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Índice

Introdução...................................................................................................................................................2
Objectivos...................................................................................................................................................3
Objectivo geral........................................................................................................................................3
Objectivos específicos.............................................................................................................................3
Ausência......................................................................................................................................................4
Definição.................................................................................................................................................4
Medidas legais.........................................................................................................................................4
Curadoria provisória............................................................................................................................5
Curadoria definitiva.............................................................................................................................6
Morte presumida..................................................................................................................................7
Conclusão....................................................................................................................................................8
Bibliografia..................................................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho tem como tema a ausência, para isso iremos nos focalizar no termo ausência
no sentido técnico–jurídico, de não pertença de alguém acompanhadas de falta de noticias sobre
o seu paradeiro, ou nos termos da lei, do desaparecimento de alguém artigo (89° do código civil).

Durante a abordagem do tema serão apresentadas medidas legais tendentes a evitar os prejuízos
decorrentes da falta da administração dos bens da pessoa ausente, assim como da possibilidade
de movimentar as relações de que o ausente era ou vinha a ser sujeito (passivo ou activo).

Essas medidas traduzidas no requerimento e instauração da curadoria provisória e da curadoria


definitiva, ou da declaração da morte presumida, que tem subjacente uma presunção de acordo
com as regras da vida, de maior ou menor probabilidade de regresso do ausente, ou ao invés da
sua morte.

Como ultimo aspecto dar-se-á o devido desenvolvimento de cada medida legal citada à prior e as
soluções jurídicas que cada uma delas apresenta no caso da ausência.

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Objectivos

Objectivo geral
 Desenvolver sobre a ausência

Objectivos específicos
 Definir ausência;
 Caracterizar os aspectos importantes que envolvem a ausência;
 Identificar as medidas legais que comportam a ausência.

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Ausência

Definição
No vocabulário jurídico, ausencia é o estado de quem desapareceu do seu último domicílio, sem
ter deixado representante. Já no vocabulário vulgar, ausência é o estado ou circunstância de não
estar presente.

A lei se refere a ausência nos artigos 89° – 129° do código civil como um desaparecimento sem
notícias, o que difere ao significado vulgarmente atribuído ao termo.

Assim, ausência poderá ser definida no âmbito do direito civil como a situação de alguém que
desapareceu e de quem não existe notícias, nem se sabe se está viva ou morta, e que deixou bens
que carecem de administração. (Malo, 2021)

É a partir do seu sentido técnico–jurídico de não presença de alguém acompanhada da falta de


noticias sobre o paradeiro da mesma, que o termo ausência é tomado para providenciar pelos
bens da pessoa ausente carecidos de administração, em virtude de não ter deixado representante
legal. (Pinto, 2005)

A pessoa de quem se desconhece o paradeiro, de quem não se sabe se está viva ou morte é
considerada ou nomeada ausente.

O direito faculta, a tomada de medidas tendentes a evitar os prejuízos decorrentes da falta de


administração dos bens da pessoa ausente, assim como da impossibilidade de movimentar as
relações de que o ausente era ou venha a ser sujeito (activo ou passivo). É possível verificar isso
no artigo 89° do código civil.

Medidas legais
Fazem parte das medidas legais a curadoria provisória, a curadoria definitiva e a morte
presumida. Estas medidas contribuem para evitar prejuízos resultantes da falta de administração
dos bens do ausente.

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Curadoria provisória
Nos termos do artigo 89° do código civil, o desaparecimento de alguém sem notícias, a falta de
um representante legal e a necessidade de prover acerca da administração dos seus bens são os
pressupostos para a nomeação de um curador provisório pelo tribunal. A curadoria provisória
será estabelecida também de acordo com o número 2 do mesmo artigo nos casos em que o
procurador não puder exercer as suas funções.

A curadoria provisória visa a protecção dos interesses do ausente, na expectativa do seu regresso.
Comporta três requisitos principais:

 O desaparecimento sem que haja notícia;


 A ausência de representante legal deixado pelo desaparecido;
 Requerimento de um interessado. (Malo, 2021)

Nos termos do artigo 91° do código civil, a curadoria provisória pode ser requerida pelo
ministério publico ou por qualquer interessado.

Na matéria do artigo 92° do código civil, a curadoria provisória deve ser deferida as seguintes
pessoas: o cônjuge do ausente, algum ou alguns herdeiros presumidos, ou algum ou alguns dos
interessados na conservação dos bens. Havendo conflitos de interesses entre o ausente e o
curador ou entre o ausente e o cônjuge, ascendentes ou descentes do curador, deve ser designado
um curador especial.

A curadoria provisória sessa, nos termos do artigo 98° do código civil:

 Pelo regresso do ausente;


 Se o ausente providenciar acerca da administração dos bens;
 Pela comparência de pessoa que legalmente represente o ausente ou o procurador
bastante;
 Pela entrega dos bens aos curadores definitivos ou a cabeça– de– casal, nos
termos do artigo 103°;
 Pela certeza da morte do ausente.

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Curadoria definitiva

A lei, no artigo 99° do código civil, estabelece que o ministério público ou algum dos
interessados pode requerer a justificação da ausência depois de decorridos dois anos sem se saber
do ausente, se este não tiver deixado representante legal nem procurador bastante, ou cinco anos,
no caso contrario.

A probabilidade de o ausente não regressar é maior nesta fase, visto que alei só possibilita o
recurso à justificação da ausência no caso de já terem passado dois anos sem saber do ausente ou
cinco anos no caso de ele ter deixado representante legal ou procurador bastante. (Pinto, 2005)

A legitimidade para o pedido de instalação da curadoria definitiva é regulada por lei, o artigo
100° do código civil atribui esta responsabilidade ao ministério público ou a algum dos
interessados, sendo estes além do cônjuge não separado judicialmente de pessoas e bens, os
herdeiros do ausente e todos os que tiveram sobre os bens do ausente direito dependente da
condição da sua morte.

Aqui os bens do ausente são entregues aos que receberiam se o ausente estivesse morto. A
curadoria definitiva apresenta os mesmos requisitos da curadoria provisória mas a ausência sem
notícia deve perdurar há dois anos.

Nos termos do artigo 101°, procedesse após a justificação da ausência, a abertura de testamento,
o tribunal requisitará certidões dos testamentos públicos e mandará proceder a abertura dos
testamentos cerrados que existirem, a fim de serem tomados em conta na partilha e no
deferimento da curadoria definitiva.

O regime da curadoria definitiva da a entender que a probabilidade de regresso do ausente é


menor, presunção subjacente as soluções apontadas.

A curadoria definitiva termina nos termos do artigo 112°:

 Pelo regresso do ausente;


 Pela noticia da sua existência e do lugar onde reside;
 Pela certeza da sua morte;

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 Pela declaração de morte presumida.

Morte presumida
A morte presumida é a descrença da sobrevivência e presume-se a morte do ausente. (Malo,
2021)

Decorridos dez anos sobre a data das últimas noticias, ou passados cinco anos se entretanto o
ausente houver completado oitenta anos de idade, podem os interessados a que se refere o artigo
100° requer a declaração da morte presumida, mas em caso de o ausente for menor de idade só se
poderá requere a declaração após cinco anos sobre a data em que ele completaria a maioridade,
nos termos do artigo 114°.

O artigo 115° prescreve que a morte presumida produz os mesmos efeitos que a morte. Algumas
disposições da lei atenuam, todavia, os efeitos desta equiparação da morte presumida à morte
física.

O casamento não cessa, embora a lei conceda a possibilidade de o cônjuge contrair um novo
casamento sem divórcio nas disposições do artigo 116°. Se o ausente vier a regressar,
considerasse o primeiro matrimónio vido por divórcio a data da declaração da morte presumida.

Na datada sentença os sucessores deixam de ser tratados como meros administradores dos bens
mas como proprietários dos bens. Não havendo a prestação de caução de acordo com as
disposições do artigo 117°.

A lei regula os direitos do ausente em caso de este regressar no artigo 119°, regulando a
devolução do património no estado em que se encontrar, com preço dos bens alienados ou com
os bens directamente sub-rogados e bem assim com os bens adquiridos mediante o preço dos
alienados, quando o titulo de aquisição se declare expressamente a proveniência do dinheiro.

A lei também regula os direitos eventuais do ausente nos artigos 120° e 121°.

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Conclusão
Chegamos ao fim do nosso trabalho, que tem como tema ausência, portanto concluímos que
considerasse ausente aquele que desaparece do seu domicilio sem deixar noticias, nem designar
um procurador para administrar seus bens, deste modo, a declaração de ausência deverá ser feita
por decisão judicial, o nosso código civil versa as matérias relacionadas as medidas legais que
devem ser tomadas nos casos de ausência nos termos dos artigos 89° – 121° do código civil.

Diante do exposto das medidas legais encontramos:

– A curadoria provisória: que consiste na nomeação de uma determinada pessoa para gerir
os bens do ausente nos casos em que este não tenha deixado representantes legais (artigo
89° C.C) e o curador provisório será escolhido entre o cônjuge do ausente ou os herdeiros
presumidos (artigo 92° C.C).
– A curadoria definitiva: que é dada quando não há probabilidade de a pessoa ausente
regressar e neste caso dar-se-á a justificação da ausência (artigo 99° C.C) e de seguida
será procedida a abertura dos testamentos e a entrega dos bens aos herdeiros (artigo 103°
C.C) os quais são tidos como curadores definitivos (artigo 104° C.C).
– A morte presumida: quando decorridos 5– 10 anos sem noticias do ausente e se este tiver
já completado 80 anos, os curadores definitivos tem legitimidade para pedirem a
declaração de morte presumida do ausente a luz do artigo 114° do código civil e se for
menor de idade, devem decorrer cinco anos sobre a data em que ele completaria a
maioridade se fosse vivo para que se possa declarar morte presumida.

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Bibliografia
Codigo Civil. (1966). mocambique.

Malo, M. (2021). teoria geral do direito civil. lisboa.

Pinto, C. A. (2005). Toria geral do direito civil. Coimbra: Coimbra editora.

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