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LOBO PARIETAL

E O SISTEMA NERVOSO
PSICOLOGIA E NEUROCIÊNCIAS
LOBO PARIETAL 01
Responsável pela integração
das informações sensoriais,
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As lesões no lobo parietal
podem resultar em uma
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Afasia Receptiva:
Lesões na área de Wernicke,
interpretação da dor, série de déficits sensoriais e caracterizada por uma
representação espacial do cognitivos que afetam compreensão comprometida
mundo (hemisfério não profundamente a vida diária
dominante), habilidades
da linguagem falada.
e a percepção do mundo
linguísticas e matemática
dos indivíduos afetados.
(hemisfério cerebral
dominante).

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Síndrome de Balint:
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Infarto do Lobo Parietal:
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Síndrome de Gerstmann:
Associada a lesões bilaterais Manifesta-se por uma variedade Lesões no lóbulo parietal inferior
extensas, esta síndrome de sintomas, incluindo do hemisfério dominante
provoca déficits na atenção heminegligência espacial, ataxia podem levar a esta síndrome,
visual e coordenação motora. óptica e déficits caracterizada por agrafia,
hemossensoriais, dependendo acalculia, afasia e agnosia. A
da localização da lesão.

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capacidade de interpretar a
linguagem escrita ou oral pode
ser comprometida

Apraxia: Em casos em que o lobo parietal não dominante,


geralmente o direito, sofre lesões, os indivíduos podem
enfrentar dificuldades significativas na execução de tarefas
simples do cotidiano, como pentear o cabelo ou se vestir.
O SISTEMA NERVOSO
E A SUA NEUROPLASTICIDADE

O Sistema Nervoso é composto por células


especializadas, os neurônios. São eles que “sentem” as
mudanças dentro e fora do corpo, que comunicam
essas mudanças a outros neurônios especializados, e
assim, comandam as respostas corporais a essas
sensações;

A Neuroplasticidade é a capacidade de reorganizar as


conexões entre os neurônios como forma de
aprendizagem que ocorre por meio da repetição.
“Cada neurônio pode
formar até 10.000 conexões
com outros neurônios.
Essas conexões mudam
com base no que mais
fazemos.”
OS NEURÔNIOS
AS CÉLULAS MAIS ESPECIALIZADAS DO NOSSO CORPO
Não se parecem com nenhuma outra célula do nosso
corpo. A maioria de nossas células são compactas e
arredondadas;

São mais como as raízes de uma planta, que se


ramificam em todas as direções, conectando-se entre
si, captando e passando as informações interna e
externamente ao nosso corpo;

Há 100 bilhões de neurônios dentro do nosso cérebro e


mais outros milhões serpenteando por todo corpo
humano.
REPETIR, REPETIR E REPETIR!
Como uma boxeadora se torna cada dia melhor?
Quando uma boxeadora aprende um novo movimento,
é forjado um trajeto temporário ao redor do neurônio
por meio de substâncias químicas;

Conforme ela pratica esse movimento dia após dia, essa


mudança química torna-se estrutural, ou seja, cria-se
um aprendizado neural;

Os neurônios mudam de forma e de posição com o


tempo, e a medida que praticamos um movimento, o
trajeto de conexões criado vai ficando mais fixo, ou seja,
é formada uma memória.
“Quanto mais se pratica
algo, mais o cérebro
muda, ele se adapta
formando novas
conexões.”
O SISTEMA LÍMBICO
O IMPACTO DAS EMOÇÕES EM NOSSAS AÇÕES

A Amígdala desempenha um papel central no


processamento das emoções, incluindo o medo. É
responsável por desencadear a resposta de luta ou fuga
em situações de perigo percebido;

Já o Córtex Pré-Frontal está envolvido na regulação


emocional e na tomada de decisões;

Uma situação de perigo que teve uma resposta


emocional exacerbada do sistema límbico, pode vir a se
tornar um trauma de longo prazo.
Quando Magaly experimenta o
trauma emocional durante o
furacão, a sensação de não
conseguir proteger suas filhas,
resulta em uma resposta de
estresse aumentada;
O trauma emocional de Magaly
desencadeia uma resposta
complexa no cérebro, envolvendo
a interação entre a amígdala e o
córtex pré-frontal, afetando sua
capacidade de reagir
racionalmente e lidar com as
emoções de forma saudável.
TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT)
Um trauma emocional pode comprometer a função do
cortéx pré-frontal levando a dificuldade na gestão do
medo e da ansiedade mesmo após a situação de perigo
iminente cessada;

Uma forma de lidar com o TEPT é a exposição


controlada a situação causadora, recriando o evento
estressante para treinar o cérebro a acalmar os alarmes
do medo e ansiedade exacerbados;

Assim como podemos treinar os movimentos do nosso


corpo com a prática (boxeadora), podemos fazer o
mesmo com nossas emoções.
“Se treinarmos a
amígdala para lembrar
como lidar com o
estresse em um
momento futuro de
medo, ela permitirá que
a lógica e a razão
permaneçam.”
A COMUNICAÇÃO ENTRE
CÉREBRO E MEDULA ESPINAL
A medula espinal é uma grande auto-estrada de nervos
ligando o cérebro ao resto do corpo, permitindo a
interação com cada orgão, músculo e célula;

Dos pés à cabeça, o nosso cérebro usa um sistema de


comunicação muito parecido com dados digitais,
armazenando informações e transferindo-as por meio
de pulsos através dos nervos;

Juntos (medula e cérebro), formam o principal centro


elétrico do nosso corpo que é extremamente delicado.
Por isso, ficam aninhados dentro de camadas ósseas do
crânio e das vértebras, como também, suspensos em
um fluído transparente para absorver choques.
“Nenhuma outra parte do
corpo tem esse nível de
proteção, pois um sistema
nervoso danificado pode
causar grandes estragos.”
A EVOLUÇÃO DÓI!
Por que a dor nas costas é tão comum em humanos?
Nossa coluna foi projetada inicialmente como para um
quadrúpede. Quando passamos à ser bípedes, forçamos
essa estrutura a se manter ereta, comprimindo assim os
nervos que estão entre as vértebras;

A dor é uma coisa boa. É uma sensação neural que nos


avisa se algo está errado para podermos “consertar”.

Mas quando a dor é causada por algum nervo


comprimido, ela pode durar por muito mais tempo,
porque enquanto houver compressão, o nervo
continuará a mandar sinais ao cérebro, principalmente
em forma de:
Queimação, pontada, fisgada;
Dormência e formigamento.
DOR CIÁTICA
A MAIS DEBILITANTE

A dor ciática é um sintoma de compressão de um dos


maiores nervos do corpo humano;

Os nervos ciáticos começam como raízes nervosas


separadas na parte inferior das costas, se unem na
parte de trás do quadril, depois viajam pela perna como
um só nervo e se dividem novamente na parte inferior
de cada perna;

A maioria das pessoas tem inflamações ao redor dos


discos da coluna, devido a esforço físico excessivo,
assim como o Andy.
“Precisa ser
inteligente o suficiente
para ser engenheiro e
burro o suficiente para
escalar uma torre.”
Andy Holdane - Operador de torre de celular
DOR CIÁTICA:
TRATAMENTO E PREVENÇÃO

Os tratamentos mais comuns para dores ciáticas são


medicamentos e fisioterapias;

Na prevenção, a melhor maneira são exercícios físicos


como a musculação, por exemplo, pois trabalha na
construção da força e não ajuda somente os músculos,,
mas também nosso sistema nervoso, estimulando os
neurônios em certas partes do cérebro ligados à
resistência e flexibilidade corporal.
HOMO EX MACHINA
Como espécie, o ser humano está sempre buscando formas de se
ajustar. O nosso corpo é um sistema tão adaptável que é
comparado à uma máquina extraordinária. Ao longo da história,
tendemos a nos ver de forma muito parecida com a tecnologia
dominante daquela época. Então, quando aprendemos sobre
linha de montagem na Era Industrial, começamos a nos ver
também, como uma junção de peças intercambiáveis.
O CERÉBRO E O LUTO PELO
MEMBRO PERDIDO
Nossas mãos fornecem abundantes informações ao
cérebro sobre o mundo físico. Mas o que ocorre
quando essa transmissão é abruptamente cortada? O
cérebro entra em um estado de luto ou negação ao
perder um membro;
A hipótese é que, quando as informações chegam ao
cérebro, há uma interrupção abrupta, levando-o a
pensar que algo está muito errado. Mesmo após a
perda, o cérebro continua tentando interagir com a
parte ausente, resultando na dor fantasma;

Os neurônios, familiarizados com a mão ao longo da


vida, permanecem na expectativa de uma resposta.
“Perder um membro
é como perder um
ente querido, você
passa pelo luto,
sente muito a perda.”
Jason Little - O homem biônico
JASON LITTLE, O HOMEM BIÔNICO
Desconhecemos exatamente como a mente concebe os
sinais que recebe, mas a criação de membros biônicos
possibilita a comunicação com os sinais elétricos ainda
gerados nessa parte do corpo;

Em um laboratório em Miami, pesquisadores


desenvolveram uma interface neural para o braço
protético de Jason. Eles podem acessar o sistema
nervoso do cérebro e reativar essas conexões perdidas
após a perda de um membro;

A primeira pessoa a utilizar essa tecnologia


experimental é Jason Little.
JASON LITTLE, O HOMEM BIÔNICO
Com o braço protético convencional, ele pode abrir e
fechar sua mão biônica, mas não sente nada. Com o
novo sensor, as sensações podem ser transmitidas para
ele, permitindo sentir o toque e distinguir entre sólido e
macio;
O neuro-estimulador, implantado em seu braço,
interpreta essas sensações. Jason realizou um teste
para avaliar a eficácia do neurotransmissor,
conseguindo diferenciar objetos sólidos e macios sem
poder ver nem ouvir;
Durante anos, o cérebro de Jason tentou compreender
o que aconteceu com sua mão, buscando contato.
Então, novas mensagens começaram a chegar, em uma
linguagem familiar, permitindo ao cérebro adaptar-se a
essa tecnologia.
“Nosso cérebro é incrivelmente
flexível, capaz de reconectar-se
de formas inesperadas,
mostrando sua capacidade
contínua de adaptação.”
THANK
YOU

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