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10

Ne urobiologia da
15

De P endência
Prof. Me. Lucas Mendes
11

Na última aula…
Processamento emocional no sistema dopaminérgico mesolímbico

Sinaliza a presença ou a perspectiva de recompensa ou punição

Núcleo
Accumbens
Promove comportamentos
Encontrar Recompensas Evitar Punições
Reforço Positivo Reforço Negativo

Córtex Pré-
Frontal

Área Tegmentar
Ventral
23

V amos correlacionar?
Todas as substâncias viciantes têm efeitos poderosos no
cérebro. Esses efeitos explicam os sentimentos de
euforia ou prazer intenso que as pessoas experimentam
durante o uso inicial de álcool ou outras substâncias, e
esses sentimentos motivam as pessoas a usar essas
substâncias repetidas vezes, apesar dos riscos de danos
significativos.

As drogas que promovem adicção sequestram o Sistema Recompensa e o subvertem


para promover o uso compulsivo da substância.
Introdução Introdução Introdução

8 31

O que é uma dro Ga ?


Qualquer substância que é capaz de
modificar a função dos organismos vivos,
resultando em mudanças fisiológicas ou de
comportamento.
52

An Te s de começarmos a discutir o tema é


importante definir termos.
1. Dependência de substâncias (adicção): é definida como um padrão mal-
adaptativo de uso de substâncias que leva a prejuízo ou sofrimento clínico
significativo, evidenciado por três (ou mais) características, que incluem
tolerância, abstinência e abandono ou redução de importantes atividades
sociais, ocupacionais ou recreativas em razão do uso da substância durante
um período de 12 meses.
91

Pa drões de uso da Droga

Uso ocasional ou controlado: geralmente em situações sociais; droga usada como


1 simples experimentação, curiosidade ou recreação;

Uso abusivo: resulta em consequências negativas ao individuo, afetando


2 sua saude e relações. O dano pode ser físico (hepatite, por exemplo) psicológico
(depressão), social (problemas relacionadas na escola, família, trabalho);

3 Uso compulsivo: característica do Transtorno por uso de substância.


Critérios no DSM-V TR para o transtorno por uso de substância
O critério prevê um padrão problemático de uso de determinada substância. Para isso, ela deve levar ao
comprometimento ou sofrimento clinicamente significativo, percebido por pelo menos dois dos critérios a
seguir. Esses critérios devem ocorrer pelo período mínimo de 12 meses:

1. A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período de tempo


maior que o pretendido.
2. Desejo persistente ou esforços malsucedidos na tentativa de reduzir ou controlar o uso da substância.
3. Muito tempo é gasto em atividades relacionadas a obtenção, utilização ou recuperação dos efeitos do
uso da substância.
4. Fissura, desejo intenso ou mesmo necessidade de usar a substância.

5. Uso recorrente da substância, resultando em fracassos no desempenho de papéis em casa, no trabalho


ou na escola.
6. Uso contínuo da substância, apesar dos problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes
causados ou piorados por seus efeitos.
Critérios no DSM-V TR para o Transtorno por uso de substância
O critério prevê um padrão problemático de uso de determinada substância. Para isso, ela deve levar ao
comprometimento ou sofrimento clinicamente significativo, percebido por pelo menos dois dos critérios a
seguir. Esses critérios devem ocorrer pelo período mínimo de 12 meses:

7. Abandono ou redução de atividades sociais, profissionais ou recreativas importantes ao indivíduo devido


ao consumo de substâncias.
8. Uso contínuo da substância mesmo em situações nas quais esse consumo represente riscos à
integridade física.

9. O consumo é mantido apesar da consciência de se ter um problema físico ou psicológico persistente ou


recorrente que tende a ser causado ou exacerbado por esse uso.
10. Tolerância, definida como: efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade
de substância e/ou necessidade de quantidades progressivamente maiores de substância para atingir o
mesmo grau de intoxicação.
11. Abstinência manifestada por: síndrome de abstinência característica da substância utilizada e/ou uso da
substância ou de similares na intenção de evitar os sintomas de abstinência.
Droga Neurobiologia Dependência

Essa probabilidade de dependência se repete nos diferentes indivíduos?

Tipo Exemplo Probabilidade de dependência


Analgésicos narcóticos Morfina Muito forte
Depressores gerais do Etanol Forte
SNC Barbitúricos Forte
Anestésicos Moderada
Drogas ansiolíticas Benzodiazepínico Moderada
s
Agentes Psicotomiméticos LSD Fraca ou nenhuma
Maconha Fraca ou nenhuma
Estimulantes Cocaína Muito forte
psicomotores Cafeína Fraca
Nicotina Muito forte
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A Ad I cção não é uma consequência exclusiva


do uso da droga. O uso compulsivo ocorre por
vários fatores:
1. Fatores Biológicos (Composição Genética);
2. Idade de inicio do uso;
3. Fator Social (Relações familiares);
4. Estresse (Trauma e abuso).

Todos esses fatores marcam o cérebro (neurônios e suas conexões) de alguma


maneira, de modo que, quando a droga entra, a probabilidade das alterações pré-
existentes conduzirem o individuo a dependência tornam-se maiores.
Para entender como as substâncias psicoativas afetam o cérebro,
é importante primeiro entender a biologia básica da função
cerebral saudável.

1. Os neurônios se comunicam uns com os


outros por meio de mensageiros químicos
chamados neurotransmissores.

2. Os neurotransmissores são
disponibilizados na fenda sináptica, lacuna
entre os neurônios e se ligam aos
receptores no neurônio pós-sináptico.
Para entender como as substâncias viciantes afetam o cérebro, é
importante primeiro entender a biologia básica da função cerebral
saudável.

3. Alguns neurotransmissores são


inibitórios - eles tornam menos provável
que o neurônio pós-sináptico execute
alguma ação.

4. Outros são excitatórios, o que significa


que estimulam a função neuronal,
preparando-a para enviar sinais a outros
neurônios.
Os neurônios são organizados em grupos que executam funções
específicas (descritas como redes ou circuitos).

Por exemplo, algumas redes estão envolvidas


com pensamento, aprendizado, emoções e
memória. Outras redes se comunicam com os
músculos, estimulando-os a entrar em ação.
Outros ainda recebem e interpretam
estímulos dos órgãos sensoriais, como os
olhos e ouvidos, ou a pele.

O ciclo do vício interrompe as funções


normais de algumas dessas redes neuronais.
16

A S drogas de abuso aumentam a dopamina no


Sistema de Recompensa (Reforça o comportamento)

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC281732/?page=2
16

A S drogas de abuso aumentam a dopamina no


Sistema de Recompensa (Reforça o comportamento)

Reforça ações Motiva ações


prévias futuras

Dopamina
16

S ubstâncias viciantes sequestram o Sistemas de Recompensa Cerebral

Núcleo
Accumbens

Córtex Pré-
Todas as drogas que promovem adicção resultam Frontal

direta ou indiretamente na liberação de


Dopamina no Núcleo Accumbens. Área Tegmentar
Ventral
As drogas de abuso aumentam a
dopamina na circuitaria de
prazer e recompensa cerebral
(Núcleo Accumbens)
Comida, Sexo, Música

↑ Dopamina Droga
▼ ▼
Reforço Positivo + ↑ ↑ ↑ ↑ Dopamina

Reforço Positivo ++++

Cocaína/Crack/Anfetamina
84

Po r que as pessoas buscam as drogas?


1. Para se sentir bem;
2. Para se sentir melhor;
3. Para melhorar o desempenho;
4. Para aliviar a abstinência;
5. Curiosidade;
75

Re forço
Positivo Negativo
Estímulos agradáveis e prazerosos que Estímulos que causam a repetição do
causam a repetição do programa motor programa motor para aliviar situações
que levou ao estímulo. ou sintomas aversivos.

Nos dois casos ocorre repetição do comportamento!


75

Re forço

Positivo Negativo
Para se sentir bem; Para se sentir melhor;
Para melhorar o desempenho; Para aliviar a abstinência.
Curiosidade.
8

O
O desenvolvimento da dependência
Positivo Negativo

1° Excitação 2° Ansiedade/
Estresse

4° Arrependimento/
1° Obsessão 2° Atos
3° Comportamentos À medida que o uso se torna um
Culpa repetitivos
impulsivos comportamento permanente, a impulsividade
3° Prazer/Alívio/ 4° Alívio da se transforma em compulsividade, e os
Gratificação ansiedade do
estresse
principais impulsionadores do uso repetido de
substâncias mudam do reforço positivo (sentir
prazer) para o reforço negativo (sentir alívio).

https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2470547017698140
Impulsividade Compulsividade

53

I mpulsividade
Incapacidade de resistir a tentações/impulsos; e tomada de decisão irrefletida. É uma
tendência de agir sem previsão ou consideração pelas consequências e priorizar
recompensas imediatas em detrimento de metas de longo prazo.

C ompulsividade
Comportamentos repetitivos diante de consequências adversas e comportamentos
repetitivos inadequados para uma situação particular. As pessoas que sofrem de
compulsões geralmente reconhecem que os comportamentos são prejudiciais, mas
mesmo assim se sentem emocionalmente compelidas a realizá-los. Isso reduz a tensão,
o estresse ou a ansiedade.
Impulsividade Compulsividade

Impulsividade

Compulsividade

A busca compulsiva de substâncias é uma


característica-chave do vício, assim como a
perda de controle sobre o uso.
Os efeitos de reforço positivo das substâncias tendem a
diminuir com o uso repetido. Isso é chamado de tolerância
e pode levar ao uso da substância em maior quantidade
e/ou com mais frequência na tentativa de experimentar o
nível inicial de reforço.
20

Me Ca nismo de Tolerância
Tolerância refere-se à diminuição do efeito de uma droga com o uso contínuo.

A primeira administração de uma droga produz uma curva de dose-resposta


característica (preto);

Administrações repetidas da droga podem levar ao desenvolvimento de


tolerância, na qual ocorre deslocamento da curva de dose-resposta para a
direita (azul–claro). É necessária uma dose maior para produzir o mesmo
efeito, e nem sempre é possível atingir o mesmo efeito máximo (parte
tracejada da curva).

A sensibilização aos efeitos de uma droga significa que há deslocamento da


curva de dose–resposta para a esquerda (azul escuro), sendo necessária
uma dose menor para produzir a mesma resposta.
20

Me Ca nismo de Tolerância
Uma droga pode causar tolerância por diversos mecanismos.

Tolerância Inata– refere-se a variações individuais na sensibilidade


à droga que estão presentes desde sua primeira administração.

1. Polimorfismos nos genes que determinam o receptor da droga ou nos genes que
afetam a absorção, o metabolismo ou a excreção da droga.

Um exemplo de tolerância inata é observado com o álcool. A sensibilidade


individual aos efeitos comportamentais do álcool é variável; pessoas com alta
sensibilidade apresentam efeitos agradáveis ou sedação após um ou dois drinques,
enquanto outras com baixa sensibilidade necessitam de vários drinques para sentir
o efeito do álcool.
20

Me Ca nismo de Tolerância
Uma droga pode causar tolerância por diversos mecanismos.

Tolerância Adquirida– se desenvolve com o passar do tempo.

1. Tolerância Farmacocinética;
2. Tolerância Farmacodinâmica;
20

Me Ca nismo de Tolerância
Tolerância Farmacocinética: surge quando há aumento da capacidade de metabolizar ou
excretar a droga ao longo do tempo. Na maioria das vezes, o aumento do metabolismo é
atribuível à síntese induzida de enzimas metabólicas como o citocromo P450
(Biotransformação).

Indução de tolerância por aumento do metabolismo da


droga. Após a administração inicial, uma droga metabolizada
por enzimas microssomais hepáticas exibe cinética de
primeira ordem (curva preta).
Após administrações repetidas da droga, a indução dessas
enzimas causa metabolismo acelerado e diminuição da
meia-vida plasmática (curva azul).
Como a droga é eliminada com mais rapidez, é necessária
uma maior dose da droga para produzir a mesma resposta.
20

Me Ca nismo de Tolerância
Tolerância Farmacodinâmica: o mecanismo mais importante de tolerância, é causada por
alterações na interação droga-receptor. Essas alterações podem incluir a diminuição do
número de receptores ou uma modificação na via de transdução do sinal.

Neurônio Normal Tolerância (Donw-Regulation)


33

As principais regiões cerebrais envolvidas no


Transtorno por uso de substância

Córtex Pré-Frontal Gânglios da Base


- Núcleo Accumbens
- Estriado Dorsal

Amígdala Estendida
33

As principais regiões cerebrais envolvidas no


Transtorno por uso de substância

Gânglios da base
Controlam os efeitos recompensadores ou prazerosos do uso
de substâncias e estão envolvidos na aprendizagem de
comportamentos rotineiros e na formação de hábitos.
Duas sub-regiões dos gânglios da base são particularmente
importantes nos transtornos por uso de substâncias:
1. Núcleo accumbens: está envolvido na motivação e na
experiência de recompensa;
2. Estriado dorsal: está envolvido na formação de hábitos e
outros comportamentos rotineiros.
33

As principais regiões cerebrais envolvidas no


Transtorno por uso de substância

Amígdala Estendida
Regulam as reações do cérebro ao estresse, incluindo
respostas comportamentais como “lutar ou fugir” e
emoções negativas como mal-estar, ansiedade e
irritabilidade, que normalmente acompanham a
abstinência de substâncias.
33

As principais regiões cerebrais envolvidas no


Transtorno por uso de substância
Córtex Pré-Frontal
Está envolvido na função executiva:
- Capacidade de organizar pensamentos e atividades;
- Regular emoções e impulsos;
- Priorizar tarefas e administrar o tempo;
- Tomar decisões, inclusive exercendo controle sobre
o consumo de substâncias.
8

O ciclo do vício
O vício pode ser descrito como um ciclo repetitivo com
três estágios. Cada estágio está particularmente
associado a uma das regiões do cérebro.
Gânglios da Base
Compulsão
Córtex Pré-frontal Intoxicação
1. Compulsão/Intoxicação: estágio em que um indivíduo Preocupação
consome uma substância intoxicante e experimenta seus Antecipação

efeitos gratificantes ou prazerosos;


2. Abstinência/Efeito Negativo: a fase em que um indivíduo
experimenta um estado emocional negativo na ausência da Amígdala
Abstinência
substância; Efeito Negativo

3. Preocupação/Antecipação: fase em que a pessoa volta a


buscar substâncias após um período de abstinência.
31

Ga nglios da Base: Compulsão/Intoxicação


PRAZER (REFORÇO POSITIVO)
Todas as substâncias viciantes produzem sensações
de prazer.

Esses efeitos recompensadores reforçam


positivamente seu uso e aumentam a probabilidade
de uso repetido.

Os efeitos recompensadores das substâncias


envolvem atividade no Núcleo Accumbens, incluindo
a ativação da Dopamina no cérebro e do sistema de
sinalização de Opioides.

Dopamina= Motivação
Opióides= Prazer
Individuo torna-se motivado a executar/repetir aquele
Abreviação: PFC: Córtex pré-frontal; DS: Estriado dorsal; Nac: Núcleo Accumbens; BNST: Núcleo
comportamento que lhe conferiu prazer. Leito da Estria Terminal; CeA: Núcleo Central da Amígdala; VTA: Área Tegmental Ventral.
Todas as drogas que promovem adicção resultam
direta ou indiretamente na liberação de Dopamina
no Núcleo Accumbens.
31

Ga nglios da Base: Compulsão/Intoxicação


HÁBITO + SALIÊNCIA DO
INCENTIVO

A liberação de Dopamina + Opioides + Glutamato


(um neurotransmissor excitatório) podem
eventualmente desencadear alterações no Estriado
Dorsal.

Essas mudanças fortalecem os hábitos de busca e


consumo de substâncias à medida que o vício progride,
contribuindo para o uso compulsivo.

Conforme a adição se desenvolve e o hábito se


estabelece, as pistas relacionadas ao uso da droga
induzem a liberação de Dopamina preferencialmente no
Estriado Dorsal.
Abreviação: PFC: Córtex pré-frontal; DS: Estriado dorsal; Nac: Núcleo Accumbens; BNST: Núcleo
Leito da Estria Terminal; CeA: Núcleo Central da Amígdala; VTA: Área Tegmental Ventral.
31

Ga nglios da Base: Compulsão/Intoxicação


HÁBITO + SALIÊNCIA DO
INCENTIVO

Uma pessoa aprende a associar os estímulos


presentes ao usar uma substância – incluindo
pessoas, lugares, apetrechos para drogas e até
mesmo estados internos, como humor – com os
efeitos recompensadores da substância.

Como resultado, a exposição a pessoas, lugares ou


coisas previamente associadas ao uso de
substâncias pode servir como “gatilhos” ou
pistas que promovem a busca e consumo de
substâncias, mesmo em pessoas que estão em
recuperação.
Predição de recompensa.
Abreviação: PFC: Córtex pré-frontal; DS: Estriado dorsal; Nac: Núcleo Accumbens; BNST: Núcleo
Leito da Estria Terminal; CeA: Núcleo Central da Amígdala; VTA: Área Tegmental Ventral.
99

Es tudos iniciais em animais demonstraram


como a Saliência de Incentivo funciona.
Saliência do Incentivo: comportamento de busca de substâncias é desencadeado por sinais
ambientais associados à substância.

Pesquisadores deram repetidamente a um animal uma droga


estimulante (por exemplo, cocaína) junto com um estímulo
previamente neutro, como uma luz ou um som.

Eles descobriram que o estímulo neutro por si só fazia com que o


animal se envolvesse em um comportamento de busca de drogas, e
também resultava na liberação de dopamina que antes ocorria
apenas em resposta à droga.
99

Es tudos iniciais em animais demonstraram


como a saliência de incentivo funciona.
Estudos de imagem em humanos mostraram resultados
semelhantes. Por exemplo, a dopamina é liberada no
cérebro de pessoas viciadas em cocaína quando elas são
expostas a sinais que passaram a associar à cocaína. Esse
efeito ocorre mesmo que a própria cocaína cause menos
liberação de dopamina nesses indivíduos em comparação
com aqueles que não são viciados em cocaína (um efeito
também observado com outras substâncias).
99

Es tudos iniciais em animais demonstraram


como a saliência de incentivo funciona.
Uslaner, J. M., Acerbo, M. J., Jones, S. A., & Robinson, T. E. (2006). The attribution of incentive salience to a stimulus
that signals an intravenous injection of cocaine. Behavioural Brain Research, 169(2), 320-324.

Schultz, W., Dayan, P., & Montague, P. R. (1997). A neural substrate of prediction and reward. Science, 275(5306), 1593-1599.

Phillips, P. E., Stuber, G. D., Heien, M. L., Wightman, R. M., & Carelli, R. M. (2003). Subsecond dopamine release promotes
cocaine seeking. Nature, 422(6932), 614-618.

Volkow, N. D., Wang, G.-J., Telang, F., Fowler, J. S., Logan, J., Childress, A.-R., . . . Wong, C. (2006). Cocaine cues and
dopamine in dorsal striatum: Mechanism of craving in cocaine addiction. The Journal of Neuroscience, 26(24), 6583-6588.

Wong, D. F., Kuwabara, H., Schretlen, D. J., Bonson, K. R., Zhou, Y., Nandi, A., . . . Kumar, A. (2006). Increased occupancy of
dopamine receptors in human striatum during cue-elicited cocaine craving. Neuropsychopharmacology, 31(12), 2716-2727.

Volkow, N. D., Tomasi, D., Wang, G. J., Logan, J., Alexoff, D. L., Jayne, M., . . . Du, C. (2014). Stimulant-induced dopamine
increases are markedly blunted in active cocaine abusers. Molecular Psychiatry, 19(9), 1037-1043.
31

Ga nglios da Base: Compulsão/Intoxicação


Resumo
O “circuito de recompensa” dos gânglios da base (isto é, o núcleo accumbens), junto com a
dopamina e os opioides naturais, desempenham um papel fundamental nos efeitos recompensadores do
álcool e outras substâncias e na capacidade dos estímulos, ou pistas, associados a isso. uso de
substâncias para desencadear desejo, busca e uso de substâncias.

À medida que o uso de álcool ou substâncias progride, a ativação repetida do “circuito do hábito” dos
gânglios da base (ou seja, o corpo estriado dorsal) contribui para a busca e consumo compulsivos de
substâncias associados ao vício.

O envolvimento desses neurocircuitos de recompensa e hábito ajuda a explicar o desejo intenso pela
substância (craving) e a busca compulsiva de substância que ocorre quando indivíduos ativamente ou
previamente viciados são expostos a estímulos de álcool e/ou drogas em seu ambiente.
8

O ciclo do vício
O vício pode ser descrito como um ciclo repetitivo com
três estágios. Cada estágio está particularmente
associado a uma das regiões do cérebro.
Gânglios da Base
Compulsão
Córtex Pré-frontal Intoxicação
1. Compulsão/Intoxicação: estágio em que um indivíduo Preocupação
consome uma substância intoxicante e experimenta seus Antecipação

efeitos gratificantes ou prazerosos;


2. Abstinência/Efeito Negativo: a fase em que um indivíduo
experimenta um estado emocional negativo na ausência da Amígdala
Abstinência
substância; Efeito Negativo

3. Preocupação/Antecipação: fase em que a pessoa volta a


buscar substâncias após um período de abstinência.
95

Am ígdala: Abstinência/Efeito negativo


Abstinência (Efeito negativo)
Quando usadas a longo prazo, todas as substâncias
de abuso causam disfunção no sistema de
recompensa de dopamina do cérebro.

Um desses efeitos é ativação do Sistemas de Estresse


do cérebro na Amígdala Estendida.

Os Neurotransmissores que modulam o estresse são:


Fator de Liberação de Corticotropina (CRF),
Norepinefrina e Dinorfina.

Estudos sugerem que esses neurotransmissores


desempenham um papel fundamental nos
sentimentos negativos associados à abstinência e ao
uso de substâncias desencadeadas pelo estresse.
Abreviação: PFC: Córtex pré-frontal; DS: Estriado dorsal; Nac: Núcleo Accumbens; BNST: Núcleo
Leito da Estria Terminal; CeA: Núcleo Central da Amígdala; VTA: Área Tegmental Ventral.
95

Am ígdala: Abstinência/Efeito negativo

Aprende
Reforço NEGATIVO:
Interrupção de condição
aversiva em resposta ao
Não gosta do Usa substância
comportamento.
estado de humor para o alívio

https://focus.psychiatryonline.org/doi/10.1176/foc.9.1.foc55
95

Am ígdala: Abstinência/Efeito negativo


Abstinência (Efeito negativo)
Quando usadas a longo prazo, todas as substâncias
de abuso causam disfunção no sistema de
recompensa de dopamina do cérebro.

Um desses efeitos é ativação reduzida do circuito de


recompensa.

Ocorre reduções duradouras em um tipo específico


de receptor de dopamina, o receptor D2, em
comparação com indivíduos não viciados O nível de receptores de dopamina no cérebro do usuário de cocaína é maior na marca de 4 meses (à
(Tolerância). direita), mas não voltou aos níveis observados no não usuário (à esquerda).

Essa perda geral da sensibilidade à recompensa também pode explicar a escalada compulsiva do
uso de substâncias, à medida que os indivíduos viciados tentam recuperar os sentimentos
prazerosos que o sistema de recompensa uma vez proporcionou.
95

Am ígdala: Abstinência/Efeito negativo


https://focus.psychiatryonline.org/doi/10.1176/foc.9.1.foc55

DA, dopamina; NE, norepinefrina; GABA; CRF, fator de liberação de corticotropina

Resumo
O estágio do vício envolve uma diminuição na função dos sistemas de recompensa do cérebro e uma
ativação de neurotransmissores de estresse, como CRF e dinorfina, na amígdala estendida. Juntos, esses
fenômenos fornecem uma poderosa base neuroquímica para o estado emocional negativo associado à
abstinência. O impulso para aliviar esses sentimentos negativos reforça negativamente o uso de álcool ou
drogas e leva ao uso compulsivo de substâncias
8

O ciclo do vício
O vício pode ser descrito como um ciclo repetitivo com
três estágios. Cada estágio está particularmente
associado a uma das regiões do cérebro.
Gânglios da Base
Compulsão
Córtex Pré-frontal Intoxicação
1. Compulsão/Intoxicação: estágio em que um indivíduo Preocupação
consome uma substância intoxicante e experimenta seus Antecipação

efeitos gratificantes ou prazerosos;


2. Abstinência/Efeito Negativo: a fase em que um indivíduo
experimenta um estado emocional negativo na ausência da Amígdala
Abstinência
substância; Efeito Negativo

3. Preocupação/Antecipação: fase em que a pessoa volta a


buscar substâncias após um período de abstinência.
27

Co rtex Pré-frontal: Preocupação/Antecipação


Contexto 1: Saliência do Incentivo
Comportamento de busca pela substância é desencadeada
por sinais ambientais associados a droga.

Contexto 2: Formação do Hábito


Contribui para impulsividade na busca pela substância

PFC
Sistema Stop

Ativação de Ativação de

Sistema Stop
Neurônios Neurônios Inibe a Saliencia do
Inibe o hábito Incentivo

↑ de Glutamato ↑ de Glutamato

DS NaC

Controla as respostas de hábito Gera um forte desejo de usar a


dirigidas pelo Estriado Dorsal. substância na presença de sinais
associados a droga. Abreviação: PFC: Córtex pré-frontal; DS: Estriado dorsal; Nac: Núcleo
Accumbens; BNST: Núcleo Leito da Estria Terminal; CeA: Núcleo Central da
Amígdala; VTA: Área Tegmental Ventral.
Uso de Droga de
Abuso

Aprendizado associativo
(Ambientes; pessoas...)
RECOMPENSA Teoria da sensibilização de A motivação
GOSTAR incentivo (1993) comportamental é
irresistível.
c Plasticidade > Sistema
Reforço positivo
DAérgic hiperreativo às pistas

Uso
Usocompulsivo
repetido Reforço negativo

ꜜ Sistema de recompensa

Retirada/Afeto
A teoria do processo negativo
oponente (1974) Busca por alívio
ꜛ Sistema central de estresse

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