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G U I A D O PA R T I C I PA N T E | G R U P O S P EQ U E N O S | F E V E R E I R O D E 2 0 1 6

A Igreja e a escolha dos


Estudo 1:
Diáconos e Presbíteros
A IGREJA

Analisando o contexto
A Igreja foi estabelecida por Deus. Jesus Cristo é a única cabeça e a autoridade máxima da igreja, e
a governa por Seu Espírito e por Sua Palavra (Mateus 28:18; 1 Coríntios 15:27; Efésios 1:20-22;
Filipenses 2:9-11; Salmo 2:6). Porém, Cristo dirige a sua igreja através de homens que ele próprio
chamou para a governarem.

Na prática, como é esse governo? W.H. Roberts, em seu livro O Sistema Presbiteriano, descreve
algumas características básicas da igreja que fazemos parte, a Igreja Presbiteriana do Brasil:

BÍBLICA – deriva da Escritura, conforme entendida pela teologia reformada e expressa nas
confissões da fé reformada. O ministério exercido nessa forma de governo procede do
Novo Testamento, sendo distribuído de acordo com os dons dos membros: proclamação –
ministros da Palavra; governo – presbíteros; serviço – diáconos.

CORPORATIVA – o processo deliberativo e decisório é sempre colegiado e não individual.


As decisões acerca da vida, teologia e missão da igreja são tomadas em concílios dirigidos
por “moderadores” e constituídos de presbíteros e ministros da Palavra em condição de
paridade.

REPRESENTATIVA – o governo é exercido por assembleias deliberativas (conselho,


presbitério, sínodo, assembleia geral) compostas de pastores e presbíteros, sendo os
presbíteros os representantes do povo.

Nesse sentido, a responsabilidade dos discípulos de Cristo que são os seus membros é muito
grande. São eles que elegem os seus diáconos e presbíteros. E essa escolha tem base na instrução
bíblica.

Cenário Bíblico
1. Ordem para a eleição de presbíteros
E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os
encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. Atos 14:23
A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e
constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí. Tito 1:5

2. Ordem para eleição de diáconos


Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de
sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da
palavra". Atos 6:3,4
Escrevendo uma carta a Nepotian, datada de 394 a.D., Jerônimo apresenta seu desapontamento
com o que já estava acontecendo na época. Ele disse nessa carta:
“Muitos constroem igrejas no tempo de hoje; suas paredes são pilares de mármore brilhante,
seus tetos resplandecendo com ouro, seus altares encravados de joias. Todavia para a
escolha dos ministros de Cristo nenhuma atenção é dedicada.”
Compartilhando no grupo
Nos próximos dois estudos nós vamos conhecer as qualificações bíblicas dos presbíteros e
diáconos. Por não serem devidamente ensinadas, muitas igrejas têm escolhido homens
despreparados para essas lideranças. É importante que se saiba que os candidatos devem
apresentar não só algumas características de dons espirituais, como também características
morais.

O grupo terá agora a oportunidade de conversar sobre algumas dessas qualificações, conforme os
tópicos abaixo. Vamos deixar a base bíblica para os próximos encontros. Portanto, aproveite esse
tempo para compartilhar nessas situações em que presbíteros e diáconos estão inseridos no
processo de escolha. Por exemplo, o que se espera desses líderes quando o assunto é:
• Família
• Finanças
• Relacionamentos interpessoais
• Reputação pessoal
• Domínio próprio
• Maturidade
• Assiduidade na igreja
• Ensino

A perspectiva de Deus
A Segunda Confissão Helvética (1562-1566), no Capítulo XVIII, falando sobre os “ministros da
igreja”, declara:
“É verdade que Deus poderia, pelo seu poder, sem qualquer meio, congregar para si mesmo
uma igreja de entre os homens; mas Ele preferiu tratar com homens pelo ministério de
homens. Por isso os ministros devem ser considerados não como ministros apenas por si
mesmos, mas como ministros de Deus, visto que por meio deles Deus realiza a salvação de
homens.”

É importante lembrar que tanto o presbiterato quanto o diaconato são ofícios, ou seja, uma
autoridade vinda de alguém de fora. E não é a autoridade da comunidade, mas de Cristo através da
sua Palavra. E isso é melhor compreendido quando percebemos claramente a (1) dotação divina
(aspecto interno), que tem a ver com os dons do Espírito que qualificam um cristão para essas
lideranças, e (2) o chamamento por parte da igreja (aspecto externo), que tem a ver com a eleição
da comunidade que deve observar cuidadosamente os que comprovadamente manifestam esses
dons e os elege. Se alguém não possui os dons específicos para essa liderança, certamente terá
grandes dificuldades de ser reconhecido no seu ministério, embora tenha sido escolhido pela
igreja.

A nossa resposta
Alguns passos práticos são importantes aqui:

1. Numa comunidade em crescimento como a nosso, é necessário orar sempre a Deus para
que capacite e levante mais pessoas com dons para presbíteros e diáconos.

2. Estar atento à dotação divina quando das indicações do Conselho, que, no momento
oportuno, apresentará aqueles que vão participar do processo eletivo.

3. Participar com alegria e reverência da escolha daqueles que estarão, junto a outras
pessoas e ministérios, governando e pastoreando a nossa comunidade.

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