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Propriedades Térmicas e

Comportamento em
temperaturas elevadas dos
Materiais Cerâmicos
(1) Ponto de fusão:
. proporcional à força das ligações químicas

(2) Capacidade Calorífica (c) ou


capacidade Térmica:

. quantidade de calor requerida para variar


a temperatura de uma substância em 1º C.

[cal/g ºC] (O calor específico é


adimensional, pois é dividido pela
Capacidade Térmica da água a 15ºC)
. A capacidade térmica depende de variáveis internas aos materiais como
energia rotacional e vibracional dos átomos do material, mudanças de
níveis energéticos dos elétrons.
. No entanto, observa-se pela figura ao lado que a capacidade térmica vai
do valor zero à -273 ºC a 6 cal/g ºC próximo dos 1000ºC para uma grande
variedade de materiais cerâmicos.
Em considerações práticas o fator que mais influencia é a porosidade, já
que muitos cerâmicos maciços tem comportamento semelhante em
relação à capacidade térmica.

Uma peça cerâmica com porosidade tem menor massa por volume
quando comparada com uma sem porosidade. A primeira necessita
menor quantidade de calor para atingir uma temperatura específica.

Um forno revestido com material mais poroso (um refratário por


exemplo) pode ser aquecido e resfriado muito mais rapidamente e
eficientemente.
(3) Condutividade Térmica:

É a taxa de fluxo calórico que atravessa o material. unidade:


cal/s/cm2/ºC/cm ou W/mK.

Nos metais os transportadores de energia são os elétrons livres que


estão presentes em grande quantidade e são muito móveis, logo os
metais são ótimos condutores de calor.

Nos cerâmicos a transmissão de energia térmica é realizada por


“fonons” .

Os fonons são a quantificação da energia térmica transmitida pela


vibração térmica da estrutura interna, ou designa um quantum de
vibração em um retículo cristalino rígido.
Cubo de sílica para
isolamento térmico. O interior
do cubo está a 1250ºC e pode
ser manuseado sem proteção.
Usada no isolamento térmico
do Space Shuttle (ônibus
espacial)
Fatores que afetam a condutividade térmica dos cerâmicos: Pesos
atômicos

Cerâmicos, como elementos puros, tem melhor condutividade que


compostos (melhor empacotamento, mais fácil a transmissão por
fonons). (Ex: diamante e grafita).

Materiais cerâmicos com menor


pesos atômicos e compostos de
átomos com pesos atômicos
próximos apresentam melhor
condutividade (melhor
empacotamento, mais fácil a
transmissão por fonons).
Fatores que afetam a condutividade térmica dos cerâmicos: Efeito
da temperatura

Temperatura: em cerâmicos maciços (poucos


porosos) a condutividade diminui com o
aumento de temperatura (menor caminho
livre médio).

Em cerâmicos muito porosos aumenta com a


temperatura (aumenta a parcela de
transmissão por radiação através dos poros.
Fatores que afetam a condutividade térmica dos cerâmicos: Efeito
da porosidade
Como a condutividade nos poros acorre apenas por radiação, quanto maior
a porosidade menor a condutividade térmica
Com o aumento da temperatura
aumenta a radiação através dos
poros aumentando a condutividade
Em tijolos refratários que em geral
apresentam alta porosidade,
possuem baixa condutividade
térmica, constituindo-se em
excelentes isolantes térmicos
Fatores que afetam a condutividade térmica dos
cerâmicos: Efeito da presença de impurezas.

quanto maior o
percentual de
impurezas pior a
condutividade.
Fatores que afetam a condutividade térmica dos
cerâmicos: Efeito da presença de diferentes fases.
Fases paralelas: Km=V1K1+V2K2
A condutividade se aproxima do melhor condutor entre as fases (cerâmicos com camada
superficial).
Fases perpendiculares: Km=K1K2/V1K1+V2K2
A condutividade se aproxima da condutividade da fase menos condutora (cerâmicos com
camada superficial).

Fase dispersa: (muito comum em cerâmicos)


Km=Kc{1+2Vd(1-Kc/Kd)/(2Kc/Kd+1) / 1-Vd(1-
Kc/Kd)/(Kc/Kd+1)}
A condutividade se aproxima da cond. da fase
contínua
Onde: K1 cond. Fase 1 ; K2 cond. Fase 2 ; V1 e V2
Fração de vol. das fases ; Kc cond.da fase contínua ;
Kd cond. da fase dispersa ; Vd vol. da fase dispersa.
(4) Expansão Térmica:

Depende da força (energia) das ligações químicas, sendo inversamente


proporcional.
Logo as cerâmicas predominantemente covalentes são as que apresentam
menor expansão térmica sofrendo menos problemas com choques
térmicos.
α = (ΔL/Lo).(1/ΔT)
Onde:
α é o coeficiente de expansão
térmica;
Lo é o comprimento;
ΔL é a variação de comprimento;
ΔT é a faixa de temperatura
relacionada.

Unidade 1/ºC ou ºC-1

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