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O Sistema Braille
O Sistema Braille
A partir do sistema criado por Barbier, Louis Braille e outros alunos perceberam algumas falhas
nesse método que se baseava nos 36 sons do alfabeto francês e não possibilitava a ortografia
ou pontuação. Louis tinha apenas 13 anos e durante três anos trabalhou para refinar este
código, que também usava pontos, seis precisamente, de uma simplicidade e elegância notórias.
Porém, seu sistema foi rejeitado pelo sucessor de Häuy e proibiu o uso pelos estudantes e
professores do Instituto. No lugar desse sistema, foi adotado um sistema que era utilizado nos
Estados Unidos e na Escócia chamado de Boston Line Type, pois era considerado mais eficaz
que o método de Louis.
Em 1844, Joseph Guadet que apoiava o método de Braille (figura XX) fez uma demonstração
para o público – mostrando um livro sobre o método de Louis – e ganhou reconhecimento e
levou à sua aceitação em todo o mundo.
Figura XX – Sistema de Braille atual de Louis Braille
Fonte: Kumari, 2020.
O BRAILLE NO BRASIL
No Brasil, a partir dos anos 1970, especialistas ligados ao Instituto Benjamin Constant e à
Fundação Dorina Norwill para Cegos, começaram a refletir sobre as vantagens de se ter uma
unificação de códigos em Matemática e nas Ciências. Havia uma tabela, a Tabela Taylor,
adotada desde 1940 (porém, ela não estava atendendo às transcrições em Braille).
Podemos observar que no Brasil, o sistema Braille passou por três períodos mais importantes,
de acordo com Lemos e Cerqueira (2014, p.26-27):
1854 a 1942: o Instituto Benjamin Constant (antigo Imperial Instituto dos Meninos
Cegos) foi a primeira instituição na América Latina a adotar o Braille. E em 1929,
passou a empregar o Código Internacional de Musicografia Braille.
1942: Para atender à reforma ortográfica portuguesa de 1942, o sistema adotado no
Brasil, que era francês, teve que ter algumas modificações, principalmente na
representação de símbolos indicativos de acentos diferenciais.
1945: foi estabelecido o Braille Oficial para uso no Brasil.
1962: foram oficializadas as convenções para uso na leitura e escrita dos cegos, o que
trouxe dificuldades para acordos internacionais, quando especialistas brasileiros alteram
os conteúdos para unificação do sistema.
1963 a 1995: em 1963 foi assinado um convênio entre Brasil e Portugal, para
padronização do Braille integral (grau 1) e para a adoção de símbolos do código de
abreviaturas de Portugal
Ler o método Braille tem como princípio passar a ponta dos dedos sobre os pontos em
relevo, normalmente a mão direita, ao passo que a mão esquerda busca o início da próxima
linha.
Uma célula Braille completa consiste em seis pontos levantados dispostos em duas fileiras
paralelas, cada uma com três pontos. Sessenta e quatro combinações são possíveis, usando um
ou mais destes seis pontos. Uma única célula pode ser usada para representar uma letra do
alfabeto, número, ponto de pontuação ou mesmo uma palavra inteira. (AMERICAN
FOUNDATION FOR THE BRAILLE).