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Curso de Tecnologia Assistiva para

Educandos com Deficiência Visual

Módulo 2 (Semana 1)
Braile e Sorobã – Braile Básico

Professores Responsáveis:

José Antonio dos Santos Borges


e
Angélica Fonseca da Silva Dias

Rio de Janeiro
Agosto de 2021
h
Presidente da República Instituto Tércio Pacitti
t Jair Messias Bolsonaro de Aplicações e Pesquisas
t Ministro da Educação Computacionais (NCE/UFRJ)

p Milton Ribeiro Direção


Diretoria de Educação Especial Henrique Serdeira
s
Nídia Regina Limeira de Sá Vice-Direção
:
Secretaria de Mobilidades Jade Soares do Nascimento
/
Especializadas (SEMESP)
/ Equipe NCE/UFRJ
Ilda Ribeiro Peliz
Responsáveis pelo projeto
y
José Antonio Borges
o Universidade Federal do Rio de
Angélica Fonseca da Silva Dias
Janeiro | UFRJ
u
Equipe Técnica
Reitora
t Júlio Tadeu Carvalho da Silveira
Denise Pires de Carvalho
u Vice-Reitor
Silvia Martins Mendonça

. Programação Visual e
Carlos Frederico Leão Rocha
Diagramação
b
Rodrigo dos Santos Oliveira
CCMN - Centro de Ciências
e
Consultoria em Acessibilidade
Matemáticas e da Natureza
/ Isadora Machado
Decana
i Tradução em Libras
Cássia Curan Turci
G Raphael Lopes da Costa
Vice-Decano
Produção de Vídeo
2 Cabral Lima
Leonardo Teixeira Santos
U Superintendente
Revisão de Texto
Mônica Pereira de Almeida Oliveira
g Ana Lucia Rodrigues
S
z
0
T
g
o
h
t
Sumário
t
p 1.Introdução 5
s
2.Um Pouco da História de Louis Braille e Suas Invenções 8
:
3.Características Gerais do Método Braile 12
/
/ 4. Aprendendo a Ler Braile em Poucos Minutos 15

y 5.Maiúsculas e Números 21
o 6.O Brailendo 23
u
7.Extra - Aprenda pontuações, acentos, outros símbolos! 24
t
u Referências Bibliográficas 28

.
b
e
/ Atenção: neste texto usamos a norma de escrita em português para o
i nome da pessoa (Braille) e o nome da técnica (braile). Não é obrigatório,
G mas desejável que se siga esta forma no Brasil.

2
U
g
S
z
0
T
g
o

3
Prefácio
Hoje, vemos pessoas com deficiência visual estudando,
trabalhando, convivendo socialmente, e é difícil perceber que isso
tudo é muito novo, e que num passado não muito distante, as
coisas eram bem diferentes. Por exemplo, até o início do século
XVIII era prática comum na sociedade carioca o abandono da
infância:

“ ... tanto que já no final do século XVII há pedido de


providências ao Rei de Portugal, feito pelo governador da
Província do Rio de Janeiro, Antonio Paes de Sande, "contra
os atos desumanos de se abandonar crianças pelas ruas,
onde eram comidas por cães, mortas por frio, fome e sede”.

Naquela época, raramente uma pessoa cega conseguiria trabalhar


e assim, sozinha, obter os recursos necessários para sobreviver –
isto é, comer, morar e vestir. Numa sociedade essencialmente
rural, como existia até o século XVIII, poucas atividades poderiam
ser executadas por deficientes visuais. Assim, ser cego quase
certamente implicaria em ser mendigo; a menos que já nascesse
numa família abastada e em condições favoráveis.

Figura 1: Quadro “O mendigo cego” - Jules Bastien Lepage

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1. Introdução
Até o século XIX, raramente um cego conseguia obter
remuneração direta: geralmente, qualquer atividade realizada por
ele era apoiada pela família ou por alguma estrutura específica de
atendimento (entidade benemérita, governo ou igreja, entre
outras).

Naquela época, cultura também era coisa para poucos, e quase


ninguém pensaria em desenvolver alguma técnica que permitisse a
uma pessoa cega escrever e ler. Um passo fundamental foi dado
por Valentin Haüy (1745-1822), que tomou como base as ideias
filosóficas de Henry Diderot, contidas no famoso texto "Carta sobre
os cegos para uso daqueles que enxergam" (1749), em que relatava
que uma mulher teria sido alfabetizada pelo tato através de
letras recortadas em papel.

Figura 2 – Valentin Haüy e o mendigo, na famosa estátua na frente


do Instituto de Jovens Cegos de Paris

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Haüy, acreditando em Diderot, experimentou com sucesso esta
técnica com um jovem cego mendigo, François Lesueur, que
hospedou em sua casa e o ensinou a ler!

Com base nessa constatação, conseguiu levantar fundos reais para


criar a primeira escola para atender a alunos cegos. Ele utilizou um
método original, em que as letras eram produzidas pela transcrição
em papel umedecido, que se deformava facilmente quando
pressionado sobre um modelo com reentrâncias e saliências que,
ao secar, se tornava rígido o suficiente para ser tateado.

Figura 2: livro com letras em relevo da escola de Valentin Haüy

Em alguns anos, o experimento se transformou numa escola diária,


com cinquenta alunos de ambos os sexos. Em 1786, vinte e quatro
de seus melhores alunos foram apresentados ao rei Luís XVI, como
"uma novidade maravilhosa: crianças cegas lendo, escrevendo,
cifrando, fazendo trabalhos manuais, e tocando música orquestral".

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Figura 3: O Instituto Nacional dos Jovens Cegos em Paris, em seu
novo prédio, nos dias de hoje.

Nesta escola estudou Louis Braille que, anos depois, veio a criar
a primeira técnica que permitiu que os cegos escrevessem e
lessem de forma autônoma, simples e direta: o método braile,
o assunto principal deste nosso módulo.

Figura 4: Louis Braille

Assista agora a um filme em que um pouco da história do


desenvolvimento da escrita para as pessoas cegas é mostrada.

Os primórdios da escrita tátil


https://youtu.be/uzFhtxh1hnQ

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2. Um Pouco da História de Louis Braille e Suas
Invenções

Foi exatamente na instituição de Haüy, o Instituto de Jovens


Cegos de Paris, que estudou Louis Braille. Conta-se que ele era um
aluno brilhante, o que se constata, não apenas por haver criado o
método braile de escrita e leitura, mas pelo fato de que com apenas
15 anos já lecionava diversas matérias no instituto, onde trabalhou
por 24 anos até morrer.

Na época em que Louis Braille era estudante, foi demonstrada no


Instituto uma técnica de leitura em alto relevo, imaginada por um
oficial aposentado do exército de Napoleão, Charles Barbier de La
Sèrre, que a idealizara para troca de mensagens entre os soldados
em operação de guerra, denominada "leitura noturna". Esta técnica
havia sido rechaçada por sua complexidade para aplicação no
exército, mas parecia útil para ser usada por cegos. O método de
Barbier consistia em um sistema sonográfico formado por doze
pontos que representavam os principais fonemas da língua
francesa.

Braille, aos quatorze anos, assistiu às palestras de Barbier e o teria


procurado para fazer algumas sugestões sobre melhorias,
oferecendo respostas a certas dificuldades metodológicas para as
quais Barbier vinha procurando solução. Supõe-se que Barbier teria
rechaçado essa aproximação, mas a influência de Barbier é
reconhecida pelo próprio Braille nas "Advertências" de sua primeira
edição do método Braille, de 1829:

8
"Se nós mostramos as vantagens de nosso método sobre o desse
inventor, nós gostaríamos de dizer em sua honra que seu método
é que foi o que primeiro nos deu a ideia do nosso".

Figura 5: Sistema sonográfico de Barbier

O grande diferencial da escrita desenvolvida por Braille, entretanto,


foi a possibilidade da escrita e leitura serem feitas diretamente
pelos cegos, utilizando como mediadores dois dispositivos fáceis de
produzir: o punção (um prego afiado preso a um pequeno manete)
e a reglete (uma plataforma com pequenas mossas sobre a qual se
encaixa uma grade retangular).

A técnica de escrita braile usa por letra apenas 3 x 2 pontos (cela


braile) e um engenhoso conjunto de representações maximiza os
fatores de perceptibilidade tátil (a ponta do dedo indicador tem uma
área de maior percepção tátil, aproximadamente igual ao tamanho
de uma cela braile).

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Figura 6: Punção e Reglete

Figura 7: Código braile

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A escrita na verdade pode ser produzida manualmente por artefatos
muito simples: desde um simples conjunto de reglete e punção, até
inúmeros tipos de dispositivos mecânicos, como existem hoje em
dia: as máquinas de escrever estilo Perkins e as impressoras braile.

Figura 8: Máquina de escrever em braile

Louis Braille, além de professor do Instituto, era também conhecido


como organista talentoso, que se apresentava em várias igrejas
famosas em Paris. Por esta razão, o código de escrita de 3 x 2
pontos foi adaptado por Braille para representar a escrita da
música, e posteriormente, para matemática (como veremos
adiante), geografia e geometria.

A técnica, apesar de usada informalmente dentro do Instituto por


proporcionar uma indiscutível diminuição de tempo de leitura e
escrita quando comparada aos métodos anteriores, somente
tornou-se oficial após quase vinte anos de resistência, tanto interna
(no Instituto) quanto pelas autoridades francesas, e depois da
morte de Louis Braille.

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Vários países adotaram o método, a partir de sua aprovação,
inclusive o Brasil. Nesta adoção, alguns países impuseram
modificações ao código, tanto pelas idiossincrasias da língua
(japonês, por exemplo, não usa as letras romanas), tanto por
táticas de alteração do código visando a maior eficiência.

Assista agora ao filme:

A história de Louis Braille

https://youtu.be/NbeRtffQkz8 (ppt sonorizado)

3. Características Gerais do Método Braile

IMPORTANTE: Para que você consiga ler corretamente este texto


daqui para diante, é obrigatório que você tenha instalado no seu
computador a fonte SimBraille.

Você pode pegar esta fonte na Internet no site:

https://code.google.com/p/braille-font/downloads/detail?name=SimBraille.ttf

Uma vez que esta fonte tenha sido baixada na Área de Trabalho do
seu computador, dê clique duplo nela. Depois clique em Instalar
Fonte.

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O braile é um sistema de transcrição de impressão que pode ser
lido por toque. Nele, os caracteres são representados por conjuntos
de seis pontos, numa matriz de 3 linhas e duas colunas, que são
conhecidos como células (muita gente no Brasil chama de celas,
que é uma corruptela do inglês “cell”).

Para identificar os pontos dentro da célula usam-se números de 1


a 6, como na figura.

Fig. 9: Numeração dos pontos 1 a 6 na cela braile

Nota:

Neste texto, para ficar mais fácil de ler, usaremos nas letras
em braile sempre 6 pontinhos, alguns bem pretinhos e outros
bem pequeninos. Por exemplo:

sim que representa a palavra “sim”.


As letras em braile, quando necessário, serão referenciadas
por seus pontos, por exemplo: o “s” da palavra “sim” em
algumas vezes será conhecida como 2-3-4, que são os pontos
marcados.

As combinações destes 6 pontos formam 64 possibilidades


(incluindo uma combinação em que todos os pontos estão
ausentes). Louis Braille criou um código para as letras alfabéticas

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latinas (de a até z, excluindo o w, que não existia na época na
França) e que é usado no mundo todo, o que dá 25 combinações.
As restantes foram usadas para outros símbolos (como pontuação,
acentos etc.) com base nos símbolos usados na França naquela
época.

O braile é geralmente escrito em papel, mas pode também ser


transcrito para tecido, plástico etc. Hoje, existem máquinas
dedicadas a produzir diversos tipos de impressão braile, desde
impressoras manuais ou computadorizadas até painéis, em que as
letras se modificam dinamicamente através de pontinhos de
plástico que sobem e descem, sob o controle de um computador
(linhas braile).

Figura 9: Linha braile

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Assista agora ao filme:

Praticando o Sistema braile (Vogais)

https://youtu.be/iG2UgSz0Tgo

Em que as primeiras letras serão apresentadas a você.

4. Aprendendo a Ler Braile em Poucos Minutos

Louis Braille foi muito esperto, criando um código facílimo de


decorar em poucos passos.

PASSO 1:

Braille usou os 4 pontos superiores para as letras de a até j,


eliminando algumas combinações que seriam difíceis de identificar,
sendo cego.

Por exemplo, ele usou apenas o pontinho 1 para representar a letra


a, mas deixou de lado a possibilidade de usar só o pontinho 2 ou só
o 4 ou só o 5, pois o leitor se confundiria.

Veja as escolhas de Braille:

A b c d e f g h i j
a b c d e f g h i j

[para cegos, os pontos utilizados foram:


a–1

15
b–12
c–14
d–145
e–15
f–124
g–1245
h–124
i–24
j - 2 4 5]

Vamos decorar!

1. Pegue um papel e escreva as vogais “a e i” várias vezes,


até ter segurança.
2. Depois escreva pelo menos 20 palavras de até cinco letras,
em braile, limitando-se a usar palavras contendo letras de
a até j.
3. Anote o que você escreveu, em letras comuns.

Obs.: Alunos cegos: usem o computador ou o celular e


registrem os números dos pontos braile, mostrados abaixo.

Exemplo: [para cegos, os números dos pontos braile]

fada fada 1 2 4; 1; 1 4 5; 1

dada dada 1 4 5; 1; 1 4 5; 1

16
cada cada 1 4; 1; 1 4 5; 1

acaba acaba 1; 1 4; 1; 1 2; 1

jaca jaca 2 4 5; 1; 1 4; 1

chaga chaga 1 4; 1 2 5; 1; 1 2 4 5; 1

.....

Nota: Daqui a pouquinho mostraremos que você pode conferir se


escreveu certo e fazer outros exercícios usando o software
Brailendo.

PASSO 2:
Disponibilizamos para você uma folhinha para exercícios pronta
para imprimir. Esta folhinha é muito prática: você escreve em braile
na esquerda, e anota na direita o que escreveu.

Faça download e repita o exercício na folhinha, com palavras


grandes, até 8 letras, e com várias letras diferentes nas palavras.

Figura 10: Topo da folhinha de treinamento de braile

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Site para download:

http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/brailendo/folhinha_braille.pdf

PASSO 3:
Todas as letras até agora não usaram a linha inferior (ou seja, os
pontos 3 e 6). Então Braille usou a mesma sequência de pontos
agregado a um pontinho para as próximas 10 letras:

K l m n o p q r s t
k l m n o p q r s t

[para cegos: use os mesmos pontos das letras de a até j,


agregando o ponto 3]

Em seguida usou dois pontinhos para as letras restantes.

U v x y z
u v x y z
[para cegos: use os mesmos pontos das letras de a até e,
agregando os pontos 3, 6]

Sentiu falta do W? Braille não usou esta letra, porque naquela época
ela não existia em francês. Essa letra depois foi agregada, usando
a seguinte codificação:

w pontos 2 4 5 6

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PASSO 4:
Assista agora a um filme para fixar estas ideias
Praticando o Sistema Braile (Vogais e Consoantes)
https://youtu.be/07LTi17dCs0

PASSO 5:
Faça mais exercícios numa folhinha. Escreva o nome de todas as
pessoas de sua família e de seus amigos. Não coloque acentos, por
enquanto.

Duas dicas:
1. Se você desejar colocar algum nome em maiúsculas, basta

preceder este nome pelo caractere . [para cegos: pontos

4-6]

2. Espaços em braile são dados deixando uma célula em


branco.

PASSO 6:
Foi difícil de decorar? Claro que não! Exige um pouco de paciência,
mas com certeza em menos de 2 horas você saberá TUDINHO de
cor!

Se você tem crianças em casa, ou se tem alunos próximos a você,


ensine a eles e sinta-se humilhado porque em menos de 15
minutos já aprenderam tudo muito melhor que você!

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Nota: Nós defendemos fortemente que o ensino do Alfabeto
braile seja compulsório para todas as crianças. Afinal, é um
código matematicamente muito bem bolado e enseja
inúmeros exercícios mentais para as crianças, além,
obviamente, de ser um instrumento de integração social!

Exercício que não vale nota!

Ensine braile a alguém perto de você e depois peça para que eles
traduzam o texto a seguir. Se forem crianças, melhor ainda!

a faca afiada corta os abacates

[Para cegos: os pontos desta frase são:

1; espaço; 1 2 4; 1; 1 4; 1; espaço; 1; 1 2 4; 2 4; 1; 1 4 5;
1; espaço; 1 4; 1 3 5; 1 2 3 5; 2 3 4 5; 1; espaço; 1 3 5; 2 3
4; espaço; 1; 1 2; 1; 1 4; 1; 2 3 4 5; 1 5; 2 3 4]

Dica: copie cada palavra desta frase para a folhinha Braile, e


depois cuidadosamente, vá traduzindo...

Gabarito? Nananinanã...

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5. Maiúsculas e Números

MAIÚSCULAS:

Basta usar os pontos 4 6 antes da palavra, por exemplo:


.abade para representar a palavra Abade.
[Para cegos: 4 6, 1, 1 2, 1, 1 4 5, 1 5]

Duas vezes este símbolo indica uma palavra em caixa alta:


..abade para representar a palavra ABADE.
[Para cegos: 4 6, 4 6, 1, 1 2, 1, 1 4 5, 1 5]

NÚMEROS:

Preceda o número pelo símbolo de numeral: (3-4-5-6). Depois,


escreva os dígitos como se fossem letras, assim:

1 se escreve a, ou seja a [ponto 1]

2 se escreve b, ou seja b [pontos 1 2]

3 se escreve c, ou seja c [pontos 1 4]

e assim por diante sendo que

zero se escreve como j, ou seja J [pontos 2 3 4]

ponto decimal: ' [ponto 3]

vírgula decimal: 1 [ponto 2]

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Por exemplo, o número 125 se escreve #abe, ou seja, algo
como #abe
[pontos 3 4 5 6; 1; 1 2; 1 5]

Por exemplo, o número 125.234,00 se escreve #abe 'bcd


1jj
[pontos 3 4 5 6; 1; 1 2; 1 5; 3; 1 2; 1 4; 1 4 5; 2; 2 4 5;
2 4 5]

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6. O Brailendo

Quando vamos ensinar braile a distância temos um problema. O


aluno vai fazer um exercício e não tem ninguém do lado para
corrigir.

Foi pensando nisso que criamos o Brailendo. A principal função


deste programa é permitir que você digite algumas palavrinhas em
braile e ele traduza para você. Ou vice-versa: você digitar umas
palavrinhas em braile e ele “traduzir” de volta.

ASSISTA A UM VÍDEO

Que demonstra as funções mais importantes deste programa.

Conhecendo o Brailendo

https://www.youtube.com/watch?v=LMJFd5TevXA

Faça o download do programa Brailendo no site

http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/brailendo/setup_brailendo.exe

e instale em seu computador.

Repita o que você viu no filme, utilizando as palavras e frases que


escreveu em seus testes com a folhinha.

Veja se acertou.

Bons testes!

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7. EXTRA - Para Pessoas que Dormem Pouco e,
Portanto, Têm Mais Tempo Livre!

Ou melhor: para todos os que amaram a escrita braile e


querem agora se destacar!

Aprenda pontuações, acentos, outros símbolos!

No código original de Louis Braille, os sinais de pontuação eram


todos representados como se fossem letras entre a-j rebaixadas,
ou seja, usavam apenas os pontos 2-3-5-6.

À medida que o tempo foi passando e o código sendo traduzido para


outras línguas, estas regras deixaram de valer tão estritamente. O
que temos hoje, infelizmente, é que os símbolos têm que ser
decorados.

Veja na figura a relação completa de símbolos usados.

Figura 11: Relação completa dos códigos braile não alfabéticos

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Há algumas letras que você DEVERIA saber desde já, porque elas
ocorrem muito! Então pegue uma folhinha braile e anote estas
letras com as respectivas traduções:

á ( [Pontos 1 2 3 5 6]

é = [Pontos 1 2 3 4 5 6]

ç & [Pontos 1 2 3 4 6]

ã > [Pontos 3 4 5]

õ [ [Pontos 2 4 6]

Hummmm... Aprender todos os acentos não é rapidinho: demora


um pouco para decorar.

Não tema: treinando, treinando e treinando, em aproximadamente


2 horas, você saberá todos os códigos de cor...

MAS PRECISA TREINAR! MÃOS À OBRA.

PEGUE O BRAILENDO e TREINE!!!!

Atenção alunos cegos: Usem um leitor de telas junto com o


Brailendo! Se vocês apertarem umas poucas vezes a tecla TAB
chegarão à tradução em pontos. Para voltar, deve-se usar a tecla
SHIFT junto com TAB.

Exercício final desta semana: escreva em braile na folhinha a


frase a seguir e depois confira no Brailendo.

É fácil, meu coração.

25
Resumo do Que foi Apresentado Neste Módulo

Nesta semana aprendemos o básico da escrita braile. Começamos


com um pouco da história de Louis Braille e suas invenções. Em
seguida, apresentamos a leitura braile, numa versão sintonizada
com uma técnica rápida para ler com os olhos. Falamos nas letras
minúsculas de a a z, depois falamos em maiúsculas e nos números.
Apresentamos o Brailendo, um programa que facilita o aprendizado
do código braile. Como um extra, considerando que o tempo pode
ser curto, mostramos pontuações, acentos, outros símbolos,
deixando seu aprendizado para quem tem um pouco mais de
tempo.

Nos encontramos no próximo módulo!

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Figura 12: Tabela de códigos em braile, incluindo acentos e letras
especiais

27
Referências Bibliográficas:
Recomendamos para leitura complementar:

1) Do Braille ao Dosvox – diferenças nas vidas dos cegos


brasileiros – apenas os capítulos 3 e 4

http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/textos/tese_antonio_borges.pdf

Este texto é um pedaço de minha tese de doutorado que não


é difícil de ler, pois está escrito numa linguagem simples, e
serviu de base para vários cursos nossos.

Dá muitos detalhes sobre a história do braile e em particular


fala como ele foi introduzido em nosso país e continua em
pleno desenvolvimento.

2) Grafia braile para a língua portuguesa

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf

Este é o livro de cabeceira dos brailistas brasileiros. Todas


as regras e modelos estão ali contidos. Mas é preciso muito
tempo para ler e decorar tudo, então, vamos colocá-lo em
nossa mesa de cabeceira!

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h
t
Curso de Tecnologia Assistiva para Educandos
t
com Deficiência Visual
p
s 1. Conceitos e Características da Cegueira e Baixa Visão que Impactam
: no Uso da Tecnologia Assistiva;
/ 2. Braille e Sorobã em uma Perspectiva Tecnológica;
/ 3. Acesso à informação e Comunicação para Deficientes Visuais Através
y da Tecnologia Assistiva;
o 4. Vida autônoma de Deficientes Visuais Através da Tecnologia;
u 5. Conhecendo Deficiência Visual, Tendências do Desenvolvimento
t Tecnológico, Inteligência Artificial e Ética.
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