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DOZE PASSOS

(Adaptados de AA)
Os Doze Passos são sugestões de conduta ideais para nos libertarmos de
problemas emocionais, dependências, compulsões, solidão e uma série de
comportamentos indesejáveis que adquirimos como consequência de
nossa separação de Deus que nos levam ao sofrimento.
" Os Doze Passos são um presente que Deus enviou a humanidade através
dos fundadores de AA, e que tem curado e salvado milhares de vidas no
mundo inteiro."

1º Passo:
Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação
de Deus, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
"Pois sei que em mim, quero dizer, em minha carne, o bem não habita:
querer o bem está em meu alcance, não porém, praticá-lo."(Romanos 7,18)
Quando éramos crianças, os que eram maiores que nós às vezes nos faziam
cócegas. Faziam tantas cócegas e por tanto tempo que perdíamos o
controle. Ficávamos ofegantes e implorávamos que parassem, gritando:
"Desisto, dou-me por vencido, pare, por favor!" Às vezes paravam quando
gritávamos, outras vezes só paravam quando alguém mais velho ou maior
vinha em nosso auxílio.
O 1º Passo é como este episódio da infância. Nossa vida e nosso
comportamento são como o fazedor de cócegas que aflige dor e
desconforto. Fizemos isso a nós mesmos. Assumimos o controle para nos
proteger, mas os resultados com frequência terminaram em caos. E agora
não queremos desistir do controle e ficar livres do tormento. No 1º Passo,
admitimos que não aguentamos mais. Imploramos pelo alívio. Gritamos:
"Desisto!"
Não devemos procurar nada complicado ou profundo para entender o 1º
Passo. Em vez disso, rendemo-nos e encaramos a dor de frente. Talvez
tenhamos passado a vida toda evitando, escondendo ou medicando a dor.
O 1º Passo é uma oportunidade para enfrentar a realidade e admitir que
nossa vida não está funcionando sob nosso controle. Aceitamos nossa
impotência e paramos de fingir.

2º Passo:
Viemos a acreditar que um poder superior a nós mesmos (Jesus) poderia
devolver-nos à sanidade.
"Pois é Deus que opera em vós o querer e o fazer segundo o seu designo
benevolente." (Filipenses 2,13)
"Olhei para as águas brancas e turbulentas do rio e senti-me derreter por
dentro. Toda a coragem que reunira escapou com meu suor. Minhas pernas
bambearam com a ideia de ir na jangada inflada pelas cachoeiras, tudo em
nome da diversão. Então o guia, que ia dirigir e comandar nossa jangada,
começou a falar. Parecia seguro de si, muito confiante de que tudo daria
certo. Deu-nos instruções, ensinou-nos os comandos, fez-nos rir e até me
pôs a vontade. Suponho que era loucura, mas confiei nele para fazer deste
insano passeio pelo rio uma experiência segura e agradável."
O 2º Passo é sobre a fé, Confiar e crer. A fé não é intelectualizada,
simplesmente é. A fé não é adquirida, é uma dádiva. A fé não é opcional, é
uma necessidade. Muitas águas turbulentas e agitadas nos esperam em
nossa recuperação. Deus sabe disso e nos prepara colocando fé em nossos
corações. Quando, finalmente, "olharmos" para Deus, teremos a fé para
crer que Ele está ali.

3º Passo:
Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus.
"Eu vos exorto pois, irmãos, em nome da misericórdia de Deus, a vos
oferecerdes vós mesmos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este
será o vosso culto espiritual." (Romanos 12,1)
Consegue imaginar a insanidade de tentar fazer uma cirurgia em nós
mesmos? Pararíamos ao primeiro sinal de dor do bisturi. A cura não
aconteceria nunca. É tão insano quanto pensar que poderíamos controlar
nossa recuperação. Precisamos por nossas vidas nas mãos de Deus. Só Ele
sabe o que é preciso para a cura. No 3º Passo, decidimos entregar o bisturi
a Deus. Decidimos pedir-lhe para assumir o controle de nossa vontade e
nossa vida.
Colocamos em prática o 3º Passo por meio de um processo de tomada de
decisão. Pense em outras grandes decisões que tomamos em nossas vidas.
Por exemplo, ao decidir sobre a compra de uma casa, levamos em conta
coisas sobre a casa tais como o custo, localização, condição, etc. Também
tomamos em consideração coisas a nosso próprio respeito, tais como nossa
capacidade de pagar, necessidades de moradia, preferências pessoais, etc.
Finalmente, quando tudo foi ponderado, tomamos uma decisão.
Colocamos em prática o 3º Passo de modo parecido. Considerando nossas
necessidades, a capacidade divina, o futuro. Refletimos sobre as mudanças.
E, finalmente decidimos que Deus é o único capaz de controlar nossa vida,
que sua vontade é o melhor para nós.

4º Passo:
Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
"Esquadrinhemos os nossos caminhos, examinemo-los; voltemos ao
Senhor." (Lamentações 3,40)
Se morássemos sozinhos e fôssemos incapazes de ver, enfrentaríamos
muitas necessidades especiais. Por exemplo, talvez achássemos difícil
limpar bem a casa sozinhos. Talvez pedíssemos a um amigo com visão para
vir ajudar. Esse amigo veria lugares que precisavam de limpeza e não
tínhamos percebido. Nosso amigo indicaria esses problemas e então,
esperamos, nos ajudaria a limpar.
No 4º Passo percebemos que há áreas de nossas vidas que precisam de
atenção. Também percebemos que não conseguimos ver todas estas áreas.
A negação manteve-nos cegos à sujeira em nossos cantos. A falta de amor-
próprio fez-nos ignorar a beleza e o valor de nossas vidas. Neste Passo, Deus
vem até nós como o amigo zeloso, Ele abre nossos olhos para as fraquezas
em nossas vidas que precisam mudar e nos ajuda a edificar nossas forças.
Assim como uma empresa faz um inventário de seu estoque, no 4º Passo
fazemos o inventário de nossas vidas. Com uma prancheta, percorremos os
corredores de nossas vidas e anotamos áreas de fraqueza e de força.
Quando chegamos aos relacionamentos, anotamos os ressentimentos e
rancores, mas também examinamos nossos relacionamentos amorosos e
saldáveis. Quando chegamos a nossa comunicação, anotamos as mentiras,
mas também relacionamos os caminhos positivos que partilhamos com os
outros. Neste processo, devemos pedir para que Deus nos guie. Ele conhece
o que nosso armazém contém muito melhor do que nós.
INVENTÁRIO MORAL: É uma lista de nossas forças e fraquezas. Neste texto,
as fraquezas também são citadas como: ofensas, deficiências de caráter,
faltas e defeitos. Esse inventário é uma coisa que realizamos piedosamente
com a ajuda de Deus. É para nosso próprio benefício.

5º Passo:
Admitimos perante a Deus, perante a nós mesmos e perante a outro ser
humano a natureza exata de nossas falhas.
"Confessai, pois, vossos pecados uns aos outros e rezai uns pelos outros, a
fim de serdes curados." (Tiago 5,16)
Imagine uma casa que ficou fechada por vários anos. Um lençol de poeira
cobre tudo. Sobejam sinais de decadência: teias de aranha em cordões,
como decoração de festa. Odores abafados e mofados de bolor. Bugigangas
irreconhecíveis no consolo da lareira empoeirado. Quadros esquecidos e
desbotados em paredes manchadas. Sentimentos lúgubres que pairam
como fantasmas de anos passados. Mal podemos esperar para abrir todas
as portas e todas as janelas, ventilar os cantos escuros e empoeirados.
Vemos a luz do dia espantar os demônios da escuridão e da sombra.
Nossas vidas são como casas fechadas. Todos os nossos segredos infames,
comportamentos embaraçosos e esperanças pedidas estão escondidos. O
ar de nossa vida é mofado por que temos medo de abrir portas e janelas
aos outros com medo de sermos descobertos, rejeitados ou humilhados. O
5º Passo é nossa saída. Quando admitimos a natureza exata de nossas
falhas a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano, abrimos as portas e
janelas de nossas vidas. Mostramos nosso verdadeiro eu.
Colocamos em prática o 5º Passo sendo sinceros e honestos com nós
mesmos, com Deus e partilhando nosso inventário moral com alguém que
confiamos, alguém que nos compreenda, que nos incentive e não nos
condene.

6º Passo:
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses
defeitos de caráter.
"Humilhai-vos diante do Senhor e Ele vos exaltará." (Tiago 4,10)
Quando um lavrador trabalha no campo, começa com a preparação do solo.
Lavra, ara, revolve a terra, fertiliza, revolve a terra outra vez e, finalmente,
planta. Durante algum tempo, o lavrador está visivelmente ativo no campo.
Mas depois que planta, pára um pouco, para que as novas sementes
cresçam. Não há nada a fazer, exceto esperar e confiar.
No 6º Passo, a atividade cessa durante uma temporada. As sementes de
mudança que Deus plantou tem tempo para germinar e crescer. Nossas
emoções têm tempo para alcançar nossas novas experiências. Aramos e
preparamos e agora damos ao poder divino o tempo necessário para criar
em nós uma mudança interna.
Colocamos em prática o 6º Passo estando preparados para o momento em
que Deus traz mudanças em nossas vidas. Estar preparados não parece
atividade, mas é, atividade espiritual. Deus só pode nos mudar se quisermos
que Ele o faça e até agora não lhe pedimos mudanças. Só ficamos
conscientes de nossa condição e admitimos nossa necessidade. Em passos
futuros, pediremos a Deus para eliminar nossos defeitos e ajudar-nos a
endireitar as coisas. Neste Passo, esperamos que Ele faça algum trabalho
interno e precisamos ser sensíveis às mudanças que está fazendo em
nossos corações.

7º Passo:
Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
"Se confessarmos nossos pecados, fiel e justo como é, ele nos perdoará
nossos pecados e nos purificará de toda iniguidade. " (1ªEpistóla de João
1,9)
Quem já esteve gravemente doente ou machucado sabe o que é precisar
dos outros. É, na verdade, humilhante quando estamos no leito de doente,
incapazes de nos mover e de cuidar de nós mesmos. Até a necessidade mais
simples precisa ser satisfeita por outra pessoa. Quando chegamos ao 7º
Passo, percebemos estamos em um leito de doente e só Deus pode
satisfazer nossas necessidades. Até agora, todos os passos reforçaram o
mesmo tema: Somos incapazes, mas Deus é capaz! Assim, enquanto
estamos desamparados e humildes no leito de nossa doença, rogamos:
"Elimina minhas imperfeições".
O 7º Passo requer oração. É de joelhos que o colocamos em prática. Nossa
condição, nossa sinceridade e nossa dor nos fizeram humildes por isso,
agora precisamos abrir a boca e rezar. Aqui a tentação é rezar uma oração
geral. Somos tentados a rogar a Deus para eliminar tudo como se fosse um
negócio. Mas não é assim que o programa funciona. Se formos meticulosos,
nosso inventário do 4º Passo relacionou cada defeito de caráter
separadamente. Nossa confissão do 5º Passo também foi feita item por
item, e, mais tarde, nossas reparações serão feitas individualmente, assim,
agora nossa tarefa do 7º Passo é a oração humilde pela eliminação de
nossas imperfeições - uma falha de cada vez.

8º Passo:
Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e
nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
"E assim como quereis que os homens façam a vós, fazei do mesmo modo a
eles." (Lucas 6, 31)
- Mamãe! Sara me bateu! - R. J. berrou como uma sirene.
- Mas ele me chutou primeiro - Sara se defendeu.
- Sim, mas ela pegou meu jogo.
- Ele não devia ser tão melindroso...
E por aí a fora...
Isso lhe parece familiar? As crianças adoram culpar os outros por seus
problemas e detestam aceitar responsabilidades. De vez em quando, nós
adultos as obrigamos a aceitar a responsabilidade e as constrangemos a um
pedido de desculpas forçado. Mas elas nunca dizem espontaneamente: "
Sinto muito. Me comportei mal".
No 8º Passo, começamos a crescer; a fazer o que pessoas amadurecidas
espiritualmente fazem - aceitar a responsabilidade de nossos atos, sem
levar em conta o mal que os outros nos fizeram. Em todos esses passos
estivemos lidando com material nosso. O 4º Passo era nosso inventário
moral - de ninguém mais. Nossas admissões do 5º Passo eram de nossas
falhas. Estamos aqui para examinar e corrigir apenas as nossas próprias
imperfeições. No 8º Passo continuamos a examinar. Mas desta vez estamos
levando em conta os que foram prejudicados por nossos defeitos de
caráter.
Colocamos em prática o 8º Passo por meio de séria reflexão. Com a ajuda
de Deus, recordamos os nomes e as fisionomias das pessoas que
prejudicamos. Nossa tarefa é anotar seus nomes e apreciar cada pessoa
com atenção. Precisamos examinar nosso relacionamento com as pessoas
e refletir na maneira como as prejudicamos. Ajudaremos a nós mesmos
sendo o mais minucioso possível em nossas notas e considerações.

9º Passo:
Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre
que possível, salvo quando fazê-lo significa-se prejudicá-las ou a outrem.
"Por tanto, quando fores apresentar tua oferenda no altar, se ali te
lembrares de que teu irmão tem algo contra tí, deixa a tua oferenda ali,
diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois, vem
apresentar tua oferenda." (Mateus 5,23-24)
As catástrofes naturais são sempre notícias absorventes. Terremotos,
furacões, incêndios em florestas ou matagais e enchentes prendem nossa
atenção. Porém, raramente, vemos o trabalho árduo de reconstrução que
acontecem depois que o desastre passou. Vidas, lares, negócios e
comunidades inteiras são restauradas e reanimadas.
O 9º Passo assemelha-se às restaurações e a reconstrução que acontecem
depois da calamidade. Pelo processo de reparação, começamos a corrigir
os danos de nosso passado. No 8º Passo, avaliamos os danos e fizemos um
plano. Agora, no 9º, entramos em ação.
A prática do 9º Passo envolve contatos pessoais com aqueles a quem
prejudicamos. Percorremos nossa lista do 8º Passo, pessoa por pessoa.
Abordamos cada uma delas com delicadeza, sensibilidade e compreensão.
Deus pode nos ajudar a descobrir o melhor jeito de fazer o contato.
Algumas pessoas requerem um encontro frente a frente, enquanto outras
situações podem ser resolvidas com mudanças de nosso comportamento.
Seja qual for o caso, Deus nos concede a sabedoria e a orientação que
precisamos.

10º Passo:
Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados,
nós o admitíamos prontamente.
"Assim, pois, aquele que pensa estar de pé tome cuidado para não cair."
(1ºCoríntios 10,12)
Quem cultivou um jardim sabe o cuidado necessário para mantê-lo
saudável. Precisamos remover pedras e ervas daninhas, enriquecer o solo
com fertilizantes, cercá-lo para que retenha a água, plantar as sementes,
regar e proteger contra insetos. É preciso cuidado constante para manter o
jardim livre de ervas daninhas que poderiam retomá-lo se as deixássemos.
Outrora o Jardim lhes pertencia e elas parecem sempre querê-lo de volta.
Nossa recuperação ocorre de forma semelhante. Outrora, pertencíamos às
"ervas daninhas" - nossos comportamentos derrotistas -, mas Deus nos
ajudou a plantar um jardim em nossas vidas. Arrancou as ervas daninhas e
fez com que coisas maravilhosas crescessem em lugar delas. Deus usou os
Passos como instrumento e nos levou a um lugar onde as coisas são
diferentes. Estamos começando a ver a promessa de frutos, a promessa de
mudança duradoura. No meio deste novo jardim, também podemos ver a
volta das ervas daninhas, que não morrem facilmente. De fato, enquanto
vivermos, nossos velhos hábitos derrotistas buscaram reconquistar nossas
vidas. Por essa razão, precisamos estar sempre vigilantes para pôr em
prática o 10º Passo. Precisamos continuar fazendo o inventário pessoal e a
proteger nosso jardim.
INVENTÁRIO PESSOAL: Parece-se muito com o inventário moral do 4º
Passo. A diferença é a natureza contínua e frequente. A ideia de pessoal é
para nos lembrar que o inventário é sobre nosso comportamento e
emoções, e não sobre os outros. Este inventário nos auxilia a identificar
nossos erros e a necessidade de corrigi-los para nosso próprio benefício.

11º Passo:
Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato
com Deus, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a
nós, e forças para realizar essa vontade.
"Que a palavra de Cristo habite entre vós em toda sua riqueza."
(Colossenses 3, 16)
A comunicação sincera é essencial para um relacionamento saudável. Se os
parceiros decidem não conversar um com o outro, o relacionamento
sofrerá em todas as áreas e acabará fracassando. Por outro lado, quando
existe comunicação, relacionamentos se fortalecem ou, se foram rompidos,
são curados e recuperados.
O relacionamento com Deus é nosso relacionamento mais importante. E é
impossível sem a comunicação. Ao nos aproximarmos de Deus na prece e
na meditação, aproximamo-nos de nossa fonte de poder, serenidade,
orientação e cura. Ignorar a comunicação com Deus é desligar nossa fonte
de força.
Colocamos em prática o 11º Passo por meio da prece e da meditação. Na
prece, ou oração, conversamos com Deus, e na meditação nós o ouvimos.
Entretanto, muitos de nós lutamos com a oração. Conhecemos orações,
mas não sabemos como rezar. O 11º Passo é a comunicação com Deus. É o
processo de aprender a intimidade e o poder da prece e da meditação. É o
ato de nos aproximarmos de Deus.

12º Passo:
Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos,
procuramos transmitir esta mensagem aos outros e praticar estes
princípios em todas as nossas atividades.
"Irmãos, se acontecer a alguém ser surpreendido em falta, a vós, os
espirituais, compete corrigi-lo, com espírito de mansidão; acautela-te
consigo mesmo: tu também não podes ser tentado? (Gálatas 6,1)
Em quase todas as casas com crianças, há uma parede ou um batente de
porta com marcas de lápis. Essas marcas, com datas ou idades ao lado,
acompanham o crescimento. Com intervalo de alguns meses, as crianças
encostam-se na parede e a mamãe ou papai marcam sua altura. Às vezes o
crescimento mal é notado, outras é drástico.
O 12º Passo é ocasião para notar o crescimento. Pela Graça Divina e o nosso
compromisso de pôr em prática os Passos, passamos por uma experiência
espiritual que mudou nossas vidas. Começamos esta viagem como tiranos
amedrontados, agarrados desesperadamente ao controle de nossos
pequenos reinos. Mas terminamos este ciclo de nossa viagem com um novo
rei no trono: DEUS. Passamos por uma rebelião que conduzimos contra nós
mesmos (ego). Com a ajuda divina, eliminamos nosso reino e
estabelecemos o de Deus. Embora, saibamos que crescemos por meio
desse procedimento, a marca na parede está uma pouco mais baixa - não
inclui a coroa.
Nós nos preparamos para o 12º Passo assegurando que Deus tenha feito
parte de todos os aspectos de nosso programa. Se simplesmente O
acrescentarmos como ingrediente de nossa recuperação, não notaremos
nenhum despertar espiritual no 12º Passo. Se mantivermos controle em
todos os Passos, mas os praticamos com zelo rigoroso, não encontraremos
nenhum despertar espiritual agora. Entretanto, o despertar espiritual do
12º Passo será nosso, se tivermos feito o seguinte: confiado na presença de
Deus, praticado os passos em parceria com Ele e entregado a Ele o controle
de nossa vontade e de nossa vida.

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