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Walves, Hypnos2-0010
Walves, Hypnos2-0010
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NOTAS
1. Faz-se necessano elaborar a história 12. Platão, Fedra, 265 b. Sócrates retoma
da recepção do pensamento de Platão no nesta passagem o início de seu segundo dis-
pensamento tardo-moderno e contemporâ- curso (244 a - 245 c).
neo para identificar o percurso e a fonte
13. Idem, 265 b.
dessas interpretações, sem o que nos limi-
taremos a permanecer nessa repetição 14. Platão, Fedro, 265 b.
infindável. 15. Cornford, op. cit., p. 127.
2. "Il primo punto da guadagnare, dunque, 16. Julia Kristeva, Histórias de Amor. Trad.
aI fine di chiarire Ia assai complessa storia de Leda T. da Motta. Rio de Janeiro: Paz e
delle interpretazioni di Platone alla luce dei Terra, 1988; p. 89. Cf. Lúcia Santaella, Esté-
lucidi canoni della epistemologia kuhniana, tica: de Pia tão a Peirce. São Paulo: Experi-
consiste nella esatta individuazione e nella mento, 1994; Pierre-Maxime Schuhl, Platon
determinazione dei modelli basilari che et l'art de son temps (arts plastiques). Paris:
hanno generato e caratterizzato le differenti PUF,1952.
fasi delle ricerche sul pensiero di Platone,
17. Platão, Fedro, 247 d.
conferendo loro una unità e una coerenza.
In altri termini, e necessario scoprire quali 18. Platão, O Banquete, 212 a.
siano stati i 'paradigmi' che hanno costituito 19. Victor Goldschmidt, A religião de Pla-
gli assi portanti delle ricerche nelle differenti tão. Trad. de Ieda e Oswaldo Porchat Perei-
fasi, ossia le forze regolatrici e dinamiche ra. São Paulo: Difel, 1970; p. 30. Cf. tam-
delle ricerche." (Giovanni Reale, Platone, bém Jeanne Marie Gagnebin. "Do conceito
Milano: Vita e Pensiero, 1995, p. 32). de mímesis no pensamento de Adorno e
3. Cf. Platão, A República, 327a. Benjamin", in: Perspectivas, São Paulo: 16:67-
86, 1993; José Arthur Giannotti. "A nova teo-
4. Henrique Cláudio de Lima Vaz, Eros e
ria da representação", in: Emmanuel Car-
Lógos: natureza e educação no Fedro platô-
neiro Leão et. alii. Arte e filosofia. Rio de
nico, p. 312.
Janeiro: FUNARTE/INAP, 1983; pp. 59-88.
5. Rachel Gazolla de Andrade, Platão. o cos-
20. Lima Vaz, Eras e Lôgos. natureza e edu-
mo, o homem e a cidade. Petrópolis: Vozes,
cação no Fedro platônico, p. 312.
1994; pp. 36 e 37.
21. Henri Joly, Le renversement platonicien
6. PIatão, Fédon, 99 cd.
(lôgos, episteme, pôlis), Paris: J. Vrin, 1980;
7. Platão, Fedro, 242 a. Vali-me da tradução p.22.
de José Ribeiro Ferreira. Lisboa / São Pau-
22. Yvon Bres, La psychologie de Platon;
lo: Verbo, 1973; e da edição traduzida por
Paris: PUF, 1973; p. 248. Em que pese o que
Léon Robin. Paris: Belles Lettres, 1933. Fiz
este livro tem de interessante, há nele um
alguns reparos nos trechos citados.
abuso ao transpor a interpretação psicana-
8. Idem, 236 a. lítica de extração freudiana à compreensão
9. 237 b - 241 d. de Platão. Não que isso não possa ou não
deva ser feito, como o próprio Lacan o fez
10. Platão, Fedro, 236 e.
em um de seus Seminários em relação ao
11. Platão, Fedro, 242 d. próprio Banquete. Mas uma leitura que
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procure vincular Platão e Freud sem nenhu- resolvidas, que compreendem o corpo e o
ma mediação metodológica e conceitual pa- sensível como sede de todo o mal e, por
rece-me flagrantemente anacrônica. Há tam- natureza, negativos. A assunção da forma
bém nesse livro um equívoco filológico que humana, subordinada à exigência da con-
não pode ser ignorado: Yvon Brês, apoia- templação, abre caminho para uma leitura
do em Festugiêre (Contemplation et vie mais rica e mais complexa do pensamento
contemplative selon Platon), procura esta- de Platão.
belecer uma mesma raiz etimológica para 27. Idem, 249 c.
as palavras aretê, andreía e anêr. Apesar
da aparente semelhança formal, anêr não 28. François Châtelet, Platão. Trad. de Sousa
vem do mesmo étimo de aretê e andreía. Dias. Porto: Rés, sem data; p. 106; grifos do
autor.
Em latim sim, uirtus indica a qualidade do
varão (uir), mas não em grego. Ainda que 29. Piarão, Fedro, 255 d.
Homero, nas passagens indicadas por Bres, 30. Andrade, op. cit., p. 27.
na Odisséia, tematize explicitamente virtu-
des masculinas, não se pode tomar a parte 31. Mantive a palavra grega anteros, com-
pelo todo. posta pelo prefixo anti e eros. Trata-se, para
os poetas e artistas, da simbolização da re-
23. Piarão, Fedro, 245 d. ciprocidade da emulação e da afeição; era
24. Idem, 245 e. Observe-se que a noção também um epíteto dado ao amor. Sobre as
grega de psycbê, como algo que move a si relações entre poesia e censura em Platão,
mesmo e por si mesmo, implicando na idéia cf. Francisco Benjamin de Souza Netto, O
de movimento, foi perfeitamente traduzida problema da censura no pensamento políti-
ao latim por anima. co de PIatão. Tese de doutorado em Filoso-
fia. Campinas: Unicamp, 1990.
25. Idem, 246 ab. Platão estabelece toda uma
hierarquia dos modos de contemplação, e, 32. Platão, Fedro, 255 d - 256 a.
quem mais contemplou, será um amigo 33. Pascal, Meditações. 4a. edição. Trad. de
do saber (pbilosopbos), um amigo do belo Sérgio Milliet. São Paulo: Nova Cultural,
(pb iloleâlos), um amante das musas 1988. Artigo n, 129. (Os Pensadores).
(mousikos), ou um amante (erôtikos) [248 de].
34. Heráclito, fragmento 45. Trad. de José
26. Idem, 257 a. Estamos distantes de leitu- Cavalcante de Souza. 2a. edição. São Paulo:
ras simplistas e reducionistas, pacíficas e Abril Cultural, 1978. (Os Pensadores).
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