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RESUMO VOZ II – 1º BIMESTRE -

Funções Especializadas do Área Cortical Função


Cortex Motor Iniciação do
Córtex Cerebral Primário (giro pré- comportamento
central) (em
vermelho) motor
No córtex cerebral podem ser
Córtex Recebe informação
distinguidas diversas áreas, com limites tátil do corpo (tato,
Somatosensorial
e funções relativamente definidos. A Primário (em azul vibração,
diferença entre elas reside na espessura escuro) temperatura, dor)
e composição das camadas celulares e Córtex Prefrontal Planejamento,
na quantidade de fibras nervosas que (em pink) emoção, julgamento
chegam ou partem de cada uma. Córtex de
Associação Coordenação do
Motor (área pré- movimento complexo
Embora o sistema nervoso seja um todo motora) (em verde)
único, determinadas áreas cerebrais Centro da Produção da fala e
estão mais diretamente ligadas a certas Fala (Área de Broca) articulação
(em preto)
funções. Assim, podem ser distinguidas
Córtex Aditivo (em Detecção da
a área motora principal, a área sensitiva marrom) intensidade do som
principal, centros encarregados da visão, Processamento
Área de
audição, tato, olfato, gustação e assim Associação complexo da
por diante. Auditiva (em azul informação auditiva e
claro) memória
PROCESSAMENTO
Áreas corticais e suas funções. Áreas (EM AMARELO) DA INFORMAÇÃO
MULTISENSORIAL
de associação: são conectadas com
Processamento
várias áreas sensoriais e motoras por Área de complexo da
fibras de associação. Associação informação visual,
Visual (em laranja) percepção do
movimento
Córtex Visual (em Detecção de estímulo
verde musgo) visual simples
Área de Compreenssão da
Wernicke (em verde linguagem
limão)

As áreas de associação são importantes


na manutenção de atividades mais
elevadas no homem, ainda que não seja
possível localizar qualquer faculdade
mental específica ou fração da experiência
consciente. Afasias ou defeitos na fala
resultantes de lesões corticais ilustram a
significância das áreas de associação. Em
indivíduos dextros elas são produzidas por
lesões no hemisfério esquerdo (o
hemisfério dominante).
1º AULA – 09/02/2022 ventilatórios para que possam regular o fluxo
de ar pelas pregas vocais. As contrações
Aspectos básico do SN: Controla e ordena
coordenadas dos músculos relacionados com
a produção vocal.
a fala e a ventilação permitem que você
O SISTEMA NERVOSO PODE SER expresse seus pensamentos. Pessoas que
DIVIDO EM: sofrem um acidente vascular encefálico (AVE)
na área de Broca ainda conseguem ter
SNC – Que inclui cérebro e medula. Exemplo pensamentos coerentes, mas não conseguem
de alteração neurológica de origem central: formar palavras – fenômeno conhecido como
DOENÇA DE PARKINSON afasia motora, ou seja, a pessoa não
consegue articular o som.
SNP – Que inclui receptores sensoriais e
nervos. Exemplo de alteração neurológica de ÁREA SOMATOSSENSITIVA
origem periférica: PARALISIA DO NERVO
PRIMARIA (ÁREA 1,2,3) – GIRO PÓS-
RECORRENTE.
CENTRAL
OBS: A voz é um preditor de doenças
degenerativas. A área somatossensitiva primária permite que
você identifique onde se originam as
NEUROFISIOLOGIA DA VOZ – REGIÕES sensações somáticas, de modo que você
CORTICAIS LIGADAS A VOCALIZAÇÃO saiba exatamente em que parte do seu corpo
ÁREA MOTORA PRIMÁRIA (ÁREA 4) – você dará um tapa naquele mosquito chato.
GIRO PRÉ-CENTRAL Tato, pressão, vibração e temperatura.

O homúnculo motor é uma representação de ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR


todas as áreas motoras do nosso corpo
presente na área primaria motora. Diferentes É uma área de suporte principalmente para
músculos apresentam diferentes cantores, é onde tem os ornamentos vocais e
representações nesta área. Uma área cortical ressonância. É essa área que vai modular
maior é dedicada para os músculos estas características. Se perder essa área
envolvidos em movimentos complexos ou motora suplementar algumas funções são
delicados. A inervação motora da laringe perdidas. Essa área também é utilizada para
inicia-se no giro pré-central compensar por exemplo: Pede para o
paciente pensar que o som sai pelo nariz e o
ÁREA DE BROCA (ÁREA 44 E 45) paciente pensa e produz. Eu fiz com que o
Está localizada no lobo frontal próximo ao paciente produzisse som nasal que ele não
sulco lateral. Em cerca de 97% da população, tinha.
estas áreas de linguagem situam-se no
hemisfério esquerdo. O planejamento e a O CONJUNTO DE FIBRAS NERVOSAS NO
produção da fala ocorrem no lobo frontal SNC SÃO CHAMADOS DE TRATOS OU
esquerdo da maioria dos indivíduos. Os VIAS QUE TRANSMITEM IMPULSOS PARA
impulsos nervosos originados na área de OUTROS NEURÔNIOS.
Broca passam para as regiões pré-motoras
que controlam os músculos da laringe, da JÁ NO SISTEMA PERIFÉRICO SÃO
faringe e da boca. Os impulsos da área pré- CHAMADOS APENAS DE NERVOS, ESTES
motora resultam em contrações musculares TRANSMITEM IMPULSOS PARA OUTROS
específicas coordenadas. Simultaneamente, ORGÃOS.
os impulsos se propagam da área de Broca
para a área motora primária. Deste ponto, os
impulsos também controlam os músculos
FASCÍCULO ARQUEADO: É ELE atividade é mediada pelo neurônio
QUEM VAI LEVAR A INFORMAÇÃO motor superior. Quando pensamos e
(CONDUZIR O QUE BROCA PRODUZIU) organizamos o que iremos falar no
córtex nas áreas motoras, é o
PARA WERNICK E DE WERNICK PARA
neurônio motor inferior que irá
BROCA.
executar. Estimula a contração do
EX: Quando é solicitado para cantores nervo laríngeo e qualquer lesão
reproduzir um tom, ele ouve e na área nessa via provoca fraqueza
de Wernick ele lembra desse som muscular (voz astênica, fraca),
porque ele já produziu no pré motor e paralisia e atrofia muscular.
envia para a área de Broca que vai Qualquer alteração no nervo vago
produzir o som. Ouvi – assimila – vai alterar a voz.
preparação das estruturas laríngeas –
execução. 2 VIAS DE ATIVAÇÃO DIRETA:
Também conhecida como vias do
Lesão no fascículo arqueado leva a sistema voluntário, sistema motor
afasia de condução. É quando a direto, tratos piramidais (controle
pessoa não tem condição de reproduzir consciente), vias piramidais ou
o que ouve. neurônio motor superior (NMS).
Constituem-se nas vias diretas do
ÁREA DE WERNICK: Responsável pela
córtex motor com função excitatória.
informação auditiva sensorial. É nessa
Sua principal ação é sobre as vias
área que ocorre a modulação da voz.
finais comuns inervando o neurônio
motor inferior influenciando os
PARA AVALIAÇÃO DE VOZ É
movimentos conscientemente
PRECISO:
controlados distintos e rápidos da
 Avaliar capacidade cognitiva –
voz. Lesão no NMS leva a perda ou
córtex.
redução dos movimentos
 Vias motoras do controle volitivo.
voluntários.
 Avaliação neural central e
periférico. 3 VIAS DE ATIVAÇÃO INDIRETA: É
 Avaliação auditivas sensoriais. uma via extrapiramidal (movimento
inconsciente, exemplo pigarro) ou
Tratar um paciente de voz prediz sistema motor indireto. O circuito
avaliar processamento auditivo. extrapiramidal vai projetar-se para
os gânglios da base e tálamo
2º AULA – 11/02/2022
(estabelecendo memória/emoções),
AS 4 DIVISÕES DO SISTEMA retornando ao córtex. Referem-se a
MOTOR: múltiplas sinapses entre sua origem
1 VIAS FINAIS COMUNS: Neurônio
no cortes e vias finais comuns.
motor inferior e nervos laríngeos,
são derivação do nervo vago. Sua
Lesão alteram o tônus muscular e integração também é involuntária
reflexo laríngeo. (chorou a voz falhou), e também pode
ser induzida (pessoas dissimuladas
4 CIRCUITO DE CONTROLE usam essa área, pensar em momentos
MOTOR: Os centros dos gânglios da tristes e chora).
base e centro do cerebelo irão
formar o circuito de controle. Circuito 3º AULA – 16/02/2022
de migração das informações Substância cinzenta periaquedutal.
sensoriais das vias de ativação Está relacionado a respiração. Fica
direta e indireta. Regulando a abaixo do tálamo. Não depende da
amplitude, velocidade e disparos nossa consciência durante a
dos movimentos. Integra e coordena respiração. Desempenha papel
movimentos finos, dirigidos e relevante na coordenação entre a
rápidos (ritmo e fala). Alteração musculatura e respiratória e laríngea.
neste circuito pode provocar
redução da mobilidade (Parkinson), SISTEMA MOTOR AUTÔNOMO: Tem
hipotonia, tremor e marcha atáxica. função de refinamento da atividade
Também pode ocorrer ataque vocal. motora do nosso corpo.
SNS: Prepara o organismo para
Controle laríngeo pelo sistema situação de estresse. Aumenta
límbico. pressão sanguínea, dilatação da pupila
Está relacionado e envolvidos nos e aumenta o fluxo respiratório.
comportamentos afetivos. A (Trabalhar com exercícios respiratório).
Vocalização especifica acompanha
emoções. Não tem como tratar SNPS: Promove relaxamento global.
paciente em voz se não trabalhar o Diminui pressão sanguíneo e fluxo
comportamento dele – alto regulação respiratório: bem-estar
(controle das emoções). Quanto mais
extrovertida é a pessoa, maior é a Possui uma relação indireta com a
frequência vocal, intensidade e voz, influenciando principalmente a
consequentemente maior os abusos qualidade vocal.
vocais. O pitch aumenta. Ataques
vocais bruscos, variação de frequência Performance comunicativa é como a
e intensidade abruptas. pessoa se comunica (linguagem verbal,
não verbal, corporal) e como o outro me
Controle laríngeo pelo sistema enxerga.
talâmico.
Está relacionado a memória afetiva,
manutenção da consciência, alerta e
atenção. Integra emoções a voz e a
fala. Tem a ver com prosódia. Essa
MECANISMO NEUROLÓGICO fonação. Paralisia do véu palatino:
PERIFÉRICO disfagia e disfonia.
 Envolve os 12 pares cranianos  XI par (Acessório) – motor
(motores, sensitivos e mistos) Inerva trapézio e
esternocleidomastóideo. Paralisia do
Nervos cranianos envolvidos na esternocleido causa dificuldade na
produção da voz e fala são: mobilidade e fraqueza no pescoço e
alterações vocais.
 V par (trigêmeo) – misto
A porção sensitiva inerva face, boca e  XII par (Hipoglosso) – motor
mandíbula. Inerva os músculos intrínsecos e
A porção motora é responsável pela extrínsecos da língua. Alguns músculos
mastigação e palato mole. Inerva milo- do pescoço. Alteração nesta inervação
hioideo e ventre anterior do digástrico. pode causar paralisia da língua e
fasciculação.
 VII par (facial) – misto
Inerva a musculatura da expressão INERVAÇÃO LARÍNGEA
facial. O nervo laríngeo é um dos ramos do
Sensibilidade dos 2/3 anteriores da nervo vago (X par). Ele é responsável
língua. por todas as atividades motoras
Essa inervação melhora a ressonância. laríngeas envolvidas na fonação e
deglutição. Sai do forame jugular do
 VIII par (Vestibulo-coclear) – cérebro e segue verticalmente para
sensitivo baixo e medialmente a artéria carótida
Responsável pela audição e a e divide-se em nervo laríngeo superior
percepção do indivíduo no espaço e inferior.
(equilíbrio). Possui duas porções: nervo
coclear e nervo vestíbulo coclear.  NERVO LARÍNGEO SUPERIOR
Monitoramento da fala. Principal nervo sensorial da
laringe. Faz o reflexo de tosse,
 IX par (Glossofaríngeo) – misto produz muco quando identifica
Parte sensitiva da região posterior da que a estrutura está ressecada.
cavidade oral da faringe. Sensação e
paladar na região posterior da língua. o Ramo interno: Inerva fibras
Parte motora inerva músculos da sensórias e secretoras.
faringe e véu palatino. o Ramo externo:
Exclusivamente motor. Fibras
 X par (Vago) – misto motoras, inerva CT.
Trato faringoesofágico. Relação com o
nervo glossofaríngeo. Formação do
plexo faríngeo. Mais importante na
4º AULA – 18/02/2022 conjunto de nervos:
 NERVO LARÍNGEO INFERIOR glossofaríngeo, vago e
Principal nervo motor da laringe. hipoglosso que formam o plexo
Divide-se em dois ramos que são faríngeo.
denominados de:
o Receptores sensoriais: Detecta
RECORRENTE DIREITO: mais curto,
mudanças na mucosa, nos
passa pela artéria subclávia.
movimentos das articulações e
RECORRENTE ESQUERDO: mais
nos tamanhos dos músculos (o
longo, passa pela artéria aorta. Por ser
quanto esticou).
mais longo este ramo é mais
mielinizado para equilibrar o impulso
nervoso. As informações chegam ao 5º AULA – 23/02/2022

mesmo tempo tanto do lado direito Paralisia de prega vocal


como do lado esquerdo. Este ramo é Tem característica de voz soprosa. Pode ser
mais suscetível a lesões. uni ou bilateral (lesão bilateral tem prognóstico
ruim). Tem que atingir o nervo vago.
Para ambos os ramos do nervo
laríngeo recorrente direito e esquerdo Dados da Avaliação Perceptiva-
o:
auditiva
o Ramo anterior: Inerva CAL e
SOPROSIDADE: Uma prega pode não está
TA
o Ramo posterior: Inerva CAP funcionando plenamente ou as duas.
e AA (ariaritenóide) TENSÃO: Vai compensar a soprosidade.

LESÃO ALTA – ACIMA DO FORAME RUGOSIDADE: Acontece porque a prega


JUGULAR paralisada não funciona, fica edemaciada e
Paralisia de todos os músculos da não vibra em toda a sua extensão.
laringe do lado afetado ou os dois.
A prega vocal que está com o funcionamento

LESÃO BAIXA – ABAIXO DO normal, quando ela vibrar vai emitir um so


FORAME JUGULAR rugoso.
Paralisia de parte da musculatura
Não mantém frequência e intensidade.
laríngea.
DADOS DO DIAGRAMA FONATÓRIO
PARTICULARIDADES LARINGEAS: (DDF): Quadro dividido em 4 áreas.
o Sistema de Reflexos: FORA DA ÁREA DE NORMALIDADE:
Considerado normalidade quadrante inferior
Fechamento esfincteriano
esquerdo.
isolando a traqueia e pulmões Considerado alterado o quadrante inferior
protegendo da entrada de direito, quadrante superior direito e esquerdo.
elementos estranhos. O reflexo
de tosse acontece por um
QUADRANTE INFERIOR DIREITO: Quando
tem marcação no QID, quando tem voz nele
indica um desvio de soprosidade, ou seja, está
alterado.

QUADRANTE SUPEIOR DIREITO E


ESQUERDO: Quando tem marcação no QID,
quando tem voz nele indica tensão, ou seja,
está alterado.

JITTER: Está relacionado a frequência.


Elevado devido a prega a irregularidade da
prega vocal flácida. Período. Movimento da
PV.

SHIMMER: Está relacionado a intensidade.


Elevado, a fenda vai causar a queda da
pressão subglótica causando perturbação da
intensidade. Quanto maior a soprosidade
maior o shimmer.

PERFIL DE EXTENSÃO VOCAL:

FONATÓRIA: Reduzido com prejuízo graves


e agudos. Lesão laríngeo.
Laríngeo superior – perda dos agudos
Laríngeo Inferior – perda dos graves

DINÂMICA: Reduzido com prejuízos nos CARACTERÍSTICAS ACÚSTICAS:


fortes e muito fortes.
 Quanto mais próximo da linha média mais
PARALISIA DE PREGA VOCAL rugosidade e menos soprosidade.

 Quanto mais afastado da linha média mais


soprosidade e menos rugosidade.

 Paralisia de PV direita vira a cabeça para


a direita.

 Paralisia de PV esquerda vira a cabeça


para a esquerda

Esse movimento tem o objetivo de levar


a PV com o funcionamento normal para
o fechamento durante a fonação.
DISFONIAS NEUROLÓGICAS com a incapacidade de programação e não de
execução de sons.
CONCEITO: São distúrbios vocais que
ETIOLOGIA DAS DISFONIAS
acompanham lesões ou alterações no
NEUROLÓGICAS
sistema nervoso. Podem ser descritas
Multifatorial e pode envolver qualquer
como transtornos motores da fala. Todos
lesão ou alteração nos componentes
os pacientes com alterações neurológicas
periféricos ou centrais.
apresentam algum grau de disfonia.

Fala = articulação dos sons para produzir CAUSAS MAIS COMUNS


uma palavra, frase Traumatismos; AVE; Doenças
Voz = é um sinal/ruído laríngeo. degenerativas; Distrofias musculares;
Doenças autoimunes; infecções virais;
CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS neurotoxinas e fatores ambientais.
MOTORES DA FALA:
 Execução neuromuscular – Dispraxia TOPODIAGNÓSTICO
o distúrbio do movimento FOCAL – envolve uma área ou um grupo
 Programação dos atos motores – de estruturas. (Melhor prognóstico)
Disartrias
o distúrbio da articulatório MULTIFOCAL – envolve mais uma área
Se estamos falando só de voz – Disfonia ou um grupo de estruturas contíguas.
neurológica
Se estamos falando de articulação + DIFUSA – envolve porções
produção de fala + voz – Disartrofonia (na aproximadamente simétricas,
MO usa mais disartria e na voz disartrofonia) bilateralmente.

AFASIA ≠ DISARTRIA ≠ APRAXIA


SURGIMENTOS DOS SINTOMAS
AFASIA: Dificuldade na comunicação após Agudo – em minutos
uma lesão neurológico. É a ausência de Subagudo – em dias
programação, planejamento para a produção Crônico – em meses
da fala. É mais grave que a disartria. (LGG) Transiente – sintomas com resoluções
DISARTRIA: Distúrbio da parte motora da completas.
produção da fala. Pensa corretamente mas
executa mal. Problema na execução da fala. As relações com as disfonias neurológicas
Podem ocorrer alterações no SN central ou também tem associado os problemas da
periférico. fala. Dentre as alterações tem aquelas que
APRAXIA: Alteração no planejamento motor são de programação e as que são de
da fala. É um transtorno motor da fala, ligada execução.
APRAXIA será na respiração pois não há fechamento
É um transtorno relacionado a glótico. Técnica de empuxo visa trazer a
incapacidade de programação e não de contração muscular de outros músculos
execução dos sons da fala. A programação para a voz.
da inspiração e expiração é incoordenada  Espásticos: Lesão no sistema piramidal
havendo fala intercortada. Em alguns ou extrapiramidal produz rigidez e
casos ocorre do paciente produzir o movimentos com extensão limitada. Tônus
movimento antes da produção do som. muscular aumentado e reflexos
hiperativos. Característica do sistema
DISARTRIA estomatognatico articulação travada e
Podem ocorrer por alterações no SNC ou imprecisa ou travada, mastigação
SNP que podem produzir desvios no geralmente é vertical com movimentos
controle motor do mecanismo da fala. A lentos. Quanto mais tensa a musculatura
pessoa sabe o que ela quer falar o menor a velocidade de execução dos
problema é no controle muscular para movimentos.
produzir. Ou ela está fraca demais com Características de voz rugosa, tensa,
uma fala pastosa (tipo de pessoa estrangulada, menor agilidade,
alcoolizada). variação prosódica e modulação vocal.
OBS: sistema piramidal ou extrapiramidal
O DA pode ter características vocais de um
fazem a modulação de contração e força
disártrico (articulação de fala ruim) por falta
do que vamos fazer. (andar, mastigar e
de feedback natural de sim mesmo durante
etc..)
o processo de aquisição inicial de fala.
 Misto: Apresentam localização difusa no
 CLASSIFICAÇÃO DAS DISFONIAS SNC. Características da mista, flácida e
NEUROLÓGICAS Aronson,(1980) espástica.
Behlau (2005)  Hipocinética: Problemas localizado nos
gânglios da base (sistema extrapiramidal)
DISFONIAS RELATIVAMENTE
produz uma rigidez e extensão reduzida
CONSTANTES:
dos movimentos. Dificuldades em iniciar os
Alterações de frequência, intensidade,
movimentos e tremor em repouso.
qualidade vocal, intensidade praticamente
Característica de voz lenta, travada,
constante durante a fala e a produção de
rigidez. Pouco movimento.
vogais sustentadas. Flutuações mínimas.
Inclui os transtornos:
DISFONIAS FLUTUANTES
 Flácidos: Lesão no neurônio motor inferior
ARRÍTIMICAS
produz fraqueza muscular (astenia).
Apresentam fisiologia muscular arrítmica;
Aspecto mais predominante de alteração
irregularidades vocais; alteração na
qualidade vocal, na frequência e  Mioclônus palatolaringolaríngeo:
intensidade trecho a trecho na produção aumento da amplitude vocal, pode
da fala encadeada – mais acentuada na encontrar tremor vocal ou disfonia
emissão de vogal sustentada. espasmódica, porém observado
Inclui os transtornos: movimento mais lento sendo rítmico ou
 Distônica: Lesão nos gânglios da base. semi-rítmico com qualidade de voz
Movimentos incoordenados, repetitivos variável.
e involuntários. Característica vocal de DISFONIAS PAROXÍSTICAS
forma tensa, estrangulada, dispneia e Ocorrem em episódios, possuem alterações
esforço vocal. repentinas e aberrantes. Desvios extremos -
 Coréicas: Lesão nos gânglios base, Síndromes de Gilles de la Tourette. Possui
apresenta movimentos involuntários no emissões fonatórias e verbais involuntárias
tronco e face, disfagia e qualidade vocal acompanhadas de latidos, estalos e/ou
tensa e estrangulada. palavrões. Etiologia não é definida. Rara.
 Atáxicas: Lesão cerebelar. São
relativamente raras. Produz DISFONIAS POR PERDA DE FONAÇÃO
incoordenação, déficit na regulagem da VOLITIVA
força dos movimentos, velocidade, Não são classificadas como disartria, mas são
extensão, timing e direção dos transtorno motores da fala ou fonação. Perda
movimentos. do controle volitivo sobre os movimentos
(ARACI DA TOPTERM) laríngeos e respiratórios. Não há perda da
força muscular e da coordenação. Associa-se
OBS: Disfonias distônica e coreica são
a: disprosódia ou dialeto pseudo-estrangeiro.
hepercinéticas. Pode confundir com
O paciente não consegue produzir o som
gagueira.
mesmo querendo e tentando falar. Ela
articula, mas não sai. Está relacionada ao
DISFONIAS FLUTUANTES RÍTIMICAS
psicológico. Não consegue perceber que está
Apresentam alteração na qualidade,
falando errado. Pode ser transitório (síndrome
frequência e intensidade, de natureza
de remissão ou progressivo (Parkinson)
rítmica durante a produção da fala
encadeada. QUADROS ASSOCIADOS A DISFONIA
Inclui os transtornos: NEUROLÓGICA.
 Tremor vocal essencial: apresenta  Miopatias e distrofias musculares –
movimentos involuntários de caráter miastenias gravis;
rítmico e que possui que possui curvas  Trauma, tremor, iatrogenia, viral,
senoidais. Fala trêmula com emissão idiopático, vascular, síndrome de Guillain –
sustentada nas vogais. Barré.
 Paralisia Pseudobulbar frequências altas do espectro e harmônicos
 Doença de Parkinson agudos marcados.
 Coréia, mioclônus e distonias I – Instabilidade: Instabilidade, flutuação na

 Degeneração, hemorragia e tumores. frequência fundamental e/ou na qualidade

 Ela, esclerose múltipla, Sky-Drager vocal.


GRAU DA DISFONIA
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA E
0 – Normal
LARINGOLÓGICA NAS DISFONIAS
1 – Leve/ Discreto
NEUROLÓGICA:
2 – Moderado

Nesta categoria de alteração pode-se 3 – Grave/Intenso

observar a associação de desvios dos outros TMF – TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO

subsistemas da fala. Homem: 20 Mulher: 15 CÇA: Idade dela


 Respiração A qualidade da voz pode
ser, mas se houver Relação S/Z:
 Articulação alteração nessas áreas
 Prosódia indica alteração S – Está relacionado ao padrão/função
respiratório (aerodinâmica). Contração do
- Podem vir acompanhados por alteração na
CAP porque tem prega vocal aberta, com isso
deglutição.
haverá mais escape de ar.
- Manipulação laríngea vai apresentar tensão
no SEG. Z – Está relacionado a função vocal
(coaptação glótica). Contração do CAL prega
ESCALA GRBASI vocal fechada, há uma barreira
G – Grau: Impressão global da voz, impacto
 A para achar o valor da relação S/Z eu
da voz no ouvinte, percepção global do
pego S e divido do Z.
envelope do espectro, da fonte e dos filtros;
identifica o grau da alteração vocal como um Valores de Referência:
todo.
 Normofunção: 0,8 a 1,3
R – Rugosidade: Irregularidade nas vibrações
 Hiperfunção glótica: abaixo de 0,8
das pregas vocais, indica sensação de
 Hipofunção: acima de 1,3
rugosidade da emissão.
B – Soprosidade: Soprosidade, turbulência Hiperfunção: Tensão laríngea, é empregado
audível como um chiado, escape de ar na muito mais esforço do que deveria.
glote, sensação de ar na voz. Hipofunção: Insuficiência muscular
A – Astenia: Astenia, fraqueza vocal, perda de EXEMPLO DE HD:
potência, energia vocal reduzida, harmônicos HD: Disfonia flutuante arrítmica de grau
pouco reduzidos. moderado.
S – Tensão: Tensão, impressão de estado
hiperfuncional, frequência aguda, ruído nas

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