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Terceiro Setor
Terceiro Setor
ADMINISTRATIVO
Terceiro Setor
Livro Eletrônico
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Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
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uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230726449407
DIOGO SURDI
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Noções de Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Terceiro Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Terceiro Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. A Reforma Administrativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Princípio Constitucional da Eficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Contrato de Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Os Setores da Atividade Econômica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1. O Primeiro Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2. O Segundo Setor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3. O Terceiro Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.4. O Quarto Setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. Entidades Paraestatais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1. Serviços Sociais Autônomos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2. Organizações Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.4. Entidades de Apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4. Regime de Parcerias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.1. Entidades Aptas e Entidades Proibidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.2. Chamamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.3. Termo de Colaboração, Termo de Fomento e Acordo de Cooperação . . . . . . 36
4.4. Prestação de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
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Noções de Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, conheceremos as regras relacionadas com as Entidades Paraestatais,
que compõem, como veremos em aula, o denominado Terceiro Setor.
Além disso, veremos as principais regras relacionadas com o “Regime das Parcerias”,
assunto que é objeto de análise da Lei 13.019/2014.
Grande abraço a todos e boa aula!
Diogo
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
TERCEIRO SETOR
1. TERCEIRO SETOR
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Noções de Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
EXEMPLO:
Como exemplo de práticas patrimonialistas, temos a possibilidade de nomeação, para os cargos
em comissão, de servidores que não sejam oriundos dos quadros da administração pública.
Como exemplo de práticas burocráticas, temos a realização de concurso público para admissão
de pessoal e a obrigatoriedade de licitação para as contratações do Poder Público, uma vez
que, em ambas as situações, objetiva-se evitar as práticas de corrupção e nepotismo.
Como exemplo de práticas gerenciais, temos a necessidade de avaliação do servidor público por
meio de estágio probatório, sendo que apenas os servidores eficientes alcançarão a estabilidade.
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Noções de Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
Como decorrência da administração gerencial, duas são as principais medidas que podem
ser identificadas como balizadoras de toda a atividade da administração pública, sendo
elas: o status de princípio constitucional para a eficiência e a possibilidade de utilização
dos contratos de gestão.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
Nota-se, dessa forma, que a administração direta sempre será um dos polos da relação
contratual firmada. Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina critica a possibilidade
de celebração de contrato entre a administração direta e seus próprios órgãos. Isso porque
o contrato possui como característica os interesses antagônicos, ou seja, cada uma das
partes possui objetivos distintos com a celebração contratual.
EXEMPLO:
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o
propósito de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessidade
de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a
prestação da atividade.
Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo
em que a administração direta encontra-se dos dois lados. Por isso mesmo, o mais correto
seria a menção ao termo “convênio”, que possui como característica a busca de interesses
comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo contrato será utilizado, uma vez que
é o adotado pelas bancas organizadoras.
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
EXEMPLO
Quando a Receita Federal do Brasil expede uma certidão para um administrado, estamos
diante do primeiro setor, uma vez que trata-se de um órgão da administração direta.
Quando o Banco Central regula a atividade econômica, estamos igualmente diante do primeiro
setor, uma que a atividade é desempenhada por uma autarquia federal, entidade integrante
da administração indireta.
EXEMPLO
Temos exemplo de atuação do segundo setor quando uma empresa privada abre diversas
filiais com a finalidade de aumentar seu lucro. Da mesma forma, é expressão do “mercado”
a atuação de um empresário individual que presta serviços a diversas pessoas físicas.
Em ambas as situações, nota-se que o Poder Público não possui interferência direta, sendo
que cada particular, ao desempenhar as atividades econômicas, assume o risco de seu negócio.
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Noções de Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
No terceiro setor, temos a utilização de dinheiro privado para fins públicos. São exemplos
de entidades do terceiro setor as organizações sociais, as organizações da sociedade civil
de interesse público e os serviços sociais autônomos. Tais entidades, de acordo com a
doutrina, são também conhecidas como entidades paraestatais.
Importante salientar que as entidades do terceiro setor não integram a administração
pública, atuando, por isso mesmo, “ao lado” do Estado, em regime de mútua colaboração.
Para entendermos como funciona uma entidade que compõe o terceiro setor, bem como
quais as vantagens, para o Poder Público, das mesmas executarem atividades tipicamente
estatais, vamos ilustrar por meio de um exemplo:
EXEMPLO
Tomemos como exemplo o caso de uma organização social que se destine a preservar a
biodiversidade da Amazônia (como no caso da BIOAMAZÔNIA). Tal entidade, antes de vir
a integrar o terceiro setor, nada mais era do que uma organização privada, constituída e
financiada com recursos exclusivamente privados, e que se dedicava ao seu exclusivo propósito
(no caso, a preservação da biodiversidade da Amazônia).
O Poder Público, com o objetivo de utilizar a atividade desenvolvida pela organização como
forma de incentivar ou agregar valor as suas políticas públicas, firma com ela um contrato de
gestão, de forma que, ao mesmo tempo em que fomenta a atividade da entidade (por meio da
cessão de imóveis ou servidores custeados pelos cofres públicos), exige que as organizações
adotem políticas estratégicas de acordo com o plano governamental.
Basicamente, o que ocorre é a transferência, por parte do Estado, de atividades que não
sejam de sua competência exclusiva. Como contrapartida, o Poder Público concede benefícios
e incentivos a tais entidades.
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3. ENTIDADES PARAESTATAIS
O termo Entidades Paraestatais, durante muito tempo, foi utilizado, por diversos
autores, para designar as entidades que estavam “ao lado” do Estado. O problema,
no entanto, é que cada autor tinha uma definição para quais seriam ou não as ditas
entidades paraestatais.
Com o passar dos anos, a doutrina passou a chamar tais entidades de terceiro setor,
sendo que deles fazem parte, basicamente, as organizações sociais, as organizações da
sociedade civil de interesse público, os serviços sociais autônomos e os entes de cooperação.
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EXEMPLO
Como exemplo, podemos listar as entidades do Sistema S, tais como o Senai (ensino aos
trabalhadores da Indústria), Senac (ensino aos trabalhadores do comércio) e Senar (ensino
ao trabalhador rural).
Tais entidades são mantidas por dotações orçamentárias e por contribuições corporativas
incidentes sobre a remuneração paga aos empregados pelas pessoas jurídicas compreendidas
no ramo de atuação da entidade. As contribuições corporativas são cobradas pela Receita
Federal do Brasil.
EXEMPLO
Temos o SENAI (categoria da Indústria), que é financiado, além das dotações orçamentárias,
pelas contribuições devidas pelos empregadores da indústria com base na remuneração que
estes pagam a seus empregados.
Uma característica peculiar dos serviços sociais autônomos é que seus empregados
são regidos pela CLT, de forma que não é necessário concurso público como condição para
a admissão de pessoal, bastando, para tal, a realização de processo seletivo simplificado.
Neste sentido, merece destaque o entendimento do STF, expresso no julgado da ADIn 1864:
JURISPRUDÊNCIA
Não procede a afirmação de ofensa ao artigo 37, II, da Carta Federal, tendo em vista
que, conforme ficou salientado, os serviços sociais não integram a Administração
Pública, a quem está endereçada a norma constitucional. Somente a lei ou as normas
internas podem sujeitar os entes de cooperação à observância de contratar seus
empregados mediante concurso público.
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Tais características não impedem, no entanto, que os serviços sociais autônomos sejam
objeto de controle finalístico por parte do Poder Público. Da mesma forma, devem prestar
contas ao Tribunal de Contas dos recursos públicos recebidos, uma vez que, nestas hipóteses,
estão atuando como gestoras do patrimônio alheio.
No que se refere à justiça competente para processar e julgar as suas causas, o STF possui
entendimento sumulado de que estas devem ser propostas perante a Justiça Estadual,
conforme se observa da Súmula 516:
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Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Com relação aos requisitos específicos, temos a necessidade de aprovação, por parte
do Ministro da respectiva área, da conveniência e oportunidade da qualificação da entidade
como organização social.
Além disso, a entidade que deseja se qualificar deve comprovar o registro dos seus atos
constitutivos, que, obrigatoriamente, deverão dispor sobre (art. 2º, I, da Lei 9.637):
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação;
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes
financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e
de direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do
estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições normativas e de controle
básicas previstas nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes
do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral;
e) composição e atribuições da diretoria;
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros
e do relatório de execução do contrato de gestão;
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer
hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou
membro da entidade;
i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe
foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em
caso de extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada
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Uma vez qualificadas como organizações sociais, as pessoas jurídicas passam a ser
declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública, conforme previsão do
artigo 11 da Lei 9.637.
Como consequência, passam a poder usufruir dos seguintes incentivos concedidos pelo
Poder Público:
a) Cessão de servidores, mantido o ônus para a administração: Nesta situação, a
administração cede servidores para utilização das organizações sociais, que passa a contar
com pessoal suficiente para o desempenho de suas atribuições. Salienta-se que o ônus
pelo pagamento da remuneração e dos demais benefícios aos agentes públicos continuam
sendo de responsabilidade do Poder Público.
b) Destinação de recursos orçamentários: A destinação de recursos orçamentários
trata da principal forma de incentivo das atividades desempenhadas pelas organizações
sociais. Desta forma, quando da elaboração do orçamento da administração pública, uma
parte dos valores é destinado às mencionadas entidades.
c) Destinação de bens públicos: Os bens públicos necessários ao cumprimento das
finalidades das organizações sociais poderão ser cedidos pelo Poder Público. No entanto,
como estamos diante de bens públicos (que até então pertenciam à própria administração),
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uma série de características devem ser observadas, tal como a impossibilidade de inalienação
e de penhora.
A cessão de bens públicos, quando destinados às organizações sociais, deve ser realizada
com dispensa de licitação. Caso, posteriormente à cessão, ocorra a desqualificação da
entidade, tais bens serão revertidos ao Poder Público que realizou a cessão.
3.2.3. PUBLICIZAÇÃO
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Como regra, todas as pessoas jurídicas de direito privado que não possuam fins
lucrativos podem ser qualificadas como OSCIP, que, como já ressaltado, trata-se
de um ato vinculado do Poder Público. Em outras palavras, é correto afirmar que a
administração, desde que atendidos os requisitos legais, deve conceder a qualificação
como OSCIP à entidade.
Entretanto, duas são as situações em que a qualificação não poderá ser concedida,
sendo elas as referentes à área de atuação e às entidades expressamente vedadas por lei.
Em ambos os casos, o Poder Público não poderá proceder à qualificação da entidade.
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Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
I – as sociedades comerciais;
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo
restrito de associados ou sócios;
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX – as organizações sociais;
X – as cooperativas;
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público
ou por fundações públicas;
XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro
nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
Importante salientar que uma mesma entidade não pode ser qualificada, simultaneamente,
como organização social e como organização da sociedade civil de interesse público, ainda
que reúna os requisitos necessários para as duas qualificações.
Vamos sintetizar, no quadro a seguir, as principais características das organizações
sociais e das organizações da sociedade civil de interesse público, bem como suas diferenças.
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A qualificação como OSCIP é útil para as entidades que tenham o objetivo de firmar termo
de parceria com o poder público. Neste sentido, por exemplo, merece ser destacada a
previsão do artigo 9º da Lei 9.790/1999:
Art. 9º Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes,
para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta Lei.
Letra c.
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(...) as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa,
para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado,
mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra
por meio de convênio.
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contudo, que o controle realizado incide apenas sobre a parcela da atividade ligada aos
serviços sociais prestados.
Em sentido oposto, as demais atividades da entidade (que é, em última análise, uma
pessoa jurídica de direito privado) não são objeto de fiscalização.
A grande divergência, nos dias atuais, com relação às entidades de apoio, está na forma
como o vínculo é mantido entre a pessoa jurídica e a Administração Pública.
Inicialmente, era pacífico da doutrina o entendimento de que tal vínculo deveria ser
firmado por meio de convênio, uma vez que o interesse de ambas as partes, na celebração
do vínculo, era comum, em sentido oposto ao que ocorre, por exemplo, com os contratos
(onde temos interesses opostos sendo buscados pelas partes envolvidas).
Com a entrada em vigor da Lei 13.019/2014, que instituiu o regime de parcerias, os
convênios, inicialmente, passaram a ser uma possibilidade exclusiva das parcerias firmadas
entre os entes federados.
Art. 84. Salvo nos casos expressamente previstos, não se aplica às relações de fomento e
de colaboração regidas por esta Lei o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e
na legislação referente a convênios, que ficarão restritos a parcerias firmadas entre os
entes federados.
Com isso, o entendimento doutrinário era o de que, por exclusão, o vínculo mantido
entre a Administração Pública e as entidades de apoio deveria ser feito por meio de termo
de colaboração ou fomento. No entanto, o entendimento não levava a um consenso por
parte dos principais autores administrativistas.
Em 2015, com as alterações promovidas na Lei 13.019/2014, o texto do mencionado
artigo 84 foi revogado, passando a constar com a seguinte redação:
Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993.
Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, convênios:
I – entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas;
II – decorrentes da aplicação do disposto no inciso IV do art. 3º.
As características das entidades de apoio podem ser mais bem visualizadas por meio
do seguinte quadro:
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Terceiro Setor
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4. REGIME DE PARCERIAS
A Lei 13.019, de 2014, foi a responsável por estabelecer o regime jurídico das parcerias
entre a Administração Pública e as organizações da sociedade civil.
Logo em seu artigo 1º, a norma em questão apresenta o objetivo a ser alcançado com a sua
edição, bem como o caráter que tais disposições apresentam em nosso ordenamento jurídico.
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
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Terceiro Setor
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Com relação às organizações da sociedade civil, é importante salientar que estas, para
firmarem parceria com o Poder Público, não podem ter finalidade lucrativa.
Merece destaque, ainda, a definição de Administração Pública, que, ao contrário do que
ocorre quando do estudo da organização administrativa, não é composta, no regime de
parcerias, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de
atividades econômicas.
Em sentido diverso, a Administração Pública, para fins de celebração de parcerias com
as organizações da sociedade civil compreende as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público
e, ainda, as respectivas subsidiárias.
São estas entidades, em última análise, as que podem celebrar termo de parcerias
com as organizações da sociedade civil.
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Terceiro Setor
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DICA
Considerando que a Lei 13.019/2019 é uma lei nacional
e instituidora de normas gerais, suas disposições são
aplicadas para as entidades da Administração Pública (acima
relacionadas) de todos os entes federativos: União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.
Com a edição do estatuto das parcerias, a regra passou a ser a possibilidade de celebração
deste tipo de vínculo entre o Poder Público e as organizações da sociedade civil.
Em caráter de exceção, deve ser ressaltado que as disposições da Lei 13.019/2014 não
são aplicadas a uma série de situações específicas, como por exemplo os contratos de gestão
firmados com as organizações sociais e os termos de parceria celebrados com as OSCIPs.
Vejamos as situações legalmente previstas em que as disposições da Lei 13.019/2014
não são aplicadas:
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Art. 33. Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações da sociedade civil deverão
ser regidas por normas de organização interna que prevejam, expressamente:
I – objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social;
III – que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a
outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social
seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta;
IV – escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas
Brasileiras de Contabilidade;
V – possuir:
a) no mínimo, um, dois ou três anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por
meio de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com base
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, conforme, respectivamente, a parceria
seja celebrada no âmbito dos Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União,
admitida a redução desses prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma
organização atingi-los;
b) experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza
semelhante;
c) instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento
das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas.
Como veremos adiante, três são os instrumentos que poderão ser celebrados entre a
Administração Pública e as entidades da sociedade civil, sendo eles o termo de fomento,
o termo de colaboração e o acordo de colaboração.
Assim, quando o instrumento celebrado for o acordo de cooperação, apenas um dos
requisitos estabelecidos deverá ser atendido, sendo ele a necessidade de a entidade
ser regida por uma norma interna que estabeleça objetivos voltados à promoção de
atividades e finalidades de relevância pública e social.
É importante conhecermos, em sentido oposto, as entidades que estão impedidas de
celebrar parcerias com o Poder Público. A lista expressa no texto da Lei 13.019/2014 é
taxativa, assim como ocorre com todas as listas que vedam o exercício de determinados
direitos ou exercícios.
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Art. 39. Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria prevista nesta Lei a
organização da sociedade civil que:
I – não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar
no território nacional;
II – esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada;
III – tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou
entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o
termo de colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou
companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau;
IV – tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos, exceto se:
a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputados;
b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição;
c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito suspensivo;
V – tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:
a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração;
b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública;
c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei (suspensão temporária da participação em
chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e
entidades da esfera de governo da administração pública sancionadora, por prazo não
superior a dois anos).
d) a prevista no inciso III do art. 73 desta Lei (declaração de inidoneidade para participar de
chamamento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas
as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até
que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade,
que será concedida sempre que a organização da sociedade civil ressarcir a administração
pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base
no inciso II).
VI – tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho
de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;
VII – tenha entre seus dirigentes pessoa:
a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal
ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos
8 (oito) anos;
b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou
função de confiança, enquanto durar a inabilitação;
c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos
nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992. (Prazos de 10, 5 e 3 anos)
Por fim, a norma estabelece, ainda, que é vedada a celebração de parcerias que tenham
por objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, a delegação das funções de
regulação, de fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de outras atividades
exclusivas de Estado.
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Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
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Obs.: Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela
administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros;
Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas
pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de
recursos financeiros;
Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros;
Art. 16. O termo de colaboração deve ser adotado pela administração pública para consecução
de planos de trabalho de sua iniciativa, para celebração de parcerias com organizações da
sociedade civil que envolvam a transferência de recursos financeiros.
Art. 17. O termo de fomento deve ser adotado pela administração pública para consecução de
planos de trabalho propostos por organizações da sociedade civil que envolvam a transferência
de recursos financeiros.
Mas será que as disposições da Lei 13.019/2014 são aplicadas, apenas, às parcerias que
envolvem a transferência de recursos financeiros?
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Letra e.
Art. 42. As parcerias serão formalizadas mediante a celebração de termo de colaboração, de termo
de fomento ou de acordo de cooperação, conforme o caso, que terá como cláusulas essenciais:
I – a descrição do objeto pactuado;
II – as obrigações das partes;
III – quando for o caso, o valor total e o cronograma de desembolso;
V – a contrapartida, quando for o caso, observado o disposto no § 1º do art. 35;
VI – a vigência e as hipóteses de prorrogação;
VII – a obrigação de prestar contas com definição de forma, metodologia e prazos;
VIII – a forma de monitoramento e avaliação, com a indicação dos recursos humanos e tecnológicos
que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a indicação da participação de apoio técnico
nos termos previstos no § 1º do art. 58 desta Lei;
IX – a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos nesta Lei;
X – a definição, se for o caso, da titularidade dos bens e direitos remanescentes na data da
conclusão ou extinção da parceria e que, em razão de sua execução, tenham sido adquiridos,
produzidos ou transformados com recursos repassados pela administração pública;
XII – a prerrogativa atribuída à administração pública para assumir ou transferir a responsabilidade
pela execução do objeto, no caso de paralisação, de modo a evitar sua descontinuidade;
XIV – quando for o caso, a obrigação de a organização da sociedade civil manter e movimentar
os recursos em conta bancária específica, observado o disposto no art. 51;
XV – o livre acesso dos agentes da administração pública, do controle interno e do Tribunal de
Contas correspondente aos processos, aos documentos e às informações relacionadas a termos
de colaboração ou a termos de fomento, bem como aos locais de execução do respectivo objeto;
XVI – a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo, com as respectivas
condições, sanções e delimitações claras de responsabilidades, além da estipulação de prazo
mínimo de antecedência para a publicidade dessa intenção, que não poderá ser inferior a 60
(sessenta) dias;
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Terceiro Setor
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XVII – a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução da parceria, estabelecendo
a obrigatoriedade da prévia tentativa de solução administrativa, com a participação de órgão
encarregado de assessoramento jurídico integrante da estrutura da administração pública;
XIX – a responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo gerenciamento
administrativo e financeiro dos recursos recebidos, inclusive no que diz respeito às despesas
de custeio, de investimento e de pessoal;
XX – a responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelo pagamento dos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do objeto previsto no
termo de colaboração ou de fomento, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária da
administração pública a inadimplência da organização da sociedade civil em relação ao referido
pagamento, os ônus incidentes sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição
à sua execução.
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Terceiro Setor
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Após analisar a prestação de contas, deverá a Administração Pública decidir sobre uma
das seguintes medidas:
I – regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, o cumprimento dos
objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
II – regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra
falta de natureza formal que não resulte em dano ao erário;
III – irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes circunstâncias:
a) omissão no dever de prestar contas;
b) descumprimento injustificado dos objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;
d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.
Quando a prestação de contas for avaliada como irregular, após exaurida a fase recursal,
se mantida a decisão, a organização da sociedade civil poderá solicitar autorização para
que o ressarcimento ao erário seja promovido por meio de ações compensatórias de
interesse público, mediante a apresentação de novo plano de trabalho, conforme o
objeto descrito no termo de colaboração ou de fomento e a área de atuação da organização,
cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho original, desde que
não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral dos recursos.
Por fim, vejamos as sanções administrativas que podem ser aplicadas como decorrência
da execução irregular da parceria firmada com o Poder Público.
Art. 73. Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas desta
Lei e da legislação específica, a administração pública poderá, garantida a prévia defesa, aplicar
à organização da sociedade civil as seguintes sanções:
I – advertência;
II – suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar
parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública
sancionadora, por prazo não superior a dois anos;
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Letra a.
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Terceiro Setor
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RESUMO
Ao longo dos anos, três foram as escolas presentes no âmbito da administração pública,
sendo elas a patrimonialista, a burocrática e a gerencial.
Com a administração patrimonial, tínhamos um modelo de gestão com o foco voltado
para as ações do soberano, sendo que todas as medidas por ele adotadas não levavam em
conta as necessidades da população, mas sim o interesse predominantemente particular.
Com a administração burocrática, passamos a contar com uma distinção entre o
patrimônio público e o patrimônio particular, de forma que as medidas adotadas pelo
Poder Público teriam que, obrigatoriamente, satisfazer as necessidades da coletividade.
A administração burocrática representou o início das formas de combate ao nepotismo
e à corrupção, tratando-se de um controle realizado sobre as atividades meio e pautado
nos princípios da legalidade e da impessoalidade.
Com a reforma administrativa, surge em nosso ordenamento a administração gerencial.
Com ela, o controle passa a ser exercido sobre as atividades fins, pautando-se no princípio
da eficiência.
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Terceiro Setor
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O contrato de gestão, também conhecido como acordo programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administração,
com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entidades
do terceiro setor.
Quando ocorre a celebração de contrato de gestão com órgão da administração direta
ou com entidades da administração indireta, temos um aumento da autonomia. Em
sentido oposto, quando a celebração ocorre com entidades do terceiro setor, temos uma
redução da autonomia.
Três são os diferentes setores da atividade econômica.
O primeiro setor é constituído pelos órgãos e entidades do Poder Público que estão
encarregados de organizar e executar as políticas públicas.
O segundo setor é, em última análise, o próprio mercado, constituído pela vontade
das partes e regido pelo direito privado. Fazem parte do segundo setor todas as empresas
que disputam o mercado econômico, regidas pelo princípio da livre concorrência e com o
objetivo de auferir lucro.
O terceiro setor é formado por pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
e que prestam serviços de interesse público. No terceiro setor, temos a utilização de dinheiro
privado para fins públicos.
São exemplos de entidades do terceiro setor as organizações sociais, as organizações
da sociedade civil de interesse público e os serviços sociais autônomos. Tais entidades,
de acordo com a doutrina, são também conhecidas como entidades paraestatais.
Os serviços sociais autônomos podem ser conceituados como pessoas jurídicas de
direito privado, instituídas mediante autorização legal, para ministrar assistência ou ensino
a certas categorias profissionais.
São características dos serviços sociais autônomos: a) são pessoas jurídicas de direito
privado sem fins lucrativos,b) não integram a administração pública,c) estão dispensados da
regra constitucional do concurso público, devendo realizar processo seletivo,d) não obedecem
integralmente as normas de licitação, mas sim apenas os princípios da administração
pública,e) sua criação depende de lei autorizadora, f) são custeados por contribuições
corporativas incidentes na folha de pagamento, g) devem prestar contas de sua gestão ao
respectivo tribunal de contas e h) seus funcionários são regidos pela CLT.
As organizações sociais são uma qualificação que é concedida pelo Poder Público às
pessoas jurídicas de direito privado que atendam aos requisitos estabelecidos em lei.
Como requisitos gerais para a qualificação, temos a obrigatoriedade de a entidade
ser uma pessoa jurídica de direito privado, não possuir fins lucrativos e exercer suas
atividades em um dos seguintes setores: ensino, cultura, saúde, pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico ou proteção e preservação do meio ambiente.
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QUESTÕES DE CONCURSO
003. (FCC/DP (DPE AP)/DPE AP/2022) As organizações sociais são definidas como pessoas
jurídicas de direito
a) público, sem fins lucrativos, mas que se consolidam por meio de um contrato de gestão,
no qual são repassados incentivos à entidade executora das atividades.
b) público, com fins lucrativos, que compõem a administração indireta, para executar
serviços tipicamente públicos.
c) privado, que constituem instrumento de privatização para diminuir as atividades
desenvolvidas pelo Estado, repassando-as, de forma perene, para execução da
administração indireta.
d) privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos
não privativos do Estado.
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Terceiro Setor
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004. (FCC/PROC (PGE TO)/PGE TO/2018) Após promover a construção de linha de Veículo
Leve sobre Trilhos − VLT para integração da malha metropolitana de transporte, o Governo do
Estado pretende que a operação da linha seja gerida de forma descentralizada. Considerando-
se a natureza do serviço e o fato de que haverá cobrança de tarifa dos usuários, NÃO é
solução adequada a
a) celebração de contrato de gestão com organização social.
b) constituição de parceria público-privada.
c) outorga do serviço a consórcio público, constituído para esse fim específico.
d) delegação mediante concessão de serviço público.
e) outorga do serviço a entidade especializada da Administração Indireta.
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007. (FCC/ASS ADM (SEAD AP)/SEAD AP/2018) As organizações sociais não integram a
Administração pública, mas podem exercer atividades típicas dela, pois
a) prestam serviços públicos em caráter lucrativo, não podendo receber recursos públicos
no desempenho dessas funções, embora possam ser contratadas mediante dispensa
de licitação.
b) não podem exercer atividades com caráter lucrativo, tal qual as fundações públicas,
tampouco prestar serviços públicos, atuando em colaboração com o poder público mediante
celebração de termos de parceria, não se submetendo aos órgãos externos de controle.
c) dependem de autorização legislativa para serem instituídas pelo poder público, com o qual
celebram contrato de gestão, instrumento necessário para fixação de metas e resultados
no desempenho de atividades executivas, incluída a prestação de serviços públicos.
d) celebram contrato de gestão para definição de metas na execução de serviços públicos
de caráter não exclusivo, mediante repasses de recursos públicos, o que atrai a incidência
de controle externo no manejo dessas verbas.
e) estão habilitadas a firmar contratos de concessão ou permissão de serviços públicos,
tanto quanto termos de parcerias, cabendo controle sobre sua gestão, pois sua remuneração
pode advir diretamente dos usuários ou da própria Administração pública.
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010. (FCC/PJ (MPE PB)/MPE PB/2018) Dispõe a Lei Federal no 13.019/2014 que a celebração de
termos de parceria e termos de fomento devem ser precedidas de processo de chamamento
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público, voltado a selecionar organizações da sociedade civil que tornem mais eficaz a
execução do objeto, ressalvadas as hipóteses de dispensa e inexigibilidade mencionadas
na lei. É hipótese de inexigibilidade do chamamento público:
a) a situação de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades
de relevante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta dias.
b) a ocorrência de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou
ameaça à paz social.
c) a realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa
comprometer a sua segurança.
d) o caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência
social, quando executadas por organizações da sociedade civil previamente credenciadas
pelo órgão gestor da respectiva política.
e) a parceria cujo objeto constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso
internacional, no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos.
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com organização da sociedade civil, firmado após seleção por meio de chamamento público,
com vista à implementação de projeto voltado à formação e qualificação de multiplicadores de
conhecimento na área de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis em adolescentes.
Estabeleceu-se que a remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho,
durante a vigência da parceria, seria paga com recursos públicos vinculados à parceria. O
Tribunal de Contas da União solicitou esclarecimentos ao Poder Público sob a alegação de
que os recursos públicos não poderiam ser empregados na remuneração de pessoal próprio
da Organização da Sociedade Civil parceira.
O apontamento do TCU
a) procede, porquanto os recursos públicos repassados à entidade parceira somente podem
remunerar equipe de trabalho contratada, jamais própria, cujo custo deve ser suportado
pela entidade privada a título de contrapartida.
b) improcede, pois a Lei n. 13.019 de 2014 permite expressamente que a remuneração da
equipe de trabalho, tanto contratada como própria da entidade parceria, possa ser feita
com recursos públicos vinculados à parceria.
c) procede, pois a Lei n. 13.019 de 2014 veda expressamente o pagamento da equipe
encarregada da execução do plano de trabalho, seja pessoal próprio da organização, seja
contratado para execução da parceria.
d) improcede, porque a lei não dispõe quanto à natureza das despesas que podem ou não
ser custeadas com recursos vinculados à parceria, cabendo aos instrumentos jurídicos
disciplinar a questão livremente, em razão do controle de resultados introduzido pelo novo
marco regulatório.
e) procede, pois a lei veda expressamente o pagamento com recursos da parceria da equipe
de trabalho e de todos os custos indiretos necessários à execução do objeto, qualquer que
seja sua proporção em relação à parceria.
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Terceiro Setor
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014. (FCC/ASS JUR (ALMS)/ALMS/2016) Uma associação de direito privado, criada por
fundação pública, pretende qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse
público. Cumpre salientar que referida associação, sem fins lucrativos, tem por finalidade a
promoção da assistência social. Do mesmo modo, hospital privado não gratuito e que tem
como uma de suas finalidades a promoção do voluntariado pretende qualificar-se como
organização da sociedade civil de interesse público. Nos termos da Lei n. 9.790/1999,
a) apenas a segunda poderá qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse
público, desde que preenchidos os demais requisitos legais.
b) ambos são passíveis de qualificação como organização da sociedade civil de interesse
público, desde que preenchidos os demais requisitos legais.
c) apenas a primeira poderá qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse
público, desde que preenchidos os demais requisitos legais.
d) nenhum deles poderá qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse
público, haja vista proibição expressa a tais pessoas jurídicas.
e) nenhum deles poderá qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse
público, haja vista que apenas as organizações sociais podem receber tal qualificação.
015. (FCC/JE TJPE/TJ PE/2015) “[...] é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe
delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público
de natureza social” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, 2012: 565).
A definição acima se refere às
a) Serviços sociais autônomos.
b) Organizações não-governamentais.
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c) Organizações sociais.
d) Fundações de apoio.
e) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.
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da rede pública. De acordo com a legislação federal que rege a matéria, tal participação
poderá se dar mediante
a) convênio com entidades sem fins lucrativos, prevendo pagamentos do Estado pela
execução dos serviços delegados.
b) contrato de programa com organizações da sociedade civil de interesse público,
estabelecendo remuneração baseada em indicadores de desempenho.
c) termo de parceria com empresas privadas, que poderão receber a qualificação de
organização social, sem perder sua finalidade lucrativa.
d) contrato de gestão com organizações sociais, que são entidades privadas sem fins
lucrativos que recebem essa qualificação do Poder Executivo.
e) consórcio com fundações públicas, que detenham experiência reconhecida na atividade
de gestão hospitalar, qualificadas como OSCIPs.
019. (FCC/ATE (SEFAZ PI)/SEFAZ PI/2015) Uma das formas consagradas de parceria entre
governo e sociedade corresponde à atuação das denominadas Organizações Sociais, que
podem ser definidas como
a) entidades da sociedade civil, organizadas sob a forma de associação, que celebram Termo
de Parceria com o setor público para execução de ações de interesse público.
b) entidades que passam a integrar a Administração Indireta, mediante ato de qualificação
vinculado ao cumprimento de indicadores de qualidade.
c) serviços sociais autônomos, voltados à implentação de ações sociais de interesse público,
parcialmente custeadas com contribuições de setores econômicos.
d) entidades paraestatais, sujeitas ao regime jurídico privado e aos princípios aplicáveis à
Administração pública, que recebem recursos públicos mediante convênios.
e) entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem qualificação específica e delegação
do Poder público para desempenhar serviço público não exclusivo.
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Terceiro Setor
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a) estatais.
b) paraestatais.
c) autárquicas.
d) fundacionais.
e) empresariais.
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III – O Terceiro Setor se configurou nos últimos 20 anos dentro de um contexto de avanço
do projeto neoliberal caracterizado pela implementação de políticas sociais focalizadas e
seletivas.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
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Terceiro Setor
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c) podem ser celebrados com dispensa de licitação, em função de autorização legal específica,
não estando sujeitos, nessa hipótese, ao controle e fiscalização pelo Tribunal de Contas.
d) sujeitam-se ao controle e fiscalização por parte do Tribunal de Contas, exceto quando
tenham por objeto a gestão de serviço público não-exclusivo.
e) são equiparados a convênio administrativo, quando celebrados com entidades com
finalidade lucrativa, sujeitando-se, apenas em tal hipótese, ao controle e fiscalização por
parte do Tribunal de Contas.
032. (FCC/DP AM/DPE AM/2013) As Organizações Sociais são pessoas jurídicas de direito
privado, qualificadas pelo Poder Executivo, nos termos da Lei Federal no 9.637/98, com
vistas à formação de parceria para execução de atividades de interesse público. NÃO está
entre as características das Organizações Sociais, nos termos da referida lei,
a) a necessidade de aprovação de sua qualificação, por meio de ato vinculado do Ministro
ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu
objeto social e do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.
b) a previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes
do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral.
c) a proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer
hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou
membro da entidade.
d) o desempenho de atividades relacionadas a pelo menos um dos seguintes campos:
ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio
ambiente, cultura e saúde.
e) a atuação com finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus
excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades.
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036. (FCC/PROC (PGE SP)/PGE SP/2012) A prestação de serviços não exclusivos, realizada
de forma a alcançar maior eficiência, mantido o financiamento do Estado, pode se dar por
meio da celebração de
a) contrato de gestão ou termo de parceria com entidades privadas sem fins lucrativos,
sob a forma de organizações sociais ou organizações da sociedade civil de interesse público,
cabendo o estabelecimento de metas de desempenho e critérios de avaliação pela agência
reguladora do setor onde se insere o serviço público prestado.
b) contrato de gestão com organizações sociais, entidades de direito público que recebem
aquela qualificação e, por essa razão, podem se valer da mitigação do regime jurídico de
direito público.
c) contratos de gestão firmados com organizações da sociedade civil de interesse
público, entidades de natureza privada às quais pode ser delegada a prestação de
serviços públicos exclusivamente nos setores regulados, cabendo o controle do contrato
à respectiva agência reguladora.
d) termo de parceria com organizações da sociedade civil de interesse público, entidades
de natureza pública, que gozam de maior autonomia administrativa e que podem prestar
serviços públicos, desde que não essenciais.
e) contratos de gestão com organizações sociais, entidades de direito privado sem fins
lucrativos que recebem aquela qualificação, podendo atuar nos setores de cultura e saúde.
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043. (FCC/AJ (TJ MA)/TJ MA/DIREITO/2019) Um ente público que se encontra em grave
situação financeiro- orçamentária está promovendo a reestruturação de suas atividades,
a fim de identificar oportunidades de redução de despesas. A Secretaria de Cultura do ente
administra alguns equipamentos públicos de grande relevância, os quais, embora tenham
bom histórico de visitação, representam parcela significativa do custeio do órgão. Vislumbra,
assim, oportunidade e necessidade de otimizar e dinamizar a gestão desses equipamentos,
o que, de acordo com a legislação em vigor, pode se dar por meio de
a) celebração de contrato de gestão com pessoa jurídica de direito privado qualificada como
organização social, com estabelecimento de metas para prestação e melhoria dos serviços.
b) celebração de convênio com entidades do terceiro setor, estabelecendo remuneração
paga pelo poder público pela prestação dos serviços públicos a serem explorados.
c) formalização de contrato de permissão de serviço público, cabendo à empresa contratada
extrair remuneração exclusivamente da exploração da própria atividade.
d) contratação de prestação de serviços de administração e operação do equipamento
público, com base na Lei no 8.666/93, hipótese expressa de inexigibilidade de licitação.
e) formalização de contrato de gestão com pessoas jurídicas de direito privado para
exploração econômica do equipamento público em regime lucrativo.
044. (FCC/JE TJAL/TJ AL/2019) De acordo com as disposições da Lei federal no 13.019/2014,
o estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade civil sem
fins lucrativos, para a execução de planos de trabalho por estas propostos,
a) se dá mediante termo de fomento, se envolver transferência de recursos públicos, vedada
a celebração de convênio para tal finalidade.
b) não pode envolver, direta ou indiretamente, a transferência de recursos públicos
à entidade.
c) deve ser precedido de procedimento licitatório, na modalidade convite, salvo em se
tratando de entidades de assistência social.
d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar
termo de parceria com a entidade melhor classificada.
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GABARITO
1. e 35. e
2. b 36. e
3. d 37. d
4. a 38. b
5. a 39. c
6. d 40. a
7. d 41. a
8. d 42. e
9. b 43. a
10. e 44. a
11. d 45. a
12. b 46. a
13. d
14. d
15. c
16. e
17. d
18. d
19. e
20. a
21. d
22. e
23. e
24. b
25. b
26. b
27. e
28. b
29. c
30. d
31. b
32. a
33. c
34. b
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GABARITO COMENTADO
Para responder a questão, vejamos, inicialmente, o entendimento do STF acerca dos serviços
sociais autônomos.
JURISPRUDÊNCIA
(RE 789874) Os serviços sociais autônomos integrantes do denominado Sistema “S”,
vinculados a entidades patronais de grau superior e patrocinados basicamente por
recursos recolhidos do próprio setor produtivo beneficiado, ostentam natureza de pessoa
jurídica de direito privado e não integram a Administração Pública, embora colaborem
com ela na execução de atividades de relevante significado social. Tanto a Constituição
Federal de 1988, como a correspondente legislação de regência (como a Lei 8.706/93,
que criou o Serviço Social do Trabalho – SEST) asseguram autonomia administrativa a
essas entidades, sujeitas, formalmente, apenas ao controle finalístico, pelo Tribunal
de Contas, da aplicação dos recursos recebidos. Presentes essas características, não
estão submetidas à exigência de concurso público para a contratação de pessoal, nos
moldes do art. 37, II, da Constituição Federal.
a) Errada. O pagamento das dívidas não ocorre por meio de precatórios, uma vez que as
entidades não integram o conceito de Fazenda Pública.
b) Errada. A Súmula 516 do STF estabelece que “O Serviço Social da Indústria (SESI) está
sujeito à jurisdição da Justiça estadual”.
c) Errada. Por não integrarem a Administração Pública, as entidades do terceiro setor não
estão obrigadas a seguir a regra da realização de concurso público como forma de admissão
de pessoal.
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d) Errada. O terceiro setor não deve observar as regras constantes da legislação federal
sobre licitações. O que deve ser realizado é um procedimento simplificado, definido pela
entidade, e que observe os princípios constitucionais da Administração Pública.
e) Certa. Tendo em conta que os serviços sociais autônomos gerenciam recursos públicos,
devem as entidades se submeter à fiscalização do Tribunal de Contas.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Letra e.
a) Errada. Não há necessidade de licitação para a escolha das organizações sociais. De acordo
com o entendimento do STF, basta que sejam observados os princípios da Administração
Pública e que a seleção da entidade seja feita de forma objetiva e impessoal.
b) Certa. Uma das características das organizações sociais é que as entidades contam, na
composição do Conselho de Administração, com participantes do Poder Público.
Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo
estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes
critérios básicos:
I – ser composto por:
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a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos representantes do Poder Público,
definidos pelo estatuto da entidade;
c) Errada. Por não integrarem a Administração Pública, as organizações sociais não estão
obrigadas a realizar concurso público como forma de admissão de pessoal.
d) Errada. As atividades que podem ser desempenhadas pelas organizações sociais constam
no artigo 1º da Lei 9.637/1998, de seguinte redação:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
003. (FCC/DP (DPE AP)/DPE AP/2022) As organizações sociais são definidas como pessoas
jurídicas de direito
a) público, sem fins lucrativos, mas que se consolidam por meio de um contrato de gestão,
no qual são repassados incentivos à entidade executora das atividades.
b) público, com fins lucrativos, que compõem a administração indireta, para executar
serviços tipicamente públicos.
c) privado, que constituem instrumento de privatização para diminuir as atividades
desenvolvidas pelo Estado, repassando-as, de forma perene, para execução da
administração indireta.
d) privado, sem fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos
não privativos do Estado.
e) privado, no intuito de fomentar a execução de atividades do Estado, seja por meio de
contrato com ou sem repasse de recursos.
As organizações sociais podem ser definidas como pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, criadas por particulares, para desempenhar serviços públicos não privativos
do Estado. Com as entidades mencionadas, o que ocorre é a prestação de atividades públicas
não exclusivas em regime de colaboração com o Poder Público.
Letra d.
004. (FCC/PROC (PGE TO)/PGE TO/2018) Após promover a construção de linha de Veículo
Leve sobre Trilhos − VLT para integração da malha metropolitana de transporte, o Governo do
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Estado pretende que a operação da linha seja gerida de forma descentralizada. Considerando-
se a natureza do serviço e o fato de que haverá cobrança de tarifa dos usuários, NÃO é
solução adequada a
a) celebração de contrato de gestão com organização social.
b) constituição de parceria público-privada.
c) outorga do serviço a consórcio público, constituído para esse fim específico.
d) delegação mediante concessão de serviço público.
e) outorga do serviço a entidade especializada da Administração Indireta.
As organizações sociais apenas podem ser utilizadas para as situações elencadas no artigo
1º da Lei 9.637, de seguinte redação:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Além disso, o enunciado da questão afirma que o processo será resultante da descentralização.
Logo, apenas uma entidade da Administração Indireta ou uma delegatária de serviços
públicos (concessão, permissão) poderia executar a mencionada tarefa.
Letra a.
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e) contrato de gestão, que pode ser firmado com pessoas jurídicas que tenham finalidade
lucrativa ou não, qualquer que seja a natureza social de seus objetivos e área de atuação,
liberdade necessária para democratização e qualificação do gasto público.
As organizações sociais se vinculam com o Poder Público por meio de contrato de gestão.
Com isso, eliminamos as Letras B, C e D. Na Letra E, o erro está em afirmar que tal contrato
pode ser celebrado com pessoas jurídicas que tenham finalidade lucrativa.
Assim, a alternativa correta é a Letra A, nos termos do artigo 1º da Lei 9.637/1998:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Letra a.
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Lei 9.637: Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas
de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura
e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Lei 9.790: Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio
da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente
será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
III – promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das
organizações de que trata esta Lei;
Consequentemente, a destinação dos recursos públicos poderá ser feita tanto para uma
OS quanto para uma OSCIP.
Letra d.
007. (FCC/ASS ADM (SEAD AP)/SEAD AP/2018) As organizações sociais não integram a
Administração pública, mas podem exercer atividades típicas dela, pois
a) prestam serviços públicos em caráter lucrativo, não podendo receber recursos públicos no
desempenho dessas funções, embora possam ser contratadas mediante dispensa de licitação.
b) não podem exercer atividades com caráter lucrativo, tal qual as fundações públicas,
tampouco prestar serviços públicos, atuando em colaboração com o poder público mediante
celebração de termos de parceria, não se submetendo aos órgãos externos de controle.
c) dependem de autorização legislativa para serem instituídas pelo poder público, com o qual
celebram contrato de gestão, instrumento necessário para fixação de metas e resultados
no desempenho de atividades executivas, incluída a prestação de serviços públicos.
d) celebram contrato de gestão para definição de metas na execução de serviços públicos
de caráter não exclusivo, mediante repasses de recursos públicos, o que atrai a incidência
de controle externo no manejo dessas verbas.
e) estão habilitadas a firmar contratos de concessão ou permissão de serviços públicos,
tanto quanto termos de parcerias, cabendo controle sobre sua gestão, pois sua remuneração
pode advir diretamente dos usuários ou da própria Administração pública.
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a) Errada. As organizações sociais são entidades que não podem ter finalidade lucrativa,
diferente do que informado.
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
b) Errada. As organizações sociais não celebram termo de parceria, mas sim contrato
de gestão.
c) Errada. Não há necessidade de autorização legislativa para que o Poder Público qualifique
uma entidade como organização social. A medida, em sentido diverso, será realizada com
a celebração do contrato de gestão.
d) Certa. Conforme informado, o vínculo mantido entre uma organização social e o Poder
Público é por meio de contrato de gestão.
Art. 6º O contrato de gestão, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade supervisora
e a organização social, discriminará as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder
Público e da organização social.
E considerando que, com o vínculo, a entidade passa a gerir recursos públicos, deve ela se
submeter ao controle externo, realizado, a título de exemplo, pelo Tribunal de Contas.
e) Errada. A organização social não tem relação com o termo de parceria, que é o instrumento
utilizado para a celebração de vínculo entre o Poder Público e as OSCIPs.
Letra d.
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a) Errada. Não são todas as entidades que podem celebrar parcerias com o Poder Público.
A Lei 13.019 elenca, inclusive, situações em que a celebração não será possível (art. 39).
Além disso, a celebração entre as entidades e o Poder Público ocorre por meio de termos
de colaboração, termos de fomento ou acordos de cooperação, e não, conforme afirmado,
por meio de convênio ou contrato.
b) Errada. Para a celebração de parcerias com o Poder Público, não há necessidade de
qualificação, por parte da entidade, como organização social. As organizações sociais são
apenas um dos tipos de entidades que podem manter vínculo com o Poder Público. Neste
caso, a relação é mantida por meio de contrato de gestão.
c) Errada. Nem sempre a celebração dependerá da previsão de repasse de recursos financeiros.
A título de exemplo, temos o acordo de cooperação, instrumento utilizado quando não
houver a transferência de recursos financeiros.
d) Certa. Conforme já afirmado, diversos são os instrumentos que podem ser utilizados
para a celebração das parcerias. O termo de colaboração e o termo de fomento preveem o
repasse de recursos financeiros. Já o acordo de cooperação não prevê este repasse.
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Art. 20. Preenchidos os requisitos do art. 19, a administração pública deverá tornar pública a
proposta em seu sítio eletrônico e, verificada a conveniência e oportunidade para realização do
Procedimento de Manifestação de Interesse Social, o instaurará para oitiva da sociedade sobre
o tema.
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Terceiro Setor
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010. (FCC/PJ (MPE PB)/MPE PB/2018) Dispõe a Lei Federal no 13.019/2014 que a celebração de
termos de parceria e termos de fomento devem ser precedidas de processo de chamamento
público, voltado a selecionar organizações da sociedade civil que tornem mais eficaz a
execução do objeto, ressalvadas as hipóteses de dispensa e inexigibilidade mencionadas
na lei. É hipótese de inexigibilidade do chamamento público:
a) a situação de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades
de relevante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta dias.
b) a ocorrência de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou
ameaça à paz social.
c) a realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa
comprometer a sua segurança.
d) o caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência
social, quando executadas por organizações da sociedade civil previamente credenciadas
pelo órgão gestor da respectiva política.
e) a parceria cujo objeto constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso
internacional, no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos.
Art. 31. Será considerado inexigível o chamamento público na hipótese de inviabilidade de competição
entre as organizações da sociedade civil, em razão da natureza singular do objeto da parceria ou
se as metas somente puderem ser atingidas por uma entidade específica, especialmente quando:
I – o objeto da parceria constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso
internacional, no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos;
Letra e.
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a) Errada. De acordo com o artigo 84 da Lei 13.019, “Não se aplica às parcerias regidas por
esta Lei o disposto na Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993”.
b) Errada. Os convênios não são instrumentos previstos em lei para a celebração de parcerias
com o Poder Público.
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
d) Certa. Aqui, temos uma das definições do que vem a ser organização social de interesse
público, conforme previsão do artigo 2º da Lei 13.019:
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Letra d.
A questão deve ser respondida de acordo com as disposições do artigo 45, I, da Lei 13.019,
de seguinte redação:
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Art. 46. Poderão ser pagas, entre outras despesas, com recursos vinculados à parceria:
I – remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio
da organização da sociedade civil, durante a vigência da parceria, compreendendo as despesas com
pagamentos de impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, férias,
décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais e trabalhistas;
Sendo assim, a alegação do TCU não merece prosperar, haja vista que a Lei 13.019 estabelece
a possibilidade de pagamento da remuneração da equipe encarregada da execução do
plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil, durante
a vigência da parceria, com recursos vinculados à parceria.
Letra b.
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Na situação narrada, a parceria foi proposta pela Administração Pública. Logo, o vínculo
não pode ser formalizado por meio de termo de fomento, haja vista que, neste caso, a
proposta tem origem na entidade.
Também não há possibilidade de celebração por meio de acordo de cooperação, uma vez que
este instrumento apenas pode ser utilizado quando não houver a previsão de transferência
de recursos financeiros.
Na Letra A, o erro está em afirmar que tal instrumento não pode ser utilizado quando houver
contrapartida, algo que, de acordo com as disposições legais, trata-se de uma faculdade
do Poder Público para todos os instrumentos de parceria.
Art. 35, § 1º Não será exigida contrapartida financeira como requisito para celebração de
parceria, facultada a exigência de contrapartida em bens e serviços cuja expressão monetária
será obrigatoriamente identificada no termo de colaboração ou de fomento;
014. (FCC/ASS JUR (ALMS)/ALMS/2016) Uma associação de direito privado, criada por
fundação pública, pretende qualificar-se como organização da sociedade civil de interesse
público. Cumpre salientar que referida associação, sem fins lucrativos, tem por finalidade a
promoção da assistência social. Do mesmo modo, hospital privado não gratuito e que tem
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Nenhuma das duas entidades poderá ser qualificada como OSCIP, haja vista que a Lei 9.790
elenca uma série de entidades que não podem receber a mencionada qualificação.
No caso narrado, estamos diante de uma entidade hospitalar que não é gratuita e de uma
associação de direito privado criada por fundação pública.
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público
ou por fundações públicas;
Letra d.
015. (FCC/JE TJPE/TJ PE/2015) “[...] é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe
delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público
de natureza social” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, 2012: 565).
A definição acima se refere às
a) Serviços sociais autônomos.
b) Organizações não-governamentais.
c) Organizações sociais.
d) Fundações de apoio.
e) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.
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As organizações sociais, assim como acontece com as demais entidades do terceiro setor,
desempenham atividades de interesse coletivo (serviços sociais) que não sejam exclusivos
do Estado.
Na Letra B, o erro está em mencionar que o regime das atividades é apenas o privado.
O mais correto é afirmar que tais atividades são executadas sob um regime híbrido,
preponderantemente privado e com regras de direito público.
Nas demais alternativas, o erro está em vincular as atividades das organizações sociais aos
institutos da autorização, permissão e concessão de serviços públicos.
Letra e.
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c) constituem-se sob formas jurídicas de direito privado, porém caso recebam benefícios
financeiros ou materiais da Administração pública, passam a se submeter ao princípio da
obrigatoriedade de licitação para suas contratações, tal qual as empresas estatais.
d) podem se constituir sob formas jurídicas de direito privado, seja fundação, seja associação
civil, submetendo- se aos instrumentos de controle e fiscalização por parte da Administração
pública, cuja intensidade se amplia diante do regular recebimento de benefícios estatais
e subsídios econômicos.
e) constituem-se, primordialmente, sob a forma de organização social, pessoa jurídica de
direito privado que celebra contrato de gestão com o Estado para dispor sobre os limites
de sua atuação e desempenho de suas atividades, inclusive aquelas de natureza econômica.
a) Errada. Ainda que as entidades do terceiro setor não façam parte da Administração
Pública, estão elas sujeitas à fiscalização e controle de diversos órgãos públicos. Isso ocorre
na medida em que tais entidades recebem recursos públicos como forma de fomento.
b) Errada. Determinadas entidades do terceiro setor podem receber, como forma de
fomento, a cessão de servidores ou de bens públicos.
c) Errada. Ainda que as entidades do terceiro setor recebam recursos públicos, não há
obrigatoriedade de tais entidades observarem as disposições da Lei 8.666, que é a norma
relacionada com licitações públicas. Tais entidades estão sujeitas, em sentido oposto, a um
regime próprio e simplificado de contratação.
d) Certa. As entidades do terceiro setor são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos e que desempenham atividades não exclusivas do Estado. Com a celebração do
vínculo com o Poder Público, passam a receber recursos estatais e, como consequência,
ficam sujeita a um maior controle por parte da Administração Pública.
e) Errada. As organizações sociais não desempenham atividades econômicas, mas sim
atividades de interesse da coletividade e sem fins lucrativos.
Letra d.
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a) Errada. Nos convênios, não temos, ao contrário do que afirmado pela alternativa, a
delegação de serviços públicos.
b) Errada. As OSCIPs devem celebrar termo de parceria, e não contrato de programa.
c) Errada. Como afirmado, o termo de parceria trata-se do instrumento formalizado com
as OSCIPs.
d) Certa. As organizações sociais celebram contrato de gestão com o Poder Público, passando,
a partir de então, a desempenhar atividades não exclusivas do Estado e de interesse da
coletividade.
e) Errada. As fundações públicas não podem ser qualificadas como OSCIPs.
Letra d.
019. (FCC/ATE (SEFAZ PI)/SEFAZ PI/2015) Uma das formas consagradas de parceria entre
governo e sociedade corresponde à atuação das denominadas Organizações Sociais, que
podem ser definidas como
a) entidades da sociedade civil, organizadas sob a forma de associação, que celebram Termo
de Parceria com o setor público para execução de ações de interesse público.
b) entidades que passam a integrar a Administração Indireta, mediante ato de qualificação
vinculado ao cumprimento de indicadores de qualidade.
c) serviços sociais autônomos, voltados à implentação de ações sociais de interesse público,
parcialmente custeadas com contribuições de setores econômicos.
d) entidades paraestatais, sujeitas ao regime jurídico privado e aos princípios aplicáveis à
Administração pública, que recebem recursos públicos mediante convênios.
e) entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem qualificação específica e delegação
do Poder público para desempenhar serviço público não exclusivo.
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Para responder a questão, façamos uso das disposições do artigo 5º da Lei 9.790, de
seguinte redação:
Art. 5º Cumpridos os requisitos dos arts. 3º e 4º desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado
sem fins lucrativos, interessada em obter a qualificação instituída por esta Lei, deverá formular
requerimento escrito ao Ministério da Justiça, instruído com cópias autenticadas dos seguintes
documentos:
I – estatuto registrado em cartório;
II – ata de eleição de sua atual diretoria;
III – balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício;
IV – declaração de isenção do imposto de renda;
V – inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes.
Assim, o requerimento deverá ser feito junto ao Ministério da Justiça, sendo que um dos
documentos exigidos é a declaração de isenção do imposto de renda.
Letra a.
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Letra e.
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I. Certo. Ao passo que as OSCIPs firmam termo de parceria, as organizações sociais celebram
contrato de gestão.
II. Certo. Nas organizações sociais, a participação do Poder Público no Conselho de
Administração é obrigatória. Nas OSCIPs, a participação é facultativa.
III. Certo. A cessão de servidores apenas ocorre com relação às organizações sociais, mas
não encontra previsão legal para as OSCIPs, que fazem uso, em sentido oposto, de outras
formas de fomento.
IV. Certo. Ao passo que a lista de atividades das organizações sociais é taxativa, o campo
de atuação das OSCIPs é elencado, na norma legal, de forma meramente exemplificativa,
podendo a entidade atuar em outras áreas ou atividades.
Letra e.
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As OSCIPs estabelecem vínculo com o Poder Público por meio da celebração de termo
de parceria.
Letra b.
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As OSCIPs podem ser definidas como pessoas jurídicas de direito privado que, após a
celebração de vínculo com o Poder Público (qualificação), passam a atuar em regime de
colaboração com a Administração Pública na execução de serviços não exclusivos do Estado.
Como forma de fomento, podem elas receber recursos orçamentários para o desempenho
de suas atividades.
Letra c.
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O contrato de gestão, também conhecido como acordo programa, pode ser conceituado como
o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administração
direta, com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais,
entidades do terceiro setor.
Quando celebrados com entidades da Administração Pública, temos a contratualização
das mencionadas atividades.
Letra d.
a) Errada. Os contratos de gestão estão sujeitos à fiscalização por parte dos Tribunais
de Contas.
b) Certa. Considerando que as organizações sociais recebem recursos públicos para o
desempenho de suas atividades, ficam elas sujeitas à fiscalização e controle por parte do
Tribunal de Contas.
c) Errada. Como mencionado nas alternativas anteriores, as organizações sociais estão
sujeitas à fiscalização exercida pelos Tribunais e Conselhos de Contas.
d) Errada. A fiscalização ocorre com relação a todas as atividades desempenhadas pelas
organizações sociais.
e) Errada. O vínculo com as organizações sociais é celebrado mediante contrato de gestão.
Além disso, a entidade não pode ter finalidade lucrativa para a qualificação.
Letra b.
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032. (FCC/DP AM/DPE AM/2013) As Organizações Sociais são pessoas jurídicas de direito
privado, qualificadas pelo Poder Executivo, nos termos da Lei Federal no 9.637/98, com
vistas à formação de parceria para execução de atividades de interesse público. NÃO está
entre as características das Organizações Sociais, nos termos da referida lei,
a) a necessidade de aprovação de sua qualificação, por meio de ato vinculado do Ministro
ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu
objeto social e do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.
b) a previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes
do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral.
c) a proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer
hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou
membro da entidade.
d) o desempenho de atividades relacionadas a pelo menos um dos seguintes campos:
ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio
ambiente, cultura e saúde.
e) a atuação com finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus
excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades.
As organizações sociais não firmam termo de parceria, instrumento que é utilizado para
as OSCIPS. Na Letra A, desta forma, temos parte do procedimento a ser observado
para a qualificação de uma OSCIP, e não de uma organização social. Contudo, deve
ser salientado que o ato de qualificação como OSCIP é competência do Ministério da
Justiça, e não do MPOG.
Todas as demais alternativas apresentam características das organizações sociais:
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação; (Letra D)
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros
no desenvolvimento das próprias atividades; (Letra E)
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de direção, um
conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele
composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes
do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral; (Letra B)
e) composição e atribuições da diretoria;
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e) consórcio público, o qual, por ser relacionado à área da saúde, deverá obedecer aos
princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde − SUS.
Se o vínculo mantido é entre o Poder Público e uma organização social, o instrumento utilizado
apenas pode ser o contrato de gestão. Este instrumento, por sua vez, deve contemplar
uma série de informações, tais como a especificação do programa de trabalho proposto, as
metas, os prazos de execução, bem como os critérios objetivos de avaliação de desempenho.
Letra c.
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II. Certo. As sociedades de economia mista são uma das entidades que fazem parte da
Administração Indireta. Tais entidades podem tanto atuar como exploradoras da atividade
econômica quanto como prestadoras de serviços públicos.
I. Errado. A Administração Direta é composta por órgãos públicos. As autarquias, fundações
e empresas públicas são entidades da Administração Indireta.
Letra b.
Todos os itens apresentados pela questão estabelecem finalidades que devem ser atendidas
para a qualificação como OSCIP:
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da
universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
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conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
I – promoção da assistência social;
II – promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das
organizações de que trata esta Lei;
IV – promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das
organizações de que trata esta Lei;
V – promoção da segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável;
VII – promoção do voluntariado;
VIII – promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
IX – experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio produtivos e de sistemas alternativos
de produção, comércio, emprego e crédito;
X – promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita
de interesse suplementar;
XI – promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros
valores universais;
XII – estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de
informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas
neste artigo.
XIII – estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de
tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte;
Letra e.
036. (FCC/PROC (PGE SP)/PGE SP/2012) A prestação de serviços não exclusivos, realizada
de forma a alcançar maior eficiência, mantido o financiamento do Estado, pode se dar por
meio da celebração de
a) contrato de gestão ou termo de parceria com entidades privadas sem fins lucrativos,
sob a forma de organizações sociais ou organizações da sociedade civil de interesse público,
cabendo o estabelecimento de metas de desempenho e critérios de avaliação pela agência
reguladora do setor onde se insere o serviço público prestado.
b) contrato de gestão com organizações sociais, entidades de direito público que recebem
aquela qualificação e, por essa razão, podem se valer da mitigação do regime jurídico de
direito público.
c) contratos de gestão firmados com organizações da sociedade civil de interesse
público, entidades de natureza privada às quais pode ser delegada a prestação de
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Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
Letra e.
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Dentre os instrumentos elencados pela questão, aquele que pode ser celebrado com pessoa
jurídica não estatal e que tem como uma das contrapartidas o aproveitamento de servidores
públicos é o contrato de gestão. Chegamos assim ao gabarito da questão, que é a Letra D.
O consórcio público (Letra a) é um conjunto de entes federativos. Logo, pertence ao Estado.
As concessões administrativa e patrocinada (Letras B e C) implicam no pagamento de
contraprestação pelo Poder Público. Já o termo de parceria é instrumento em que não
poderá ocorrer a utilização (cessão) de servidores públicos.
Letra d.
a) Errada. Ainda que não integrem a Administração Pública, devem as OSCIPs elaborar suas
demonstrações contábeis, possibilitando com isso a fiscalização pelos respectivos órgãos
de contas.
b) Certa. A celebração de termo de parceria não depende de licitação, sendo feita com a
entidade que reunir os requisitos legalmente previstos. Por isso mesmo, a qualificação é
considerada um ato vinculado.
c) Errada. Assim como ocorre com todas as pessoas que recebem recursos públicos, devem
as OSCIPs prestar contas de suas atividades e despesas.
d) Errada. As OSCIPs são, antes de tudo, pessoas jurídicas de direito privado. E, como pessoas
jurídicas, devem se cadastrar no CNPJ.
e) Errada. Diferente do que informado, há sim a possibilidade de remuneração dos
dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva ou para aqueles que prestem
serviços específicos.
Art. 4º Atendido o disposto no art. 3º, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por
estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:
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Noções de Direito Administrativo
Terceiro Setor
Diogo Surdi
Letra b.
Art. 4º Atendido o disposto no art. 3º, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por
estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:
VI – a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade que atuem
efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos,
respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente
a sua área de atuação;
Letra c.
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Terceiro Setor
Diogo Surdi
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a) privadas, sem fins lucrativos, que desempenham serviço não exclusivo do Estado e que
atuam em colaboração com este, recebendo alguma espécie de incentivo do poder público.
b) privadas, que atuam em caráter subsidiário ou complementar à atuação estatal, mediante
permissão ou concessão de serviço público de interesse social.
c) híbridas, constituídas na forma do direito civil, como associações ou fundações, porém
com personalidade de direito público, que desempenham serviço público de forma subsidiada
pelo Estado.
d) de natureza comercial, que atuam mediante delegação do Estado no desempenho de
serviço público essencial.
e) públicas não integrantes da Administração indireta, que prestam serviço público mediante
vínculo de colaboração, na forma de convênio ou contrato de gestão.
As entidades do terceiro setor são pessoas jurídicas de direito privado que não apresentam
finalidade lucrativa. Após celebrarem algum instrumento com o Poder Público, passam a
desempenhar atividades não exclusivas do Estado, recebendo, como contrapartida, alguma
espécie de incentivo.
Letra a.
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica,
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Letra e.
043. (FCC/AJ (TJ MA)/TJ MA/DIREITO/2019) Um ente público que se encontra em grave
situação financeiro- orçamentária está promovendo a reestruturação de suas atividades,
a fim de identificar oportunidades de redução de despesas. A Secretaria de Cultura do ente
administra alguns equipamentos públicos de grande relevância, os quais, embora tenham
bom histórico de visitação, representam parcela significativa do custeio do órgão. Vislumbra,
assim, oportunidade e necessidade de otimizar e dinamizar a gestão desses equipamentos,
o que, de acordo com a legislação em vigor, pode se dar por meio de
a) celebração de contrato de gestão com pessoa jurídica de direito privado qualificada como
organização social, com estabelecimento de metas para prestação e melhoria dos serviços.
b) celebração de convênio com entidades do terceiro setor, estabelecendo remuneração
paga pelo poder público pela prestação dos serviços públicos a serem explorados.
c) formalização de contrato de permissão de serviço público, cabendo à empresa contratada
extrair remuneração exclusivamente da exploração da própria atividade.
d) contratação de prestação de serviços de administração e operação do equipamento
público, com base na Lei no 8.666/93, hipótese expressa de inexigibilidade de licitação.
e) formalização de contrato de gestão com pessoas jurídicas de direito privado para
exploração econômica do equipamento público em regime lucrativo.
a) Certa. O contrato de gestão pode ser celebrado com as organizações sociais, que são
entidades privadas sem fins lucrativos. Após a celebração, as entidades passam a auxiliar
o Poder Público na execução de determinadas atividades, tendo uma série de metas para
prestação e melhoria dos serviços.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas
no art. 1º.
b) Errada. Nos convênios, não há o recebimento de remuneração, uma vez que há reciprocidade
de ambas as partes no objetivo a ser alcançado.
c) Errada. De acordo com o enunciado, a Administração Pública quer, com a medida, “otimizar
e dinamizar a gestão desses equipamentos”. E esta gestão não adentra no conceito de
serviços públicos, não havendo que se falar em delegação por meio de permissão.
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044. (FCC/JE TJAL/TJ AL/2019) De acordo com as disposições da Lei federal no 13.019/2014,
o estabelecimento de parcerias entre o poder público e entidades da sociedade civil sem
fins lucrativos, para a execução de planos de trabalho por estas propostos,
a) se dá mediante termo de fomento, se envolver transferência de recursos públicos, vedada
a celebração de convênio para tal finalidade.
b) não pode envolver, direta ou indiretamente, a transferência de recursos públicos
à entidade.
c) deve ser precedido de procedimento licitatório, na modalidade convite, salvo em se
tratando de entidades de assistência social.
d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar
termo de parceria com a entidade melhor classificada.
a) Certa. Considerando que o plano de trabalho foi proposto pela organização da sociedade
civil, o instrumento que deve ser utilizada para a celebração da parceria é o termo de fomento.
Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
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Art. 24. Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de
fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
Além disso, devem as entidades, para poder celebrar vínculo com o Poder Público, atender
aos demais requisitos legais.
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Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações
da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
e) Errada. A formalização não pode ser realizada diretamente pelo Chefe do Poder Executivo.
Além disso, não há necessidade de autorização legislativa para a celebração dos instrumentos
de parceria legalmente previstos.
Letra a.
a) Certa. Trata-se de uma das diretrizes a serem observadas para que as entidades privadas
sejam qualificadas como organizações sociais.
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Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I – comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes
do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral;
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caminhos
crie
futuros
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