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INTRODUÇAO

A condutividade térmica é uma propriedade de transporte que fornece uma indicação da taxa na
qual a energia é transferida pelo processo de difusão. Ela depende da estrutura física da matéria,
atômica e molecular, que está relacionada à fase da matéria. Em geral, a condutividade térmica
de um sólido é maior do que a de um líquido, que, por sua vez, é maior do que a de um gás . A
transferência de calor é menos efetiva nos fluidos (líquidos e gases), pois estes, em relação aos
sólidos, exibem maior espaçamento intermolecular e o movimento de suas moléculas é mais
aleatório.. Tanto nos líquidos quanto nos gases, quando um gradiente de temperatura é imposto,
pode ocorrer escoamento natural do fluido devido às forças de empuxo originadas pelas
diferenças de massa específica.
A energia transferida através do escoamento do fluido, combinada com aquela transferida pela
condução, compõe o modo de transferência de calor denominado convecção natural. Para se
medir a condutividade térmica de um fluido, é necessário evitar a formação da convecção, bem
como os efeitos da radiação. Contudo, eliminar completamente os efeitos da convecção nos
fluidos não é uma tarefa simples, o que faz com que as medições de condutividade térmica
nestes materiais sejam mais difíceis do que as dos solidos
Propriedades termicas de rochas comuns
. Condutividade termica
Acondutividade termica de uma rocha e condicionada pela condutividade termica dos mine rais
que a compoe. Essa propriedade regula a quantidade de calor possvel de ser transmitida por
unidade de tempo atraves de uma superfcie sob determinado diferencial de tempera tura. A
condutividade termica expressa a habilidade de um material em conduzir calor, ou seja,
materiais com condutividade termica alta sao bons condutores de calor e condutividade baixas
caracterizam os materiais designados como isolantes. O parametro K e de grande importancia
no estudo do transporte de calor na crosta terrestre; ele controla o uxo de calor em camadas
individuais da crosta sob condicoes estacionarias como tambem determina a escala de tempo
para os processos transientes tal como o esfriamento de corpos intrusivos. Acondutividade
termica varia em algumas ordens de grandeza para diferentes materiais na natureza.

Condutividade termica, Difusividade termica

O calor que penetra na base da crosta terrestre vindo do interior da terra mais o calor produzido
na propria crosta constituem o fluxo de calor na superfıcie. Na crosta, o calor e transportado
principalmente por conducao que e o processo pelo qual a energia ´e transportada ao longo do
solido pelas vibracoes dos ´atomos e moleculas na estrutura dos minerais.Se num dado ponto do
espaco existe um gradiente de temperatura diferente de zero, entao ocorrem processos de
equiıbrio que contribuem para a diminuicao desse gradiente, contantoque nesse ponto nao
existam fontes adicionais de calor ou absorcao. Durante o processo de equilıbrio o fluxo de
calor ´e transportado seguindo principalmente na direcao do gradientede temperatura. Este fluxo
de energia, normalizado em relacao ao tempo e area,´e chamado de densidade de fluxo de calor.

A condutividade termica e uma propriedade petrofsica do material e pode ser definida como a
habilidade de um material em conduzir calor. Para materiais anisotropicos (por exemplo,
minerais formadores de rocha como quartzo, feldspato, e mica) a condutividade termica e um
tensor e, neste caso, o fl uxo de calor nao se alinha obrigatoriamente com o gradiente termico.
Para cristais isotropicos (por exemplo, minerais com simetria cristalina cubica como granada,
sal-gema e galena) a condutividade termica pode ser reduzida a um escalar, pois apenas os
componentes K11, K22, K33 do tensor K sao diferentes de zero e tem o mesmo valor. Um
corpo com estas propriedades e chamado isotropico, entretanto, muitos minerais formadores de
rochas tal como quartzo, feldspato, e mica sao anisotropicos
Medida de Condutividade termica
A condutividade termica duma rocha depende nao apenas de sua composicao mineralogica, tipo
e quantidade de uidos no seu interior, densidade e porosidade (Clauser e Huenges, 1995), mas
tambem da temperatura, pressao e condicoes de anisotropia. A condutividade termica pode ser
avaliada por dados indiretos, como composicao mi neralogica. Assim, uma condutividade
maxima pode ser calculada atraves do valor da media aritmetica ponderada

Fatores que influenciam a condutividade


Como dito anteriormente, podemos ver que seu valor depende diretamente do material
em questão. A seguir, vamos citar outros fatores que influenciam na condutividade
térmica.
 Tipo de material: Materiais diferentes têm condutividades térmicas diferentes. Por
exemplo, metais tendem a ter alta condutividade térmica, enquanto isolantes têm baixa
condutividade térmica. 2. *
 Temperatura: A condutividade térmica geralmente varia com a temperatura. Em
alguns materiais, a condutividade térmica aumenta com o aumento da temperatura,
enquanto em outros diminui.

 Estrutura cristalina: A estrutura atômica de um material pode afetar sua condutividade


térmica. Por exemplo, materiais com estrutura cristalina ordenada tendem a ter melhor
condutividade térmica do que materiais amorfos.

 Impurezas e defeitos: A presença de impurezas, defeitos ou interfaces dentro de um


material pode reduzir sua condutividade térmica, interrompendo o fluxo de calor.

 Densidade: Em alguns materiais, a densidade está relacionada à condutividade térmica.


Por exemplo, em sólidos, quanto maior a densidade, geralmente maior a condutividade
térmica.
 Umidade: A presença de umidade em alguns materiais pode afetar sua condutividade
térmica, aumentando ou diminuindo dependendo do material. Esses são apenas alguns
dos principais fatores que influenciam a condutividade térmica de um material, e a
interação entre eles pode ser complexa e variar dependendo do tipo de material e das
condições específicas.
Condutividade elétrica
Nos metais, a condutividade térmica está relacionada com a condutividade elétrica de
acordo com a uma vez que os elétrons de condução, além de possibilitarem a corrente
elétrica, transferem também energia térmica. No entanto, a correlação entre a condutância
elétrica e a térmica só vale para metais, devido a forte influência dos elétrons no processo
de transferência de eletricidade e dos fônons no processo de transferência de energia
térmica.

Convecção

O ar e outros gases, na ausência de convecção, geralmente são bons isolantes térmicos. Por isso,
muitos dos materiais são isolantes por apresentarem poros que permitem o armazenamento de
gases contudo impedem a convecção em grande escala. Exemplos destes materiais incluem
polímeros porosos como o isopor, e o aerogel de sílica. Outros isolantes naturais são os
biológicos, tais como pelos e penas, que protegem as peles dos animais contra agentes externos.
As peles que possibilitam a produção de couro são também excelentes isolantes térmicos

As cerâmicas são utilizadas nos sistemas de escape para evitar que haja calor sobre
componentes a esse sensíveis. Gases pouco densos, como hidrogênio e hélio, normalmente têm
condutividade térmica mais acentuada. Já gases densos como xenonio e diclorodifluorometano
apresentam baixa condutividade térmica. Uma exceção é o hexafluoreto de enxofre, um gás
denso com alta condutividade térmica, devido à sua capacidade térmica elevada. Argônio é um
gás mais denso que o ar, e frequentemente é utilizado para preencher o interior de janelas com
vidros duplos a fim de melhorar suas características de isolamento térmico.
PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES DE PROCESSOS TÉRMICOS PARA
REMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS

processos térmicos têm sido cada vez mais aplicados mundialmente para a re-
mediação de áreas contaminadas. O tratamento térmico, in situ ou ex situ, baseia-se
na elevação da temperatura do solo e da água subterrânea visando a degradação do
contaminante ou a sua transferência para a fase vapor, facilitando sua extração.
Existem diversas formas de aquecimento, sendo a condução de calor, o aquecimento
por resis-tência elétrica e a injeção de vapor os métodos mais utilizados. A
remediação térmica pode ser utilizada em áreas com concentrações elevadas de
contaminantes dissolvidos e até mesmo em fase separada (NAPLs), além de ser
aplicável em diferentes litologias.Diversas técnicas baseadas em processos fí-sicos,
químicos e biológicos foram desenvolvidas para a remediação dessas áreas.

processos térmicos
Conhecida como remediação térmica que consiste na elevação da temperatura do
solo e da água subterrânea com o objetivo de aumentar a taxa de remoção ou
promover a destruição dos con-taminantes. A remediação por processos térmicos
pode ser classificada como in situ ou ex situ , sendo a principal diferença en-tre elas
o local onde a matriz contaminada é trata-da. Nos processos in situ, o aquecimento
ocorre di-retamente em subsuperfície, enquanto nos proces-sos ex situo solo é
removido e tratado em células ou outros dispositivos de tratamento. A escolha da
técnica a ser empregada depende das característi-cas dos contaminantes,
principalmente da tempe-ratura de ebulição, e das características do meio, como
geologia e hidrogeologia Muitos dos processos de remediação térmica têm sua
origem na indústria do petróleo, como é o caso da Injeção de Vapores e o
Aquecimento por Resistência Elétrica .

Aquecimento por condução térmica


Uma das técnicas de remediação térmica mais importante é a de aquecimento por
condução térmica .
A técnica consiste na aplicação si-multânea de calor e vácuo em subsuperfície
através de mantas de calor ou poços de aquecimento e vá-cuo. A operação do
sistema ocorre em temperaturas máximas que podem variar de 540 a 900 °C, sen-do
capaz de degradar uma ampla série de compos-tos orgânicos As mantas térmicas são
aplicadas em áreas onde a contaminação não atingiu profundidades superiores a 1 m,
sendo em geral instaladas cobrindo toda a extensão da contaminação.
Segundo o proces-so de TCH através de mantas térmicas consiste, basicamente, em
sistema de aquecedores acoplados a um forno contínuo e uma camada isolante para
reduzir as perdas de calor. O calor gerado pelos aquecedores é difundido pelo solo,
aquecendo e mobilizando os contaminantes, enquanto o vapor é coletado por meio
de sistema de vácuo.

A condução de calor também pode ser aplica-da em maiores profundidades através


de poços ver-ticais de aquecimento Esses poços consistem em um tubo, geralmente
de aço inoxidável, com o elemen-to responsável pelo aquecimento suspenso em seu
interior, posicionado diretamente no solo (poço de aquecimento), ou dentro de um
tubo ranhurado. Os poços são responsáveis por aquecer o solo a seu re-dor e coletar
os vapores gerados pelo processo de mediação. Geralmente esses poços são
posicionados nas porções mais contamina-das da área a ser remediada, de forma
triangular, formando hexágonos, onde no centro de cada hexá-gono são instalados
poços de aquecimento e vácuo, em geral, na proporção de 2 poços de aquecimento
para 1 de vácuo/aquecimento, visando a captura do vapor gerado nas áreas
adjacentes à aplicação de calor.

Injeção de vapores
A técnica de remediação por injeção de va-pores tem sua origem na indústria do
petróleo, onde era utilizada para recuperar óleo confinado em grandes profundidades
. De forma análoga às aplicações petrolíferas para reme-diação ambiental, a técnica
geralmente é utilizada em condições não confinadas e em baixas profun-didades e os
contaminantes são removidos através de mecanismos como gradientes de pressão,
redu-ção da viscosidade e redução da pressão de vapor. Assim como na TCH, a
remediação por in-jeção de vapores funciona a partir da transferência do calor do
vapor para o meio ao redor do poço de injeção, formando três zonas distintas de
tempera-tura, conforme a distância do poço de injeção au-menta .
A princípio, o vapor injetado aquece o poço de injeção e o meio ao seu redor e, à
medida que o vapor migra, ele é condensado de-vido à transferência de calor para o
meio poroso, ocorrendo um deslocamento da água do meio con-forme mais vapor é
injetado. Quando o solo atinge a temperatura de injeção, o vapor passa a adentrar o
meio poroso e deslocar a água quente (resultado da condensação do vapor e a água
fria do aquífe-ro) que, posteriormente, encontra a região conta-minada. Dessa forma,
a água fria remove dos poros do solo a fase móvel do contaminante, enquanto a água
quente reduz a viscosidade do contaminan-te em fase separada, tornando-o mais
móvel e di-minuindo sua saturação residual. Quando o vapor atinge o contaminante,
a recuperação dos VOCs e SVOCs ocorre por meio da volatilização, eva-poração e
destilação a vapor, através de um poço de extração que remove as fases aquosa e
vapor.
Instrumentos e Acessórios para Tratamento

Termopares

Os termopares devem ser fixados junto ao cordão de solda por meio de porcas
soldadas com um corte em um dos segmentos para a fixação perfeita do termo
elemento, ou por meio de soldagem por descarga capacitiva.

Os termopares mais usados para os tratamentos de solda são: termopar tipo J (ferro
constam), que pode trabalhar com uma temperatura de serviço de até 800°C;
temperatura de serviço é a temperatura máxima que o termopar pode suportar sem se
fundir; no entanto, é melhor trabalhar até 650°C, pois temperaturas mais altas provocam
desgaste excessivo nos elementos. Outro termopar utilizado é o tipo K (NiCrNi), com
temperatura de serviço até 1200°C .

Os termopares geram corrente contínua; portanto, deve-se observar a polaridade


quando das ligações entre os cabos de compensação e o registrador; geralmente o pólo
negativo é o metal magnético, identificado por um sinal.

Registradores gráficos

Os registradores gráficos devem ser periodicamente aferidos (geralmente uma vez por ano)
e calibrados com padrões rastreáveis; deve existir um controle, tanto para os registradores como
para os termopares. Registradores gráficos podem ter desde 1 ponto de medição de temperatura
até 36 ou mais pontos e podem ser analógicos ou digitais.

Cabos de compensação

Os cabos de compensação apresentam constituição semelhante à do termopar, porém muito


mais flexível; conduzem a corrente elétrica produzida pelo termopar até o registrador de
temperatura. A identificação do cabo segundo ANSI é azul para o tipo J e amarelo para o tipo K
usado para conectar o sensor de temperatura ao instrumento de medição garantindo que a junção
fria esteja próxima da temperatura ambiente para garantir medição precisa
Levantamento Geofisico
Nos métodos térmicos, os levantamentos geofísicos visam investigar as propriedades térmicas
do subsolo. Alguns métodos geofísicos comuns incluem:

1. Tomografia de Resistividade Elétrica : Embora não seja exclusivamente térmico, pode ser
usado para detectar anomalias térmicas no subsolo, como fluxos de água quente ou fluidos
geotérmicos.

2. Perfilagem de Temperatura: Mede a variação da temperatura com a profundidade no subsolo


para inferir a distribuição de calor.

3. Método de Temperatura da Água Subterrânea: Monitora a temperatura da água subterrânea


em diferentes profundidades para entender os f os de calor no subsolo. Perfilagem de Calor
Específico:Mede a capacidade térmica do solo em diferentes profundidades, o que pode
fornecer informações sobre a distribuição de calor.

4. Sondagem de Calor no Solo: Utiliza sensores de temperatura para monitorar a variação de


temperatura com a profundidade, permitindo a determinação das propriedades térmicas do solo.
Esses métodos são usados em conjunto com técnicas de modelagem para inferir propriedades
térmicas do subsolo, como condutividade térmica e fluxo de calor.

Importâncias de Aplicação do Método Térmico

 Geotermia: É fundamental na exploração e avaliação de recursos geotérmicos


para produção de energia renovável. O método térmico ajuda a mapear
reservatórios de água quente, determinar sua temperatura e extensão, e avaliar a
viabilidade de projetos geotécnicos.

 Estudos Ambientais: O método térmico é usado para investigar a distribuição de


calor no solo e na água subterrânea, o que é crucial para entender os efeitos das
atividades humanas no ambiente, como contaminação de águas subterrâneas,
monitoramento de vazamentos de líquidos quentes ou frios, e estudos de
impacto ambiental.

 Engenharia Civil: Na engenharia civil, o método térmico é empregado para


avaliar o desempenho térmico de edifícios, projetar sistemas de aquecimento e
refrigeração eficientes, e investigar problemas relacionados à transferência de
calor em estruturas subterrâneas, como túneis e fundações.

 Arqueologia: O método térmico é utilizado em estudos arqueológicos para


identificar e mapear sítios arqueológico e terrados. A variação de temperatura no
solo
 Enviado
Comclusao

A condutividade termica e uma propiedade fundamental dos materias que desenpenha um papel
crucial uma variedade de aplicaçao desde o isolamento termico ate a transferiencia de calor a
pesquisa continua nesse campo essencial para desenvolver novos materias como propiedades
termicas superior e que pode ter inpacto significativo em areas como eficiencia inergeticas
tecnologica de refrigeraçao e aquecimento, e ate mesmo na exploraçao espacial

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