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Módulo 2 (Semana 1)
Braile e Sorobã – Braile Básico
Professores Responsáveis:
Rio de Janeiro
Agosto de 2021
h
Presidente da República Instituto Tércio Pacitti
t Jair Messias Bolsonaro de Aplicações e Pesquisas
t Ministro da Educação Computacionais (NCE/UFRJ)
. Programação Visual e
Carlos Frederico Leão Rocha
Diagramação
b
Rodrigo dos Santos Oliveira
CCMN - Centro de Ciências
e
Consultoria em Acessibilidade
Matemáticas e da Natureza
/ Isadora Machado
Decana
i Tradução em Libras
Cássia Curan Turci
G Raphael Lopes da Costa
Vice-Decano
Produção de Vídeo
2 Cabral Lima
Leonardo Teixeira Santos
U Superintendente
Revisão de Texto
Mônica Pereira de Almeida Oliveira
g Ana Lucia Rodrigues
S
z
0
T
g
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h
t
Sumário
t
p 1.Introdução 5
s
2.Um Pouco da História de Louis Braille e Suas Invenções 8
:
3.Características Gerais do Método Braile 12
/
/ 4. Aprendendo a Ler Braile em Poucos Minutos 15
y 5.Maiúsculas e Números 21
o 6.O Brailendo 23
u
7.Extra - Aprenda pontuações, acentos, outros símbolos! 24
t
u Referências Bibliográficas 28
.
b
e
/ Atenção: neste texto usamos a norma de escrita em português para o
i nome da pessoa (Braille) e o nome da técnica (braile). Não é obrigatório,
G mas desejável que se siga esta forma no Brasil.
2
U
g
S
z
0
T
g
o
3
Prefácio
Hoje, vemos pessoas com deficiência visual estudando,
trabalhando, convivendo socialmente, e é difícil perceber que isso
tudo é muito novo, e que num passado não muito distante, as
coisas eram bem diferentes. Por exemplo, até o início do século
XVIII era prática comum na sociedade carioca o abandono da
infância:
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1. Introdução
Até o século XIX, raramente um cego conseguia obter
remuneração direta: geralmente, qualquer atividade realizada por
ele era apoiada pela família ou por alguma estrutura específica de
atendimento (entidade benemérita, governo ou igreja, entre
outras).
5
Haüy, acreditando em Diderot, experimentou com sucesso esta
técnica com um jovem cego mendigo, François Lesueur, que
hospedou em sua casa e o ensinou a ler!
6
Figura 3: O Instituto Nacional dos Jovens Cegos em Paris, em seu
novo prédio, nos dias de hoje.
Nesta escola estudou Louis Braille que, anos depois, veio a criar
a primeira técnica que permitiu que os cegos escrevessem e
lessem de forma autônoma, simples e direta: o método braile,
o assunto principal deste nosso módulo.
7
2. Um Pouco da História de Louis Braille e Suas
Invenções
8
"Se nós mostramos as vantagens de nosso método sobre o desse
inventor, nós gostaríamos de dizer em sua honra que seu método
é que foi o que primeiro nos deu a ideia do nosso".
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Figura 6: Punção e Reglete
10
A escrita na verdade pode ser produzida manualmente por artefatos
muito simples: desde um simples conjunto de reglete e punção, até
inúmeros tipos de dispositivos mecânicos, como existem hoje em
dia: as máquinas de escrever estilo Perkins e as impressoras braile.
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Vários países adotaram o método, a partir de sua aprovação,
inclusive o Brasil. Nesta adoção, alguns países impuseram
modificações ao código, tanto pelas idiossincrasias da língua
(japonês, por exemplo, não usa as letras romanas), tanto por
táticas de alteração do código visando a maior eficiência.
https://code.google.com/p/braille-font/downloads/detail?name=SimBraille.ttf
Uma vez que esta fonte tenha sido baixada na Área de Trabalho do
seu computador, dê clique duplo nela. Depois clique em Instalar
Fonte.
12
O braile é um sistema de transcrição de impressão que pode ser
lido por toque. Nele, os caracteres são representados por conjuntos
de seis pontos, numa matriz de 3 linhas e duas colunas, que são
conhecidos como células (muita gente no Brasil chama de celas,
que é uma corruptela do inglês “cell”).
Nota:
Neste texto, para ficar mais fácil de ler, usaremos nas letras
em braile sempre 6 pontinhos, alguns bem pretinhos e outros
bem pequeninos. Por exemplo:
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latinas (de a até z, excluindo o w, que não existia na época na
França) e que é usado no mundo todo, o que dá 25 combinações.
As restantes foram usadas para outros símbolos (como pontuação,
acentos etc.) com base nos símbolos usados na França naquela
época.
14
Assista agora ao filme:
https://youtu.be/iG2UgSz0Tgo
PASSO 1:
A b c d e f g h i j
a b c d e f g h i j
15
b–12
c–14
d–145
e–15
f–124
g–1245
h–124
i–24
j - 2 4 5]
Vamos decorar!
fada fada 1 2 4; 1; 1 4 5; 1
dada dada 1 4 5; 1; 1 4 5; 1
16
cada cada 1 4; 1; 1 4 5; 1
acaba acaba 1; 1 4; 1; 1 2; 1
jaca jaca 2 4 5; 1; 1 4; 1
chaga chaga 1 4; 1 2 5; 1; 1 2 4 5; 1
.....
PASSO 2:
Disponibilizamos para você uma folhinha para exercícios pronta
para imprimir. Esta folhinha é muito prática: você escreve em braile
na esquerda, e anota na direita o que escreveu.
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Site para download:
http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/brailendo/folhinha_braille.pdf
PASSO 3:
Todas as letras até agora não usaram a linha inferior (ou seja, os
pontos 3 e 6). Então Braille usou a mesma sequência de pontos
agregado a um pontinho para as próximas 10 letras:
K l m n o p q r s t
k l m n o p q r s t
U v x y z
u v x y z
[para cegos: use os mesmos pontos das letras de a até e,
agregando os pontos 3, 6]
Sentiu falta do W? Braille não usou esta letra, porque naquela época
ela não existia em francês. Essa letra depois foi agregada, usando
a seguinte codificação:
w pontos 2 4 5 6
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PASSO 4:
Assista agora a um filme para fixar estas ideias
Praticando o Sistema Braile (Vogais e Consoantes)
https://youtu.be/07LTi17dCs0
PASSO 5:
Faça mais exercícios numa folhinha. Escreva o nome de todas as
pessoas de sua família e de seus amigos. Não coloque acentos, por
enquanto.
Duas dicas:
1. Se você desejar colocar algum nome em maiúsculas, basta
4-6]
PASSO 6:
Foi difícil de decorar? Claro que não! Exige um pouco de paciência,
mas com certeza em menos de 2 horas você saberá TUDINHO de
cor!
19
Nota: Nós defendemos fortemente que o ensino do Alfabeto
braile seja compulsório para todas as crianças. Afinal, é um
código matematicamente muito bem bolado e enseja
inúmeros exercícios mentais para as crianças, além,
obviamente, de ser um instrumento de integração social!
Ensine braile a alguém perto de você e depois peça para que eles
traduzam o texto a seguir. Se forem crianças, melhor ainda!
1; espaço; 1 2 4; 1; 1 4; 1; espaço; 1; 1 2 4; 2 4; 1; 1 4 5;
1; espaço; 1 4; 1 3 5; 1 2 3 5; 2 3 4 5; 1; espaço; 1 3 5; 2 3
4; espaço; 1; 1 2; 1; 1 4; 1; 2 3 4 5; 1 5; 2 3 4]
Gabarito? Nananinanã...
20
5. Maiúsculas e Números
MAIÚSCULAS:
NÚMEROS:
21
Por exemplo, o número 125 se escreve #abe, ou seja, algo
como #abe
[pontos 3 4 5 6; 1; 1 2; 1 5]
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6. O Brailendo
ASSISTA A UM VÍDEO
Conhecendo o Brailendo
https://www.youtube.com/watch?v=LMJFd5TevXA
http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/brailendo/setup_brailendo.exe
Veja se acertou.
Bons testes!
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7. EXTRA - Para Pessoas que Dormem Pouco e,
Portanto, Têm Mais Tempo Livre!
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Há algumas letras que você DEVERIA saber desde já, porque elas
ocorrem muito! Então pegue uma folhinha braile e anote estas
letras com as respectivas traduções:
á ( [Pontos 1 2 3 5 6]
é = [Pontos 1 2 3 4 5 6]
ç & [Pontos 1 2 3 4 6]
ã > [Pontos 3 4 5]
õ [ [Pontos 2 4 6]
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Resumo do Que foi Apresentado Neste Módulo
26
Figura 12: Tabela de códigos em braile, incluindo acentos e letras
especiais
27
Referências Bibliográficas:
Recomendamos para leitura complementar:
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/textos/tese_antonio_borges.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf
28
h
t
Curso de Tecnologia Assistiva para Educandos
t
com Deficiência Visual
p
s 1. Conceitos e Características da Cegueira e Baixa Visão que Impactam
: no Uso da Tecnologia Assistiva;
/ 2. Braille e Sorobã em uma Perspectiva Tecnológica;
/ 3. Acesso à informação e Comunicação para Deficientes Visuais Através
y da Tecnologia Assistiva;
o 4. Vida autônoma de Deficientes Visuais Através da Tecnologia;
u 5. Conhecendo Deficiência Visual, Tendências do Desenvolvimento
t Tecnológico, Inteligência Artificial e Ética.
u
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b
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