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2024

AQUILO QUE VOCÊ BUSCA TAMBÉM ESTÁ BUSCANDO VOCÊ

RESULTADOS QUE JÁ ENTREGAMOS Quem é o Professor ALYSON BARROS

STF, STF, TST, CNJ, TCDF, TCE-TO, TJSP, TJRJ, Aprovado em dois concursos públicos

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TJDFT, TJSE, TJPB, TJRN, TJBA, TJAP, TJAM, (Analista do Planejamento e Orçamento do
TJMA, TJPA, TJRS, TJGO, TJES, TJPE, TJPI, Ministério do Planejamento / Técnico do
TRT11 AM/RR, TRT-GO, TRT-PB, TRT-MG, TRT- Ministério da Fazenda), atua na mais alta da
SC, TRT 15a Região, TRT-ES, TRT-PA/AP, TRF carreira de gestão do país e trabalha com
2° Região, TRF3ª Região, Marinha, TRE-RS, o desenvolvimento e monitoramento das
MPAC, MPRS, MPSP, MPCE, MPPA, MPRR, principais políticas públicas nacionais. Psicólogo
MPAP, DPEPA, DPEPI, DPESP, DPE-RS, DPE-
formado pela renomada UFRN, especialista
AM, DPDF, DPE-RO, ALECE, ALRN, ALEAP,
em neuropsicologia, especialista em gestão
CLDF, SEFIN-Fortaleza, MAPA, SESDF,
INSS,PMMG, PMCE, PMBA, PCES, PCMG, pública, mestre em Avaliação Psicológica e com
PMRN, PMGO, Polícia Federal, ABIN, DEPEN, experiência no campo organizacional e clínico.
Metrô-SP, SANEAGO, ENARE, FUNSAÚDE- Idealizador e sócio do Psicologia Nova,
CE, CRP-MG, IJF, UFSCAR, FUB-UNB, UFRN, adquiriu experiência docente para concursos
EBSERH, SEDEST-DF, SESAU-AL, SEMSA lecionando mais de 600 cursos e aprovando mais
Manaus, IGP-RS, ITEP-RN, SEDF, SESA-PR, de 5 mil psicólogos ao longo de mais de uma
SEEDF, AHM-SP, POLITEC-AP, CODEVASF, década de trabalho.
PGDF, HEMOPE/PE e SPGG.

Não computamos nesta lista os concursos nos quais Nossa MISSÃO


Melhorar o campo da psicologia no
aprovamos mais de uma vez e nem os concursos de serviço público brasileiro através da
prefeituras aprovação dos melhores psicólogos

Nossa VISÃO
Orientações: Ser reconhecida como a maior referência
(1) Leia ATENTAMENTE a descrição do seu curso em nosso site. em concursos para a área da psicologia
(2) Acompanhe o calendário de aulas pela descrição do seu curso.
Nossos VALORES
(3) Para que tudo funcione certinho, preciso que se COMUNIQUE
Honestidade, paixão, liderança, qualidade
sempre conosco. Tem um time de pessoas DO SEU LADO torcendo
e aprovação
por você!
(4) Use SEMPRE os canais oficiais de atendimento (chamado no
site ou chat no site) para melhor atendimento.
(5) Trabalhamos em horários comerciais, NÃO trabalhamos nas
madrugadas ou finais de semana.
Ou seja, tenha paciência, sua solicitação será atendida.
(6) Nosso e-mail: contato@psicologianova.com.br
(7) Não buscamos likes, buscamos APROVAÇÃO, adapte-se e
aproveite o que achar conveniente em nossas aulas. Outros
psicologos estão fazendo isso!

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Referências Técnicas para


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atuação de psicólogas (os) na


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Gestão Integral de Riscos,


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Emergências e Desastres
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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 10299660605 10299660605
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CONSELHOS REGIONAIS DE PSICOLOGIA 10299660605
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CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E10299660605
10299660605 POLÍTICAS PÚBLICAS
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REFERÊNCIAS TÉCNICAS PARA ATUAÇÃO
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DE PSICÓLOGAS (OS) NA GESTÃO INTEGRAL
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DE RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES
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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO
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Conselheira Federal Responsável


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Marisa Helena Alves
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Especialistas 10299660605
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10299660605 Adriana Simões Marino 10299660605


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Ângela Elizabeth Lapa Coêlho 10299660605 10299660605


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Ionara Vieira Moura Rabelo
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Luciana Florêncio de Lima 10299660605
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Maria da Conceição Correia Pereira 10299660605


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10299660605 Brasília-DF, outubro de 2021 10299660605
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© 2021 Conselho Federal de Psicologia 1029966060510299660605
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É permitida a reprodução desta publicação, desde que sem alterações e citada a
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fonte. Disponível também em: www.cfp.org.br. 10299660605
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Projeto Gráfico: Agência Movimento
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Diagramação: Agência Movimento
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Revisão e normalização: MC&G
10299660605 Design Editorial
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Referências bibliográficas conforme ABNT NBR

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Direitos para esta edição – Conselho Federal de Psicologia:

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10299660605 SAF/SUL Quadra 2,
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Bloco B, Edifício Via Office, térreo, sala 104, 70070-600,
10299660605 Brasília/DF
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10299660605 (61) 2109-0107
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10299660605 10299660605
Correio eletrônico: ascom@cfp.org.br/www.cfp.org.br

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Impresso no Brasil
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Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP
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10299660605 C755 Conselho Federal de Psicologia (Brasil).


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Referências técnicas para atuação de psicólogas (os) na gestão integral10299660605


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10299660605 riscos, emergências e desastres / Conselho Federal de Psicologia, 10299660605


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10299660605 Conselhos Regionais de Psicologia, Centro de Referência Técnica em


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Psicologia e Políticas Públicas. — 1. ed. — Brasília : CFP , 2O21.
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96 p. ; 21 cm.
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10299660605 Inclui bibliografia. 10299660605
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ISBN: 978-65-89369-01-1
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1. Psicologia - Manuais, guias etc. 2. Gerenciamento de crise. 3. Geren-


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ciamento de Emergência. 4. Desastres - Aspectos psicológicos. I. Conselhos
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Regionais de Psicologia. II. Centro de Referência Técnica em Psicologia e10299660605


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Políticas Públicas (CREPOP) . III. Título.
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CDD 155.9
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10299660605 Elaborado por Priscila Pena Machado – CRB10299660605
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Informações da Edição
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Coordenação Geral/ CFP 10299660605
Miraci Mendes — Coordenadora Geral
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10299660605 Gerência
10299660605de Comunicação
10299660605 Luana Spinillo Poroca — Gerente
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Coordenação Nacional do CREPOP/CFP

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Neuza Guareschi – Conselheira CFP

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Mateus10299660605
de Castro Castelluccio – Supervisor

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Queli Cristina do Couto Araujo – Analista Técnico-Psicologia

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Karen Kathleen Amorim Oliveira – Estagiária

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Integrantes
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Conselheiras(os): Artur Mamed Cândido (CRP01); 10299660605Priscilla Gadelha Morei-
ai
ra (CRP02); Renan Vieira de Santana Rocha (CRP03); Luiz 10299660605
Felipe Viana Cardoso
gm
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(CRP04); Isabel Scrivano Martins (CRP05);Talita Fabiano de Carvalho, Beatriz Bor-
0@

10299660605 10299660605
ges Brambilla (CRP06); Carla Mariela Carriconde Tomasi (CRP07); João Batista Mar-
01

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tins (CRP08); Cândido Renato Alves de Oliveira (CRP09); Maria Eunice Figueiredo
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Guedes (CRP10); Tássia Oliveira Ramos e Marcossuel Gomes Acioles (CRP11); San-
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dra Coimbra (CRP12); Clarissa


10299660605 Paranhos Guedes (CRP13); Maria de Lourdes Dutra(-
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CRP14); Emylia Anna Ferreira Gomes (CRP15); Bruno da Silva Campos (CRP16);
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Marina Angélica Silva Queiroz e Keyla Mafalda de Oliveira Amorim (CRP 17);
10299660605 Ga-
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briel Henrique Pereira de Figueiredo (CRP18); Pedro Henrique


10299660605 do Nascimento Pires
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(CRP19); Cleison Guimarães Pimentel e João Lucas da Silva Ramos (CRP20);10299660605


10299660605 Joyce
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Mesquita Nogueira (CRP21); Péricles de Souza Macedo (CRP22); Ricardo Furtado
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10299660605 10299660605
de Oliveira (CRP23); Edna Mônica da Silva Wobeto (CRP24).
10299660605 10299660605
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10299660605
Técnicas(os): Adelia Benetti de Paula Capistrano (CRP01); Maria de Fátima dos
m

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ci

Santos Neves (CRP02); Natani Evlin Lima Dias, Pablo Mateus dos Santos Jacinto
10299660605 e
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as

Gabriela Evangelista Pereira (CRP03); Leiliana Sousa e Luciana Franco (CRP04);


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10299660605 10299660605
Roberta Brasilino Barbosa, Jaqueline Sério da Costa (CRP05); Larissa Correia
e

10299660605
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Nunes Dantas (CRP 06); Rafaela Demétrio Hilgert (CRP07); Altieres Edemar
10299660605 Frei
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ab

(CRP08); Regina Magna Fonseca (CRP09); Letícia Maria Soares Palheta (CRP10);
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Mayrá Lobato Pequeno (CRP11); Pâmela Lunardelli Trindade (CRP12); Katiuska


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Araújo Duarte (CRP13); Krisley Amorim de Araujo (CRP14); Liércio Pinheiro de
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Araújo (CRP15); Mariana Moulin Brunow Freitas (CRP16); Zilanda Pereira Lima
10299660605 10299660605
(CRP17); Jackeline Jardim Mendonça (CRP18); Lidiane de Melo Drapala (CRP19);
10299660605 10299660605
Macela Marta da Costa Tenório (CRP21); Francisco Valberto
10299660605 dos Santos Neto
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(CRP22); Stéfhane Santana da Silva (CRP23); Jeovânia Vieira de Lima (CRP10299660605
10299660605 24).
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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
10299660605
XVIII Plenário
10299660605
Gestão 2019-2022 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Conselheiras(os) Efetivas(os):
10299660605 10299660605
Ana Sandra Fernandes Arcoverde
10299660605 Nóbrega – Presidente
10299660605
Anna Carolina Lo Bianco Clementino – Vice-Presidente 10299660605
10299660605

8
10299660605
Izabel Augusta Hazin Pires – Secretária 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
Norma Celiane Cosmo – Tesoureira

:5
10299660605 10299660605
Robenilson Moura Barreto – Secretário Região Norte

11
10299660605 10299660605
Alessandra Santos de Almeida – Secretária Região Nordeste

24
10299660605 10299660605

0
Marisa Helena Alves – Secretária Região Centro-Oeste

/2
10299660605 10299660605
Neuza Maria de Fátima Guareschi – Secretária Região Sul

05
10299660605 10299660605

8/
Antonio Virgílio Bittencourt10299660605
Bastos – Conselheiro 1 10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
Conselheiras(os) Suplentes: 10299660605
Katya Luciane de Oliveira – Suplente ai 10299660605
gm
10299660605
Losiley Alves Pinheiro – Suplente
0@

10299660605 10299660605
Rodrigo Acioli Moura – Suplente
01

10299660605
Adinete Souza da Costa Mezzalira – Suplente Região Norte
n2

10299660605
Maria de Jesus Moura – Suplente Região Nordeste
js

10299660605 10299660605
-g

Tahina Khan Lima Vianey –10299660605


10299660605 Suplente Região Centro-Oeste
5

Célia Zenaide da Silva – Suplente Região Sudeste


-0

10299660605 10299660605
06

Marina de Pol Poniwas – Suplente Região Sul


10299660605 10299660605
.6

Ana Paula Soares da Silva – Conselheira Suplente 1


10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
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10299660605 10299660605
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10299660605 10299660605
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APRESENTAÇÃO
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10299660605 10299660605
10299660605 O Conselho Federal de Psicologia (CFP) oferece à categoria e à
10299660605
sociedade o documento Referências Técnicas para Atuação de Psicólo-

8
10299660605 10299660605

:3
gas(os) na Gestão Integral
10299660605 de Riscos, Emergências e Desastres, produzido
10299660605

0
:5
10299660605 10299660605
no âmbito do Centro de Referência Técnica em10299660605
Psicologia e Políticas

11
10299660605

24
Públicas (Crepop). Este
10299660605 documento propõe uma reflexão crítica e his-
10299660605

0
tórica sobre a inserção da Psicologia no campo das emergências e

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605
dos desastres, ampliando as possibilidades da atuação das (os) psicó-

8/
10299660605 10299660605

-0
logas (os) no gerenciamento
10299660605 de riscos e vulnerabilidades.
10299660605

om
10299660605
Desse modo, para além de grandes acidentes e/ou desastres
10299660605

l.c
10299660605
ambientais, a ação da Psicologia se estende para ai situações sociais
10299660605
gm
que atingem grande número de pessoas na sociedade brasileira 10299660605
0@

(como, por exemplo, a seca, o desemprego e10299660605


10299660605 outras questões so-
01

10299660605
cioeconômicas), para10299660605
as quais são necessárias políticas públicas de
n2

prevenção por parte da Psicologia.


js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
É preciso questionar o que caracterizamos como riscos, emer-
5
-0

10299660605 10299660605
gências e desastres, compreendendo que no Brasil situações de ex-
06

10299660605 10299660605
.6

trema vulnerabilidade social são naturalizadas10299660605


10299660605 a tal ponto, que dei-
96

xamos de tratá-las e nomeá-las como desastrosas e emergenciais.


10299660605
É
10299660605
.9
02

10299660605
fundamental que o fazer da Psicologia não normalize situações vio-
-1

10299660605 10299660605
ladoras dos direitos humanos, pelo contrário, promova o enfrenta-
10299660605 10299660605
to
en

mento constante das injustiças e desigualdades sociais. Para 10299660605


tanto,
m

10299660605 10299660605
é necessário que as(os) profissionais se integrem intersetorialmente
ci

10299660605 10299660605
as

às políticas públicas de Saúde, Assistência Social, Educação, Defesa


lN

10299660605 10299660605
Civil etc. Nessa direção, essa Referência Técnica é um instrumento
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
potente para demarcação do compromisso ético-político da Psico-
ab

10299660605
G

logia com a sociedade10299660605


brasileira.
Este texto não poderia deixar de abordar10299660605
a pandemia da co-
10299660605
vid-19 que tem impactado em escala global todas as pessoas e 10299660605
10299660605 todos
os setores da sociedade. No entanto, é necessário
10299660605 explicitar que,
10299660605
para além dos grupos de risco, o impacto da10299660605
10299660605 pandemia foi muito
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
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10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
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10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
mais para com as pessoas em vulnerabilidade social.
A falta
10299660605
de
acesso à saúde, as condições de
10299660605 habitação, o desemprego, o acesso
à educação foram sentidos de forma muito mais agressiva, levando
10299660605
a um número muito maior de famílias enlutadas por seus entes e
10299660605
10299660605 10299660605
em
10299660605 sofrimento pelas dificuldades
10299660605 de manutenção de sua existência.
10299660605 O XVIII Plenário do CFP agradece a todas e a todos os envolvi-
10299660605
10299660605 10299660605
dos
10299660605
na elaboração deste documento, em especial aos membros da
10299660605
comissão ad hoc responsáveis pela redação. Desejamos que esta pu-

8
10299660605 10299660605

:3
blicação seja um instrumento
10299660605 de orientação e qualificação da prática
10299660605

0
:5
profissional e de reafirmação do compromisso ético-político
10299660605
da 10299660605
Psico-

11
10299660605 10299660605
logia e que possa auxiliar profissionais e estudantes na aproximação

24
10299660605 10299660605

0
com o campo da Gestão Integral de Riscos, Emergências
10299660605e Desastres

/2
10299660605

05
pensando essa área em uma perspectiva ampliada e crítica.
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
XVIII Plenário ai 10299660605
gm
10299660605
Conselho Federal de Psicologia
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
Nadie puede librar a los hombres del dolor,

05
10299660605 10299660605
pero le será perdonado a10299660605
aquel que haga rena-

8/
10299660605

-0
10299660605 10299660605 cer en ellos el valor para soportarlo.

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai
Selma Lagerlöf, escritora sueca
10299660605
gm
10299660605
(1858-1940)
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605

Lista de siglas e abreviaturas


10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Associação Brasileira de Psicologia
10299660605
Abrapede nas Emergências
10299660605
e Desastres 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Alto Comissariado
10299660605 das Nações Unidas para
10299660605Acnur
Refugiados
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605Cemigrar Conferência Estadual sobre Migrações e Refúgio

8
10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia 10299660605

11
Ceped Civil da Universidade Federal de Santa Catarina
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
/2
CFP Conselho Federal de Psicologia
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
CNDC Conferência Nacional
10299660605 de Defesa Civil
10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 Comitê Interinstitucional de Promoção
10299660605

l.c
Comigrar dos Direitos das Pessoas em Situação
10299660605
ai
de Refúgio, Migração e Apatridia 10299660605
gm
10299660605
0@

Conpdec
10299660605
Conselho Nacional de Proteção e10299660605
Defesa Civil
01

10299660605
n2

Crai Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Centro de Referências Técnicas


10299660605
5

10299660605Crepop
-0

em Psicologia e Políticas Públicas 10299660605


06

10299660605 10299660605
.6

Crid
10299660605
Centro Regional de Informácion sobre Desastres
10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

CRPS Conselhos Regionais


10299660605 de Psicologia
-1

10299660605 10299660605
10299660605ESMPU Escola Superior do Ministério Público da União 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605Fiocruz Fundação Oswaldo Cruz 10299660605


ci

10299660605 10299660605
as

Federação Latino-Americana de Psicologia


lN

10299660605 10299660605
Flaped das Emergências e dos Desastres10299660605
e
ry

10299660605 10299660605
ab

GTED Grupo de Trabalho de Emergência e Desastres 10299660605


G

10299660605
GT Grupo de Trabalho 10299660605
10299660605
10299660605 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 10299660605
10299660605Ibama e dos Recursos Naturais Renováveis
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Ipam Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Rede Latino-Americana
10299660605 de Psicologia em
10299660605Laped Emergências e Desastres
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605OMS Organização Mundial de Saúde 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605ONU Organização das Nações Unidas
10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
Opas Organização Pan-Americana da Saúde
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
PNPDEC Política Nacional
10299660605de Proteção e Defesa Civil

/2
10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
Sociedade Argentina de Psicologia
10299660605 10299660605
10299660605Sapsed

-0
das Emergências
10299660605e Desastres

om
10299660605 10299660605

l.c
Serviço de Atendimento Psicológico
10299660605
Sapsir ai
Especializado aos Imigrantes e Refugiados
10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605Sindpec Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil


10299660605
01

10299660605
n2

SMAPS Saúde Mental e Atenção Psicossocial


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Sociedade Chilena de Psicologia


10299660605
10299660605Sochped
5

em Emergências e Desastres
-0

10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 Sociedade de Psicologia Peruana 10299660605


SPPED
96

em Emergências e Desastres 10299660605 10299660605


.9
02

10299660605
10299660605Suas Sistema Único de Assistência Social
-1

10299660605
10299660605 10299660605
to

SUS Sistema Único de Saúde


en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

Ulapsi União Latino-Americana de Entidades de Psicologia


10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
United Nations Office for Disaster10299660605
Risk
e
ry

UNDRR Reduction- (Organização das Nações Unidas


10299660605 10299660605
ab

para a Redução dos Riscos e Desastres) 10299660605


G

10299660605
United Nation Internacional Strategy
10299660605
UNISDR for Disaster Reduction (Nações Unidas para
10299660605
10299660605
a Redução de Riscos e Desastres 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
11 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

SUMÁRIO 10299660605
10299660605

10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
CREPOP, BREVE INTRODUÇÃO.............................................................13
10299660605 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
INTRODUÇÃO.........................................................................................
10299660605 10299660605
17

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605
EIXO 1: A PSICOLOGIA 10299660605
EM CONTEXTOS

24
10299660605

0
DE RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES........................................... 26

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
EIXO 2: PSICOLOGIA COM COMPROMISSO SOCIAL ........................... 46

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
EIXO 3: A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA GESTÃO 10299660605
10299660605
ai
gm
DOS RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES ........................................ 59
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

REFERÊNCIAS....................................................................................... 93
10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


12
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

CREPOP – BREVE INTRODUÇÃO


10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Pú-
10299660605
blicas (Crepop) é um projeto estratégico do Sistema Conselhos de

8
10299660605 10299660605

:3
Psicologia (Conselhos10299660605
10299660605 Regionais e Conselho Federal de Psicologia)

0
:5
10299660605 10299660605
e tem por objetivo a produção de orientações técnicas para atuação

11
10299660605 10299660605

24
de psicólogas e psicólogos
10299660605 em diversas políticas públicas brasileiras.
10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
Sua metodologia de trabalho está alicerçada na Lei n. 5.766,

05
10299660605 10299660605
que cria o CFP e os CRPs, artigo 9º, alínea b, que trata das funções

8/
10299660605 10299660605

-0
do CFP: “orientar, disciplinar
10299660605 10299660605e fiscalizar o exercício da profissão

om
de Psicólogo” (Brasil, 1971), o que concede ao
10299660605
CFP e aos CRPs a
10299660605

l.c
10299660605
prerrogativa de perguntar às(aos) profissionais ai sua atuação a fim
10299660605
gm
de produção de tais orientações. 10299660605
0@

10299660605 10299660605
O Sistema Conselhos de Psicologia entende que, além da for-
01

10299660605
mação profissional (cursos de graduação e de especialização) e da
n2

10299660605
js

academia (a pesquisa e a pós- graduação), o trabalho profissional


10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
também produz conhecimento, o que torna relevante perguntar à
5
-0

10299660605 10299660605
categoria a respeito de sua prática nas políticas públicas como10299660605 parte
06

10299660605
.6

inicial do processo de elaboração das orientações


10299660605 técnicas.
10299660605
96

10299660605 10299660605
.9

O Crepop conta10299660605com equipes nos CRPs e no CFP, formadas


02

por técnicas(os) e conselheiras(os), sendo sua principal atividade


-1

10299660605 10299660605
realizar as investigações sobre a prática profissional, bem como
10299660605 so-
10299660605
to
en

10299660605
bre uma vasta agenda local de atividades que envolvem seminários,
m

10299660605 10299660605
ci

contato com instituições formadoras, pesquisas10299660605 locais, diálogo10299660605


com
as

gestores das políticas públicas e com a própria10299660605 categoria.


lN

10299660605
e

10299660605
O trabalho desenvolvido pelo Crepop enfatiza a democracia
ry

10299660605 10299660605
ab

na construção das orientações, pois propõe etapas de diálogo10299660605 com


G

a categoria. Tal diálogo é materializado pela investigação da prática,


10299660605
10299660605
que subsidia a elaboração da versão prévia da referência, e pela
10299660605
consulta pública, na qual a categoria pode avaliar o conteúdo10299660605
10299660605 e su-
gerir tópicos adicionais antes da publicação.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Tal modelo é reflexo do próprio processo democrático
10299660605 do
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
13 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
Sistema Conselhos de Psicologia, no qual a categoria participa
10299660605
du-
rante os Congressos Regionais
10299660605e Congresso Nacional da Psicologia,
indicando as ações que devem ser realizadas10299660605 pelos conselhos. É
também durante o processo de Congressos Regionais 10299660605
e Nacional
10299660605 10299660605
que
10299660605 os temas das referências
10299660605 técnicas são indicados e votados.
Diálogo e democracia
10299660605 são palavras-chave para o Sistema Conse-
10299660605
lhos de Psicologia e para
10299660605 o Crepop.
10299660605
10299660605 10299660605
Basicamente existem duas formas possíveis de produção das

8
10299660605 10299660605

:3
referências técnicas: a10299660605
10299660605 primeira passa pela realização da investigação

0
:5
sobre a prática profissional (coleta quantitativa 10299660605
10299660605
on-line e coleta 10299660605
quali-

11
10299660605
tativa em grupos e entrevistas realizadas pelos CRPs). Posteriormente,

24
10299660605 10299660605

0
uma comissão de especialistas
10299660605 é convidada pelo Plenário do CFP a

/2
10299660605

05
analisar os resultados da investigação e produzir um documento de
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
referência que dialogue com as questões apontadas pela categoria.

-0
10299660605 10299660605

om
A segunda forma de produzir uma referência é 10299660605
10299660605 não realizar a investi-

l.c
gação, ficando apenas a comissão responsável pela elaboração. Em
10299660605
ai10299660605
ambos os casos o documento é levado à consulta pública.
gm
10299660605
0@

10299660605 É importante evidenciar que cada referência técnica lançada


10299660605
01

conta com a contribuição de muitas pessoas que participam desse


10299660605
n2

10299660605
processo: são centenas de psicólogas(os) que atuam na ponta10299660605
e re-
js

10299660605
-g

latam suas experiências às(aos) técnicas(os), conselheiras(os) e es-


10299660605 10299660605
5
-0

tagiárias(os) dos Crepop nos CRPs; às vezes mil, duas(dois) mil


10299660605 pro-
10299660605
06

10299660605 10299660605
fissionais que respondem à coleta on-line; equipes de sistematização
.6

10299660605 10299660605
96

de dados; especialistas convidadas(os) e conselheiras(os)


10299660605 do CFP; e
10299660605
.9

mais umas duas centenas que contribuem durante a consulta públi-


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
ca. As referências técnicas são feitas para a categoria e pela categoria.
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

Quinze anos de Crepop


10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

O Crepop foi aprovado pelo Sistema Conselhos de Psicologia10299660605


G

em dezembro de 200510299660605
e iniciou suas atividades em janeiro de 2006.
A iniciativa tem como justificativa principal qualificar a atuação pro-
10299660605
10299660605
fissional num cenário aumento da inserção de psicólogas e psicó-
10299660605 10299660605
logos nas políticas públicas brasileiras, além de
10299660605 preencher uma la-
10299660605
cuna ainda existente entre o que o mundo do10299660605
10299660605 trabalho busca e ao
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


14
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
currículo durante a formação profissional. 10299660605
Nos últimos três anos e meio, o Crepop vem passando por
10299660605
um intenso processo de revisão das Referências Técnicas e de pu-
10299660605
10299660605
blicação de novas referências.
10299660605 Saímos de 1310299660605
publicações (2013)
para as atuais 23, e é esperado
10299660605 10299660605um número maior até o fim de 2021.
10299660605 10299660605
10299660605
O Crepop/CFP também é responsável pela realização do Se-
10299660605
minário Nacional de Psicologia e Políticas Públicas,
10299660605 que já está em
10299660605
sua 9ª edição.

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
Talvez o principal desafio seja uma disputa que é política 10299660605
e que

:5
10299660605

11
afeta diretamente todo o cenário que construímos até aqui, uma
10299660605 vez
10299660605

24
que estamos inseridos nos processos sociais e políticos do país: en-
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
frentar o processo de10299660605
desmonte das políticas públicas, projeto que

05
10299660605
já está em curso e caminha a passos largos, para o qual precisamos

8/
10299660605 10299660605

-0
estar atentas(os). Em10299660605
10299660605 pouco tempo, enfrentaremos uma Reforma

om
10299660605 10299660605
Administrativa, o que pode acarretar mais contratações temporá-

l.c
10299660605
rias, vínculos de trabalho fragilizados, alta rotatividade de trabalha-
ai
10299660605
gm
doras(es), ocasionando descontinuidade do serviço e do vínculo 10299660605
0@

com a população, bem


10299660605
como o achatamento de salários.
10299660605
01

10299660605
Impossível falar 10299660605
dos quinze anos do Crepop sem se lembrar de
n2
js

Marcus Vinícius de Oliveira, um defensor incansável dos direitos


10299660605 hu-
10299660605
-g

10299660605 10299660605
manos e da luta antimanicomial, professor da Universidade Federal
5
-0

10299660605 10299660605
da Bahia (UFBA), idealizador do Crepop e de tantas outras ações da
06

10299660605 10299660605
.6

Psicologia brasileira. Marcus Matraga foi assassinado


10299660605 em fevereiro
10299660605
96

10299660605 10299660605
de 2016 e o crime continua sem solução. Marcus Vinícius, presente.
.9
02

10299660605
O tema Riscos, Emergências e Desastres já era tratado pelo
-1

10299660605 10299660605
Sistema Conselhos de Psicologia em seminários nacionais (aborda-
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
do adiante), e entra para a lista de ações do Crepop em 2018. Por
m

10299660605 10299660605
ci

opção metodológica, o Crepop definiu que não10299660605


haveria investigação
10299660605
as

da prática profissional, cabendo diretamente à10299660605


comissão de 10299660605
espe-
lN
e

10299660605
cialistas a elaboração do texto.
ry

10299660605 10299660605
ab

O texto foi submetido à categoria por meio de consulta pública


10299660605
G

10299660605
realizada em agosto de 2019, que teve a contribuição de todo o país.
10299660605
O Crepop/CFP estava próximo ao lançamento da referência
10299660605 técnica
quando o mundo assistiu ao início da pandemia da covid-19 , 10299660605
10299660605 o que
fez com que o plenário do CFP tomasse medidas
10299660605
para que a referên-
10299660605
10299660605 10299660605
cia abordasse a atuação profissional em contextos de pandemia.
10299660605 O
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
15 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
CFP ampliou a comissão convidando especialistas com experiência
10299660605
em situações de epidemias.
10299660605
O resultado deste trabalho leva em consideração
10299660605 todo o tra-
10299660605
balho já realizado pelo Sistema Conselhos de 10299660605
10299660605 Psicologia no campo
da gestão integral de 10299660605
10299660605 riscos, emergências e desastres, reforçando a
importância da prevenção
10299660605 e com uma seção adicional sobre o con-
10299660605
10299660605 10299660605
texto
10299660605
da pandemia. 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


16
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

INTRODUÇÃO
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 De acordo com a Estrategia Internacional para la Reducción
10299660605
de Desastres Las Américas-EIRD-ONU, “desastre é uma séria in-

8
10299660605 10299660605

:3
terrupção no funcionamento
10299660605 10299660605de uma comunidade ou sociedade

0
:5
10299660605 10299660605
causando uma grande quantidade de mortes, 10299660605 bem como perdas e

11
10299660605

24
impactos materiais, econômicos
10299660605 10299660605 e ambientais que excedem a ca-

0
pacidade da comunidade ou sociedade afetada de fazer frente à si-

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605
tuação mediante o uso de seus próprios recursos” (UNDRR, 2004).

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 No Brasil, o Ministério da Integração Nacional, por meio da Ins-
10299660605

om
trução Normativa n. 02, de 20 de dezembro de 10299660605
10299660605
2016, define desastre

l.c
10299660605
como resultado de eventos adversos, naturais,10299660605
ai tecnológicos ou de
gm
origem antrópica, sobre um cenário vulnerável exposto a ameaça, 10299660605
0@

causando danos humanos, materiais ou ambientais


10299660605 e consequentes
10299660605
01

10299660605
prejuízos econômicos10299660605e sociais (BRASIL, 2016).
n2
js

10299660605 Em análise sobre perspectivas psicológicas e sociológicas 10299660605


-g

10299660605 10299660605
para a definição de desastres, FAVERO, SARRIERA e TRINDADE
5
-0

10299660605 10299660605
(2014) reafirmam que não há consenso entre especialistas e10299660605 pro-
06

10299660605
.6

põem que o conceito precisa ser retomado como


10299660605 um processo que
10299660605
96

tem sua origem na interação entre seres humanos e seu contexto


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
social, que expressa de forma aguda as vulnerabilidades 10299660605 física, so-
-1

10299660605
cial e ambiental. Os desastres desafiam a capacidade humana
10299660605 de
10299660605
to
en

resposta e podem levar tanto a perdas repentinas como prolonga- 10299660605


m

10299660605 10299660605
das no tempo. Ressaltam ainda que as circunstâncias 10299660605 que envol-
ci

10299660605
as

vem os desastres determinarão suas consequências e capacidade


lN

10299660605 10299660605
de enfrentamento por parte da comunidade. 10299660605
e
ry

10299660605 10299660605
ab

A Comissão de Psicologia das Emergências e Desastres do


10299660605
G

Conselho Federal de Psicologia


10299660605 (CFP), em 2015, apresentou o curso
“Psicologia da Gestão Integral de Riscos e Desastres” na plataforma
10299660605
10299660605
Orientapsi. No segundo módulo, nomeado “Mapa dos Desastres
10299660605 no
10299660605
Brasil”, apresenta-se a seguinte proposta de conceituação:
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
“A conceituação de um evento como desastre depende da10299660605
10299660605 pers-
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
17 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
pectiva daquele que o nomeia e do lugar que ele ocupa nessa interação
10299660605
com o evento. Assim, 10299660605
o conceito de desastre é utilizado para nomear
muitos eventos e/ou processos com características distintas. Parte-se
10299660605
da compreensão do desastre como uma ruptura do funcionamento ha-
10299660605
10299660605 10299660605
bitual de um sistema ou
10299660605 comunidade, devido aos impactos ao bem-es-
10299660605
tar físico, social, psíquico,
10299660605 econômico e ambiental de uma determinada
10299660605
localidade. Tal evento afeta um grande número de pessoas, ocasionan-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
do destruição estrutural e/ou material significativa e altera a geografia

8
10299660605 10299660605

:3
humana, provocando desorganização
10299660605 10299660605 social pela destruição ou altera-

0
:5
ção de redes funcionais. Os desastres podem provocar medo, horror,
10299660605 10299660605

11
sensação de impotência, confrontação com a destruição, com o10299660605
10299660605
caos,

24
10299660605 10299660605
com a própria morte e\ou de outrem, bem como perturbação aguda

0
/2
10299660605 10299660605

05
em crenças, valores e10299660605
10299660605 significados. Para haver um desastre, é neces-

8/
sária a combinação de10299660605
um conjunto de fatores:10299660605 ameaças, exposição,

-0
10299660605 10299660605
condições de vulnerabilidade e insuficiente gestão integral de riscos. O

om
10299660605 10299660605
desastre deve ser compreendido e vinculado ao10299660605 contexto no qual ele
l.c
ocorre, ou seja, é necessário considerar as dimensões ai 10299660605 sócio-político-
gm
10299660605
-culturais de vulnerabilidade, capacidade, exposição de pessoas e bens,
0@

10299660605 10299660605
características e percepções dos riscos e meio ambiente” (CFP, 2015).
01

10299660605
n2

A proposta global para enfrentar os desastres é nomeada 10299660605


10299660605
como
js

10299660605
-g

“Gestão Integral de Riscos,


10299660605 Emergências e Desastres” e representa
10299660605
5

um campo teórico/prático organizado coletivamente em relação às


-0

10299660605 10299660605
06

ameaças potenciais. Situações que podem afetar as condições10299660605


10299660605 para
.6

10299660605 10299660605
uma boa qualidade de vida em diferentes contextos, estados,10299660605
cida-
96

10299660605
.9

des e comunidades, considerando que uma população pode sofrer


02

10299660605
com adversidades em circunstâncias previsíveis e não previsíveis.
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to

Ao ser capaz de identificar riscos que possam existir, também


en

10299660605
é possível – de forma organizada – que uma população consiga pro-
m

10299660605 10299660605
ci

teger não só os recursos materiais e imateriais 10299660605 existentes num10299660605


10299660605
dado
10299660605
as
lN

território, mas também desenvolver condições10299660605 para enfrentar as si-


e
ry

tuações adversas e reduzir danos. Estudos sobre10299660605 crises apontam que


10299660605
ab

o risco aumenta quando se negligencia o potencial das situações de


10299660605
G

10299660605
desastre. Assim, é preciso que as políticas públicas sejam responsá-
10299660605
veis e interajam para a elevação do grau de consciência 10299660605 das pessoas
e, inclusive, das organizações privadas. Trata-se da implementação
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
de estratégias de Gestão de Riscos, de modo que
10299660605
as ações não se-
10299660605
jam sempre, ou reiteradamente, para gerenciar10299660605 situações de respos- 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


18
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
tas às emergências e desastres (SPEIGHT, 2010).
10299660605
A Organização das Nações Unidas para a Redução dos Riscos
10299660605
de Desastres (United Nations Office for Disaster Risk Reduction –
10299660605
10299660605
UNDRR), a partir do Marco de Ação de Hyogo, 2005-2015,
10299660605 10299660605propôs que
os Governos deveriam
10299660605 aumentar a resiliência de nações, cidades e
10299660605
comunidades frente aos
10299660605 riscos. Posteriormente, a partir da Confe-
10299660605
10299660605 10299660605
rência
10299660605
de Sendai, 2015-2030, adotou-se um novo marco no campo
10299660605
da redução dos desastres, reafirmando a necessidade de antecipar,

8
10299660605 10299660605

:3
planejar e reduzir riscos,
10299660605 proteger pessoas e comunidades, construir
10299660605

0
:5
cidades mais seguras, bem como uma maior resiliência
10299660605
nas cidades
10299660605

11
10299660605 10299660605
do mundo inteiro. Nesse contexto, entendeu-se que uma cidade re-

24
10299660605 10299660605

0
siliente pode ser definida como:

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Capacidade de um sistema, comunidade ou socieda-
10299660605

om
10299660605 10299660605
de exposto a riscos de resistir, absorver, adaptar-se

l.c
10299660605
ai
e recuperar-se dos efeitos de um perigo de manei-
10299660605
gm
ra tempestiva e eficiente, através, por exemplo, da
10299660605
0@

10299660605 10299660605
preservação e restauração de suas estruturas bási-
01

10299660605
cas e funções essenciais (UNDRR, 2015).
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605
Diante do contexto em que se configurou o Marco de Sendai10299660605 (UN-
06

10299660605 10299660605
DRR 2015), a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs que para
.6

10299660605 10299660605
96

se prevenir novos riscos e reduzir as condições existentes 10299660605para desas-


10299660605
.9

tres pressupõe-se a implementação de medidas econômicas, infraes-


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
truturais,
10299660605 jurídicas, sociais, de saúde, culturais, educacionais, ambien-
10299660605
to

tais, tecnológicas, políticas e institucionais, integradas e inclusivas,


en

10299660605
m

que possam prevenir e reduzir vulnerabilidades junto aos cidadãos.


10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Os territórios que compõem as cidades se constituem e 10299660605


se or-
lN

10299660605
ganizam dentro do contexto político, econômico e social onde se
e

10299660605
ry

inserem. Atualmente, cidades estão mais frágeis diante das emer-


10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

gências que vão se constituindo,


10299660605 não apenas conforme o imaginá-
rio social e visível do que seria um desastre, atrelado 10299660605a fenômenos
tidos como “naturais”, mas como espaços marcados por profundo
10299660605
10299660605 10299660605
desamparo, especialmente no que se refere à não
10299660605 garantia dos direi-
10299660605
tos humanos. Em outras palavras, como nos ensina
10299660605 MBEMBE (2018),
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
19 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
encontramo-nos sob a vigência da necropolítica, isto é,
territórios
10299660605
dominados por aqueles que detêm o poder de decidir os que po-
10299660605
dem viver e quem deve morrer. 10299660605
10299660605
Os fatores de sucesso do atendimento em10299660605
10299660605 situações de crises,
em termos de rapidez
10299660605 e precisão, são resultados do bom planeja-
10299660605
mento de estratégias de
10299660605 resposta, treinamento, liderança, tecnologia
10299660605
10299660605 10299660605
adequada
10299660605
e, efetivamente, dos planos de respostas factíveis – tendo
10299660605
como base fundamental o envolvimento e o 10299660605desenvolvimento de

8
10299660605

:3
competências das organizações
10299660605 10299660605 públicas, privadas e da sociedade

0
:5
civil. Além disso, é importante que haja a formação
10299660605
de parcerias,
10299660605

11
10299660605 10299660605
buscando respostas satisfatórias
10299660605 na assistência às vítimas, procuran-

24
10299660605

0
do resguardar a comunidade atingida de maiores danos no futuro.

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605
Evoluímos substancialmente, ao longo das
10299660605décadas, da
últimas

8/
10299660605

-0
condição de pensarmos
10299660605 uma Psicologia das emergências e dos desas-
10299660605

om
tres para uma Psicologia que pode gerenciar riscos10299660605
10299660605 e vulnerabilidades. A

l.c
10299660605
Psicologia na Gestão Integral de Riscos acompanha a possibilidade não
ai
10299660605
gm
apenas de construir estratégias de cuidados de saúde mental e atenção10299660605
0@

psicossocial para um território atingido por uma situação


10299660605 adversa, mas
10299660605
01

também de buscar atender às demandas de uma população que já se


10299660605
n2

10299660605
encontra em uma situação de vulnerabilidade, sob a perspectiva das
js

10299660605 10299660605
-g

estratégias de mitigação, prevenção e preparação.


10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
A Psicologia brasileira vive um processo de compreensão
06

10299660605 10299660605
dessas estratégias e tem se posicionado diante dos eventos que,
.6

10299660605 10299660605
96

especialmente ao longo dos últimos anos, nosso país tem viven-


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
ciado. São situações críticas que desencadeiam emergências e de-
-1

10299660605 10299660605
sastres
10299660605 que nos impõem, como psicólogas(os), uma reflexão 10299660605
sobre
to

o papel e as ações que a Psicologia – enquanto ciência e profissão


en

10299660605
m

– pode contribuir e deve realizar.


10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

No âmbito do CFP, e tendo em vista a presente publicação des-


lN

10299660605 10299660605
ta Referência Técnica,1 vale ressaltar alguns momentos
10299660605que marca-
e
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
1 O Sistema Conselhos é formado pelo CFP e pelos CRPs. No tema dos Riscos,
10299660605
Emergências e Desastres nos conselhos vêm se fortalecendo nos últimos 10299660605
10299660605 anos e
têm sido guiados por alguns eventos, grupos temáticos e documentos
10299660605 10299660605 norteadores.
Conforme abordaremos neste trabalho, duas notas técnicas
10299660605 foram publicadas. A
10299660605
primeira em 2013 e a segunda foi uma revisão publicada 10299660605
em 2016. 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


20
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
ram o processo histórico da linha de pensamento da categoria 10299660605
10299660605
sobre
o tema. Nesse sentido, destacamos
10299660605 o primeiro Seminário Nacional
de Psicologia das Emergências e dos Desastres,10299660605 realizado em Brasí-
lia-DF, no ano de 2006, que pôde trazer uma perspectiva 10299660605
diferente e,
10299660605 10299660605
mais
10299660605 propriamente, inovadora,
10299660605 em razão do trabalho realizado em
colaboração com a Secretaria
10299660605 10299660605Nacional de Defesa Civil.
10299660605 10299660605
10299660605
O Brasil caminhava pari passu a movimentos internacionais com
10299660605
o propósito de rever e pensar ações que traziam mudanças de pers-

8
10299660605 10299660605

:3
pectiva a respeito do 10299660605
10299660605 tema, rumo a um processo de construção de

0
:5
uma política pública voltada para a Proteção e Defesa
10299660605
Civil. Em10299660605
2010,

11
10299660605 10299660605
ocorreu a primeira Conferência Nacional de Defesa Civil e Assistência

24
10299660605 10299660605

0
Humanitária, em Florianópolis-SC,
10299660605 onde o CFP teve sua parcela de con-

/2
10299660605

05
tribuição nos processos de construção dos debates e encaminhamen-
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
to de ações (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2012).

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 Culturalmente e ao longo do tempo, o tema10299660605dos Riscos, das Emer-

l.c
10299660605
gências e dos Desastres foi pouco valorizado ou,10299660605 mais precisamente,
ai
gm
escamoteado. A invisibilidade construída sobre as desigualdades so-
10299660605
0@

ciais e vulnerabilidades ajudou a construir a perspectiva falaciosa de


10299660605 10299660605
01

que o país seria pouco10299660605


suscetível a condições adversas ou a grandes
n2

10299660605
riscos. Em meio às mudanças de perspectiva, à época da primeira
js

10299660605 10299660605
-g

Conferência Nacional, a própria Psicologia no Brasil seguia um cami-


10299660605 10299660605
5
-0

nho de maior democratização, alcançando espaços de políticas


10299660605 pú-
10299660605
06

10299660605 10299660605
blicas nos quais se firmava uma Psicologia com compromisso social.
.6

10299660605 10299660605
96

O CFP manteve-se ativo em encontrar espaços para ampliar


10299660605 o
10299660605
.9
02

10299660605
debate com a categoria e promover, junto a outros atores e setores,
-1

10299660605 10299660605
uma parceria com a Defesa Civil. A proposta foi e ainda é a de apoiar
10299660605 10299660605
to

uma efetiva Política de Proteção e Defesa Civil no país (Lei n. 12.608,


en

10299660605
m

de 10 de abril de 2012), considerando a importância


10299660605
da participação
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

e contribuição da Psicologia. O Brasil começava a viver uma10299660605


nova
lN

10299660605
forma de conceber a Defesa Civil, uma vez que10299660605 a condição de uma
e
ry

efetiva proteção se juntou ao nome dessa política – daí a mudança


10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

para Sistema Nacional10299660605de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).


Importante registrar a contribuição do CFP no processo de
10299660605
10299660605
criação
10299660605
da Rede Latino- Americana de Psicologia em Emergências
10299660605
e
10299660605 Desastres (LAPED), quando o inesquecível colega
10299660605Marcus Viní-
cius de Oliveira, junto a outros colegas, formulou
10299660605 uma parceria do
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
21 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Brasil com demais países, como Argentina, que10299660605
Cuba e Chile,
pas-
10299660605
saram a formar um bloco de apoio
10299660605 a atividades sobre o tema em
congressos e demais eventos. 10299660605
10299660605
A experiência com desastres, como diante
10299660605 das enchentes e
10299660605
deslizamentos de terra
10299660605 que atingiram os estados do Espírito Santo,
10299660605
Goiás, Minas Gerais, São
10299660605 Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pa-
10299660605
10299660605 10299660605
raná
10299660605
em 2011, consolidou o processo de elaboração do CFP – junta-
102996606052
mente aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) –, no sentido

8
10299660605 10299660605

:3
de oferecer respostas10299660605
10299660605 mais efetivas para aprofundar a compreensão

0
:5
acerca do papel da Psicologia para com as comunidades
10299660605
atingidas.
10299660605

11
10299660605 10299660605
É dessa composição, 10299660605
inserida em movimentos e articulações nacio-

24
10299660605

0
nais e internacionais, 10299660605
que tornou possível a inserção efetiva da cate-

/2
10299660605

05
goria diante da temática dos Riscos, Emergências e Desastres.
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Ao longo dos anos, vários Centros de Estudos e Pesquisas em
10299660605

om
Desastres foram criados com o objetivo de ampliar
10299660605 pesquisas sobre o
10299660605

l.c
10299660605
tema nas diferentes regiões do Brasil. Pode-se destacar uma das pri-
10299660605ai
gm
meiras publicações e contribuições da Psicologia, o material produ- 10299660605
0@

zido pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia


10299660605 10299660605Civil da Uni-
01

versidade Federal de Santa Catarina (CEPED-UFSC) sobre Gestão de


10299660605
n2

10299660605
Riscos e de Desastres e contribuições da Psicologia (BRASIL, 2010).
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 A integração de diferentes atores para promover linhas de cui-


10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
dados de Saúde Mental e Atenção Psicossocial (SMAPS) em 10299660605 situa-
06

10299660605
ções humanitárias trouxe uma perspectiva internacional
10299660605 ampliada
.6

10299660605
96

sobre as possibilidades de atuação de diferentes profissões, 10299660605


10299660605 entre
.9
02

10299660605
elas a Psicologia (IASC, 2007).
-1

10299660605 10299660605
10299660605 A primeira nota técnica sobre o assunto foi publicada em10299660605
maio
to
en

de 2013. Em janeiro de 2015 foi implementada a Comissão de Emer- 10299660605


m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

2 De acordo com a Lei n. 5.766/71, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Re-
10299660605
ry

gionais de Psicologia, a função desses conselhos é orientar, 10299660605 10299660605


disciplinar e fiscalizar
ab

10299660605
G

o exercício dessa profissão e zelar pela fiel observância dos princípios éticos e da
10299660605
disciplina da classe. Ambos buscam promover a autonomia e a valorização da ca-
10299660605
tegoria, pois isso refletirá no melhor desempenho do trabalho e no exercício ético
10299660605
da profissão. A tarefa maior das autarquias é, sem dúvida, a proteção dos direitos
10299660605 10299660605
do cidadão e de toda a sociedade no que diz respeito à prestação
10299660605 10299660605de serviços psico-
lógicos de qualidade, evitando a atuação de maus profissionais
10299660605 ou de profissionais
10299660605
não habilitados para o exercício dessa profissão. 10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


22
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
gências e Desastres do CFP, composta de das 10299660605
representantes
cinco
10299660605
regiões do Brasil, além10299660605
de contar com a colaboração de profissionais
da Psicologia brasileira e seus reconhecidos trabalhos na área. Pos-
10299660605
teriormente, o grupo passou a se chamar Comissão de Psicologia na
10299660605
10299660605 10299660605
Gestão Integral de Riscos,
10299660605 Emergências e Desastres, considerando
10299660605
uma revisão conceitual
10299660605 que permitiu um olhar ampliado diante do
10299660605
papel da Psicologia na área. Foram realizadas oficinas sobre Psico-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
logia e Gestão de Riscos e de Desastres em parceria com Conselhos

8
10299660605 10299660605

:3
Regionais, em cada uma
10299660605 das regiões, sendo que na Região Sudes-
10299660605

0
:5
te as oficinas ocorreram em todos os 4 estados. Como produto
10299660605 do
10299660605

11
10299660605 10299660605
trabalho dessa Comissão, também foi ofertada à categoria o curso

24
10299660605 10299660605
sobre o tema na plataforma Orientapsi. Ao final10299660605
de 2016, a comissão

0
/2
10299660605

05
elaborou uma revisão10299660605
10299660605 da nota técnica que já ressaltava a Gestão In-

8/
tegral em situações de10299660605
Riscos, Emergências e Desastres.
10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 A Psicologia brasileira segue na busca 10299660605
por contribuir efeti-

l.c
vamente na formulação, implementação e avaliação de políticas
10299660605
ai
10299660605
públicas no âmbito da Proteção e Defesa Civil. Ao mesmo tempo,
gm
10299660605
0@

vem construindo referências de atuação, apesar


10299660605 da predominância
10299660605
01

e do acúmulo no eixo de respostas em situações de emergências


10299660605
n2

e desastres. Em outros termos, apesar do reconhecido papel


10299660605
em
js

10299660605 10299660605
-g

políticas públicas intersetoriais,


10299660605 10299660605 imprime-se mais que um desejo de
5

contribuir em circunstâncias especiais em termos de pós-desastre.


-0

10299660605 10299660605
06

Fundamentalmente, trata-se de fomentar um conhecimento calca-


10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
do na experiência prática e no acúmulo teórico sobre o tema,10299660605
con-
96

10299660605
.9

siderando a perspectiva da percepção e mitigação de múltiplas vul-


02

10299660605
nerabilidades e das condições para uma Gestão Integral de Riscos.
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to

Atualmente, tem-se uma compreensão de que desastres são


en

10299660605
resultado do crescimento e transformação da sociedade, sem10299660605o ge-
m

10299660605
ci

renciamento adequado de riscos. Mais especificamente,


10299660605
riscos que
10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
são produzidos por fatores socioambientais, sociotécnicos, econô-
e

10299660605
ry

micos e culturais relacionados ao modo como10299660605


se produzem vulne-
10299660605
ab

rabilidades e de como se vivenciam ameaças aos desastres. Trata-se 10299660605


G

10299660605
de uma mudança de paradigma em relação ao tema, a saber, do
10299660605
enfoque nos efeitos para o reconhecimento e 10299660605
intervenção sobre as
causas de desastres. Afinal, desastres são produtos de uma combi-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
nação particular entre riscos, ameaças e vulnerabilidades
10299660605 10299660605
em um
dado território e com efeitos danosos para uma população, 10299660605
10299660605 como
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
23 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
já foi dito nas definições apresentadas no início10299660605 10299660605
deste documento.
10299660605
A Psicologia também foi congruente com outra mudança de
10299660605
paradigma sobre o tema. De uma perspectiva centrada 10299660605na psicopa-
10299660605
tologia sindrômica individual,
10299660605inclusive em relação à experiência do
10299660605
traumático – como na10299660605
10299660605 difusão do chamado Transtorno do Estresse
Pós-Traumático –, para
10299660605 uma apreensão da multideterminação do
10299660605
10299660605 10299660605
sofrimento
10299660605
psíquico, tanto singular quanto comunitário,
10299660605
ampliando
a dimensão dos cuidados a partir das contribuições da Saúde Cole-

8
10299660605 10299660605

:3
tiva e da Saúde Mental.
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
Para uma reflexão mais ampliada sobre a atuação da Psicologia
10299660605 10299660605

24
em situações de Riscos,
10299660605 Emergências e Desastres, é preciso conside-
10299660605

0
/2
rar que as ações devem ser integradas às redes 10299660605
10299660605 de serviços públicos,

05
10299660605 10299660605
especialmente da Defesa Civil, do Sistema Único de Saúde (SUS), do

8/
10299660605 10299660605

-0
Sistema Único de Assistência
10299660605 10299660605 Social (SUAS), de Segurança Pública,

om
Educação, além da contribuição das iniciativas privadas
10299660605 e de voluntá-
10299660605

l.c
10299660605
rios, de modo a implementar um plano articulado intersetorialmente,
ai
10299660605
gm
evitando-se ações isoladas, desintegradas ou mesmo improvisadas. 10299660605
0@

Trata-se de pensar ações de curto, médio e longo


10299660605 prazo.
10299660605
01

102996606053
Técnica para a atuação de psicólogas(os) na
Esta Referência 10299660605
n2
js

Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres considera


10299660605 os
10299660605
-g

avanços realizados na
10299660605 compreensão desse tema, seu “estado da
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
arte” e as contribuições que o CFP vem trazendo ao longo do tempo.
06

10299660605 10299660605
A proposta deste trabalho é a de contribuir para que a nossa cate-
.6

10299660605 10299660605
96

goria se aproprie ainda mais de subsídios teórico, técnico e político


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
das ações desenvolvidas no âmbito da Psicologia na Gestão Integral
-1

10299660605 10299660605
de
10299660605 Riscos, Emergências e Desastres. 10299660605
to
en

Tendo isso em vista, esta Referência Técnica visa a uma10299660605


abor-
m

10299660605 10299660605
dagem da temática como um elemento de inspiração à Psicologia.
ci

10299660605 10299660605
as

A aposta é partilhar e fomentar as questões em torno da complexi-


lN

10299660605 10299660605
dade envolvida no tema. Para isso, espera-se 10299660605
que o trabalho aqui
e
ry

10299660605 10299660605
ab

apresentado possa promover o diálogo, ampliar a compreensão eo


10299660605
G

potencial de atuação 10299660605


da categoria.
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
3 Uma nota técnica, para um órgão regulador e fiscalizador
10299660605 como o CFP, é um docu-
10299660605
mento de ordem consultiva e indicativa, cujo principal objetivo
10299660605 é nortear o desen-
10299660605
volvimento de atividades que demandam uma atenção específica. 10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


24
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Para esse percurso, esta referência foi três10299660605
dividida
gran- em
10299660605
des eixos. O primeiro10299660605
versa sobre a dimensão ético-política envol-
vida no tema, com base em uma perspectiva 10299660605
histórica. O segundo
busca compreender a relação da Psicologia 10299660605
e seu compromisso
10299660605 10299660605
social
10299660605 em contextos de Riscos,
10299660605 Emergências e Desastres, tendo em
vista o escopo das políticas
10299660605 públicas e as contribuições da Psicolo-
10299660605
gia Social e Psicologia
10299660605 Ambiental. A seguir, o terceiro eixo discute
10299660605
10299660605 10299660605
a atuação profissional dentro das 5 fases dos desastres:
10299660605prevenção,

8
10299660605

:3
preparação, mitigação,
10299660605 resposta e reconstrução. Acrescentam-se
10299660605

0
:5
também reflexões sobre cuidados específicos com relação a10299660605
10299660605 refu-

11
10299660605 10299660605
giados e em situações de epidemias.

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
25 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

EIXO 1: A PSICOLOGIA EM CONTEXTOS DE


10299660605
10299660605

RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES


10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 Neste primeiro 10299660605
momento, tem-se como objetivo discorrer

0
:5
10299660605
sobre a Psicologia em contextos de Riscos, Emergências e Desas-
10299660605

11
10299660605 10299660605
tres, e para isso será10299660605
apresentado o percurso histórico sobre as

24
10299660605

0
primeiras abordagens10299660605
quanto ao tema. O prenúncio desses estu-

/2
10299660605

05
dos se concentrou nos efeitos dos desastres, especialmente sob a
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
perspectiva do estresse.
10299660605 Nesses tempos, a Psicologia encontrava-
10299660605

om
-se embrenhada no paradigma individualista 10299660605
10299660605 em voga, em que o

l.c
discurso médico ditava a forma de apreensão sobre a experiência
10299660605
ai
10299660605
do traumático. A seguir, discute-se alguns marcos legais e históri-
gm
10299660605
0@

cos internacionais e nacionais em relação à 10299660605


10299660605 proteção da popula-
01

ção em situações de10299660605


desastres, o desenvolvimento de estratégias
n2

10299660605
de prevenção, ações do CFP, além das aproximações da Psicologia
js

10299660605 10299660605
-g

brasileira e latino-americana
10299660605 dedicadas à temática.
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605

Primeiras abordagens sobre o tema


96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 A tradição das pesquisas em emergências e desastres teve ori-
10299660605
to
en

gem em duas disciplinas, a saber, a Geografia e a Sociologia.10299660605


Am-
m

10299660605 10299660605
bas dominaram o campo de pesquisas sobre 10299660605
o tema, por meio de
ci

10299660605
as

investigações empíricas sistemáticas, desde o 10299660605


início dos anos10299660605
1950
lN

(OLIVER-SMITH, 1986; QUARANTELLI, 1985; QUARANTELLI & DY-


e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
NES, 1985). O interesse na área surgiu com a Geografia Humana. No
ab

10299660605
G

entanto, a abordagem10299660605
mais voltada para as questões sociais deu-se
com a Sociologia, e a partir dos anos 1970. A 10299660605
pesquisa sociológica
inicial
10299660605
– atenta aos comprometimentos das comunidades
10299660605
e 10299660605
orga-
nizações
10299660605 afetadas por desastres naturais – apoiava a ideia
10299660605 de que,
embora houvesse efeitos imediatos extensos, a10299660605
10299660605 maioria das reações
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


26
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
era superficial, de curta duração, não havendo10299660605 10299660605
outros comprometi-
10299660605
mentos em termos de10299660605
comportamento dos sobreviventes.
Os sociólogos, inclusive, chegaram a sugerir que poderia ha-
10299660605
10299660605
ver efeitos psicológicos benéficos, promovendo
10299660605 um forte senso de
10299660605
equilíbrio pessoal e social
10299660605 (QUARANTELLI, 1985; QUARANTELLI &
10299660605
DYNES, 1985). As dificuldades
10299660605 10299660605comportamentais resultantes de um
10299660605 10299660605
determinado evento seriam consequência do 10299660605
10299660605
ambiente social nos
quais os serviços de assistência pós-desastre eram oferecidos.

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605
Com relação à Psicologia,
10299660605
sua inserção tem sido gradual e,

0
:5
10299660605 10299660605

11
principalmente, nos últimos anos, sendo que10299660605
a maioria dos10299660605
estu-

24
dos e estratégias de 10299660605
10299660605 intervenção eram voltados ao atendimento

0
/2
dos sobreviventes posterior aos eventos. A dificuldade
10299660605 10299660605de analisar

05
10299660605 10299660605
as possíveis consequências de um desastre esteve atrelada à ten-

8/
10299660605 10299660605

-0
dência de se observar10299660605
10299660605 o fato como inteiramente devido a uma rela-

om
ção de causa e efeito. No entanto, uma situação
10299660605 de emergência ou
10299660605

l.c
10299660605
desastre raramente é um evento isolado. Geralmente, é o acúmulo
ai
10299660605
gm
de situações e condições anteriores, sendo apenas o prenúncio de
10299660605
0@

mais graves consequências.


10299660605 10299660605
01

10299660605
A evolução das pesquisas
10299660605 sobre os efeitos psicológicos dos de-
n2
js

sastres pode ser descrita como um desenvolvimento gradual,10299660605


10299660605 com
-g

eventos-chave esporádicos
10299660605 e com períodos de nenhum trabalho
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
proeminente. WEISAETH (1993), em uma avaliação histórica10299660605 con-
06

10299660605
cisa, relata que o estudo mais antigo sobre os10299660605
efeitos psicológicos
.6

10299660605
96

dos desastres foi conduzido por Edward Stierlin, publicado em10299660605


10299660605 1909
.9
02

10299660605
e 1911. Embora Stierlin fosse um médico psiquiatra na área, inves-
-1

10299660605 10299660605
tigando eventos como desastres em minas e ferrovia, bem 10299660605
10299660605 como
to

desastres naturais, seus estudos foram negligenciados na literatura


en

10299660605
m

sobre o assunto. Em 1920, encontramos a primeira


10299660605
pesquisa consi-
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

derada científica, realizada por Samuel Prince, no Canadá. Ele 10299660605


traba-
lN

10299660605
lhou com explosões e desastres marítimos. Já em 1944, Lindemann
e

10299660605
ry

realizou o primeiro estudo na área de intervenção pós- desastre.


10299660605 Tra-
10299660605
ab

10299660605
G

tou-se de uma avaliação sistemática


10299660605 das respostas psicológicas dos
sobreviventes do incêndio de uma boate em Boston (EUA), levando
10299660605
à morte 400 pessoas (PEREIRA, 2012). 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Durante vários anos, as organizações responsáveis
10299660605 por pres-
tar assistência aos sobreviventes enfatizaram a10299660605
10299660605 provisão de abrigo,
alimentação e imunização contra epidemias. Desse modo, a impor-
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
27 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
tância de se atender às necessidades psicológicas foi subestimada.
10299660605
A concepção sobre a10299660605
exclusividade de se atender a necessidades
materiais e imediatas mudou ao longo do tempo, considerando a
10299660605
importância que os efeitos psicológicos têm no10299660605
processo de recupe-
10299660605 10299660605
ração de uma população
10299660605 afetada por desastres.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Durante vários anos, as organizações 10299660605
responsáveis
por prestar assistência aos sobreviventes enfatizaram

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605
a provisão de abrigo,alimentação e imunização. 10299660605
10299660605

0
:5
10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605
Desde os anos 1950, diversas investigações no âmbito indivi-

0
/2
10299660605 10299660605
dual e social analisaram as consequências psicológicas dos desas-

05
10299660605 10299660605

8/
tres (SHORE et al., 1986; VITALIANO et al., 1987;
10299660605 WARHEIT, 1985).
10299660605

-0
10299660605 10299660605
No entanto, apesar do número de pesquisas realizadas, não houve

om
10299660605 10299660605
consenso no que dizia respeito à ocorrência, extensão 10299660605 persistên-
e
l.c
cia dos efeitos negativos na saúde mental dos 10299660605ai sobreviventes (SHO-
gm

RE et al., 1986; VITALIANO et al., 1987). 10299660605


0@

10299660605 10299660605
De acordo com10299660605
WARHEIT (1985), os resultados dessas pes-
01
n2

quisas podem agrupar- se em quatro categorias. A primeira inclui


10299660605
js

10299660605 10299660605
pesquisas que sugerem que os desastres causam estresse psico-
-g

10299660605 10299660605
5

lógico extenso, transtorno social e trauma psicológico crônico. A


-0

10299660605 10299660605
06

segunda categoria contém pesquisas que descrevem estresse


10299660605 de
10299660605
.6

10299660605 10299660605
curta duração e alguns problemas psicológicos e psiquiátricos crô-
96

10299660605 10299660605
.9

nicos. A terceira agrupa pesquisas que concluem que os desastres


02

10299660605
causam quadros psicopatológicos de longa duração, mas somen-
-1

10299660605 10299660605
te entre aqueles que têm histórico anterior de psicopatologia
10299660605
ou
10299660605
to
en

10299660605
vulnerabilidade psicológica. Finalmente, a quarta categoria sugere
m

10299660605 10299660605
ci

que os desastres podem produzir consequências positivas, geran-


10299660605 10299660605
as

do forte sensação de equilíbrio individual e social.


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
Existem algumas explicações plausíveis10299660605 para essa falta de
ry

10299660605
ab

consenso. Em primeiro lugar, existe a probabilidade de os pesquisa- 10299660605


G

10299660605
dores terem usado instrumentos diferentes para avaliar a extensão
10299660605
do estresse. Em segundo, a possibilidade de os dados terem sido
10299660605
coletados em diferentes momentos depois do desastre. Como,
10299660605 por
10299660605
exemplo, certos dados que foram coletados imediatamente pós-de-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
sastre e outros que foram coletados meses depois. Em terceiro10299660605
10299660605 lugar,
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


28
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
as pesquisas podem ter sido realizadas com diferentes populações.
10299660605
Finalmente, o conceito de desastre pode ter recebido diferentes in-
10299660605
terpretações (VITALIANO et al., 1987; WARHEIT,10299660605
1985).
10299660605
Conforme estudos de BENEVIDES (2015),10299660605
10299660605 ainda sob uma pers-
pectiva histórica, a atuação
10299660605 da Psicologia em situações de Riscos,
10299660605
Emergências e Desastres
10299660605 encontra-se atrelada ao Instituto de Saúde
10299660605
10299660605 10299660605
Mental
10299660605
do Departamento de Saúde dos Estados Unidos. Nesse instituto
10299660605
norte-americano, em 1974, foi promulgada a primeira lei que regulou a

8
10299660605 10299660605

:3
“atuação e ajuda em desastres”,
10299660605 10299660605 quando foi prevista a atuação de psi-

0
:5
cólogas(os) em relação aos afetados, determinando
10299660605
“que toda pessoa
10299660605

11
10299660605 10299660605
que passa por um evento de emergências e desastres” deve receber

24
10299660605 10299660605

0
“acompanhamento psicológico
10299660605 por tempo indeterminado” (p. 24).

/2
10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 1909: Primeiro estudo sobre
aspectos psicológicos envolvidos
10299660605

om
10299660605 em desastres, de Edward Stierlin (EUA); 10299660605

l.c
10299660605
1920: Primeira pesquisa considerada científica feita por Sa-
10299660605 ai
gm
muel Prince (Canadá); 10299660605
0@

10299660605 1944: Primeiro estudo na área de intervenção pós-desastre


10299660605
01

por Lindemann 10299660605


(EUA);
n2

10299660605
1974: Primeira lei que garantiu atendimento psicológico, do
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Instituto de Saúde Mental do Departamento de Saúde (EUA).


10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 Reconhecer a participação da Psicologia junto às pessoas


10299660605
96

10299660605 10299660605
afetadas traz a necessidade de ampliar e atualizar nossos conhe-
.9
02

10299660605
cimentos sobre o tema. Daí que visitar o passado de sua constru-
-1

10299660605 10299660605
ção permite reafirmar ou redimensionar alguns conceitos e noções,
10299660605 10299660605
to
en

contribuindo com a fundamentação para o trabalho da Psicologia. 10299660605


m

10299660605 10299660605
ci

As pesquisas sobre as reações psicológicas aos desastres


10299660605 têm
10299660605
as

utilizado a literatura sobre estresse para avaliar tais consequências.


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
No entanto, historicamente, as teorias do estresse adotaram uma vi-
ry

10299660605 10299660605
ab

são psicopatológica individualista. Frequentemente, o estresse é10299660605


defi-
G

nido como: “um estado alterado do organismo produzido por agentes


10299660605
10299660605
do ambiente psicológico, social, cultural e/ou físico. Assume-se que,
10299660605
quando este estado alterado não é mitigado, produz efeitos físicos
10299660605 e
10299660605
psicológicos negativos para certas pessoas” (WARHEIT,
10299660605 1985, p. 198).
10299660605
10299660605 10299660605
Avalia-se que não só as diferentes perspectivas teóricas10299660605
10299660605 para
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
29 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
compreender como desastres afetam a saúde 10299660605
mental das10299660605
pessoas,
10299660605
mas também as publicações e estudos longitudinais são raros, o que
10299660605
tem dificultado a avaliação dos impactos na saúde mental daqueles
10299660605
que vivenciam eventos dessa natureza (UDOMRATN, 2008).
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 A perspectiva da10299660605
Psicologia nas décadas de 1960 e 1970 seguiu
a esteira dos estudos10299660605
10299660605 do período e, desse modo, concentrou suas
10299660605 10299660605
análises em termos das reações psicopatológicas
10299660605
individuais. Nesse
10299660605
ínterim, aderiu à concepção e literatura do Transtorno
10299660605do Estresse

8
10299660605

:3
Pós-Traumático, que 10299660605
10299660605 passou a ser a principal abordagem sobre os

0
:5
impactos psicológicos em experiências de desastre.
10299660605
Inclusive,10299660605
ade-

11
10299660605 10299660605
riu ao contexto das comorbidades – transtornos secundários –, que

24
10299660605 10299660605

0
incluem o abuso de substâncias psicoativas, fobias, ataques de pâ-

/2
10299660605 10299660605

05
nico e quadros de depressão
10299660605 e mania.
10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 O que também passou a ser veiculado foi que a desinformação
10299660605

om
e o subdiagnóstico poderiam levar à proliferação10299660605
10299660605 de outras patologias,

l.c
10299660605
em que os sintomas pós-traumáticos poderiam10299660605evoluir e apresentar
ai
gm
outras expressões. Posteriormente, passou-se a considerar que10299660605
ter o
0@

cuidado de explorar o modo como a pessoa experimentou as circuns-


10299660605 10299660605
01

tâncias e os eventos pregressos


10299660605
de sua vida, relacionam-se com suas
n2

10299660605
queixas somáticas e seu sofrimento psíquico (VIEIRA NETO, 2006).
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 No âmbito da Psicologia brasileira, é preciso considerar que


10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
a categoria profissional somente foi reconhecida em 1967. 10299660605O pri-
06

10299660605
meiro registro de sua inserção na área de Riscos, Emergências e
.6

10299660605 10299660605
96

Desastres data de 1987, quando aconteceu um acidente radioati-


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
vo envolvendo uma cápsula de césio-137, em10299660605Goiânia. O acidente
-1

10299660605
ocorreu
10299660605 no dia 13 de setembro e foi considerado o maior acidente
10299660605
to

radioativo no mundo, ocorrido fora o de uma usina nuclear (ASSIS


en

10299660605
m

& FERREIRA, 2013; NETO & BELO, 2015).


10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

As mudanças climáticas têm sido estudadas na relação10299660605


com
lN

10299660605
desastres, e no Brasil o desastre que afeta a maior parte dos mu-
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

nicípios é a seca. Talvez esse seja o desastre mais silenciado das


10299660605
G

últimas décadas, com10299660605


pouca produção de estudos. Numa revisão
sistemática de estudos sobre impactos da seca sobre a saúde, en-
10299660605
10299660605
contraram-se:
10299660605
desnutrição e deficiências nutricionais, saúde 10299660605
men-
tal,
10299660605 doenças relacionadas com a qualidade das águas e
10299660605ar, câncer e
comprometimento do acesso aos serviços de saúde. Alpino, Sena e
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


30
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Freitas (2016) também relacionaram impactos 10299660605
10299660605
financeiros
e econô-
10299660605
micos da seca ao aumento do estresse, ansiedade, alcoolismo e sui-
10299660605
cídio, bem como aumento de processos migratórios e disseminação
10299660605
de doenças e epidemias. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Nesse mesmo estudo, ao avaliar especificamente os aspectos
10299660605
de saúde mental em diferentes
10299660605 grupos populacionais, identificaram-se
10299660605
10299660605 10299660605
ansiedade
10299660605
em relação ao futuro e suicídio, principalmente,
10299660605
entre agri-
cultores e fazendeiros idosos. O isolamento social e econômico apa-

8
10299660605 10299660605

:3
receu entre grupos de10299660605
10299660605 adolescentes. Mulheres apresentaram maiores

0
:5
níveis de ansiedade que os homens em função10299660605
10299660605
da responsabilidade
10299660605

11
10299660605
com relação às necessidades da família, principalmente quando se

24
10299660605 10299660605

0
encontravam sozinhas10299660605
em função dos companheiros terem se muda-

/2
10299660605

05
do em busca de emprego (ALPINO; SENA; FREITAS, 2016).
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Outro estudo relacionado
10299660605 a eventos climáticos detectou au-

om
mento da demanda por cuidados de saúde mental
10299660605 pós-desastre na
10299660605

l.c
10299660605
Região Serrana do Rio de Janeiro (2011), particularmente no Siste-
ai
10299660605
gm
ma Único de Saúde, ao comparar dados públicos sobre assistência 10299660605
0@

em saúde mental dois anos antes e dois anos10299660605


10299660605 após o evento. Em
01

comparação às áreas 10299660605


não afetadas pelo evento, não houve o mesmo
n2

10299660605
aumento de demanda (DELL’ARINGA et al., 2018).
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Acidentes aéreos, deslizamentos e inundações têm grande


10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
cobertura midiática e geram comoção da população e interesse de
06

10299660605 10299660605
profissionais para atuar na resposta. Porém, é fundamental com-
.6

10299660605 10299660605
96

preender a dimensão complexa dos desastres, 10299660605


a conexão com10299660605
o ter-
.9
02

10299660605
ritório, as vulnerabilidades deles e construir estratégias que estejam
-1

10299660605 10299660605
articuladas com a população afetada. Ressalta-se que as reações
10299660605 10299660605
to

advindas de um evento extremo são consideradas “normais” dentro


en

10299660605
m

de uma “situação anormal”. Sendo assim, é fundamental


10299660605
elaborar
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

estratégias que tragam segurança, reativação de10299660605


redes afetivas10299660605
e cui-
lN

dados em momentos de crise, bem como manter serviços de saúde


e

10299660605
ry

mental especializados para os casos mais graves (IASC, 2007).10299660605


10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
A Psicologia nas décadas de 1960 e 1970 seguiu
10299660605
10299660605 a esteira dos estudosdesse período: concentrou 10299660605
10299660605 suas análises em termos de reações
10299660605
10299660605
psicopatológicas individuais.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
31 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Não é possível determinar um tempo específico
que para
as
10299660605
pessoas se recuperem. Existem
10299660605 vários elementos que podem favo-
recer ou dificultar a recuperação, como a presença de grupos de as-
10299660605
sistência, o que reforça a importância do auxílio psicológico voltado
10299660605
10299660605 10299660605
para demandas específicas
10299660605 oriundas de experiências traumáticas
10299660605
(FRANCO, 2005). A relevância
10299660605 da Psicologia em contextos de Riscos,
10299660605
Emergências e Desastres se deve ao reconhecimento de que essas
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
experiências podem produzir alterações psicológicas e sintomas so-

8
10299660605 10299660605

:3
máticos (PARANHOS &
10299660605 WERLANG, 2015).
10299660605

0
:5
10299660605
Com as contribuições de SOLOMON (1987), as pesquisas
10299660605

11
10299660605 10299660605
sobre desastres passaram a ser uma oportunidade para se anali-

24
10299660605 10299660605

0
sar o estresse não somente em uma perspectiva individual, mas

/2
10299660605 10299660605

05
também social. Nesse mesmo sentido, VITALIANO et al. (1987)
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
enfatizam que os desastres deveriam ser interpretados como um

-0
10299660605 10299660605

om
estressor coletivo. É nesse contexto que vemos
10299660605 uma abertura para
10299660605

l.c
múltiplas determinações causais e efeitos não exclusivamente in-
10299660605
ai
10299660605
dividuais, mas vivenciados coletivamente. Emergências e desas-
gm
10299660605
0@

tres são eventos complexos e multidimensionais.


10299660605 Assim, os senti-
10299660605
01

dos que uma pessoa 10299660605


atribui ao evento determinam não só como a
n2

situação será vivenciada inicialmente, mas também como interfe-


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

rirá nos processos de10299660605


10299660605 recuperação (ANGELA, E. L. C; MARCOS, A.
5

M.; LUCELITA, M. A. 1981). Contudo, o significado não está apenas


-0

10299660605 10299660605
06

na situação em si, nem nas pessoas tomadas individualmente,


10299660605 mas
10299660605
.6

10299660605 10299660605
na interação entre pessoas, comunidades e eventos.
96

10299660605 10299660605
.9

As pesquisas e os trabalhos técnicos, no Brasil, têm contribuído


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
para
10299660605
se compreender e modificar atuações de profissionais envolvidos
10299660605
to

em desastres em função da sua complexidade, como, por exemplo, a


en

10299660605
importância da mobilização comunitária e a garantia da proteção aos
m

10299660605 10299660605
ci

direitos humanos nas fases de resposta e recuperação (UFSC,10299660605


10299660605
2014,
as
lN

10299660605 10299660605
2015). Muitas publicações na América Latina têm10299660605
retomado as causas
e
ry

estruturais dos desastres e os impactos psicossociais. Sendo assim,


10299660605 de-
10299660605
ab

sigualdades sociais e vulnerabilidades socioambientais ainda são im-


10299660605
G

10299660605
portantes desencadeadores de desastres e sofrimento na população
10299660605
latino-americana que precisam ser enfrentados 10299660605
para a construção de
comunidades resilientes. Ressalta-se que ainda há pouca produção
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
teórica sobre os impactos psicossociais dos desastres,
10299660605
mantendo o en-
10299660605
foque em aspectos psicológicos (CARVALHO, OLIVEIRA, 2020). 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


32
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

Desafios para redução de riscos e de


10299660605
10299660605

desastres: Marcos10299660605
de Hyogo e Sendai10299660605
10299660605

10299660605
10299660605
Ao mesmo tempo que a Psicologia avança realinhando con-
10299660605
10299660605 10299660605
ceitos
10299660605 e estratégias para10299660605 de SMAPS em desastres, o mesmo
cuidados
ocorre em nível mundial. Governos membros da
10299660605 ONU, de diferentes
10299660605
partes do mundo, se comprometeram a tomar medidas para reduzir

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
os riscos de desastres, adotando o Marco de Ação de Hyogo (para a

:5
10299660605 10299660605

11
redução do risco de desastres entre 2005-2015). O Marco de Hyogo
10299660605 10299660605

24
oferece uma assistência
10299660605 aos esforços das nações para que possam
10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
reduzir vulnerabilidades, considerando a colaboração como uma

05
10299660605 10299660605
noção fundamental. Isso porque se compreendeu que desastres po-

8/
10299660605 10299660605

-0
dem afetar a qualquer10299660605
10299660605 um e, portanto, é um assunto de todos.

om
10299660605 10299660605
Trata-se de um importante instrumento 10299660605 para a implementa-
l.c
ai
ção de estratégias de redução de riscos, com o10299660605 objetivo de aumen-
gm
tar a resiliência e reduzir consideravelmente as perdas – de10299660605 vidas
0@

10299660605 10299660605
humanas, bens sociais, econômicos e ambientais – causadas por
01

10299660605
desastres. O Marco oferece as seguintes ações como prioritárias:
n2

10299660605
js

identificar riscos e adotar medidas cabíveis para reduzir riscos;


10299660605 am-
10299660605
-g

10299660605 10299660605
pliar a compreensão e conscientização de governos e populações;
5
-0

10299660605 10299660605
e fortalecer estratégias de preparação e resposta (INTERNATIONAL
06

10299660605 10299660605
.6

STRATEGY FOR DISASTER REDUCTION, ISDR, 2005).


10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9

O Marco de Sendai (2015-2030) foi adotado na III Conferência


02

10299660605
Mundial sobre a Redução do Risco de Desastres, de março de 2015.
-1

10299660605 10299660605
Na ocasião, países se comprometeram em reduzir os riscos de
10299660605 de-
10299660605
to
en

10299660605
sastres; completar a avaliação e revisão da implementação do Mar-
m

10299660605 10299660605
co de Hyogo; considerar a experiência adquirida com estratégias,
ci

10299660605 10299660605
as

instituições, planos e acordos regionais e nacionais para a redução


lN

10299660605 10299660605
e

de riscos e suas recomendações; identificar modalidades 10299660605


de coope-
ry

10299660605 10299660605
ab

ração com base nos compromissos para implementar um quadro 10299660605


G

pós-2015 para a redução dos riscos; e determinar modalidades para


10299660605
a revisão periódica da implementação de um quadro pós-2015 (Uni-
10299660605
10299660605
ted Nations Office for Disaster Risk Reduction, UNDRR, 2015). 10299660605
10299660605
10299660605 A Organização das Nações Unidas para a10299660605 Redução dos Riscos
10299660605 10299660605
e dos Desastres, a partir do Marco de Ação de Hyogo 2005-2015,
10299660605
pro-
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
33 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
punha o aumento da resiliência das nações e das comunidades10299660605
10299660605
fren-
te aos desastres e posteriormente,
10299660605 a partir da conferência de Sendai,
adota um novo marco de redução aos desastres 2015-2030, o Marco
10299660605
de Sendai, reafirmando a necessidade de antecipar, planejar e reduzir
10299660605
10299660605 10299660605
o
10299660605 risco de proteger pessoas, comunidades
10299660605 e países de forma mais
efetiva, bem como construir
10299660605 uma maior resiliência nas cidades.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
A resiliência é definida no contexto desses marcos como “a
10299660605
capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade 10299660605 exposto a

8
10299660605

:3
riscos de resistir, absorver,
10299660605 adaptar-se e recuperar-se dos efeitos de
10299660605

0
:5
um perigo de maneira tempestiva e eficiente,10299660605
10299660605
através, por exem-
10299660605

11
10299660605
plo, da preservação e10299660605
restauração de suas estruturas básicas e fun-

24
10299660605

0
ções essenciais”. Essa10299660605
é definição de resiliência das Nações Unidas

/2
10299660605

05
para a Redução de Riscos de Desastres (UNISDR, 2009, p. 24).
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 As Nações Unidas diante do contexto em que se configura o
10299660605

om
Marco de Sendai, objetiva que prevenir novos 10299660605
10299660605 riscos de desastres e

l.c
10299660605
reduzir os riscos de desastres já existentes pressupõe a implemen-
ai
10299660605
gm
tação de medidas econômicas, estruturais, jurídicas, sociais, de
10299660605
0@

saúde, culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e


10299660605 10299660605
01

institucionais integradas e inclusivas que possam prevenir e reduzir


10299660605
n2

10299660605
riscos, perigos e vulnerabilidades junto aos cidadãos.
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Diante desse Marco, o que ainda pode-se observar é que o


10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
mundo convive com condições de desigualdades intensas, e as me-
06

10299660605 10299660605
tas para alcance do Marco de Sendai presumem que se faz necessá-
.6

10299660605 10299660605
96

ria a erradicação da pobreza, melhoria da educação das populações


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
vulneráveis e redução da desigualdade social. 10299660605
Com a dimensão da
-1

10299660605
pandemia
10299660605 da covid-19 vivida no mundo, é possível que essas10299660605
desi-
to

gualdades sejam acentuadas e que as situações de risco se ampliem


en

10299660605
m

diante das populações mais pobres e mais vulneráveis.


10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
Marco de Hyogo → 2005-2015
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
Marco de Sendai → 2015-2030
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
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Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


34
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

Trajetória brasileira e inserção da Psicologia


10299660605
10299660605

na dimensão da Proteção e Defesa Civil


10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
Sob uma perspectiva histórica, o Brasil traz uma preocupação
10299660605
10299660605 10299660605
com
10299660605 a segurança de seus
10299660605 desde a época do Império. O artigo
povos
179 da Constituição Política do Império do Brasil,
10299660605 de 24 de março de
10299660605
1824, garantiu os chamados “socorros públicos” à população. Entre-

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
tanto, foi a partir da década de 1940, com a participação do 10299660605 Brasil

:5
10299660605

11
na Segunda Guerra Mundial e, principalmente, 10299660605 após o naufrágio dos
10299660605

24
navios de passageiros10299660605
10299660605 Arará e Itagiba na costa brasileira, que se co-

0
/2
10299660605 10299660605
meçou a avançar nesse tipo de atendimento. Em 1988, surgiu a ideia

05
10299660605 10299660605
de um sistema único 10299660605
nacional, de ação permanente em termos de

8/
10299660605

-0
Defesa Civil. A legislação
10299660605 sobre o SINPDEC passou por uma série de
10299660605

om
revisões ao longo do tempo (BRASIL, 2010). 10299660605
10299660605

l.c
10299660605
A atual política de Proteção e Defesa Civil,ai nos diferentes ní-
10299660605
gm
veis – federal, estadual e municipal –, é uma legislação específica 10299660605
0@

10299660605 10299660605
que rege as ações nessa área e encontra-se em vigor desde 2012,
01

10299660605
por meio da Lei n. 12.608 (BRASIL, 2012). Trata-se da lei que insti-
n2

10299660605
js

tuiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), dispôs


10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
sobre o SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa10299660605 Civil
5
-0

10299660605
(CONPDEC), autorizando a criação de sistemas de informação, mo-
06

10299660605 10299660605
.6

nitoramento e financiamento.
10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
1824: Constituição Política do Império do10299660605 Brasil garantiu os
-1

10299660605
10299660605 “socorros públicos”; 10299660605
to
en

1940: Socorro público em função do naufrágio dos navios 10299660605


m

10299660605 10299660605
Arará e Itagiba;
ci

10299660605 10299660605
as

1988: Criação de um sistema único de Defesa Civil;


lN

10299660605 10299660605
2012: Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

No ano de 2012, o governo brasileiro lançou


10299660605
o Plano Nacio-
10299660605
nal de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres 10299660605 (BRASIL,
Naturais
2012), que se embasou em quatro eixos: prevenção, mapeamento,
10299660605 10299660605
monitoramento e alerta, resposta aos desastres.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
O primeiro Seminário Nacional de Psicologia das Emergências
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
35 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
e dos Desastres, realizado em Brasília-DF, ocorreu – 10299660605
em 2006
10299660605
já em
uma perspectiva inovadora em
10299660605 função do trabalho realizado em co-
laboração com a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Nessa época,
10299660605
a própria Defesa Civil caminhava em um processo de construção
10299660605
10299660605 10299660605
de
10299660605 uma política pública para
10299660605Proteção e Defesa Civil, em que todo
o sistema passou a ser
10299660605 integrado às demais políticas públicas, já
10299660605
desenvolvidas no país.
10299660605 Nesse mesmo momento, foi realizada a pri-
10299660605
10299660605 10299660605
meira Reunião Internacional por uma Formação Especializada em

8
10299660605 10299660605

:3
Psicologia das Emergências
10299660605 e Desastres, permitindo elencar o tema
10299660605

0
:5
no âmbito curricular à formação de futuros profissionais.
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605
Durante o primeiro Seminário Internacional de 2006, sucedeu-

24
10299660605 10299660605

0
-se a construção da política e produção de novas referências da Psi-

/2
10299660605 10299660605

05
cologia na área. No evento, a Secretaria Nacional de Defesa Civil
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
acolheu um plano de10299660605
trabalho desenvolvido pelo CFP que, atento

-0
10299660605

om
às novas formas de atuação da Psicologia, foi desafiado
10299660605 10299660605a iniciar um

l.c
diálogo e desenvolver ações, considerando prevenção, 10299660605mitigação e
ai
10299660605
preparação (simulados), resposta e recuperação aliando-se a10299660605 uma
gm
0@

política de Proteção e Defesa Civil.


10299660605 10299660605
01

PARANHOS e WERLANG
10299660605
(2015) indicam os impactos do movi-
n2

10299660605
mento de construção da política de Proteção e Defesa Civil nos Conse-
js

10299660605 10299660605
-g

lhos Regionais de Psicologia (CRPs). O CRP da 12ª região/SC assinou


10299660605 10299660605
5
-0

um termo de cooperação, em 2008, com a Secretaria Executiva


10299660605 de
10299660605
06

10299660605 10299660605
Justiça e Cidadania com propostas desenvolvidas em conjunto com
.6

10299660605 10299660605
96

a Defesa Civil. O CRP da 4ª região/MG montou um Grupo de Trabalho


10299660605 10299660605
.9

sobre a temática entre 2008 e 2009. O CRP da 6ª região/SP, em 2011,


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
protagonizou oficinas de práticas em algumas cidades de São Paulo
10299660605
e
10299660605
to

criou um Grupo de Trabalho de Emergências e Desastres (GTED). Nes-


en

10299660605
se contexto, cabe ressaltar que, desde 2014, Pernambuco já mantinha
m

10299660605 10299660605
ci

uma parceria com a Defesa Civil de Recife, uma10299660605


vez que esta foi10299660605
10299660605
a pri-
as
lN

10299660605
meira a adotar concurso público, a partir de 2008, para psicólogas(os)
e

10299660605
ry

em seu quadro de agentes. Já o CRP da 5ª região/RJ, por meio de


10299660605 sua
10299660605
ab

Subsede da Região Serrana, realiza desde 2008 discussões voltadas ao


10299660605
G

10299660605
tema de emergências e desastres, com destaque para o I Seminário
10299660605
de Psicologia das Emergências e dos Desastres (2008), pesquisa junto
10299660605
às/aos estudantes de Psicologia de Petrópolis (2010) e, logo após
10299660605 as
10299660605
10299660605 10299660605
enchentes
10299660605
(em 2011, participou da constituição da Rede
10299660605
de Cuidados
da Região Serrana/Psicologia das Emergências e10299660605
dos Desastre. 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


36
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Em 2010, deu-se a primeira Conferência10299660605
10299660605
Nacional
de Defesa
10299660605
Civil, e o CFP pôde contribuir na construção dos debates. Afinal, tra-
10299660605
ta-se de um tema no qual, culturalmente, o Brasil não dimensionou
10299660605
os diferentes tipos de desastres a serem considerados no país, nem
10299660605
10299660605 10299660605
a
10299660605 necessidade de se formular
10299660605 e implantar políticas nesse sentido,
bem como a importância
10299660605 de se preparar a população. Desde a con-
10299660605
ferência, o CFP manteve-se
10299660605 mais presente, fomentando mudanças
10299660605
10299660605 10299660605
no âmbito das políticas públicas de Proteção e Defesa Civil, amplian-

8
10299660605 10299660605

:3
do debates e promovendo
10299660605 encontros.
10299660605

0
:5
10299660605
No relatório da primeira Conferência Nacional de Defesa10299660605
Civil

11
10299660605 10299660605
(CNDC), de 2010, realizado em Brasília/DF, constaram os seguintes as-

24
10299660605 10299660605

0
pectos: “inexistência de uma cultura permanente de Defesa Civil com

/2
10299660605 10299660605

05
ênfase na prevenção; um
10299660605 modelo de ação pautado numa perspectiva
10299660605

8/
10299660605 10299660605
restrita ao resgate e proteção; e aceitação de que o passivo dos desas-

-0
10299660605 10299660605

om
tres ficava a cargo das pessoas afetadas” (UFSC,10299660605
10299660605 2012, p. 17.). “Tendo

l.c
em vista um cenário de pouco conhecimento e discussão popular
10299660605
sobre os assuntos pertinentes à Defesa Civil, e mesmo quanto ai
10299660605
aos
gm
10299660605
0@

desastres, tornou-se fundamental investir em ações


10299660605 voltadas à sen-
10299660605
01

sibilização, informação e mobilização social” (UFSC, 2012, p. 17). A


10299660605
n2

primeira CNDC visou debater e construir a política pública de Defesa


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

Civil no Brasil, atentando


10299660605 para ações de redução e mitigação de riscos
10299660605
5

e perdas relacionadas a desastres no país, além da necessidade de


-0

10299660605 10299660605
06

se garantir que as pessoas fossem atendidas, protegidas, escutadas


10299660605 e
10299660605
.6

10299660605 10299660605
partícipes do debate sobre a Defesa Civil (UFSC,10299660605
2012).
96

10299660605
.9

A segunda conferência – Conferência Nacional de Proteção e


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
Defesa
10299660605
Civil –, realizada em 2014, enfatizou as políticas de preven- 10299660605
to

ção, investiu no conhecimento e mapeamento dos riscos e 10299660605 visou


en

fortalecer a participação, o controle social e a integração das 10299660605


políti-
m

10299660605
ci

cas públicas relacionadas, tendo em vista novos paradigmas 10299660605


10299660605
sobre
as
lN

10299660605 10299660605
o tema (BRASIL, 2017).
e

10299660605
ry

As conferências nacionais foram importantes por adotarem10299660605


10299660605 uma
ab

10299660605
G

perspectiva democrática sobre a


10299660605 Proteção e Defesa Civil no país. Envol-
veram processos participativos, de franco diálogo entre Estado – nos
10299660605
níveis federal, estadual e municipal – e sociedade. As duas conferên-
10299660605
10299660605 10299660605
cias compartilharam as responsabilidades do Estado
10299660605
e da sociedade
10299660605
na elaboração de uma nova política pública de Proteção
10299660605 e Defesa Civil,
10299660605
ajustando estratégias de implementação de políticas já existentes.
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
37 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
As conferências nacionais foram importantes
10299660605
por adotarem uma perspectiva democrática
10299660605
sobre a Proteção e Defesa Civil no país.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
Em novembro de 2011, foi realizado o segundo Seminário Na-
10299660605
cional de Psicologia das Emergências e dos Desastres,
10299660605 10299660605 em Brasília/
DF. O CFP esteve à frente de todo o processo, práticas desenvolvidas

8
10299660605 10299660605

:3
em todo o Brasil foram
10299660605
apresentadas, uma condição de troca efetiva
10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
de informações aconteceu e foi proposta a criação da Associação
10299660605 10299660605

24
Brasileira de Psicologia
10299660605 nas Emergências
10299660605 e Desastres (ABRAPEDE)

0
4

/2
seguinte. O segundo seminário
– oficializada no ano 10299660605 10299660605 avançou em

05
10299660605 10299660605
termos conceituais: os desastres puderam ser reconhecidos como

8/
10299660605 10299660605

-0
fenômenos que entrelaçam
10299660605 10299660605 acontecimento e elaboração cultural;

om
as mudanças climáticas foram tipificadas como10299660605
10299660605 fenômenos associa-

l.c
10299660605
dos a desastres mistos e não naturais (apesar do que supõe o imagi-
ai 10299660605
gm
nário social); e foi considerada a origem antropogênica da emissão 10299660605
0@

dos gases de efeito-estufa como ameaça.


10299660605 10299660605
01

10299660605
Nesse mesmo sentido, o seminário discutiu a relevância de
n2

10299660605
js

se entender que não é a natureza que obsta o processo organizador


10299660605 10299660605
-g

da sociedade, mas o 10299660605


10299660605 resultado de uma construção dada ao longo
5
-0

10299660605 10299660605
do tempo: desflorestamento e destruição de pântanos, migração de
06

10299660605 10299660605
áreas rurais improdutivas para cidades que não têm infraestrutura
.6

10299660605 10299660605
96

de apoio e meios de subsistência suficientes e10299660605 adequados, além da


10299660605
.9
02

10299660605
relativa indiferença dos governos com o aquecimento global e situa-
-1

10299660605 10299660605
ções de vulnerabilidade (CFP, 2011).
10299660605 10299660605
to
en

Alguns desastres ocorridos no território nacional, articulação 10299660605


m

10299660605 10299660605
com movimentos sociais de pessoas afetadas, acidentes aéreos,10299660605
bem
ci

10299660605
as

como o incêndio da Boate Kiss em Santa Maria/RS no ano de10299660605


2013,
lN

10299660605
impulsionaram o CFP no sentido de contribuir com a categoria a fim
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

de refletir sobre o posicionamento profissional, de modo a cooperar 10299660605


G

10299660605
10299660605
10299660605
4 Durante a segunda Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, em setembro
10299660605 de
10299660605
2012, realizada em São Paulo/SP, uma assembleia geral formalizou
10299660605 10299660605a fundação da
associação, com eleições de diretoria e conselho fiscal. O10299660605
10299660605 site www.abrapede.org.
br encontra-se em funcionamento, mas a associação não10299660605 perdurou. 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


38
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
com as demandas que emergem nessas situações. Desta
forma, o
10299660605
CFP lançou a primeira10299660605
nota técnica sobre o tema em 2013 – Nota Téc-
nica sobre Atuação de Psicólogas(os) em Situações de Emergências e
10299660605
Desastres –, posteriormente revisada e publicada em 2016.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 A Nota Técnica 10299660605
de 2013 ressalta a importância da atuação da
Psicologia de forma integrada
10299660605 como norteadora das ações da(o) psi-
10299660605
10299660605 10299660605
cóloga(o),
10299660605
em articulação com a política de Defesa Civil. Também
10299660605
dimensionou a condição do trabalho voluntariado e do estágio su-

8
10299660605 10299660605

:3
pervisionado. Reforçou
10299660605 a importância de que psicólogas(os), como
10299660605

0
:5
profissionais contratados ou voluntários, estão
10299660605
submetidas(os) às
10299660605

11
10299660605 10299660605
determinações do Código de Ética e outras regulamentações nor-

24
10299660605 10299660605

0
mativas da categoria (CFP , 2013).

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605
A Comissão de 10299660605
Gestão Integral de Riscos, Emergências e De-

8/
10299660605

-0
sastres, que funcionou
10299660605 de 2015 a 2017 no CFP, revisou a nota, publi-
10299660605

om
cando-a em 2016. Inseriu a concepção da Gestão
10299660605 Integral e conside-
10299660605

l.c
10299660605
rou os avanços da política pública da Proteção10299660605
e Defesa Civil (CFP,
ai
gm
2016). A revisão também salientou a importância de a Psicologia no
10299660605
0@

campo dos Riscos, Emergências e Desastres estar vinculada às polí-


10299660605 10299660605
01

ticas e estratégias do SUS e SUAS.


10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 Estas referências técnicas inserem-se nesse processo de10299660605 con-


-g

tínua elaboração. Fundamentam-se


10299660605 10299660605 nos avanços da categoria nesse
5
-0

10299660605 10299660605
campo de atuação e pesquisa, somam-se às novas experiências da
06

10299660605 10299660605
Psicologia na área – especialmente em função de emergências e
.6

10299660605 10299660605
96

desastres mais recentemente ocorridos no país.10299660605


A isso se soma10299660605
uma
.9
02

10299660605
aposta de que referências técnicas contribuem em termos de atuali-
-1

10299660605 10299660605
zação, capacitação ou formação profissional contínua.
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Grupo de Trabalho sobre Riscos,


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605

Emergências e Desastres do CFP


ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
Entre 2015 e 2017, no âmbito do CFP, foi criada uma comissão
10299660605
10299660605
nacional com psicólogas e psicólogos de diferentes regiões do
10299660605 país
10299660605
– todos com expressivo conhecimento de ações
10299660605 na Psicologia das
10299660605
Emergências e dos Desastres. O objetivo foi desenvolver
10299660605 10299660605 um projeto
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
39 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
político de modo a atender às necessidades da 10299660605
10299660605
categoria em
termos
10299660605
de reconhecimento, 10299660605
condições de trabalho, formação e inserção
em políticas públicas. As ações da comissão ampliaram10299660605a dimensão
histórica do CFP como gestor do Sistema Conselhos, fortalecendo o
10299660605
10299660605 10299660605
reconhecimento
10299660605 social dessa temática
10299660605 no país.
10299660605 Identificando tantas outras demandas no país, a Comissão de
10299660605
10299660605 10299660605
Psicologia
10299660605
e Gestão Integral de Riscos e de Desastres do CFP reali-
10299660605
zou em todas as regiões do Brasil uma oficina com o título de “Ges-5

8
10299660605 10299660605

:3
tão Integral dos Riscos10299660605
10299660605 de Desastres: da prevenção à recuperação”.

0
:5
Posteriormente, realizou-se um debate on-line10299660605
10299660605
sobre a atuação da
10299660605

11
10299660605
Psicologia na Gestão Integral de Riscos e de Desastres, em que tam-

24
10299660605 10299660605 6

0
bém foi apresentada a10299660605
nota técnica revisada, publicada
10299660605em 2016.

/2
05
10299660605 10299660605
A comissão elaborou e executou um curso on-line, em uma

8/
10299660605 10299660605

-0
plataforma do CFP, sobre
10299660605 a Psicologia e Gestão do Integral de Ris-
10299660605

om
cos e de Desastres; uma orientação técnica acerca
10299660605 da importância
10299660605

l.c
10299660605
da regulamentações do CFP frente ao cenário10299660605 de desastres aéreos
ai
gm
(Ofício Circular n. 0169-16/GRI-CFP), em função do acidente com o
10299660605
0@

time brasileiro da Chapecoense em novembro de 2017. Neste ofício,


10299660605 10299660605
01

resgata-se a Instrução10299660605
de Aviação Civil sobre gerenciamento de cri-
n2

10299660605
ses provocadas por acidentes aéreos, orienta-se sobre atendimento
js

10299660605 10299660605
-g

a vítimas e seus familiares,


10299660605 e retoma- sea importância de ações arti-
10299660605
5
-0

culadas intersetorialmente, que tenham sustentação a longo 10299660605


10299660605 prazo
06

10299660605 10299660605
e não revitimizem as pessoas afetadas.
.6

10299660605 10299660605
96

Destaca-se também a epidemia do Zika vírus no Brasil, consi-


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
derada uma das maiores emergências de saúde pública da história,
-1

10299660605 10299660605
entre
10299660605 2015 e 2016, que ocasionou vários impactos na saúde, com ca-
10299660605
to

sos de microcefalias entre recém-nascidos e envolvendo aspectos


en

10299660605
m

psicossociais. Este evento proporcionou a retomada


10299660605
da discussão
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

sobre o aborto e os direitos das mulheres sobre10299660605


seu corpo. Outro as-
lN

10299660605
pecto identificado foi o alto índice de distanciamento dos genitores
e

10299660605
ry

das crianças acometidas pela síndrome, passando a ser gerencia-


10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
5 Ao todo, foram realizadas oito oficinas, três no Sudeste,10299660605
pela maior concentração
de psicólogas e psicólogos em atuação.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
6 Debate on-line “A Atuação da Psicologia na Gestão Integral
10299660605 de Riscos e Desastres”.
10299660605
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=G_tN6ZuNAzo. 10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


40
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
do apenas pelas mães e mulheres, que, diante10299660605
10299660605
de atenção
exclusi-
10299660605
va solicitada por essas crianças, não conseguiam acessar recursos
10299660605
financeiros pelo governo. Isso gerou ações específicas
10299660605 em alguns
Conselhos Regionais, de forma especial no CRP-02, que dimensio-
10299660605
10299660605 10299660605
nou
10299660605 uma atuação junto às secretarias
10299660605 estaduais de Saúde e de De-
senvolvimento Social 10299660605
10299660605 do Estado, e organizou, inclusive, um evento
especial relacionado ao
10299660605 tema Epidemia da Zika, com apoio do CFP
10299660605
10299660605 10299660605
e da Comissão de Gestão do Risco Integral, Emergência
10299660605 e Desastre

8
10299660605

:3
vigente diante dessa demanda.
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605
Na gestão do Sistema Conselhos – de 2017 a 2019 e com 10299660605
conti-

11
10299660605 10299660605
nuidade em 2020 –, tem-se um grupo de trabalho (GT) que também

24
10299660605 10299660605

0
adotou a perspectiva da Gestão Integral. Este GT10299660605
é composto de 5 psi-

/2
10299660605

05
cólogas e psicólogos e tem na coordenação geral um representante
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
da plenária do CFP. O GT tem o propósito de retomar, articuladamente,

-0
10299660605 10299660605

om
as ações do CFP sobre a temática, ampliando as10299660605
10299660605 discussões e promo-

l.c
vendo a participação dos CRPs, considerando os movimentos sociais.
10299660605
ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 Na gestão do Sistema Conselhos – de10299660605


2017 a 2019,
01

continuando em 2020 –, tem-se um grupo de trabalho (GT)


10299660605
n2

10299660605
que também adotou a perspectiva da Gestão Integral.10299660605
js

10299660605
-g

10299660605 Este GT é composto de 5 psicólogas e psicólogos e tem na


10299660605
5

coordenação geral de umrepresentante da plenária do CFP .


-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

Este GT também tem atuado no sentido10299660605


de redimensionar e
10299660605
.9
02

10299660605
resgatar a formação voltada para essa área de atuação. Para isso,
-1

10299660605 10299660605
também
10299660605 fomenta a articulação com os CRPs, considerando as 10299660605
ações
to

realizadas em diferentes territórios. O GT resgata as orientações téc-


en

10299660605
m

nicas na área e reforça o diálogo com as políticas


10299660605
públicas, notada-
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

mente do SUS, SUAS, e Defesa Civil para articular ações no território,


lN

10299660605 10299660605
em todas as fases do desastre.
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

O GT realizou um levantamento do que tem sido produzido 10299660605


G

junto aos CRPs, esteve presente no Fórum Social Mundial em 2018,


10299660605
participou dos eventos da Rede LAPED no Chile, em 2017, e na Ar-
10299660605
10299660605
gentina,
10299660605
em 2019, assim como do Congresso Brasileiro de Psicologia
10299660605
(CBP)
10299660605 de 2018 e do Congresso da ULAPSI em 10299660605encontra-se
2019, e
articulado ao Crepop – a exemplo destas Referências
10299660605 Técnicas.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
41 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Em 2020, o cenário da saúde mundial sofreu com a
pandemia
10299660605
da covid-19 , reconhecida como tal pela Organização Mundial de
10299660605
Saúde (OMS). O CFP acompanhou atentamente as orientações dos
10299660605
órgãos competentes sobre os impactos para a 10299660605
população em geral,
10299660605 10299660605
como também para os
10299660605 profissionais de Psicologia, realizando várias
10299660605
campanhas informativas
10299660605 e atividades on-line, alterou a Resolução
10299660605
CFP n. 04/2020, facilitando o acesso dos profissionais à plataforma
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
e-Psi, como também criou um espaço virtual10299660605
para informações e

8
10299660605 7

:3
documentos norteadores.
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

Articulações na América Latina

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 América Latina 10299660605
e Caribe destacam-se por serem regiões ex-

om
postas a cheias, tempestades, terremotos, secas,
10299660605
deslizamentos de
10299660605

l.c
10299660605
terra, erupções vulcânicas e incêndios, e também aia desigualdades
10299660605
gm
sociais e financiamento insuficiente para ações de prevenção10299660605
e mi-
0@

tigação aos desastres. Sendo assim, são fundamentais


10299660605 os estudos da
10299660605
01

10299660605
psiquiatra Raquel Cohen, iniciados em 1970, os quais colaboraram
n2

10299660605
para construir protocolos de atenção psicossocial pós-desastres co-
js

10299660605 10299660605
-g

nectados à realidade 10299660605


10299660605 latino-americana, bem como delinearam es-
5
-0

10299660605 10299660605
tratégias de capacitação para equipes locais (COHEN, 2008). 10299660605
06

10299660605
.6

10299660605 Após a ocorrência dos furacões Georges10299660605


e Mitch, no Caribe,
96

em 1998, foi criado o 10299660605


Centro Regional de Información sobre Desas-
10299660605 10299660605
.9
02

tres (CRID) na América Central, que também 10299660605


trabalhou a temática
-1

10299660605
da Saúde Mental. Em 2001, em El Salvador, foi introduzido o concei-
10299660605 10299660605
to
en

to de Atenção em Saúde Mental para pessoas atingidas por terremo-10299660605


m

10299660605 10299660605
tos (OCAMPO, 2006).
ci

10299660605 10299660605
as

De acordo com documento elaborado por especialistas em


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
saúde mental para o Caribe (PAHO, 2012), reafirma-se a importân-
ry

10299660605 10299660605
ab

cia das intervenções nas primeiras horas após um desastre para que
10299660605
G

promovam informação clara; implementem apoio para localizar pa-


10299660605
rentes e que garantam escuta cuidadosa para10299660605
as necessidades ex-
10299660605
pressas pela população. Só assim pode-se garantir que a maior10299660605
10299660605 parte
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
7 Disponível em: http://saudementalcovid19.org.br/. 10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


42
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
da população possa reagir sem desenvolver transtornos
10299660605
mentais.
Como já foi enfatizado, quando se considera os primeiros 50
10299660605
anos de pesquisas sobre os aspectos psicológicos envolvidos em
10299660605
10299660605
situações de desastres, têm-se um acento sobre
10299660605 a eventualidade
10299660605
dos impactos psíquicos
10299660605 e a influência do discurso médico psiquiá-
10299660605
trico (COELHO, 2006).10299660605
10299660605 Mas, a partir dos anos 1950, a Psicologia pôde
10299660605 10299660605
avançar
10299660605
nesta temática específica, daí que se passou a falar em uma
10299660605
Psicologia dos Desastres e uma Psicologia das Emergências. Apesar

8
10299660605 10299660605

:3
dos autores terem apostado
10299660605 nessas diferenças conceituais, ainda
10299660605

0
:5
não há consenso (MOLINA, 2006). Atualmente,
10299660605
tem-se utilizado a
10299660605

11
10299660605 10299660605
terminologia da Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres,

24
10299660605 10299660605

0
uma vez constatada a10299660605
importância de políticas10299660605
públicas dedicadas

/2
05
à proteção e estratégias de prevenção e mitigação (BRASIL, 2010).
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Uma análise de 52 documentos sobre o tema na América Latina,
10299660605

om
entre os anos de 1980 e 2014, encontrou quatro 10299660605
10299660605 tipos de intervenções

l.c
10299660605
psicossociais em desastres: intervenções baseadas no tempo; inter-
ai
10299660605
gm
venções centradas num tipo específico de desastre; intervenções por
10299660605
0@

níveis de ação e intervenções baseadas nas pessoas. A maior parte


10299660605 10299660605
01

dos documentos estáão destinados aos profissionais que atuam na


10299660605
n2

10299660605
resposta ao desastre com escassez de material voltado para a partici-
js

10299660605 10299660605
-g

pação comunitária. Pode-se perceber que há ambiguidade nas con-


10299660605 10299660605
5
-0

cepções sobre desastres, bem como são incipientes os estudos


10299660605 de
10299660605
06

10299660605 10299660605
sistematização de experiências com enfoque na estratégia psicosso-
.6

10299660605 10299660605
96

cial, na América Latina (ABELDAÑO; FERNÁNDEZ, 2016).


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
Atualmente, os trabalhos da Psicologia têm sido congruentes
-1

10299660605 10299660605
com
10299660605 as mudanças de paradigmas que atravessaram a temática. De
10299660605
to

uma disciplina que antes enfocava uma psicopatologia individual,


en

10299660605
m

centrada na temática do estresse pós-traumático


10299660605
e em conformi-
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

dade com o discurso médico-psiquiátrico, para uma perspectiva


lN

10299660605 10299660605
fundada na prevenção, mitigação e promoção de saúde. Assim,
e

10299660605
ry

há múltiplas formas de se pensar a intervenção da Psicologia,10299660605


10299660605 e de
ab

10299660605
G

forma integrada, expandindo os


10299660605 níveis individual, familiar, social e
organizacional (COELHO, 2006). 10299660605
10299660605
10299660605
Na América Latina, na cidade de Lima (Peru), foi realizado o
10299660605
primeiro
10299660605 Congresso Latino-Americano de Psicologia em
10299660605 Emergên-
cias e Desastres – organizado pela Sociedade de
10299660605 Psicologia Peruana
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
43 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
em Emergências e Desastres (SPPED), com a Organização 10299660605
Pan-Ame-
ricana de Saúde (OMS/OPAS).
10299660605Segundo MOLINA (2017), as origens
da Rede LAPED estão relacionadas ao encontro de profissionais
10299660605
durante esse evento. Na ocasião, desenvolveu-se um projeto para
10299660605
10299660605 10299660605
a criação da Federação
10299660605 Latino- Americana de Psicologia das Emer-
10299660605
gências e dos Desastres
10299660605 (FLAPED), que visava, principalmente, esti-
10299660605
mular a orientação de esforços de psicólogas(os) interessadas(os)
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
no assunto, no sentido de estabelecer organizações nacionais de

8
10299660605 10299660605

:3
natureza semelhante 10299660605
10299660605 à SPPED nos países de origem dos participan-

0
:5
tes – Argentina, Chile, Equador, México, EUA e Peru.
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605
A busca para conseguir criar essa federação perpassou alguns

24
10299660605 10299660605

0
anos de idas e vindas,10299660605
em eventos realizados na10299660605 América Latina. Em

/2
05
países como Chile, Cuba, Argentina e Peru, a condição dos desas-
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
tres era encarada como um processo muito presente, em função da

-0
10299660605 10299660605

om
natureza geográfica desses países.
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
Em 2005, por ocasião da organização do10299660605 primeiro Congresso
ai
gm
da União Latino- Americana de Entidades de Psicologia (ULAPSI), 10299660605
0@

na cidade de São Paulo, Brasil, houve uma oportunidade


10299660605 10299660605 para reto-
01

mar o projeto FLAPED. Nessa ocasião, foram compartilhadas as ati-


10299660605
n2

10299660605
vidades da FLAPED, desde a formação até a delimitação das 10299660605 áreas
js

10299660605
-g

de interesse para o desenvolvimento de uma Psicologia Latino-Ame-


10299660605 10299660605
5
-0

ricana. Durante o congresso, ocorreram diálogos latino-americanos,


10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
dentre eles, houve um evento sobre Psicologia10299660605 das Emergências e
.6

10299660605
96

dos Desastres. Houve, inclusive, a realização de10299660605 uma mesa-redonda 10299660605


.9

denominada “Subjetividade, ecologia e desastres: a contribuição da


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
psicologia na América Latina”.
10299660605 10299660605
to

Essa definição deu origem à articulação de uma mesa de de-


en

10299660605
m

bate, na qual Ângela Coelho (Brasil), Arturo Marinero


10299660605
(México) e
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Rodrigo Molina (Chile) compuseram. Essa mesa foi moderada por


lN

10299660605 10299660605
Marcus Vinícius, então vice-presidente do CFP . O potencial dessa
e

10299660605
ry

área foi discutido, na época, para o desenvolvimento 10299660605 de uma Psi-


10299660605
ab

10299660605
G

cologia Latino-Americana e deu


10299660605 o pontapé para a organização de
um primeiro Seminário Nacional de Psicologia10299660605 em Emergências e
Desastres no Brasil – país que, até então, estava fora do escopo das
10299660605
10299660605 10299660605
atividades da FLAPED. Em 2006, como já enfatizamos,
10299660605 10299660605
ocorreu o pri-
meiro Seminário Nacional em Brasília/DF, quando
10299660605 surgiu a ideia de
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


44
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
organizar uma rede permanente. 10299660605
A primeira reunião da América Latina aconteceu em abril de
10299660605
2007, em Buenos Aires, Argentina. Paralelamente às atividades de
10299660605
10299660605
mesas-redondas e apresentações,
10299660605 foram realizadas reuniões ple-
10299660605
nárias apoiando a formação
10299660605 da Rede Latino-Americana. Estavam
10299660605
presentes: o CFP-Brasil,
10299660605 a Sociedade Argentina de Psicologia das
10299660605
10299660605 10299660605
Emergências
10299660605
e Desastres (SAPSED-Argentina), 10299660605
a Sociedade Chilena
de Psicologia em Emergências e Desastres (SOCHPED-Chile) e a So-

8
10299660605 10299660605

:3
ciedade de Psicologia10299660605
10299660605 Peruana em Emergências e Desastres (SPPE-

0
:5
D-Peru). Nessa ocasião, Marcus Vinícius representou
10299660605
o CFP e propôs
10299660605

11
10299660605 10299660605
a convocação para o 10299660605
segundo Congresso da ULAPSI que se realiza-

24
10299660605

0
ria em setembro daquele ano, na cidade de Havana, Cuba. A ideia

/2
10299660605 10299660605

05
era trabalhar a criação definitiva da Rede LAPED.
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Em setembro de 2011, foi redigida a Declaração de Princí-
10299660605

om
pios da nascente LAPED. O documento estabeleceu
10299660605 diretrizes nas
10299660605

l.c
10299660605
áreas de formação acadêmica, técnicas de intervenção e pesqui-
ai
10299660605
gm
sas, além de estabelecer o caráter da organização internacional da
10299660605
0@

rede. Nesse ato, essas entidades foram apresentadas como organi-


10299660605 10299660605
01

zações fundadoras da Rede LAPED. Dentre as decisões tomadas,


10299660605
n2

10299660605
uma versou sobre a organização e promoção de reuniões latino-a-
js

10299660605 10299660605
-g

mericanas a cada dois anos.


10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
A história da Rede LAPED vem sendo construída paulatinamen-
06

10299660605 10299660605
te com os esforços de cada uma das organizações-membro e que
.6

10299660605 10299660605
96

trabalham em diferentes territórios da América 10299660605


Latina e Caribe.10299660605
Suas
.9
02

10299660605
ações englobam: intervenções em campo, pesquisas e formação aca-
-1

10299660605 10299660605
dêmica.
10299660605 Toda a história de construção dessa rede vem promovendo
10299660605
to

uma construção teórica latino-americana sobre o tema e o Conselho


en

10299660605
m

Federal de Psicologia, além de ser um membro


10299660605
fundador da 10299660605
Rede
ci

10299660605 10299660605
as

Latina, mantém-se também como membro articulador ativo.


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

A história da Rede LAPED vem sendo10299660605


construída 10299660605
ab

10299660605
G

paulatinamente com os esforços de cada uma


10299660605
das organizações-membro e que trabalham em
10299660605
10299660605
10299660605 diferentes territórios da América Latina e Caribe. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
45 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

EIXO 2: PSICOLOGIA COM


10299660605
10299660605

COMPROMISSO SOCIAL
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 Neste momento,10299660605
abordaremos o tema da Gestão Integral de

0
:5
10299660605
Riscos, Emergências e Desastres com base na noção do compromis-
10299660605

11
10299660605 10299660605
so social na Psicologia.10299660605
Em outras palavras, trata-se de ressaltar a ética

24
10299660605

0
da categoria, levando em consideração ações voltadas para as causas

/2
10299660605 10299660605

05
e consequências de vulnerabilidades sociais e que, por sua vez, con-
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
dicionam riscos sociais
10299660605 e situações de desastre. Nesse sentido, res-
10299660605

om
salta-se a Psicologia Social como campo de estudos
10299660605 e intervenções,
10299660605

l.c
que, sob um ponto de vista histórico, tradicionalmente se dedicou à
10299660605
ai
10299660605
temática dessa interface entre o humano e a sociedade. Desse modo,
gm
10299660605
0@

entendemos que uma efetiva abordagem sobre10299660605


10299660605 o tema da Gestão In-
01

tegral encontra-se atravessada


10299660605pelas contribuições dessa área.
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5

Contribuições da Psicologia Social


-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

8
A Psicologia Social trata das relações entre o ser humano
10299660605
ea
10299660605
.9
02

10299660605
sociedade. É uma ciência do “entre”, considerando a interdepen-
-1

10299660605 10299660605
dência entre ambos. Tradicionalmente, enquanto a Sociologia10299660605
10299660605 con-
to
en

centra-se na sociedade, numa dimensão sobre o que concerne ao


10299660605
m

10299660605 10299660605
“fora”, a Psicologia tende a acentuar o indivíduo, o “dentro”. A Psi-
ci

10299660605 10299660605
as

cologia Social articula os dois, demonstrando que um é impossível


lN

10299660605 10299660605
sem o outro (GUARESCHI, 2004, p. 9). Para SILVIA LANE (2007):
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
8 O CFP reconhece a Psicologia Social como especialidade em Psicologia para fins
10299660605
de concessão e registro do título de Especialista. Indica que o trabalho desse pro-
10299660605
fissional envolve proposições de políticas e ações relacionadas à comunidade
10299660605 em
10299660605
geral e aos movimentos sociais de grupos e ações relacionadas
10299660605 à comunidade em
10299660605
geral e aos movimentos sociais com objetivos à realização
10299660605 de projetos da área so-
10299660605
cial, como também na fomentação de políticas públicas. 10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


46
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
Indivíduo e Sociedade são inseparáveis, segundo a
10299660605
dialética,
10299660605 pois o particular contém em si o universal,
deste modo, se desejamos conhecer cientificamen-
10299660605
te o ser humano, é necessário considerá-lo dentro
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 do contexto histórico, inserido em um processo
10299660605
10299660605 constante de subjetivação/objetivação (p. 52).
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605Psicologia Social – relações entre o ser humano e a sociedade

8
10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
Apesar da ênfase na formação em Psicologia ainda ser a da
10299660605
clí-
10299660605

24
10299660605 10299660605
nica individual, esse enfoque não alcança ou 10299660605
responde totalmente

0
/2
10299660605

05
aos problemas de ordem
10299660605 social, como as diferentes modalidades de
10299660605

8/
violência e efeitos oriundos das desigualdades10299660605
10299660605 sociais, que impac-

-0
10299660605 10299660605
tam a subjetividade humana, ampliam vulnerabilidades e produzem

om
10299660605 10299660605
diferentes modalidades de sofrimento – tanto singulares
10299660605 quanto co-

l.c
letivos. Nesse sentido, quando abordamos o tema ai da Psicologia em
10299660605
gm
10299660605
contextos de Riscos, Emergências e Desastres, a Psicologia Social
0@

10299660605 10299660605
assume um lugar estratégico.
01

10299660605
n2

Conforme previsto no pacto de solidariedade em nossa Consti-


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

tuição Federal (1988), 10299660605


10299660605 a formulação e implementação de políticas so-
5

ciais públicas ensejaram também uma abertura em termos de campo


-0

10299660605 10299660605
06

de trabalho da Psicologia, traduzindo-se numa ampliação de 10299660605


10299660605 “uma
.6

10299660605 10299660605
parcela considerável dos psicólogos que se formaram no Brasil nos
96

10299660605 10299660605
.9

últimos anos” estar “trabalhando


10299660605 em projetos e instituições que lidam
02

com problemas sociais complexos” (MACHADO,10299660605 2011, p. 146). Afinal,


-1

10299660605
10299660605
trata-se do reconhecimento da categoria em sua capacidade de10299660605 ana-
to
en

10299660605
lisar e intervir em processos sociais, institucionais e comunitários.
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
Quando abordamos o tema da Psicologia em
e

10299660605
ry

contextos de Riscos, Emergências e Desastres,


10299660605 a 10299660605
ab

Psicologia Social assume um lugar estratégico. 10299660605


G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 A oferta do suporte psicológico, tanto na forma do atendi-
10299660605
mento em situações de emergências e desastres
10299660605 quanto nos pro-
10299660605
cessos de prevenção, mitigação e preparação,
10299660605 no âmbito da Ges-
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
47 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
tão Integral de Riscos, encontra seus aportes, ao menos em
termos
10299660605
históricos, na Psicologia Social.
10299660605
ALBUQUERQUE (2008) pontua que a análise social dos de-
10299660605
10299660605
sastres se dá em uma perspectiva de continuidade
10299660605 de comporta-
10299660605
mentos e não apenas 10299660605
10299660605 como uma ruptura de certos padrões. Por isso
que processos de mitigação,
10299660605 preparação e recuperação podem ser
10299660605
10299660605 10299660605
entendidos
10299660605
como resultado dos comportamentos anteriores a sua
10299660605
existência, principalmente em função das vulnerabilidades sociais

8
10299660605 10299660605

:3
presentes em comunidades,
10299660605 na organização social e cultural onde
10299660605

0
:5
está inserida. Quanto mais preparada uma comunidade
10299660605
se encontra,
10299660605

11
10299660605 10299660605
melhores condições terá para a superação de eventuais desastres.

24
10299660605 10299660605

0
/2
A Psicologia tem buscado compreender10299660605
10299660605 a dimensão da per-

05
10299660605 10299660605
cepção social. O comportamento humano se 10299660605 imerso em
encontra

8/
10299660605

-0
crenças e valores, daí
10299660605 ser preciso considerar como cada popula-
10299660605

om
ção, em um dado território, percebe perigos 10299660605
10299660605 ou riscos a que está

l.c
10299660605
exposta. Desse modo, um técnico da Defesa Civil de um município
ai
10299660605
gm
terá uma percepção sobre riscos – apesar do aprendizado adqui- 10299660605
0@

rido – que nem sempre será condizente com10299660605


10299660605 as vulnerabilidades
01

específicas de uma determinada


10299660605
comunidade. A Psicologia Social
n2

10299660605
tem um papel muito importante em processos de compreensão do
js

10299660605 10299660605
-g

comportamento expresso pelas populações que vivenciam condi-


10299660605 10299660605
5
-0

ções de vulnerabilidades, que se encontram mais além do 10299660605


10299660605 que é
06

10299660605 10299660605
visível num contexto objetivo ou mesmo sobre o que pode ser con-
.6

10299660605 10299660605
96

siderado como um desastre. 10299660605 10299660605


.9
02

10299660605
Quando relacionamos a Psicologia Social10299660605
com a temática da
-1

10299660605
Gestão
10299660605 Integral de Riscos, Emergências e Desastres, entendemos
10299660605
to

que a categoria pode contribuir ativamente nas atitudes e percep-


en

10299660605
m

ções das pessoas. Desastres não ocorrem em 10299660605


10299660605
um vazio social, pois
10299660605
ci

10299660605
as

estão inseridos em estruturas sociais existentes. Quando aconte-


lN

10299660605 10299660605
cem, geram comportamentos vinculados a estruturas previamente
e

10299660605
ry

existentes. Sabe-se, por exemplo, que em situações de desastres


10299660605 fí-
10299660605
ab

10299660605
G

sicos, como desmoronamentos,


10299660605 explosões ou terremotos, existem
certos padrões de comportamento que podem ser identificados e
10299660605
que determinam uma melhor ou pior atuação sobre o problema
10299660605
10299660605 10299660605
(ALBUQUERQUE, 2008).
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


48
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Desastres não ocorrem em um vazio social, pois estão10299660605
10299660605
inseridos 10299660605
em estruturas sociais existentes.
10299660605
10299660605
É preciso considerar a relevância dos
10299660605 aspectos culturais
10299660605 e das
relações sociais em comunidades
10299660605 10299660605 atingidas por desastres. Territó-
rios vulneráveis a desastres
10299660605 podem desenvolver atitudes de solida-
10299660605
10299660605 10299660605
riedade
10299660605
em situações de emergência. O sofrimento compartilhado
10299660605
produz uma cultura mais coletivista e que pode tornar as pessoas

8
10299660605 10299660605

:3
mais solidárias ao vivenciarem
10299660605 10299660605 um sofrimento coletivo. Manifesta-

0
:5
10299660605 10299660605
ções de solidariedade e ajuda mútua numa comunidade precisam

11
10299660605 10299660605
ser consideradas nas 10299660605
ações da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros

24
10299660605

0
ou Polícia Militar, de voluntários,
10299660605 bem como de10299660605
trabalhadores da As-

/2
05
sistência Social (SUAS)
10299660605 e da Saúde (SUS). Afinal, os recursos que
10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
uma comunidade dispõe
10299660605 geralmente são mais eficazes e eficientes
10299660605

om
para o enfrentamento de situações de desastres.
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai 10299660605
gm
O sofrimento compartilhado produz uma cultura 10299660605
0@

10299660605 mais coletivista e que pode tornar as pessoas 10299660605mais


01

solidárias ao 10299660605
vivenciarem um sofrimento coletivo.
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Constata-se que, frequentemente, antes das ações realizadas


10299660605
5

por equipes estrangeiras em um território que tenha sofrido um


-0

10299660605 10299660605
06

desastre, a própria comunidade já encontrou algumas soluções.


10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
No entanto, isso não significa que as ações das10299660605 equipes de serviços
96

10299660605
.9

públicos devam ser desprezadas. Trata-se de reconhecer, valorizar


02

10299660605
e somar diferentes saberes e estratégias comunitárias. A Psicologia
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to

Social contribui para essa sensibilização e criação de estratégias


en

10299660605
dialogadas para a ação.
m

10299660605 10299660605
ci

Considerar o papel da comunidade – portanto, a participação


10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e o controle social – significa reconhecer a 10299660605 potência contida no
e
ry

protagonismo da população. Trata-se, sobretudo, de um exercício


10299660605 10299660605
ab

da cidadania. A Psicologia Social inspira a ideia de que a transfor- 10299660605


G

10299660605
mação social se dá na perspectiva da participação coletiva em pro-
10299660605
cessos de construção comunitária das políticas10299660605 públicas. O mesmo
é válido para políticas voltadas à Gestão Integral de Riscos, Emer-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
gências e Desastres.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
49 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Considerar o papel da comunidade –10299660605
a 10299660605
portanto,
10299660605
participação e o10299660605
controle social – significa reconhecer
a potência contida no protagonismo da população.
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 A participação cidadã permite mobilizar os recursos de atores
10299660605
10299660605 10299660605
em
10299660605
torno da reivindicação de seus direitos. São os meios e os resul-
10299660605
tados do aumento de suas habilidades pessoais10299660605
10299660605 e coletivas para atin-
gir níveis mais altos de qualidade de vida. Assim, a participação não

8
10299660605 10299660605

:3
é um favor que é concedido às pessoas. É, em primeiro lugar,
10299660605 10299660605
um

0
:5
10299660605 10299660605

11
direito, mas também um dever de cidadania. Consiste 10299660605 em participar
10299660605

24
ativamente de decisões
10299660605 e ações relacionadas ao planejamento, à
10299660605

0
/2
ação e à avaliação de10299660605
projetos, programas e políticas 10299660605 que venham

05
10299660605 10299660605
diminuir as possibilidades do aumento das vulnerabilidades em po-

8/
10299660605 10299660605

-0
pulações diante de desastres
10299660605 10299660605(VARGAS, ALMUNA & ENRIQUE, 2015).

om
10299660605 10299660605
Psicólogas(os) devem considerar vulnerabilidades e procurar

l.c
10299660605
intervir nas condições que as produzem ou agravam. ai 10299660605 Isto é, melho-
gm
rar os fatores que podem proteger contra riscos, considerando10299660605 o his-
0@

tórico da comunidade10299660605
10299660605
e sua população. 10299660605
01

É preciso dotar as populações de recursos materiais e conhe-


n2

10299660605
js

cimento para saberem coexistir com o risco, buscando fomentar


10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
estratégias de prevenção e fuga. Nesse sentido, é fundamental re-
5
-0

10299660605 10299660605
forçar condições de não dependência das populações, promover e
06

10299660605 10299660605
.6

organizar planos de contingências que permitam


10299660605 a emancipação,
10299660605
96

10299660605 10299660605
autonomia e autoestima coletiva – elementos-chave no enfrenta-
.9
02

10299660605
mento de adversidades.
-1

10299660605 10299660605
10299660605
Um dos maiores obstáculos à participação ativa e ao 10299660605 prota-
to
en

10299660605
gonismo de atores comunitários é, justamente, o baixo reconheci-
m

10299660605 10299660605
ci

mento de seus direitos e capacidades. Tanto em termos de alcançar


10299660605 10299660605
as

melhores níveis de bem-estar como de participar e decidir 10299660605 sobre


lN

10299660605
e

10299660605
assuntos que dizem respeito à vida coletiva (VARGAS, ALMUNA &
ry

10299660605 10299660605
ab

ENRIQUE, 2015). É uma questão, então, de capacitar atores comuni- 10299660605


G

tários para mobilizar e10299660605


administrar os recursos disponíveis, para que
10299660605
eles capitalizem suas experiências criativas para lidar com adversi-
10299660605
dades e não sucumbir a elas; para reforçar a solidariedade comuni-
10299660605 10299660605
tária; e para aumentar suas habilidades pessoais
10299660605 e coletivas para en-
10299660605
frentar criativamente as situações de perigo, risco
10299660605
e vulnerabilidade.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


50
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
É fundamental reforçar condições de não dependência
das
10299660605
populações, promover e organizar planos de contingências que
10299660605
permitam a emancipação, autonomia e autoestima coletiva –
10299660605
elementos-chave no enfrentamento de adversidades.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
A Psicologia pode fomentar os recursos da população em pro-
10299660605
cessos estratégicos para seu empoderamento.10299660605
10299660605 Em outros termos,
fortalecer uma cultura de resiliência – como propostas contidas nos

8
10299660605 10299660605

:3
marcos internacionais de Hyogo e Sendai – sobre a Gestão Integral
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
de Riscos, Emergências e Desastres. As pessoas, certamente,
10299660605 co-
10299660605

24
nhecem sua realidade.
10299660605 Daí ser necessário um cuidado ao lidar com
10299660605

0
/2
crenças, suposições ou opiniões que nem sempre
10299660605 contribuem para
10299660605

05
10299660605 10299660605
uma visão crítica de seu ambiente, de modo a 10299660605
produzir transforma-

8/
10299660605

-0
ções sociais. Trata-se 10299660605
10299660605 de ressaltar processos educativos na geração

om
de capacidades e compromissos de cada cidadão
10299660605 e cidadã.
10299660605

l.c
10299660605
Populações em situação de extrema pobreza, ai em situação de
10299660605
gm
rua, que sofrem discriminações e preconceitos, encontram-se 10299660605 como
0@

“refugo humano”, como


10299660605
nos indica Bauman (1998). Segundo
10299660605
esse
01

10299660605
autor, no mundo capitalista, aqueles que não se encontram como
n2

10299660605
js

consumidores, nem realizam esse pretenso desejo, encontram-se


10299660605 10299660605
-g

como “objetos fora do


10299660605 lugar”. Nesse sentido, cabe retomarmos o
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
compromisso social de psicólogas(os), como consta no Código de
06

10299660605 10299660605
Ética da categoria, isto é, um trabalho que visa10299660605
promover a saúde e
.6

10299660605
96

a qualidade de vida das pessoas e das coletividades, 10299660605contribuindo


10299660605
.9
02

10299660605
para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discrimina-
-1

10299660605 10299660605
ção,
10299660605 exploração, violência, crueldade e opressão (CFP , 2005). 10299660605
to
en

A postura ética de compromisso e responsabilidade com a so-


10299660605
m

10299660605 10299660605
ciedade, com o desenvolvimento de projetos e10299660605 ações voltados10299660605
para
ci
as

a garantia dos direitos humanos, pressupõe a construção 10299660605 de uma so-


lN

10299660605
ciedade mais justa e igualitária, em que se possa pensar o sujeito in-
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

tegralmente como um ser social, como indivíduo e cidadão do10299660605 mun-


G

do. É preciso entender10299660605


que “compromisso social” não se reduz a um
discurso, é envolvimento, posicionamento político, reflexão e ação.
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
A interface entre Psicologia e Políticas Públicas
10299660605
tem sido ampliada significativamente
10299660605 nos últimos
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
51 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
anos e tem possibilitado o10299660605
crescimento
dos10299660605
dois
10299660605
campos.
10299660605 Para a Psicologia, a atuação dos psicólo-
gos em diferentes áreas e 10299660605
instituições tem levado
os profissionais a criar técnicas e estratégias de
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 trabalho e fazer uma verdadeira reinvenção da prá-
10299660605
10299660605 tica psicológica. Para as políticas públicas, a parti-
10299660605
10299660605 cipação ativa dos profissionais da Psicologia tem
10299660605
10299660605 10299660605
possibilitado que estas incluam, tanto nos textos

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 quanto nas práticas, o diálogo interdisciplinar
10299660605

0
:5
10299660605 como fundamental para auxiliar na busca 10299660605
de so-

11
10299660605
luções para os conflitos e problemas sociais10299660605
(BRI-

24
10299660605 10299660605
GAGÃO, NASCIMENTO & SPINK, 2011, p. 214).

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Precisamos questionar oque podemos chamar, em nossos
10299660605

om
10299660605 10299660605
tempos, de “desastres”. O que estamos entendendo e com isso legi-

l.c
10299660605
timando como sendo Riscos, Emergências e Desastres,
10299660605consideran-
ai
gm
do nossas ações em Psicologia? Consideramos que os desastres não
10299660605
0@

10299660605 10299660605
se restringem ao que10299660605
é visível, ao que se entende como “natural”,
01

inclusive como propõe a Política de Proteção e Defesa Civil, no Bra-


n2

10299660605
js

sil. Desastres que, talvez por sua presença excessivamente cotidiana


10299660605 10299660605
-g

em diferentes territórios,
10299660605 ou por não ganharem uma visibilidade so-
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
cial-midiática, não são reconhecidos como desastrosos do ponto de
06

10299660605 10299660605
vista dos direitos humanos fundamentais.
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
Ao refletirmos sobre as contribuições da Psicologia Social e do
.9
02

10299660605
compromisso social em relação à temática da10299660605
Gestão Integral, po-
-1

10299660605
demos reconhecer a necessidade de um desalojamento diante
10299660605 de
10299660605
to
en

composições teóricas excessivamente consolidadas ou distantes da


10299660605
m

10299660605 10299660605
heterogênea sociedade e cultura brasileiras. Enfim, temos de consi-
ci

10299660605 10299660605
as

derar como a fragilidade e o avanço de políticas de precarização da


lN

10299660605 10299660605
vida constituem o maior risco para o futuro deste país.
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605

Questões políticas acerca do desastre no Brasil


10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Desastres se caracterizam, muitas vezes,10299660605 por uma magnitude
que excede as condições que um determinado local e uma 10299660605
10299660605 popu-
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


52
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
lação têm para lidar com esses eventos. O conceito de desastre
10299660605
diz
de uma pronta-insuficiência para fazer frente a um acontecimento
10299660605
considerado abrupto – mesmo que, em alguma medida, possa ser
10299660605
previsível –, que põe abaixo não apenas estruturas físicas e bens ma-
10299660605
10299660605 10299660605
teriais,
10299660605 mas que também tem a
10299660605 potência de fragilizar as pessoas e
produzir rupturas em 10299660605
10299660605 acervos simbólicos (WEINTRAUB et al., 2015).
10299660605 10299660605
10299660605
É por esse motivo que, tantas vezes, tais situações
10299660605
demandam
intervenções externas e, inclusive, de pessoas estrangeiras em uma

8
10299660605 10299660605

:3
região tornada alvo de10299660605
10299660605 um desastre. Algumas situações ganham des-

0
:5
taque nas mídias e trazem apelo humanitário – e
10299660605
cabe perguntarmos
10299660605

11
10299660605 10299660605
como certas tragédias10299660605
têm mais apelo midiático e social que tantas

24
10299660605

0
outras. A seca, no que concerne a sua classificação, caracteriza-se

/2
10299660605 10299660605

05
como um desastre natural de evolução crônica e lenta, com desen-
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
volvimento progressivo ao longo do tempo. Apesar de sabermos que,

-0
10299660605 10299660605

om
em nossa atualidade, a seca atinge milhões de10299660605
10299660605 pessoas em todo o

l.c
Brasil, a ponto de muitas cidades e capitais decretarem “estado de
10299660605
ai
10299660605
situação crítica ou emergência”, ela não se traduz por grande 10299660605
apelo
gm
0@

social-midiático. Além disso, como indica FAVERO


10299660605 (2012):
10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 Apesar de ser um desastre natural, não se10299660605


pode
-g

10299660605 10299660605
esquecer que a ação humana também pode in-
5
-0

10299660605 10299660605
tensificar o agravamento desse fenômeno.10299660605
Den-
06

10299660605
.6

10299660605 tre os prejuízos e consequências


10299660605ocasionados
96

pela seca, estão as questões de ordem social


10299660605 e
10299660605
.9
02

10299660605
psicológica. Sobre os impactos psicológicos da
-1

10299660605 10299660605
10299660605 seca, aponto o sentimento de luto, enquanto uma
10299660605
to
en

reação subjetiva comum na passagem desse10299660605


acon-
m

10299660605 10299660605
tecimento. O luto caracteriza-se enquanto10299660605
uma
ci

10299660605
as

reação psicológica frente ao fenômeno de perda.


lN

10299660605 10299660605
Nesse sentido, pensar a seca é refletir sobre um
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
número ilimitado de perdas reais e simbólicas
ab

10299660605
G

que, não sem razão, interferem maleficamen-


10299660605
te nas subjetividades e no10299660605
bem-estar do ser hu-
mano, vitimados por esse desastre. Sobre essas
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 perdas, cito o exemplo das crises econômicas
10299660605
10299660605 desencadeadas pela improdutividade
10299660605 dos so-
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
53 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
los, gerando prejuízos na 1029966060510299660605
agricultura,
pecuária e
10299660605
agronegócios
10299660605 como um todo. E sem os recursos
financeiros disponíveis, consequentemente,
10299660605 a so-
brevivência é afetada. Além disso, a seca interfe-
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 re na rotina diária levando algumas famílias a ter
10299660605
10299660605 que providenciar água e alimentação para si e os
10299660605
10299660605 animais, aumentando a preocupação e o volume
10299660605
10299660605 10299660605
do trabalho. E isso não acontece apenas na zona

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 rural, pois, basta levar o nosso olhar para as maio-
10299660605

0
:5
10299660605 res cidades da Paraíba como, Campina Grande, 10299660605

11
Patos, Souza, Cajazeiras e10299660605 10299660605
João Pessoa, onde o

24
10299660605 10299660605
racionamento de água tem10299660605
dificultado o dia a dia

0
/2
10299660605

05
10299660605 da população (HEDIANY, 2016).
10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605
O fenômeno da seca interfere no cotidiano das famílias, no

l.c
10299660605
que se refere à necessidade de ter que providenciarai água e alimen-
10299660605
gm
tação, tanto para si e seus familiares como para seus animais.10299660605
Essa
0@

10299660605 10299660605
situação pode se transformar em uma experiência de estresse pela
01

10299660605
constante preocupação com a falta de água.
n2

10299660605
js

10299660605 Realizando uma breve visita na nossa história brasileira10299660605


refe-
-g

10299660605 10299660605
rente ao tema da seca, em 1877 teve início, no Nordeste, uma das
5
-0

10299660605 10299660605
piores secas já registradas no Brasil. Ela durou três anos e atingiu a
06

10299660605 10299660605
.6

região que hoje abrange 6 estados nordestinos e a região norte de Mi-


10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
nas Gerais. A província10299660605
do Ceará foi a que mais sofreu com a falta de
.9
02

água. Mais de 20% da sua população, que tinha na época 800 mil pes-
-1

10299660605 10299660605
soas, deixou a região, procurando refúgio na Amazônia, outros
10299660605 10%
10299660605
to
en

teriam morrido. Os cálculos não oficiais da época estimam que 500


10299660605
m

10299660605 10299660605
mil pessoas pereceram em decorrência da seca (ESPECIAL, 2015).
ci

10299660605 10299660605
as

Este resgate histórico se apresenta como uma possibilidade


10299660605 de avaliar
lN

10299660605
as possíveis falhas, mas também nos avançamos e desafios que se
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

apresentam diante do tema nos dias atuais, assim com a necessidade 10299660605
G

de atenção e estruturação de um efetivo plano de contingência nas


10299660605
regiões afetadas pela seca e seus múltiplos desdobramentos.
10299660605
10299660605
10299660605 A seca no Nordeste brasileiro, e, mais recentemente, no Su-
10299660605
deste, acaba não sendo considerada um desastre
10299660605 pela opinião pú-
10299660605
blica, talvez por não levar à morte um grande número
10299660605
de pessoas
10299660605
10299660605
ao
10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


54
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
mesmo tempo. Alguns desastres podem ganhar espaço nas
mídias,
10299660605
receber ajuda humanitária e causar, mesmo que temporariamente,
10299660605
indignação. Apesar disso, prevalece o silêncio diante da condição de
10299660605
miséria vivida por um quarto da população brasileira (IBGE, 2017).
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Tal fato demonstra como se configura a percepção sobre o que
10299660605
seria ou não considerado
10299660605 desastre, que não se reduz a maremotos,
10299660605
10299660605 10299660605
terremotos,
10299660605
deslizamentos de terra ou rompimento de barragens
10299660605
com resíduos tóxicos, mas ao modelo de desenvolvimento socioe-

8
10299660605 10299660605

:3
conômico adotado pela
10299660605 maioria dos países e presente, inclusive, na
10299660605

0
:5
forma como se vive no interior das grandes cidades.
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 Trata-se de um assunto que atravessa o tema da bioética. Afi-
10299660605

0
/2
nal, as novas tecnologias são fundamentais ao10299660605
10299660605 progresso científico,

05
10299660605 10299660605
porém a forma como podemos nos relacionar com tais avanços pode

8/
10299660605 10299660605

-0
levantar problemas éticos.
10299660605 Poluição, degradação de ecossistemas e
10299660605

om
biodiversidades, modalidades insustentáveis de 10299660605
10299660605 produção e consumo

l.c
10299660605
(especialmente em países industrializados) geram escassez, condu-
ai
10299660605
gm
zem a desequilíbrios sociais, causam problemas graves de saúde e,
10299660605
0@

enfim, minam as condições para a vida (CLOTET, 2012). No Brasil, as


10299660605 10299660605
01

queimadas e desmatamentos são fenômenos rotineiros que agravam


10299660605
n2

10299660605
condições de saúde, aumentam a morbimortalidade de populações
js

10299660605 10299660605
-g

que vivem nesses ecossistemas, ao mesmo tempo que denunciam os


10299660605 10299660605
5
-0

modelos econômicos subsidiados pelos governos.


10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
As condições em que se efetivam os desastres relacionados a
.6

10299660605 10299660605
96

contextos do ambiente, historicamente, quando se faz um levanta-


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
mento do que vem ocorrendo no Brasil, entre 10299660605
os grandes desastres
-1

10299660605
que
10299660605 aparecem como referências, a questão das queimadas não10299660605
apa-
to

rece ou está pontuada como algo que vem devastando, por exem-
en

10299660605
m

plo, a maior área de biodiversidade no mundo, 10299660605


10299660605
que é a Região10299660605
Ama-
ci

10299660605
as

zônica. Nos anos de 2019 e 2020, as queimadas nessa região foram


lN

10299660605 10299660605
problematizadas e debatidas internacionalmente.
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

Em 2019 ocorreram as maiores taxas de desmatamento 10299660605 da úl-


G

tima década na Amazônia. O pesquisador Paulo Moutinho, do Insti-


10299660605
tuto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, alerta10299660605
para a possibilidade
10299660605
de
10299660605
um desastre nos sistemas de saúde se os desmatamentos e as
10299660605
queimadas
10299660605 não forem controlados a tempo. 10299660605
10299660605
De acordo com PINHEIRO (2002), na atualidade, os estudos no
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
55 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
campo do compromisso ambiental buscam uma maior contextuali-
10299660605
zação, à medida que incluem bases culturais e históricas dos valores
10299660605
das pessoas, aspectos afetivos, ideologias políticas e visões do mundo.
10299660605
10299660605
GABRIEL MOSER (2005), como grande representante
10299660605 10299660605 da psico-
logia ambiental, apresenta
10299660605 uma relação direta entre as condições de
10299660605
se pensar o ambiente,
10299660605 e a própria psicologia ambiental com a psi-
10299660605
10299660605 10299660605
cologia
10299660605
social. Seguindo o seu pensamento, a questão do ambiente
10299660605
e sua proteção e defesa, no sentido do cuidado efetivo, onde o ser

8
10299660605 10299660605

:3
humano se faz presente,
10299660605 se coloca como um grande desafio, onde
10299660605

0
:5
a ciência psicológica precisa não só elaborar métodos
10299660605
de pesquisa
10299660605

11
10299660605 10299660605
mais apropriados onde se chegue a um corpo de conhecimentos

24
10299660605 10299660605

0
mais coerente por meio da articulação teórica10299660605
e integrada em de-

/2
10299660605

05
senvolver abordagens mais consistentemente.
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Compreender como um conhecimento transversal que saia dos
10299660605

om
espaços privados, e efetive a compreensão acerca
10299660605 da relação com
10299660605

l.c
10299660605
os espaços partilhados, do habitat coletivo, do bairro, do lugar de tra-
ai
10299660605
gm
balho, dos parques e espaços verdes, das cidades, das matas, das
10299660605
0@

florestas, do cerrado, do pantanal, dos pampas e tantos outros am-


10299660605 10299660605
01

bientes da nossa diversidade no Brasil, assim como da relação com o


10299660605
n2

10299660605
ambiente em sua totalidade que implica a melhoria da qualidade de
js

10299660605 10299660605
-g

vida dos indivíduos envolvidos em contextos particulares e coletivos.


10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
Nesse contexto, ter uma noção de que a qualidade de vida e
06

10299660605 10299660605
bem-estar social de todos e todas revela a psicologia como ciência
.6

10299660605 10299660605
96

seja na condição de pensar a gestão e o cuidado com desastres


10299660605 ea
10299660605
.9
02

10299660605
psicologia ambiental como múltipla em suas abordagens, compro-
-1

10299660605 10299660605
metida com os debates atuais da sociedade, e que tem, incontestavel-
10299660605 10299660605
to

mente, o seu lugar nessa paisagem que se descortina mesmo se, no


en

10299660605
m

momento atual, nos falta, em certa medida, uma


10299660605
condição de pensar
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

e agir mais integrativa. Estes caminhos precisam10299660605


ser descortinados, e
lN

10299660605
permitir um devir de construção com a participação efetiva dos posi-
e

10299660605
ry

cionamentos da psicologia para se considerar a10299660605


resistência e resiliên-
10299660605
ab

10299660605
G

cia diante do contexto10299660605


da proteção e defesa do mundo, nosso Ethos!
10299660605
10299660605
10299660605
As novas tecnologias são fundamentais ao progresso10299660605
10299660605 científico, mas a forma como podemos 10299660605
nos relacionar
10299660605 com tais avanços pode levantar problemas éticos.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


56
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Conforme nos aprofundaremos ao falar sobre riscos
e preven-
10299660605
ção, um cenário desastroso não exime a responsabilidade do poder
10299660605
público, do setor privado e da população sobre aquilo que pode e
10299660605
deve ser evitado. Também não exime a responsabilidade
10299660605
que países
10299660605 10299660605
e
10299660605 sociedades têm frente ao descaso
10299660605 com populações em situação
de vulnerabilidade, predispondo-as
10299660605 10299660605 a desastres.
10299660605 10299660605
10299660605
Uma devida abordagem do problema torna necessário tocar-
10299660605
mos em certos assuntos considerados tabus 10299660605
e que persistem em

8
10299660605

:3
nossa cultura. Isto é, de
10299660605 como certas diferenças produzem desigual-
10299660605

0
:5
dades ou, mais precisamente, como formas impostas
10299660605
hegemônicas
10299660605

11
10299660605 10299660605
de ser e viver – oriundas dos padrões heteronormativo, do homem,

24
10299660605 10299660605

0
branco e ocidental – determinam
10299660605 riscos sociais10299660605
e produzem diferen-

/2
05
tes modalidades de sofrimento
10299660605 10299660605 (FANON, 2008; MBEMBE, 2018).

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Uma Gestão Integral em contextos de Riscos, Emergências e
10299660605

om
Desastres implica uma coordenação com planejamento
10299660605 10299660605de ações de

l.c
10299660605
curto, médio e longo prazo, ressaltando que ajudas externas – vindas
ai
10299660605
gm
de organizações públicas ou privadas, da ajuda humanitária e iniciati-
10299660605
0@

vas voluntárias – precisam estar integradas com a10299660605


10299660605 rede intersetorial do
01

território, levando em10299660605


consideração as suas características, a fim de
n2

10299660605
não produzirem ou reproduzirem práticas colonizadoras. Essas10299660605
práti-
js

10299660605
-g

cas engendram a organização dos Estados, a forma de concebermos


10299660605 10299660605
5
-0

e validarmos os conhecimentos, além de atravessarem a constituição


10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
da própria subjetividade – desde uma racionalidade ocidental, euro-
.6

10299660605 10299660605
96

cêntrica, racista e patriarcal (TURRIANI & LANARI, 2018).


10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
A desarticulação e uma não implicação10299660605
com o contexto so-
-1

10299660605
ciocultural
10299660605 e político de um determinado local podem fragilizar
10299660605
to

ainda mais a população, sem contribuir efetivamente para os pro-


en

10299660605
m

cessos de reconstrução e criação de novas formas


10299660605
de mobilização
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

para a vida. Nos termos de KATZ e OLIVEIRA (2017): “A perda dos


lN

10299660605 10299660605
laços e a destituição do sistema de identificações são efeitos di-
e

10299660605
ry

retos da desorganização do pertencimento ao10299660605território” (p.10299660605


227).
ab

10299660605
G

Desse modo, um território que


10299660605 sofre um desastre conduz a proces-
sos de desagregação das redes sociais e comunitárias,
10299660605produzindo
efeitos de desorganização subjetiva. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Então, como a Psicologia pode contribuir 10299660605
nesse campo? Psicó-
logas(os) encontram- se diante do exercício de
10299660605 ampliar sua escuta
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
57 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
qualificada, exercendo um importante papel de 10299660605
no âmbito
ações
10299660605
que não se restringem10299660605
ao setting considerado tradicional, do consul-
tório fechado, mas na parceria com diferentes setores, como saúde,
10299660605
educação, assistência social, cultura, trabalho, 10299660605
habitação, meio am-
10299660605 10299660605
biente, saúde e proteção
10299660605 e defesa civil. É em função da ampliação
10299660605
das estratégias de atenção
10299660605 e gestão que se torna necessário apreen-
10299660605
der certos elementos condicionantes para Riscos, Emergências e
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Desastres, de modo a instrumentalizar e bem fundamentar as ações

8
10299660605 10299660605

:3
da Psicologia nesse campo.
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
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0
/2
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05
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8/
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-0
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om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
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10299660605 10299660605
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10299660605
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Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


58
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10299660605 10299660605

EIXO 3: A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA GESTÃO


10299660605
10299660605

DOS RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES


10299660605
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10299660605 10299660605

8
10299660605 10299660605
Neste capítulo, apresenta-se como a Gestão Integral em situa-

:3
10299660605 10299660605

0
ções envolvendo Riscos, Emergências e Desastres requer a articula-

:5
10299660605 10299660605

11
ção de uma rede composta de diferentes atores e instituições,
10299660605 ten-
10299660605

24
10299660605 10299660605
do como norte ações 10299660605
que não se reduzam a intervenções pontuais,

0
/2
10299660605
mas a médio e longo10299660605
prazo. Ressalta-se que tais ações precisam

05
10299660605

8/
considerar os recursos materiais e imateriais 10299660605
10299660605 de um determinado

-0
10299660605 10299660605
local e das pessoas atingidas, seus modos heterogêneos de ser e

om
10299660605 10299660605
viver, para que não reproduzam condições de 10299660605
vulnerabilidade, mas
l.c
fortaleçam a população e seu território. ai
10299660605
gm
10299660605
Tendo em vista a complexidade dessas situações,
10299660605 que geral-
0@

10299660605
mente excedem o alcance desses recursos, destaca-se a impor-
01

10299660605
n2

tância da realização 10299660605


de ações integradas nos diferentes níveis da
js

10299660605 10299660605
federação, municipal,10299660605
estadual e federal, por meio da articulação
-g

10299660605
5

dos serviços do SINPDEC, SUS e SUAS, orientando-se pelas carac-


-0

10299660605 10299660605
06

terísticas de um dado território onde se localizam diferentes


10299660605 de-
10299660605
.6

10299660605 10299660605
mandas em termos de cuidados.
96

10299660605 10299660605
.9

É importante considerar o papel das políticas sociais, dos servi-


02

10299660605
-1

ços públicos, considerando uma gestão integrada


10299660605 do órgão da Defe-
10299660605
10299660605 10299660605
to

sa Civil e das Redes de Atenção Psicossocial e Socioassistencial dos


en

10299660605
municípios, tendo em vista o reconhecimento das características da
m

10299660605 10299660605
ci

população atingida e da potência contida nos 10299660605


territórios – concep-
10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
ção que não se restringe aos limites físicos de 10299660605
um determinado es-
e

paço, mas contempla as formas de subjetivação e das relações que


ry

10299660605 10299660605
ab

ali se produzem, sua dimensão perceptiva e micropolítica. 10299660605


G

10299660605
A referida articulação visa ao protagonismo dessas redes so-
10299660605
cioinstitucionais, comunitárias e dos trabalhadores inseridos nos
10299660605
serviços que compõem o município e seu entorno. Para que 10299660605
10299660605 as es-
10299660605 10299660605
tratégias sejam sustentáveis, é preciso que haja
10299660605 uma coordenação
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
59 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
intersetorial, com a participação de agentes públicos, trabalhadores
10299660605
da rede socioassistencial e membros da sociedade civil, na promo-
10299660605
ção e gerenciamento das ações. 10299660605
10299660605
As ações voltadas para a população, que10299660605
10299660605 foi exposta a estres-
sores severos durante10299660605
10299660605 um desastre, precisam ter uma perspectiva a
longo prazo. De acordo
10299660605 com a OMS, é preferível focar no desenvol-
10299660605
10299660605 10299660605
vimento
10299660605
de estratégias de médio a longo prazo 10299660605
focadas no território,
em intervenções sociais, serviços de saúde na atenção primária que

8
10299660605 10299660605

:3
apenas propor o atendimento
10299660605 10299660605 imediato que proponha o alívio do

0
:5
sofrimento psicológico agudo da fase de emergência
10299660605
(WHO, 2003).
10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
As estratégias de intervenção em desastres

/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 devem estar articuladas às características de um
10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 determinado local e/ou de uma comunidade
10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
A Psicologia situa-se, justamente, na composição
rede deda
ai 10299660605
gm
cuidados, em intervenções que vão desde a prevenção ao pós-de- 10299660605
0@

sastre, atuando conjuntamente com diferentes10299660605


10299660605 setores. Mais preci-
01

samente, desde processos educativos e atenção psicossocial em


10299660605
n2

10299660605
serviços dedicados a mitigar riscos, prevenir e preparar a população,
js

10299660605 10299660605
-g

como também contribuir


10299660605 para seu enfrentamento. Por isso, conside-
10299660605
5
-0

ra-se que a Psicologia, presente em qualquer política pública, 10299660605


10299660605 deve,
06

10299660605 10299660605
também, estar incorporada às equipes da Defesa Civil como profis-
.6

10299660605 10299660605
96

sional que organiza linhas de cuidado e mobilização comunitária,


10299660605 10299660605
.9

escuta, acolhe e atua10299660605


na defesa da população antes (prevenção,
02
-1

10299660605 10299660605
mitigação e preparação), durante (resposta) e após (reparação/re-
10299660605 10299660605
to

construção) situações de desastre.


en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

A Psicologia deve, também, estar incorporada 10299660605 às 10299660605


lN

equipes da Defesa Civil como agente 10299660605 que organiza


e
ry

linhas de cuidados e mobilização comunitária, escuta,10299660605


10299660605
ab

10299660605
G

acolhe e atua na 10299660605


defesa da população antes (prevenção,
mitigação e preparação), durante (resposta) 10299660605 e após
(reparação/reconstrução) situações de desastre.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
Neste eixo, será enfatizada a articulação dessa imbricada rede,
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


60
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
atentando para alguns elementos que circunscrevem a temática
10299660605
e as
múltiplas formas de inserção da Psicologia, com suas diferentes aborda-
10299660605
gens e campos de atuação na gestão de Riscos, Emergências
10299660605e Desastres.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605

Mudanças de Paradigma
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Em 1940, houve a criação do primeiro órgão, no Brasil,
para a

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
proteção da população em situações de emergência e calamidade

:5
10299660605 10299660605

11
pública. Na década de 1960, o órgão da Defesa Civil foi enfim estabe-
10299660605 10299660605

24
lecido institucionalmente
10299660605 no país, e na década seguinte este órgão
10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
passou a ser responsável pela assistência prestada às situações de

05
10299660605 10299660605
Riscos, Emergências e10299660605
Desastres.

8/
10299660605

-0
10299660605
Ocorreram importantes mudanças de paradigmas
10299660605
ao longo

om
10299660605 10299660605
desse tempo. A primeira, como já foi mencionado, diz respeito a
l.c
10299660605
uma mudança de enfoque, a saber, de ações voltadas
10299660605ai
para os efei-
gm
tos ou consequências dos desastres (estratégias de resposta e10299660605
repa-
0@

10299660605 10299660605
ração), para as condições que produzem direta ou indiretamente
01

10299660605
desastres, especialmente os condicionantes sociais e econômicos
n2

10299660605
js

que geram vulnerabilidades (FURTADO et al., 2013).


10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
A segunda mudança paradigmática é aquela que deslocou o
5
-0

10299660605 10299660605
06

enfoque da psicopatologia sindrômica – como na difusão do Transtor-


10299660605 10299660605
.6

no do Estresse Pós-Traumático –, em sua dimensão


10299660605
biológica indivi-
10299660605
96

10299660605 10299660605
.9

dual e frequentemente10299660605
calcada no traumatismo, para uma apreensão
02

da complexidade do fenômeno que não se reduz à abordagem psi-


-1

10299660605 10299660605
copatológica individual, mas amplia os cuidados a partir das contri-
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
buições da Sociologia, Psicologia Social, Psicologia Ambiental, Saúde
m

10299660605 10299660605
ci

Coletiva e Saúde Mental. Tal ampliação da abordagem inscreve 10299660605


10299660605 ações
as

que contemplam desde a prevenção e mitigação até a resposta10299660605


e re-
lN

10299660605
e

10299660605
cuperação em situações de desastres (TRINDADE & SERPA, 2013).
ry

10299660605 10299660605
ab

A mudança de perspectiva perpassou o questionamento de


10299660605
G

intervenções que se concentram em tratamentos individuais, como,


10299660605
10299660605
por exemplo, a oferta apenas de atendimentos psicoterápicos aos
10299660605
afetados, ou mesmo de cunho médico-psiquiátrico e medicalizante,
10299660605 10299660605
em detrimento da mobilização das condições sociais na abordagem
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
de problemas que são, sobretudo, coletivos. 10299660605
Afinal, nesse campo
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
61 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
de estudos e intervenções, abordam-se modalidades de sofrimento
10299660605
que são produzidas socialmente,
10299660605 vivenciadas coletivamente e que
não são resolvidas apenas individualmente. 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Mudança de paradigmas em relação ao tema:
10299660605
10299660605 10299660605 → Causas / Condicionantes
Efeitos / Consequências
10299660605 10299660605
10299660605
Psicopatologia Individual → Sociologia, Psicologia 10299660605
Social,
Psicologia Ambiental, Saúde Coletiva, 10299660605 Saúde Mental

8
10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
Como observaram WEINTRAUB e VASCONCELOS 10299660605 (2013),
10299660605

24
desde a década de 1990,
10299660605 a perspectiva internacional sobre o tema
10299660605

0
/2
ressalta que desigualdades sociais e econômicas
10299660605 engendram vul-
10299660605

05
10299660605 10299660605
nerabilidades que impactam a vida comunitária, condicionando a

8/
10299660605 10299660605

-0
emergência de desastres.
10299660605 Tendo em vista a mudança de perspec-
10299660605

om
tiva, pode-se dizer que desastres não são, exatamente,
10299660605 10299660605 fatalidades

l.c
10299660605
provocadas pela natureza ou pelo simples avanço ai tecnológico, mas
10299660605
gm
estão vinculados à preexistência de certos elementos que são de-
10299660605
0@

terminantes para que desastres aconteçam. Um


10299660605 desastre nunca é,
10299660605
01

10299660605
exata ou exclusivamente, um fenômeno natural. Desastres não se
n2

10299660605
reduzem a um determinado evento, mas a uma consequência de
js

10299660605 10299660605
-g

um evento em um ambiente vulnerável. Ou seja, são condições da-


10299660605 10299660605
5
-0

das por processos sociais, políticos, econômicos e ambientais


10299660605
que
10299660605
06

10299660605 10299660605
aumentam a suscetibilidade e exposição (FURTADO et al., 2013).
.6

10299660605 10299660605
96

Não é por acaso que, como observam as 10299660605 autoras, “nas últimas 10299660605
.9
02

10299660605
duas décadas, houve um aumento da ocorrência de desastres, de
-1

10299660605 10299660605
8.671, nos anos 1990, para 23.238, na década seguinte” (WEINTRAUB
10299660605 10299660605
to

& VASCONCELOS, 2013, p. 3). Isso se deve ao modelo de desenvol-


en

10299660605
m

vimento adotado em países considerados desenvolvidos


10299660605
e que10299660605
sub-
ci

10299660605 10299660605
as

metem países que seguem em desenvolvimento, como forma de


lN

10299660605 10299660605
conceber o progresso à custa do subdesenvolvimento das periferias
e

10299660605
ry

regionais e mundiais (NAPOLEONI, 2011; SEN, 10299660605 2010; SOUZA, 2017). 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
Um desastre nunca é, exata ou exclusivamente, 10299660605
10299660605
10299660605
um fenômeno natural. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Em outros termos, é o modelo de desenvolvimento 10299660605 adotado
10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


62
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
pelas sociedades dominantes – notadamente norte-americana
10299660605
e eu-
ropeia – que conduz a10299660605
desastres, coloca pessoas e o meio ambien-
te em risco e produz, cotidianamente, situações de emergência ou
10299660605
calamidade. É a urbanização sem planejamento que leva à degra-
10299660605
10299660605 10299660605
dação
10299660605 do meio ambiente, ao aquecimento
10299660605 global e à produção de
epidemias; a concentração
10299660605 de capital cultural e a não redistribuição
10299660605
de renda e riqueza que
10299660605 cria a pobreza e que, por sua vez, conduz
10299660605
10299660605 10299660605
pessoas às periferias e zonas de risco habitacional – sem garantia de

8
10299660605 10299660605

:3
educação, água potável
10299660605 e tratamento de esgoto. Enfim, é a falta de
10299660605

0
:5
cuidado com o meio ambiente e os seres humanos que engendra
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605
riscos que podem conduzir a desastres.

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 É o modelo de desenvolvimento adotado pela
10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 sociedade que10299660605
conduz a desastres, coloca pessoas e

om
10299660605 o meio ambiente em risco e produz cotidianamente
10299660605

l.c
situações de emergência ou calamidade.
10299660605
10299660605 ai
gm
10299660605
0@

10299660605
Por isso, o consenso internacional sobre 10299660605
a necessidade de se
01

10299660605
investir em estratégias que reduzam situações de vulnerabilidade,
n2

10299660605
js

e é nesse ínterim que o poder público tem seu papel. Desde a10299660605
10299660605 Con-
-g

ferência de Hyogo, estabeleceu-se


10299660605 10299660605 internacionalmente que países
5
-0

10299660605 10299660605
signatários, como o Brasil, precisam desenvolver estratégias de
06

10299660605 10299660605
atuação em todo o ciclo que envolve desastres, isto é, desde a pre-
.6

10299660605 10299660605
96

venção e mitigação até a resposta e recuperação. 10299660605 10299660605


.9
02

10299660605
No Brasil, a Defesa Civil é o órgão responsável
10299660605pela gestão
-1

10299660605
desse ciclo e está vinculada ao Ministério da Integração Nacional,
10299660605 10299660605
to
en

sob a coordenação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa 10299660605


m

10299660605 10299660605
Civil (SENPDEC), tendo por objetivo as ações10299660605
previstas e acorda-
ci

10299660605
as

das internacionalmente: prevenção, mitigação, resposta e recupe-


lN

10299660605 10299660605
ração. Portanto, a Defesa Civil não deve funcionar apenas como
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

órgão a ser acionado no momento dos desastres, pelo contrário, 10299660605


G

deve promover ações10299660605


que, articuladas a outros setores das políti-
cas públicas e juntamente às comunidades – especialmente
10299660605 aque-
10299660605
las
10299660605
em situação de maior vulnerabilidade –, deve prevenir e mitigar
10299660605
riscos socioambientais. Isso porque é a falta10299660605
10299660605 da intervenção nos
riscos que leva à produção de desastres.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
63 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
Prevenção – Mitigação – Preparação – Resposta – Recuperação
10299660605
10299660605
10299660605

Prevenção, Mitigação e Preparação


10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Apesar de a Psicologia ser reconhecida e frequentemente cha-
10299660605
mada para atuar em situações de desastres, a10299660605
10299660605 categoria ainda não
se encontra plenamente incorporada na gestão integral de Riscos,

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
Emergências e Desastres, pelo órgão da Defesa Civil, no país,10299660605
bem

:5
10299660605

11
como não se percebe fazendo parte do Sistema de Proteção,10299660605
10299660605 mes-

24
mo atuando em outras
10299660605 políticas públicas como SUS e SUAS. A exce-
10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
ção, como já observamos, encontra- se na cidade de Recife/PE, que

05
10299660605 10299660605
conta com psicólogas(os) concursadas(os), membros efetivos das

8/
10299660605 10299660605

-0
equipes da Defesa Civil.
10299660605 O argumento para a inclusão da Psicologia
10299660605

om
nessa política pública ocorre em função do reconhecimento
10299660605 10299660605
do pa-

l.c
10299660605
pel da categoria em todo o ciclo que envolve desastres. ai 10299660605
gm
Apesar da atuação de psicólogas(os) na escuta de pessoas que
10299660605
0@

10299660605 10299660605
passaram por essas experiências – oferecendo acolhimento e contri-
01

10299660605
buindo para processos10299660605
de nomeação do sofrimento psíquico –, a Psi-
n2
js

cologia não se reduz a uma atividade clínica. Psicólogas(os) podem


10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
contribuir na ampliação da percepção dos riscos sociais e ambientais
5
-0

10299660605 10299660605
presentes num determinado território e das estratégias que o 10299660605 poder
06

10299660605
.6

público e a população podem empregar a fim de


10299660605 mitigar riscos.
10299660605
96

10299660605 10299660605
.9

A concepção de10299660605
mitigação diz respeito às ações que podem
02

ser implementadas quando riscos já são localizados, portanto, tra-


-1

10299660605 10299660605
ta-se de intervenções para evitar e minimizar riscos identificados
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
(FURTADO et al., 2013). Tal concepção implica, necessariamente, o
m

10299660605 10299660605
ci

reconhecimento das condições que geram vulnerabilidade. 10299660605 Desse


10299660605
as

modo, o que previne desastres é o combate aos condicionantes so-


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ciais e econômicos que geram vulnerabilidades.
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

Psicólogas(os) podem contribuir na ampliação da percepção


10299660605
10299660605
dos riscos sociais e ambientais presentes num determinado
10299660605
10299660605 território e das estratégias que o poder público e a 10299660605
10299660605 população podem empregar a fim de mitigar 10299660605 riscos.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


64
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
Esse campo de estudos e intervenções deve inscrever-se10299660605
10299660605
des-
de a formação em Psicologia
10299660605a cursos de pós-graduação em Saú-
de Mental e Atenção Psicossocial em desastres, compondo a for-
10299660605
mação profissional contínua. A partir das definições trazidas pelo
10299660605
10299660605 10299660605
IASC
10299660605 (2007), percebe-se que os
10299660605 impactos psicológicos e sociais de
emergência podem ser
10299660605 acentuados em curto prazo, podendo agra-
10299660605
var indicadores de saúde
10299660605 mental e o bem-estar psicossocial de um
10299660605
10299660605 10299660605
determinado território, a longo prazo. Sendo assim, uma das priori-

8
10299660605 10299660605

:3
dades em situações de
10299660605 emergência é, portanto, proteger e melhorar
10299660605

0
:5
a saúde mental e o bem-estar psicossocial das pessoas.
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
Por Saúde Mental temos uma área complexa per-

05
10299660605 10299660605
meada por conhecimentos e cuidados que não

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 se restringem à concepção biológica ou orgânica
10299660605

om
10299660605 do ser humano, como nas abordagens psicopa-
10299660605

l.c
10299660605
tológicas que priorizam diagnósticos
ai 10299660605na forma de
gm
síndromes ou transtornos mentais. A Saúde Mental
10299660605
0@

10299660605 diz de conhecimentos e saberes transversais, po-


10299660605
01

10299660605
lissêmicos e intersetoriais que se encontram mais
n2

10299660605
além da dualidade saúde versus doença. Implica
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 uma relação dialética entre sujeitos singulares e as


10299660605
5
-0

10299660605
particularidades encontradas em diferentes 10299660605
comu-
06

10299660605 10299660605
nidades, ampliando a concepção de saúde.
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
A Atenção Psicossocial diz respeito a uma for-
-1

10299660605 10299660605
10299660605 ma diferente de lidar e apreender o sofrimento
10299660605
to
en

10299660605
psíquico. O cuidado empreendido não se10299660605
reduz
m

10299660605
ci

à dimensão de assistência, mas enfoca na


10299660605 pro-
10299660605
as

dução de vínculos, com intervenções pensadas


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
intersetorialmente, ressaltando as demandas do
ry

10299660605 10299660605
ab

próprio sujeito, da família e da comunidade de


10299660605
G

forma mais ampla (OPAS, 2015a, p.2).


10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Para o IASC (2007), os termos “saúde mental” e “apoio psicos-
10299660605
social” estão intimamente relacionados e são usados
10299660605 em situações de
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
65 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
desastres para descrever as estratégias locais ou fora10299660605
vindas de
cujo
10299660605
objetivo seja: proteger10299660605
ou promover o bem-estar psicossocial e/ou
prevenir ou tratar o transtorno mental. Agências10299660605
assistenciais, fora do
setor saúde, tendem a utilizar o termo “apoio psicossocial”,
10299660605
enquanto
10299660605 10299660605
agências
10299660605 do setor saúde utilizam
10299660605 “saúde mental”, “reabilitação psi-
cossocial” ou mesmo10299660605
10299660605 “tratamento psicossocial” para descrever as
intervenções não biológicas
10299660605 para pessoas com transtornos mentais.
10299660605
10299660605 10299660605
Em situações de Riscos, Emergências e10299660605
Desastres, as fases

8
10299660605

:3
de prevenção, mitigação
10299660605 e preparação traduzem a mudança de pa-
10299660605

0
:5
radigma que referimos anteriormente, somando-se
10299660605
à transversali-
10299660605

11
10299660605 10299660605
dade, que implica a efetivação
10299660605 de políticas oriundas da conquista

24
10299660605

0
de direitos humanos e10299660605
sociais, como habitação, educação, saúde e

/2
10299660605

05
lazer. Para isso, exige-se um trabalho contínuo a ser realizado pelo
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
poder público e pela população.

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
É muito comum que as ações ai preventivas e de
10299660605
gm
mitigação se constituam como ações isoladas, 10299660605
0@

10299660605 10299660605
pontuais, focadas em determinadas populações,
01

10299660605
áreas ou com objetivos específicos, como as cam-
n2

10299660605
js

10299660605 panhas anuais. Manter a continuidade das10299660605 ações


-g

10299660605 10299660605
de forma integrada e continuada é mais difícil,
5
-0

10299660605 10299660605
uma vez que exige manutenção de recursos (hu-
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 manos, materiais, financeiros etc.); elaboração


10299660605
96

de um programa de redução de riscos no qual


10299660605 as
10299660605
.9
02

10299660605
ações estejam filiadas; atualização de dados rela-
-1

10299660605 10299660605
10299660605 cionados aos riscos, mapeamentos, populações, 10299660605
to
en

entre outros; e uma constante avaliação do pro-


10299660605
m

10299660605 10299660605
cesso em desenvolvimento10299660605 para verificar se10299660605
os re-
ci
as

sultados estão sendo alcançados e as estratégias


lN

10299660605 10299660605
adequadas. (FURTADO et al., 2013, p. 74)
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

Esse campo de estudos e intervenções deve


10299660605
inscrever-se
10299660605
desde a formação em Psicologia a cursos de pós-graduação
10299660605
10299660605 em Saúde Mental e Atenção Psicossocial em Desastres.10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


66
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
A formação precisa abordar temas que chamem atenção10299660605
10299660605
para
uma gestão que considere os recursos dos territórios e das comuni-
10299660605
dades, contribuindo para o exercício de mapeamento, levantamento
10299660605
de demandas, formulação de estratégias, planos e avaliações locais,
10299660605
10299660605 10299660605
com o conhecimento10299660605
10299660605 de protocolos e procedimentos validados e
científicos, além de conhecimentos
10299660605 10299660605 específicos e princípios básicos
para o trabalho em situações de Riscos, Emergências e Desastres.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Nesse ínterim, entende-se que uma formação condizente con-

8
10299660605 10299660605

:3
temple esse campo de
10299660605 atuação e pesquisa, sem consistir em uma
10299660605

0
:5
especialidade para o emprego de estratégias burocráticas,
10299660605
mas par-
10299660605

11
10299660605 10299660605
te inerente da formação em Psicologia. Psicólogas(os) podem com-

24
10299660605 10299660605

0
por, então, equipes que já atuam no território, nas diversas políticas

/2
10299660605 10299660605

05
públicas e interferir nos fatores de risco e vulnerabilidade da popu-
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
lação, podem contribuir em ações de vistorias em áreas de risco

-0
10299660605 10299660605

om
(como nas construções em encostas), auxiliando-as
10299660605 nos processos
10299660605

l.c
que envolvam informações sobre os riscos identificados, medidas
10299660605
ai10299660605
de segurança e os recursos que envolvam a garantia de direitos so-
gm
10299660605
0@

ciais quando uma mudança de local for necessária.


10299660605 10299660605
01

Isso inclui o devido suporte psicossocial quando se verifica a


10299660605
n2

10299660605
necessidade da retirada e realocação de pessoas. Nesses casos, a
js

10299660605 10299660605
-g

Psicologia também atua, junto ao poder público, para a garantia de


10299660605 10299660605
5
-0

direitos sociais e humanos dessa população. Sobre esses processos,


10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
cabe observarmos que a intervenção da Psicologia também se en-
.6

10299660605 10299660605
96

contra nas estratégias coletivas para que a população possa inserir-


10299660605 10299660605
.9

-se, simbólica e materialmente, em um novo território:


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
É com base no entendimento que o sujeito10299660605
deve
m

10299660605
ci

fazer de seu espaço físico 10299660605


de circulação uma mo-
10299660605
as

rada territorializada, para que possa ali se consti-


lN

10299660605 10299660605
e

tuir em seu modo de vida,10299660605


que apontamos para a
ry

10299660605 10299660605
ab

necessidade de que toda e qualquer incidência 10299660605


G

sobre o espaço físico ocupado por uma popula-


10299660605
ção, se faça acompanhar10299660605
da atenção para que
10299660605
10299660605 o sujeito não seja desterritorializado. E que caso
10299660605
10299660605 isso ocorra, de apoiá-lo na10299660605
invenção de uma nova
10299660605 forma de territorializar-se,10299660605
entendendo tal inter-
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
67 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
venção como uma forma de produção de saúde.
10299660605
(KATZ & OLIVEIRA, 2017, p. 228)
10299660605
10299660605
10299660605
Em situações de emergência e
10299660605 desastre, psicólogas(os)
10299660605 en-
10299660605 10299660605
contram-se
10299660605
como parte que
10299660605
deve integrar a gestão. Por não se res-
tringir à atuação clínica,
10299660605 apresentam habilidades contidas na sua
10299660605
formação – que podem ser aprimoradas –, nas
10299660605 mais diversas dis-
10299660605

8
10299660605 10299660605
ciplinas que compõem a formação em Psicologia, em trabalhos

:3
10299660605 10299660605

0
voltados à prevenção e gestão de crises.

:5
10299660605 10299660605

11
Para tal integralidade, é preciso considerar que a temática
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605
saúde mental e atenção psicossocial componha os planos de con-

0
/2
10299660605 10299660605
tingência para desastres, nos três entes federados, sendo importan-

05
10299660605 10299660605

8/
te a participação: coordenação
10299660605 dos serviços do10299660605 SUAS, coordenação

-0
10299660605 10299660605
de saúde mental no sistema SUS, trabalhadores da Rede de Atenção

om
10299660605 10299660605
Psicossocial e Socioassistencial, conselhos/sindicatos de profissão,
l.c
10299660605
universidades, lideranças, associações comunitárias, ai 10299660605 organizações
gm

não governamentais e trabalhadores e trabalhadoras voluntárias. Res-


10299660605
0@

10299660605 10299660605
salta-se que cada município deve atualizar anualmente os planos de
01

10299660605
n2

contingência para os desastres mais frequentes naquele território.


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 São múltiplas as10299660605


formas de a Psicologia fomentar o protagonis-
5

mo do sujeito e das comunidades envolvidas. O que sobressai, segun-


-0

10299660605 10299660605
06

do WEINTRAUB et al. (2015), é que “o/a profissional não aja sozinho,


10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
tampouco desconheça a estratégia a priori determinada nos 10299660605
níveis
96

10299660605
.9

social, de saúde e educação, para mitigar e/ou responder à deman-


02

10299660605
da gerada pelos desastres” (p. 294). Todas as pessoas que desejem
-1

10299660605 10299660605
contribuir nessas situações, inclusive psicólogas(os), precisam10299660605
10299660605
inte-
to
en

10299660605
grar-se e fomentar a gestão que coordena as ações, para que a oferta
m

10299660605 10299660605
ci

de cuidados “seja orgânica ao modelo nacional,10299660605 integrando o amplo 10299660605


as

guarda-chuva das políticas públicas brasileiras” (NOAL et al., 2016, p.


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
940). Tal integralização permite, ainda, que não haja “sobreposição
ry

10299660605 10299660605
ab

de ações ou ações contraproducentes para os afetados” (p. 941). 10299660605


G

10299660605
Soma-se a isso a importância de se realizar um levantamento
10299660605
sobre como a população percebe e lida com riscos, capacitando as
10299660605
pessoas, além de fomentar as discussões de casos, atentando10299660605
10299660605 para
a
10299660605
10299660605
prioridade de pessoas com diferentes modalidades de
10299660605
10299660605
sofrimento
psíquico, doenças, deficiências, crianças e adolescentes, 10299660605 mulheres 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


68
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
gestantes e pessoas idosas. Situações de desastre
a agravartendem
10299660605
condições ou problemas preexistentes, daí a importância de se pro-
10299660605
mover ações que atentem para a equidade (IASC, 2007). Práticas efi-
10299660605
cazes e permanentes de proteção devem contar com a mobilização
10299660605
10299660605 10299660605
social para ações de redução
10299660605 de riscos e de desastres com enfoque
10299660605
no protagonismo das 10299660605
10299660605 comunidades (UFSC, 2015).
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
São múltiplas as formas de a Psicologia fomentar o

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 protagonismo do10299660605
sujeito e das comunidades envolvidas.

0
:5
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605

24
10299660605 Com base nos trabalhos
10299660605desenvolvidos pela Comissão de Po-

0
/2
líticas Públicas e Grupo de Trabalho sobre Gestão
10299660605
do Risco Inte-
10299660605

05
10299660605 10299660605
gral, Emergências e Desastres
10299660605do Conselho Regional de Psicologia

8/
10299660605

-0
de Pernambuco, em 10299660605
10299660605 Recife (CRP-02), e IASC (2007), adapta-se al-

om
gumas contribuições específicas da Psicologia10299660605
10299660605 para o eixo de pre-

l.c
10299660605
venção, mitigação e preparação: 10299660605 ai
gm
• Integrar-se aos programas já existentes no município,10299660605
con-
0@

10299660605 10299660605
siderando a gestão dos aspectos psicossociais das popula-
01

10299660605
ções em situação de risco;
n2

10299660605
js

10299660605
• Incluir a temática da Saúde Mental e Atenção Psicossocial
10299660605
-g

10299660605 10299660605
nos Planos de Contingência;
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 • Realizar capacitações das equipes sobre gerenciamento de


10299660605
.6

10299660605 10299660605
abrigos, proteção a populações vulneráveis e Primeiros Cui-
96

10299660605 10299660605
.9

dados Psicológicos (OPAS, 2015b);


02

10299660605
-1

10299660605
10299660605
• Planejar, elaborar e executar programas voltados para10299660605
10299660605
a po-
to

pulação local, considerando processos de mitigação 10299660605


e pre-
en

venção de riscos identificados, bem como reconhecendo o


m

10299660605 10299660605
ci

conhecimento da população; 10299660605 10299660605


as
lN

10299660605 10299660605
• Mobilizar líderes comunitários, populações vulneráveis e
e

10299660605
ry

demais atores sociais para construção10299660605


coletiva de estraté-
10299660605
ab

10299660605
gias de prevenção, preparação e mitigação de desastres;
G

10299660605
• Participar dos treinamentos de profissionais de socorro e su-
10299660605
porte, incluindo informações sobre as 10299660605
respostas esperadas
10299660605 10299660605
10299660605 em situações de desastres; 10299660605
10299660605 • Integrar informações junto aos coordenadores dos serviços
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
69 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
de Assistência Social e Saúde, e fornecer dados que permi-
10299660605
tam o aprimoramento dos projetos de mitigação e prevenção;
10299660605
• Promover estudos e análises dos fatores de riscos, conside-
10299660605
10299660605
rando contextos psicossociais;
10299660605 10299660605
10299660605 • Estreitar os laços e a integração entre os órgãos de saúde,
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
desenvolvimento social e educação junto à Defesa Civil;
10299660605
10299660605 • Divulgar e sensibilizar grupos e comunidades sobre estraté-
10299660605

8
10299660605
gias de prevenção e mitigação, os comportamentos
10299660605
espera-

:3
10299660605 10299660605

0
dos e a necessidade do suporte psicossocial;

:5
10299660605 10299660605

11
• Participar dos programas desenvolvidos nos processos
10299660605 de
10299660605

24
10299660605 10299660605
educação da população diante de situações de risco: edu-

0
/2
10299660605 10299660605
cação ambiental, educação em saúde, educação e partici-

05
10299660605 10299660605

8/
pação social; 10299660605 10299660605

-0
10299660605 10299660605
• Fornecer esclarecimentos e subsídios aos órgãos da impren-

om
10299660605 10299660605

l.c
sa para que promovam informações fidedignas para suporte
10299660605
à população; ai
10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 • Estimular construção de Planos de Contingência


10299660605 em dife-
01

rentes serviços e simulados periódicos para principais de-


10299660605
n2

10299660605
sastres no município e/ou estado;
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 • Atualizar, anualmente,


10299660605lista de serviços públicos e organiza-
5
-0

10299660605
ções que estejam atuando no território; 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 • Participar de Simulados em preparação10299660605


para desastres e es-
96

timular que o saber da população possa ser incorporado


10299660605 às
10299660605
.9
02

10299660605
estratégias de resposta.
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
Enfrentar situações de emergências e desastres está relacio-
m

10299660605 10299660605
ci

nado com a forma como a comunidade e a sociedade, 10299660605de maneira 10299660605


as
lN

mais ampla, percebe riscos, prepara-se e participa das estratégias


10299660605 10299660605
e

10299660605
de enfrentamento (COÊLHO, 2011).
ry

10299660605 10299660605
ab

É importante destacar que nessas fases iniciais cabe ao Sis-


10299660605
G

10299660605
tema Conselhos organizar debates/eventos intersetoriais, 10299660605 construir
materiais orientativos sobre atuação em desastres e articular pautas
10299660605
que promovam as contribuições da Psicologia para a Gestão Integral
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
de Riscos, Emergências e Desastres.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


70
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

Resposta e Reconstrução
10299660605
10299660605
10299660605
Ao abordarmos os temas da resposta e 10299660605
reconstrução, temos
em vista a mudança de paradigma oriunda do10299660605
10299660605
questionamento de
10299660605 10299660605
intervenções reduzidas
10299660605 à dimensão psicopatológica biologicista, as-
10299660605
sentada em diagnósticos
10299660605 médicos e estratégias de cuidado indivi-
10299660605
duais. Tal mudança se deve ao reconhecimento
10299660605 de que desastres
10299660605

8
10299660605 10299660605
são problemas, sobretudo, sociais e vivenciados coletivamente. Tra-

:3
10299660605 10299660605

0
ta-se de um problema que é da ordem da justiça social.

:5
10299660605 10299660605

11
(IASC, 2007), as intervenções de saúde10299660605
De acordo com10299660605 10299660605
men-

24
10299660605
tal e atenção psicossocial devem ser acionadas10299660605
nas primeiras horas

0
/2
10299660605

05
após um desastre, observando
10299660605 10299660605os quatro níveis de intervenção apre-

8/
sentados na pirâmide10299660605
a seguir, a depender da complexidade das
10299660605

-0
10299660605 10299660605
necessidades da população atendida. Figura 1 10299660605
(p. 712).

om
10299660605

l.c
Figura 1: Níveis de intervenção 10299660605
ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 Serviços
10299660605
especializados
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

Apoios focados, 10299660605 10299660605


.9
02

não especializados
10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Apoio à comunidade
lN

10299660605 10299660605
e às famílias
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 Serviços básicos e segurança 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
71 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
De acordo com essa pirâmide, grande parte da população
10299660605
será
capaz de lidar com o 10299660605
sofrimento após o desastre e poderá se bene-
ficiar das ações do nível 1 e 2. Todas as ações do primeiro nível de-
10299660605
vem focar na preservação da vida e dignidade humanas, 10299660605
promoven-
10299660605 10299660605
do
10299660605 o mais rápido possível: alimentação,
10299660605 água, abrigo, atendimento
básico de saúde, etc.10299660605
10299660605 Percebe-se nesse primeiro nível de cuidados
a ação de diferentes setores que atuam na resposta aos sobreviven-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
tes. No segundo nível estariam as ações, como: o rastreamento e

8
10299660605 10299660605

:3
reunificação familiar, 10299660605
10299660605 auxílio no processo de luto e cerimônias co-

0
:5
munitárias para recuperação, comunicação em massa acerca
10299660605 dos
10299660605

11
10299660605 10299660605
métodos sobre como10299660605
enfrentar a situação, programas de apoio aos

24
10299660605
pais, atividades educacionais formais e não formais, atividades de

0
/2
10299660605 10299660605

05
subsistência e a ativação
10299660605 das redes sociais, por meio, por exemplo,
10299660605

8/
de grupos de mulheres e clubes de jovens. Nesse
10299660605 10299660605
segundo nível

-0
10299660605 10299660605
percebe-se a potência da mobilização comunitária e apoio às redes

om
10299660605 10299660605
afetivas e de proteção, grupos e associações, 10299660605 escolas e atividades
l.c
econômicas que possam resgatar a capacidade10299660605 ai de reconstrução da
gm
10299660605
comunidade. No terceiro nível estaria um número menor de pes-
0@

10299660605 10299660605
soas, com sofrimento10299660605
mental de leve a moderado (15 a 20% da po-
01
n2

pulação), que precisam de apoio individual ou familiar por meio dos


10299660605
js

10299660605 10299660605
Primeiros Cuidados Psicológicos (OPAS, 2015b), ou mesmo a escuta
-g

10299660605 10299660605
qualificada por parte de profissionais da saúde. E por fim, no quarto
5
-0

10299660605 10299660605
06

nível está a oferta de cuidados especializados de saúde mental10299660605


10299660605 para
.6

os quadros graves (3 a 4%), que mesmo recebendo


10299660605 10299660605
o suporte dos
96

10299660605 10299660605
.9

demais níveis ainda apresentam


10299660605 sofrimento intolerável, com com-
02

prometimento da vida diária. No Brasil este atendimento 10299660605 é ofertado


-1

10299660605
nos Centros de Atenção Psicossocial, Ambulatórios Especializados
10299660605 e
10299660605
to
en

10299660605
por profissionais liberais: psiquiatras e psicólogas(os).
m

10299660605 10299660605
ci

Situações de emergências demandam atendimento 10299660605 assisten-


10299660605
as
lN

cial imediato, como a providência de recursos básicos 10299660605


à sobrevivên-
10299660605
e

10299660605
cia e à dignidade humana: água potável, alimentação, 10299660605vestimenta,
ry

10299660605
ab

material de higiene e limpeza, abrigo seguro, instalações de lavan- 10299660605


G

deria e banheiro. Esse suporte é, inclusive, essencial para a saúde


10299660605
10299660605
mental e o bem- estar psicossocial da população atingida e, se ofe-
10299660605
recido a tempo e de forma adequada, pode aliviar o sofrimento
10299660605 psi-
10299660605
cológico dos sobreviventes.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
No entanto, a assistência imediata não 10299660605 finda a tragédia hu-
10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


72
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
manitária que comportam demandas mais da 10299660605
complexas,
plena
10299660605
garantia dos direitos 10299660605
sociais e humanos, de estratégias de recons-
trução e, muitas vezes, de construção que precisam ser articuladas
10299660605
a médio e longo prazo. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 São esperadas reações intensas nas primeiras 72 horas após
10299660605
os desastres, como, por
10299660605 exemplo: reação imediata de alarme, rea-
10299660605
10299660605 10299660605
ções
10299660605
fisiológicas, motoras e cognitivas (taquicardia, sudorese, hipe-
10299660605
ratividade, aflição, agressividade), agitação desordenada,
10299660605 fuga, pâ-

8
10299660605

:3
nico, crise emocional10299660605
10299660605 e incapacidade de reagir ou paralisia (NOAL,

0
:5
RABELO, CHACHAMOVICH, 2019). A maior parte
10299660605
destas reações
10299660605

11
10299660605 10299660605
agudas são mais bem manejadas sem o uso de medicamentos e

24
10299660605 10299660605

0
de acordo com os princípios dos Primeiros Cuidados Psicológicos

/2
10299660605 10299660605

05
(OPAS, 2015b; WHO, 2003).
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 É importante destacar que a incorporação de equipes adicionais
10299660605

om
aos serviços já existentes no território, na primeira
10299660605 fase da resposta,
10299660605

l.c
10299660605
fortalece os serviços públicos locais e cria acesso mais fácil para a po-
ai
10299660605
gm
pulação que já tem vínculo com tais serviços. Tais equipes adicionais
10299660605
0@

podem ser contratadas, ou mesmo voluntários, 10299660605


10299660605 mas precisam passar
01

por capacitação e supervisão para que possam alinhar as estratégias


10299660605
n2

10299660605
de SMAPS no território (NOAL, RABELO, CHACHAMOVICH, 2019).
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
A assistência imediata não finda a tragédia humanitária,
06

10299660605 10299660605
que comporta demandas mais complexas.
.6

10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
A razão humanitária, baseada na compaixão e solidariedade
-1

10299660605 10299660605
com o sofrimento alheio, não deve se sobrepor à dimensão da10299660605
10299660605
injus-
to
en

10299660605
tiça social implícita em situações de Riscos, Emergências e Desas-
m

10299660605 10299660605
ci

tres (WEINTRAUB & VASCONCELOS, 2013). O10299660605


aspecto moral10299660605
con-
as

tido nas mais diversas formas de assistencialismo não sobrepuja o


lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
cenário que um desastre tem a potência de descortinar. Portanto,
ry

10299660605 10299660605
ab

é preciso cautela com ações que podem servir apenas para aliviar 10299660605
G

as consciências, sem qualquer implicação com a desigualdade pre-


10299660605
10299660605
sente nas bases da sociedade, nas estruturas econômicas
10299660605
e gestão
política de governos que culminam em desastres. Soma-se a10299660605
10299660605 essa
crítica o risco de a ajuda humanitária acabar10299660605
10299660605 por enfraquecer as
estruturas comunitárias e os mecanismos de apoio
10299660605
tradicionais,
10299660605
10299660605
re-
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
73 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
dundando em estratégias colonizadoras que acabam
agravar a por
10299660605
vulnerabilidade social10299660605
(IASC, 2007, p. 2).
WEINTRAUB e VASCONCELOS
9
(2013), a10299660605
partir das contribui-
10299660605
ções de DIDIER FASSIN, comentam os usos políticos
10299660605 que podem se
10299660605
esconder na chamada10299660605
10299660605 razão humanitária e, inclusive, nos discursos
acerca do traumatismo
10299660605 – como se o problema e os efeitos de um de-
10299660605
10299660605 10299660605
sastre
10299660605
redundassem em problemas psicopatológicos e só pudessem
10299660605
ser reconhecidos por meio da noção de trauma10299660605
psicológico.

8
10299660605

:3
10299660605
A crítica em torno da razão
10299660605
humanitária encontra-se em seu

0
:5
10299660605 10299660605

11
aspecto moral, o que acaba por desconsiderar ou não se ocupar
10299660605 10299660605

24
dos problemas estruturais
10299660605 de injustiças que produzem desigualda-
10299660605

0
/2
des sociais (FASSIN, 2006). Tal concepção reforça
10299660605 o assistencialismo
10299660605

05
10299660605 10299660605
e, sobretudo, em estratégias morais de correção comportamental e

8/
10299660605 10299660605

-0
adaptação afetiva, em10299660605
10299660605 que o sujeito deve receber o que está sendo

om
oferecido como gesto de caridade. Em outros termos,
10299660605 o que se ques-
10299660605

l.c
10299660605
tiona são estratégias de cuidado assentadas na ajuda e assistência
ai
10299660605
gm
às pessoas em situação de vulnerabilidade, mas que se encontram 10299660605
0@

como indesejados socialmente, como as populações


10299660605 LGBTI+, pre-
10299660605
01

tos/as e negros/as, quilombolas,


10299660605
migrantes, refugiados/as, militantes
n2

10299660605
políticos, indígenas, egressos/as do sistema penitenciário, entre ou-
js

10299660605 10299660605
-g

tras minorias sociais que


10299660605 compõem a maioria da população.
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
Categorias de raça, classe social, gênero, diversidade sexual,
06

10299660605 10299660605
idade cronológica e mesmo de território “respondem por sistemas
.6

10299660605 10299660605
96

de poder, como a colonialidade racial, a hierarquia de classes,


10299660605 o
10299660605
.9
02

10299660605
patriarcado, a heterossexualidade/modelo familiar tradicional e o
-1

10299660605 10299660605
adultocentrismo”, que tendem, a partir da estrutura de nossa
10299660605 so-
10299660605
to

ciedade, a produzir uma hegemonia discursiva e tácita que acaba


en

10299660605
m

por oprimir e, efetivamente, buscar a supressão


10299660605
de quaisquer10299660605
dife-
ci

10299660605 10299660605
as

renças (VAZ, 2018, p. 114).


lN

10299660605 10299660605
É justamente onde o Estado encontra-se marcado
10299660605por uma in-
e
ry

10299660605 10299660605
ab

suficiência ou sua ausência que a ajuda humanitária tem seu 10299660605


lugar.
G

Quando direitos sociais e humanos não se encontram como garan-


10299660605
tia dos cidadãos, estratégias compensatórias são necessárias “aos
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
9 Didier Fassin é médico, sociólogo e antropólogo francês. 10299660605
10299660605 Foi vice-presidente e é um
antigo membro da organização humanitária internacional 10299660605 Médicos Sem Fronteiras. 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


74
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
grupos desvalidos, anômicos e impotentes, gerando a aparência de
10299660605
10299660605
grande compaixão e solidariedade onde, estruturalmente,
10299660605 paira a
indiferença social” (VALÊNCIO, 2011, p. 25). 10299660605
Assim, é importante
chamarmos a atenção10299660605
que a compaixão pode reforçar injustiças so-
10299660605
10299660605 10299660605
ciais,
10299660605 enaltecendo “a figura dos
10299660605 doadores e voluntários” (p. 25).
10299660605 Em situações de10299660605
emergência, espera-se da Psicologia uma sen-
10299660605 10299660605
sibilidade em relação à cultura e demais recursos simbólicos – o que

8
10299660605 10299660605
inclui experiências religiosas, modalidades de cuidado comunitárias

:3
10299660605 10299660605

0
:5
e concepções morais, presentes nas comunidades atingidas –, soma-
10299660605 10299660605

11
da a uma imbricada articulação com a Defesa10299660605
Civil – seus agentes,
10299660605

24
10299660605 10299660605
marcos legais e protocolos previstos –, trabalhadores das redes So-

0
/2
10299660605 10299660605
cioassistencial e Atenção Psicossocial. Em situações de emergência,

05
10299660605 10299660605

8/
a comunidade local deve compor a gestão de10299660605
10299660605 crise desde o início,

-0
10299660605 10299660605
contribuindo com o diagnóstico, a elaboração de estratégias, sua im-

om
10299660605 10299660605
plementação, monitoramento e avaliação (IASC,10299660605
2007).
l.c
ai
Importante notarmos que o SUS é o sistema responsável
10299660605
pe-
gm
10299660605
0@

los cuidados em saúde para populações que10299660605


10299660605 apresentam formas
de ser e viver consideradas heterogêneas, como povos indígenas,
01

10299660605
n2

ribeirinhos e quilombolas. Nesse ínterim, encontramos um especí-


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

fico e precioso dispositivo


10299660605 legal que, justamente, contempla a ga-
10299660605
5

rantia de preservação de povos, comunidades e territórios tradicio-


-0

10299660605 10299660605
06

nais. A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos 10299660605


10299660605 Povos
.6

10299660605 10299660605
e Comunidades Tradicionais (DECRETO n. 6.040, de 7/2/2007) é
96

10299660605 10299660605
.9

voltada para populações que apresentam formas particulares de


02

10299660605
ocupar territórios e usar recursos naturais, como forma de manu-
-1

10299660605 10299660605
tenção de sua cultura ancestral, de reprodução social, religiosa,
10299660605 10299660605
to
en

10299660605
econômica e conhecimentos tradicionais.
m

10299660605 10299660605
ci

Em conformidade com essa política, a Psicologia


10299660605encontra-se
10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
implicada na valorização e no respeito à diversidade socioambiental
e

10299660605
ry

e cultural dos povos e comunidades tradicionais, considerando


10299660605 a
10299660605
ab

etnia, raça, gênero, idade, religiosidade, ancestralidade, orientação10299660605


G

10299660605
sexual, atividades laborais, incluindo suas concepções
10299660605
e práticas
tradicionais de cuidado e medicina. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 É preciso cautela em estratégias que servem apenas
10299660605
para aliviar as consciências, sem qualquer alteração 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
75 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
nas bases ou estruturas sociais, econômicas
10299660605
e
políticas que culminam em desastres.
10299660605
10299660605
10299660605
É preciso cuidado para não produzir
10299660605 ou10299660605
reproduzir práticas
10299660605 10299660605
colonizadoras
10299660605
– em que o saber
10299660605
e, consequentemente, o poder
encontram-se
10299660605 do lado daquele
10299660605 que chega para prestar um atendi-
mento –, o que pode revitimizar a população em
10299660605 função da sobre-
10299660605

8
posição de modos de vida e pensamento estranhos
10299660605 10299660605àquela comu-

:3
10299660605 10299660605

0
nidade (FANON, 2008). Desse modo, é a participação da própria

:5
10299660605 10299660605

11
comunidade que pode permitir que ações de assistência não
10299660605 se
10299660605

24
transformem em assistencialismo.
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
Estratégias pontuais podem e devem ter como norte o fortale-

05
10299660605 10299660605

8/
cimento da rede comunitária
10299660605 – e não sua pretensa substituição –, daí
10299660605

-0
a
10299660605
importância das Unidades Básicas
10299660605
de Saúde, Unidades da Política

om
10299660605 10299660605
de Assistência Social, escolas, lideranças locais,10299660605 associações de mo-
l.c
radores, ONGs e demais pessoas e instituições10299660605 ai formais e informais
gm

de referência, fomentando um trabalho contínuo com a comunida- 10299660605


0@

10299660605 10299660605
de local. Psicólogas e 10299660605
psicólogos podem, neste contexto, realizar um
01

levantamento das demandas, fazer um diagnóstico sobre as condi-


n2

10299660605
js

ções em que se encontram os atingidos e os serviços – por meio


10299660605 da
10299660605
-g

10299660605 10299660605
reflexão crítica sobre seus alcances e impasses –, além de apoiar as
5
-0

10299660605 10299660605
equipes que, em situações de emergência, também são impactadas
06

10299660605 10299660605
.6

e que, com frequência, acabam se desorganizando.


10299660605 10299660605
96

10299660605 10299660605
.9
02

10299660605
10299660605 É a participação da própria comunidade que10299660605 pode permitir que
-1

10299660605 ações de assistência não se transformem em assistencialismo. 10299660605


to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Psicólogas(os) podem contribuir para o fortalecimento das re-


lN

10299660605 10299660605
des comunitárias e familiares, gerenciamento 10299660605 dos abrigos, e apoiar
e
ry

a construção de estratégias de SMAPS para diferentes 10299660605serviços 10299660605


e gru-
ab

10299660605
pos vulneráveis. Podem, também, acompanhar no processo de re-
G

10299660605
conhecimento de cadáveres e identificação de 10299660605 corpos, contribuindo
no preparo dos familiares e ajudando as equipes no acompanha-
10299660605
mento e visualização de áreas atingidas (RAMÍREZ, 2011).
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 É importante considerar dispositivos de 10299660605 escuta e acolhimen-
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


76
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
to que permitam narrativas tanto singulares quanto coletivas para
10299660605
a
elaboração e construção de estratégias de enfrentamento à situação
10299660605
vivenciada. Isso porque desastres têm o poder 10299660605
de fragilizar as linhas
que separam o público e o privado (WEINTRAUB et al., 2015). Desse
10299660605
10299660605 10299660605
modo,
10299660605 pode-se dizer que estratégias
10299660605 de cuidado coletivas têm efei-
tos terapêuticos singulares
10299660605 e, dialeticamente, estratégias de cuidado
10299660605
singulares produzem 10299660605
10299660605 efeitos coletivos.
10299660605 10299660605
Cabe ressaltar que a área da saúde mental10299660605
começa a participar

8
10299660605

:3
das intervenções em 10299660605
10299660605 situações de tragédias justamente a partir do

0
:5
contexto humanitário (FASSIN, 2006). Nesse âmbito,
10299660605
a Psicologia das
10299660605

11
10299660605 10299660605
Emergências, como disciplina autônoma, encontrou seu lugar no pre-

24
10299660605 10299660605

0
núncio do século XX nos EUA, concentrando-se nas pesquisas e ações

/2
10299660605 10299660605

05
voltadas às respostas em situações de tragédia coletiva (NETO & BELO,
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
2015). E é aí também10299660605
que o conceito de “traumatismo” se inseriu:

-0
10299660605

om
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
ai
No campo da saúde mental, é o conceito de “trau-
10299660605
gm
matismo” que aparece como operador fundamen- 10299660605
0@

10299660605 10299660605
tal do cenário de cuidado produzido em desastres,
01

10299660605
dentro deste contexto humanitário. Constatamos
n2

10299660605
js

10299660605 a existência de duas correntes de pensamento e


10299660605
-g

10299660605 10299660605
intervenção que valorizam a ideia do traumatismo
5
-0

10299660605 10299660605
como principal resultado do desastre, e, assim, dire-
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 cionam sua intervenção para lidar com ele de ma-


10299660605
96

neira individual ou em grupo, excluindo, por


10299660605 con-
10299660605
.9
02

10299660605
sequência, a intervenção nos fatores mais sociais
-1

10299660605 10299660605
10299660605 e comunitários. (WEINTRAUB et al., 2015, p. 290)
10299660605
to
en

10299660605
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Tudo se passa como se fosse preciso haver traumatismo psico-


lN

10299660605 10299660605
lógico para que um desastre pudesse ser reconhecido e legitimado.
e

10299660605
ry

Por isso, como salientam as autoras, a atuação10299660605 da Psicologia 10299660605


nesse
ab

campo se situa diante do reconhecimento do sofrimento que10299660605 é es-


G

10299660605
perado frente às perdas trazidas por uma tragédia. No entanto, boa
10299660605
parte das pessoas não desenvolvem problemas psicológicos – no
10299660605
sentido médico-psiquiátrico que necessita de intervenção medica-
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
mentosa – em contextos de emergência (IASC,10299660605
10299660605 2007). Isso quer di-
zer que muitas pessoas costumam ser resilientes, isto é, “a capaci-
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
77 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
dade de lidar relativamente bem com situações10299660605 10299660605
de adversidade”
10299660605
(p.
3). Nesse sentido, é preciso considerar que são diversos os fatores
10299660605
– sociais, psíquicos e biológicos – que podem10299660605
ser mais ou menos
favoráveis à produção de resiliência. 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 É importante que a experiência do trauma possa ser reconheci-
10299660605
da como modalidade 10299660605
10299660605 de sofrimento, sem consistir em uma concep-
10299660605 10299660605
ção
10299660605
reducionista psicopatológica, ou seja, como mais um transtorno
10299660605
ou síndrome específica. A “sindromização”, como doença mental

8
10299660605 10299660605

:3
individual, acaba por 10299660605
10299660605 configurar uma modalidade de violência, es-

0
:5
tigmatização, passando ao largo da sua produção
10299660605
e reprodução so-
10299660605

11
10299660605 10299660605
cial e política. Como observam KATZ e OLIVEIRA (2017), mesmo

24
10299660605 10299660605

0
sintomas situados e tratados no corpo físico, 10299660605
como cardiopatias e

/2
10299660605

05
hipertensão, precisam ser considerados, quando falamos em expe-
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
riências de desastres,10299660605
como atravessados pelo evento traumático.

-0
10299660605

om
10299660605 Nos termos das autoras, a noção de trauma diz de uma pronta
10299660605

l.c
10299660605
incapacidade de simbolizar um acontecimento, como resultado de
ai
10299660605
gm
uma radical experiência de desamparo: “O trauma retira a possibili- 10299660605
0@

dade de que o acontecido se encadeie no curso


10299660605 da vida e da expe-
10299660605
01

riência, produz uma ruptura e com isso desarticula os recursos do


10299660605
n2

10299660605
sujeito para lidar com o acontecimento. É nesse sentido que 10299660605
se diz
js

10299660605
-g

do trauma como algo sempre presente” (p. 230).


10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
Trata-se de uma experiência em que o presente se apresen-
06

10299660605 10299660605
ta em uma materialidade distante ou cindida10299660605das referências que
.6

10299660605
96

servem de recurso tanto do passado quanto do10299660605futuro. O problema


10299660605
.9
02

10299660605
é quando a experiência do traumático é capturada pelo discurso
-1

10299660605 10299660605
psicopatológico:
10299660605 “O sujeito, nessa condição, é tomado da contin-
10299660605
to

gência que o determina, fica desarticulado de todo o seu contexto e


en

10299660605
m

da sua pertinência social e simbólica” (p. 219).10299660605


10299660605
Como observam as
10299660605
ci

10299660605
as

autoras, este problema é duplo: não só exclui a10299660605


potência contida na
lN

10299660605
implicação subjetiva do sujeito, como também10299660605desresponsabiliza o
e
ry

Estado ou, a depender do evento, também as empresas 10299660605privadas na


10299660605
ab

10299660605
G

produção de sofrimentos causados


10299660605 ou atravessados por questões
sociais, econômicas e políticas. 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
É importante que a experiência do trauma possa ser
10299660605
10299660605 reconhecida como modalidade de sofrimento,
10299660605sem
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


78
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
consistir em uma concepção seja,10299660605
psicopatológica, ou
10299660605
como mais um transtorno ou síndrome específica.
10299660605
10299660605
10299660605
Em função de 10299660605
seu caráter abrupto, desastres podem
10299660605 fazer
emergir modalidades de sofrimento inéditas para um sujeito, mas,
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
em menor proporção,
10299660605
a emergência de quadros psicopatológicos
10299660605
severos que necessitem de acompanhamento10299660605
10299660605 médico e interven-
ção circunstancial medicamentosa. Como ressaltam WEINTRAUB et

8
10299660605 10299660605

:3
al. (2015), é comum que as pessoas apresentem afetos intensos
10299660605 10299660605
de

0
:5
10299660605 10299660605

11
tristeza, desespero, além de episódios de desorganização 10299660605 psíquica,
10299660605

24
estados de ansiedade,10299660605
10299660605 culpa, apatia, angústia e desamparo. Contu-

0
/2
do, tais fenômenos são esperados, tendo-se em
10299660605 vista um processo
10299660605

05
10299660605 10299660605
que é, fundamentalmente, de luto.

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 O luto é um processo de elaboração subjetiva que demanda
10299660605

om
10299660605 10299660605
um complexo trabalho psíquico oriundo de uma perda. Tal processo

l.c
10299660605
pode se dar desde a perda de uma pessoa (separação ai ou morte) até
10299660605
gm
mesmo com relação a algo mais abstrato, como a perda da “pátria, 10299660605
0@

liberdade, ideal etc.” (FREUD,


10299660605
2011, p. 47). Trata-se de um
10299660605
processo
01

10299660605
que envolve dor, desinteresse 10299660605social, incapacidade para trabalhar e
n2
js

amar, em função de uma concentração libidinal ou investimento


10299660605 psí-
10299660605
-g

quico em torno daquilo


10299660605 que foi perdido, assim como em relação a
10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
tudo o que se situa direta ou indiretamente atrelado ao que se perdeu.
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 Há um fechamento em torno de si mesmo que é esperado, de


10299660605
96

10299660605 10299660605
inibição e desinteresse em relação ao mundo externo, cuja duração
.9
02

10299660605
é muito singular, ou seja, depende de cada sujeito e seu contexto,
-1

10299660605 10299660605
e não pode ser pré-estabelecido sem incorrer em inconsistências
10299660605 10299660605
to
en

teórico-clínicas. É comum que o sujeito apresente afetos e pensa-


10299660605
m

10299660605 10299660605
mentos de tristeza, recusa e revolta frente à perda, o que pode ser
ci

10299660605 10299660605
as

entendido como uma preservação, realizada pela própria subjetivi-


lN

10299660605 10299660605
dade, da existência daquilo que foi perdido (FREUD, 2011).
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

A vivência do luto tem também como função proporcionar a


10299660605
G

reconstrução de recursos e viabilizar um processo de adaptação às


10299660605
10299660605
mudanças ocorridas em consequência das perdas. Compreender
10299660605
o papel do luto no processo de reconstrução perpassa pela forma
10299660605 10299660605
como se deve entender o luto diante das condições
10299660605 das vivências
10299660605
traumáticas e das perdas advindas dessas situações.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
79 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
A compreensão do luto na atualidade propõe
concep-uma
10299660605
ção de pensar o luto como um processo que deve ser vivido na sua
10299660605
singularidade, assim como foi singular as relações rompidas que o
10299660605
precedeu. Sendo o luto um processo que permite revisões na iden-
10299660605
10299660605 10299660605
tidade pessoal e coletiva,
10299660605 nas relações sociais, nas relações com o
10299660605
morto ou com aquilo10299660605
10299660605 que foi perdido e no sistema de crenças de
quem vive o luto (FRANCO, 2010).
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
Outro aspecto que se acredita importante10299660605
pontuar e foi levan-

8
10299660605

:3
tado por FRANCO (2010)
10299660605 é sobre os parâmetros de normalidade do
10299660605

0
:5
luto. Há evidências na literatura que mostram 10299660605
10299660605
que a saúde da10299660605
pes-

11
10299660605
soa enlutada, no geral, está em risco quando comparada a pessoas

24
10299660605 10299660605

0
não enlutadas; o que deve ser relevante é buscar a compreensão do

/2
10299660605 10299660605

05
fenômeno sem utilizar visões restritas e restritivas sobre o luto.
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 Ainda considerando estas observações, o estudo do luto pode
10299660605

om
ser empreendido por diversos olhares, em uma
10299660605 condição de multi-
10299660605

l.c
10299660605
disciplinaridade em múltiplas referências. É preciso pensar no estu-
ai
10299660605
gm
do do luto como parte necessariamente de um fenômeno que10299660605 trata
0@

de formar vínculos e romper vínculos.


10299660605 10299660605
01

10299660605
Nesse sentido, ressaltamos
10299660605 a importância que rituais exercem
n2
js

no trabalho de luto, pois auxiliam nos processos de simbolização


10299660605 10299660605
-g

diante de perdas. Tais10299660605


10299660605 ritos são os mais variados segundo diferentes
5
-0

10299660605 10299660605
culturas, mas, cada um a seu modo, exercem a importante tarefa de
06

10299660605 10299660605
contribuir para essa simbolização. Em contextos de desastres, ceri-
.6

10299660605 10299660605
96

mônias coletivas e a construção de memoriais 10299660605


são importantes10299660605
para
.9
02

10299660605
que se garanta o direito à memória dos atingidos.
-1

10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
to
en

O luto é um processo de elaboração subjetiva que demanda


10299660605
m

10299660605 10299660605
um complexo trabalho psíquico oriundo10299660605
de uma perda.
ci

10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
e

10299660605
ry

Psicólogas(os) têm sua prática profissional orientada10299660605


10299660605 pelo
ab

Código de Ética Profissional da Psicologia (CFP, 2005) e precisam 10299660605


G

10299660605
bem fundamentar suas ações com base nas teorias que embasam o
10299660605
trabalho dessa categoria, garantindo o sigilo profissional. 10299660605 Como su-
gerem WEINTRAUB et al. (2015), psicólogas(os) também precisam
10299660605 10299660605
atentar para os objetivos, a duração, relevância10299660605
10299660605
10299660605
e os efeitos de suas
10299660605

intervenções. Em outras palavras, as ações da Psicologia 10299660605 devem en-


10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


80
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
contrar respaldo como ciência e profissão. 10299660605
A seguir encontramos
10299660605algumas contribuições para apoiar
ações da Psicologia para os eixos Resposta e Recuperação.
10299660605 Tais con-
10299660605
tribuições são adaptadas de acordo com a proposta
10299660605 da Comissão
10299660605
de Políticas Públicas e10299660605
10299660605 Grupo de Trabalho sobre Gestão Integral de
Riscos Emergências e10299660605
10299660605 Desastres do Conselho Regional de Psicologia
10299660605 10299660605
de
10299660605
Pernambuco, em Recife (CRP-02) e IASC (2007):
10299660605
• Articular linhas de cuidado de SMAPS intersetoriais com de-

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605
finição de fluxos e responsabilidades;
10299660605

0
:5
10299660605 10299660605

11
• Readaptar agendas e processos de trabalho nos serviços
10299660605 de
10299660605

24
10299660605 saúde, assistência social e educação para atendimento a
10299660605

0
/2
10299660605 10299660605
pessoas atingidas pelo desastre;

05
10299660605 10299660605

8/
• Participar no gerenciamento
10299660605 e adequação de abrigamentos,
10299660605

-0
10299660605 10299660605
garantindo que grupos familiares e comunidades estejam

om
10299660605 10299660605
mais próximos;
l.c
10299660605
• Organizar estratégias de cuidado adaptadas ai
ao território e
10299660605
gm
10299660605
com participação comunitária;
0@

10299660605 10299660605
01

• Desenvolver estratégias
10299660605 de cuidados que deem visibilidade
n2

10299660605
a populações vulneráveis: crianças, mulheres, gestantes,
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 idosos, pessoas com deficiência e com transtornos mentais;


10299660605
5
-0

10299660605
• Identificar, monitorar, prevenir e responder às ameaças e
10299660605
06

10299660605 10299660605
falhas de proteção através de medidas de proteção social;
.6

10299660605 10299660605
96

• Garantir espaços seguros e retorno à 10299660605


rotina de crianças e
10299660605
.9
02

10299660605
adolescentes;
-1

10299660605 10299660605
10299660605 • Identificar e recrutar equipes e envolver voluntários que en-
10299660605
to
en

10299660605
tendam a cultura local e que cumpram os códigos de10299660605con-
m

10299660605
duta e diretrizes éticas;
ci

10299660605 10299660605
as
lN

• Organizar a orientação e o treinamento10299660605


de trabalhadores so-
10299660605
e

10299660605
bre serviços de saúde mental e apoio psicossocial;
ry

10299660605 10299660605
ab

• Prevenir e manejar os problemas de saúde mental e 10299660605bem-


G

10299660605
-estar psicossocial que possam ocorrer10299660605
com a equipe e com
os voluntários; 10299660605
10299660605
10299660605
• Facilitar a formação de redes de cuidado comunitária10299660605
10299660605
entre
10299660605 pares e o apoio social na comunidade;10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
81 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
• Facilitar as condições para práticas culturais, espirituais10299660605
10299660605
e re-
ligiosas de recuperação
10299660605 das comunidades;
• Facilitar o apoio para crianças pequenas (0 a 8 anos) e seus
10299660605
10299660605
responsáveis;10299660605 10299660605
10299660605 • Incluir considerações
10299660605 psicológicas e sociais específicas na
10299660605 10299660605
10299660605
prestação de 10299660605
cuidados gerais de saúde;
10299660605 • Fornecer acesso a serviços para pessoas com transtornos
10299660605

8
10299660605
mentais graves; 10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
:5
10299660605 • Atender e proteger pessoas com transtornos mentais gra-
10299660605

11
ves e outras deficiências neurológicas10299660605 e mentais, vivendo 10299660605

24
10299660605 10299660605
em instituições;

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 • Construir estratégias
10299660605 de cuidados em colaboração com os

8/
10299660605 10299660605
sistemas de saúde locais, indígenas e tradicionais;

-0
10299660605 10299660605

om
10299660605 • Minimizar os danos derivados do uso10299660605 de álcool e outras

l.c
substâncias; 10299660605
ai 10299660605
gm
• Fornecer informações à população afetada sobre a situação 10299660605
0@

10299660605 de emergência, esforços de ajuda, bem como sobre seus


10299660605
01

10299660605
direitos legais;10299660605
n2
js

10299660605 • Fornecer acesso a informações sobre métodos de enfrenta- 10299660605


-g

10299660605
mento positivo;10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
• Incluir considerações sociais e psicológicas específicas so-
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 bre a segurança do fornecimento de alimentos e apoio nu-10299660605


96

10299660605 10299660605
tricional, abrigo, água e vestimentas (segurança e dignida-
.9
02

10299660605
de a todos, respeitando as práticas culturais e funções dos
-1

10299660605 10299660605
10299660605 membros da família); 10299660605
to
en

10299660605
• Articular ações para prevenção de violências e promoção da
m

10299660605 10299660605
ci

saúde junto a afetados; 10299660605 10299660605


as
lN

10299660605 10299660605
• Atender as vítimas oferecendo suporte 10299660605 e informações sobre
e
ry

o que aconteceu e sobre as reações esperadas 10299660605 nessas ex-


10299660605
ab

periências; 10299660605
G

10299660605
• Encaminhar casos que demandem atenção e cuidados es-
10299660605
pecíficos aos serviços de saúde; 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 • Coordenar e acompanhar ações de prevenção 10299660605 no sentido
10299660605 do resgate da segurança pós-evento crítico; 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


82
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
• Identificar, catalogar e manter o contato com as vítimas;
10299660605
• Oferecer subsídios e informações por meio de relatórios
10299660605
sistemáticos, para que as coordenadorias de crises possam
10299660605
10299660605
ter condições10299660605
de informar a população10299660605
e a imprensa acerca
10299660605 dos trabalhos10299660605
desenvolvidos;
10299660605 10299660605
10299660605
• Manter um acompanhamento
10299660605
sistematizado junto à Defesa
10299660605 Civil e às organizações atuantes; 10299660605

8
10299660605
• Planejar, elaborar e executar capacitações na área de aten-
10299660605

:3
10299660605 10299660605

0
dimento pós- acidente junto à equipe da Defesa Civil e10299660605
inte-

:5
10299660605

11
ração com as equipes parceiras. 10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 Dentre as temáticas que produzem crises humanitárias no
10299660605

8/
mundo, mas que não10299660605 são contempladas dentro10299660605
da categoria desas-

-0
10299660605 10299660605
tres, destaca-se a situação de Migração e Refúgio, que será discutida

om
10299660605 10299660605

l.c
a seguir. Em seguida aborda-se a atuação psicológica em situações
10299660605
de epidemias que são emergências de saúde pública.ai 10299660605
gm
10299660605
0@

10299660605 10299660605
01

10299660605
n2

Migração e Refúgio: uma condição de


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

desastre e emergência no mundo


10299660605 10299660605
5
-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
96

A história de nosso país se confunde com 10299660605


a própria história das
10299660605
.9

migrações que se efetivaram no nosso território, seja com migrações


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
externas (povos de outros países) ou migrações internas (como,
10299660605
por
10299660605
to

exemplo, a saída dos nordestinos nos anos 1950 para o sudeste do


en

10299660605
Brasil). O que se sabe é que a migração ocorre por diferentes10299660605 fato-
m

10299660605
ci

res, sendo desencadeada por motivos religiosos, culturais, ambien-


10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
tais, políticos e econômicos. O Brasil sempre foi dito como um país
e

10299660605
ry

acolhedor. O mundo atual vem ampliando uma10299660605 dimensão de 10299660605


mobi-
ab

lidade humana que não só se depara com condições dos processos 10299660605
G

10299660605
migratórios em contextos de escolhas, no sentido de encontrar um
10299660605
lugar onde possa ter uma vida melhor, mas também com solicita-
10299660605
ções de refúgios e condições apátridas que se tornam cada vez10299660605
10299660605 mais
10299660605 10299660605
fonte
10299660605
de sofrimento humano e de morte, na contramão
10299660605
de um sen-
tido que deveria ser o de movimento para a vida. 10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
83 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
Por que é preciso pensar o tema da gestão do risco, emer-
10299660605
gências e desastres trazendo a questão das migrações e refúgios?
10299660605
Primeiramente, precisamos compreender a diferença 10299660605básica entre
o que representa a condição de refugiados e de simplesmente mi-
10299660605
10299660605 10299660605
grantes, para que, ao10299660605
10299660605 adentrar na temática, tenhamos um pouco
mais de entendimento
10299660605 de sua emergência e de sua condição de
10299660605
busca de gerenciamentos específicos diante dos
10299660605 10299660605 riscos que
10299660605 10299660605
essas populações estão enfrentando.

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 Considerando o10299660605
que o Alto Comissariado das Nações Unidas

0
:5
para Refugiados (Acnur) apresenta que mais de
10299660605
70 milhões de pes-
10299660605

11
10299660605 10299660605
soas no mundo foram forçadas a se deslocarem dos seus locais de

24
10299660605 10299660605

0
origem na última década. Estatísticas mostram que mais de 25 mi-

/2
10299660605 10299660605

05
lhões de migrantes internacionais
10299660605 10299660605 cruzaram alguma fronteira entre

8/
10299660605 10299660605
países, temendo perseguição por motivo de religião, violência ge-

-0
10299660605 10299660605

om
neralizada, violações de direitos humanos, conflitos
10299660605 internos, entre
10299660605

l.c
outros motivos (Acnur, 2020). 10299660605
ai
10299660605
gm
No que tange aos migrantes, também de acordo com o Acnur, 10299660605
0@

eles são pessoas que fazem seus deslocamentos


10299660605 de forma voluntária
10299660605
01

em busca de melhores10299660605
condições de vida, podem retornar a seu país
n2

10299660605
de origem sem riscos e contam com proteção estatal. Não contam
js

10299660605 10299660605
-g

com proteção internacional específica, dependendo das leis e pro-


10299660605 10299660605
5
-0

cessos internos de cada país (2020). Por suas definições, tanto


10299660605 mi-
10299660605
06

10299660605 10299660605
grantes como refugiados entram em grupos de riscos, considerando
.6

10299660605 10299660605
96

suas perdas e a perspectiva que se efetiva de deslocar-se


10299660605 de seu ter-
10299660605
.9

ritório de origem sem a garantia objetiva de que tudo dará certo em


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
qualquer outro destino que se aventura muitas vezes a procurar.10299660605
10299660605
to

Em relação à realidade brasileira, os dados divulgados10299660605


indi-
en
m

cam que o Brasil recebeu 82.552 solicitações de10299660605


10299660605
reconhecimento da
10299660605
ci

10299660605
as

condição de refugiado em 2019, a maior quantidade de solicitações


lN

10299660605 10299660605
registradas desde a regulamentação do Estatuto dos Refugiados
e

10299660605
ry

pela legislação brasileira. Em 2020, o Brasil recebeu 28.899 solicita-


10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

ções de reconhecimento de solicitações de refúgio – vale ressaltar


10299660605
as restrições à circulação de pessoas e controle de fronteiras neste
10299660605
ano em razão da pandemia pelo covid-19 , porém ainda é alta a va-
10299660605
10299660605 10299660605
riação de mobilidade humana internacional (SILVA,
10299660605
CAVALCANTE,
10299660605
OLIVEIRA, COSTA, MACEDO, 2021).
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


84
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
Vale também ressaltar que o Brasil não possui uma política
10299660605
pú-
blica definida para contexto das migrações, apenas programas es-
10299660605
pecíficos, na maioria das vezes implementados10299660605
junto às instituições
internacionais de apoio que recebem subsídios10299660605
financeiros e que es-
10299660605 10299660605
tão acolhendo essas populações
10299660605 10299660605 que chegam ao país. Diante desse
cenário, recentemente
10299660605 a Organização Internacional para as Migra-
10299660605
ções (OIM) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançaram
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
um relatório sobre um mapeamento da Assistência em Saúde Mental

8
10299660605 10299660605

:3
e Atenção Psicossocial
10299660605 à População Migrante e Refugiada no Brasil
10299660605

0
:5
com a finalidade de subsidiar a implementação de políticas públicas
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605
mais efetivas (ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOS-

24
10299660605 10299660605
SOCIAL À POPULAÇÃO MIGRANTE E REFUGIADA NO BRASIL, 2021).

0
/2
10299660605 10299660605

05
10299660605 Diante desse panorama brasileiro e mundial, é inevitável que
10299660605

8/
10299660605 10299660605
essas pessoas estejam10299660605
mais vulneráveis a questões de saúde mental

-0
10299660605

om
em função do sofrimento psíquico e emocional10299660605
10299660605 a que estão sujeitas.

l.c
Desse modo, tanto o processo migratório como os deslocamentos
10299660605
forçados constituem em si um fator de risco. Há elementos deai
10299660605
per-
gm
10299660605
0@

da: da família e dos amigos, da língua, da cultura,


10299660605 da casa, da posi-
10299660605
01

ção social, do contato10299660605


com o seu grupo étnico e religioso.
n2

10299660605
O que se deseja fomentar aqui é que a Psicologia enquanto
js

10299660605 10299660605
-g

Ciência deve manter-se


10299660605 comprometida com a dimensão dos Direi-
10299660605
5
-0

tos Humanos e com a dimensão do direito de migrar dos seres


10299660605 hu-
10299660605
06

10299660605 10299660605
manos, e se existe uma crise, esta precisa ser enfrentada com pro-
.6

10299660605 10299660605
96

cessos mitigatórios e de prevenção no que diz10299660605


respeito ao cuidado
10299660605
.9

e à atenção psicossocial dessas populações. Dessa forma, qualquer


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
ação psicológica precisa estar articulada intersetorialmente para
10299660605
ga-
10299660605
to

rantir aspectos da saúde mental e atenção psicossocial com base na


en

10299660605
garantia de direitos (UNHCR, 2013).
m

10299660605 10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

Em relação ao tema Migração e Refúgio e10299660605


à atuação da 10299660605
Psico-
lN

logia, podemos citar as atividades do Serviço de10299660605


Atendimento Psico-
e
ry

lógico Especializado aos Imigrantes e Refugiados (SAPSIR) de10299660605


10299660605 Que-
ab

10299660605
G

bec, no Canadá, fundado em 2000,


10299660605 com o objetivo de acompanhar
e facilitar as elaborações essenciais implicadas10299660605
no trabalho psíquico
com migrantes e refugiados (MARTINS-BORGES, 2013).
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 Devem ser de conhecimento dos profissionais os documen-
10299660605
tos e protocolos internacionais para atendimento
10299660605 10299660605psicossocial
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
85 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
(UNHCR, 2013a; 2013b) 10299660605
No Brasil, temos o histórico de atuação do Sistema Conse-
10299660605
lhos de Psicologia, na medida em que a migração é objeto de inter-
10299660605
10299660605
venção no território de alguns Conselhos Regionais,
10299660605 a exemplo do
10299660605
Paraná, São Paulo e Santa
10299660605 Catarina. Nesses estados já existem es-
10299660605
paços de atuação aos10299660605
10299660605 imigrantes, como os Centros de Referência
10299660605 10299660605
e
10299660605
Atendimento para Imigrantes (CRAI), que oferecem atendimento
10299660605
psicológico aos imigrantes.

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605
Profissionais da Psicologia
10299660605
têm tido participação em espaços

0
:5
10299660605 10299660605

11
de representações, como na Conferência Nacional sobre Migra-
10299660605 10299660605

24
ções e Refúgio (COMIGRAR),
10299660605 10299660605 em audiências de implementação

0
/2
para políticas de imigração nos estados, no Comitê
10299660605 Interinstitucio-
10299660605

05
10299660605 10299660605
nal de Promoção dos10299660605
Direitos das Pessoas em 10299660605
Situação de Refúgio,

8/
-0
Migração e Apatridia 10299660605
10299660605 (COMIGRAR).

om
10299660605 10299660605
O Conselho Federal de Psicologia, através da comissão de di-

l.c
10299660605
reitos humanos, tratou do tema migração, luta10299660605
aipela sobrevivência,
gm
fluxos migratórios e territórios em disputa no Fórum Mundial Social 10299660605
0@

(CFP, 2018). Em 2019,10299660605


10299660605
o tema migração também foi discutido na
10299660605
01

ULAPSI. Em 2019, o CFP participou do evento da Escola Superior


n2

10299660605
js

do Ministério Público da União (ESMPU) “Atuação em rede: 10299660605


10299660605 capa-
-g

citação dos atores envolvidos


10299660605 10299660605no acolhimento, na integração e na
5
-0

10299660605 10299660605
interiorização de refugiados e migrantes no Brasil”.
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 A condição de refugiados e a situação de10299660605


vulnerabilidade po-
96

dem ser agravadas pelo contexto da pandemia 10299660605


da covid-19 . Por10299660605
isso
.9
02

10299660605
a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) lançou a10299660605
cartilha Saúde Mental
-1

10299660605
e Atenção Psicossocial na Pandemia da covid-19 : pessoas migrantes,
10299660605 re-
10299660605
to
en

fugiadas, solicitantes de refúgios e apátridas, que traz recomendações


10299660605
m

10299660605 10299660605
de cuidados específicos durante a pandemia, 10299660605
considerações 10299660605
sobre
ci
as

a cultura e informa sobre acesso aos direitos 10299660605


básicos garantidos a
lN

10299660605
toda essa população (FIOCRUZ, 2020).
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

10299660605

Psicologia e estratégias de cuidado em epidemias10299660605


10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
Dentro do campo de emergências e desastres, destaca-se a
10299660605
possibilidade de atuação em epidemias, consideradas emergências
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


86
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
da área de saúde, pois causam aumento significativo
pessoas
10299660605
de
enfermas e mortes. Sobrecarga
10299660605 dos sistemas de saúde, impacto nas
pessoas com maior vulnerabilidade social, fragilização das redes so-
10299660605
ciais são alguns dos fatores que incidem sobre10299660605
a saúde mental das
10299660605 10299660605
populações. Estima-se10299660605
10299660605 um aumento dos transtornos psíquicos entre
30% e 50% da população,
10299660605 ressaltando-se que nem todo sofrimen-
10299660605
to psicológico pode ser qualificado como doença, nomeia-se como
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
reações normais diante de uma situação anormal (OPAS, 2009).

8
10299660605 10299660605

:3
10299660605 Estratégias de cuidado precisam ser articuladas intersetorial-
10299660605

0
:5
mente. Sendo assim, a Psicologia pode contribuir
10299660605
com diferentes
10299660605

11
10299660605 10299660605
instituições e propostas que devem estar interligadas via Planos de

24
10299660605 10299660605

0
Contingências para epidemias,
10299660605nas fases de prevenção, preparação,

/2
10299660605

05
resposta e recuperação. Podemos destacar as seguintes ações que
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
devem ser desencadeadas para diminuir o impacto psicológico da

-0
10299660605 10299660605

om
epidemia (OPAS, 2009):
10299660605 10299660605

l.c
10299660605
• Elaborar a comunicação de risco à população, com ênfase
ai
10299660605
gm
nos grupos vulneráveis; 10299660605
0@

10299660605
• Sensibilização10299660605
e informação sobre o assunto,
10299660605
capacitação
01

sobre Primeiros Cuidados Psicológicos (OPAS, 2015b) para


n2

10299660605
js

10299660605 todas as equipes envolvidas na resposta; 10299660605


-g

10299660605 10299660605
• Capacitação de equipes de saúde mental e profissionais de
5
-0

10299660605 10299660605
atenção primária de saúde sobre o assunto;
06

10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
• Preparação de grupos de apoio emocional e psicológico;
96

10299660605 10299660605
.9

• Estímulo ao espírito solidário e incentivo à participação da


02

10299660605
-1

10299660605
comunidade; 10299660605
10299660605 10299660605
to

• Remodelar serviços e equipes para atividades móveis que


en

10299660605
m

10299660605 ampliem a capacidade de oferta de psicoeducação, estímu- 10299660605


ci

10299660605 10299660605
as

lo ao autocuidado, normalização das reações e evitar 10299660605


ini-
lN

10299660605
ciar medicação psicotrópica para reações normais;
e

10299660605
ry

• Implementar equipes de SMAPS para trabalhar


10299660605
na comuni-
10299660605
ab

10299660605
G

dade e atenção primária de saúde, unidades de interven-


10299660605
ção em situações de crise em lugares 10299660605
selecionados (como
unidades de urgência e emergência, 10299660605
necrotérios, grandes
10299660605 10299660605
10299660605 hospitais etc.); 10299660605
10299660605 • Implementação da atenção à saúde mental individual e de
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
87 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
grupo às pessoas, famílias e comunidades que foram 10299660605
10299660605
afeta-
das, como parte de um plano de recuperação psicossocial
10299660605
de médio prazo (6 meses, no mínimo);10299660605
10299660605
• Atenção à saúde mental para equipes de
10299660605 resposta;
10299660605
10299660605 • Fortalecer novos projetos de vida.
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
No ano de 2015, o Brasil foi afetado pela10299660605 epidemia de Zika, e

8
10299660605 10299660605
rapidamente houve estudos que apontaram a correlação desta epi-

:3
10299660605 10299660605

0
:5
demia com o aumento do número de nascimento de bebês com
10299660605 mi-
10299660605

11
crocefalia. Em várias partes do país, psicólogas(os), junto às demais
10299660605 10299660605

24
10299660605 10299660605
profissões, construíram estratégias de cuidado10299660605 com gestantes, be-

0
/2
10299660605
bês e familiares (BRASIL, 2016, 2017). Ações foram desencadeadas

05
10299660605 10299660605

8/
por equipes de diferentes políticas públicas e 10299660605
10299660605 várias discussões fo-

-0
10299660605 10299660605
ram realizadas sobre temas como aborto, saúde da mulher, acesso

om
10299660605 10299660605
à assistência, desigualdade social e Zika.
l.c
10299660605
Rapidamente, a OMS adaptou materiais anteriores ai 10299660605
para orientar
gm
10299660605
sobre o apoio psicossocial para gestantes e famílias com microcefalia
0@

10299660605 10299660605
e outras complicações10299660605
neurológicas no contexto do Zika vírus, enfo-
01
n2

cando: informações precisas


10299660605sobre Zika e orientações sobre saúde;
js

10299660605 10299660605
-g

orientações
10299660605 sobre como equipes
10299660605 poderiam desenvolver comunica-
5

ção de apoio; orientações sobre reações comuns; apoio psicossocial


-0

10299660605 10299660605
06

básico; fortalecimento do suporte social; estratégias para redução


10299660605 do
10299660605
.6

10299660605 10299660605
estresse e recomendações sobre criação de filhos (OMS, 2016).
96

10299660605 10299660605
.9

No fim de 2019, teve início a maior pandemia da modernidade,


02

10299660605
-1

o Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2,


10299660605 10299660605
sendo respon-
10299660605 10299660605
to

sável pela doença classificada como covid-19 . Este vírus é o agente


en

10299660605
causador de uma série de casos de pneumonia, inicialmente 10299660605 na ci-
m

10299660605
ci

dade de Wuhan (China), depois se transformou em uma pandemia


10299660605 10299660605
as
lN

10299660605 10299660605
decretada pela OMS, em 11/3/2020. O vírus tem10299660605 alta transmissibilida-
e

de e provoca uma síndrome respiratória aguda 10299660605 que alterna de 10299660605


casos
ry
ab

leves (cerca de 80%) a casos muito graves, com insuficiência res-


10299660605
G

10299660605
piratória (entre 5% e 10%). Sua letalidade é diversificada, 10299660605
principal-
mente conforme a faixa etária e as condições clínicas 10299660605 associadas.
10299660605 O distanciamento, a quarentena e o isolamento social,10299660605 além
10299660605 10299660605
do risco de contaminação – entre outras situações
10299660605 vivenciadas pela
10299660605
população na pandemia da covid-19 , como, por exemplo, desem-
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


88
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
prego, negacionismo, ausência das rotinas escolares,
10299660605
diminuição
do contato social e aumento da violência doméstica – trouxeram
10299660605
instabilidade emocional significativa, bem como agravamento de
10299660605
problemas psicológicos. A pandemia atingiu todo o país no ano de
10299660605
10299660605 10299660605
2020, em diferentes fases,
10299660605 com milhões de pessoas contaminadas
10299660605
e milhares de mortes.10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
Já no início da pandemia, entre abril e10299660605
maio de 2020, um
estudo de Barros et al. (2020) utilizou questionário virtual, com

8
10299660605 10299660605

:3
45.161 brasileiros respondentes.
10299660605 10299660605 Verificou-se que nesse período

0
:5
40,4% (IC95% 39,0;41,8) se sentiram frequentemente
10299660605
tristes ou de-
10299660605

11
10299660605 10299660605
primidos, e 52,6% (IC95% 51,2;54,1) frequentemente ansiosos ou

24
10299660605 10299660605

0
nervosos; 43,5% (IC95% 41,8;45,3) relataram início de problemas

/2
10299660605 10299660605

05
de sono e 48,0% (IC95%
10299660605 45,6;50,5) problema de sono preexistente
10299660605

8/
10299660605 10299660605
agravado. Tristeza, nervosismo
10299660605 frequentes e alterações do sono es-

-0
10299660605

om
tiveram mais presentes entre adultos jovens, 10299660605
10299660605 mulheres e pessoas

l.c
com antecedente de depressão. 10299660605
ai
10299660605
gm
Muitos materiais didáticos foram produzidos rapidamente, 10299660605
0@

com base em epidemias anteriores, como Mers,


10299660605 Sars e Ebola. Uma
10299660605
01

revisão sistemática internacional


10299660605
de 26 documentos, em 5 idiomas,
n2

10299660605
que buscou identificar, descrever e avaliar as orientações práticas
js

10299660605 10299660605
-g

sobre estratégias on-line e recomendações desenvolvidas por orga-


10299660605 10299660605
5
-0

nizações internacionais e governos, foi publicada até 15/4/2020,10299660605


10299660605 para
06

10299660605 10299660605
lidar com o impacto psicológico da covid-19 , no início da pandemia.
.6

10299660605 10299660605
96

Os principais resultados foram que: sintomas de ansiedade


10299660605 e
10299660605
.9
02

10299660605
estresse apareceram em quase todos os documentos; em vários do-
-1

10299660605 10299660605
cumentos foram feitos alertas sobre a possibilidade de aumento
10299660605 da
10299660605
to

depressão e uso de substâncias; a maioria deles trazia informação re-


en

10299660605
m

levante sobre características da pandemia, estratégias


10299660605
e recomenda-
10299660605
ci

10299660605 10299660605
as

ções, bem como a importância de verificar fontes de informação10299660605


para
lN

10299660605
reduzir incertezas; outros enfatizaram a importância de os profissio-
e

10299660605
ry

nais manterem e divulgarem informação atualizada sobre o enfren-


10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

tamento da covid-19 , 10299660605


para evitar medo e pânico; todos eles enfatiza-
ram a relevância de ferramentas práticas para 10299660605
manejar ansiedade e
preocupações sobre a covid-19 , bem como manter conexões sociais
10299660605
10299660605 10299660605
para promover a saúde mental; maior parte ressalta
10299660605
a necessidade de
10299660605
construir instrumentos de apoio a familiares, sendo
10299660605 comum a todos as
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
89 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
1029966060510299660605
orientações sobre manter estilo de vida saudável e como
cuidar
10299660605
uns
dos outros (ALMEDA; GARCIA-ALONSO;
10299660605 SALVADOR-CARULLA, 2021).
Esse mesmo estudo destacou que, surpreendentemente,
10299660605 a
10299660605
maior parte dos documentos não inclui informação
10299660605 específica sobre
10299660605
manejo de estresse para
10299660605 pacientes positivos, ou mesmo sobre como
10299660605
reduzir o estigma da doença.
10299660605 Ressaltou-se também que os cuidados
10299660605
10299660605 10299660605
remotos
10299660605
podem ser úteis durante a emergência, apenas se a equipe
10299660605
receber capacitação e informação confiável para manter a própria

8
10299660605 10299660605

:3
saúde e puderem ofertar
10299660605 um cuidado melhor aos pacientes. Ges-
10299660605

0
:5
tores precisam assegurar conexões sociais e reforçar
10299660605
infraestrutura
10299660605

11
10299660605 10299660605
digital para diminuir 10299660605
falhas no acesso aos serviços, principalmen-

24
10299660605

0
te para grupos de idosos. Apenas os documentos mais complexos

/2
10299660605 10299660605

05
pontuaram a necessidade de evitar estigmatização de pessoas com
10299660605 10299660605

8/
10299660605 10299660605
covid-19 , grupos vulneráveis,
10299660605pessoas com transtornos mentais e

-0
10299660605

om
profissionais da saúde. Os documentos mais específicos
10299660605 10299660605 incluíram

l.c
estratégias para atendimento remoto de crianças, porém foram ne-
10299660605
ai
10299660605
gligenciadas as necessidades de idosos nesse tipo de atendimento.
gm
10299660605
0@

Faz-se necessária a inclusão de links e ferramentas


10299660605 para capacita-
10299660605
01

ções para desenvolver10299660605


habilidades para uso da internet entre idosos.
n2

10299660605
A biossegurança tornou-se um dos temas centrais para psi-
js

10299660605 10299660605
-g

cólogas(os) e demais categorias profissionais, visto a alta taxa de


10299660605 10299660605
5
-0

transmissibilidade do vírus. Tal cenário fez com que grande 10299660605


10299660605 parte
06

10299660605 10299660605
da categoria migrasse para atendimentos on-line, bem como foram
.6

10299660605 10299660605
96

construídos novos procedimentos para atendimentos 10299660605presenciais,


10299660605
.9

tais como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento físi-


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
co (FIOCRUZ, 2020).
10299660605 10299660605
to

Ressalta-se a importância da atuação da Psicologia articulada


en

10299660605
m

a linhas de cuidados de SMAPS nos diferentes 10299660605


10299660605
cenários da covid-19
10299660605
ci

10299660605
as

. Podem-se destacar a ampla divulgação em mídias sociais e órgãos


lN

10299660605 10299660605
de comunicação de estratégias de autocuidado em saúde mental
e

10299660605
ry

para a população geral, orientações para combater rumores, 10299660605


10299660605 orien-
ab

10299660605
G

tações sobre saúde mental para


10299660605 pessoas em quarentena, interven-
ções para cuidados de profissionais de resposta10299660605
à pandemia, utiliza-
ção de tecnologias de informação e comunicação para atendimento
10299660605
10299660605 10299660605
a pacientes hospitalizados, construção de protocolos
10299660605
para hospitais
10299660605
de campanha ou com leitos para covid-19 , articulação
10299660605 10299660605intersetorial
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
10299660605 10299660605

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


90
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
para proteção e cuidado das populações vulneráveis, discussão
10299660605
so-
bre processos de luto10299660605
e formação de diferentes categorias profissio-
nais sobre SMAPS (FIOCRUZ, 2020). 10299660605
10299660605
Ao avaliar os impactos
10299660605da covid-19 na população
10299660605 brasileira,
uma publicação realizou
10299660605 painel de especialistas brasileiros em saú-
10299660605
de da criança e do adolescente,
10299660605 10299660605 neurodesenvolvimento, serviços de
10299660605 10299660605
saúde e saúde mental de adultos e idosos; com
10299660605
o objetivo de com-
10299660605
pilar intervenções baseadas em evidências para apoiar mudanças

8
10299660605 10299660605

:3
nas políticas brasileiras,
10299660605 para mitigar o aumento esperado de trans-
10299660605

0
:5
tornos mentais durante a pandemia e suas consequências
10299660605
para a
10299660605

11
10299660605 10299660605
saúde mental (MARI et al., 2021). Recomendou- se:

24
10299660605 10299660605

0
/2
1. investir em programas
10299660605 de prevenção para o retorno seguro
10299660605

05
10299660605 10299660605
dos alunos às escolas;

8/
10299660605 10299660605

-0
10299660605 2. adotar intervenções
10299660605psicossociais baseadas em evidências

om
10299660605 10299660605
para manter um ambiente adequado para o desenvolvi-

l.c
10299660605
mento da criança e do adolescente; 10299660605 ai
gm

3. focalizar estratégias nas populações socialmente vulnerá- 10299660605


0@

10299660605 10299660605
veis e vítimas de discriminação;
01

10299660605
n2

4. treinar equipes de atenção primária para resolver proble-


10299660605
js

10299660605 10299660605
-g

10299660605 mas comuns de saúde mental, fornecer avaliações com


10299660605
5

base nas necessidades e gerenciar cuidados domiciliares


-0

10299660605 10299660605
06

10299660605 de longo prazo para pacientes idosos; 10299660605


.6

10299660605 10299660605
96

5. investir em avanços tecnológicos (por10299660605


exemplo, telemedi-
10299660605
.9

cina) para promover o atendimento coordenado;


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605 6. aumentar o acesso e a capacitação para uso de computa- 10299660605
to

dores e telefones celulares, especialmente entre os idosos;


en

10299660605
m

10299660605 10299660605
7. expandir protocolos para intervenções psicoterápicas bre-
ci

10299660605 10299660605
as

ves e remotas e psicoeducação para 10299660605


gerenciar problemas
lN

10299660605
comuns de saúde mental.
e

10299660605
ry

10299660605 10299660605
ab

10299660605
G

Junto ao enfoque acima que direciona orientações para ges-


10299660605
10299660605
tores e universidades, é importante destacar alguns grupos que pre-
10299660605
cisam ter estratégias específicas de SMAPS e, portanto, podem
10299660605 se
10299660605
beneficiar das ações da Psicologia.
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
O primeiro grupo seria dos profissionais10299660605
de resposta, 10299660605
nesse
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
91 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
caso, os profissionais da saúde. Uma revisão sistemática
de Pappa
10299660605
et al. (2020) identificou 13 estudos, publicados até 17/4/2020, e, ao
10299660605
fazer taxas de prevalência combinadas, detectou que mais de 1 en-
10299660605
tre 5 profissionais da saúde apresentaram ansiedade ou depressão
10299660605
10299660605 10299660605
e
10299660605 quase 2 de cada 5 se queixavam
10299660605 de insônia. Tais achados iniciais
já sugeriam que uma10299660605
10299660605 considerável proporção de profissionais de
saúde experienciava 10299660605
10299660605 sofrimento psíquico e seriam necessárias es-
10299660605 10299660605
tratégias para mitigar os riscos à saúde mental e ajustar interven-

8
10299660605 10299660605

:3
ções de acordo com10299660605
10299660605 a pandemia. Sendo assim, recomendou-se

0
:5
continuamente que os serviços de saúde organizassem estratégias
10299660605 10299660605

11
10299660605 10299660605
de SMAPS para seus10299660605
colaboradores, avaliassem a sobrecarga de

24
10299660605
trabalho, horas de sono, acesso e capacitação10299660605
para uso de equipa-

0
/2
10299660605

05
mentos de proteção individual
10299660605 10299660605 (FIOCRUZ, 2020).

8/
10299660605 10299660605
O segundo grupo seria de pessoas diretamente afetadas pela

-0
10299660605 10299660605

om
covid-19 . Estudos anteriores já relatavam o sofrimento
10299660605 10299660605 de sobre-

l.c
viventes do Ebola, na Libéria. Após a internação, eram percebidos
10299660605
ai
10299660605
como contagiosos, excluídos da família, trabalho e vida social, afe-
gm
10299660605
0@

tando os possíveis mecanismos de coping que poderiam


10299660605 10299660605 ser aciona-
01

dos via rede socioafetiva. Um dos maiores sofrimentos dizia respei-


10299660605
n2

to a voltar para uma casa “cheia de fantasmas”, em referência


10299660605
aos
js

10299660605 10299660605
-g

familiares que haviam


10299660605 morrido com Ebola. Receber apoio psicos-
10299660605
5

social, participar de associações, resignificar a vida pós-Ebola10299660605


foi a
-0

10299660605
06

estratégia que mais os ajudou a aliviar o sofrimento. Para aqueles


10299660605 10299660605
.6

10299660605 10299660605
sem apoio social, havia apenas a Associação 10299660605
e o aconselhamento
96

10299660605
.9

psicossocial como vínculos que os apoiavam (RABELO et al., 2016).


02

10299660605
-1

10299660605 10299660605
10299660605
Neste momento, muitos estudos tentam compreender 10299660605 o que
to

nomeiam como COVID longa ou persistente, como os aspectos


en

10299660605
físicos e psicológicos estão relacionados, bem como o impacto
m

10299660605 10299660605
ci

social da COVID, com mortes, desemprego e10299660605 desesperança,10299660605


10299660605
tem
as
lN

10299660605
interferido na recuperação de pacientes e população geral que foi
e

10299660605
ry

afetada. Sendo assim, um vasto campo para pesquisa se abre10299660605


10299660605 para
ab

que a Psicologia possa compreender para intervir de forma ética e


10299660605
G

10299660605
embasada cientificamente. 10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
10299660605
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Integral de Riscos, Emergências e Desastres


92
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
10299660605
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10299660605
10299660605
10299660605 10299660605

REFERÊNCIAS
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605
10299660605 10299660605
10299660605 10299660605
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10299660605 10299660605
Orientações para Gestores.

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2013 — Referências 10299660605
10299660605 Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no

om
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Centro de Referência Especializado de Assistência Social — CREAS.

l.c
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2013 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no
10299660605 ai
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CAPS — Centro de Atenção Psicossocial. 10299660605


0@

10299660605 10299660605
2013 — Referências Técnicas
10299660605para Atuação de Psicólogas(os) em
01
n2

Programas de Atenção a Mulheres em Situação de Violência.


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js

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2017 — Relações Raciais


10299660605 — Referências Técnicas para Atuação de
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5

Psicólogas(os).
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2018 — Referências Técnicas para Atuação de 10299660605
Psicólogas em Políti-
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cas Públicas de Mobilidade Humana e Trânsito.10299660605 10299660605


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2019 — Referências Técnicas para Atuação das(os) Psicólogas(os)
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em Questões Relativas à Terra (edição revisada).
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2019 — Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos
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Programas e Serviços de IST/HIV/aids.
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2019 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os)


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Educação Básica (edição revisada).
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2019 — Saúde do Trabalhador no Âmbito da Saúde Pública: Referên-10299660605


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cias para Atuação do(a) Psicólogo(a) (edição revisada).
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2019 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em
10299660605
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Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Drogas10299660605
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(edição revisada).
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111 Conselho Federal de Psicologia 10299660605
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Políticas Públicas de Esporte.

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2019 — Referências Técnicas
10299660605 para Atuação da(o) psicóloga(o) em
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Varas de Família (edição revisada).
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2019 — Referências Técnicas
10299660605para Atuação de Psicólogas(os) em

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Serviços Hospitalares 10299660605
10299660605 do SUS.

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2019 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na
l.c
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Atenção Básica à Saúde. ai
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2020 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na
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Rede de Proteção às 10299660605
Crianças e Adolescentes em Situação de Vio-
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lência Sexual. 10299660605


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2020 — Referência Técnica


10299660605 para Atuação de Psicólogas(os) em Polí-
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5

ticas de Segurança Pública.


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2020 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) nos Pro-
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gramas de IST/HIV/aids (edição revisada). 10299660605 10299660605


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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) no Siste-
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ma Prisional (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) nas Me-
m

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didas Socioeducativas (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os)


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CRAS/SUAS (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) na10299660605


Ges-
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tão Integral de Riscos, Emergências e Desastres.
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Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
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Integral de Riscos, Emergências e Desastres


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