Introdução Ao Novo Testamento I

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Introdução ao Novo Testamento I EAD

FABERJ

Novo Testamento I

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO I

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Introdução ao Novo Testamento I EAD
FABERJ

INTRODUÇÃO

Antologia. As Escrituras Sagradas são constituídas,


em sua primeira parte, de 39 livros do Antigo Testamento. A segunda parte é
formada por 27 livros que registram o ápice da Revelação Progressiva de Deus
na História, ou seja, a Encarnação do Verbo.

Título. “Novo Testamento” significa “Nova Aliança”, em contraposição do


“Antigo Testamento”, ou seja, “Antiga Aliança”. No Antigo Pacto, os pecados eram
perdoados com base nos sacrifícios de animais que, por sua vez, eram
prefigurações e antecipações do Único e Suficiente Sacrifício de Jesus Cristo na
Cruz do Calvário, dramatizado e simbolizado na Ceia do Senhor, no Novo
Testamento.

Autoria. A coleção dos livros do Novo Testamento é tradicionalmente


atribuída aos apóstolos Pedro, João, Mateus e Paulo, bem como outros
escritores, a saber: João, Marcos, Lucas, Tiago e Judas.

Organização. As Bíblias modernas não estão arranjadas em ordem


cronológica como, originalmente, foram escritos os livros do Novo Testamento.
Por exemplo, as epístolas foram escritas antes mesmo dos evangelhos,
entretanto, nas nossas Bíblias, os Evangelhos vêm primeiro e, depois, as
epístolas. Atualmente, a ordem, como são dispostos os livros do Novo
Testamento, é derivada das tradições cristãs. Percebe-se que a ordem é lógica, e
não cronológica. Os Evangelhos é colocado no início, em função da importância
histórico-salvífica da Vida e Ministério de Jesus Cristo. Logo a seguir, vem o Livro
de Atos, registrando a origem e desenvolvimento da Igreja e sua consequente
expansão no Império Romano. As epístolas paulinas nasceram da atuação
missionário-evangelístico do Apóstolo, bem como da necessidade de dar uma
resposta doutrinária aos diversos problemas de natureza eclesiásticos, éticos ou
teológicos provenientes das comunidades cristãs plantadas nos principais centros
urbanos do Império (Roma, Corinto, Éfeso, Tessalônica, Filipos, etc). Hebreus –

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de autoria desconhecida – intenciona mostrar e demonstrar a superioridade do


culto cristão em relação ao culto judaico que, diante da destruição do Templo,
tiveram, os pilares da sua fé demolidos. Junto com as cinzas da destruição do
Templo, ficaram soterradas outras instituições judaicas, tais como o Sacerdócio e
o Sacrifício. O autor da carta aos Hebreus visa dar uma resposta teológica a essa
tragédia, dizendo que Jesus é o Sumo Sacerdote segundo à ordem de
Melquisedeque e é, simultaneamente, o Sacrifício Perfeito e Definitivo. O véu foi
rasgado e, todos os que creem, têm livre acesso ao Trono da Graça. As
Epístolas Católicas ou Gerais, escritas por Tiago, Pedro, Judas e João, não são
endereçadas a uma comunidade cristã específica. Justamente, por causa dessa
generalidade, é que elas recebem tal nomenclatura. Por fim, temos o Apocalipse.
É o último livro da Bíblia, e não poderia ser diferente, pois a temática do livro é a
consumação de todas as coisas. Fala da Segunda vinda de Jesus Cristo e,
consequentemente, do estabelecimento do Novo Céu e da Nova Terra.

Por que estudar o Novo Testamento?

Por qual razão estudaríamos documentos tão antigos? O


Doutor Robert H. Gundry1 apresenta as seguintes razões:

A razão histórica disso é que, no Novo Testamento, descobrimos a


explicação do fenômeno que é o cristianismo. E a razão cultural é que a
influência do Novo Testamento tem permeado a civilização ocidental de
tal maneira que ninguém poderia ser tido por bem educado a menos que
conheça o conteúdo Novo Testamento. E a razão teológica é que o
Novo Testamento é a aquela narrativa divinamente inspirada sobre a
missão remidora de Jesus neste mundo, sendo ainda o padrão de
crenças e de práticas da Igreja. E, finalmente, a razão devocional é que
o Espírito Santo utiliza-se do Novo Testamento a fim de conduzir
pessoas a um vivo e crescente relacionamento com Deus, através de
Seu Filho, Jesus Cristo. Todas essas são razões suficientes!

1 GUNDRY, Robert H., Ph.D. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1991, xx.

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Como você vai perceber, nosso principal objetivo nesta disciplina é:

Apresentar o conteúdo do Novo Testamento I, demonstrando o


contexto sócio-político-religioso-cultural no qual ele foi produzido,
bem como a autoria, a estruturação e o público-alvo de cada
escrito sagrado.

Mas vamos tornar isso um pouco mais específico! O que realmente


pretendemos é:

» Destacar a importância do cenário político, o contexto religioso e o ambiente


cultural para a compreensão do universo no qual atuaram Jesus, os Apóstolos e
os primeiros cristãos;

» Conhecer as primeiras comunidades cristãs: como era sua liturgia,


organização eclesiástica e doutrinas;

» Compreender como o Novo Testamento foi estruturado, suas divisões e


conteúdos; e

» Identificar os principais gêneros literários do Novo Testamento, tais como:


evangelhos, epístolas e apocalipses, e como isso influencia na hermenêutica.

A fim de alcançar esses objetivos, nossa disciplina foi estruturada em


quatro unidades que nos ajudarão a caminhar, passo a passo, na direção de uma
maior compreensão sobre o tema. São elas:

Unidade I – Cenário Político do Novo Testamento


Unidade II – Contexto Religioso - Judaísmo
Unidade III – Contexto Religioso - Paganismo
Unidade IV – Ambiente Cultural do Novo Testamento

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Como você já tomou conhecimento na ambientação da plataforma, é


preciso desenvolver as atividades sequencialmente. Por isso, à medida que
seguir na leitura dessa apostila faça as pausas solicitadas para participar dos
Fóruns de Discussão, assistir aos Vídeos ou realizar as Leituras
Complementares. Dessa forma, você não perderá nenhuma das oportunidades
que estão sendo oferecidas a fim de potencializar sua aprendizagem.

Ao terminar, nossa expectativa é que você


tenha desenvolvido as seguintes
habilidades:

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Veja aqui alguns livros que podem auxiliá-lo no estudo desse tema:

BLOOMBERG, Graig. Jesus e os Evangelhos: introdução ao


estudo dos 4 evangelhos. São Paulo: Vida, 2009.
BOCK, Darrell L. Jesus Segundo as Escrituras. São Paulo: Shedd
Publicações, 2006.
BOLL, Klaus-Michael. Panorama do Novo Testamento: história,
contexto e teologia. São Paulo: Sinodal, 2009.

CARSON, Don A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução


ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2008.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo (06 volumes). São Paulo: Hagnos, 2009.
GROSSMICK, John D. Exegese do Novo Testamento: do texto ao
púlpito. São Paulo: Vida Nova, 2009.
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo:
Vida Nova, 2008.
WIHERIGTON III, Ben. História e Histórias do Novo Testamento.
São Paulo: Vida Nova, 2008.

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