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Projeto Lagoa Polimento Efluente Sanitario CAM
Projeto Lagoa Polimento Efluente Sanitario CAM
2. Objetivos
O presente projeto tem por objeto geral e especifico os seguintes aspectos:
3. Justificativa
O projeto de reuso dos efluentes sanitários do CAM tem como justificativa apresentar
aos alunos do Colégio e comunidade rural da fronteira oeste do RS a viabilidade do
sistema combinado para tratamento do efluente sanitário rural com fossa séptica e
lagoa de polimento com plantas aquáticas e a utilização deste resíduo líquido na
fertilização do solo em pomar com citros.
4. Revisão Bibliográfica
No Brasil, o reuso do efluente sanitário rural tem sido incentivado como forma de
minimizar a escassez de água potável e a degradação de mananciais causada pelo
despejo direto de esgotos e resíduos nos corpos hídricos superficiais e subterrâneos.
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Nas propriedades rurais o sistema de tratamento dos efluentes sanitários consiste
comumente na associação fossa-poço negro ou sumidouro o que aumenta os riscos de
proliferação de doenças e parasitas por meio da contaminação das águas
subterrâneas.
A irrigação e lavagem de verduras, hortaliças e frutas com água de mananciais
contaminados com esgotos domésticos e o uso direto no solo de resíduos, como a
cama-de-frango e resíduos de suínos e bovinos, são fontes de contaminação do
produto agrícola e das águas subterrâneas.
Para o correto reaproveitamento das águas residuárias na agricultura é necessário
realizar um tratamento eficaz que reduza os poluentes antes do seu uso nas culturas.
O pré-tratamento dos efluentes sanitários e das criações na área rural consiste na
retirada de materiais grosseiros, como papéis, plásticos, absorventes, no caso do
esgoto doméstico, por meio da passagem do esgoto por grades de ferro, espaçadas de
20 a 100 milímetros e com espessura do ferro de 6 a 13 mm. Dejetos animais, restos
de ração e pelos podem ser retirados em caixas de sedimentação.
O tratamento primário de esgotos e dejetos objetiva a remoção de sólidos e matéria
orgânica, de modo a reduzir os valores de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e
DQO (Demanda Química de Oxigênio). A DBO representa a quantidade de oxigênio
necessária para estabilizar a matéria orgânica biodegradável existente na água por
meio da ação de microrganismos, enquanto que a DQO representa a quantidade de
oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica total presente na água. Em
termos comparativos podem-se citar os exemplos do esgoto doméstico e dos dejetos
de suínos, que apresentam valores de DBO de 500 e 90.000 mg O2/L,
respectivamente. Valores elevados de DBO e DQO indicam que os resíduos são mais
poluentes e seu tratamento mais complicado.
Pesquisadores da Embrapa desenvolveram um sistema de fossa séptica biodigestora
para tratamento primário de esgoto para pequenas comunidades, baseado nos antigos
sistemas biodigestores. O sistema trata apenas o esgoto do vaso sanitário sendo que
os detergentes e sabões das águas de lavagens prejudicam o desenvolvimento dos
microrganismos decompositores de matéria orgânica.
O sistema pode ser instalado para um tratamento de uma família de cinco pessoas,
considerando que cada pessoa descarta 10 litros de água e dejetos, totalizando 50
litros diários, ou pode ser ampliado para que trate o esgoto de maior número de
residências. É indicado que se utilize vaso sanitário com descarga acoplada, que utiliza
menor volume de água. A partida do sistema é dada pela adição de esterco bovino,
que apresenta grande diversidade de microrganismos decompositores que promovem
a digestão da matéria orgânica na ausência de oxigênio.
O esgoto é canalizado para a primeira caixa, a qual se ligará a outras duas caixas em
série, por tubulação de PVC e conectadas externamente a conexões “tee” para
inspeção e desentupimentos. Estas caixas representarão os tanques sépticos do
sistema de tratamento do efluente sanitário.
Para a partida do sistema, a cada 30 dias a primeira caixa é abastecida com uma
mistura de 20 litros de esterco bovino e 20 litros de água. As caixas devem estar
vedadas com borracha fixa nas bordas das tampas, e deve ser colocado um sistema de
alívio de gases composto por peça de conexão CAP de 25 mm de diâmetro, com
quatro furos de 2 mm, e ligados à tampa das caixas por meio de flange de 25 mm. O
lodo formado na terceira caixa deverá ser retirado periodicamente.
A legislação relativa ao reuso que estabelece as diretrizes legais para esta prática está
definida na Resolução 54 de 28/11/2005 pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH).
De acordo com Organização Mundial de Saúde o reuso de água pode ocorrer da
seguinte forma:
Reuso indireto não planejado: Ocorre quando a água já utilizada descarregada a
montante de um corpo receptor, é captada a jusante e utilizada de forma não
intencional e controlada. Nota-se que nesse caso há uma distância entre captação e
a efetiva disposição dada ao efluente, de maneira a permitir uma diluição e
depuração pelo corpo receptor.
Reuso indireto planejado: Ocorre quando os efluentes, depois de convenientemente
tratados, são descarregados de forma planejada nos corpos d’água superficiais ou
subterrâneos, para serem utilizados a jusantes em sua forma diluída e de maneira
controlada, num intuito de algum uso benéfico.
REUSO AGRÍCOLA
A partir daí, e mais recentemente durante as duas últimas décadas, o uso de esgotos
para irrigação de culturas aumentou significativamente, em razão dos seguintes
fatores:
Dificuldade crescente de identificar fontes alternativas de águas para irrigação;
Custo elevado de fertilizantes;
A segurança de que os riscos a saúde pública e impactos sobre o solo são
mínimos, se as precauções adequadas são efetivamente tomadas;
Os custos elevados dos sistemas de tratamento, necessários para a descarga em
corpos receptores;
Aceitação sociocultural da prática do reuso agrícola;
O reconhecimento, pelos órgãos gestores de recursos hídricos, do valor intrínseco
desta prática.
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produtividade do solo frente aos diversos tipos de perdas (erosão, degradação, entre
outros), que a própria demanda das culturas.
Em adição, além dos nutrientes e dos micronutrientes não disponíveis na maioria dos
fertilizantes químicos de menor custo disponíveis no mercado, a aplicação dos
efluentes sanitários proporcionam o aumento do teor de matéria orgânica, que age
como condicionador do solo, aumentando a sua capacidade de retenção hídrica do
solo.
Somadas a estas vantagens, ainda têm-se:
Prevenção dos recursos subterrâneos;
Conservação do solo, pela acumulação de húmus e nutrientes, e aumento da
resistência à erosão;
Quanto aos benefícios à saúde publica, o reuso possibilita a minimização das
descargas de esgotos em corpos de água. Consequentemente ocorre a redução das
doenças de veiculação hídrica provocadas por patógenos e substâncias químicas
presentes nestes efluentes.
5. Material e Métodos
Descrição Quantidade
Alunos do Módulo I 32
Alunos do Módulo II 8
Alunos do Módulo III 16
Alunos do Módulo IV 10
Instrutores 10
Funcionários 7
TOTAL 83
2015 2016
Itens
jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai
Construção lagoa de polimento X
Impermeabilizar lagoa polimento X
Introdução plantas aquáticas X X
Instalação canalização efluente X X
Instalação mangueiras irrigação X X
Instalação bomba recalque X
Monitoramento do efluente X X X X X X X X
Análise do efluente da lagoa X X X X
Irrigação dos citrus no pomar X X X X X X X X
5
Lagoa
polimento
8. Literatura Consultada
Engenheiro Agrônomo
Instrutor do CAM