Al+2008 11 15+T1R

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Instituto Superior Técnico, Departamento de Matemática

Álgebra Linear 2008/2009 (AL-10), MEEC


Primeiro teste: 15 de Novembro de 2008 (9h)

Identificação (a preencher pelo aluno)


Número: NNNNN

Nome: Álgebra Linear

Classificações (a preencher pelos docentes)


Alı́nea Classificação
I.1 0.5
2 1.6
3 1.6
4 1.3
5 1.3
6 1.3
TOTAL:
7 1.6
8 0.8
II.1 2.0
2 2.0
3 2.0
4 2.0
5 2.0
Respostas (a preencher pelo aluno)
Pergunta I.1

 x + 2y + 3z = 6
−x + 2z = 1
−x + 2y + αz = 8

Pergunta I.2
Aplicando eliminação de Gauss obtemos
     
1 2 3 6 1 2 3 6 1 2 3 6
[A | b] = −1 0 2 1 → 0 2
   5 7 → 0 2
  5 7  .
−1 2 α 8 0 4 α+3 14 0 0 α−7 0

A caracterı́stica da matriz aumentada é igual à da matriz dos coeficientes para qualquer


valor de α, pelo que o sistema é sempre possı́vel.

Se α = 7 a caracterı́stica de ambas as matrizes é 2, pelo que, sendo o número de co-


lunas da matriz dos coeficientes igual a 3, o sistema é indeterminado e tem grau de
indeterminação igual a 1.

Se α 6= 7 a caracterı́stica é igual ao número de colunas da matriz dos coeficientes e


portanto o sistema é determinado.

Pergunta I.3
O conjunto-solução do sistema é o mesmo do sistema seguinte, cuja matriz aumentada é
a matriz em escada de linhas obtida na alı́nea anterior no caso de se ter α = 7:

x + 2y + 3z = 6
2y + 5z = 7

A coluna sem pivot da matriz corresponde à incógnita z, que assim pode ser tomada como
incógnita livre. Aplicando substituições sucessivas, obtemos:
  
x = −2y − 3z + 6 x = −(−5z + 7) − 3z + 6 x = 2z − 1
⇐⇒ ⇐⇒
2y = −5z + 7 y = − 25 z + 72 y = − 25 z + 72

Os vectores do conjunto-solução são portanto descritos, em função de um único parâmetro


t ∈ R, da forma seguinte:

(x, y, z) = (2t − 1, − 25 t + 27 , t) = t(2, − 52 , 1) + (−1, 27 , 0) .

O conjunto-solução é assim descrito pela seguinte expressão:

x ∈ R3 | ∃t∈R x = t(2, − 25 , 1) + (−1, 27 , 0)



Pergunta I.4
Os cofactores são:
2 3
A031 = (−1)3+1 × det A31 = =4,
0 2
1 3
A032 = (−1)3+2 × det A32 = − = −5 ,
−1 2
1 2
A033 = (−1)3+3 × det A33 = =2,
−1 0

Pergunta I.5

det A = a31 A031 + a32 A032 + a33 A033


= (−1) × 4 + 2 × (−5) + α × 2
= 2(α − 7) .

Pergunta I.6
A regra de Cramer dá-nos y = (det B)/(det A) onde B é a matriz que resulta de substituir
a segunda coluna de A por b. No caso α = 0 temos portanto y = −(det B)/14. Aplicando
sucessivamente eliminação de Gauss e a fórmula de Laplace à primeira coluna obtemos:

1 6 3 1 6 3
−1 1 2 0 7 5 7 5
−1 8 0 0 14 3 14 3 7 × 3 − 14 × 5 49 7
y=− =− =− =− = = .
14 14 14 14 14 2

Pergunta I.7
Já calculámos os três cofactores da terceira linha, que não dependem de α. A matriz dos
cofactores, com α = 0, é:
 
0 2 −1 2 −1 0
 + 2 0 − +
 −1 0 −1 2    



 −4 −2 −2
 − 2 3
cof A =  1 3 1 2  =
 6 3 −4 
+ −

 2 0 −1 0 −1 2   4 −5 2
 
4 −5 2

Portanto com α = 0 temos


2
− 37 − 27
 
  7
−4 6 4  
−1 1 T 1   1 3 5

A = (cof A) = − −2 3 −5 = 

7
− 14 14

det A 14  
−2 −4 2  
1 2
7 7
− 17
Pergunta I.8
 
1 2 3
bT A =
 
6 1 8  −1 0 2 
−1 2 α
 
= −3 28 4(2α + 5)

  
1 2 3 1 2 3
AA =  −1 0 2   −1 0 2 
−1 2 α −1 2 α
 
−4 8 (3α + 7)
=  −3 2 (2α − 3) 
−(α + 3) 2(α − 1) (α2 + 1)
Pergunta II.1
Vimos, na resposta à pergunta I.2, que por eliminação de Gauss se obtém de A a matriz
em escada de linhas seguinte, quando α = 7:
 
1 2 3
C= 0 2 5  .
0 0 0

As duas linhas não nulas de C formam uma base para o espaço das linhas de C e, por
conseguinte, de A. Ou seja, uma base de lin(A) é o conjunto seguinte:

(1, 2, 3) , (0, 2, 5) .

As colunas de A que dão origem a colunas com pivot em C formam uma base do espaço
das colunas de A, ou seja, uma base de col(A) é o conjunto seguinte:

(1, −1, −1) , (2, 0, 2) .

O núcleo de A é o conjunto-solução do sistema homogéneo cuja matriz dos coeficientes é


A e coincide com o conjunto-solução do sistema homogéneo cuja matriz dos coeficientes
é C: 
x + 2y + 3z = 0
2y + 5z = 0
Os cálculos feitos na resposta à pergunta I.3 mostram que

nuc(A) = x ∈ R3 | ∃t∈R x = t(2, − 25 , 1) = L (2, − 25 , 1)


    
=L (4, −5, 2) ,

pelo que uma base de nuc(A) pode ser o conjunto



(4, −5, 2) .
Pergunta II.2
O conjunto {v 1 , v 2 , v 3 } é linearmente independente se e só se a matriz A cujas colunas
são estes vectores tiver núcleo igual a {0}:
 
1 −1 −1
 1 4 9 
A=  3 −2 −1


0 2 4

Pelo método de eliminação de Gauss a matriz A dá origem à seguinte sequência de ma-
trizes:      
1 −1 −1 1 −1 −1 1 −1 −1
 0 5 10  0 1 2 
→ 0 1 2 
 
→  0
→ =B
1 2   0 5 10   0 0 0 
0 2 4 0 2 4 0 0 0
A matriz B está na forma de escada de linhas e tem uma coluna sem pivot, pelo que o
núcleo de B (e por conseguinte o de A) é diferente de {0}. Logo, o conjunto {v 1 , v 2 , v 3 }
é linearmente dependente.

Pergunta II.3
Sendo A a matriz da alı́nea anterior, temos L({v 1 , v 2 , v 3 }) = col(A) e os vectores b ∈
col(A) são aqueles para os quais o sistema linear Ax = b é possı́vel. Escrevendo b =
(w, x, y, z), a matriz aumentada do sistema é
 
1 −1 −1 w
 1 4 9 x 
[A | b] = 
 3 −2 −1
 .
y 
0 2 4 z

Por eliminação de Gauss obtemos a seguinte sequência de matrizes:


   
1 −1 −1 w 1 −1 −1 w
 0 5 10 −w + x   0 1 2 −3w +y 
→ → 
 0 1 2 −3w + y   0 5 10 −w + x 
0 2 4 z 0 2 4 z
 
1 −1 −1 w
 0 1 2 −3w + y 
→ 
 0 0 0 14w + x − 5y 
0 0 0 6w − 2y + z
A última matriz desta sequência está na forma de escada de linhas e o sistema é possı́vel
se e só se a caracterı́stica da matriz dos coeficientes for igual à da matriz aumentada, ou
seja, se e só se as duas equações seguintes forem satisfeitas:

14w + x − 5y = 0
6w − 2y + z = 0

Estas são equações cartesianas para o subespaço L({v 1 , v 2 , v 3 }).


Pergunta II.4
Para provar que V é um subespaço de P2 (R) vamos mostrar que satisfaz as três condições
seguintes:

1. 0 ∈ V

2. p, q ∈ V ⇒ p + q ∈ V

3. (p ∈ V e r ∈ R) ⇒ rp ∈ V

A primeira condição é imediata porque o polinómio nulo p(x) = 0 tem derivada nula e
portanto para qualquer x ∈ R obtemos (1 + x)p0 (x) − 2p(x) = (1 + x) × 0 − 2 × 0 = 0.

Para provar a segunda condição consideremos p, q ∈ V , ou seja, tais que

(1 + x)p0 (x) − 2p(x) = 0


(1 + x)q 0 (x) − 2q(x) = 0

para qualquer x ∈ R. Somando as duas equações obtemos, usando as propriedades


algébricas dos números reais e ainda o facto de que p0 + q 0 = (p + q)0 ,

(1 + x)(p + q)0 (x) + 2(p + q)(x) = 0 ,

ou seja, p + q ∈ V .

Finalmente, se p ∈ V então multiplicando a equação (1 + x)p0 (x) − 2p(x) = 0 por r


de ambos os lados obtemos, usando novamente as propriedades algébricas dos números
reais e o facto de que rp0 = (rp)0 ,

(1 + x)(rp)0 (x) + 2(rp)(x) = 0 ,

ou seja, rp ∈ V .
Pergunta II.5
Escrevendo p(x) = a + bx + cx2 temos p0 (x) = b + 2cx e portanto

(1 + x)p0 (x) − 2p(x) = (1 + x)(b + 2cx) − 2(a + bx + cx2 ) = (−2a + b) + (−b + 2c)x .

Logo, a condição dada é equivalente a ter-se

(−2a + b) + (−b + 2c)x = 0

para qualquer x ∈ R.

Tendo em conta o isomorfismo f : P2 (R) → R3 definido por a + bx + cx2 7→ (a, b, c), para
calcular uma base de V vamos primeiro calcular uma base de f (V ) ⊂ R3 . A condição
(−2a + b) + (−b + 2c)x = 0 para qualquer x ∈ R é equivalente a

(−2a + b, −b + 2c, 0) = (0, 0, 0)

e portanto o subespaço f (V ) é o conjunto-solução do sistema linear seguinte, cujas


incógnitas são a, b e c: 
−2a + b = 0
−b + 2c = 0
A matriz dos coeficientes deste sistema homogéneo é
 
−2 1 0
0 −1 2

e está na forma de escada de linhas. Apenas a terceira coluna não tem pivot e podemos
usar c como incógnita livre, obtendo as equações

a = c
b = 2c

Portanto temos (a, b, c) = (c, 2c, c) = c(1, 2, 1), pelo que f (V ) = L({(1, 2, 1)}) e {(1, 2, 1)}
é uma base de f (V ). Portanto {1 + 2x + x2 } é uma base de V e dim(V ) = 1.

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