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Ilusório Mirabilis Star
Ilusório Mirabilis Star
Acordei no mundo
Meu desejo foi ter uma casa
Fiz-me um castelo de ouro
Das portas às maçanetas
Eram em brilhantes, alexandritas…
Resolvi passear pelas ruas
O chofer parou o rolls royce
Transparente feito de cristal
O piso um tapete da dinastia Sassânidas…
Nas ruas crianças lindas
Gente que sorria e cumprimentava a todos
Ganhei inúmeros presentes nas lojas
Não me deixavam comprar
Pensei numa mulher bonita
Um séquito de ninfas virgens
Abraçavam-me e fizeram amor…
Fiz amor sem saber quantas vezes
Parei para ver um museu
E a escultura na porta disse…
“bom dia senhor ilusório!”
Conheci lá dentro a carochinha…
Helena de Troia e a própria eva…
Lindas mulheres e cultas…
Mas de todas a que mais gostei
Foi a mente da Vênus de milu…
De encantadora perversão
Bem… a monotonia de ganhar…
Prefiro sair e gastar… a ganhar…
O inesgotável tesouro da ilusão!
Nó em pingo d’água
Eu guerreiro do universo
Luto contra tudo e todos
Junto aos pacifistas dominaremos
Extraterrenos e terráqueos
Todos os universistas serão
Colocados sob o jugo meu
Nos confins do universo
Lanço minha mensagem
Através de minha antena parabólica
Aculturarei a todos ao entenderem
As coisas que eu produzo
Tenho as estrelas como faróis
E dentro de mim ilumino
As galáxias e os planetas
Não tenho escolhas… reino!
E posso ficar tão grande
Que os planetas se sentem pequenos
E tão pequenos que as sub-subalternas
Partículas da matéria dividida
Não me encontraria… conversando…
E posso criar o amor do nada
Do nada… amar o poder!
E perceber a semiótica humana
Ao ver o dia a dia em rotinas…
E nas rotinas recriar o dia a dia
Fazer o mundo em cores belas
Vibrar a alma dos minerais
E colher nos desertos espaciais
As miragens da minha ilusão
O louco