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Capítulo XIV de Os Maias de Eça de Queirós
Capítulo XIV de Os Maias de Eça de Queirós
Para dar uma breve introdução é neste capítulo que começa a levantar-se o véu sobre o
passado de Maria Eduarda. Apesar de todas as hesitações de Carlos, acho que nós enquanto
leitores iremos ter a oportunidade de conhecer o seu “bom coração” e é fácil perceber-se que
nada fará abalar o seu amor por Maria Eduarda.
Afonso da Maia parte para Santa Olávia, e nesse mesmo dia, Carlos instala Maria
Eduarda nos olivais. Por sua vez, Ega parte também para Sintra onde os Cohen passam o verão.
Carlos fica livre para dedicar-se a Maria: dormia no ramalhete e depois do almoço ia para os
olivais, onde fazia longas cestas com a sua amada no quiosque japonês. O amor entre estas
personagens começa a ficar cada vez mais fortalecido e profundo. Nasce também o desejo da
partida fugitiva de ambos para Itália.
É criado um desejo de querem estar cada vez mais próximos, por isso, Carlos começa a
ir ter com Maria após o jantar e a voltar apenas durante a madrugada. Eventualmente acabou por
alugar uma pequena casa nos olivais.
Craft volta de santa Olávia e transmite o sentimento de desgosto do avô de Carlos por
este não lhe ter feito nenhuma visita. Com esta informação, Carlos, decide partir para Santa
Olávia para visitar o avô. Porém, antes disso leva Maria a conhecer o ramalhete (conhecemos
um pouco da vida passada de Maria Eduarda) onde se dá o primeiro encontro com Ega.
Quando Carlos volta de Santa Olávia recebe uma visita de Castro Gomes que trazia uma
carta anónima (depois descobrimos que terá sido escrita por Dâmaso, dando-nos uma perceção
do seu carácter de “malandro” e que adora escândalos) onde era revelada a sua relação amorosa
com Maria Eduarda. (citar carta)
Castro Gomes expressa a Carlos que não é verdadeiramente casado com Maria e que
Rosa também não é sua filha. Era apenas uma companhia que em troco recebia o seu nome e
dinheiro. Por isso decidiu também que para não passar por marido atraiçoado iria apenas retira o
nome que lhe tinha dado.
Carlos sentiu-se humilhado e desapontado: afinal Maria não passava de uma mulher
vulgar.
Carlos desabafa com Ega (que simplificou a situação aos olhos de Carlos dizendo que
apenas lhe diminuía os obstáculos para alimentar esta sua paixão) e planeia escrever uma carta a
Maria com uma despedida fria. Porém acaba por ir falar com Maria, pessoalmente, aos olivais.
No caminho descobre, através de Melanie, que Maria está tristíssima pois Castro Gomes
estivera nos Olivais e também garante a Carlos que Maria desde que estava nos Olivais não
tinha gastado nem um tostão de Castro Gomes: vivia apenas das suas joias.
No encontro, Maria foi altamente recriminada por Carlos. Porém as suas lágrimas, as
suas explicações e dignidade acabam por mostrar que ela não é uma mulher vulgar como Carlos
tinha imaginado. O capítulo encerra-se com Carlos a pedir Maria Eduarda em casamento. (citar
excertos da conversa). O capítulo tem um desfecho extraordinário uma vez que após tanta
discussão entre os dois e tanto desentendimento, Carlos dá um passo inesperado, que eu
pessoalmente enquanto leitora não estava à espera, tornando a leitura ainda mais interessante.