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Nº 6, Julho de 2020

Documento Científico
Departamento Científico e Neonatologia
(2019-2021)

Toxoplasmose congênita

Departamento Científico de Neonatologia


Presidente: Maria Albertina Santiago Rego
Secretária: Lilian Santos Rodrigues Sadeck
Conselho Científico: Alexandre Lopes Miralha, Danielle Cintra Bezerra Brandão,
João Henrique Carvalho Leme de Almeida, Leila Denise Cesário Pereira,
Lícia Maria Oliveira Moreira (Relatora), Marynea Silva do Vale,
Salma Saraty Malveira, Silvana Salgado Nader

As infecções perinatais afetam 0,5% a 2,5% história social, gestacional e perinatal, e exame
de todos os nascimentos e constituem um gran- clínico do RN, além dos exames sorológicos pa-
de problema de saúde pública pela elevada mor- reados, mãe e RN, tornam-se fundamentais para
bimortalidade a elas associadas. Infecções nes- aumentar a acurácia e precisão diagnóstica. A to-
te período não são de fácil diagnóstico, pois na xoplasmose congênita é uma doença infecciosa
gestante cursam oligossintomáticas, muitas ve- que resulta da transferência transplacentária do
zes passando despercebidas. No recém-nascido Toxoplasma gondii para o concepto, decorrente
(RN) a grande maioria é assintomática, com sur- de infecção primária da mãe durante a gestação
gimento tardio de manifestações clínicas ou, até ou próxima à concepção, reativação de infecção
mesmo, de sequelas da evolução da doença. Os prévia em mães imunodeprimidas, ou decorren-
exames sorológicos, disponíveis para o diagnós- te de reinfecção de uma gestante anteriormen-
tico da infecção no período neonatal imediato, te imune com uma nova cepa devido à ingestão
isoladamente, não definem o diagnóstico. de alimentos onde amostras mais virulentas são
predominantes.1,2
A transferência via placenta, de anticorpos
maternos da classe IgG durante a vida fetal, é um A toxoplasmose é uma zoonose de distri-
fator que dificulta a interpretação dos resulta- buição universal, frequente no ser humano,
dos. Assim, a anamnese materna com enfoque na causada pelo T. gondii, um parasita intracelular,

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Toxoplasmose congênita

que foi descrito no inicio do século passado na virulência da cepa do Toxoplasma gondii, da sus-
França. O índice de infecção na população está ceptibilidade genética e da carga parasitária que
relacionado aos hábitos alimentares, hábitos hi- atinge a placenta.4-7,15,16
giênicos, população e contato com gatos e cli-
mas quentes. A prevalência da infecção varia de
região para região sendo mais comum em países
tropicais.1-8 Patogenia

Nos Estados Unidos da América, 15% a 50%


A infecção na gestante ocorre geralmente
das mulheres em idade fértil, têm anticorpos para
por ingestão do parasita, seguida por invasão de
toxoplasmose1,2. Em estudo realizado no Brasil, a
células do trato digestivo, fagocitose leucocitária
soroprevalência para toxoplasmose em gestan-
do parasita, multiplicação intracelular, lise celu-
tes variou de 31,1% em Caxias do Sul a 91,6%
lar e disseminação hematogênica ou linfática. A
em Mato Grosso do Sul. Em pesquisa realizada
infecção da gestante é seguida de placentite e o
em Aracajú observou-se que 68,5% das gestan-
feto pode ser infectado por via transplacentária
tes eram soropositivas para toxoplasmose.3 Em
durante a vida intrauterina, ou mais raramente,
Salvador, estudo realizado no final da década de
intraparto.1,2,11,12
1970, 52% das gestantes eram susceptíveis.3,7-11
Estima-se que nasça 1 a 10 crianças infectadas
pelo T. gondii para cada 10.000 nascidos-vivos
em todo mundo.1-4 Patologia

A necrose tissular é a lesão universal provo-


Risco de Transmissão cada pelo T. gondii. Na infecção congênita pode
ocorrer acometimento sistêmico de pulmões,
coração, ouvidos, rins, músculo estriado, intes-
O risco de transmissão materno-fetal é em tino, suprarrenais, pâncreas, testículos, ovários
torno de 40%, aumentando com o avançar da e, sobretudo olhos e sistema nervoso central.
gestação. Entretanto, o grau de comprometimen- A meningoencefalite evolui com necrose, cal-
to do concepto é maior quando a infecção ocorre cificações e formação de cistos em parênquima
no inicio da gestação1,2 com variações entre as cerebral. A hidrocefalia é causada pelo processo
estimativas de diferentes autores: inflamatório com fenômenos obstrutivos e des-
Primeiro trimestre: 6% a 14% dos concep- truição de tecido cerebral. Nos órgãos acometi-
tos apresentam formas clínicas graves, podendo dos, pode-se encontrar os parasitos, nas formas
evoluir para o óbito fetal ou neonatal, ou nos que de taquizoítos na fase aguda ou cistos na forma
sobrevivem ao período neonatal, para sequelas aguda ou na crônica.1,2,10,11
importantes;

Segundo trimestre: 29% a 40% apresenta-


rão, ao nascimento, manifestações subclínicas; Quadro clínico

Terceiro trimestre: 59% a 72% dos RN apre-


sentam manifestações subclínicas e, mais rara- Cerca de 70% dos RN com infecção congê-
mente, um quadro grave de parasitemia. nita são assintomáticos ao nascimento e, apro-
ximadamente 10% do total de crianças acome-
O risco se aproxima de 100% quando a infec- tidas têm manifestações graves nos primeiros
ção materna ocorre no último mês da gestação, dias de vida, apresentando-se com doença mul-
dependendo do fluxo sanguíneo placentário, da tissistêmica ou com acometimento do sistema

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nervoso, associado ou não à forma ocular. Pode esplenomegalia e pneumonia foram raramen-
ocorrer sobreposição das apresentações clí- te descritas.19,20 Ainda nesta pesquisa, na Fran-
nicas, ao lado de manifestações inespecíficas. ça, as crianças foram seguidas por quatro anos
A doença congênita com manifestação predo- e observou-se que 19% tinham acometimento
minantemente neurológica apresenta-se com ocular e 6% evoluíram com perda de visão. As
coriorretinite, hidrocefalia, meningoencefali- lesões oculares no Brasil são mais graves e mais
te, calcificações cranianas, convulsões anemia, frequentes que na Europa (87% e 29%), respec-
icterícia, febre e menos frequentemente, esple- tivamente. Isto provavelmente decorre pela falta
nomegalia, linfoadenomegalia, hepatomegalia, de tratamento no pré-natal e pelas cepas mais
microcefalia, vômitos, diarreia, catarata, eosino- virulentas aqui encontradas.3,4,10-12,17 O diagnós-
filia, diátese hemorrágica, hipotermia, glaucoma, tico diferencial mais importante é com infecções
atrofia óptica, microftalmia, rash e pneumonia. do grupo ZTORCHS.
Na doença sistêmica, apresentação de menor
Em resumo, a toxoplasmose congênita carac-
frequência, observa-se esplenomegalia (90%),
teriza-se por hidrocefalia, corioretinite, calcifi-
meningoencefalite (84%), icterícia (80%), ane-
cações intracranianas e elevada proteinorraquia,
mia (77%), febre (77%), hepatomegalia (77%),
bioquímico ao exame do líquor.1-4,10,11
linfoadenomegalia (68%), coriorretinite (66%),
vômitos, pneumonia (41%), diarreia, rash, hipo-
termia, eosinofilia, discrasia sanguínea (18%) e
calcificações intracranianas (4%). Diagnóstico

A doença sistêmica pode eventualmente


estar associada à miocardite e ou a hidropisia 1. Laboratório: específicos
fetal.2 A forma subclínica é a mais comum, com • Isolamento direto do parasito, não realizado
história materna de soroconversão, sorologia de rotina;
positiva no RN, alterações discretas do líquor e • Teste de Aglutinação ISAGA (Immunosorbent
posteriormente, com o surgimento de sequelas Agglutination Assay), considerado exame
oculares e neurológicas.2,4 As sequelas neuroló- padrão-ouro;
gicas mais encontradas são hidrocefalia, micro- • ELISA IgM por captura;
cefalia, retardo psicomotor, convulsões, hiperto-
• Imunofluorescência indireta (IFI) ou ELISA
nia muscular, hiperreflexia tendinosa, paralisias,
IgG, seriada do binômio;
surdez. Quanto às complicações oftalmológicas
• IgA sérica;
pode-se observar microftalmia, sinéquia de
globo ocular, estrabismo, nistagmus e cata- • Teste de avidez IgG;
rata.1-5,11 • PCR (Reação em Cadeia de Polimerase);
• Reação de Sabin Feldman.
O grupo SYROCOT (Systematic Review in Con-
genital Toxoplasmosis) observou que 13% das
crianças infectadas na Europa e 53% no Brasil 2. Bioimagem
e Colômbia desenvolveram lesões neurológicas • Raio-X de crânio;
diagnosticadas durante o primeiro ano de vida.4 • Ultrassonografia de crânio;
O registro de doença ocular ou calcificações in-
• Tomografia Computadorizada de crânio
tracranianas no primeiro ano de vida, em estu-
(devido à irradiação, deve-se avaliar riscos e
do mais recente realizado na Europa, foi mais
benefícios);
baixo que em estudos anteriores com 14% e
• Ressonância Magnética de crânio;
9% respectivamente, em decorrência de diag-
nóstico e tratamento mais efetivo na gestante. • Raio-X de tórax;
Outras manifestações graves como hidrocefalia, • Ecocardiograma.

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Toxoplasmose congênita

3. Outros um a dois meses e persistem por toda vida. A


• Estudo anatomopatológico da placenta; dosagem pareada, mãe e RN, ao nascimento, e
novas dosagens seriadas, juntamente aos ou-
• Estudo do Líquor (citologia, bioquímica e
tros exames, clínico e laboratoriais, definem se
imunologia);
a presença dessa classe de anticorpos e deve-
• Oftalmoscopia;
-se somente à transferência transplacentária ou
• Audiometria com emissões otoacústicas também à produção pelo feto, consequente à in-
(EOA) e potencial evocado auditivo de tron- fecção.
co encefálico (PEATE);
O diagnóstico laboratorial no RN deve ser
• Hemograma, perfil hepático, perfil renal;
feito com a aglutinação (ISAGA), exame que
• Eletroencefalograma (quando há sinais ou
apresenta sensibilidade de 75% a 80%, o que
suspeita de convulsão).
gera um percentual de 15% a 30% de RN sem
A resposta humoral se comporta conforme confirmação diagnóstica. De qualquer for-
o surgimento das imunoglobulinas e deverá ser ma, é mais sensível e específico que ELISA IgM
avaliada de acordo com os resultados dos testes (sensibilidade de 29,3%) e IFI IgM. Se não hou-
laboratoriais. ver disponibilidade em realizar a Aglutina-
ção, deve-se solicitar ELISA IgM por captura -
Anticorpos IgM - detectados com duas sema-
mais sensível que o IgM simples, e o ELISA IgG
nas, apresentam pico em torno de um mês após
quantitativo, do binômio; ou ainda, IFI com IgG
a infecção, com subsequente declínio, tornan-
seriada.1,3,4,18-22
do-se indetectáveis em seis a nove meses. Essa
classe de anticorpos não atravessa a placenta, A Reação em Cadeia de Polimerase (PCR),
tornando-se presentes na circulação sanguínea apesar de ainda não estar disponível em todos
fetal em resposta à infecção congênita. A soro- os serviços, tem sido utilizado para exame de lí-
logia realizada ao nascimento pode apresentar quido amniótico e líquor e/ou sangue do RN. Em
resultado negativo, mesmo em presença de in- infecções, do início precoce ou da fase final da
fecção fetal, dependendo da sensibilidade do gestação, o IgM no RN pode ser negativo, estan-
teste sorológico. Pode, ao contrário, apresentar- do indicado o PCR, para confirmar o diagnóstico
-se positiva, na ausência de infecção fetal, de- por meio do encontro de partículas do DNA do
vido à contaminação com sangue materno, de- parasita.3,4,15,17-19
mandando, para esclarecimento diagnóstico,
repetição do teste para avaliação de IgM, IgE
e IgA;1
Conduta com RN de mãe com
Anticorpos IgA - detectada no início da in- diagnóstico de toxoplasmose
fecção, cai rapidamente, até em torno de sete na gestação de acordo com
meses. Pode ter maior sensibilidade para o RN a definição de caso
que o IgM;

Anticorpos IgE - sobe e desce rapidamente


A conduta frente ao RN depende da confir-
mação de caso de infecção materna na gestação.
em menos de quatro meses;
Segundo o Ministério da Saúde23 deve-se seguir
Anticorpos IgG - detectados com uma a duas as seguintes definições de casos de infecção
semanas após a infecção, apresentam pico em apresentadas no quadro 1.

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Quadro 1. Definições de casos de infecção pelo Toxoplasma gondii em gestantes

Comprovada
Soroconversão gestacional
Detecção do DNA do Toxoplasma gondii em líquido amniótico pela PCR

Provável
IgG+, IgM+, avidez baixa (colhido em qualquer idade gestacional)
Aumento progressivo nos títulos de IgG e/ou IgM
IgM+ e história clínica sugestiva de toxoplasmose aguda gestacional

Possível
IgG+, IgM+, avidez alta ou indeterminada (colhido após 12 semanas de gestação)
IgG+, IgM+, em amostra única colhida em qualquer idade gestacional, sem realização de
índice de avidez

Improvável
IgG+, IgM+ ou -, índice de avidez alto (colhido antes de 12 semanas de gestação)

Ausente
IgG- e IgM- durante toda a gestação
IgG+ antes da concepção
IgM+ sem aparecimento de IgG

Fonte: Atenção à Saúde do Recém-Nascido, Ministério da Saúde, 201123

FLUXOGRAMA. RN assintomático, mãe com infecção pelo Toxoplasma gondii

RN assintomático

Realizar exames:
anatomopatológico da placenta, ELISA IgM por captura,
IgG do binômio, UST, fundoscopia, hemograma

Exames alterados:
estudo do líquor, função hepática e renal, Resultados normais
audiometria, TC de crânio

Criança Infectada: Criança não infectada:


tratamento por um ano queda progressiva dos títulos de IgG

Em RN sintomáticos deve-se solicitar o estudo anátomo-patológico da placenta,


ELISA IgM por captura, IgG do binômio, fundoscopia ocular, hemograma,
estudo do líquor, audiometria, função hepática e renal e TC de crânio.

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Toxoplasmose congênita

Atovaquona, uma nova droga com atuação te-


Tratamento
rapêutica na forma cística e provável impacto no
acometimento do sistema nervoso, está em fase
RN sintomáticos e/ou assintomáticos com final de estudo.2,4,13
exames laboratoriais confirmatórios de infec-
ção pelo Toxoplasma gondii devem ser tratados
preferencialmente a partir da primeira semana
Prognóstico
de vida.

Sulfadiazina - 100mg/kg/dia via oral (VO) de


Embora a maioria das crianças infectadas
12/12horas.
seja assintomática ao nascer, se não tratadas
Pirimetamina - 2mg/kg/dia, VO por dois dias, adequadamente, desenvolvem sequelas na in-
cada 12 horas e posteriormente fância ou na vida adulta. Em pacientes oligos-
- 1mg/kg/dia, dose única diária. sintomáticos os benefícios do tratamento estão
mais relacionados à surdez que às manifesta-
Acido folínico - para combater a ação antifólica
ções oculares. Os déficits de aprendizagem es-
da pirimetamina, com supressão
tão mais descritos em crianças com microcefalia
medular, preconiza-se 5 a 10mg,
do que na presença de calcificações.13,14 Em es-
três vezes na semana. Manter por
tudo colaborativo em Chicago o déficit visual em
uma semana após a retirada da
cinco anos de seguimento, ocorreu em 85% das
pirimetamina.
crianças infectadas.13 Novas lesões de coriorreti-
A sulfadiazina e a pirimetamina associadas nite após tratamento têm sido descritas em 24 a
ao ácido folínico são usados por seis meses sob 29% das crianças tratadas.12,13
monitoração hematológica semanal no primeiro
Cerca de 80% das crianças tratadas têm fun-
mês e posteriormente a cada 30 dias.
ção motora normal e 73% têm QI maior que 70
No segundo período, nos últimos seis meses, aos quatro anos, comparadas a mais de 80% das
a sulfadiazina é usada diariamente e a pirimeta- crianças não tratadas que têm QI abaixo de 70.
mina em dias alternados, três vezes na semana.
Estudo com 105 pacientes, seguidos por qua-
Se ocorrer neutropenia aumenta-se o ácido folí-
tro anos e classificados em três grupos, a saber:
nico para 10mg diariamente e em situações gra-
doença neurológica, doença generalizada e do-
ves, com leucócitos menor que 500/mm3, inter-
ença subclínica, demonstrou a seguintes taxas
rompe-se temporariamente a pirimetamina.1-4,21
de normalidade: 9%, 16% e 50% respectiva-
Quando há comprometimento do SNC (pro- mente.2 Outro estudo brasileiro, realizado com
teína > 1g/dl) e/ou ocular, associa-se ao tra- crianças com toxoplasmose congênita entre um
tamento a prednisona: 0,5mg/kg/dose a cada a três meses de vida, na Universidade Federal de
12 horas, via oral, até redução do processo in- Minas Gerais, observou-se que 27% (n=10 pa-
flamatório, em olhos e sistema nervoso central, cientes) tinham alguma alteração auditiva unila-
geralmente por quatro semanas.1,2,4,5 teral, taxa essa cinco vezes superior àquelas de
mesma idade sem infecção.22
Crianças com HIV e infecção congênita por
toxoplasmose, ao término do primeiro ano de
tratamento, deve-se fazer uso profilático de
Seguimento
pirimetamina, sulfadiazina e acido folínico por
tempo indeterminado, de acordo com monito-
ramento.4,10,13,14 Após resolução da encefalite Exames laboratoriais:
os anticonvulsivantes podem ser descontinua- • Hemograma com contagem de plaquetas e
dos.13 tempo de protrombina - TP: 72 horas, pri-

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meira e segunda semana de tratamento, • Lavar faca e utensílios de cozinha após o


juntamente com testes de função hepática e uso;
renal. - Evitar beber água não filtrada ou fervida;
• Hemograma: manter acompanhamento se- - Evitar contato com fezes de gato;
manal no primeiro mês, e posteriormente - Evitar mexer em areia e jardins.
controle mensal.

O paciente deverá ter acompanhamento Triagem neonatal para a infecção


multiprofissional, sobretudo durante o trata-
Investigar recém-nascidos de mães soroposi-
mento no primeiro ano de vida, com o pediatra
tivas para HIV pelo risco aumentado de comor-
coordenando todo o processo, e seguido tam-
bidades
bém por:

Infectologista pediatra - mensalmente até seis Programas de triagem pré-natal têm reduzido
meses e posteriormente a cada dois meses até a toxoplasmose em países de prevalência
completar um ano; elevada como França e Áustria, cujos índices
reduziram de 84% para 44% e de 50% para
Oftalmologista - a cada três meses no primei- 35% respectivamente.13-15 No Brasil a triagem
ro ano e posteriormente semestrais até os seis pré-natal é feita em alguns estados de modo
anos; mais organizado. Em um país com diferenças
culturais, sóciodemográficas e econômicas, estas
Neuropediatra - a cada três meses no primeiro ações nem sempre conseguem ser uniformes. Há
ano e a cada seis meses até os seis anos; regiões de alta prevalência com soroprevalência
igual ou superior a 40% em mulheres de idade
Neurocirurgião - conforme quadro clínico; fértil e regiões com taxas bem reduzidas.3,6,7,12
Em Londrina foi criado o “Programa de Vigilância
Fonoaudiólogo - avaliação a cada três meses;
da Toxoplasmose Adquirida na Gestação e
Congênita” em 2006 e, após quatro anos, já se
Fisioterapeuta - acompanhamento desde o diag-
observou redução de pacientes infectados, de
nóstico, para estimulação motora.
63% no número de gestantes e 42% no número
de crianças.6

A triagem neonatal para toxoplasmose é re-


Abordagem para a prevenção
alizada no Reino Unido, França, Dinamarca, Esta-
da toxoplasmose congênita
dos Unidos e mais recentemente no Brasil.4,21,24.
A pesquisa de anticorpos IgM na triagem neona-
Avaliação sorológica pré- gestacional tal, isoladamente, não parece ser, a melhor es-
• Triagem sorológica no primeiro trimestre e tratégia. Entretanto, quando é complementar à
mensal nas gestantes susceptíveis; investigação materna na gestação, torna-se uma
• Tratar gestantes infectadas. ferramenta importante na redução da infecção
do concepto.1,4
Educação higiênica dietético à gestante
• Lavar cuidadosamente frutas e verduras
antes do consumo; Objetivo do tratamento
• Não ingerir qualquer carne crua ou mal
das gestantes
passada;
• Higienizar muito bem as mãos após manipu- • Diminuir a incidência e a gravidade da infecção
lar alimentos; fetal

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Toxoplasmose congênita

Como tratar a gestante

Tempo de infecção Medicamento Duração

Até o final da gestação se o


Primeiras 18 semanas Espiramicina
concepto não infectado

Fim do segundo trimestre ou no Sulfadiazina


terceiro trimestre com infecção fetal Pirimetamina Até o final da gestação
confirmada ou altamente suspeita Ácido folínico

Adaptado de3,14

• O uso da Espiramicina reduz em 60% a infec- ção da incidência da infecção congênita.4,5,15,19-21


ção fetal, seu sucesso está relacionado ao tra- A Notificação Compulsória da toxoplasmose agu-
tamento precoce da infecção materna.6,15 da gestacional e congênita, por meio da Porta-
• Gestantes soropositivas para T. gondii e ria 2.472 de 30 de agosto de 2010, torna-se um
HIV com contagem de CD4 menor que 200 cé- instrumento importante para a implantação de
lulas/mm3 devem receber, diariamente, sulfa- Programa Nacional de Prevenção e Controle da
metoxazol e trimetropim.9 Toxoplasmose, infecção tão danosa ao concep-
to.1,6,11 Fundamental que a gestante faça o núme-
Nos países com medidas de prevenção efeti- ro adequado das consultas pré-natais com o obs-
vas, tem ocorrido impacto importante na redu- tetra e uma consulta pré-natal com o pediatra.

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Toxoplasmose congênita

Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: MEMBROS: Dirceu Solé (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Henrique Mochida Takase (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Dirceu Solé (SP)
1º VICE-PRESIDENTE: João Carlos Batista Santana (RS) EDITORES ASSOCIADOS: Evelyn Eisenstein (RJ)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Luciana Cordeiro Souza (PE) Danilo Blank (RS) Daniel Becker (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Edson Ferreira Liberal (RJ) Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA:
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) COORDENAÇÃO:
SECRETÁRIO GERAL: Vera Hermina Kalika Koch (SP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Sidnei Ferreira (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) Fábio Ejzenbaum (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Tulio Konstantyner (SP) MEMBROS:
1º SECRETÁRIO: Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudia Bezerra de Almeida (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Dirceu Solé (SP)
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Luciana Rodrigues Silva (BA) Galton Carvalho Vasconcelos (MG)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ricardo do Rego Barros (RJ) Julia Dutra Rossetto (RJ)
Fábio Ancona Lopez (SP)
3º SECRETÁRIO: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Luisa Moreira Hopker (PR)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Rosa Maria Graziano (SP)
DIRETORIA FINANCEIRA: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Celia Regina Nakanami (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
MEMBROS: Cláudio Leone (SP) SAÚDE MENTAL
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Gilberto Pascolat (PR) COORDENAÇÃO:
Cláudio Hoineff (RJ) Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Roberto Santoro P. de Carvalho Almeida (RJ)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Rosana Fiorini Puccini (SP) MEMBROS:
Hans Walter Ferreira Greve (BA) João Cândido de Souza Borges (CE) Daniele Wanderley (BA)
Anenisia Coelho de Andrade (PI) MEMBROS: Vera Lucia Afonso Ferrari (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Rosana Alves (ES)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Isabel Rey Madeira (RJ) Rossano Cabral Lima (RJ)
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA) Gabriela Judith Crenzel (RJ)
COORDENADORES REGIONAIS Jocileide Sales Campos (CE) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Cecy Dunshee de Abranches (RJ)
NORTE: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE) Adriana Rocha Brito (RJ)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS
Adelma Alves de Figueiredo (RR) MUSEU DA PEDIATRIA
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) EM PEDIATRIA COORDENAÇÃO:
NORDESTE: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) MEMBROS:
Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Mario Santoro Junior (SP)
SUDESTE: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) CIENTÍFICOS Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) REDE DA PEDIATRIA
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) COORDENAÇÃO:
SUL: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) COORDENAÇÃO: Rubem Couto (MT)
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) MEMBROS:
CENTRO-OESTE: MEMBROS:
Regina Maria Santos Marques (GO) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Jefferson Pedro Piva (RS) Ana Isabel Coelho Montero
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Paulo César Guimarães (RJ) Sérgio Luís Amantéa (RS) SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Cléa Rodrigues Leone (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
TITULARES: Ana Carolina de Carvalho Ruela Pires
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Aurimery Gomes Chermont (PA)
Gilberto Pascolat (PR) NEONATAL Luciano Amedée Péret Filho (MG) SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Elena Marta Amaral dos Santos
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Ruth Guinsburg (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Rosenilda Rosete de Barros
Valmin Ramos da Silva (ES) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA:
SUPLENTES: Kátia Laureano dos Santos (PB) Dolores Fernandez Fernandez
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Adelma Figueiredo (RR)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA André Luis Santos Carmo (PR) SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA:
Tânia Denise Resener (RS) Anamaria Cavalcante e Silva
João Coriolano Rego Barros (SP) Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Marynea Silva do Vale (MA)
Marisa Lopes Miranda (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Joaquim João Caetano Menezes (SP) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) GRUPOS DE TRABALHO Dennis Alexander Rabelo Burns
CONSELHO FISCAL Virgínia Weffort (MG) DROGAS E VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
TITULARES: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS COORDENAÇÃO: Roberta Paranhos Fragoso
Núbia Mendonça (SE) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) João Paulo Becker Lotufo (SP) SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
Nelson Grisard (SC) Normeide Pedreira dos Santos (BA) MEMBROS: Marise Helena Cardoso Tófoli
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Marcia de Freitas (SP) Evelyn Eisenstein (RJ) SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SUPLENTES: PORTAL SBP Alberto Araujo (RJ) DO MARANHÃO: Marynea Silva do Vale
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
João de Melo Régis Filho (PE) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA Adelma Alves de Figueiredo (RR) Marisa Lages Ribeiro
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) À DISTÂNCIA Nivaldo Sereno de Noronha Júnior (RN) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Luciana Rodrigues Silva (BA) Suzana Maria Ramos Costa (PE) DO SUL: Carmen Lucia de Almeida Santos
PÚBLICAS: Edson Ferreira Liberal (RJ) Iolanda Novadski (PR)
Beatriz Bagatin Bermudez (PR) SOCIEDADE MATOGROSEENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Mohamed Kassen Omais
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Carlos Eduardo Reis da Silva (MG) SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
MEMBROS: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo César Pinho Ribeiro (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Milane Cristina De Araújo Miranda (MA) SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Ana Marcia Guimarães Alves (GO) Leonardo Cabral Cavalcante
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Camila dos Santos Salomão (AP)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Joel Alves Lamounier (MG) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES DOENÇAS RARAS Katia Galeão Brandt
Evelyn Eisenstein (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Salmo Raskin (PR) Anenisia Coelho de Andrade
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
João Coriolano Rego Barros (SP) Joel Alves Lamounier (MG) MEMBROS: SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
Alexandre Lopes Miralha (AM) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Kerstin Taniguchi Abagge
Virgínia Weffort (MG) Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) Ana Maria Martins (SP)
Claudio Cordovil (RJ) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO
Themis Reverbel da Silveira (RS) Flávio Diniz Capanema (MG) DO RIO DE JANEIRO: Katia Telles Nogueira
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Lavinia Schuler Faccini (RS)
EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO COORDENAÇÃO: ATIVIDADE FÍSICA
COORDENAÇÃO: DO NORTE: Katia Correia Lima
PROFISSIONAL Renato Procianoy (RS) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
MEMBROS: Luciana Rodrigues Silva (BA) José Roberto Vasques de Miranda
Edson Ferreira Liberal (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
MEMBROS: SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Adelma Alves de Figueiredo
José Hugo de Lins Pessoa (SP) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Patrícia Guedes de Souza (BA) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL:
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Sérgio Luis Amantea
Mauro Batista de Morais (SP) Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) Alex Pinheiro Gordia (BA) SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Isabel Guimarães (BA)
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Dirceu Solé (SP) Rosamaria Medeiros e Silva
Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Jorge Mota (Portugal)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Dirceu Solé (SP) Ana Jovina Barreto Bispo
ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) EDITORES CIENTÍFICOS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
Clémax Couto Sant’Anna (RJ) METODOLOGIA CIENTÍFICA
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO: Sulim Abramovici
Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
MEMBROS: EDITORA ADJUNTA: Elaine Carneiro Lobo
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) MEMBROS:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Clovis Francisco Constantino (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Sidnei Ferreira (RJ) Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) PEDIATRIA E HUMANIDADE
COORDENAÇÃO: Cláudio Barsanti (SP)
Flavia Nardes dos Santos (RJ) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ) Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ) PRESIDENTE:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dilza Teresinha Ambros Ribeiro (AC)
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Mario Santoro Júnior (SP)
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) VICE-PRESIDENTE:
PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
COORDENAÇÃO: CONSULTORIA EDITORIAL: CRIANÇA, ADOLESCENTE E NATUREZA
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) COORDENAÇÃO: SECRETÁRIO GERAL:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Laís Fleury (RJ) Jefferson Pedro Piva (RS)

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