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Projecto de Linha Aerea
Projecto de Linha Aerea
4º Ano 7º Semestre
na província da Zambézia
Discente: Docente:
4º Ano 7º Semestre
na província da Zambézia
Discente: Docente:
Aos grandes homens da ciência que iniciaram ou deram continuidade a um trabalho, às vezes do
nada ou com extrema dificuldade, mas no final dividiram o resultado com o mundo e
praticamente não pediram nada em troca. Sabemos que sem eles a electrónica, a eléctrica, a
robótica, a medicina, a aeronáutica e tantos outros conhecimentos humanos não teriam o nível
tecnológico actual e não contribuiriam tão significativamente para a qualidade da vida humana.
São eles, citando alguns dos nossos “professores”:
George Simon Ohm, Andre Marie Ampere, Alessandro G. Volta, Michael Faraday, Joseph
Henry, James Watt, Gustav Kirchhoff, James Prescott Joule, Benjamin Franklin, Charles
Augustin de Coulomb, Willian Gilbert, Karl Friedrich Gauss, Hans Cristian Orsted, Isaac
Newton, Henrich Lenz, Nikola Tesla…
A Deus que tem-me guardado em vida e saúde e a minha família que tem me apoiado de forma
incondicional nesta longa caminhada académica e que nunca deixou de acreditar em mim.
1. Introdução ............................................................................................................................................. 1
1.1. Descrição e Objectivo do Projecto ................................................................................................ 1
1.2. Normas .......................................................................................................................................... 1
2. Revisão Bibliográfica............................................................................................................................ 2
2.1. Linhas Aéreas de Alta Tensão ...................................................................................................... 2
2.2. Elementos Constituintes das Linhas Aéreas ................................................................................. 3
2.2.1. Torres de Apoio .................................................................................................................... 3
2.2.2. Isoladores e Cadeias de Isoladores ........................................................................................ 5
2.2.3. Condutores ............................................................................................................................ 6
2.2.4. Postos de Transformação .................................................................................................... 23
3. Apresentação e discussão de resultados .............................................................................................. 24
3.1. Cálculo Eléctrico ......................................................................................................................... 24
3.1.1. Tensão nominal ................................................................................................................... 24
3.1.2. Corrente de serviço ............................................................................................................. 24
3.1.3. Resistência eléctrica ............................................................................................................ 25
3.1.4. Coeficiente de Auto-indução .............................................................................................. 25
3.1.5. Capacidade .......................................................................................................................... 25
3.1.6. Constantes Eléctricas .......................................................................................................... 25
3.1.7. Dimensionamento dos isoladores........................................................................................ 26
3.1.8. Dimensionamento dos cabos de guarda .............................................................................. 28
3.2. Cálculo Mecânico ....................................................................................................................... 29
3.2.1. Forcas que actuam no vento ................................................................................................ 30
3.2.2. Estado atmosférico mais desfavorável ................................................................................ 30
3.2.3. Flecha máxima .................................................................................................................... 30
3.2.4. Distâncias Mínimas Regulamentares .................................................................................. 31
4. Dimensionamento da Subestação........................................................................................................ 32
4.1. Descrição e Objectivo do Projecto .............................................................................................. 32
4.2. Localização ................................................................................................................................. 32
4.3. Generalidade ............................................................................................................................... 32
4.4. Constituição ................................................................................................................................ 33
4.4.1. Parque exterior .................................................................................................................... 33
Índice de tabelas
A Linha de transmissão projectada será derivada da linha de 220 KV existente que sai da subestação
de Cerâmica no distrito de Nicuadala para a subestação de Mocuba. Alinha terá um cumprimento de
30 Km. Com uma capacidade de transporte de 100 MW, um factor de potência de 0.8 indutivo.
1.2. Normas
Os parâmetros assumidos neste projecto estão em conformidade com o regulamento de segurança de
linhas aéreas de alta tensão (RSLEAT).
Linha aérea de alta tensão é um circuito polifásico de corrente alternada, estando a linha
suportada por torres ao longo do seu trajecto. Como, a maior parte do isolamento é feito pelo ar, as
linhas aéreas de alta tensão é o método mais barato de transmissão de energia a larga escala. As
torres que sustentam os condutores são geralmente metálicas ou de betão de acordo com os esforços
que têm que suportar e os condutores são em alumínio ou alumínio reforçado com aço.
No acto da projecção de uma linha de alta tensão diversos factores devem ser considerados. Estes
poderão ser de natureza eléctrica, mecânica, ambiental e económica. Os factores ambientais e
económicos são dois factores difíceis de satisfazer, o recomendado é encontrar uma solução óptima
para albergar as exigências ambientais mas que não sejam economicamente inviáveis.
Visto que o presente projecto é de carácter didáctico a sua elaboração cingiu-se nos primeiros 2
factores eléctricos e mecânicos.
Torres de apoio;
Isoladores;
Condutores;
Posto de transformação.
As torres de apoio ou simplesmente torres são estruturas cuja função é fazer a sustentação mecânica
dos cabos condutores e todos restantes acessórios existentes na linha, transmitindo todos os esforços
mecânicos à fundação. Na maioria dos casos as torres são compostas por uma estrutura espacial
treliçada de aço, e seguem um formato padronizado por questões económicas e produtivas. Devido a
essa padronização, é possível classificá-las baseando-se em alguns aspectos técnicos, por exemplo,
pela quantidade de circuitos.
As torres metálicas apresentam a vantagem de poderem ser transportadas divididas em
partes, sendo montadas e aparafusadas no local, o que facilita a sua colocação principalmente em
locais de difícil acesso. No entanto, são torres com uma base de grande dimensão, tanto maior
quanto maior a altura da torre. As torres garantem as distâncias de segurança dos condutores ao solo
e a objectos por baixo ou perto da linha. O dimensionamento das torres deve respeitar aspectos de
segurança, ou seja, devem ser escolhidas as dimensões mínimas das torres, que respeitam as
distâncias de segurança, descritas no Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão
(RSLEAT), devem também ser respeitados aspectos mecânicos, que se resumem aos requisitos
necessários para resistir aos esforços aplicados, que não devem ultrapassar os valores máximos
estipulados pelos fabricantes.
As forças aplicadas nas torres podem ser classificadas como verticais e horizontais. As forças
verticais actuam paralelamente ao plano vertical e são causadas pelos pesos dos condutores, cabos de
guarda, isoladores e armações. As forças horizontais actuam normalmente à direcção da linha,
As torres aplicadas para o presente projecto são torres de um circuito com uma altura média de 30
metros separadas 300m uma da outra, e desde o ponto de derivação da linha até a subestação prevê-
se montar um total de 100 torres, esse número pode ser ultrapassado e a distância de 300mentre as
torres também poderá variar para salvaguardar aspectos de segurança.
Os isoladores têm como principal propósito evitar a passagem de corrente do condutor para a torre e
para o solo, uma vez serem constituídos por material dieléctrico (vidro, porcelana e outros materiais
apropriados, não susceptíveis de degradação). “Os isoladores devem apresentar dimensões e formas
apropriadas ao ambiente em que serão utilizados, à tensão eléctrica a que vão ser expostos e às
tensões mecânicas que terão de suportar. Devem também apresentar elevada resistividade e rigidez
dieléctrica. Os isoladores deverão ser dimensionados de acordo com as solicitações eléctricas
(sobretensões) a que poderão estar submetidos, podendo estas ser de origem interna ou externa à
própria rede eléctrica, nomeadamente:
Em redes trifásicas a tensão de contornamento sob chuva não deverá ser inferior a:
[2.1]
Onde:
é a tensão de contornamento em kV;
É a tensão máxima da rede em kV.
2.2.3. Condutores
Os condutores de uma linha devem ser escolhidos, tendo em conta as tensões mecânicas a que serão
submetidos que variam com as condições ambientais, e as correntes a que estarão sujeitos, não
descurando o aspecto económico. Os principais tipos de condutores utilizados em linhas aéreas são
condutores nus de cobre, ligas de alumínio e alumínio com alma de aço. Actualmente devido as
vantagens, (Relação condutividade eléctrica/peso; Relação resistência mecânica/peso; Economia.) os
condutores de ligas de alumínio e de alumínio-aço são os mais utilizados. No presente projecto será
usado um cabo de alumínio com ala de aço fabricado pela solidal Portugal.
2.2.3.1. Construção
Os cabos de alumínio com alma de aço ou ACS são cabos condutores concêntricos, compostos de
uma ou mais camadas de fios de alumínio do tipo AL1, e um núcleo (alma) de aço galvanizado de
alta resistência do tipo ST1A, ST2B, ST3D, ST4A, ST5E ou de ACS (aço coberto a alumínio) do
tipo 20 SA. Devido às numerosas combinações possíveis de fios de alumínio e aço, pode-se variar a
proporção dos mesmos, a fim de se obter a melhor relação entre capacidade de transporte de corrente
e resistência mecânica para cada aplicação.
Figura 3. Composição dos cabo de alumínio com alma de aço ou ACS. [6]
Durante o seu tempo de vida útil a linha estará constantemente, a sofrer acções provenientes dos
elementos que a constituem ou dos elementos externos. Estas acções podem ser classificadas como:
Acções variáveis – acções do vento e do gelo, assim como as variações de temperatura que
ocorrem ao longo do dia e de estação para estação;
Acções permanentes – acções horizontais devidas às componentes horizontais das tracções
máximas a que os condutores estão sujeitos e acções verticais devidas ao próprio peso.
Tendo em conta as tensões mecânicas a que serão submetidos é necessário definir as estações do
ano: A estação de inverno e a estação de verão. A estação de inverno caracteriza-se por uma
temperatura de 15ºC, por vento máximo e ausência de gelo. Os condutores ficam sujeitos a esforços
mecânicos superiores, aumentando assim a tracção. A estação de verão, que é a estação de flecha
máxima, caracteriza-se por uma temperatura de 60ºC. Visto que com a inexistência de vento e gelo
e, como a temperatura é a mais elevada, os condutores irão dilatar, aumentando o comprimento do
arco da catenária e, consequentemente, diminuindo a tracção. A curva que representa os condutores
de uma linha aérea, em equilíbrio, suspensos entre dois pontos razoavelmente afastados entre si e a
uma altura que garanta que não se apoiam sobre o solo é conhecida como a catenária.
O cálculo da força proveniente da acção do vento em cada condutor é dado pela expressão a seguir:
[2.2]
√ [2.3]
Onde:
é o coeficiente de redução;
é a força resultante em ⁄ .
[2.4]
[2.5]
a) b)
É bastante comum que os pontos de fixação dos condutores se situarem a diferentes níveis de altura
e, nessa situação, o vão deixa de estar em patamar e passa a estar desnivelado. Os vãos deste
projecto estão em desnivel, pesa embora pouco signifivativo, esse desnivel é causado pelo terreno,
pelas deferenças de altura das torrese pela profundidade de aterramento o que irá implicar num vão
diferente.
Cantão em patamar com vãos distintos: Para este caso consideram-se os vãos com diferentes
comprimentos, mantendo a altura igual por forma a simplificar a análise.
Cantão inclinado com vãos de comprimentos distintos: Este caso consiste numa sucessão de vãos com
comprimentos distintos e com alturas diferentes é, o caso mais frequente nas linhas de transmissão pelos
motivos indicados anteriormente.
A torre enforcada: Esta situação, é um caso específico da última situação analisada. A torre enforcada
consiste num apoio em suspensão colocado a uma altura consideravelmente inferior à altura dos apoios
adjacentes como ilustrado a seguir;
Uma vez a equipe que de projecção de uma linha de transmissão de energia eléctrica não ser
exclusivamente composta por engenheiros eléctricos, mas também por ambientalistas, geólogos, entre
outros, pela dificuldade de tirar as medições do desnível do terreno (cotas) esses dados são fornecidos
pelos geólogos ou por programas de computador.
O RSLEAT no artigo 27° estabelece que, na condição de flecha máxima, desviados ou não pelo vento, a
distância entre os condutores e o solo não deverá ser inferior ao resultado da seguinte expressão:
[2.6]
[2.7]
[2.8]
[2.9]
O 30º artigo de RSLEAT estabelece que a aproximação dos condutores, devido às oscilações provocadas
pelo vento, para as linhas de 3ª classe, não deverá ser inferior à dada pela seguinte expressão:
√ [2.10]
Como a instalação é da 3ª o mesmo artigo também estabelece que a distancia não deve ser inferior à 0.5m
numa proporção de 1cm por kV; logo a distância entre os condutores será não inferior à 2.2 m e de
acordo com o 33° artigo a distância entre os condutores e os cabos de guarda próximos da fixação aos
apoios não deve ser inferior a distancia entre os condutores.
[2.11]
√
[2.12]
Onde:
( ) [2.13]
Onde:
Representa a distância média geométrica entre os condutores;
Coeficiente de auto-indução em ⁄ ;
Capacidade em ;
Raio médio geométrico em .
2.2.3.12. Capacidade
Para avaliar a capacidade entre condutores, num determinado meio com uma permitividade característica,
é necessário obter a tensão entre os condutores e a intensidade do campo eléctrico que os rodeia. Assim, a
capacidade linear de um condutor, é a relação entre a carga electroestática, por unidade de comprimento,
e a diferença de potencial, a cada instante, entre o condutor e o seu invólucro (terra), quando os
condutores são sujeitos a um sistema polifásico de diferenças de potencial em relação a esse invólucro.
(Sequeira, 2009)
[2.14]
( )
2.2.3.13. Reactância
A reactância de auto-indução, por unidade de comprimento, é definida pela seguinte expressão:
[2.15]
[2.16]
2.2.3.15. Impedância
A impedância é então o resultado da soma vectorial da resistência linear com a reactância linear, sendo
dada por:
[2.17]
Onde:
Frequência da rede;
Capacidade;
Frequência angular da corrente ;
é o cumprimento da linha em .
√ ( ) [2.19]
O posto de transformação, numa rede, tem como objectivo proporcionar a transição entre diferentes
níveis de tensão, recorrendo a transformadores.
Os transformadores são máquinas eléctricas estáticas, com objectivo de transformar através de indução
electromagnética, um sistema de correntes alternadas num ou vários sistemas de correntes alternadas da
mesma frequência, mas de intensidades e tensões diferentes. O transformador a instalar na subestação de
Malei será uma subestação abaixadora que vai abaixar a tensão de 220 kV para 110kV/ 66kV/33kV.
A tensão da linha para o presente projecto é de 220KV de acordo com RSLEAT é uma instalação da 3
classe. A linha é prevista para transportar 100 MW de potência com um factor de potência de 0,8
indutivo.
De modo a diminuir as perdas na condução, repartir-se-á a corrente nominal por 2, ou seja dois
condutores por fase.
De acordo com da tabela da solidal a corrente nominal é de 205 A para cada condutor da fase que
corresponde a uma secção de com um diâmetro igual à 9 mm. Para cada condutor das fases.
( )
.De acordo com a classe da instalação a projectar o RSLEAT no 31° artigo determina que a distância
entre os condutores nus para linhas da classe 3 deve ser 1 com um mínimo de 0,5m.
√ √
( )
3.1.5. Capacidade
⁄
( )
As características eléctricas da linha, por unidade de comprimento, são deduzidas a partir das Constantes
físicas supracitadas. De seguida, é introduzido o cálculo de cada uma desta característica.
3.1.6.1. Reactância
Usando a equação [2.15]
3.1.6.3. Impedância
De [2.17] temos
( )
Em percentagem:
√ ( ) √ ( )
Em percentagem:
A linha projectada passa por regiões caracterizadas por práticas agrícolas que no estacão de verão
acontecem queimadas descontroladas, e termina numa mina de grafite com índices de poluição
Optando por utilizar isoladores rígidos a tensão a força de rotura mínima à flexão não deve ser inferior a
2,5 vezes a solicitação mecânica máxima a que estarão sujeitos pelos condutores.
Segundo a tabela abaixo os valores típicos encontrados para tensões de linha de 110 kV são:
Número de isoladores 16;
Espaçamento entre isoladores 1750 mm.
Portanto, a corrente do curto-circuito da linha é de 8.2 kA. De acordo com tabela a corrente do curto-
circuito será de 10 kA dois (2) cabos de guarda, usando o cabo do tipo alumoweld com as seguintes
características:
Secção transversal 42. ;
Diâmetro 7.252;
Temperatura máxima admissível 200°C;
Tensão de roptura 723.63 ;
Coeficiente de dilatação 0.001296 ;
Peso 0. ⁄ .
O cálculo mecânico é fundamental para assegurar a estabilidade das linhas aéreas de transmissão de
energia, bem como as condições e distâncias de segurança. Através da realização desta etapa, é possível
assegurar que todos os esforços mecânicos verificados ao longo da linha são suportados, para os diversos
estados atmosféricos verificados, através da avaliação feita aos impactos criados na linha pelas condições
atmosféricas a que esta está sujeita, como as variações do vento e variações de temperatura existentes. O
cálculo mecânico tem como objectivos:
Para a estação de inverno considerando vento máximo habitual, com pressão dinâmica a forca de
vento de acordo com [2..2]
Para a estação de verão, considerando vento reduzido, com pressão dinâmica 300Pa
O peso específico linear do condutor de alumínio-aço utilizado é igual 172.4 ⁄ o que equivale a
0,169 ⁄ . A força resultante das actuantes no condutor, considerando a ausência de gelo „e dada
na época de inverno por [2.3]:
√( ) ( ) ⁄
Na estação de verão:
√( ) ( ) ⁄
Para o presente projecto, o coeficiente de sobrecarga para a época de inverno é dado pela expressão [2.4]
De entre as duas estações do ano, acima consideradas, a do inverno é a mais desfavorável, no que diz
respeito a sujeitar os condutores à tracção mais elevada. A mais favorável é a de verão.
De acordo com a tabela 4 a tensão máxima a que os cabos estão sujeitos é de:
( ) ( ) ( )
( )
Como a instalação é da 3ª o mesmo artigo também estabelece que a distancia não deve ser inferior à 0.5m
numa proporção de 1cm por kV; logo a distância entre os condutores será não inferior à 2.2 m e de
acordo com o 33° artigo a distância entre os condutores e os cabos de guarda próximos da fixação aos
apoios não deve ser inferior a distancia entre os condutores.
4.2. Localização
A subestação estará localizada no distrito de Namacurra na localidade de Malei numa área de
. A localização será condicionada pelos resultados da medição da resistência de terra. Visto que é
uma zona com muito espaço não ocupado esta será a única condição a satisfazer no ponto de vista
estética urbana não descartando com isso as exigências do meio ambiente.
4.3. Generalidade
Subestação é um conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos designados a modificar as
características da energia eléctrica (tensão e corrente), permitindo a sua distribuição aos pontos de
consumo em níveis adequados de utilização. Em termos gerais, as subestações podem ser classificadas
como:
Subestação de consumidor
É aquela construída em propriedade particular suprida através de alimentadores de distribuição primários,
originados das subestações de subestações de Subtransmissão, que suprem os pontos finais de consumo.
Tipos de subestação
Dependendo das condições técnicas e económicas do projecto, pode ser adoptado um ou mais tipos de
subestação para suprimento da carga da instalação. Em geral podem ser classificadas como:
Subestação Interior
Subestação Exterior
É aquela em que os equipamentos são instalados ao ar livre e, normalmente, os aparelhos abrigados.
4.4. Constituição
A subestação projectada é uma subestação de Subtransmissão de acordo a classificação anterior,
no entanto, mista ou seja com aparelhagem de montagem exterior e interior, nomeadamente no parque
exterior de aparelhagem e no edifício de comando; o comando será feito da sala de comando assim como
no parque exterior. A plataforma da subestação será vedada, sendo a vedação constituída por painéis pré-
fabricados e rede composta por arames de aço. O terreno da subestação também será vedado com rede
progressiva em arame de aço, apoiado em postes de madeira.
Do ponto de vista técnico, a subestação é constituído pelos seguintes elementos estruturais: Sela
de 220Kv: seccionador de linha, seccionador de terra, transformador de tensão e de corrente, disjuntor,
pára-raios e o transformador de potência. Sela 33kV: a sequência começa com o transformador de
potência, seguido do pára-raios, transformadores de tensão e de corrente e por fim o seccionador. As
alturas dos equipamentos nas duas secções variam de acordo com o nível de tensão. O transformador será
A protecção desta instalação contra descargas atmosféricas directas é constituída, na sua maior
parte, por uma rede de cabos de guarda de alumínio-aço do tipo alumoweld, ligados nas cabeças dos
pórticos e ligados à rede de terra subterrânea através da massa metálica das próprias estruturas, as quais
possuirão na sua base uma ligação terra. Em pontos específicos serão instalados eléctrodos de terra
verticais e varetas de aço cobreado com 2.4 m de comprimento. Numa subestação, as ligações entre
condutores nús (entre si ou entre estes e a aparelhagem) são realizadas por ligadores concebidos de forma
a ser de montagem simples e com características eléctricas e mecânicas adequadas.
De modo a reduzir os riscos de tensões de passo e de contacto e limitando-as a valores não perigosos, em
caso de defeito à terra, é necessário conceber a rede geral de terra de forma a constituir uma rede
equipotencial. A rede de terra subterrânea será constituída por condutores de cobre nú de
150 enterrados à profundidade de 0,80 m, de modo a abranger toda a área ocupada pela instalação.
Toda massa existente no parque deve ser aterrado, a resistência de terra deverá ser inferior a 1 ohm. Esta
rede será um conjunto interligado formado por:
Terra de protecção: destina- se a contribuir para a segurança das pessoas nas proximidades de
um objecto metálico da instalação susceptível de colocação acidental sob tensão em caso de
defeito de isolamento;
Terra de serviço: destina‐ se a influenciar o comportamento da rede em caso de defeito à terra;
Cabos de guarda: para proteger a instalação contra descargas atmosférica directa.
Nas áreas não cobertas pelos referidos cabos de guarda, ou por questões de faseamento de construção,
poderão ser utilizadas torres equipadas com pára-raios de haste de Franklin. Muito embora a protecção
com cabos de guarda seja muito eficaz, a eventual roptura de um cabo de guarda devido a uma descarga
atmosférica directa e localizada, com a respectiva queda sobre um barramento é de grande gravidade,
pelo se considerou a montagem de hastes de Franklin em todas as cabeças dos pórticos de amarração, o
que, para além de melhorar a protecção, diminui a probabilidade da fixação das descargas nos cabos de
guarda.
Os valores máximos dos campos eléctricos e magnéticos esperados no nível de tensão de 220 kV são de
1,54 kV/m e 11,1 µT, respectivamente. O nível máximo de pressão acústica (LpA) produzida por
qualquer dos transformadores de potência, está limitado a 80 dB.
4.5. Protecções
O sistema de protecção da subestação deve ter selectividade de actuação minimizando a área afectada;
Redundância na actuação permitindo colmatar o deficiente funcionamento de qualquer componente do
sistema de protecções; Coexistência com os restantes funcionalismos do SPCC (Sistema de Protecção,
Comando e Controlo Numérico). A protecção contra sobretensões de origem atmosférica será feita por
meio dos cabos de guarda e contra contactos acidentais será feito por meio de aterramento de todas
massas como mencionado anteriormente.
São dispositivos que tem por finalidade conectar e desconectar diversas partes de uma instalação
eléctrica, para efectuar manobras de operação ou qualquer aplicação de manutenção.
As chaves seccionadoras são formadas por uma base metálica de lâmina galvanizada com um conector
para a terra; duas ou três colunas de isoladores que fixam o nível básico de impulso. O equipamento é
formado por uma parte móvel e uma parte fixa, sendo por essa maneira estabelecida a abertura ou
fechamento. Pode ser actuado através de seu comando manual local ou comando eléctrico à distância.
Características
Tensão nominal 220 kV;
Tensão máxima de operação 245 kV;
Frequência industrial 460 kV;
Impulso 1050 kV;
Sobre a distância de seccionamento;
Frequência industrial: 530 kV (pico);
Impulso: 1200 kV (pico);
Intensidade máxima admissível:
De curta duração (valor eficaz): 50 kA;
Valor máximo de corrente (crista): 80 kA.
O transformador de potencial tem por finalidade proporcionar a medição de tensões em sistemas acima
de 600 V, transformando-as de modo equivalente nos circuitos do seu secundário em baixa tensão. O
transformador de tensão escolhido é o UTG-245KV, fabricado pela ARTECHE. O transformador de
tensão escolhido tem isolamento do tipo papel óleo, sendo hermeticamente fechado e funcionando com
nível de óleo constante. Possui um indicador do nível do óleo e uma válvula de para o controlo do nível e
da qualidade do óleo. São bastante utilizados devido ao seu tamanho, fácil manuseamento, sendo quase
nula a sua manutenção ao longo do seu tempo de vida útil.
Características
São equipamentos capazes de reproduzir proporcionalmente em seu circuito secundário a corrente do seu
primário com sua posição fosorial mantida, conhecida e adequada para uso em instrumentos de medição,
controlo e protecção. O transformador de corrente deve reproduzir no seu secundário uma corrente que é
uma réplica em escala reduzida da corrente do primário do sistema. O transformador de corrente tem
basicamente três finalidades:
Características
A corrente máxima de operação corresponde a uma sobre carga de 50% ou seja o seu valor será
565 A.
4.6.4. Disjuntores
O disjuntor é capaz de extinguir arcos eléctricos, bem como os efeitos mecânicos em determinado ciclo
da corrente eléctrica de curto-circuito, visto que este defeito é o mais severo. Esse processo baseia-se em
eliminar a falta através do tanque em meio isolante (gás SF6), que é liberado após o accionamento pelo
sistema de protecção.
Características
São dispositivos destinados à protecção de outros componentes contra sobretensões transitórias elevadas.
Estes equipamentos devem actuar de forma a limitar a magnitude dos impulsos de tensão, o que permitir
diminuir os riscos para outros equipamentos. Estes equipamentos devem actuar de forma a:
Limitar impulsos de tensão em equipamentos, descarregando para a terra a corrente de surto que
atinge a subestação;
Ter uma boa capacidade de isolamento a tensão nominal, ou seja não adicionar riscos ao
barramento ou a linha ao qual „e conectado;
Características
Tensão máxima monofásica ( ⁄√ )
Tensão máxima de operação 245 kV;
Tensão mínima de operação 140 kV;
Corrente nominal de descarga 10 k A;
Máximo impulso de corrente de longa duração 1200 A;
Máxima corrente de curto-circuito 50 kA.
Dados inicias:
Corrente nominal ( ): 325 A;
Carga de segurança a flexão ( ): 1200 ⁄ ;
Distância entre fases ( ) 2.5 m;
Factor ⁄ 2.5
Tempo de actuação das protecções ( ): 0.5s;
Corrente de curto-circuito ( ): 10 kA;
Frequência ( ): 50 Hz;
Distancia entre os apoios ( ) 5 m;
Factor ; 1.8
Sendo a corrente se serviço da instalação 325 A consultando a tabela 6-35 do Manual BBC, relativa às
intensidades de corrente admissíveis em regime permanente para condutores de cobre de secção tubular,
e escolhe-se o primeiro tubo que possa veicular essa corrente, nomeadamente o tubo 20 x 16 mm
(corrente admissível = 449 A).
( )
Uma vez que a condição de verificação do aquecimento não se verifica há que se escolher novo tubo que
verifique essa condição. O primeiro tubo da tabela que verifica a condição é o tubo
mm, cujo módulo de flexão é , Secção do tubo e peso do condutor
⁄ .
√ √
Uma vez que a frequência de ressonância não faz parte do intervalo de frequência eléctrica nem
do dobro da frequência está excluído o perigo de o barramento oscilar entrando em ressonância. Isto
conclui o dimensionamento do barramento; o tubo escolhido – 20x12mm em Cobre – é adequado à
instalação.
Corrente de serviço:
√ √
Corrente de seviço monofásica: ⁄ . Segundo a tabela da solidal a corrente
nominal é de 915 A que implica uma seccao de 484.5 cabo de aluminiu com alma de aço.
Caracteristicas:
Tensão maxima de opereção : 36KV;
Tensao nominal de operacao: 34.5 kV;
Potência nominal trifasica: 1500MVA;
Maximo valor de corrente de curto-circuito: 22 kA;
Corrente nominal: 1200 A.
4.7.4. Seccionador
Características Técnicas :
Tensão nominal máxima de operação : 36 kV
Tensão de Ensaio (terra/entre polos):
o Frequência industrial: 70KV (pico):
o Impulso: 170KV (pico);
Sobre a distância de seccionamento:
√ √
Dados inicias:
Corrente nominal ( ): 2.19 kA;
Carga de segurança a flexão ( ): 1200 ⁄ ;
Distância entre fases ( ) 1.15 m;
Factor ⁄ 2.5
Tempo de actuação das protecções ( ): 0.5s;
Corrente de curto-circuito ( ): 43.74 kA;
Frequência ( ): 50 Hz;
Distancia entre os apoios ( ) 2.5 m;
Factor ; 1.8
( )
⁄
⁄
Uma vez que a condição de verificação do aquecimento se verifica o tubo escolhido é adequado.
⁄
} }
Uma vez que a frequência de ressonância não faz parte do intervalo de frequência eléctrica nem do dobro
da frequência está excluído o perigo de o barramento oscilar entrando em ressonância. Isto conclui o
dimensionamento do barramento; o tubo escolhido – 50x40mm em Cobre – é adequado à instalação.
Observação: é a partir deste barramento que se alimentam as três fábricas. As linhas são suportadas por
postes de betão e sem cabo de guarda. A linha deve transportar uma potência nominal de cerca de 10
MW, de acordo com a carga nominal dos postos de transformação nas indústrias, com um nível de tensão
de 33 kV e um factor de potência de 0.8 indutivo. Devido à predominância de planície em todo o
percurso da linha do projecto, apenas é considerado o vão em patamar nivelado. O vão máximo deve ser
100 metros e deve ser inferior ao vão critico; a flecha máxima; A tensão de montagem e a tracção de
montagem devem ser tais que não comprometam as distâncias de segurança estabelecidas pelo RSLEAT.
O processo de cálculo e igual ao demostrado no capítulo 3.
Esta instalação está dotada de caleiras para a passagem dos cabos de Média Tensão e fosso para recolha
de óleo do transformador segundo os regulamentos. A caleira por onde irão passar os cabos de Média
Tensão deve ter dimensões adequadas, deve ser coberta nas zonas fora das celas e deve ser correctamente
√ √
O transformador de corrente a instalar no posto de medição será o 4NC da SIEMENS deverá ter as
seguintes características:
5.3. Pára-raios
o ;
√ √
Capacidade de absorção:
o ( ) ( ) ;
Os para raios devem ser de marca ASEA, tipo XBE, 10 kA e 33 kV. A ligação à terra deve ser feita em
condutor de cobre com a secção mínima de 35 exterior e quando penetra no solo até ao eléctrodo de
terra .
5.4. Disjuntor
Um disjuntor tripolar SF6,de 34.5 kV;
Frequência de 50Hz;
Tensão máxima de operação 38 kV;
Corrente nominal de curto-circuito: 22 kA;
Corrente nominal 250 A.
[2]. Direção da Rede de Transporte, EDM. “Caracterização da Rede Nacional de Transporte.” 2010.
pags. 31-34.
[3]. GLOVER, J. Duncan, Mulukutla S. Sarma e Thomas J. Overbye. Power System Analysis e Design.
SI Edition, s.d.
[4]. GONÇALVES, João Parada Filipe. Projecto de Execução de Linhas de Média Tensão (Relatório
apresentado para a obtenção do grau de Mestre em Automação e Comunicação em Sistemas de
Energia). Coimbra, Portugal, 2011.
[5]. LABEGALINI, P. R., Labegalini, J. A., Fuchs, R. D., & Almeida, M. T. D. E. Projetos mecânicos
das linhas aéreas de transmissão. Blucher, Edgard, 1992.
[8]. CARDOSO, Rafael Lourenço. Cálculo automático para projecto de linha aérea até 33kV "
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores
FCT: Lisboa 2016.
[8]. CHECA, L. M. (1988). Lineas de transporte de energia. S.A MARCOMBO. acessado no site
https://books.google.es/books/about/L%C3%ADneas_de_transporte_de
_energ%C5.3%ADa.html?hl=ES&id=J4qKMYB6wC4C&pgis=1. no dia 22d de maio as 23h4