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Muito obrigado.
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RESUMO
vi
ABSTRACT
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INTRODUÇÃO
O homem é um ser cuja natureza o dota para vários domínios da vida consigo e
com os outros. Todavia, qualquer tipo de deficiência que lhe possa manter vivo não
pode servir de obstáculo para realizar o seu sonho e conviver com os outros na
diferença. Buscamos por meio desta reflectir sobre alguns aspectos éticos na inclusão da
pessoa com deficiência visual em Angola. Entretanto, devemos entender que, qualquer
deficiência que o homem carrega consigo deve ser entendida como um mero acidente
do ser e não a sua essência, pois o mais importante é ter a possibilidade de partilhar as
nossas experiências humanas e ser feliz. No entanto, a inclusão da pessoa deficiência
visual em várias facetas da vida é demostrada a partir da nossa capacidade de
compreender o mundo na diferença, no respeito ao outro, o nosso sentido ético e
humanista com o outro e connosco, porque cada um de nós neste mundo é um potencial
deficiente.
i. Formulação do problema
É certo que o país tem deficientes visuais, uns por conta da guerra, outros por
conta da condição física de saúde e, estes, naturalmente, que têm necessidade de
educação e de interacção com os outros. Todavia, as escolas, desde o primário até ao
ensino superior devem estar equipadas ou preparadas para atenderem estudantes nessa
condição. Preparando os professores para recebê-los uma vez que o país não tem escolas
de referências para pessoa com deficiência próxima das suas localidades em todos os
níveis de ensino. Diferente de outros países em que estar na condição de deficiente
visual já não constituí preocupação em grande escala, porque as condições básicas para
seguir a vida na normalidade já foram criadas.
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continuar a ser segregados e as escolas para todos os alunos não conseguirão atingir
seus objectivos, Stainback e William citados por Nunes (2012).
Para a realização de uma actividade científica como essa a que nos propusemos
requer, sempre, um objectivo concreto. Para o presente trabalho seguimos a regra.
Objectivo geral:
1- Reflectir sobre a educação ética em Angola e inclusão da pessoa com
deficiência visual.
Objectivos específicos:
1- Identificar as dificuldades que a pessoa com deficiência visual encara no
ambiente educacional em Angola.
2- Explicar como a educação ética inclusiva pode contribuir para a formação da
sociedade menos preconceituosa.
v. Procedimentos metodológicos
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A investigação científica é construída mediante procedimentos metodológicos
que dizem respeito a natureza, a abordagem, os objectivos, aos aspectos técnicos,
instrumentos e métodos a serem usados.
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vii. Síntese da estrutura do trabalho
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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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exame é recomendado sempre que se notarem comportamentos relacionados à
dificuldade de leitura, dor de cabeça e dificuldades no aprendizado por conta da visão.
Também Hornby citado por Ndala (2019, p. 5) refere este aspecto e afirma que,
a não definição clara da terminologia, gera frequentemente confusão entre a utilização
das expressões “escola inclusiva”, “sociedade inclusiva” e “educação inclusiva” e
acrescenta que o facto de se defender que a inclusão é um processo, obriga a uma
reorganização escolar, mas também, a repensar os benefícios da inclusão plena ou
parcial, em conformidade com as necessidades dos alunos. Esta mudança de paradigma
fomentou o desenvolvimento da investigação sobre as escolas inclusivas e fez emergir
argumentos a favor e contra.
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de sua respectiva individualidade. Um dos objectivos da inclusão escolar é o de
sensibilizar e envolver a sociedade, principalmente a comunidade escolar.
Foi nessa escola, onde os estudantes cegos tinham acesso apenas à leitura, pelo
processo de Valentin Hauy, que estudou Louis Braille. Até então, não havia recurso que
permitisse à pessoa cega comunicar-se pela escrita individual. Louis Braille, ainda
jovem estudante, tomou conhecimento de uma invenção denominada sonografia, ou
código militar, desenvolvida por Charles Barbier, oficial do exército francês. O invento
tinha como objectivo possibilitar a comunicação nocturna entre oficiais nas campanhas
de guerra.
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Apesar de algumas resistências mais ou menos prolongadas em outros países da
Europa e nos Estados Unidos, o Sistema Braille, por sua eficiência e vasta
aplicabilidade, impôs-se definitivamente como o melhor meio de leitura e de escrita
para as pessoas cegas.
Segundo Resende (2021), no alfabeto romano, vinte e seis sinais são utilizados
para o alfabeto, dez para os sinais de pontuação de uso internacional, correspondendo
aos 10 sinais da primeira linha, localizados na parte inferior da cela Braille: pontos
2356. Os vinte e seis sinais restantes são destinados às necessidades específicas de cada
língua (letras acentuadas, por exemplo) e para abreviaturas. Doze anos após a invenção
desse sistema, Louis Braille acrescentou a letra "w" ao décimo sinal da quarta linha para
atender às necessidades da língua inglesa. Os chamados "Símbolos Universais do
Sistema Braille" representam não só as letras do alfabeto, mas também os sinais de
pontuação, números, notações musicais e científicas, enfim, tudo o que se utiliza na
grafia comum, sendo, ainda, de extraordinária universalidade; ele pode exprimir as
diferentes línguas e escritas da Europa, Ásia e África. Em 1878, um congresso
internacional realizado em Paris, com a participação de onze países europeus e dos
Estados Unidos, estabeleceu que o Sistema Braille deveria ser adoptado de forma
padronizada, para uso na literatura, exactamente de acordo com a proposta de estrutura
do sistema, apresentada por Louis Braille em 1837, já referida anteriormente.
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Dessa forma, a deficiência entendida na abordagem social busca o afastamento
do fatalismo biológico e religioso e gera possibilidades que favorecem o
desenvolvimento do indivíduo, despindo-se de preconceito e instituindo práticas de não
exclusão.
Segundo uma pesquisa realizada no ano 2000 pelo Instituto Nacional para a
Educação Especial, constatou que 34% das crianças em Angola são portadoras de
alguma deficiência. Nesse contexto, foram elaborados projectos de orientação para o
desenvolvimento da Educação Especial, entre os quais: a elaboração do Plano
Curricular de Formação de Professores em Educação Especial, Projecto da
uniformização da língua gestual Angolana; proposta de criação de salas de atendimento
psicopedagógico; criação de centros de acompanhamento da aprendizagem dos alunos
com necessidades educativas especiais e a adaptação do currículo escolar, buscando
adequá-lo aos alunos com as supracitadas necessidades (INEE, 2006).
O grande dilema que o ensino especial se debate com ele em todos os níveis de
educação e ensino no país é a questão da formação de professores, onde se verifica uma
carência gritante de professores especializados, o que limita, em grande medida, a
qualificação dos estudantes, embora que no ensino superior devemos nos referir a
inexistência de professores especializados. Aponta-se, segundo Tchantchalam, Januário
at all. (2019) que o país conta apenas com dois mil professores do ensino geral, esses
poucos professores têm encontrado dificuldades para atender a demanda da população
estudantil com necessidades educativas especiais, um número abaixo da média, uma vez
que as turmas de alunos com dificuldades intelectuais requerem, no mínimo, dois
profissionais, sendo um deles auxiliar.
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1.2.2- Princípios orientadores da educação inclusiva e a participação do
professor
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estávamos preparados tanto os professores como os de mais colegas, mais ao longo do
tempo fomos nos adaptando.
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O capacitista é como são chamados as pessoas que possuem crenças limitastes a
respeito das pessoas com deficiência. Elas as julgam de modo que as excluem da
sociedade, seja em uma roda de conversa ou até mesmo no mercado de trabalho.
a) Tipos de capacitismo
b) Consequências do capacitismo
Uma das maiores consequências da exclusão das pessoas com deficiência é que
isso as coloca em situação de vulnerabilidade, pois não recebem as mesmas
oportunidades de educação e de trabalho. Sem contar os danos psicológicos e
emocionais, já que ao serem diminuídas, não se sentem pertencentes. Muitas delas
acabam precisando lidar com este sentimento sozinhos, por falta de acolhimento e
compreensão de outras pessoas que não vivenciam isto na pele.
c) Formas de combate
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-Valorize a diversidade
Segundo Rosa (2013), as informações mais antigas que se têm sobre pessoas
com alguma deficiência datam a idade media, em um período de muitas perseguições e
maldades contra aqueles que nasciam nessa condição. Na Grécia Antiga dessa época, o
ideal de perfeição humana de homens e mulheres era à imagem e semelhança dos
deuses, deusas e guerreiros - corpos esculpidos, fortes e gozando de plena saúde física,
mental e intelectual Quem não se enquadrava não fazia parte da sociedade e vivia em
situação de abandono, clausura e torturas que podiam culminar em morte.
Em Roma, o direito à vida era garantido por lei apenas para crianças perfeitas.
Se ao nascer apresentassem algum tipo de deficiência o pai deveria sacrificá-la (Silva,
1986). Hoje, com a intervenção da Ética aos dilemas que envolvem a vida e a morte de
um recém-nascido por conta de alguma deficiência já é encarada com maior senso de
responsabilidade tendo em conta, também, as alternativas oferecidas pela tecnologia.
Embora para nossa realidade as dificuldades e probabilidade de sobrevivência de um
individuo deficiente, dependendo do tipo e nível, são demasiadamente escassas.
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tudo por medo do desconhecido - acreditavam que as crianças portadoras de deficiência
traziam consigo espíritos malignos.
Luta pela inclusão também envolve garantir que todos os sistemas de apoio estão
disponíveis para aqueles que necessitam de apoio, suporte. Fornecer e manter sistemas
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de apoio é uma responsabilidade cívica, não um favor. A sociedade melhorará
imediatamente a partir do momento que honrar esta verdade.
Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? escrito por Maria Teresa Eglér
Mantoan, publicado em 2003 pela editora Moderna – São Paulo. Nesta obra, a autora
reflecte sobre a possibilidade de as pessoas se transformarem, mudarem suas práticas de
vida, enxergarem de outros ângulos o mesmo objecto/situação, conseguirem ultrapassar
obstáculos que julgam intransponíveis. Essa transformação move o mundo, modifica-o,
torna-o diferente, porque passamos a enxergá-lo e a vivê-lo de um outro modo, que vai
atingi-lo concretamente e mudá-lo, ainda que aos poucos e parcialmente. A autora
acredita que vivemos uma crise educacional, tanto pessoal como colectivamente. É a
escola que tem de mudar, e não os alunos para terem direito à ela. Que as escolas sejam
instituições abertas incondicionalmente a todos os alunos e, portanto, inclusivas.
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A mediação pedagógica como força motriz de transformação educacional e a utilização
de tecnologias assistidas para auxiliar o aprendizado do discente especial. Instigando
professores, pedagogos e pesquisadores às práticas educacionais, às contribuições da
genética e da psicanálise a quem ensina, aos alunos especiais na transacção da escola
regular sob um olhar da psicopedagogia e aos educadores que corroboram com a
formação integral do cidadão.
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CAPÍTULO II: METODOLOGIA
Quanto a natureza, a nossa pesquisa é básica. Pois, conta com uma abordagem
de carácter qualitativa com matriz filosófica. De acordo com Prodanov e Freitas (2013),
o objectivo deste tipo de pesquisa é gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista. Criando uma relação dinâmica entre a realidade e
o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números ou quantitativamente. Esta não requer o
uso de métodos e técnicas estatísticas. Envolve verdades e interesses universais,
diferente da aplicada.
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2.3 – Segundo os objectivos
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CAPÍTULO III: ANÁLISE E DISCUSÃO SOBRE A EDUCAÇÃO ÉTICA
INCLUSIVA
Ouve-se relatos por parte dos familiares das pessoas com deficiência visual de
comportamento vindo da sociedade, a cultura de preconceito enorme com estes e
dificultando, ainda mais, a capacidade de enfrentarem a realidade social e buscar o
conhecimento. A sociedade tem incorporado preconceitos, repassados através de
gerações que leva a encarar a deficiência como sinónimo de inutilidade social, e as
pessoas com deficiência como seres dependentes marginalizando-os discriminando-os.
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Na perspectiva de Booth, Ainscow e Dyson citados por Ndala (2019), é
necessário fomentar o desenvolvimento de escolas com mais qualidade e, para tal, é
necessário dotar os professores de ferramentas conceptuais e metodológicas capazes de
corresponder às exigências da prática educativa em contexto de inclusão e
despreconceituosidade. Este aspecto é fundamental, tendo em consideração que a
inclusão na escola só constitui motivo de satisfação para alunos e professores se, para
além do acesso, for possível assegurar a participação e o percurso de aprendizagem com
os mínimos possíveis de condições.
Como explica Freire (2008, p. 9), “…pretende-se com a inclusão que todos os
alunos acedam a um mesmo currículo e, para tal, é essencial a criação de condições
promotoras de equidade”. Assim, diz Ainscow citado por Ndala (2019), respeitar a
diferença significa, segundo a visão inclusiva, reconhecer em cada ser humano, com
características próprias, as quais irão marcar o ritmo de aprendizagem, o tipo de
interesse, o grau de motivação e o tipo de projecto de vida e área de conhecimento, o
que obriga a adequar, a cada um, as práticas e os recursos educativos mais adequados.
(...) despreparo das Instituições de Ensino Superior tanto pela falta de recursos materiais, a
presença de barreiras arquitectónicas e altitudinais, quanto por falta de recursos humanos
especializados, para mediarem o processo ensino-aprendizagem com flexibilidade, criatividade e
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comprometimento com a inclusão desses alunos na Educação Superior. (Chahini e Silva, 2010,
p. 183).
De um modo geral, por seus métodos de trabalho, a escola distanciou-se das realidades a sua
volta, em um momento em que está prestes a perder o monopólio da transmissão da informação e
no qual não é mais sua competência exclusiva inculcar os comportamentos necessários para o
mundo do trabalho e para a vida na sociedade (Papadopoulus, 2005, pp. 28-29).
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com deficiência frequentemente apresentam em seu desenvolvimento global, é vital,
com mais ênfase nestes casos, oferecer-lhes um ambiente de aprendizagem que os ajude
a abandonar essa postura passiva de receptores de conhecimento. Um ambiente onde
sejam valorizadas e estimuladas a sua criatividade e iniciativa, possibilitando uma maior
interacção e integração com as pessoas e com o meio em que vivem, partindo não de
suas limitações e dificuldades, mas do potencial de desenvolvimento que cada um trás
em si, confiando e apostando nas suas capacidades, aspirações mais profundas e desejos
de crescimento e integração na comunidade.
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As mudanças de posturas na abordagem aos estudantes com deficiência visual
(cegueira ou baixa visão) aguardam por acções concretas segundo Couto (2013, p.13-
14), como:
Contudo, podem parecer acções minimalistas mas são acções que nos
possibilitam dar espaço de habitabilidade e socialização aos outros. E como devemos
saber, somos todos uns potenciais portadores de deficiência e, criar um ambiente
favorável para estes é garantir a inclusão de futuras gerações com tal deficiência no
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campo social e académico. E como fica visível, muitas acções descritas aqui precisam
de uma resposta urgente em Angola, quer a nível da estrutura governamental bem como
da social para facilitar a integração destes no ambiente educacional.
Nesse sentido, a pessoa com deficiência não é menos cidadão em relação aos
outros. Pois, sendo participe da constituição e construção do país, deve, naturalmente
participar da vida pública e privada da sociedade pôr os seus direitos e garantias
reservados pelo Estado.
Por outro lado, o decreto no seu artigo 4.º aponta a necessidade de se,
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Promover uma sociedade inclusiva através da eliminação de barreiras e
assegurar a plena integração da pessoa com deficiência no contexto
socioeconómico e cultural;
Assegurar à pessoa com deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos e
de cidadania que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam a sua
realização pessoal;
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De tal maneira que, o acesso à educação não se reduz aos conteúdos ministrados
ou aos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Ele se afirma também na formação de
cidadania. Assim, esta instituição é responsável e é exigido por lei deve garantir
condições mínimas de acesso e permanência, desenvolvendo acções que permitam a
autonomia e igualdade de condições entre as pessoas que a frequentam. Todavia, as
dificuldades para a transformação da Universidade em um espaço plenamente acessível
são muitas e a superação das mesmas depende de estratégias de curto, médio e longo
prazo. A demanda de actuação é muito diversificada. A acessibilidade vem sendo
construída processualmente, mas ainda faltam adaptações. Em termos de acessibilidade
motora, há um número ainda muito insuficiente de banheiros adequados, rampas,
elevadores, plataformas de acesso, portas e passagens alargadas. O número de
servidores é ainda insuficiente para toda demanda represada na instituição, segundo
Danielle e Janaína, (2019).
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CONCLUSÃO
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SUGESTÕES
35
BIBLIOGRAFIA
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Portugal. Edições Asa;
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EDUFBA;
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Ciências Sociais Educação e Administração Departamento de Ciência Política,
Segurança e Relações Internacionais: Lisboa;
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