim, a cidade torna-se tema importante a
sertrabalhado na escola fundamental, num projeto de formação da
cidadania. A escola, porém, nãoé a única instância de formação de
concepções e práticas da cidade, habilidades básicas noexercício
da cidadania.
As práticas de organização e gestão da cidade, os resultados
dessas práticas e a própria experiência cotidiana também são
formadores de cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna
cidadão com a contribuição de várias instâncias, destacando-se
aescola. A escola (o conhecimen-to), por ser um lugar dedicado ao
trabalho com o conhecimentoe com atribuição de contribuições,
pode ser uma instância histórica ou lugar de encontro econfronto
entre as diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o
saber ou conhecimentocientífico e o saber cotidiano).

CONCLUSÃO
Contudo, construir a cidadania é algo difícil de ser realizado, visto
que a escola é um ambiente diversificado e que a cada dia deve
enfrentar preconceitos e ideologias dominantes, mas que podem ser
superadas com muito trabalho, por parte do conjunto de
professores.
O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania
através da prática de construção ereconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como umespaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez,requer uma
concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, açõesconcretas de cidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a
Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano.
__). A Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora Papirus.
Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da
geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.
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Re: 2° Fórum de debate


by Angelica Fernando Rapeque - Monday, 15 April 2024, 5:48 PM

A prática didático-pedagógica da Geografia desempenha um papel


fundamental na formação dos cidadãos, contribuindo para a
compreensão e a valorização do espaço geográfico, assim como
para o desenvolvimento de uma consciência crítica e participativa.
A Geografia escolar, ao ser inserida de forma significativa no
currículo educacional, tem o potencial de promover a construção da
cidadania ao estimular o pensamento espacial, a reflexão sobre as
desigualdades socioespaciais e a compreensão das interações
entre sociedade e meio ambiente.

Ao adotar uma abordagem didática-pedagógica na Geografia, os


educadores têm a oportunidade de explorar temas como a
diversidade cultural, as questões ambientais, as relações de poder e
as dinâmicas econômicas, sociais e políticas que moldam o espaço
geográfico. Através do ensino desses conteúdos, os alunos são
incentivados a desenvolver uma visão crítica do mundo ao seu redor ?
e a perceber como suas ações podem impactar o ambiente em que

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

vivem.

A Geografia escolar também desempenha um papel importante na


formação da cidadania ao promover a compreensão das
interconexões globais e locais, estimulando o respeito à diversidade
cultural e étnica, e fomentando o engajamento ativo na resolução
de problemas socioambientais. Ao compreender as complexidades
do mundo contemporâneo por meio do estudo geográfico, os
estudantes se tornam mais preparados para participar ativamente
da sociedade, contribuindo para a construção de uma cidadania
mais consciente e responsável.

Além disso, a prática didático-pedagógica da Geografia pode


incentivar o desenvolvimento de habilidades como a leitura de
mapas, análise de dados geográficos, interpretação de imagens e
compreensão de fenômenos espaciais. Essas competências são
essenciais para capacitar os alunos a compreenderem e atuarem
no mundo em que vivem, possibilitando uma participação mais
informada e crítica na esfera pública.

Portanto, ao integrar efetivamente a Geografia escolar no contexto


educacional, os educadores têm o poder de contribuir para a
formação de cidadãos mais conscientes, críticos e engajados.
Através da compreensão do espaço geográfico e das dinâmicas
que o moldam, os alunos podem se tornar agentes ativos na
construção de uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável.

BIBLIOGRAFIA

Brito (2018). Geografia, educação e cidadania: Lugar e paisagem no


contexto escolar. Editora UFG.

Zizemer (2006): Analisa os desafios e avanços da construção da


cidadania na escola pública brasileira.
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Re: 2° Fórum de debate


by CARLOTA JOFRICE - Monday, 15 April 2024, 6:48 PM

A prática didática-pedagógica da Geografia tem um papel


fundamental na construção da cidadania, pois é através dela que
os estudantes podem compreender melhor o espaço em que vivem
e sua relação com o mundo. Segundo Cavalcanti (2008), a
Geografia escolar deve ser um meio para o estudo crítico do espaço
urbano, promovendo a conscientização sobre o direito à cidade e a
importância da participação cidadã na construção e gestão dos
espaços urbanos.

Brito-ID, de Melo e da Silva destacam a importância de trabalhar o


relevo e outras categorias geográficas como lugar e paisagem, não
apenas como conceitos físicos, mas como elementos que
influenciam a vida das pessoas e suas interações com o ambiente.
Isso pode ajudar os alunos a desenvolverem uma visão mais
integrada e responsável sobre o meio ambiente.

Zizemer (2006) aborda a cidadania na escola pública, enfatizando


os avanços e desafios na formação de cidadãos conscientes e
ativos. A Geografia, nesse contexto, é uma ferramenta essencial
para entender as dinâmicas sociais e ambientais e para fomentar ?

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uma participação mais efetiva na sociedade.

Portanto, as práticas didáticas-pedagógicas em Geografia devem


incluir:

Discussões críticas sobre questões urbanas e ambientais.

Análise de casos reais para ilustrar como as decisões geográficas


afetam a vida das pessoas.

Projetos de campo que permitam aos alunos explorar e interagir


com o ambiente local.

Atividades interdisciplinares que conectem a Geografia com outras


áreas do conhecimento, fortalecendo a compreensão dos alunos
sobre como diferentes aspectos da sociedade e do ambiente estão
interligados.

Uso de tecnologias como ferramentas de mapeamento digital e


análise de dados geográficos para uma compreensão mais
profunda dos temas estudados.

Essas práticas podem ajudar os alunos a se tornarem cidadãos


mais informados, críticos e engajados, capazes de contribuir para a
construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
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Re: 2° Fórum de debate


by Arsenia Amisse - Tuesday, 16 April 2024, 2:30 PM

A PRÁTICA DIDÁCTICA-PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA; A GEOGRAFIA


ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

1. A PRÁTICA DIDÁCTICA-PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA


Segundo Cavalcanti (1998), no ensino de Geografia, os objetos de
conhecimento são os saberes escolares referentes ao espaço
geográfico. Na visão deste autor, escola é, um lugar de encontro de
culturas, de saberes, de saberes científicos e
de saberes cotidianos, ainda que o seu trabalho tenha como
referência básica os saberes científicos. A tensão entre a seleção a
priori de um conhecimento, a organização do trabalho pedagógico
na escola e a
identidade de alunos e professores deve ser a base para a definição
do trabalho docente. Nesse sentido, ensinar
geografia é abrir espaço na sala de aula para o trabalho com os
diferentes saberes dos agentes do processo de ensino –
alunos e professores.
Em suas atividades diárias, alunos e professores constroem
geografia, pois, ao circularem, brincarem,
trabalharem pela cidade e pelos bairros, eles constroem lugares,
produzem espaço, delimitam seus territórios. Assim,
vão formando espacialidades cotidianas em seu mundo vivido e
contribuindo para a produção de espaços geográficos
mais amplos. Ao construírem geografia, constroem também
conhecimentos sobre o que produzem, conhecimentos que
são geográficos. Então, ao lidar com coisas, fatos e processos na
prática social cotidiana, os indivíduos vão
construindo e reconstruindo geografias (no sentido de
espacialidades) e, ao mesmo tempo, conhecimento sobre elas. ?
Formar cidadão é um projeto

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

que tem como centro a participação política e coletiva das pessoas


nos destinos da sociedade e da cidade. Essa
participação está ligada à democracia participativa, ao
pertencimento à sociedade.
As percepções que os indivíduos, grupos ou sociedade têm do lugar
em que se encontram e as
relações singulares que com ele estabelecerem fazem parte do
processo de construção das
representações de imagens do mundo e do espaço geográfico. As
percepções, as vivências e a
memória dos indivíduos e dos grupos sociais são, portanto,
elementos importantes na constituição do
saber geográfico. (Brasil, 1998, p. 110). Mesmo que ainda não tenham
tido contato com o conhecimento geográfico de forma organizada,
os
alunos são portadores de muitas informações e ideias sobre o meio
em que estão inseridos e sobre o
mundo (p. 110-128).

2. A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA


De acordo com Santos, Kahil (2007) a Geografia tem grande
importância na formação do cidadão, seu
objeto de estudo é o espaço. Este se constitui como político, cultural,
social, como
também físico. É, ao mesmo tempo, concreto e abstrato. É, enfim,
dialético. Portanto o
espaço geográfico pode/deve não apenas ser visto, como
trabalhado como o lugar de
vivência, aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade.
Para estes autores, é no espaço geográfico que os processos sociais
ocorrem e através de seu estudo que o aluno compreende a
dinâmica dos lugares, já que
o lugar não está sozinho, mas é reflexo de um todo. As
transformações políticas, sociais,
econômicas e culturais articulam-se no lugar, resultando suas
particularidades.
Nogueira (2007), refere que é necessário desenvolver análise e
reflexões sobre os processos de formação em serviço dos
professores, considerando-os
como sujeitos edificadores e elaboradores de sentido ao longo do
processo de sua própria formação, visto que cada professor tem seu
modo peculiar de ensinar, seus
gestos, atitudes, ações e aí está o valor em compreende-las e tentar
decifrar como as
mesmas são esquematizadas.
Pontuschka (1996), defende que os professores de Geografia, por
trabalharem com
noções de tempo e espaço, com a história das sociedades e da
natureza, têm um
importante papel na contribuição para a formação da cidadania de
seus alunos. Ensinar a ler e a pensar criticamente o espaço em que
estamos inseridos.
Esse é o principal papel da Geografia no caminho da formação de
um aluno
cidadão (Cariacia-ES, 2008).
A Geografia como ciência social tem a importância de oferecer ao
aluno
uma visão do que é a sociedade, seu papel no mundo atual e as
implicações ?
que a relação entre o homem e a natureza podem promover ao

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

longo dos
anos (Vitória, 2008).
Castrogiovanni (1998) acredita na importância e na necessidade de
uma
educação voltada para a cidadania, considerando, assim, os valores
e os padrões
culturais da vida e de aprendizagem dos grupos sociais. Segundo o
mesmo, é pela
educação que tais sociedades podem expressar sua cultura, seu
saber e defendê-los a fim
de impedir a massificação e a globalização de outros valores tidos
como certos e
universais.
Conforme Borges (2001), pode-se afirmar que o
exercício da cidadania implica vivência de direitos e deveres dos
seres humanos em
relação a si mesmos, à sociedade e ao meio em geral e, se essa
vivência é passível de ser
localizada, territorializada, cabe à Geografia, enquanto ciência social
e saber escolar,
um importante papel na formação do cidadão.
Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo, instruindo-o a
cumprir
seus deveres e a elencar os seus direitos. É necessário ir além, é
necessário
formar a criticidade do aluno sujeito, capaz de fazer uma análise da
realidade que o cerca, dos lugares da experiência, não só reduzindo
a
experiência aos lugares e tempos próximos, como também
correlacionando-a
aos outros espaços-tempos” (p. 86).
No ensino da Geografia, o professor deve ter a clara noção de
que ele não está formando, nas séries iniciais, pequenos geógrafos
e sim indivíduos capazes de compreender a realidade. A partir da tal
compreensão,
acredita-se que o aluno possa também desenvolver,
gradativamente, o conceito de
espaço geográfico e, por conseguinte, de sua situação de cidadão
nesse processo, Vesentini (1999).
Estudar o mundo, as configurações territoriais, a organização do
espaço e a
sua apropriação pelos diversos povos, as lutas para tal, os interesses
políticos e as
formas de tratar a natureza, pode permitir a combinação da crítica
histórica à reflexão
crítica e à ação social, faz-se necessária à
concretização de uma teoria da educação para a cidadania (Giroux,
Callai, 1999).
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Re: 2° Fórum de debate


by Bibiana Amade - Wednesday, 17 April 2024, 5:24 AM

Práticas didácticas - pedagógicas que devem ser usadas no ensino


de geografia para a construção da cidadania
Segundo Santos (2013), “a Geografia não é apenas sobre mapas e
lugares; é uma ferramenta poderosa para formar cidadãos
conscientes, críticos e comprometidos com valores humanísticos. O
ensino de Geografia desempenha um papel crucial na formação da ?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

cidadania” (p.76).
A Geografia escolar, que possui papel fundamental na formação do
cidadão, deve fazer com que os indivíduos se tornem “seres
pensantes”, capazes de construir competências que permitam a
análise do real, a partir da exposição das causas e efeitos, a
intensidade, a heterogeneidade e entender o contexto espacial dos
fenómenos que configuram cada sociedade assim como,
exercerem a cidadania (Cavalcanti, 2008). Então, para que haja
essa melhora do ensino nas escolas, as atenções devem se voltar
para a própria formação do professor de Geografia, que será
responsável em trazer a seus educandos na educação básica, os
conceitos geográficos, fazendo com que eles consigam interpretar o
mundo a sua volta como seres actuantes e críticos
O ensino de Geografia contribui para a for mação da cidadania
através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade actual, por sua vez, requer uma
concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, acções concretas de cidade ( Santos,2013)
Em outras palavras, o cidadão se torna cidadão com a contribuição
de várias instâncias, destacando-se a escola. A escola (e o
conhecimento), por ser um lugar dedicado ao trabalho com o
conhecimento e com a atribuição de significados, pode ser a
instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre as
diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou
conhecimento científico e o saber quotidiano).

Referências Bibliográficas
Santos, L (2013).- o ensino da geografia no ensino médio In: Anais do
Encuentro de Geógrafos de América Latina
Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a
Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. A
Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora Papirus.
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Re: 2° Fórum de debate


by ANCHA DAMASO USSENE - Wednesday, 17 April 2024, 9:08 AM

A prática didático-pedagógica da Geografia desempenha um papel


fundamental na formação da cidadania, contribuindo para a
compreensão e a valorização do espaço geográfico, assim como
para o desenvolvimento de uma consciência crítica e participativa,
pois é através dela que os estudantes podem compreender melhor
o espaço em que vivem e sua relação com o mundo.
De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui
para a formação da cidadania através da prática de construção e
reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam
a capacidade de crianças e jovens compreenderem o mundo em
que vivem e actuam, numa escola organizada como um espaço
aberto e vivo de culturas.
Segundo Zizemer, J. S. (2006) resalva a importância de desenvolver o
pensamento crítico dos alunos para que possam analisar de forma
crítica as estruturas de poder e as desigualdades presentes na
sociedade. Nesse sentido, as práticas pedagógicas devem estimular
os alunos a questionar as relações de poder, as injustiças sociais e
as consequências das decisões políticas e económicas sobre o
território e as comunidades. Debates, estudos de caso e análises de ?
notícias são algumas estratégias que podem promover o

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos em relação a


questões geográficas.
De acordo com Campos, A. C. (2010) destaca a importância de
desenvolver a empatia e a responsabilidade social dos alunos em
relação aos outros seres humanos e ao meio ambiente. Isso pode
ser alcançado por meio de práticas pedagógicas que sensibilizem
os alunos para as diferentes realidades sociais e ambientais,
estimulando-os a considerar as consequências de suas acções e
decisões sobre o bem-estar colectivo. Projectos de serviço
comunitário, estudos de caso sobre problemas sociais e ambientais
e simulações de tomada de decisão são exemplos de actividades
que podem promover a empatia e a responsabilidade social dos
alunos.
Na opinião de Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018) enfatiza a importância
de valorizar a diversidade cultural e promover o diálogo intercultural
como forma de construir uma cidadania mais inclusiva e respeitosa.
Nesse sentido, as práticas pedagógicas devem incluir o estudo e a
valorização das diferentes culturas, identidades e modos de vida
presentes no mundo, promovendo o respeito mútuo e a
compreensão entre diferentes grupos sociais.
De acordo com Brito, (2002 afirma que a aproximação entre as
instituições de ensino, universidade e escola, contribuindo para o
aprimoramento da prática de ensino de Geografia tanto para o
licenciando com a formação inicial como a continua para o
professor supervisor. Portanto, o seu papel permite a participação
activa dos envolvidos no processo de ensino para melhorar a
qualidade das aula.
Segundo Santos, Busato, (2001) afirma que no âmbito da disciplina
de Geografia, existem muitos materiais disponíveis para os alunos e
professores que podem ser utilizados como ferramentas didácticas,
para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de aula.
Santos, Busato, (2001) É imperioso sobrepor que a Geografia
contribui para a formação de seus educandos, adaptando o
desenvolvimento de uma consciência crítica, voltada ao respeito
dos acontecimentos mundiais, correlacionando com a configuração
do espaço geográfico, reconhecendo as contradições e os conflitos
económicos, sociais e culturais, facilitando o comparativo da vida,
seus hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e
pessoas, em busca do respeito às diferenças e de uma organização
social mais igualitária.
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Re: 2° Fórum de debate


by Brigida Rabia Alberto Paulo - Thursday, 18 April 2024, 7:03 AM

A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA ; A GEOGRAFIA


ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A prática didáctilo-pedagógica da História e da Geografia escolar


segue um modelo curricular fragmentado e conteudístico,
permeado de práticas centralizadoras do saber e do fazer
educativo. Essa manifestação, expressão funcional de um arbitrário
cultural, próprio de determinados grupos, assegura um processo
educativo anti-histórico e vicioso que não consegue atingir as
vicissitudes da lógica da territorialidade do lugar construído pelos
sujeitos que o cercam.
?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Esse conjunto de informações, caóticas, unilaterais, transvestido de


conteúdo de ensino, incide fortemente na formação do imaginário
social que constitui a cidade. Como essa produção é
frequentemente inocentada na teia dos discursos sociais e
educativos, não consegue interagir com a complexidade da
sociedade, do mundo, de seu conhecimento e simbologias inerentes
necessitando de interlocução, reflexão e análise dos perigos e
possibilidades que essa realidade nos traz. É urgente que o ensino
da Geografia possa contribuir ao exercício de uma cidadania
efectiva.

A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer uma
concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez
mais um fato mundial, pois a partir de um certo momento histórico,
toda a sociedade passa a ser organizada em função do espaço
urbano.

CIDADÃO

Santos (1987) defende a recuperação da noção de cidadão com


base no modelo cívico (fazendo referência a civilização), que
subordina o modelo econômico e é composto por, entre outros, dois
componentes essenciais: a cultura e o território. O componente
territorial supõe uma gestão adequada para garantir a produção e
distribuição de bens e serviços públicos. O conceito de território é
instrumentalizador quando se quer pensar e compreender a cidade
na sua relação com a cidadania. Território está associado aos
processos de posse, de domínio de um lugar, de uma área. Através
da dimensão territorial, o exercício da cidadania pode ser pensado
como uma questão de direito à cidade, direito ao domínio coletivo
do espaço da cidade.

O cidadão democrático, ativo, criativo, consciente de seus direitos


políticos, sociais, culturais, individuais, territoriais, precisa conhecer a
cidade, precisa compreendê-la com profundidade, precisa decifrar
seus símbolos, precisa desenvolver um sentido ético e estético sobre
ela, para que possa lutar e conquistar seus direitos cívicos e sociais
e cumprir com seus deveres, individual e coletivam ente. Como
afirma Santos, a cidadania se aprende. Sem essa aprendizagem, a
cidade torna-se impalpável.

CIDADE

É em função das pessoas e dos objetos que a cidade se estrutura e


tem uma dinâmica interna. O arranjo interno de uma cidade é
construído, pois, conforme se organizam a vida e o processo
produtivo. As pessoas precisam morar, daí vão se configurando
áreas residenciais diferentes porque as pessoas se inserem no
processo produtivo de maneira diferente por exemplo, uns são
proprietários dos meios de produção, outros são assalariados,
outros, desempregados, excluídos do processo produtivo.

A cidade pode ser entendida como um espaço geográfico, como ?


um conjunto de objetos e de ações (SANTOS, 1997), mas entendendo

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esse espaço como lugar de existência das pessoas, não apenas


como um arranjo de objetos, tecnicamente orientado.

REFERENCIA.

CAVALCANTI, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a


Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. A
Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP: Editora Papirus.

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Re: 2° Fórum de debate
by Anchieta Alipio de Pedro - Friday, 19 April 2024, 12:50 AM

Prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia escolar e


a construção da cidada

Prática Didáctica-Pedagogica da Geografia, a Geografia escolar e


a construção da cidadania:

A prática didática-pedagógica da Geografia tem um papel


fundamental na construção da cidadania, pois é através dela que
os estudantes podem compreender melhor o espaço em que vivem
e sua relação com o mundo.

Para promover a construção da cidadania por meio do ensino de


Geografia, é necessário adoptar práticas didáctico-pedagógicas
que engajem os alunos na compreensão crítica do espaço
geográfico e estimulem sua participação activa na sociedade. Com
base nas ideias dos autores mencionados na bibliografia fornecida,
podemos destacar algumas reflexões sobre as práticas que podem
ser utilizadas:

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para o
ensino da Geografia e para a construção da cidadania.

A discussão sobre o papel da didática no processo de ensino –


aprendizagem leva-nos a refletir sobre uma educação acessível a
todos e que respeite as suas peculiaridades. Partindo dessa análise,
torna-se indispensável uma mudança na transmissão de
conhecimentos no âmbito escolar, realizando uma reformulação do
ato educativo, que busque despertar a criticidade dos cidadãos em
face à realidade.

" A Geografia é muito complexa e bastante abrangente, uma vez que


está envolvida em inúmeros assuntos humanos e naturais. A sua
abordagem está relacionada nos conceitos, associados aos
conteúdos estudados na Geografia, torna os instrumentos para a
efetiva aprendizagem e permite compreender mais efetivamente a
sociedade" (Santos & Busato,p.52)

Santos & Busato (2021), , pode-secdestacar algumas reflexões sobre


as práticas que podem ser utilizadas:
?
Aprendizagem problematizadora: além de transmitir conteúdos, é

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importante que o ensino da Geografia também promova a reflexão


crítica sobre a realidade social e ambiental. Isso pode ser feito
utilizando diferentes metodologias, como debates, rodas de
conversa, pesquisa de campo, entre outras.

¶ uso de tecnologias educacionais:

As tecnologias educacionais podem ser uma ferramenta importante


para promover o ensino da Geografia de forma mais interativa e
participativa. Por exemplo, o uso de softwares de
geoprocessamento, mapas interativos e jogos educativos.

¶ Educação Ambiental:

Geografia tem um papel importante na construção de uma


consciência ambiental crítica. O ensino da Geografia pode promover
a compreensão das relações entre sociedade e ambiente, como a
utilização dos recursos naturais, a produção de resíduos e a
poluição.

¶ Ensino contextualizado

É importante que o ensino da Geografia esteja contextualizado à


realidade dos alunos, considerando as suas experiências, saberes e
vivências, a fim de tornar o processo de aprendizagem significativo.

¶ Incentivo a participação dos alunos:

É importante incentivar a participação dos alunos em ações que


promovam a cidadania, como campanhas de arrecadação de
alimentos, coleta seletiva de lixo, entre outras.

De acordo com Santos & Busato (2001),afirmam que: A didática


para ostentar um papel significativo na formação do educador não
poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e
mecanismos, pelos quais desenvolvem um processo de ensino-
aprendizagem. É preciso criar um modelo crítico com práticas
educativas alinhadas a um projeto histórico, que não será
construído tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente
com os educandos e outros membros dos diversos setores da
sociedade.

Geografia escolar na construção dea cidadania:

As práticas de organização e gestão da cidade, os resultados


dessas práticas e a própria experiência cotidiana são também
formadores de cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna
cidadão com a contribuição de várias instâncias, destacando-se a
escola. A escola (e o conhecimen-to), por ser um lugar dedicado ao
trabalho com o conhecimento e com a atribuição de significados,
pode ser a instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre
as diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou
conhecimento científico e o saber cotidiano).

A Geografia tem grande importância na formação do cidadão, visto


que seu objeto de estudo é o espaço. Este se constitui como político,
cultural, social, como também físico. É, ao mesmo tempo, concreto e
abstrato. É, enfim, dialético. Portanto o espaço geográfico pode/deve
não apenas ser visto, como trabalhado como o lugar de vivência,
aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade.

" O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos, ?

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habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e


jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer uma
concepção, uma experiência, uma prática – comportamentos,
hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez
mais um fato mundial, pois a partir de um certo momento histórico,
toda a sociedade passa a ser organizada em função do espaço
urbano. Sendo assim, a cidade torna-se tema importante a ser
trabalhado na escola fundamental, num projeto de formação da
cidadania. A escola, porém, não é a única instância de formação de
concepções e práticas da cidade, habilidades básicas no exercício
da cidadania' (Cavalcanti 2008),

Como afirmam os autores Deon e Callai (2018), o actual processo de


globalização pautado em princípios da racionalidade instrumental
tem trazido inúmeros paradoxos à sociedade actual. De um lado, o
avanço das ciências, das tecnologias e informações; de outro, o
aumento das dificuldades no enfrentamento das diferenças e
desigualdades que estes avanços acabam por criar. Suas
implicações incidem na educação escolar que possui a
responsabilidade de formar cidadãos para a vivência em um
mundo mais igualitário.

As contribuições conceituais, teórico-epistemológicas da História e


da Geografia, quando consideradas na educação escolar,
possibilitam essa construção. O fornecimento didáctico-pedagógico
de conceitos geográficos e articulações, facilitam a compreensão
do mundo, dos complexos problemas da vida e do homem em
sociedade.

Resumindo:

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer uma
concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez
mais um fato mundial, pois a partir de um certo momento histórico,
toda a sociedade passa a ser organizada em função do espaço
urbano.

Referências Bibliográficas

Deon, A. R. & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104

Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a


Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. São
Paulo, Brasil.

Santos, A. M. D., Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Catarina Manuel Agostinho - Saturday, 20 April 2024, 3:23 PM ?

53 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Prática Didáctica-Pedagogica da Geografia, a Geografia escolar e a


construção da cidadania:

A prática didática-pedagógica da Geografia tem um papel


fundamental na construção da cidadania, pois é através dela que
os estudantes podem compreender melhor o espaço em que vivem
e sua relação com o mundo.

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para o
ensino da Geografia e para a construção da cidadania.

Para promover a construção da cidadania por meio do ensino de


Geografia, é necessário adoptar práticas didáctico-pedagógicas
que engajem os alunos na compreensão crítica do espaço
geográfico e estimulem sua participação activa na sociedade.

Prática de ensino se mostra cada vez mais importante tanto para o


professor como para o aluno, pois vivenciar na prática o que se
aprendeu e colocar os conhecimentos as outras pessoas. Para
compreender um conteúdo o professor precisa estar bem
preparado, passar este conteúdo de forma clara e objectiva e cabe
ao aluno estar atento as informações que o professor passa, nem
sempre o problema da aprendizagem é do professor, pode ser a
falta de motivação o desinteresse do aluno que faz com que o
conhecimento não seja assimilado.

Assim, a prática de ensino é importante para enriquecer o currículo


do professor e é na prática que ele vai trabalhar os conteúdos vistos
na faculdade, ele vai trabalhar a vivencia e aprender a trabalhar
com o conhecimento trazido pelos alunos adquiridos no seu dia-
a-dia. O professor tem a consciência que este conhecimento prévio
que os alunos carregam com eles são importantes, porque pode
facilitar a compreensão dos mesmos e estimulá-los a participar da
aula.

A discussão sobre o papel da didática no processo de ensino –


aprendizagem leva-nos a refletir sobre uma educação acessível a
todos e que respeite as suas peculiaridades. Partindo dessa análise,
torna-se indispensável uma mudança na transmissão de
conhecimentos no âmbito escolar, realizando uma reformulação do
ato educativo, que busque despertar a criticidade dos cidadãos em
face à realidade.

Para Santos & Busato(2020,p.52) " A Geografia é muito complexa e


bastante abrangente, uma vez que está envolvida em inúmeros
assuntos humanos e naturais. A sua abordagem está relacionada
nos conceitos, associados aos conteúdos estudados na Geografia,
torna os instrumentos para a efetiva aprendizagem e permite
compreender mais efetivamente a sociedade"

De acordo com Santos & Busato (2021),Algumas dessas práticas,


podem incluir:

Aprendizagem problematizadora: além de transmitir conteúdos, é


importante que o ensino da Geografia também promova a reflexão
crítica sobre a realidade social e ambiental. Isso pode ser feito
?
utilizando diferentes metodologias, como debates, rodas de

54 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

conversa, pesquisa de campo, entre outras.

uso de tecnologias educacionais:As tecnologias educacionais


podem ser uma ferramenta importante para promover o ensino da
Geografia de forma mais interativa e participativa. Por exemplo, o
uso de softwares de geoprocessamento, mapas interativos e jogos
educativos.

Educação Ambiental: Geografia tem um papel importante na


construção de uma consciência ambiental crítica. O ensino da
Geografia pode promover a compreensão das relações entre
sociedade e ambiente, como a utilização dos recursos naturais, a
produção de resíduos e a poluição.

Ensino contextualizado: É importante que o ensino da Geografia


esteja contextualizado à realidade dos alunos, considerando as suas
experiências, saberes e vivências, a fim de tornar o processo de
aprendizagem significativo.

Incentivo a participação dos alunos: É importante incentivar a


participação dos alunos em ações que promovam a cidadania,
como campanhas de arrecadação de alimentos, coleta seletiva de
lixo, entre outras.

De acordo com Santos & Busato (2001),afirmam que: A didática


para ostentar um papel significativo na formação do educador não
poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e
mecanismos, pelos quais desenvolvem um processo de ensino-
aprendizagem. É preciso criar um modelo crítico com práticas
educativas alinhadas a um projeto histórico, que não será
construído tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente
com os educandos e outros membros dos diversos setores da
sociedade.

Geografia escolar na construção dea cidadania:

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O
exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer uma
concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos,
hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez
mais um fato mundial, pois a partir de um certo momento histórico,
toda a sociedade passa a ser organizada em função do espaço
urbano.

"Existe uma grande relação entre a cidadania e o espaço por ser no


segundo que ocorre as relações. Para ao autores, um cidadão deve
participar de todos os acontecimentos, tendo conhecimento já que
ele não é meramente um objeto, mas sim um sujeito dinâmico e
receptível a mudanças. Portanto, para exercer a cidadania plena, os
indivíduos devem ter uma vivência de direitos e deveres em relação
a si mesmos e à sociedade em geral, e se tal relação é suscetível de
localização, caberá à Geografia um papel na formação do cidadão.
(Consta & Lanni, 2018,p.73).

A Geografia tem grande importância na formação do cidadão, visto


que seu objeto de estudo é o espaço. Este se constitui como político,
cultural, social, como também físico. É, ao mesmo tempo, concreto e
?
abstrato. É, enfim, dialético. Portanto o espaço geográfico pode/deve

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

não apenas ser visto, como trabalhado como o lugar de vivência,


aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade.

Como defende o Cavalcante (2008)," O ensino de Geografia


contribui para a formação da cidadania através da prática de
construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores
que ampliam a capacidade de crianças e jovens compreenderem o
mundo em que vivem e atuam, numa escola organizada como um
espaço aberto e vivo de culturas. O exercício da cidadania na
sociedade atual, por sua vez, requer uma concepção, uma
experiência, uma prática – comportamentos, hábitos, ações
concretas de cidade.

A vida nas cidades é cada vez mais um fato mundial, pois a partir de
um certo momento histórico, toda a sociedade passa a ser
organizada em função do espaço urbano. Sendo assim, a cidade
torna-se tema importante a ser trabalhado na escola fundamental,
num projeto de formação da cidadania. A escola, porém, não é a
única instância de formação de concepções e práticas da cidade,
habilidades básicas no exercício da cidadania' (Cavalcanti 2008),

As práticas de organização e gestão da cidade, os resultados


dessas práticas e a própria experiência cotidiana são também
formadores de cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna
cidadão com a contribuição de várias instâncias, destacando-se a
escola. A escola (e o conhecimen-to), por ser um lugar dedicado ao
trabalho com o conhecimento e com a atribuição de significados,
pode ser a instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre
as diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou
conhecimento científico e o saber cotidiano).

Como afirmam os autores Deon e Callai (2018), o actual processo de


globalização pautado em princípios da racionalidade instrumental
tem trazido inúmeros paradoxos à sociedade actual. De um lado, o
avanço das ciências, das tecnologias e informações; de outro, o
aumento das dificuldades no enfrentamento das diferenças e
desigualdades que estes avanços acabam por criar. Suas
implicações incidem na educação escolar que possui a
responsabilidade de formar cidadãos para a vivência em um
mundo mais igualitário.

As contribuições conceituais, teórico-epistemológicas da História e


da Geografia, quando consideradas na educação escolar,
possibilitam essa construção. O fornecimento didáctico-pedagógico
de conceitos geográficos e articulações, facilitam a compreensão
do mundo, dos complexos problemas da vida e do homem em
sociedade.

Em suma

A prática didática-pedagógica da Geografia tem um papel


fundamental na construção da cidadania, ela permite que os alunos
compreendam o mundo em que vivem e a sua posição nele como
cidadãos activos. A Geografia escolar, ao abordar temas como
espaço, lugar e interações humanas-ambientais, oferece uma base
sólida para que os alunos desenvolvam uma consciência crítica
sobre questões sociais, económicas e ambientais.
?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

A educação geográfica, tendo em vista o ensino de cidade, deve


buscar nos educandos o desenvolvimento da capacidade de
conhecer o espaço urbano, desenvolver a criticidade no
entendimento de como acontecem os vários processos, e como os
educandos, na condição de sujeitos, contribuem na produção desse
espaço. A geografia tem relação direta para desvendar as
interligações que fundam a cidadania, bem como a construção de
uma cidadania mais igualitária.

Referências Bibliográficas

Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de cidadania.


Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.

Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a


Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano. São
Paulo, Brasil.

Deon, A. R. & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação.

Santos, A. M. D., Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

Re: 2° Fórum de debate


by Carolina Jose Tambrinha - Sunday, 21 April 2024, 5:48 AM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia

Alves (2012) afirma que toda ação pedagógica, quando consciente,


possibilita ao
profissional reconhecer o seu potencial de exercício sociopolítico em
sala de aula, promovendo
o aspecto social da educação. Sendo assim, deve fundamentar o
porquê de o ensino estar sendo
realizado, com a finalidade de proporcionar ao estudante
motivações de aprendizagem, dandolhe as ferramentas necessárias
para que ele seja capaz de contribuir de forma construtiva para a
sua evolução.
Essa visão, em que ressurge um dos principais desafios do ensino na
atualidade, é
reforçada por Saviani (2009) quando diz que a educação tem a
prática social como ponto de
partida e de chegada. Posto isso, o principal objetivo da educação é
posicionar o docente de
forma estratégica, de modo que esse tenha em suas práxis
instrumentos e metodologias hábeis
e efetivos, primordiais no alcance de uma educação libertadora,
num contexto de formação
política e cidadã, superando, assim, o modelo tradicionalista de
ensino. Nesse sentido, o
professor pode contribuir para a formação dos estudantes com o
propósito de obter êxito com
um ensino transformador.
A Geografia, como outras ciências, trata de um processo contínuo ?
de interpretação do

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

espaço na visão do homem. O seu objeto principal é a busca de


soluções para os problemas
percebidos na sociedade. A ideia, portanto, é entender que para a
Geografia é fundamental
relacionar o caráter da espacialidade com a prática social.
Incorporar a prática investigativa na
atividade de ensino, como atividade de pesquisa, pode ser uma
oportunidade de se chegar ao
conhecimento por reflexões pessoais.
Nesse contexto, Callai afirma que:
A Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele se perceba
como participante
do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali ocorreram são
resultados da vida e
do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de
desenvolvimento. [...] O
aluno deve estar dentro daquilo que está estudando e não fora,
deslocado e ausente
daquele espaço, como é a Geografia que ainda é muito ensinada na
escola: uma
Geografia que trata o homem como um fato a mais na paisagem, e
não como um ser
social e histórico (CALLAI, 2013, p. 58).
De acordo
com Mello:
Um dos desafios dos professores nas aulas de Geografia é pensar,
então, em uma
prática pedagógica que possibilite a (re) estruturação dos
conteúdos geográficos, a
partir de uma concepção dialética do ensino. Ter a prática social
inicial dos alunos
como um ponto de partida para a seleção dos conteúdos de ensino
é uma premissa
importante quando se propõe a transcendência na relação entre os
seres humanos e a
vida cotidiana. Não porque todas as orientações curriculares oficiais
e as pesquisas
acadêmicas, sem exceção, apontem para isto, mas especialmente
pela importância de
se tratar da relação mais individualizada dos alunos com a
localidade em que vivem
(MELLO, s.d. p. 23)

A Geografia escolar e a construção da cidadania

A Geografia se configura como uma ciência social, tendo como


objeto de estudo o espaço geográfico, compreendido como o
espaço socialmente elaborado, ou seja, fruto da interação
constante entre o homem, organizado socialmente, e o meio natural.
Entendido isto, esta pesquisa procurou voltar seus interesses para a
dimensão urbana do
espaço geográfico: a cidade, concebida, entretanto, como espaço
dinâmico, mutável, fruto das
relações desencadeadas no seio de uma sociedade visivelmente
fragmentada em classes. Por isso
mesmo, a cidade é o reflexo das desigualdades e contradições
sociais, expressas na conseqüente
instituição de espaços segregados e diferenciados.
O objetivo precípuo dessa análise tenta apreender o tratamento que ?
alguns livros didáticos têm dispensado ao estudo da cidade, além

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

de averiguar e refletir sobre as potencialidades dos


conteúdos referentes à cidade na sala de aula, dentre elas, sua
estreita afinidade com o desenvolvimento da cidadania na escola.
A pesquisa, que se encontra integralmente em Paiva (2001), está
organizada em três momentos. Inicialmente, buscamos refletir sobre
o ensino da Geografia escolar e primordialmente à
análise de alguns dos livros didáticos utilizados em escolas públicas
e privadas da cidade de Sobral, com a preocupação inicial de
apresentarmos e analisarmos as diferentes abordagens concedidas
aos conteúdos sobre a cidade em tais obras. Concomitantemente,
se fez necessário investigarmos a postura expressa nesses livros, se
tradicional ou crítica.
No segundo momento, por entendermos o espaço da cidade como
espaço social, logo,
apropriado e usufruído diferenciadamente pelos diversos grupos
sociais diretamente implicados na sua produção, propomos a
discussão da cidade, enquanto objeto pedagógico, capaz de
promover o desenvolvimento da cidadania por meio do processo
educativo. Para tanto, se fez pertinente tecermos considerações
acerca do ensino de Geografia e das ideologias subjacentes ao
papel da escola, seja encarando-a como o locus de reprodução das
desigualdades sociais, seja configurada como campo de lutas de
classes.
Finalmente, ouvimos a impressão sobre a cidade, enquanto
instrumento educativo, de um
dos principais segmentos envolvidos na trama escolar: o professor.
Por meio de entrevistas abertas, indagamos a esses profissionais
sobre os livros didáticos que utilizam, que propositalmente
são aqueles que analisamos inicialmente. Indagamos sobre como
encaram os estudos sobre a
cidade em suas aulas, pedindo, por fim, sua reflexão sobre a relação
entre cidade trabalhada escolarmente e a construção da cidadania.
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Re: 2° Fórum de debate


by Catia De Angela Menrais - Monday, 22 April 2024, 6:38 AM

Saudações

Para promover a construção da cidadania por meio do ensino de


geografia, é crucial adotar práticas didático-pedagógicas que
estimulem o pensamento crítico, a reflexão sobre questões sociais e
a participação ativa dos alunos na comunidade. Com base nas
ideias dos autores mencionados, podemos destacar algumas
abordagens:

1. Estudo do espaço urbano e direito à cidade: Segundo Cavalcanti


(2008), explorar o espaço urbano em sala de aula permite aos
alunos compreenderem questões relacionadas à cidadania e ao
direito à cidade. As práticas pedagógicas devem incluir análises
críticas sobre problemas urbanos, como segregação socioespacial,
acesso a serviços públicos e participação na gestão urbana.

2. Trabalho com categorias geográficas: Brito-ID, de Melo e da Silva


(sem data) destacam a importância de trabalhar com categorias
geográficas, como lugar e paisagem, para que os alunos
desenvolvam uma compreensão mais profunda do mundo ao seu
redor. Isso pode ser feito por meio de atividades que incentivem a
observação, descrição e interpretação do ambiente local e global. ?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

3. Educação para a cidadania: Deon e Callai (2018) ressaltam que a


educação escolar, incluindo o ensino de geografia, oferece
oportunidades para a formação para a cidadania. Práticas
pedagógicas que estimulem a reflexão sobre direitos e deveres dos
cidadãos, bem como o engajamento em ações comunitárias e
políticas, são essenciais para construir uma consciência cidadã nos
alunos.

4. Metodologias participativas: Santos e Busato (2021) sugerem que


o uso de metodologias participativas, como a aprendizagem
baseada em projetos, debates e simulações, pode facilitar a
construção da cidadania em sala de aula. Essas abordagens
promovem a interação dos alunos, o diálogo e a colaboração na
busca por soluções para problemas sociais e ambientais.

Por tanto, ao combinar essas abordagens e práticas didático-


pedagógicas, os professores de geografia podem contribuir
significativamente para a formação de cidadãos críticos,
conscientes de seus direitos e responsabilidades na sociedade.

Referência bibliográfica

Brito-ID, D. G., de Melo, J. A. B., & da Silva, G. C. O Ensino de Geografia:


Trabalhando Relevo através das categorias geográficas, lugar e
paisagem.

Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública:


avanços e dificuldades. Passo Fundo.

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104);

Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de cidadania.


Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.

Campos, A. C. (2010). Metodologia do ensino de geografia. São


Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD.

Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.
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Re: 2° Fórum de debate


by CARLOTA PEDRO MARTINHO - Monday, 22 April 2024, 8:42 PM

A prática Didactica- Pedagógica Da Geográfia

Antes de partirmos para uma definição, é preciso lembrar que o


conceito de prática pedagógica está em constante atualização
para acompanhar as mudanças da sociedade.

As práticas pedagógicas são ações conscientes e participativas que


visam a atender expectativas educacionais de uma determinada
comunidade. Elas servem para organizar, potencializar e interpretar
as intencionalidades de um projeto educativo. ?
Em outras palavras, a função das práticas pedagógicas é facilitar e

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

promover a aprendizagem entre os discentes.

Dessa forma, as práticas pedagógicas contribuem para os


processos de concretização do aprendizado, ao lado do
planejamento de ensino e da didática.

A educação deve ser compreendida em uma perspectiva de


construção dos
sujeitos por meio de uma prática docente que permita a troca de
saberes e o
compartilhamento de informações objetivas e contextualizadas. A
qualidade de ensino
que temos hoje tem deixado a desejar, tanto para os alunos quanto
para os professores
que lecionam em uma escola problemática e contraditória, ainda
incapaz de atender a
todas as necessidades do seu público.

As práticas pedagógicas da didática propõem um novo sentido


para se abordar
os temas em geografia, conforme Sacramento (2010, p. 5): “O papel
atual da Geografia
escolar é fazer com que o aluno compreenda os fenômenos
geográficos espacializados
em seu cotidiano, permitindo-lhe localizar-se e perceber tais
transformações”. Neste
contexto, pensar o currículo é reestruturar o saber, para que a escola
possa intervir na
construção de um conhecimento em que o aluno e o professor
dialoguem, na concepção
de uma disciplina voltada para as transformações dos lugares com
os quais se
relacionam o educador e o educando. Refletindo o ensino e a
educação em uma
perspectiva dialética.

Assim, o professor desempenha o seu papel de construtor de


saberes e deixa a
posição de reprodutor de ideias, enquanto os alunos compreendem
a sua realidade,
desenvolve suas habilidades e constroem os seus saberes a partir
das relações do
cotidiano. Não existe um manual que permita aos educadores
desenvolver aulas
incomparáveis, existe uma construção que dia-a-dia vai ganhando
forma em resposta ao
que se ensina e ao que se aprende.

A Geográfia Escolar E A Construção Da Cidadania.

A Geografia tem grande importância na formação do cidadão, visto


que seu
objeto de estudo é o espaço. Este se constitui como político, cultural,
social, como
também físico. É, ao mesmo tempo, concreto e abstrato. É, enfim,
dialético. Portanto o
espaço geográfico pode/deve não apenas ser visto, como
trabalhado como o lugar de
vivência, aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade. ?

61 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Segundo Santos e Kahil (2007) é no espaço geográfico que os


processos sociais
ocorrem e através de seu estudo que o aluno compreende a
dinâmica dos lugares, já que
o lugar não está sozinho, mas é reflexo de um todo. As
transformações políticas, sociais,
econômicas e culturais articulam-se no lugar,
resultando suas particularidades.
Portanto, ao almejar um ensino significativo e atraente para os
alunos cuja
efetivação propicie as bases para o exercício pleno da cidadania,
deve-se partir da
realidade próxima e das condições sociais de vivência desses
mesmos alunos.

Castrogiovanni (1998) acredita na importância e mesmo na


necessidade de uma
educação voltada para a cidadania, considerando, assim, os valores
e os padrões
culturais da vida e de aprendizagem dos grupos sociais. Segundo o
mesmo, é pela
educação que tais sociedades podem expressar sua cultura, seu
saber e defendê-los a fim
de impedir a massificação e a globalização de outros valores tidos
como certos e
universais.Bibliografia.

CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. Revisitando a alfabetização para


Geografia no
Ensino Fundamental. In: SHÄFFER, N. O. e outros. (Orgs.). Ensinar e
aprender
Geografia. Porto Alegre: AGB, 1998. pp. 37-46.SACRAMENTO, A. C. R.
Didática e Educação Geográfica: algumas notas. UNI
Pluri/Versidad, vol.10, n.3, Version Digital.
SANTOS, Giovana A. dos e KAHIL, Samira P. Desafios no processo
ensino-
aprendizagem do lugar nas séries iniciais do ensino fundamental:
possibilidades para a
formação da cidadania. In: VI ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE
GEOGRAFIA, 2007, Uberlândia-MG. Anais... Uberlândia-MG:
Universidade Federal
de Uberlândia, 2007. CD-ROM.
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Re: 2° Fórum de debate


by Aurelio Lazaro - Tuesday, 23 April 2024, 8:57 AM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia; a Geografia escolar


e a construção da cidadania

Os temas acima anunciados abordam sobre as práticas didáctica -


pedagógicas da geografia no sentido desta contribuir para a
construção da cidadania no nosso quotidiano.

Com base nas ideias dos autores que constam na bibliografia, faça
uma reflexão sobre as práticas didáctica - pedagógicas que devem
ser usadas no ensino de geografia para a construção da cidadania
Com base nas ideias dos autores citados na bibliografia fornecida,
podemos destacar algumas práticas didáctico-pedagógicas que ?

62 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

podem ser utilizadas no ensino de geografia para a construção da


cidadania:

Abordagem crítica e reflexiva

Segundo Cavalcanti (2008) e Deon & Callai (2018), é essencial


adotar uma abordagem crítica e reflexiva no ensino de geografia,
que permita aos alunos compreenderem as dinâmicas sociais,
políticas e económicas que moldam o espaço urbano e rural. Isso
envolve analisar questões como desigualdade social, acesso aos
recursos urbanos e rurais, direito à cidade e participação cidadã na
gestão do espaço.

Vivências e experiências locais

Brito-ID et al. (referenciado por meio do título do trabalho) destacam


a importância de trabalhar com vivências e experiências locais dos
alunos para explorar as categorias geográficas de lugar e
paisagem. Isso permite que os alunos reconheçam sua própria
realidade e se sintam conectados ao espaço onde vivem,
promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade cidadã
em relação ao seu entorno.

Inclusão e diversidade

Costa & Ianni (2018) salientam a necessidade de promover a


inclusão e a valorização da diversidade no contexto escolar. Isso
implica em reconhecer e respeitar as diferentes identidades
culturais, étnicas, sociais e de género dos alunos, proporcionando
um ambiente educacional inclusivo e democrático que estimule a
participação activa de todos na construção da cidadania.

Metodologias participativas

Campos (2010) destaca a importância de utilizar metodologias


participativas no ensino de geografia, que envolvam os alunos de
forma activa no processo de aprendizagem. Isso pode incluir
actividades práticas de campo, debates, projectos de pesquisa,
simulações e uso de tecnologias educacionais, que estimulem o
pensamento crítico, a colaboração e a autonomia dos alunos.

Diálogo e mediação

Santos & Busato (2021) ressaltam a importância do diálogo e da


mediação pedagógica no ensino de geografia, que permitam aos
alunos expressarem suas opiniões, dúvidas e reflexões sobre os
temas abordados em sala de aula. O professor actua como
mediador do processo de ensino e aprendizagem, incentivando a
troca de ideias e o respeito mútuo entre os alunos, contribuindo para
o desenvolvimento de uma cultura cidadã baseada no diálogo e na
tolerância.

Em conclusão, essas práticas didáctico-pedagógicas, baseadas nas


ideias dos autores mencionados, podem contribuir
significativamente para a formação de cidadãos críticos,
conscientes de seus direitos e deveres, capazes de participar
activamente na transformação de suas comunidades e na
construção de uma sociedade mais justa, democrática e
sustentável. ?

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Referências Bibliográficas
Cavalcanti, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a
Geografia escolar – elementos para o estudo do espaço urbano: A
Geografia escolar e a cidade. São Paulo, Campinas,: Editora Papirus.
Brito-ID, D. G., de Melo, J. A. B., & da Silva, G. C. O Ensino de Geografia:
Trabalhando Relevo através das categorias geográficas, lugar e
paisagem.
Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública:
avanços e dificuldades. Passo Fundo.
Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia
como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104).
Costa, M. I. S., & Ianni, A. M. Z. (2018). O conceito de cidadania.
Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 43-73.
Campos, A. C. (2010). Metodologia do ensino de geografia. São
Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe. CESAD.
Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da
geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.
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Re: 2° Fórum de debate


by Assane Ali - Tuesday, 23 April 2024, 9:29 PM

“A discussão sobre o papel da didática no processo de ensino -


aprendizagem leva-nos a refletir sobre uma educação acessível a
todos e que respeite as suas peculiaridades. Partindo dessa análise,
torna-se indispensável uma mudança na transmissão de
conhecimentos no âmbito escolar, realizando uma reformulação do
ato educativo, que busque despertar a criticidade dos cidadãos em
face à realidade” (SANTOS & BUSATO, 2001).

De acordo com Santos & Busato, (2001), “A Geografia é muito


complexa e bastante abrangente, uma vez que está envolvida em
inúmeros assuntos humanos e naturais.” A sua abordagem está
relacionada nos conceitos, associados aos conteúdos estudados na
Geografia, torna os instrumentos para a efetiva aprendizagem e
permite compreender mais efetivamente a sociedade.

A prática didático-pedagógica no ensino de Geografia


desempenha um papel fundamental na formação cidadã dos
estudantes. Vamos refletir sobre como essa prática pode contribuir
para a construção da cidadania:

1. Contextualização e Relevância:

◦ O ensino de Geografia deve ser contextualizado, relacionando


conceitos geográficos com a realidade vivida pelos alunos.
◦ É importante abordar temas relevantes, como questões
ambientais, urbanização, migrações, desigualdades sociais e
globalização.

Promoção do Pensamento Crítico:


◦ A prática pedagógica deve estimular o pensamento crítico e
reflexivo dos estudantes.
◦ Incentive-os a questionar, analisar diferentes perspectivas e
compreender as relações entre espaço, sociedade e meio
ambiente.
?
Atividades Práticas e Vivências:

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◦ Saídas de campo, observação do ambiente local e trabalhos


de campo são essenciais.
◦ Os alunos devem vivenciar o espaço geográfico,
compreendendo suas dinâmicas e impactos.

Integração de Tecnologias:
◦ Utilize recursos tecnológicos, como mapas digitais, imagens de
satélite e softwares de geoprocessamento.
◦ Isso amplia a compreensão dos fenômenos geográficos e
aproxima os alunos das ferramentas utilizadas na área.

Educação Ambiental e Sustentabilidade:


◦ Aborde temas como conservação ambiental, uso racional dos
recursos naturais e mudanças climáticas.
◦ Os estudantes devem entender seu papel na preservação do
meio ambiente.

Discussão de Problemas Locais e Globais:


◦ Explore questões locais e globais, como problemas urbanos,
conflitos territoriais e migrações.
◦ Isso permite que os alunos compreendam a interconexão entre
diferentes escalas geográficas.

Participação Ativa e Engajamento:


◦ Incentive debates, projetos em grupo e ações práticas.
◦ Os estudantes devem se sentir parte ativa na construção de
soluções para desafios geográficos.

Em suma, a prática didático-pedagógica em Geografia deve ir além


da transmissão de conteúdos, buscando formar cidadãos críticos,
conscientes e comprometidos com a transformação positiva do
mundo ao seu redor.

Referencia Bibliográfica
Santos, A. M. D., Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da
geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Anifa Manuel Taibo - Wednesday, 24 April 2024, 12:17 PM

1. A prática didáctica – Pedagógica da Geografia ; a Geografia


escolar e a construção da cidadania

1.1. A pratica didáctica

A palavra didática vem do termo grego didatiké, que quer dizer a


arte de ensinar. A Didática é a parte da pedagogia que compreende
o estudo das técnicas relacionadas ao processo de ensino-
aprendizagem. Em outras palavras, a Didática é uma disciplina
técnica que estuda o método do ensino em todos os seus aspectos
práticos e operacionais, podendo ser definida, conforme Piletti (1990,
p.43) como “a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso
da aprendizagem, a formação do homem”.

Mattos (1971) defende que Didática é a disciplina pedagógica de


natureza prática e normativa que tem como objetivo dirigir e
?

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orientar ativamente os alunos na sua aprendizagem. Em relação ao


seu conteúdo, o autor descreve como sendo um conjunto
sistemático de princípios, normas, recursos e procedimentos
específicos cuja função consiste em orientar alunos na
aprendizagem das matérias programada.

Nérici (1992) sustenta que, inicialmente a palavra didática significou


arte de ensinar. E como arte, a didática dependia muito do jeito de
ensinar, da intuição do professor, uma vez que havia muito pouco a
aprender para educar. Esse jeito de ensinar estava relacionado com
a capacidade de empatia do professor, que se prendia à
sensibilidade de colocar-se na situação de outrem e, deste modo,
melhor sentir e compreender a situação por que esse outrem estava
passando. Além disso, a capacidade de empatia facilitava a
chegada do professor até junto do educando, com maiores
possibilidades de adequação de ação didática, na orientação da
aprendizagem.

Posteriormente, a Didática passou a ser conceituada como ciência e


arte de ensinar. Assim, ela pode ser compreendida em dois sentidos,
a saber, no sentido amplo e no sentido pedagógico. Em sentido
amplo, a Didática se preocupa com os procedimentos que levam o
educando a mudar de comportamento ou a aprender algo sem
conotações sócio morais (FERRARI, 2008). Nesta acepção a didática
não se preocupa com valores, mas somente com o modo de levar o
educando a aprender algo, sendo que tanto pode formar um hábil
delinquente como um autêntico cidadão (UBERTI, 2007).

1.2. Pedagogia da geografia

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que


vivemos, pois é por meio desse estudo que podemos conhecer
melhor os espaços e suas especificações, estando eles localizados
em uma metrópole ou na área rural, com temperaturas baixas ou
altas, nas planícies, nas montanhas, na praia ou em qualquer área
do planeta. A Geografia é muito complexa e bastante abrangente,
uma vez que está envolvida em inúmeros assuntos humanos e
naturais. A sua abordagem está relacionada nos conceitos,
associados aos conteúdos estudados na Geografia, torna-os
instrumentos para a efetiva aprendizagem e permite compreender
mais efetivamente a sociedade.

Segundo Sodré (1989), a geografia abrolhou com as primeiras


comunidades gentílicas, sendo conferido aos gregos o pioneirismo
em registrar de forma sistemática os conhecimentos geográficos.
Andrade (1987) acrescenta que os gregos, na antiguidade clássica,
foram os pioneiros nos estudos sobre a medição do espaço e na
discussão da forma da Terra, o estudo da física da superfície
terrestre e a descrição dos aspectos físico-espaciais. Além disso,
eles também trabalhavam nos sistemas agrícolas, técnicas de uso
do solo, relacionamento entre as cidades e o campo, relações entre
as classes sociais e entre o Poder e o povo, características naturais,
os sistemas de montanha, os rios com os seus variados regimes, a
distribuição das chuvas, a sucessão das estações do ano, dentre
outros.

1.3. A Geografia escolar e a construção da cidadania

A formação da cidadania inicia-se com a prévia formação


profissional daqueles que mediam o conhecimento (SANTOS et al,
2013), assim como, faz-se estritamente necessário que haja ?
comprometimento por parte desse profissional em formação. Neste

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contexto, Mendonça (2013, p. 21) afirma que “trabalhar com


educação implica acreditar em um projeto que enxergue as
carências sociais e, ao mesmo tempo, proponha um futuro melhor
para a maioria da população.”

Ao mesmo tempo, Mendonça (2013) critica a imagem que


atravessou décadas e ainda perdura na sociedade, de que qualquer
pessoa pode tornar-se professor. Segundo FLODEN e BUCHMAN apud
MARCELO (1999), ensinar é algo que qualquer pessoa pode fazer.
Todavia, isto não é o mesmo que ser professor. Nós, enquanto
formadores, em especial, de geografia, “devemos ter como ponto de
partida as representações e os saberes que nós, formadores,
trazemos para o espaço escolar”, levando os estudantes à
consciência do espaço e de suas contradições, despertando o
interesse pelo estudo.

Este interesse pode ser despertado de diversas maneiras, como por


exemplo, através de brincadeiras, jogos, entre outros. Também, faz-
se necessário, que tenhamos presente que a aprendizagem envolve
compreensão, pois aquilo que se aprende, sem que haja
compreensão, não é verdadeiro. Estudar os lugares sem entender os
que o envolve, não terá sentido. Ouvir o aluno nos permite conhecer
sua posição perante a sociedade, auxiliando-o na construção do
respeito com o mundo (PONTUSCHKA, 2000).

Neste sentido, a Geografia Escolar tem papel fundamental na


formação do cidadão, visto que deve potencializar a criticidade dos
indivíduos, de modo a torná-los ‘seres pensantes’, com capacidade
de construir competências que lhe permitam uma análise do real,
tornando evidentes as causas e os efeitos, a intensidade, a
heterogeneidade e, entender o contexto espacial dos fenômenos
que configuram a sociedade assim como, exercerem a cidadania
(BRABANT, 1986 e BRASIL, 1998).

Bibliografia

ARROYO, Miguel; BUFFA, Ester e NOSELLA, P. Educação e cidadania:


quem educa o cidadão? 13 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

BOM MEIHY, José Carlos S. Manual de História Oral. São Paulo: Loyola,
1996.

BORGES, Vilmar José. Mapeando a Geografia Escolar: identidades,


saberes e práticas. Uberlândia-MG: Universidade Federal de
Uberlândia, 2001.

CALLAI, Helena Copetti. A formação do profissional da Geografia.Ijuí:


UNIJUÍ, 1999.

CARLOS, Ana F. A. (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo:


Contexto, 1999.

CARVALHO, Ednéa Nascimento e VLACH, Vânia R. F. Vivenciando a


Geografia no Ensino Fundamental: a construção da cidadania. In: IX
ENCONTRO DE PRÁTICA DE ENSINO DE GEOGRAFIA: Mundo
contemporâneo, práxis educativa e ensino de Geografia, 2007.

CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. Revisitando a alfabetização para


Geografia no Ensino Fundamental. In: SHÄFFER, N. O. e outros. (Orgs.).
Ensinar e aprender Geografia. Porto Alegre: AGB, 1998.
?

67 de 80 05/05/2024, 11:36
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CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e construção de


conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.

Re: 2° Fórum de debate


by Catarina Valeriano Calieque - Wednesday, 24 April 2024, 8:11 PM

A prática didáctica-Pedagogica da Geográfia;a Geografia escolar e


a construção da cidadania.

A Geografia por ser uma ciência que estuda o espaço, local e global,
onde
os processos sociais se desenvolvem, tem fundamental importância
para contribuir com a visão de como a educação deve assumir a
formação do cidadão.
Para tanto, ao se trabalhar com essa disciplina, devemos ter claro
que o ato de
memorizar nomes, fatos e conceitos não motiva o aluno a aprender
geografia, isso gera
apenas mais um fardo de “tijolos” de conhecimento que carregam
para vida. A realidade
do aluno deve ser levada em consideração no momento da
produção/transmissão do
conhecimento geográfico, o que quer criar uma ponte entre o dia-
a-dia da escola, dos
alunos e do saber geográfico para despertar o interesse discente.
Acredita-se que práticas pedagógicas adotadas pelos professores
são
fundamentais para despertar o interesse do aluno, visto que a
motivação e o interesse
discente aumentam à medida que o mesmo se envolve com a
escola e com a sociedade,
rompendo com a tradição ainda muito presente no ensino da
Geografia, de apenas
descrevê-las. Analisar o conteúdo, gerar discussões, trazer para a
sala de aula fatos e
acontecimentos diários da sociedade são importantes
metodologias a serem
consideradas pelos professores de Geografia.
Nessa direção é possível detectar que as narrativas de nossos
colaborares estão
repletas de exemplos que desvelam concepções de ensino de uma
Geografia voltada
para o aluno e sua realidade, seu cotidiano, conforme narram
Partindo da realidade do aluno, procuro trabalhar com
metodologias de
estar atraindo a problemática local, de onde o aluno mora, e reservo
a aula
para estar levantando esse tipo de discussão. Isso pode desenvolver
a
criticidade do aluno, onde ele vai conhecer o seu meio e, a partir daí,
fomentar, desenvolver problemáticas em escalas maiores, começa
do local
para o global. (Serra-ES, 2008)
Saber que ele, enquanto aluno, faz parte de uma sociedade e essa
sociedade
está inserida dentro de um contexto histórico, possibilita ao mesmo
se ver
como sujeito transformador e, ao mesmo tempo, dá certa ?
autonomia de como

68 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

se relacionar da forma mais equilibrada possível com a sociedade,


com a
própria natureza. (Vitória-ES, 2008)
Trabalhar a partir da realidade próxima do aluno é importante, pois
o aluno
passa a transmitir o conteúdo à frente, por exemplo, para o seu
vizinho,
interagindo conhecimento e não restringindo-o entre o professor e o
aluno.

De acordo com Damiani (1999) existe uma relação intrínseca entre a


cidadania e
o espaço pois é no espaço que se tem a materialização das
relações. Acrescenta ainda
que, o indivíduo cidadão, deve participar de todos os
acontecimentos do espaço,
conhecendo-os, pois o indivíduo não deve ser meramente um
objeto e sim um sujeitomodificador, além de receptível a mudanças.
A materialização das relações sociais constitue m o que Cavalcanti
(1998)
denomina de relações de espacialidade, onde os seres humanos
constroem suas
condições de vida em sociedade. Essas relações envolvem
relacionamentos de perdas,
ganhos, relações entre membros de uma família, escola, trabalho,
países, etc., e,
portanto, envolve e requer o exercício do fazer-se/sendo cidadão.
Dessa forma, conforme preconiza Borges (2001), pode-se afirmar
que o
exercício da cidadania implica vivência de direitos e deveres dos
seres humanos em
relação a si mesmos, à sociedade e ao meio em geral e, se essa
vivência é passível de ser
localizada, territorializada, cabe à Geografia, enquanto ciência social
e saber escolar,
um importante papel na formação do cidadão.
Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo, instruindo-o a
cumprir
seus deveres e a elencar os seus direitos. É necessário ir além, é
necessário
formar a criticidade do aluno sujeito, capaz de fazer uma análise da
realidade que o cerca, dos lugares da experiência, não só reduzindo
a
experiência aos lugares e tempos próximos, como também
correlacionando-a
aos outros espaços-tempos” (BORGES, 2001, p. 86)
Para tanto, deve ser preocupação do professor não somente o
constante repasse
quantitativo de informações, superando o tão criticado conteudismo
na histórica do
ensino geográfico, como também buscar trabalhar a qualidade de
tais informações,
propiciando ao aluno transformar a informação em formação, o
conteúdo em saber e,
ainda, a utilização de tais aprendizagens em benefício próprio e do
outrem.
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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Re: 2° Fórum de debate


by Ancha Selemane Charama - Friday, 26 April 2024, 8:24 PM

Saudações Caros Participantes deste fórum.

1. Pedagógica da Geografia; a Geografia escolar e a construção da


cidadania

Os saberes ligados ao espaço geográfico, desde os primórdios da


existência da humanidade, sempre foram muito importantes. Num
primeiro momento, porque envolviam, no limite, a sobrevivência da
espécie humana, e no ensino, os conhecimentos que a disciplina de
Geografia proporciona ao aluno despertam o seu interesse e amor
pela natureza, estabelecendo relações causa-efeito dos fenómenos
tendo em vista a mudança de atitudes, desenvolvimento de
habilidades, cidadania e competências para a vida.

Assim, para trazermos as reflexões sobre como as praticas


pedagógica da Geografia escolar podem contribuir na construção
da cidadania, importa em primeiro instante conceituar os termos
cidadania e geografia escolar para interligarmos com os nossos
pontos de vistas da contribuição da geografia na construção dessa
cidadania.

1.1. Conceito de Cidadania

De acordo com Martins e Magarro (2010):

cidadania é, geralmente, entendido como“ o conjunto de


direitos e deveres do indivíduo que pertence a uma
determinada comunidade, que passa a designar-se
como cidadão. Os autores enfatizam a participação
cívica, cultural e política (na forma de voluntariado,
associativismo), como dimensões inerentes ao conceito
de cidadania e à necessidade de promoção de uma
cultura de responsabilidade individual e social (p.21).

Já na óptica de Salimo (2011) a cidadania deve ser compreendida


como:

Uma prática com alicerces numa identidade baseada no


reconhecimento de pertença a uma comunidade na
qual os indivíduos gozam dos mesmos direitos e deveres,
e possuem prerrogativas de participar e de exercer a sua
voz em torno dos deveres e obrigações que têm na
defesa de seus direitos, e na prossecução dos seus
interesses e dasua comunidade, dentro de um quadro de
direitos e deveres constitucional eculturalmente
estabelecidos (p.76).

Mediante aos raciocínios supracitados, depreende-se que cidadania


é uma condição socialque se manifesta na capacidade do indivíduo
em participar plenamente da vida política,económica e cultural de
uma sociedade, isto é, trata-se de uma condição social que permite
ao indivíduo desfrutar das oportunidades que a vida social propicia.

1.2. A geografia escolar

“A ciência geográfica se dá a partir dos questionamentos da


realidade e da produção de novas categorias, a geografia escolar
apresenta um conhecimento mais pronto, sem espaço para a
elaboração de novas teses”. (Oliveira, 2005, p.64) ?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

A Geografia escolar é um conhecimento diferente da


geografia científica, ela é pois, uma criação particular e
original da escola, que responde às finalidades
sociaisquelhe são próprias. A Geografia escolar
possibilita compreender as relações sociais,económicas,
culturais e até afectivas que acontecem no espaço. Além
disso, a conquistada cidadania e a consciência do papel
de sujeito transformador do espaço geográfico são
algumas das finalidades que a escola busca e que a
Geografia procura desenvolver (Graves, 1999).

Assim, os saberes científicos da Geografia tratam dos problemas que


a ciência deve dar a resposta, os saberes escolares se envolvem com
os resultados, a escola tem o ofício principal de preparar o estudante
para o mundo actual em constante transformação

Entende-se que a Geografia como disciplina tem como objectivo


formar cidadãos críticos e conscientes, capazes de compreender a
realidade que a cerca, sendo que esta se encontra cada vez mais
complexa devido as constantes transformações na sociedade.

Portanto Os professores podem e devem, sobretudo, promover


experiências pelas quais os alunos possam agir criativamente e
exercitar o pensamento com rigor

1.2. A Geografia escolar e a construção da cidadania

A educação é uma pré-condição para a formação do cidadão.


Porém, ao longo da história ela vem sendo usada pela burguesia e
pelo Estado a favor da lógica mercantil, submetendo as classes
menos favorecidas aos seus interesses.

A Geografia por ser uma ciência que estuda o espaço, local e global,
onde os processos sociais se desenvolvem, tem fundamental
importância para contribuir com a visão de como a educação deve
assumir a formação do cidadão.

Segundo Santos e Kahil (2007):

é no espaço geográfico que os processos sociais


ocorrem e através de seu estudo que o aluno
compreende a dinâmica dos lugares, já que o lugar não
está sozinho, mas é reflexo de um todo. As
transformações políticas, sociais, económicas e culturais
articulam-se no lugar, resultando suas particularidades
(p. 42).

As práticas pedagógicas adoptadas pelos professores são


fundamentais para despertar o interesse do aluno, visto que a
motivação e o interesse discente aumentam à medida que o mesmo
se envolve com a escola e com a sociedade, rompendo com a
tradição ainda muito presente no ensino da Geografia, de apenas
descrevê-las.

Os professores devem estabelecer relação entre a vivência dos


alunos e a geografia e isso muda de lugar para lugar. O professor
que da aula em uma região rural deve partir do princípio de estudo
da área rural, para que os alunos consigam conectar os fatos, e não
ficarem perdidos achando que a geografia é uma ciência inútil e
desvinculada, onde só se exercita a memorização. É preciso
possibilitar que os educandos criem uma percepção crítica de sua
própria realidade, desenvolvendo um senso autónomo e a ?

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2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

consciência de sua cidadania

Analisar o conteúdo, gerar discussões, trazer para a sala de aula


fatos e acontecimentos diários da sociedade são importantes
metodologias a serem consideradas pelos professores de Geografia.

Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo,


instruindo-o a cumprir seus deveres e a elencar os seus
direitos. É necessário ir além, é necessário formar a
criticidade do aluno sujeito, capaz de fazer uma análise
da realidade que o cerca, dos lugares da experiência,
não só reduzindo a experiência aos lugares e tempos
próximos, como também correlacionando-a aos outros
espaços-tempos” (Borges, 2001, p. 86)

A Geografia e seu ensino têm o papel de lutar por novos


empreendimentos que resgatem a cidadania, pois ela tem dentre
seus objectivos o estudo do espaço e a condições de espacialidades.
Para tanto o caminho a conduzir o aluno rumo à obtenção de uma
cidadania plena não pode restringir-se apenas em ajustá-lo ao meio
em que vive, pois é preciso conhecer este meio, exercitar a crítica
sobre o que acontece e reconhecer possibilidades alternativas para
os objectivos que se quer alcançar.

De acordo com Vesentini (2008, p. 7):

Segundo a Carta Internacional da Educação Geográfica,


a Geografia contribui para a promoção da cidadania
dos alunos, através da promoção e desenvolvimento de
competêncis,como a expressão verbal, numérica, icónica
e estatística. Esta ciência tem ainda uma grande riqueza
de conteúdos, uma vez que contém conhecimentos
interligados com outras disciplinas ou áreas do saber.
Tem também, um carácter transversal, pois “contribui
para Educação Internacional, Educação Ambiental e
para a Educação para o Desenvolvimento (Vesentini,
2008, p.7)

A Geografia tem grande importância na formação do cidadão, visto


que seu objecto de estudo é o espaço. Este se constitui como político,
cultural, social, como também físico. É, ao mesmo tempo, concreto e
abstracto. É, enfim, dialéctico. Portanto o espaço geográfico
pode/deve não apenas ser visto, como trabalhado como o lugar de
vivência, aproximando-se portanto do aluno e de sua realidade.
Assim, cabe à Geografia, enquanto ciência social e saber escolar, um
importante papel na formação do cidadão.

Bibliografia Consultada

Borges, V. J. (2001). Mapeando a Geografia Escolar: identidades,


saberes e práticas. Uberlândia-MG: Universidade Federal de
Uberlândia. (Dissertação de Mestrado).

Graves, N. (1985). O ensino da Geografía. (5ª ed.). Madrid: Ed.Visor.

Martins, T.H. & Magarro, Q. (2010). Cidadania, Classe Social e Status.


Porto: Edições ASA

Oliveira, A. U. (2005). Para onde vai o ensino de geografia? (9ª ed.).


São Paulo: contexto.

Salimo, P. (2011). Estudo de Base: Campanha de educação para a


?
Cidadania. (s/ed.). Moçambique: Assistência Europeia

72 de 80 05/05/2024, 11:36
2° Fórum de debate | IED https://portalied.ucm.ac.mz/mod/forum/view.php?id=236457

Santos, G. A. Dos; Kahil, S. P. (2007). Desafios no processo de ensino e


aprendizagem do lugar nas séries iniciais do ensino fundamental:
possibilidades para a formação da cidadania. Uberlândia-MG:
Universidade Federal de Uberlândia.

Vesentini, J. W. (2008). Geografia: geografia geral e do Brasil. (1ª ed.).


São Paulo: Ática

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Re: 2° Fórum de debate


by Antonio dos Santos Antonio - Saturday, 27 April 2024, 11:53 AM

1. Geografia Escolar e Construção da Cidadania1.1. Conceitos


básicos1.1.1. CidadaniaPara Martins e Magarro (2010), o conceito de
cidadania é, geralmente, entendido como“o conjunto de direitos e
deveres do indivíduo que pertence a uma determinada
comunidade, que passa a designar-se como cidadão. Os autores
enfatizam a participação cívica, cultural e política(na forma de
voluntariado, associativismo), como dimensões inerentes ao
conceito de cidadania eà necessidade de promoção de uma cultura
de responsabilidade individual e social” (p.21).Já na óptica de Salimo
(2011) a cidadania deve ser compreendida como:Uma prática com
alicerces numa identidade baseada no reconhecimento de
pertença a uma comunidade na qual os indivíduos gozam dos
mesmos direitos e deveres,e possuem prerrogativas de participar e
de exercer a sua voz em torno dos deveres eobrigações que têm na
defesa de seus direitos, e na prossecução dos seus interesses e
dasua comunidade, dentro de um quadro de direitos e deveres
constitucional eculturalmente estabelecidos (p.76).Mediante aos
raciocínios supracitados, depreende-se que cidadania é uma
condição socialque se manifesta na capacidade do indivíduo em
participar plenamente da vida política,económica e cultural de uma
sociedade, isto é, trata-se de uma condição social que permite ao
indivíduo desfrutar das oportunidades que a vida social propicia.
Geografia Escolar e Construção da CidadaniaPara Carvalho (2004),
“é preciso formar sujeitos capazes de compreender o mundo e agir
nele de forma crítica, essa intenção também poderia ser enunciada
como a formação dacapacidade de “ler e interpretar” um mundo
complexo e em constante transformação, ou seja,diagnosticar
criticamente as questões físico-naturais e humanas, e compreender
o lugar ondemoramos, é o ponto de partida para o exercício de uma
cidadania na Geografia escolar”.Deste modo, percebe-se que a
Geografia desempenha um papel importante na preparaçãodos
jovens para a vida do dia-a-dia, fornecendo-lhes uma informação
correcta sobre o mundoactual e ajudando-os a compreender, por si
mesmos, os paradoxos do lugar onde vivem e asconexões deste
com um espaço globalizado.6
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“Segundo a Carta Internacional da Educação Geográfica, a


Geografia contribui para a promoção da cidadania dos alunos,
através da promoção e desenvolvimento de competências,como a
expressão verbal, numérica, icónica e estatística. Esta ciência tem
ainda uma granderiqueza de conteúdos, uma vez que contém
conhecimentos interligados com outrasdisciplinas/áreas do saber.
Tem também, um carácter transversal, pois “contribui para
EducaçãoInternacional, Educação Ambiental e para a Educação ?

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para o Desenvolvimento” (Vesentini,2008, p.7).Alguns estudiosos vêm


tentando buscar a justificativa do grande fracasso escolar noensino
de Geografia na efectivação da cidadania hoje, e entre esses
destaca-se Castrogiovanni(2011) que afirma que:O professor
considera um aluno como um ser neutro, causando desautorização
eas consequências não podiam ser outra: O aluno que não pratica
do espaço geográficoque estuda, se o espaço não é encarado
como algo em que o homem (aluno) está inserido,a natureza que
ele próprio ajuda a moldar a verdade geográfica do indivíduo se
perde e ageografia se torna alheio a ele ( p.46).Portanto, torna-se
imprescindível fazer as aulas mais atractivas, sem deixar de envolver
oquotidiano do aluno, usando uma linguagem mais didáctica, para
que o público-alvo seja de fatoatingido e o objectivo da Geografia
alcançado. É preciso deixar de lado as aulas tradicionaisonde o
professor só expõe informações e o aluno só recebe-as. É necessário
que haja um diálogo professor-aluno, onde um possa aprender com
o outro na construção de conceitos.Os professores devem
estabelecer relação entre a vivência dos alunos e a geografia e
issomuda de lugar para lugar. O professor que da aula em uma
região rural deve partir do princípiode estudo da área rural, para que
os alunos consigam conectar os fatos, e não ficarem
perdidosachando que a geografia é uma ciência inútil e
desvinculada, onde só se exercita a memorização.É preciso
possibilitar que os educandos criem uma percepção crítica de sua
própria realidade,desenvolvendo um senso autónomo e a
consciência de sua cidadania. Na mesma lógica, Callai (1998)
introduz a ideia de que a realidade do aluno deve ser tomada como
princípio na explicação dos fenómenos, já que, “é mais fácil
organizar as7
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informações, podendo-se teorizar, abstrair do concreto, na busca de


explicações, de comparaçõese de extrapolações”.Portanto, a
Geografia tem como conceitos-chave o espaço, a distribuição de
pessoas,fenómenos relativos à superfície terrestre. A Geografia e a
educação geográfica, tem o objectivode levar os alunos a
questionar-se, a reflectir sobre as suas acções e investigar sobre
problemascom que o mundo se depara e a intervir na resolução dos
mesmos, construindo dessa forma acidadania.Torna-se
fundamental que o professor crie e planeie situações nas quais os
alunos possam conhecer e utilizar a observação, descrição,
experimentação, analogia e síntese - possibilitando aos alunos o
aprendizado e a intervenção positiva dos processos deconstrução
do espaço e dos diferentes tipos de paisagens e territórios. Assim,
podem ser empregados recursos como ilustrações, fotografias não
métricas, fotografias aéreas,imagens de satélites, gravuras e vídeos
os quais podem ser utilizados como fontes deinformação e de
leitura do espaço e da paisagem. (Oliveira, 2005, p.64)“O
conhecimento sobre como a natureza se comporta contribui para o
aluno se posicionar com fundamentos acerca de questões bastante
polémicas e orientar suas acções de forma maisconsciente e
cidadã. São exemplos dessas questões:os desmatamentos ou
desflorestamento, oacúmulo na atmosfera de produtos resultantes
da combustão, o destino dado ao lixo industrial,hospitalar e
doméstico, entre muitas outras”(Alves & Tonini, 2009, p.18). No
entanto, afere-se que a importância da Geografia prende-se pois
possibilita ao cidadãoa desenvolver o senso crítico, sua capacidade ?
de compreender e ler a realidade em seu entorno, eformular

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raciocínio geográfico que amplie as possibilidades para a resolução


de questões pertinentes ao papel da Geografia na formação de
sujeito crítico e participativo.8
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ConclusãoTendo chegado ao término do presente trabalho,
depreende-se que o ensino de GeografiaEscolar representa um
caminho para o desenvolvimento de habilidades e competências
básicas exigidas no mundo actual. E o ensino de globalização
também deve servir para isto. A compreensão deste conteúdo é
essencial para a transformação da realidade. O professor no seu
esforço de fazer compreender o aluno em sua pertença, na
organização sócio espacial subjacente-à produção do seu
conhecimento. A utilização dos conhecimentos geográficos que se
originam desses modos de apreensão do espaço é de importância
fundamental para a geografia escolar, pois a aprendizagem
geográfica se faz em torno das ideias construídas através das
relações que os alunos estabelecem com o seu espaço vivido, na
sociedade, em geral, em relação aos conteúdos curriculares
desenvolvidos na escola e aos demais. Ademais, aos professores
cabe a responsabilidade de acordar o aluno para o bom senso de
descobrir dentro de si a autoconfiança e potencialidade para o
exercício de sua cidadania, desencadeando posturas e actuações
mediante as dificuldades sócio-naturais.Contudo, importa salientar
que nenhum trabalho de cunho científico está isento de
erros,omissões e imprecisões, pelo que este não será uma excepção,
sendo deste modo susceptível de críticas e sugestões para o
melhoramento do mesmo. Segundo a Carta Internacional da
Educação Geográfica, a Geografia contribui para a promoção da
cidadania dos alunos, através da promoção e desenvolvimento de
competências,como a expressão verbal, numérica, icónica e
estatística. Esta ciência tem ainda uma granderiqueza de
conteúdos, uma vez que contém conhecimentos interligados com
outrasdisciplinas/áreas do saber. Tem também, um carácter
transversal, pois “contribui para EducaçãoInternacional, Educação
Ambiental e para a Educação para o Desenvolvimento”
(Vesentini,2008, p.7).Alguns estudiosos vêm tentando buscar a
justificativa do grande fracasso escolar noensino de Geografia na
efectivação da cidadania hoje, e entre esses destaca-se
Castrogiovanni(2011) que afirma que:O professor considera um aluno
como um ser neutro, causando desautorização eas consequências
não podiam ser outra: O aluno que não pratica do espaço
geográficoque estuda, se o espaço não é encarado como algo em
que o homem (aluno) está inserido,a natureza que ele próprio ajuda
a moldar a verdade geográfica do indivíduo se perde e ageografia
se torna alheio a ele ( p.46).Portanto, torna-se imprescindível fazer
as aulas mais atractivas, sem deixar de envolver oquotidiano do
aluno, usando uma linguagem mais didáctica, para que o público-
alvo seja de fatoatingido e o objectivo da Geografia alcançado. É
preciso deixar de lado as aulas tradicionaisonde o professor só
expõe informações e o aluno só recebe-as. É necessário que haja
um diálogo professor-aluno, onde um possa aprender com o outro
na construção de conceitos.Os professores devem estabelecer
relação entre a vivência dos alunos e a geografia e issomuda de
lugar para lugar. O professor que da aula em uma região rural deve
partir do princípiode estudo da área rural, para que os alunos
consigam conectar os fatos, e não ficarem perdidosachando que a
geografia é uma ciência inútil e desvinculada, onde só se exercita a ?
memorização.É preciso possibilitar que os educandos criem uma

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percepção crítica de sua própria realidade,desenvolvendo um senso


autónomo e a consciência de sua cidadania. Na mesma lógica,
Callai (1998) introduz a ideia de que a realidade do aluno deve ser
tomada como princípio na explicação dos fenómenos, já que, “é
mais fácil organizar as informações, podendo-se teorizar, abstrair do
concreto, na busca de explicações, de comparaçõese de
extrapolações”.Portanto, a Geografia tem como conceitos-chave o
espaço, a distribuição de pessoas,fenómenos relativos à superfície
terrestre. A Geografia e a educação geográfica, tem o objectivode
levar os alunos a questionar-se, a reflectir sobre as suas acções e
investigar sobre problemascom que o mundo se depara e a intervir
na resolução dos mesmos, construindo dessa forma
acidadania.Torna-se fundamental que o professor crie e planeie
situações nas quais os alunos possam conhecer e utilizar a
observação, descrição, experimentação, analogia e síntese -
possibilitando aos alunos o aprendizado e a intervenção positiva dos
processos deconstrução do espaço e dos diferentes tipos de
paisagens e territórios. Assim, podem ser empregados recursos
como ilustrações, fotografias não métricas, fotografias
aéreas,imagens de satélites, gravuras e vídeos os quais podem ser
utilizados como fontes deinformação e de leitura do espaço e da
paisagem. (Oliveira, 2005, p.64)“O conhecimento sobre como a
natureza se comporta contribui para o aluno se posicionar com
fundamentos acerca de questões bastante polémicas e orientar
suas acções de forma maisconsciente e cidadã. São exemplos
dessas questões:os desmatamentos ou desflorestamento,
oacúmulo na atmosfera de produtos resultantes da combustão, o
destino dado ao lixo industrial,hospitalar e doméstico, entre muitas
outras”(Alves & Tonini, 2009, p.18).
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Re: 2° Fórum de debate


by Arcanjo Artur - Saturday, 27 April 2024, 4:12 PM

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia

No livro didático. No que concerne a utilização do livro didático de

Geografia Castrigiovanni (2003, p.131). destacam que:

O livro didático frente às atuais condições de trabalho do professor


de Geografia torna-se cada vez mais um instrumento, senão
indispensável, pelo menos necessário, como

complemento às atividades didático-pedagógicas, devendo ser


utilizado apenas como um dos recursos entre tanto disponíveis.

De acordo com Busato, (2001) afirma que no âmbito da disciplina de


Geografia, existem muitos materiais disponíveis para os alunos e
professores que podem ser utilizados como ferramentas didáticas,
para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de aula.

Para tentar resolver esta problemática as abordagens atuais da


Geografia têm buscado políticas pedagógicas que permitam
apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo
?
fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que

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os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas


a seu respeito. Para tanto, é fundamental que o professor crie e
planeje situações nas quais os alunos possam conhecer e utilizar
esses procedimentos. Desta forma, depreende-se que compete ao
professor e, sobretudo as práticas que este desenvolve em sala de
aula para que tal propósito seja alcançado.

A prática didáctica – Pedagógica da Geografia, implica a utilização


de transparências, vídeos, jornais, revistas e músicas são
importantes instrumentos para a fixação de conteúdos.

• Incentivos à leitura, uma vez que a mídia tomou o lugar da mesma,


e realização de trabalhos Dirigidos em Grupo.

• O provimento de aulas de campo, conhecidas como atividade


extra-classe, fornece um grande potencial para a aprendizagem,
pois se trata da prática, do real, da experiência.

A prática didáctico-pedagógica da Geografia escolar segue um


modelo curricular fragmentado e conteudístico, permeado de
práticas centralizadoras do saber e do fazer educativo. Essa
manifestação, expressão funcional de um arbitrário cultural, próprio
de determinados grupos, assegura um processo educativo anti-
histórico e vicioso que não consegue atingir as vicissitudes da lógica
da territorialidade do lugar construído pelos sujeitos que o cercam.

A Geografia escolar e a construção da cidadania

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania


através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa
escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas.
Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para o
ensino da Geografia e para a construção da cidadania. Algumas
dessas práticas Segundo Santos, e Busato, (2021),

De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui


para a formação da cidadania através da prática de construção e
reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam
a capacidade de crianças e jovens compreenderem o mundo em
que vivem e atuam, numa escola organizada como um espaço
aberto e vivo de culturas. O exercício da cidadania na sociedade
atual, por sua vez, requer uma concepção, uma experiência, uma
prática - comportamentos, hábitos, ações concretas de cidade.

A Geografia deve proporcionar situações de aprendizagem voltadas


para a realidade dos estudantes, articulando-se com os conteúdos
específicos para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Este
estudo objetiva-se a compreender como a Pedagogia da
Alternância, através de seus Elementos Pedagógicos, pode servir de
dinamismo na disciplina de Geografia, estabelecendo uma análise a
partir da relação espaço/tempo que envolve escola, família e
comunidade.

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Conforme Molina (2009, p.14) a escola pode ser um lugar privilegiado


de formação, de conhecimento e cultura, valores e identidades das
crianças, adolescentes, jovens e adultos. Não para fechar-lhes
horizontes, mas para abri-los ao mundo desde o campo, ou desde o
chão em que pisam. Desde suas vivências, sua identidade, valores e
culturas, abrir-se ao que há de mais humano e avançado no
mundo.

A pedagogia da alternância permite que os conteúdos de ensino da


Escola Família Agrícola sejam verdadeiramente vinculados ao meio
de vida do aluno. A família, a propriedade não é apenas o lugar
onde o aluno vai colocar em prática as suas experiências escolares,
mais é o lugar onde o aluno vai incorporar ao seu trabalho as
interrogações e as preocupações levantadas nas reflexões feitas na
escola. A família e/ou meio sócio profissional, é reconhecido pela
pedagogia da alternância como lócus de formação do educando, é
nela, a partir do trabalho de seu meio que emergirão os
questionamentos que necessitarão de aprofundamento na escola
ou nos espaços de

estágio.

Na minha optica as práticas didáticas pedagógicas que podem ser


utilizadas no ensino de Geografia para a construção da cidadania. O
importante é que o ensino seja voltado para a promoção do
pensamento crítico e participação social dos alunos, visando a
formação de cidadãos conscientes e comprometidos com o mundo
em que vivem.

Referências bibliográficas

MATTOS, L,A. (1967). Sumario de didática geral. Rio de Janeiro: Aurora.

Zizemer, J. S. (2006). A construção da cidadania na escola pública:


avanços e dificuldades. Passo Fundo.

Deon, A. R., & Callai, H. C. (2018). A educação escolar e a geografia


como possibilidades de formação para a cidadania. Revista
Contexto & Educação, 33(104);

Campos, A. C. (2010). Metodologia do ensino de geografia. São


Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD.

Santos, A. M. D., & Busato, R. E. (2021). A didáctica e o ensino da


geografia: um olhar sobre a prática docente e a aprendizagem.
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Re: 2° Fórum de debate


by Anchia Juma Ernesto - Saturday, 27 April 2024, 9:16 PM

PRÁTICA - DIDÁCTICA DA GEOGRAFIA

Sabemos que uma prática pedagógica voltada para a valorização


do aluno, e por essa entende-se ações desenvolvidas por
profissionais da educação nas escolas, com o propósito educativo
e/ou formativo, que depende de vários condicionantes, como o
salário, a infra-estrutura do ambiente de trabalho do professor, sua ?

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carga horária, entre outros, porém, uma boa formação aos futuros
professores já é um passo para a melhora do ensino da Geografia
no ensino básico (SAVIANI, 2009).
Dessa forma, a prática pedagógica pode favorecer e legitimar o
consentimento dos dominados de que as coisas são assim e assim
mesmo devem continuar sendo; ou contribuir para a origem de
transformações por meio de questionamentos e críticas a esta
ordem. “É por isso que é necessário romper com a lógica do capital
se quisermos contemplar a criação de uma alternativa educacional
significativamente diferente” (MÉSZÁROS, 2008, p. 27).
ALVES (2012) afirma que toda ação pedagógica, quando consciente,
possibilita ao profissional reconhecer o seu potencial de exercício
sociopolítico em sala de aula, promovendo o aspecto social da
educação. Sendo assim, deve fundamentar o porquê de o ensino
estar sendo realizado, com a finalidade de proporcionar ao
estudante motivações de aprendizagem, dando-lhe as ferramentas
necessárias para que ele seja capaz de contribuir de forma
construtiva para a sua evolução.

A Geografia escolar e a construção da cidadania

Atualmente, a formação docente tem sido foco de debates e


pesquisas em encontros acadêmicos em que se inserem os
professores de Geografia. A formação da cidadania inicia-se com a
prévia formação profissional daqueles que mediam o
conhecimento, assim como faz-se estritamente necessário que haja
comprometimento por parte desse profissional em formação,
(SANTO, 2013).
Segundo COSTA e IANNI (2018), a Geografia escolar, que possui papel
fundamental na formação do cidadão, deve fazer com que os
indivíduos se tornem “seres pensantes”, capazes de construir
competências que permitam a análise do real, a partir da exposição
das causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e entender o
contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade.
A Geografia enquanto disciplina escolar, se insere nessa nuance de
novas leituras do espaço geográfico perante a dinamicidade do
Ensino Básico, na qual demanda outros olhares sobre o processo de
ensino e aprendizagem que não nega as abordagens que
estruturaram sua organização metodológica, mas que impõem
singularidades nessa concepção de ver e se enxergar no mundo.
Então, para que haja essa melhora do ensino nas escolas, as
atenções devem se voltar para a própria formação do professor de
Geografia, que será responsável em trazer a seus educandos na
educação básica, os conceitos geográficos, fazendo com que eles
consigam interpretar o mundo a sua volta como seres atuantes e
críticos.
É mais do que necessário que no processo de ensino e
aprendizagem da Geografia quotidianamente se possa contemplar
a emergência de uma realidade mais justa, pelos novos significados
que se constroem na vida dos sujeitos.
Alfabetizar o aluno, ensinando-o a ler a realidade e a situar-se nela,
bem como estar no mundo de forma consciente, é uma forma de se
conhecer como ser social e construtor do seu espaço, pois é pela
apropriação do espaço nas materializacoes diversas e de todas as
ordens, próximas ou distantes, que poderemos trensforma-lo e
dispor de uma qualidade de vida no concernente a cidadania.

Referencias
ALVES, G. L. (2012). Organização do trabalho didático: a questão ?
conceitual. Acta Scientiarum Education, Maringá, v. 34

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CAVALCANTI, Lana de Souza. (2008) Geografia, Escola e Construção


do Conhecimento. Campinas: Editora Papirus
COSTA, M.I.S., e IANNI, A.M.Z. (2018). O conceito de cidadania. In:
Individualização, cidadania e inclusão na sociedade
contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC,
MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. Tradução Isa
Tavares. 2ª. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.
SANTO, K. B., (2013). Globalização no Ensino de Geografia e
Intervenção Pedagógica na Escola de Ensino Fundamental
SAVIANI, D. (2009). Formação de professores: aspectos históricos e
teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de
Educação.
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