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LÍNGUA PORTUGUESA

SUPER-REVISÃO - CAIXA
LÍNGUA PORTUGUESA

Concurso da Caixa - conteúdo programático – Língua Portuguesa

1 - Compreensão e interpretação de textos.

2 - Argumentação e persuasão.

3 - Comunicação assertiva: linguagem simples, concisa e objetiva.

4 - Organização textual.

5 - Coesão e coerência;

6 - Tipologia textual.

7 - Ortografia oficial.

8 - Acentuação gráfica.

9 - Emprego do sinal indicativo de crase.

10 - Sintaxe da oração e do período.

11 - Pontuação.

12 - Concordância nominal e verbal.

13 - Regência nominal e verbal.

14 - Significação das palavras.

15 - Colocação do pronome átono.

16 - Redação oficial: escrita de textos formais e Manual de Redação da Presidência da República (disponível no
sítio do Planalto, na internet).

17 - Novo Acordo Ortográfico.

Vamos revisar de acordo com os tópicos do edital.

1 - Compreensão e interpretação de textos.

Compreensão

- Dados explícitos

- Aquilo que o texto diz.

Interpretação

- Dados implícitos

- O que o texto quis dizer.

Exemplo

- João bebeu muito, mas não vomitou.

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2. Argumentação e persuasão

Argumentar é convencer (ou tentar convencer).

a) Tentação (recompensa)

b) Sedução (juízos positivos)

c) Provocação (juízos negativos)

d) Intimidação (medo – perda se não fizer a ação proposta)

3 - Comunicação assertiva: linguagem simples, concisa e objetiva.

Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários supérfluos, adjetivos e
advérbios inúteis, subordinação excessiva.

Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias.

A seguir, um exemplo1 de período mal construído, prolixo:

Exemplo:
Apurado, com impressionante agilidade e precisão, naquela tarde de 2009, o resultado da consulta à população
acriana, verificou-se que a esmagadora e ampla maioria da população daquele distante estado manifestou-se pela
efusiva e indubitável rejeição da alteração realizada pela Lei no 11.662/2008. Não satisfeita, inconformada e
indignada, com a nova hora legal vinculada ao terceiro fuso, a maioria da população do Acre demonstrou que a
ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando cinco horas a menos que em Greenwich.

(Fonte: Manual da Presidência da República – com adaptações)

4 - Organização textual.

Introdução:

- Tópico frasal

- opinião / juízo / avaliação / definição

Desenvolvimento

- Explanação da ideia núcleo

- justificar / fundamentar / especificar / elucidar

Conclusão:

- Síntese dos pontos

- Solução do problema

- Alerta se não houver mudanças.

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5 - Coesão e coerência;

Coesão: é a ligação entre termos ou trechos.

- João e Maria discutiram. Ela o ofendeu diante dos amigos dele. Isso nunca tinha ocorrido.

Coerência: consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica. Dizemos que há coerência textual
quando o texto apresenta nexo, quando é racional.

Exemplos de incoerência:

1. Deixe para amanhã o que você já fez ontem.

2. O personagem de Guimarães Rosa vivia na terceira margem do rio.

3. Eu não creio em Deus, mas tenho medo dele.

4. Os imbecis deixam as suas impressões digitais no que dizem.

5. Jamais diga uma mentira que não possa provar.

6. Ninguém pode me calar, a menos que amarrem minhas mãos nas costas.

7. É como dizia o comentarista: que empate o melhor!

6 - Tipologia textual.

a)) texto narrativo (gira ao redor de um fato / acontecimento)

- faz uma relato/ conta uma história.

- personagens principal, secundários / protagonistas, antagonistas.

- ambiente / local

- tempo – momento em que a história se desenvolve (passado, presente, futuro).

- tempo linear x tempo não linear

- narrador – terceira pessoa (narrador sabe de tudo) ou primeira pessoa (narrador participa da história)

- ações sequenciais

b)) texto descritivo

- faz uma descrição / caracteriza algo, alguém, cenário, situação.

- retrato / fotografia verbal

- detalhes físicos, ambientais, emocionais, morais.

- adjetivos

- percepções sensoriais (visão, audição, olfato, paladar, tato)

- ações concomitantes

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c) texto dissertativo

- analisa uma ideia, um assunto, um tema.

dissertativo-expositivo

- informa

- explica

- ensina

- conceitua

dissertativo-argumentativo

- tese = contestável

- defesa da tese

- evidências / fatos

- exemplos

- dados estatísticos

- testemunhos

d)) texto injuntivo ou instrucional

- indica como se realiza algo.

- ordem (verbos no imperativo)

- instrução

- bula, manual, receita.

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7 - Ortografia oficial.

USO DOS PORQUÊS

1) POR QUE

- por que = por que razão

- por que = pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.

2) por quê (razão)

- vem no final de frases

- encontra pontuação

3) porque

- inicia justificativas

- conjunção explicativa ou causal

- porque = pois, já que.

4) poquê = substantivo

Vem marcado por um determinante.

um porquê

este

seu

Exemplos

a) Lutamos por quê?

(Explicação: está no final da frase encontrando pontuação)

b) Por que lutamos?

(Explicação: significa “por que razão”)

c) Nós lutamos porque queremos um mundo melhor.

(Explicação: o porquê está iniciando uma justificativa, equivale aos nexos “pois”, “já que”)

c) Por que você está feliz? Porque seu time venceu?

(Explicação: o primeiro porquê significa “por que razão”; o segundo porquê está iniciando uma justificativa, embora
esteja em uma pergunta)

d) Esta é a verdadeira razão por que lutamos.

(Explicação: o porquê poderia ser substituído por “pela qual”)

e) Seu porquê é diferente do porquê dele.

(Explicação: os dois porquês são substantivos: o primeiro marcado pelo pronome “seu” e o segundo marcado pelo
artigo “o” – do = de+o)

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EMPREGO DO HÍFEN

Principais usos:

1)) Prefixos terminados em vogal pedem hífen com “h” ou se a próxima palavra começar com mesma vogal que o
prefixo termina. Observa-se que, caso a próxima palavra comece com “s” ou com “r”, temos de dobrá-los a fim de
que se mantenha a pronúncia correta.

auto+retrato = autorretrato

auto+escola = autoescola

auto+observação = auto-observação

auto+hipnose = auto-hipnose

anti+ético = antiético

anti+inflamatório = anti-inflamatório

anti+social = antissocial

anti+horário = anti-horário

contra+ataque = contra-ataque

contra+senso = contrassenso

micro+empresa = microempresa

micro+ondas = micro-ondas

micro+região = microrregião

Exceções: jamais aceitam hífen:

re, co, pre.

reenviar, reestruturar.

coirmão, coautor, corréu, cooperar.

prever, preestabelecer.

2)) Prefixos que sempre pedem hífen:

pré-natal 3)) uper, hiper e inter pedem hífen com “r” e “h”

pró-reitor super-homem

pós-operatório supermulher

além-mar hiper-realista

aquém-mar hiperativo

recém-casados inter-relacionar

vice-prefeito interestadual

ex-amor

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8 - Acentuação gráfica.

Razões para que haja acento gráfico

1) Proparoxítonas – Todas são acentuadas.

2) Oxítonas (mais de uma sílaba) – a(s), e(s), o(s), em, ens.

3) Monossílabos tônicos - a(s), e(s), o(s).

4) Paroxítonas – NÃO terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens.

5) Hiatos “i” e “u” – Há três pré-requisitos

a) formarem sílabas sós ou com “s”;

b) antes vier vogal diferente;

c) não seguidos de “nh”.

6) Ditongos Tônicos Abertos – éu, ói, éi (em posição de oxítona)

7) Acento Diferencial

a) pôr – colocar ≠ por – preposição

b) pôde – passado ≠ pode – presente

c) ele tem – mantém ≠ eles têm – mantêm

d) ele vem – provém ≠ eles vêm – provêm

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9 - Emprego do sinal indicativo de crase.

EMPREGO

Agora você já sabe o que é a crase. Vejamos quando ocorre a crase, para que você saiba quando deve acentuar
o “a”. A propósito, você já se deu conta de que pode cometer dois erros, relativamente ao emprego da crase? Sim,
pois você pode esquecer o acento e pode também acentuar um a que não é crase. Este segundo erro é mais grave,
pois não poderá ser interpretado como distração.

Vejamos então, para começar, quando você não deve acentuar o “a”, ou seja, quando é que

NÃO EXISTE CRASE

a. Antes de substantivo masculino

Andar a cavalo.

Vendeu a prazo.

Chegou a tempo.

É claro, você recorda que crase é a preposição a mais artigo feminino a. Evidentemente, este último não ocorrerá
antes de substantivo masculino.

b. Antes de verbo

Começou a chover.

Ficou a contemplar a paisagem.

Quedou-se a meditar.

Crase é proposição + artigo. Você naturalmente sabe que não pode existir artigo antes de verbo.

c. Antes de artigo indefinido

Levou o automóvel a uma oficina.

Se o a fosse crase, teríamos dois artigos (porque crase é também artigo) diante do mesmo substantivo. Isso não
pode acontecer.

d. Antes de pronomes pessoais, demonstrativos ou indefinidos

Dei a ela o prêmio merecido.

A ninguém é lícito fugir do trabalho.

Refiro-me a esta moça.

Os “as” das frases acima são meras preposições, porque os pronomes pessoais, demonstrativos e indefinidos (estes
últimos com poucas exceções) não admitem anteposição de artigo.

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e. Antes de expressão de tratamento introduzida pelo possessivo “VOSSA” ou “SUA”

Trouxe a Vossa Senhoria a mensagem fatal.

f. Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte no plural

Refiro-me a lendas antigas.

O “a” é simples preposição: não contém artigo, pois, se isso ocorresse, estaria no plural, já que o artigo concorda
com o gênero e número com o substantivo ao qual se refere.

g. Depois de preposições

Compareceu perante a banca examinadora.

A reunião foi marcada para as cinco horas.

Claro, porque não pode haver duas preposições em sucessão, e crase é preposição mais artigo.

Observação: excetua-se o caso da preposição a seguir:

Foi até a praia, ou foi até à praia.

PODE EXISTIR CRASE


Não ocorrendo qualquer dos sete casos anteriores, pode haver crase ou não. Para verificarmos, basta substituir a
palavra feminina que vem após o “a” por outro termo, porém masculino. Feita essa substituição, três coisas podem
acontecer:

1 – O a transforma-se em o:

Leu atentamente a revista.

Leu atentamente o livro.

Nesse caso, trata-se de um simples artigo.

2 – O a permanece inalterado:

Estavam frente a frente.

Estavam lado a lado.

Nesse caso, trata-se de simples preposição.

3 – O a transforma-se em ao:

Refiro-me a menina.

Refiro-me ao menino.

Nesse caso trata-se de crase; portanto, escreveremos:

Refiro-me à menina.

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10 - Sintaxe da oração e do período.

10.1 Sintaxe da oração

1 SUJEITO:

Perguntas para a localização do sujeito:

- Quem é que + verbo? - Que é que + verbo? - Que é que se + verbo?

 Núcleo do sujeito: jamais estará ligado a preposições (para, de, com, por, em, a) e geralmente é representado
por um substantivo.

2 OBJETO DIRETO

Perguntas:

- verbo + o quê? - verbo + quem?

3 OBJETO INDIRETO:

Perguntas:

- verbo + preposição + quê? - verbo + preposição + quem?


(para, de, com, por, em, a)

*O Objeto Indireto complementa verbo por meio de preposição.

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10.2 Sintaxe período

CONJUNÇÕES OU LOCUÇÕES COORDENATIVAS

Temos de dominar os nexos que representam as orações coordenativas.

a)) aditivas

e nem tampouco

não só (somente, apenas) ... mas também

não só (somente, apenas) ... como também

b)) adversativas

mas porém todavia contudo

entretanto no entanto não obstante e não (mas não)

e sim (mas sim) e (mas)

c) alternativas – ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja.

d)) conclusivas – por isso, portanto, por conseguinte, consequentemente, então, assim, destarte, dessarte,
pois (posposto ao verbo, entre vírgulas).

e)) explicativas – porque, que, porquanto, pois (anteposto ao verbos, uma vírgula antes).

CONJUNÇÕES OU LOCUÇÕES SUBORDINATIVAS

Aqui também temos de dominar os nexos que representam as orações subordinativas.

subordinativas adverbiais

a) causais – já que, visto que, na medida em que, uma vez que, como (= já que, no início).

b) temporais – quando, assim que, logo que, mal, depois que, desde que.

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c) condicionais – se, caso, desde que.

d) concessivas – embora, ainda que, mesmo que, se bem que, por mais que, conquanto, posto que, malgrado, a
despeito de que, apesar de que, em que pese a.

e) conformativas – conforme, segundo, consoante, como (=conforme).

f) comparativas – como (=igual a), tal qual, mais/menos...do que, mais/menos...que.

g) consecutivas – que antecedido de tal, tão, tanto ou tamanho, ou seja:

tal ... que tão ... que tanto ... que tamanho ... que

h) finais – para que, a fim de que.

i) proporcionais – à medida que, à proporção que, quanto mais/menos...mais/menos.

11 – Pontuação

VÍRGULA

1) enumeração = elementos de mesma função sintática

2) aposto = explicação

Vem entre vírgulas, entre travessões ou entre parênteses.

3) vocativo

É um chamamento, com quem se fala.

Vem marcado por vírgula(s).

4) adjunto adverbais deslocado

5) Oração Subordinada adverbial

- OP OSA – ordem direta, vírgula opcional.

- OSA, OP – houve deslocamento da oração subordinada adverbial. A vírgula é obrigatória.

- OP, OSA, OP – houve intercalação da oração subordinada adverbial. As vírgulas são obrigatórias.

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Dois-pontos

1) citação

2) explicação

3) enumeração

Ponto e vírgula – é um sinal da coordenação.

1) orações coordenadas assindéticas

2) nexos adversativos ou conclusivos

3) sentidos opostos/diferentes

12 - Concordância nominal e verbal.

12.1 Concordância nominal

1. Concordância do predicativo do sujeito com o sujeito composto

1.1 Sujeito composto com núcleos masculinos

O predicativo do sujeito fica no plural masculino.

- O pai e o avô eram dedicados.

1.2 Sujeito composto com núcleos femininos

O predicativo do sujeito fica no plural feminino.

- A mãe e a avó eram estudiosas.

1.3 Sujeito composto com um núcleo masculino e outro feminino (Cesgranrio cobra muito esse caso!)

- O pai e a mãe são rígidos.

- A avó e o avô são lindos.

2. Palavras ou expressões especiais

2.1 anexo, incluso, quite, mesmo, próprio e obrigado são variáveis.

- As cartas seguem anexas.

- As cartas seguem inclusas.

- Estamos quites.

- Estou quite contigo.

- Ela mesma virá.

- Elas próprias tomaram a decisão.

- Muito obrigada, Maria disse a nós.

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2.2 em anexo, menos e alerta são invariáveis.

- As cartas seguem em anexo.

- Ela está menos preocupada.

- Os soldados estavam alerta.

2.3 Meio será advérbio quando significar “um tanto”, portanto ficará invariável. Caso não signifique “um tanto”, irá
variar normalmente.

- Lúcia está meio bêbada. ( meio = um tanto)

- Lúcia bebeu meia taça de vinho. (meio ≠ um tanto)

2.4 Bastante deve ser trocado por “muito”. Caso apareça na troca “muitos” ou “muitas”, deveremos grafar
“bastantes”.

- Falamos bastantes bobagens. (bastantes = muitas)

- Fizemos bastantes pedidos. (bastantes = muitos)

- Estamos bastante felizes. (bastante = muito)

2.5 todo = qualquer (toda = qualquer) – todo o = inteiro (toda a = inteira)

No singular, há uma mudança semântica em relação ao pronome indefinido “todo” caso apareça artigo depois
dele.

- Todo ser humano quer viajar. (Qualquer ser humano quer viajar)

- Ontem fiz todo o exercício de concordância. (Fiz o exercício inteiro de concordância).

Observação:

No plural, é sempre “todos os”, “todas as”.

- Todos os seres humanos querem viajar.

2.6 é bom, é proibido, é necessário só serão variáveis se o sujeito estiver determinado por um artigo ou pronome.

- Cerveja é bom no verão.

mas

- Aquela cerveja é boa no verão.

- É proibido entrada.

mas

- É proibida a entrada.

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12.2 Concordância verbal.

1) Concordância do verbo HAVER

- Há poucas mulheres na sala. (Existem poucas mulheres na sala.)

- Houve erros. (Ocorreram/Aconteceram erros.)

- Havia anos que eu não falava com Carlos. (Fazia anos que eu não voltava.)

Obs.: Caso forme locução com outro verbo, a impessoalidade do verbo haver o contaminará.

- Vai haver novas oportunidades.

- Poderá haver algumas modificações.

2) Concordância do verbo FAZER

FAZER – indicando tempo, temperatura ou clima ficará no singular, pois não terá sujeito.

Exemplos

- Faz dez anos que partiu. (Fazer indica tempo transcorrido.)

- Fez 35ºC graus ontem. (Fazer indica temperatura.)

- Faz dias quentes em Porto Alegre. (Fazer indica clima.)

Obs.: Formando locação com outro verbo, a impessoalidade do verbo FAZER passará para o outro.

- Vai fazer três meses que estou sem namorado.

3) Concordância com a partícula SE

 Quando o verbo vier acompanhado da partícula se, para que possamos localizar o sujeito, temos de fazer a
seguinte pergunta:

- Que é que se + verbo?

A resposta para essa pergunta será o sujeito, desde que não haja preposição no início da resposta. Lembre-se de
que o verbo concordará com o seu respectivo sujeito.

Observe os exemplos:

- Fazem-se carretos.

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Que é que se faz? Resposta: “carretos”. O verbo concorda com “carretos”.

- Aqui se resolvem os problemas.

Que é que se resolve? Resposta: “os problemas”. O verbo concorda com “os problemas”.

- Vendem-se dois apartamentos.

Que é que se vende? Resposta: “dois apartamentos”. O verbo concorda com “dois apartamentos”.

- Lá se consertam calçados.

Que é que se conserta? Resposta: “sapatos”. O verbo concorda com “sapatos”.

- Anularam-se três questões.

Que é que se anulou? Resposta: “três questões”. O verbo concorda com “três questões”.

ATENÇÃO  Não haverá concordância, se o termo que acompanha o verbo for preposicionado (objeto
indireto) ou se o verbo for intransitivo. Nesses casos, temos o sujeito indeterminado.

Exs.:

- Necessita-se de ajudantes.

- Precisa-se de excelentes jogadores.

- Assistiu-se a bons espetáculos.

- Vive-se bem em Alvorada.

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13 - Regência nominal e verbal.

ASPIRAR

Verbo Transitivo Indireto  almejar (ter por objetivo, alcançar, desejar) = com preposição

Verbo Transitivo Direto  cheirar, inalar, respirar = sem preposição

“Carlos aspira ao cargo.”

*ATENÇÃO: não aceita LHE  “Carlos aspira a ele.”

“Aspirei o ar poluído.”

ASSISTIR  importante

Verbo Transitivo Indireto  ver ou presenciar = com preposição A

Verbo Transitivo Direto  ajudar = sem preposição

“Assisti ao jogo.”

*ATENÇÃO: não aceita LHE  “Assisti a ele.”

“Ela assistiu o amigo que estava bêbado.”

OBECEDER

Verbo Transitivo Indireto = sempre com preposição A

“Obedeça aos avós.”

Não confundir: “Obedeça à sinalização.” X “Respeite a sinalização”.

PAGAR E PERDOAR

Verbo Transitivo Indireto  referindo-se a pessoas = com preposição A

Verbo Transitivo Direto  referindo-se a coisas (tudo que não for pessoa) = sem preposição

“Ela perdoou ao marido.”

“Ela perdoou o erro.”

“Paguei à vendedora”.

“Paguei a conta.”

VISAR

Verbo Transitivo Indireto  almejar = com preposição A

Verbo Transitivo Direto  mirar ou dar o visto = sem preposição

“Carlos visa a um novo emprego.”

*ATENÇÃO: não aceita LHE  “Carlos visa a ele.”

“Carlos visou o alvo.”

“Carlos visou o documento.”

IMPLICAR = ACARRETAR

Verbo Transitivo Direto  sem preposição

“Sua atitude implicou erros.”

“Estudar implica renúncias.”

PREFERIR

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Verbo Transitivo Direto Indireto = com preposição A

“Prefiro cerveja a vinho”.

“Prefiro a cerveja ao vinho.”  Obs.: o primeiro artigo pede o segundo.

“Prefiro vinho a cerveja.”

“Prefiro o vinho à cerveja.”

IR, VOLTAR E CHEGAR

Todos os verbos que indicam movimento pedem as preposições A, DE ou PARA, dependendo do contexto.

ATENÇÃO: na língua culta, não se usa a preposição EM! Ex.: “Cheguei cedo em casa” está incorreto!

“Fui ao cinema.”

“Fui à farmácia”.

“Voltei à/da casa de Lúcia.”

“Cheguei a/de Gramado.”

MORAR, RESIDIR, ESTAR SITUADO

São verbos estáticos (não indicam movimento) e, por isso, pedem a preposição EM.

“Luísa mora na Av. José Silva.”

LEMBRAR E ESQUECER

Acompanhados de ME, TE, SE, NOS, VOS: pedem a preposição DE.

Não acompanhados: não pedem preposição.

“Luís não lembrou o nome do amigo.”

“Luís não se lembrou do nome do amigo.”

“Esqueci as chaves.”

“Esqueci-me das chaves.”

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15 - Colocação do pronome átono.

Colocação Pronominal (me, te, se, nos, vos, o, a, lhe)

I – próclise – Ocorrerá com

a) advérbios (não virgulados)

- Hoje me lembrei de você.

b) conjunções subordinativas

- Quando a vi, chorei.

c) pronomes (relativos, interrogativos, indefinidos)

- A questão a que me refiro foi anulada.

- Quem o viu?

- Ninguém me contou a verdade.

d) palavras negativas

- Não te convidarão.

Observação: as duas palavras que mais aparecem atraindo os pronomes oblíquos são “não” e “que”.

I – mesóclise – Ocorrerá quando o verbo estiver no

a) futuro do presente do indicativo

- Far-se-á uma festa.

b) futuro do pretérito do indicativo

Trar-me-iam um livro.

Observação: Se houver um caso simultâneo para se usar próclise e mesóclise, prevalece a próclise.

- Não se fará a troca. (frase correta)

- Não far-se-á a troca. (frase errada)

I – ênclise – Ocorrerá principalmente

a) no início de frases

- Entregaram-me o projeto.

b) após pontuação

- Hoje, lembrei-me de tudo.

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Observação: o particípio (-ado, -ido) não aceita pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, o, a, lhe) depois dele.

- Tinha lembrado-se de tudo. (frase errada)

- Tinha se lembrado de tudo. (frase correta)

ou

- Tinha-se lembrado de tudo. (frase correta)

Observação:

Atração opcional

a) com pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles)

- Eu a encontrei.

- Eu encontrei-a.

b) com sujeito explícito

- Os alunos se recusaram a sair.

- Os alunos recusaram-se a sair.

b) com infinitivo (-ar, -er, -ir)

- Saí antes para não o ver.

- Saí antes para não vê-lo.

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