2 EDIF Primeiro Reinado Regência e Imperialismo

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Data de entrega: Professor: Laio Classe:


Aluno(a): Nº.

Conhecimento: Primeiro Reinado, Regência; e Imperialismo


Competências: compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação e de produção de espaços físicos e as relações
da vida humana com a paisagem, em seus desdobramentos políticos, culturais, econômicos e humanos.
Habilidades: compreender fenômenos; resolução dos problemas; Formação do argumento histórico. Identificar elementos e processos
culturais que representam mudanças ou registram continuidades/permanências no processo social.
Instruções: Resolução individual e sem consulta; preencher o gabarito a caneta azul ou preta.

1)Leia o texto para responder à questão: 3)Considere o texto da historiadora Maria de Fátima Gouvêa sobre o
A África só começou a ser ocupada pelas potências período das regências no Brasil (1831-1840).
europeias exatamente quando a América se tornou independente, O Ato Adicional de 1834 transformou os Conselhos Gerais das
quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas Províncias em assembleias legislativas provinciais, tendo ainda
de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais ampliado o número de representantes provinciais reunidos no
dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados âmbito do legislativo provincial, ficando essas assembleias
consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de encarregadas de auxiliar os presidentes de província na gestão
colonialismo, implantado na África a partir do final do século XIX [...]. administrativa sob sua jurisdição.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) GOUVÊA, M. F. O império das províncias. Rio de Janeiro, 1822-1889.
O “novo tipo de colonialismo”, mencionado no texto, tem, entre suas Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 19.
características, A medida descrita pelo texto possui, explicitamente, um perfil
a) a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências a) autoritário e absolutista
europeias, associada à realização de expedições científicas de b) federalista e regressista
exploração do continente africano. c) descentralizador e liberal
b) a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemonia norte- d) democrático e socialista
americana no comércio internacional e retomar posição de liderança e) centralizador e liberal.
na economia mundial. 4)O Brasil agora é feito para a democracia, ou para o despotismo –
c) o esforço de criação de um mercado consumidor global, sem errei em querer dar-lhe uma monarquia constitucional. Onde está
hierarquia política ou prevalecimento comercial de um país ou uma aristocracia rica e instruída? Onde está um corpo de
continente sobre os demais. magistratura honrado e independente? E que pode um clero imoral
d) a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para ampliar e ignorante, sem crédito e sem riqueza? Que resta pois?
a mão de obra disponível nas colônias remanescentes na América e (José Bonifácio de Andrada e Silva)
em ilhas do Oceano Pacífico. A sociedade civil tem por base primeira a justiça, e por fim principal a
e) o estabelecimento de alianças políticas entre líderes europeus e felicidade dos homens. Mas que justiça tem um homem para roubar
africanos, que favorecessem o avanço militar dos países do Ocidente a liberdade de outro homem e o que é pior, dos filhos deste homem,
europeu na Primeira Guerra Mundial. e dos filhos destes filhos? (José Bonifácio de Andrada e Silva)
2)A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente (Adriana Lopes e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: Uma
desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito Interpretação)
iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária Os textos revelam posições de José Bonifácio de Andrada e Silva,
justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que constituinte reformista e monarquista constitucional, que
“naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os apresentou o projeto mais importante e radical a respeito da abolição
“selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da do tráfico e da escravidão.
civilização ocidental. (Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: Quanto às ideias contidas nos textos e ao cenário da Assembleia
visita à história contemporânea, 2005.) Constituinte de 1823 é correto assinalar:
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da a) O projeto de Constituição apresentado por Antônio Carlos de
África no século XIX eram Andrada, irmão de José Bonifácio, foi promulgado com apoio
a) desdobramentos do pensamento ilustrado, que valorizava a unânime da Constituinte;
liberdade e a igualdade social e de natureza. b) O projeto de Constituição, apelidado de “Constituição da
b) manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e Mandioca”, desagradou a D. Pedro I e, por isso, ele recorreu à força
o domínio europeus sobre o continente africano. para fechar a Constituinte;
c) baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a transmissão c) Os jornais A Sentinela e Tamoio, vinculados aos irmãos Andrada,
genética de características fisiológicas e intelectuais adquiridas. conseguiram consagrar na Constituição de 1824 os planos de abolição
d) validadas pela defesa darwinista do direito dos superiores se do tráfico e da escravidão;
imporem aos demais seres vivos. d) Os textos revelam a satisfação de José Bonifácio, bem como sua
e) sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava as comunhão de ideias e projeto com a aristocracia rural;
diferenças culturais dos diversos povos como positivas e necessárias. e) Os textos revelam o projeto de incluir na Constituição o direito de
preservação da escravidão, pilar da sociedade civil no Brasil.
5)Foram os próprios liberais que defenderam a nomeação do Portugal e o Brasil. Neste contexto, a elite do Sudeste impulsionava a
presidente da província pelo governo central, de modo que agitação revolucionária no Brasil.
garantisse a articulação das partes em um todo dirigido pelo governo c) A partir do século XVIII, com a invasão napoleônica na Espanha, os
do Rio de Janeiro. O que a experiência em 1831 ensinou à elite chapetones se fortaleceram e passaram a controlar as juntas
brasileira é que a autonomia regional tinha de conviver com um governativas dos vice-reinos da América Espanhola, mesmo com as
controle mais rígido do governo central para manter a ordem interna. divergências existentes entre os membros dessa elite.
(Miriam Dolhnikoff. “Elites regionais e a construção do Estado d) Após seu processo de independência, o Brasil torna-se a única
Nacional”. Brasil: formação do Estado e da Nação, 2003. Adaptado.) monarquia da América Latina, tendo em vista que os demais países
O excerto refere-se às consequências da experiência política independentes da América Espanhola adotaram a república como
inaugurada na história brasileira em 1831 e que resultou em forma de governo.
a) fechamento do Poder Legislativo e adoção do Poder Moderador. 8)A transferência da família real tornou realidade não apenas o
b) projetos de recolonização do Brasil e imposição do absolutismo propósito político de alguns inconfidentes de Minas, como também
monárquico. contemplou um de seus objetivos econômicos, comum aos
c) rivalidades entre grupos dominantes e rebeliões populares. inconfidentes da Bahia. (Luiz Carlos Villalta. 1789-1808: o império
d) dissolução do poder central e consolidação de repúblicas regionais. luso-brasileiro e os brasis, 2000. Adaptado.)
e) enfraquecimento militar do Estado e início da propaganda No texto, exemplificam o “propósito político” e um dos “objetivos
abolicionista. econômicos”, respectivamente,
6)Em 15 de fevereiro de 1822, terminava a efêmera ilusão de a) o Brasil como sede do império português e o fim do monopólio
autonomia colonial vivida pelos baianos. Nesta data chegou a comercial.
Salvador uma carta régia que promovia o coronel português Ignácio b) a extinção do absolutismo monárquico e o aumento dos salários
Luiz Madeira de Mello, nomeando-o para o comando das armas e em geral.
colocando-o sob a autoridade direta de Portugal. A junta baiana não c) a independência em relação à metrópole e a abolição do
havia sido consultada ou sequer informada sobre o assunto. Em 19 escravismo.
de fevereiro de 1822, estourou um conflito entre tropas nacionais e d) a instalação de uma república e a adoção de medidas
portuguesas. Os soldados lusos atacaram objetivos militares e civis. industrializantes.
Invadiram o convento da Lapa em busca de franco-atiradores e aí e) o processo de unificação do Brasil e a diminuição de impostos e
assassinaram a abadessa Joana Angélica. Ao fim, no dia 2 de julho de taxas.
1823, as tropas brasileiras que derrotaram os portugueses entraram 9)"A superioridade da indústria inglesa, em 1840, não era desafiada
triunfantes em Salvador, até então ocupada por forças adversárias. por qualquer futuro imaginável. E esta superioridade só teria a
(Adaptado de João José Reis, "O jogo duro do Dois de Julho: o 'Partido ganhar, se as matérias-primas e os gêneros alimentícios fossem
Negro' na independência da Bahia'", in J. J. Reis e Eduardo Silva (org.), baratos. Isto não era ilusão: a nação estava tão satisfeita com o que
Negociação e conflito. São Paulo, Companhia das Letras, 1989, p. 79.) considerava um resultado de sua política que as críticas foram quase
Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar silenciadas até a depressão da década de 80." (Joseph A. Schumpeter,
que: "HISTÓRIA DA ANÁLISE ECONÔMICA")
a) a independência do Brasil de Portugal, declarada em 1822, pode Desta exposição conclui-se por que razão a Inglaterra adotou
ser caracterizada como um processo pacífico. decididamente, a partir de 1840, o:
b) o movimento que culminou no 2 de julho, na Bahia, explicita a a) isolacionismo em sua política externa.
dimensão conflituosa do processo de independência do Brasil. b) intervencionismo estatal na economia.
c) os líderes da Revolta dos Alfaiates (ou Conjuração Baiana) c) capitalismo monopolista contrário à concorrência.
acreditavam que a permanência dos laços entre Bahia e Portugal d) agressivo militarismo nas conquistas de colônias ultramarinas.
seria mais vantajosa para eles. e) livre-comércio no relacionamento entre as nações.
d) a Revolta dos Malês influenciou os conflitos do 2 de julho, ao dividir
as elites baianas proprietárias de escravizados. GABARITO
Os processos de independências dos países da América foram
marcados por lutas sociais e projetos diversos. A ideia de liberdade 1 2 3 4 5 6 7 8 9
estava atrelada aos objetivos dos distintos atores envolvidos na luta
para desvencilhar-se dos colonizadores europeus. Considerando os
processos de independências do Brasil e dos países da América
Espanhola, ocorridos no século XIX, e os grupos envolvidos é
CORRETO afirmar.
a) No contexto das lutas de independência na América do Sul, o nome
de Simón Bolivar se destaca por ter liderado os exércitos que
combateram os espanhóis no Chile, Equador, Paraguai e Bolívia,
defendendo a criação de países independentes entre si.
b) No caso do Brasil, o processo de independência foi resultado de
uma série de transformações enfrentadas a partir do Período Joanino
e agravadas pela Revolução Liberal do Porto que, entre outras
exigências, desejava reestabelecer o monopólio comercial entre

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