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“Nem tudo que reluz é

ouro”: a economia da
Mineração na América
Portuguesa
Desde a carta de Pero Vaz de Caminha, em
1500, os portugueses procuraram por ouro
e outros metais preciosos em sua nova
colônia Novo Mundo. Embora fossem
encontradas pequenas lavras em São Paulo
e em outras partes do território, foi apenas
no final do século XVII que os bandeirantes
encontraram jazidas de ouro
suficientemente importantes para
desencadear uma nova fase da economia
colonial.
O mito do Eldorado fez com que muitos
entrassem no interior do continente em
busca da famosa região em que as
montanhas eram de ouro e prata.
Quando houve a descoberta dos veios de
ouro em Minas Gerais, a notícia logo se
espalhou, atraindo para o interior do
continente milhares de pessoas tanto do
Brasil quanto de Portugal. Este fato gerou
um fenômeno urbano e de imigração
inédito na Colônia.
Principais
regiões
mineradoras da
América
Portuguesa
Carlos Julião.
Mina de
Ouro. Séc. XVIII.
Aquarela. Biblioteca
Nacional do Rio de
Janeiro
Carlos Julião. Extração
do diamante.
Século XVIII.
Aquarela. Biblioteca
Nacional
O depoimento do Padre
André João de Antonil sobre
a corrida do ouro no início
do século XVIII.
A densidade demográfica na região das Minas
Gerais gerou inflacionamento dos produtos e
crises de fome.
Ouro Preto, capital da Capitania de Minas
Gerais, símbolo do auge da mineração do ouro.
Diamantina, principal núcleo urbano do
Distrito dos Diamantes.
A Coroa portuguesa foi extremamente rígida com a
fiscalização dos impostos sobre o ouro e do
diamante. A produção aurífera pesada o imposto
do Quinto (20% de tudo que fosse extraído
pertencia ao Rei). Os diamantes era monopólio
Real, portanto, 100% da produção pertencia ao Rei
de Portugal.
A circulação de ouro em pó era proibida, daí a
necessidade de instalar as Casas de Fundição para
que o ouro fosse derretido e “quintado”.
Insatisfações com tal medida explodiu em 1720
com a Sedição de Vila Rica, tendo como resultado
a execução sumária do seu líder, Felipe dos Santos.
A coroa estabeleceu
uma série de medidas
para controlar a
extração do ouro e
do diamante
Afim de evitar o contrabando do metal, a coroa
portuguesa ordenou a instalação das Casas de Fundição
em Minas Gerais. A medida, embora não acabasse com
o contrabando, garantia o pagamento do imposto do
Quinto do Ouro (20% sobre o ouro extraído)
Embora o ouro fosse
oficialmente fundido,
parte do produto continuou
a ser contrabandeado em
pó ou em pepitas.
As ordens religiosas regulares foram
proibidas de entrarem no território de Minas
Gerais. Este fato fez com que os leigos
ficassem à frente das chamadas Ordens
Terceiras, responsáveis pelo culto católico e
pela vida religiosa na região mineradora. Daí
se explica a quantidade de templos nas vilas
e arraiais de Minas Gerais. Esta atividade
deu origem a uma grande expressão artística
que ficou conhecida como “Barroco
Mineiro”
Mestre Athayde (1762-1830)
Sobressai na obra do Mestre Athayde a tridimensionalidade das
pinturas dos forros das igrejas. (Forro da Igreja de S. Francisco de
Assis, Ouro Preto.)
Detalhe da
tridimensionalidade
do
forro da nave da Igreja
de S. Francisco de
Assis. Ouro Preto.
Aleijadinho (c.1738-1814)
Aleijadinho.
Fachada da Igreja de
S. Francisco de Assis.
São João del Rey.
Portada da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Sabará.
Adro do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. Congonhas,
MG.
Detalhe do Profeta Ezequiel.
Santuário de Bom Jesus de
Matosinhos. Congonhas, MG.

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