Cortex Motor Iniciação do Córtex Cerebral Primário (giro pré- comportamento central) (em vermelho) motor No córtex cerebral podem ser Córtex Recebe informação distinguidas diversas áreas, com limites tátil do corpo (tato, Somatosensorial e funções relativamente definidos. A Primário (em azul vibração, diferença entre elas reside na espessura escuro) temperatura, dor) e composição das camadas celulares e Córtex Prefrontal Planejamento, na quantidade de fibras nervosas que (em pink) emoção, julgamento chegam ou partem de cada uma. Córtex de Associação Coordenação do Motor (área pré- movimento complexo Embora o sistema nervoso seja um todo motora) (em verde) único, determinadas áreas cerebrais Centro da Produção da fala e estão mais diretamente ligadas a certas Fala (Área de Broca) articulação (em preto) funções. Assim, podem ser distinguidas Córtex Aditivo (em Detecção da a área motora principal, a área sensitiva marrom) intensidade do som principal, centros encarregados da visão, Processamento Área de audição, tato, olfato, gustação e assim Associação complexo da por diante. Auditiva (em azul informação auditiva e claro) memória PROCESSAMENTO Áreas corticais e suas funções. Áreas (EM AMARELO) DA INFORMAÇÃO MULTISENSORIAL de associação: são conectadas com Processamento várias áreas sensoriais e motoras por Área de complexo da fibras de associação. Associação informação visual, Visual (em laranja) percepção do movimento Córtex Visual (em Detecção de estímulo verde musgo) visual simples Área de Compreenssão da Wernicke (em verde linguagem limão)
As áreas de associação são importantes
na manutenção de atividades mais elevadas no homem, ainda que não seja possível localizar qualquer faculdade mental específica ou fração da experiência consciente. Afasias ou defeitos na fala resultantes de lesões corticais ilustram a significância das áreas de associação. Em indivíduos dextros elas são produzidas por lesões no hemisfério esquerdo (o hemisfério dominante). 1º AULA – 09/02/2022 ventilatórios para que possam regular o fluxo de ar pelas pregas vocais. As contrações Aspectos básico do SN: Controla e ordena coordenadas dos músculos relacionados com a produção vocal. a fala e a ventilação permitem que você O SISTEMA NERVOSO PODE SER expresse seus pensamentos. Pessoas que DIVIDO EM: sofrem um acidente vascular encefálico (AVE) na área de Broca ainda conseguem ter SNC – Que inclui cérebro e medula. Exemplo pensamentos coerentes, mas não conseguem de alteração neurológica de origem central: formar palavras – fenômeno conhecido como DOENÇA DE PARKINSON afasia motora, ou seja, a pessoa não consegue articular o som. SNP – Que inclui receptores sensoriais e nervos. Exemplo de alteração neurológica de ÁREA SOMATOSSENSITIVA origem periférica: PARALISIA DO NERVO PRIMARIA (ÁREA 1,2,3) – GIRO PÓS- RECORRENTE. CENTRAL OBS: A voz é um preditor de doenças degenerativas. A área somatossensitiva primária permite que você identifique onde se originam as NEUROFISIOLOGIA DA VOZ – REGIÕES sensações somáticas, de modo que você CORTICAIS LIGADAS A VOCALIZAÇÃO saiba exatamente em que parte do seu corpo ÁREA MOTORA PRIMÁRIA (ÁREA 4) – você dará um tapa naquele mosquito chato. GIRO PRÉ-CENTRAL Tato, pressão, vibração e temperatura.
O homúnculo motor é uma representação de ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR
todas as áreas motoras do nosso corpo presente na área primaria motora. Diferentes É uma área de suporte principalmente para músculos apresentam diferentes cantores, é onde tem os ornamentos vocais e representações nesta área. Uma área cortical ressonância. É essa área que vai modular maior é dedicada para os músculos estas características. Se perder essa área envolvidos em movimentos complexos ou motora suplementar algumas funções são delicados. A inervação motora da laringe perdidas. Essa área também é utilizada para inicia-se no giro pré-central compensar por exemplo: Pede para o paciente pensar que o som sai pelo nariz e o ÁREA DE BROCA (ÁREA 44 E 45) paciente pensa e produz. Eu fiz com que o Está localizada no lobo frontal próximo ao paciente produzisse som nasal que ele não sulco lateral. Em cerca de 97% da população, tinha. estas áreas de linguagem situam-se no hemisfério esquerdo. O planejamento e a O CONJUNTO DE FIBRAS NERVOSAS NO produção da fala ocorrem no lobo frontal SNC SÃO CHAMADOS DE TRATOS OU esquerdo da maioria dos indivíduos. Os VIAS QUE TRANSMITEM IMPULSOS PARA impulsos nervosos originados na área de OUTROS NEURÔNIOS. Broca passam para as regiões pré-motoras que controlam os músculos da laringe, da JÁ NO SISTEMA PERIFÉRICO SÃO faringe e da boca. Os impulsos da área pré- CHAMADOS APENAS DE NERVOS, ESTES motora resultam em contrações musculares TRANSMITEM IMPULSOS PARA OUTROS específicas coordenadas. Simultaneamente, ORGÃOS. os impulsos se propagam da área de Broca para a área motora primária. Deste ponto, os impulsos também controlam os músculos FASCÍCULO ARQUEADO: É ELE atividade é mediada pelo neurônio QUEM VAI LEVAR A INFORMAÇÃO motor superior. Quando pensamos e (CONDUZIR O QUE BROCA PRODUZIU) organizamos o que iremos falar no córtex nas áreas motoras, é o PARA WERNICK E DE WERNICK PARA neurônio motor inferior que irá BROCA. executar. Estimula a contração do EX: Quando é solicitado para cantores nervo laríngeo e qualquer lesão reproduzir um tom, ele ouve e na área nessa via provoca fraqueza de Wernick ele lembra desse som muscular (voz astênica, fraca), porque ele já produziu no pré motor e paralisia e atrofia muscular. envia para a área de Broca que vai Qualquer alteração no nervo vago produzir o som. Ouvi – assimila – vai alterar a voz. preparação das estruturas laríngeas – execução. 2 VIAS DE ATIVAÇÃO DIRETA: Também conhecida como vias do Lesão no fascículo arqueado leva a sistema voluntário, sistema motor afasia de condução. É quando a direto, tratos piramidais (controle pessoa não tem condição de reproduzir consciente), vias piramidais ou o que ouve. neurônio motor superior (NMS). Constituem-se nas vias diretas do ÁREA DE WERNICK: Responsável pela córtex motor com função excitatória. informação auditiva sensorial. É nessa Sua principal ação é sobre as vias área que ocorre a modulação da voz. finais comuns inervando o neurônio motor inferior influenciando os PARA AVALIAÇÃO DE VOZ É movimentos conscientemente PRECISO: controlados distintos e rápidos da Avaliar capacidade cognitiva – voz. Lesão no NMS leva a perda ou córtex. redução dos movimentos Vias motoras do controle volitivo. voluntários. Avaliação neural central e periférico. 3 VIAS DE ATIVAÇÃO INDIRETA: É Avaliação auditivas sensoriais. uma via extrapiramidal (movimento inconsciente, exemplo pigarro) ou Tratar um paciente de voz prediz sistema motor indireto. O circuito avaliar processamento auditivo. extrapiramidal vai projetar-se para os gânglios da base e tálamo 2º AULA – 11/02/2022 (estabelecendo memória/emoções), AS 4 DIVISÕES DO SISTEMA retornando ao córtex. Referem-se a MOTOR: múltiplas sinapses entre sua origem 1 VIAS FINAIS COMUNS: Neurônio no cortes e vias finais comuns. motor inferior e nervos laríngeos, são derivação do nervo vago. Sua Lesão alteram o tônus muscular e integração também é involuntária reflexo laríngeo. (chorou a voz falhou), e também pode ser induzida (pessoas dissimuladas 4 CIRCUITO DE CONTROLE usam essa área, pensar em momentos MOTOR: Os centros dos gânglios da tristes e chora). base e centro do cerebelo irão formar o circuito de controle. Circuito 3º AULA – 16/02/2022 de migração das informações Substância cinzenta periaquedutal. sensoriais das vias de ativação Está relacionado a respiração. Fica direta e indireta. Regulando a abaixo do tálamo. Não depende da amplitude, velocidade e disparos nossa consciência durante a dos movimentos. Integra e coordena respiração. Desempenha papel movimentos finos, dirigidos e relevante na coordenação entre a rápidos (ritmo e fala). Alteração musculatura e respiratória e laríngea. neste circuito pode provocar redução da mobilidade (Parkinson), SISTEMA MOTOR AUTÔNOMO: Tem hipotonia, tremor e marcha atáxica. função de refinamento da atividade Também pode ocorrer ataque vocal. motora do nosso corpo. SNS: Prepara o organismo para Controle laríngeo pelo sistema situação de estresse. Aumenta límbico. pressão sanguínea, dilatação da pupila Está relacionado e envolvidos nos e aumenta o fluxo respiratório. comportamentos afetivos. A (Trabalhar com exercícios respiratório). Vocalização especifica acompanha emoções. Não tem como tratar SNPS: Promove relaxamento global. paciente em voz se não trabalhar o Diminui pressão sanguíneo e fluxo comportamento dele – alto regulação respiratório: bem-estar (controle das emoções). Quanto mais extrovertida é a pessoa, maior é a Possui uma relação indireta com a frequência vocal, intensidade e voz, influenciando principalmente a consequentemente maior os abusos qualidade vocal. vocais. O pitch aumenta. Ataques vocais bruscos, variação de frequência Performance comunicativa é como a e intensidade abruptas. pessoa se comunica (linguagem verbal, não verbal, corporal) e como o outro me Controle laríngeo pelo sistema enxerga. talâmico. Está relacionado a memória afetiva, manutenção da consciência, alerta e atenção. Integra emoções a voz e a fala. Tem a ver com prosódia. Essa MECANISMO NEUROLÓGICO fonação. Paralisia do véu palatino: PERIFÉRICO disfagia e disfonia. Envolve os 12 pares cranianos XI par (Acessório) – motor (motores, sensitivos e mistos) Inerva trapézio e esternocleidomastóideo. Paralisia do Nervos cranianos envolvidos na esternocleido causa dificuldade na produção da voz e fala são: mobilidade e fraqueza no pescoço e alterações vocais. V par (trigêmeo) – misto A porção sensitiva inerva face, boca e XII par (Hipoglosso) – motor mandíbula. Inerva os músculos intrínsecos e A porção motora é responsável pela extrínsecos da língua. Alguns músculos mastigação e palato mole. Inerva milo- do pescoço. Alteração nesta inervação hioideo e ventre anterior do digástrico. pode causar paralisia da língua e fasciculação. VII par (facial) – misto Inerva a musculatura da expressão INERVAÇÃO LARÍNGEA facial. O nervo laríngeo é um dos ramos do Sensibilidade dos 2/3 anteriores da nervo vago (X par). Ele é responsável língua. por todas as atividades motoras Essa inervação melhora a ressonância. laríngeas envolvidas na fonação e deglutição. Sai do forame jugular do VIII par (Vestibulo-coclear) – cérebro e segue verticalmente para sensitivo baixo e medialmente a artéria carótida Responsável pela audição e a e divide-se em nervo laríngeo superior percepção do indivíduo no espaço e inferior. (equilíbrio). Possui duas porções: nervo coclear e nervo vestíbulo coclear. NERVO LARÍNGEO SUPERIOR Monitoramento da fala. Principal nervo sensorial da laringe. Faz o reflexo de tosse, IX par (Glossofaríngeo) – misto produz muco quando identifica Parte sensitiva da região posterior da que a estrutura está ressecada. cavidade oral da faringe. Sensação e paladar na região posterior da língua. o Ramo interno: Inerva fibras Parte motora inerva músculos da sensórias e secretoras. faringe e véu palatino. o Ramo externo: Exclusivamente motor. Fibras X par (Vago) – misto motoras, inerva CT. Trato faringoesofágico. Relação com o nervo glossofaríngeo. Formação do plexo faríngeo. Mais importante na 4º AULA – 18/02/2022 conjunto de nervos: NERVO LARÍNGEO INFERIOR glossofaríngeo, vago e Principal nervo motor da laringe. hipoglosso que formam o plexo Divide-se em dois ramos que são faríngeo. denominados de: o Receptores sensoriais: Detecta RECORRENTE DIREITO: mais curto, mudanças na mucosa, nos passa pela artéria subclávia. movimentos das articulações e RECORRENTE ESQUERDO: mais nos tamanhos dos músculos (o longo, passa pela artéria aorta. Por ser quanto esticou). mais longo este ramo é mais mielinizado para equilibrar o impulso nervoso. As informações chegam ao 5º AULA – 23/02/2022
mesmo tempo tanto do lado direito Paralisia de prega vocal
como do lado esquerdo. Este ramo é Tem característica de voz soprosa. Pode ser mais suscetível a lesões. uni ou bilateral (lesão bilateral tem prognóstico ruim). Tem que atingir o nervo vago. Para ambos os ramos do nervo laríngeo recorrente direito e esquerdo Dados da Avaliação Perceptiva- o: auditiva o Ramo anterior: Inerva CAL e SOPROSIDADE: Uma prega pode não está TA o Ramo posterior: Inerva CAP funcionando plenamente ou as duas. e AA (ariaritenóide) TENSÃO: Vai compensar a soprosidade.
LESÃO ALTA – ACIMA DO FORAME RUGOSIDADE: Acontece porque a prega
JUGULAR paralisada não funciona, fica edemaciada e Paralisia de todos os músculos da não vibra em toda a sua extensão. laringe do lado afetado ou os dois. A prega vocal que está com o funcionamento
LESÃO BAIXA – ABAIXO DO normal, quando ela vibrar vai emitir um so
FORAME JUGULAR rugoso. Paralisia de parte da musculatura Não mantém frequência e intensidade. laríngea. DADOS DO DIAGRAMA FONATÓRIO PARTICULARIDADES LARINGEAS: (DDF): Quadro dividido em 4 áreas. o Sistema de Reflexos: FORA DA ÁREA DE NORMALIDADE: Considerado normalidade quadrante inferior Fechamento esfincteriano esquerdo. isolando a traqueia e pulmões Considerado alterado o quadrante inferior protegendo da entrada de direito, quadrante superior direito e esquerdo. elementos estranhos. O reflexo de tosse acontece por um QUADRANTE INFERIOR DIREITO: Quando tem marcação no QID, quando tem voz nele indica um desvio de soprosidade, ou seja, está alterado.
QUADRANTE SUPEIOR DIREITO E
ESQUERDO: Quando tem marcação no QID, quando tem voz nele indica tensão, ou seja, está alterado.
JITTER: Está relacionado a frequência.
Elevado devido a prega a irregularidade da prega vocal flácida. Período. Movimento da PV.
SHIMMER: Está relacionado a intensidade.
Elevado, a fenda vai causar a queda da pressão subglótica causando perturbação da intensidade. Quanto maior a soprosidade maior o shimmer.
PERFIL DE EXTENSÃO VOCAL:
FONATÓRIA: Reduzido com prejuízo graves
e agudos. Lesão laríngeo. Laríngeo superior – perda dos agudos Laríngeo Inferior – perda dos graves
DINÂMICA: Reduzido com prejuízos nos CARACTERÍSTICAS ACÚSTICAS:
fortes e muito fortes. Quanto mais próximo da linha média mais PARALISIA DE PREGA VOCAL rugosidade e menos soprosidade.
Quanto mais afastado da linha média mais
soprosidade e menos rugosidade.
Paralisia de PV direita vira a cabeça para
a direita.
Paralisia de PV esquerda vira a cabeça
para a esquerda
Esse movimento tem o objetivo de levar
a PV com o funcionamento normal para o fechamento durante a fonação. DISFONIAS NEUROLÓGICAS com a incapacidade de programação e não de execução de sons. CONCEITO: São distúrbios vocais que ETIOLOGIA DAS DISFONIAS acompanham lesões ou alterações no NEUROLÓGICAS sistema nervoso. Podem ser descritas Multifatorial e pode envolver qualquer como transtornos motores da fala. Todos lesão ou alteração nos componentes os pacientes com alterações neurológicas periféricos ou centrais. apresentam algum grau de disfonia.
Fala = articulação dos sons para produzir CAUSAS MAIS COMUNS
uma palavra, frase Traumatismos; AVE; Doenças Voz = é um sinal/ruído laríngeo. degenerativas; Distrofias musculares; Doenças autoimunes; infecções virais; CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS neurotoxinas e fatores ambientais. MOTORES DA FALA: Execução neuromuscular – Dispraxia TOPODIAGNÓSTICO o distúrbio do movimento FOCAL – envolve uma área ou um grupo Programação dos atos motores – de estruturas. (Melhor prognóstico) Disartrias o distúrbio da articulatório MULTIFOCAL – envolve mais uma área Se estamos falando só de voz – Disfonia ou um grupo de estruturas contíguas. neurológica Se estamos falando de articulação + DIFUSA – envolve porções produção de fala + voz – Disartrofonia (na aproximadamente simétricas, MO usa mais disartria e na voz disartrofonia) bilateralmente.
AFASIA ≠ DISARTRIA ≠ APRAXIA
SURGIMENTOS DOS SINTOMAS AFASIA: Dificuldade na comunicação após Agudo – em minutos uma lesão neurológico. É a ausência de Subagudo – em dias programação, planejamento para a produção Crônico – em meses da fala. É mais grave que a disartria. (LGG) Transiente – sintomas com resoluções DISARTRIA: Distúrbio da parte motora da completas. produção da fala. Pensa corretamente mas executa mal. Problema na execução da fala. As relações com as disfonias neurológicas Podem ocorrer alterações no SN central ou também tem associado os problemas da periférico. fala. Dentre as alterações tem aquelas que APRAXIA: Alteração no planejamento motor são de programação e as que são de da fala. É um transtorno motor da fala, ligada execução. APRAXIA será na respiração pois não há fechamento É um transtorno relacionado a glótico. Técnica de empuxo visa trazer a incapacidade de programação e não de contração muscular de outros músculos execução dos sons da fala. A programação para a voz. da inspiração e expiração é incoordenada Espásticos: Lesão no sistema piramidal havendo fala intercortada. Em alguns ou extrapiramidal produz rigidez e casos ocorre do paciente produzir o movimentos com extensão limitada. Tônus movimento antes da produção do som. muscular aumentado e reflexos hiperativos. Característica do sistema DISARTRIA estomatognatico articulação travada e Podem ocorrer por alterações no SNC ou imprecisa ou travada, mastigação SNP que podem produzir desvios no geralmente é vertical com movimentos controle motor do mecanismo da fala. A lentos. Quanto mais tensa a musculatura pessoa sabe o que ela quer falar o menor a velocidade de execução dos problema é no controle muscular para movimentos. produzir. Ou ela está fraca demais com Características de voz rugosa, tensa, uma fala pastosa (tipo de pessoa estrangulada, menor agilidade, alcoolizada). variação prosódica e modulação vocal. OBS: sistema piramidal ou extrapiramidal O DA pode ter características vocais de um fazem a modulação de contração e força disártrico (articulação de fala ruim) por falta do que vamos fazer. (andar, mastigar e de feedback natural de sim mesmo durante etc..) o processo de aquisição inicial de fala. Misto: Apresentam localização difusa no CLASSIFICAÇÃO DAS DISFONIAS SNC. Características da mista, flácida e NEUROLÓGICAS Aronson,(1980) espástica. Behlau (2005) Hipocinética: Problemas localizado nos gânglios da base (sistema extrapiramidal) DISFONIAS RELATIVAMENTE produz uma rigidez e extensão reduzida CONSTANTES: dos movimentos. Dificuldades em iniciar os Alterações de frequência, intensidade, movimentos e tremor em repouso. qualidade vocal, intensidade praticamente Característica de voz lenta, travada, constante durante a fala e a produção de rigidez. Pouco movimento. vogais sustentadas. Flutuações mínimas. Inclui os transtornos: DISFONIAS FLUTUANTES Flácidos: Lesão no neurônio motor inferior ARRÍTIMICAS produz fraqueza muscular (astenia). Apresentam fisiologia muscular arrítmica; Aspecto mais predominante de alteração irregularidades vocais; alteração na qualidade vocal, na frequência e Mioclônus palatolaringolaríngeo: intensidade trecho a trecho na produção aumento da amplitude vocal, pode da fala encadeada – mais acentuada na encontrar tremor vocal ou disfonia emissão de vogal sustentada. espasmódica, porém observado Inclui os transtornos: movimento mais lento sendo rítmico ou Distônica: Lesão nos gânglios da base. semi-rítmico com qualidade de voz Movimentos incoordenados, repetitivos variável. e involuntários. Característica vocal de DISFONIAS PAROXÍSTICAS forma tensa, estrangulada, dispneia e Ocorrem em episódios, possuem alterações esforço vocal. repentinas e aberrantes. Desvios extremos - Coréicas: Lesão nos gânglios base, Síndromes de Gilles de la Tourette. Possui apresenta movimentos involuntários no emissões fonatórias e verbais involuntárias tronco e face, disfagia e qualidade vocal acompanhadas de latidos, estalos e/ou tensa e estrangulada. palavrões. Etiologia não é definida. Rara. Atáxicas: Lesão cerebelar. São relativamente raras. Produz DISFONIAS POR PERDA DE FONAÇÃO incoordenação, déficit na regulagem da VOLITIVA força dos movimentos, velocidade, Não são classificadas como disartria, mas são extensão, timing e direção dos transtorno motores da fala ou fonação. Perda movimentos. do controle volitivo sobre os movimentos (ARACI DA TOPTERM) laríngeos e respiratórios. Não há perda da força muscular e da coordenação. Associa-se OBS: Disfonias distônica e coreica são a: disprosódia ou dialeto pseudo-estrangeiro. hepercinéticas. Pode confundir com O paciente não consegue produzir o som gagueira. mesmo querendo e tentando falar. Ela articula, mas não sai. Está relacionada ao DISFONIAS FLUTUANTES RÍTIMICAS psicológico. Não consegue perceber que está Apresentam alteração na qualidade, falando errado. Pode ser transitório (síndrome frequência e intensidade, de natureza de remissão ou progressivo (Parkinson) rítmica durante a produção da fala encadeada. QUADROS ASSOCIADOS A DISFONIA Inclui os transtornos: NEUROLÓGICA. Tremor vocal essencial: apresenta Miopatias e distrofias musculares – movimentos involuntários de caráter miastenias gravis; rítmico e que possui que possui curvas Trauma, tremor, iatrogenia, viral, senoidais. Fala trêmula com emissão idiopático, vascular, síndrome de Guillain – sustentada nas vogais. Barré. Paralisia Pseudobulbar frequências altas do espectro e harmônicos Doença de Parkinson agudos marcados. Coréia, mioclônus e distonias I – Instabilidade: Instabilidade, flutuação na
Degeneração, hemorragia e tumores. frequência fundamental e/ou na qualidade
Ela, esclerose múltipla, Sky-Drager vocal.
GRAU DA DISFONIA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA E 0 – Normal LARINGOLÓGICA NAS DISFONIAS 1 – Leve/ Discreto NEUROLÓGICA: 2 – Moderado
Nesta categoria de alteração pode-se 3 – Grave/Intenso
observar a associação de desvios dos outros TMF – TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO
subsistemas da fala. Homem: 20 Mulher: 15 CÇA: Idade dela
Respiração A qualidade da voz pode ser, mas se houver Relação S/Z: Articulação alteração nessas áreas Prosódia indica alteração S – Está relacionado ao padrão/função respiratório (aerodinâmica). Contração do - Podem vir acompanhados por alteração na CAP porque tem prega vocal aberta, com isso deglutição. haverá mais escape de ar. - Manipulação laríngea vai apresentar tensão no SEG. Z – Está relacionado a função vocal (coaptação glótica). Contração do CAL prega ESCALA GRBASI vocal fechada, há uma barreira G – Grau: Impressão global da voz, impacto A para achar o valor da relação S/Z eu da voz no ouvinte, percepção global do pego S e divido do Z. envelope do espectro, da fonte e dos filtros; identifica o grau da alteração vocal como um Valores de Referência: todo. Normofunção: 0,8 a 1,3 R – Rugosidade: Irregularidade nas vibrações Hiperfunção glótica: abaixo de 0,8 das pregas vocais, indica sensação de Hipofunção: acima de 1,3 rugosidade da emissão. B – Soprosidade: Soprosidade, turbulência Hiperfunção: Tensão laríngea, é empregado audível como um chiado, escape de ar na muito mais esforço do que deveria. glote, sensação de ar na voz. Hipofunção: Insuficiência muscular A – Astenia: Astenia, fraqueza vocal, perda de EXEMPLO DE HD: potência, energia vocal reduzida, harmônicos HD: Disfonia flutuante arrítmica de grau pouco reduzidos. moderado. S – Tensão: Tensão, impressão de estado hiperfuncional, frequência aguda, ruído nas