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Relatório - Planador
Relatório - Planador
Uberlândia/MG
2023
Felipe Augusto Rodrigues Maciel França 12221EAR014
Isadora Fernandes Soares 12221EAR002
Thúlio Aurélio Magalhães Borges 12221EAR006
Uberlândia/MG
2023
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
................................................................................................4
1.1.
Objetivos.....................................................................................................
4
1.2.
Metodología................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO
...................................................................................6
2.1. Protótipo I
................................................................................................6
2.1.1. Materiais I
............................................................................................7
2.1.2. Fuselagem
I.........................................................................................8
2.1.3. Asa I
...................................................................................................12
2.1.4. Empenagens I
.................................................................................15
2.1.5. Testes e Correções
I........................................................................17
2.2. Protótipo II
.............................................................................................18
2.2.1. Materiais II
......................................................................................18
2.2.2. Fuselagem II
....................................................................................19
2.2.3. Asa II
..................................................................................................20
2.2.4. Empenagens II
.................................................................................21
2.2.5. Testes e Correções II
.....................................................................22
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
............................................................24
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
....................................................................26
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.............................................................27
4
1. INTRODUÇÃO
1.1. Objetivos
O trabalho tem como objetivo principal desafiar os estudantes de Engenharia
Aeronáutica na construção e desenvolvimento de um pequeno aeromodelo planador,
que abrange desde a etapa do planejamento, construção e testagem, até
apresentação dos resultados obtidos, e que atenda alguns critérios pré
estabelecidos e faça uso de conceitos abordados nas disciplinas do primeiro
semestre do curso. Nesse sentido, o projeto busca expandir a carga de
conhecimento e experiência, aplicando-se os conhecimentos das aulas teóricas da
universidade na prática, contribuindo, assim, para a formação do engenheiro para
além das salas de aula.
O aeromodelo planador a ser construído deve seguir as seguintes
especificações:
● Dimensões: envergadura de 1 metro;
● Material: livre;
● Asa com perfil aerodinâmico;
● Características de voo planador.
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1.2. Metodologia
O projeto como um todo, bem como o relatório em questão, foi realizado em
grupo de forma colaborativa. O trabalho definitivo foi o resultado final da junção das
ideias e trabalhos realizados por todos.
Após a discussão da forma e modelo do planador, bem como os materiais e
utensílios a serem utilizados, iniciou-se uma pesquisa na internet a fim de se
verificar a melhor maneira de se construir suas partes, como asas, fuselagem e a
empenagem. Após a execução do esboço para concretização de medidas, execução
do projeto e testes feitos pelos membros do grupo, foram coletados dados para a
elaboração deste relatório. Os mesmos passos foram realizados com o protótipo II,
destacando-se assim, a importância da análise de dados retirados do primeiro,
seguido de correções e melhorias no segundo, sendo visível a evolução entre os
dois.
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2. DESENVOLVIMENTO
Todo o desenvolvimento do projeto foi feito em dois protótipos, já que o inicial
não cumpria com exigências para a segunda etapa de lançamento, que serão
abordadas mais à frente. Assim, foi possível perceber, a partir dos resultados do
primeiro, possíveis erros de construção - ainda quando o grupo não tinha prática
com o manuseio dos materiais utilizados - que foram corrigidos no segundo
protótipo. Essa abordagem, utilizando dois protótipos, demonstra a importância do
aprendizado contínuo e da melhoria persistente durante o desenvolvimento de
projetos. Por meio da análise dos resultados, identificação de erros e correção de
falhas, o grupo pôde progredir e alcançar um nível mais avançado de construção,
evidenciando a capacidade de adaptação e a busca pela excelência no processo de
desenvolvimento do projeto.
2.1. Protótipo I
A construção do primeiro protótipo se deu início na mesma semana em que o
projeto foi proposto pelo professor. Inicialmente, foi discutida a ideia de se construir
um planador com varetas de fibra de vidro ou bambu de forma que realizassem a
função de longarinas e “braços” da fuselagem, que dariam sustentação à aeronave,
como mostrado na figura 1.
Fonte: http://e-voo.com/viewtopic.php?f=2&t=61108
7
Fonte: https://outerzone.co.uk/images/_thumbs/models_more/6920/012.jpg
2.1.1. Materiais I
− Placas de isopor tipo P3;
− Palitos de bambu para churrasco;
− Cola de silicone para isopor;
− Fita adesiva;
− Fita crepe;
− Fita isolante;
− Moedas diversas;
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2.1.2. Fuselagem I
A fuselagem de uma aeronave nada mais é do que o seu corpo principal, que
abriga a cabine, passageiros, cargas, e é também onde ficam anexadas todas as
estruturas, como as asas, empenagens, motores e outros componentes. Ademais,
ela é projetada com o objetivo de oferecer suporte estrutural completo à aeronave,
garantir a segurança dos ocupantes, acomodar cargas e sistemas essenciais de
operação e contribuir para a eficiência aerodinâmica durante o voo.
Existem inúmeros tipos e variações de fuselagens, sendo divididas,
basicamente, em três tipos: fuselagem treliçada, monocoque e semi-monocoque.
A fuselagem do tipo treliça é composta por uma estrutura de vigas e
barras interconectadas, formando uma rede de treliças que oferece resistência e
rigidez, comumente encontrada em aeronaves mais antigas e de menor porte. A
fuselagem monocoque, por sua vez, é construída com uma estrutura contínua, onde
a própria parede externa da aeronave é responsável por suportar as cargas
aerodinâmicas, amplamente utilizada aviões comerciais e jatos executivos. Já a
fuselagem semi-monocoque é uma variação da fuselagem monocoque, onde a
carga é distribuída tanto pela pele externa quanto por estruturas internas, como
longarinas e quadros. É comumente encontrada em aeronaves maiores, como
aviões de médio e grande porte. Os três tipos fundamentais de fuselagem podem
ser representadas a seguir:
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fuselagem
Fonte:
https://nascidosparavoar.wordpress.com/comissario-de-bordo/bloco-4/cga-conhecim
entos-gerais-de-aeronaves/cga-1-conhecimento-tecnicos-de-aeronaves/
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Fonte: https://aerotoolbox.com/fuselage-structure/
fonte: https://www.clasf.com.br/q/aeromodelo-planador/
Fonte: Autoral
2.1.3. Asa I
A asa é o membro vital de uma aeronave, sendo ela a principal responsável
pela sustentação do planador no ar, devido às resultantes aerodinâmicas. Assim,
essa estrutura recebeu o maior cuidado de todo o projeto, na tentativa da redução
de possíveis erros relacionados à sua construção, tanto que o modelo escolhido e
sua forma de fabricação quase não se alterou no protótipo II.
Inicialmente, optou-se pela construção de duas semi-asas, a fim de ser
possível a construção do diedro durante a montagem. Foram definidas que ambas
teriam 50 cm de comprimento, de forma retangular.
Para a construção de um perfil aerodinâmico eficiente, decidiu-se que o
modelo utilizado seria o Clark Y, que pela análise do grupo e recomendação dos
professores, seria o perfil mais adequado para este planador, já que atende aos
requisitos necessários do projeto, ou seja, para uma aeronave que operará em
baixas velocidades, e é relativamente simples de ser executado, levando-se em
consideração que o perfil seria moldado em isopor a partir de placas planas. O perfil
Clark Y pode ser observado na figura a seguir:
13
Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/Scaled-schematic-of-Clark-Y-airfoil_fig6_281824169
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
2.1.4. Empenagem I
A empenagem de um avião é a parte traseira da aeronave, composta pelo
estabilizador horizontal, estabilizador vertical e superfícies de controle associadas.
Ela desempenha um papel crucial no controle de voo e estabilidade longitudinal e
direcional da aeronave.
Existem diferentes configurações de empenagem, como a convencional ou
padrão, em T, em V, em V invertido, cruciforme, dentre outras, cada uma com
características aerodinâmicas e de controle específicas. A escolha do tipo de
empenagem depende do projeto da aeronave e de suas necessidades, visando a
estabilidade, controle direcional e eficiência durante o voo.
Fonte:
https://fernandoportoprofessorengenheiro.files.wordpress.com/2019/03/dg3-06-aerodinamica
-dos-estabilizadores-v4.pdf
17
Fonte: Autoral
tendências de massa para frente ou para trás, até atingir a posição ideal, no primeiro
terço da asa.
Ao serem realizados os testes de planeio, foram registrados resultados
positivos, levando-se em consideração que era o primeiro protótipo. Os vôos, em
média, superaram a marca dos 15 metros. No entanto, a aeronave sofria constantes
desvios para a esquerda. O grupo então, colocou uma moeda para fornecer peso à
asa direita, a fim de impedir o movimento de rolagem da aeronave, que estava
claramente desbalanceada, levando-se em consideração o eixo de simetria
longitudinal. Após a adição do peso na asa direita, o desvio foi minimizado, o que o
grupo deu como suficiente para as exigências da primeira etapa de lançamento.
Fonte: Autoral
2.2. Protótipo II
O segundo protótipo foi construído na semana do dia 20 de maio de 2023,
com o objetivo de desenvolver um aeromodelo mais robusto, utilizando
predominantemente o isopor como material estrutural. Desta vez, o design do
aeromodelo foi inspirado em formatos modernos de planadores reais, na tentativa
de garantir um alto nível de semelhança aerodinâmica e características de voo. O
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2.2.1. Materiais II
− Isopor tipo P3;
− Palitos de bambu para churrasco;
− Cola de silicone para isopor;
− Fita adesiva;
− Folha de EVA;
− Fita crepe;
− Fita de entelagem na cor branca;
− Fita isolante;
− Chumbada para pesca;
− Lixas 120 e 220;
− Estilete;
− Tesoura;
− Pasta de plástico para papel;
− Elásticos de dinheiro.
2.2.2. Fuselagem II
A fim de se obter uma aeronave resistente e realmente aerodinâmica para o
protótipo II, foi utilizada como referência um modelo de planador real, como
observado na figura a seguir:
Figura 15: Modelo de inspiração
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Fonte: https://www.ej.com.br/cursos-para-piloto/curso-de-introducao-ao-voo-a-vela
Fonte: Autoral
2.2.3. Asa II
A construção da segunda asa seguiu quase que sem alterações. O modelo do
perfil utilizado foi o mesmo, com a única alteração sendo sua escala. Nesse sentido,
a corda do perfil foi diminuída de 15 cm para 12,5 cm, e a espessura da asa, por
conseguinte, passou de 3 cm para 2,5 cm. Apesar de diminuir a sustentação da
aeronave, essa diminuição da área total da asa e sua espessura foi feita objetivando
a diminuição do arrasto sofrido pela aeronave, aumentando assim, sua eficiência.
Além disso, depois de construída, a asa foi coberta com a mesma fita de
entelagem utilizada na fuselagem. Diferentemente do primeiro modelo feito, foram
colados pequenos “palitos” recortados em pasta de papel nos dois bordos da asa,
onde são presos os elásticos, evitando, assim, a deformação excessiva da asa.
Fonte: Autoral
2.2.4. Empenagem II
O grupo decidiu manter a empenagem do tipo convencional no segundo
protótipo, devido aos motivos já citados. No entanto, de acordo com as
recomendações de um dos veteranos, o grupo decidiu diminuir as dimensões das
empenagens, para que ficassem mais proporcionais a um planador real, e também,
porque uma empenagem do tamanho antigo poderia contribuir para dar comando
excessivo à aeronave, o que poderia estar fazendo ela desviar de seu percurso, que
deveria ser retilíneo.
Para tal, decidiu-se usar pedaços de pasta de papel, do mesmo tipo utilizado
nas asas, para construir as empenagens. Esse material foi usado pois é
relativamente fino, leve, maleável e pode ser facilmente manipulado. Assim foram
cortados na pasta novos três trapézios retos, porém agora, de medidas: 12 cm de
base maior, 6 cm de base menor e 13 cm de altura, colados entre si e fixados na
fuselagem utilizando-se o mesmo procedimento anterior
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tendo em vista o projeto proposto, e com base nas aulas de Fundamentos de
Aeronáutica I, ministradas pelo professor Odenir, os integrantes do grupo foram capazes de
cumprir com os objetivos pré-estabelecidos ao aplicar os conhecimentos adquiridos na
compreensão dos princípios aerodinâmicos, configuração da asa e dinâmica de voo do
planador. Essa sólida base teórica proporcionou embasamento científico necessário para o
desenvolvimento do projeto de forma eficiente e coerente com as exigências propostas.
Para tal, os integrantes, sempre que se fazia necessário, trocavam ideias de projetos e
ajustes técnicos para o planador, seja em reuniões no campus Santa Mônica, na casa de um
dos participantes, ou em conversas online, com o objetivo de desenvolver uma abordagem
colaborativa e eficiente na busca de soluções para os desafios enfrentados no processo de
construção e aprimoramento do planador.
Consequentemente, os voos realizados apresentaram uma excelente performance,
cumprindo, com certa tranquilidade, os objetivos estabelecidos das baterias, propostas
anteriormente pelo professor.
Assim, no primeiro voo, o grupo obteve êxito, tendo destaque em 5 das 8 baterias
realizadas. Levando-se em consideração a distância, o grupo obteve os seguintes resultados:
Lançamento 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8°
Assim, no geral, o grupo obteve uma média de 16,85 m, sendo o seu melhor
lançamento de 20,67 m e o pior lançamento de 13,87 m.
Já na segunda etapa de voo, o grupo em questão conseguiu atingir com sucesso os
seguintes requisitos estabelecidos: voo retilíneo, com margem de 2,5 metros de largura. As
distâncias alcançadas foram as seguintes:
Lançamento 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8°
Com isso, o grupo obteve destaque em 4 das 8 baterias realizadas, com uma média
de 12,87 m, sendo o seu melhor lançamento de 15,10 m e o pior lançamento de 9,70 m.
A diminuição da média era esperada, uma vez que no segundo voo, o desvio deveria
ser mínimo. Consequentemente, a distância de planeio dentro da faixa delimitada se
encurta, já que qualquer desvio, seja por erro de lançamento ou erro de construção, poderia
comprometer a precisão e eficiência do voo a longas distâncias.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A conclusão exitosa do projeto, sob a orientação do prof. dr. Roberto de Souza
Martins, trouxe aprendizados valiosos aos integrantes envolvidos, tanto de noções gerais
sobre tudo que envolve o projeto de um planador, quanto às barreiras e desafios que
precisaram ser quebrados para realizá-lo com excelência.
Tendo em vista o voo retilíneo, o grupo apresentou certa dificuldade em manter o
planador voando longas distâncias num corredor de 2,5 metros de largura. Portanto, seria
preciso melhorá-lo nesse quesito caso houvesse um próximo voo.
No âmbito do projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de aprofundar seu
conhecimento sobre a mecânica de voo de um planador real, compreendendo em maior
profundidade o funcionamento das asas, estabilizadores e fuselagem. Essa imersão
permitiu-lhes explorar os aspectos técnicos e aerodinâmicos envolvidos, assim como adquirir
um entendimento mais abrangente sobre as complexidades dessa área de estudo.
Além disso, os alunos puderam confrontar-se diretamente com os desafios e
dificuldades enfrentados durante o processo de projeto e construção do planador,
aprimorando suas habilidades de resolução de problemas e desenvolvendo um maior apreço
pela engenharia aeronáutica. Essa experiência prática e enriquecedora proporcionou aos
participantes uma visão mais realista do campo da aviação, permitindo-lhes aplicar seus
conhecimentos teóricos para além das salas de aula.
Portanto, é possível concluir que o projeto trouxe elementos cruciais para o
desenvolvimento profissional e aprendizado acadêmico dos estudantes do grupo, bem como
proporcionou uma imersão prática e enriquecedora no campo da aeronáutica, preparando
os integrantes para novos desafios e oportunidades na área prática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS