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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL


CURSO DE AGRONOMIA
Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

AMOSTRAGEM E ANÁLISE DE SEMENTES


Linha do tempo...

MF

C
R
S

B
TS
E
S
EM
ANÁLISE DE SEMENTES

Procedimentos técnicos utilizados para avaliar a qualidade(conjunto de atributos) e a


identidade da amostra representativa de um lote de sementes.

FINALIDADE:
- avaliar o potencial de um lote de sementes;
- determinar o valor de lotes para a semeadura;
- fornecer dados para etiquetar a embalagem;
- servir de base para a fiscalização do comercio e normatização da produção;
- servir de base para compra, venda, beneficiamento, armazenamento, distribuição e descarte
de sementes;
- identificar problemas de qualidade e suas causas;
- aferir a tecnologia empregada ao longo do processo produtivo.
Regras de Análises de Sementes (RAS)

Apresentam instrução para realização dos testes para avaliar a qualidade das sementes.

Objetivo – padronização dos procedimentos/metodologias, visando permitir a comparação


dos resultados dos testes entre diferentes LAS e analistas, dentro de determinados limites de
tolerância.
http://antigo.agricultura.gov.br/assuntos/laboratorios/arquivos-publicacoes-
laboratorio/glossario_ilustrado_morfologia-23.pdf/view 410 p.
https://www.abrates.org.br/files/manual-de-analise-sanitaria-de-sementes.pdf 202 p.
LABORATÓRIO DE
ANÁLISE DE SEMENTES
(LAS)
Exigências para instalar e credenciar um
Laboratório de análise de sementes

IN: 57, 2013 - Credenciamento de Laboratórios de Análises


de Sementes

Sistema de gestão da qualidade para laboratórios


ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017
TIPOS DE ANÁLISES...

• Pureza (atributos físicos e genéticos);


• Germinação (atributos fisiológicos);
• Vigor (atributos fisiológicos);
• Tetrazólio (atributos fisiológicos);
• Patologia (atributos sanitários);
• Peso de mil sementes (massa);
• Peso do hectolitro (massa).
Amostragem

“Obter uma amostra de tamanho adequado para os testes,


na qual estejam presentes os mesmos componentes do
lote de sementes e em proporções semelhantes”.
Amostragem
Sementes de soja PMS 150g

Peso Nº de sementes
1g 6,67
1kg 6.670
1 ton 6.670.000
Lote 30 ton 200.100.000

TESTE DE GERMINAÇÃO: 400 sementes


CONCEITOS...
Lote: Quantidade definida, identificada e homogênea de sementes com atributos físicos e
fisiológicos semelhantes.

Amostra simples: é cada porção de sementes obtida através da retirada de pequenas


quantidades do lote original.

Amostra composta: formada pela mistura de todas amostras simples retiradas do lote.

Amostra média ou submetida: amostra recebida pelo LAS, deve ter o peso mínimo
especificado nas RAS para espécie em questão.

Amostra de trabalho: é a amostra obtida no LAS, por homogeneização e redução da


amostra média até o peso requerido para as análises (RAS).

Amostra de arquivo: é a amostra armazenada no laboratório para eventual reanálise ou


elucidação de dúvidas.
1)Amostra simples: São amostras de várias embalagens de
um lote;

2) Amostra composta: Contém a mistura das amostras


simples;
3) Amostra Média: Amostra homogênea, da amostra
composta, entregue para análise.

4) Amostra de Trabalho: Amostra, ou subamostra, para,


de fato realizar a análise.

Amostragem em sementes de
soja
Lote de 30.000 kg
Amostra média/submetida:1.000g
Análise de pureza: 500g
Germinação: +- 50g
Quem realiza a amostragem?

• Amostrador credenciado no RENASEM;

• Responsável técnico;

• Fiscal Federal Agropecuário, certificação e fiscalização


oficial MAPA.
Informações necessárias na amostra:
• I - nome e endereço do produtor;
• II - número de inscrição no RENASEM;
• III - espécie, cultivar, categoria e safra;
• IV - número do lote;
• V - representatividade do lote;
• VI - determinações solicitadas;
• VII - nome e número do RENASEM do amostrador;
• VIII - indicação do tratamento, se for o caso;
• IX - data da coleta, identificação e assinatura do responsável pela
amostragem.
Instrumentos de Amostragem:
• calador ou amostrador do tipo duplo;
• Icalador ou amostrador do tipo simples ou
amostrador Nobbe;
• III - por meio da amostragem manual.

simples duplo
A intensidade de amostragem:

Lotes acondicionados em até 100 kg


Nº recipientes do lote Nº mínimo de amostras simples
1–4 3 amostras simples de cada recipiente
5–8 2 amostras simples de cada recipiente
9 – 15 1 amostra simples de cada recipiente
16 – 30 15 amostras simples no total
31 – 59 20 amostras simples no total
60 ou mais 30 amostras simples no total
A intensidade de amostragem:

Lotes acondicionados com mais de 100 kg


Tamanho do lote (kg) Nº mínimo de amostras simples
Até 500 Pelo menos 5 amostras simples
501- 3000 Uma amostra simples a cada 300 kg, porém
não menos que 5 amostras simples.
3001-20.000 Uma amostra simples a cada 500 kg, porém
não menos que 10 amostras simples.
Acima de 20.000 Uma amostra simples a cada 700 kg, porém
não menos que 40 amostras simples.
 Selecionar os recipientes ao acaso, retirar amostras das partes
superior, média e inferior dos mesmos;

 Coletar em mais de uma posição do recipiente, se especificado


nas tabelas de intensidade de amostragem;

 Na amostragem de sementes a granel ou em embalagem de


tamanho diferenciado, as amostras simples devem ser retiradas
em posições e profundidades aleatórias.

Qual amostra irá para


o Laboratório?
Recepção das amostras...

=>Protocolo (informações);

=>Preparo;
=>Homogeneizar;
=>Divisão;
ANÁLISE DE
PUREZA
“Determinar a composição percentual por
peso e a identidade das diferentes espécies
de sementes e do material inerte da amostra
e por inferência a do lote de sementes”
(RAS, 2009; p.93-131).
“Determinar a qualidade física das sementes”.
PUREZA: Análise Reduzida:
 SOJA (1.000 g)
 Análise de Pureza (500 g):
1) Sementes puras (%);
2) Outras sementes (%), número por espécie;
3) Material inerte (%), natureza.

DETERMINAÇÃO DE NOCIVAS (500 g)


 Número de sementes de espécies nocivas
PUREZA: Análise Reduzida:

 TRIGO e AVEIA BRANCA (1.000g)


 Análise de Pureza em 120 g:
1) Sementes puras (%);
2) Outras sementes (%);
 Material inerte (%).
DETERMINAÇÃO DE NOCIVAS (880 g)
 Número de sementes de espécies nocivas
PUREZA: Análise completa
Aveia Preta (500 g)
=>Análise de Pureza (50 g)
Sementes puras (%);
 Outras sementes (%), número por espécie;
 Material inerte (%), natureza.
=>Determinação de outras semente (450 g)
 Número de sementes de espécies cultivadas, silvestres e
nocivas toleradas e proibidas
PUREZA
Separação em três
porções:

Sementes puras

Outras
Sementes.

Material Inerte
PUREZA

 Sementes Puras (%)

Outras Sementes (%)

Material Inerte (%)


PUREZA: Registro de dados
 Sementes puras (%);
 Outras sementes (%);
 Material inerte (%);
 Número de sementes de espécies cultivadas;
 Número de sementes de espécies silvestres;
 Número de sementes de espécies nocivas toleradas;
 Número de sementes de espécies nocivas proibidas;
ESPÉCIES NOCIVAS
TOLERADAS E PROIBIDAS

INSTRUÇÃO NORMATIVA 46/ 24/9/2013,


espécies de sementes nocivas toleradas e proibidas
na produção, a partir da safra 2013/2014.
TESTE DE
GERMINAÇÃO
TESTE
DE
SANIDADE

“Determinar o estado sanitário de uma amostra de


sementes e a qualidade do lote que representa”.
SANIDADE
São preparadas as amostras em
caixas Gerbox com papel filtro
umedecido. São colocadas 400
sementes incubadas por 7 dias a
20-23°C com fotoperíodo de 12
horas luz / 12 h escuro.
Aspergillus flavus

SANIDADE

Phomopsis spp.

Rizopus sp.
SANIDADE

Aspergillus niger

Aspergillus flavus

Aspergillus niger e flavus em sementes


de Abóbora (Curcubita sp.).
SANIDADE

Aspergillus niger Aspergillus flavus

Aspergillus niger e flavus em sementes


de Abóbora (Curcubita sp.).
Aspergillus niger SANIDADE
Aspergillus flavus

Aspergillus niger e flavus em sementes


de cebola (Allium cepa)
Alternaria dauci

SANIDADE

Alternaria dauci em sementes de


Coentro (Coriandrum sativum).
SANIDADE
Fusarium sp. em
sementes de Feijão
(Phaseolus vulgaris).
Fusarium sp.
TESTE
DE
TETRAZÓLIO

“Determinar rapidamente a viabilidade das


sementes”.
TETRAZÓLIO EM SOJA
1ª Etapa: Condicionar as sementes em papel Germitest
úmido por 15 a 18 horas, temperatura ambiente.

2ª Etapa: Colocar 50 sementes de


soja por copinho descartável com quatro
repetições, 200 sementes; ou quatro de
100, somando 400 semente (RAS 2009).

3ª Etapa: Colocar
tetrazólio diluído em
0,075%.
TETRAZÓLIO EM SOJA

4ª Etapa: Cortar as sementes de


soja para realizar a leitura.
TETRAZÓLIO EM SEMENTES DE
SOJA NORMAL

Germinação de uma
semente normal.

Semente normal de
soja com tetrazólio.
TETRAZÓLIO EM SEMENTES DE
SOJA COM DANO DE UMIDADE

Germinação de uma
semente de soja com
dano de umidade

Semente de soja com dano de


umidade.
TETRAZÓLIO EM SEMENTES DE
SOJA COM DANO MECÂNICO

Germinação de uma
semente de soja com
dano mecânico.

Dano mecânico em
semente de soja.
TETRAZÓLIO EM SEMENTES DE
SOJA COM DANO DE PERCEVEJO

Germinação de uma
semente de soja com
dano de percevejo.

Dano de percevejo
em soja.
TETRAZÓLIO EM SEMENTES DE
TRIGO
Sementes de trigo cortadas
ao meio para visualizar o
embrião.
Embrião Embrião
Embrião vivo deformado
morto

Sementes mortas Sementes normais Sementes anormais

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