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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO

DE SONGO

DIVISÃO DE ENGENHARIA ELETROTÉCNICA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

Praticas profissionalizantes 2

Trabalho em Grupo, 1º Grupo

Vº Semestre, 3º Ano

Tema:

Fontes de alimentação

Discentes:

Adriano Cossa

Arlindo Francisco Novele

Benny Ivan Mabunda

Dilvânia Marcos Evaristo

Docente:

Eng. Nuno Vasco Nhantumbo

Songo, abril de 2024


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO

DIVISÃO DE ENGENHARIA ELETROTÉCNICA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

Praticas profissionalizantes 2

Trabalho em Grupo, 1º Grupo

Vº Semestre, 3º Ano

Tema:

Fontes de alimentação

Discentes:

Trabalho elaborado pelos estudantes do primeiro


Adriano Cossa
grupo, da cadeira praticas profissionalizantes 2, do
Instituto Superior Politécnico de Songo, curso de
Arlindo Francisco Novele
Engenharia Eléctrica, para fins avaliativos.
Benny Ivan Mabunda

Docente:
Dilvânia Marcos Evaristo
Eng. Nuno Vasco Nhantumbo

Songo, abril de 2024


Resumo
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................5
1.1. Objectivo Geral............................................................................................................................5
1.2. Objectivos Específicos.............................................................................................................5
1.3. Metodologia.................................................................................................................................5
2. Fontes de alimentação..............................................................................................................6
2.1. Fonte de alimentação linear.........................................................................................................6
2.1.1. Transformação (de estado 1 para estado 2).........................................................................7
2.1.2. Retificação (de estado 2 para estado 3)...................................................................................7
2.1.3. Filtragem (de estado 3 para estado 4)......................................................................................8
1.1.1. Regulação (do estado 4 para a carga)......................................................................................9
2.2. Fonte de alimentação chaveada..................................................................................................10
2.2.1. Filtragem de Transientes........................................................................................................11
2.2.2. PFC Passivo............................................................................................................................11
2.2.3. Retificação, Dobrador de Tensão e Filtragem.........................................................................11
2.2.4. PFC Ativo................................................................................................................................12
2.2.5. Chaveamento.........................................................................................................................13
2.2.6. Retificação (Secundário)........................................................................................................14
2.2.7. Filtragem (Secundário)...........................................................................................................14
2.2.8. Realimentação.......................................................................................................................14
2.3. Eficiência de uma fonte de alimentação.....................................................................................15
3. Conclusão...............................................................................................................................17
4. Referencias.............................................................................................................................18
Índice de figuras
Figura 1 Diagrama em bloco e representação dos estágios de uma fonte de alimentação............................7
Figura 2 estado de redução de tensão da rede para a tensão necessária na carda.........................................8
Figura 3 estágio de retificação monofásico em ponte (AC para DC)...........................................................9
Figura 4 estagio de filtragem com base a um condensador..........................................................................9
Figura 5 estado de regulação da tensão entregue pelo filtro com base ao díodo zener, 7812 ou um circuito
regulador com transístor............................................................................................................................10
Figura 6. Funcionamento simplificado de uma fonte de alimentação chaveada.........................................12
Figura 7. Estágio de filtragem de transientes.............................................................................................12
Figura 8. Retificação, dobrador de tensão e filtragem...............................................................................13
Figura 9. Circuito PFC ativo típico............................................................................................................13
Figura 10. Meia-ponte...............................................................................................................................14
Figura 11 circuito retificador......................................................................................................................15
Figura 12. Etapa de filtragem do secundário.............................................................................................15
Figura 13 Principais diferencas entre as fontes de alimentacao linear e chaveada.....................................17

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1. Introdução
Todos os circuitos eletrônicos precisam de energia elétrica para funcionar. Porém, nem sempre
essa energia está disponível numa tomada da rede de energia ou mesmo numa bateria, na forma
como o circuito eletrônico precisa. Assim, considerando que a maioria dos circuitos eletrônicos
opera com baixas tensões contínuas e que na rede de energia temos altas tensões alternadas é
preciso haver um meio de se fazer a conversão para a utilização. Da mesma forma, existem
circuitos que operam com tensões contínuas mais elevadas do que aquela que a fonte de energia
disponível pode fornecer. Essa conversão da energia disponível para a forma como o circuito
necessita são usadas configurações específicas que recebem o nome de fontes de alimentação,
que são circuitos que pegam a tensão alternada da rede elétrica e a converte para o padrão de
tensão requerido pelo aparelho a ser alimentado, estes podem ser lineares ou chaveados. Ao
decorrer do trabalho, será abordado não só o circuito equivalente, mas também o seu
funcionamento e composição.

1.1. Objectivo Geral


 Descrever as fontes de alimentação;

1.2. Objectivos Específicos


 Descrever as fontes de alimentação lineares;
 Descrever as fontes de alimentação chaveadas;
 Apresentar os circuitos equivalentes das fontes lineares e chaveadas;
 Apresentar uma simulação de uma fonte de alimentação básica;

1.3. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, consistiu-se na recolha de dados em fontes bibliográficas,
manuais e electrónicos, na leitura das fontes bibliográficas referenciadas, debates presenciais
feitos pelos membros do grupo de forma a garantir uma percepção crescente e uniforme acerca
do tema do trabalho e bem como com a unificação e compilação do mesmo.

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2. Fontes de alimentação

Uma fonte de alimentação consiste, portanto, num circuito que a partir da tensão elétrica
disponível (alternada ou contínua) fornece a tensão contínua (ou mesmo alternada) na forma
como o circuito alimentado necessita. O tipo mais comum de fonte de alimentação é a que
converte a tensão alternada da rede de energia de 110/220 V (117/127/220/24 V) em baixas
tensões contínuas, na faixa de 3 a 60 V. No entanto, também existem fontes especiais que
convertem a tensão contínua mais baixa de uma bateria em uma tensão contínua mais alta para
alimentar um circuito.
As fontes podem operar basicamente segundo duas tecnologias. Podem ser lineares ou
analógicas que são as mais comuns e podem ser chaveadas ou comutadas, denominadas também
“switched mode power supplies” ou SMPS que têm maior rendimento.

2.1. Fonte de alimentação linear


Uma fonte de alimentação linear funciona pegando a tensão alternada da rede elétrica (127 V ou
220 V, ponto “1” do diagrama) e a reduzindo para um valor próximo ao que desejamos obter em
sua saída (por exemplo, 12V, ponto “2” do diagrama). Em seguida, esta tensão, que ainda é
alternada, é retificada e transformada em pulsante, através de diodos (ponto “3” do diagrama).
Após esta transformação, a tensão pulsante é transformada em contínua através de um estágio de
filtragem, que é formado por um capacitor eletrolítico (ponto “4” do diagrama). Na saída do
capacitor eletrolítico a tensão terá uma oscilação, que é removida no estágio de regulação de
tensão (ponto “5” do diagrama). Na saída deste estágio a tensão será, finalmente, contínua. o
diagrama de blocos de uma fonte de alimentação linear típica é apresentado a baixo.

Figura 1 Diagrama em bloco e representação dos estágios de uma fonte de alimentação

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2.1.1. Transformação (de estado 1 para estado 2).
O primeiro estágio de uma fonte de alimentação linear é abaixar a tensão alternada da rede
elétrica para um valor próximo da tensão que queremos na saída da fonte. Isto é feito através de
um transformador abaixador de tensão. o transformador de potência possui seu enrolamento
primário conectado à rede elétrica (linha). Um enrolamento secundário, acoplado
electromagneticamente, mas isolado eletricamente do primário, é usado para obter uma tensão
CA de amplitude adequada para acionar o circuito eletrônico que ele deve fornecer.
O estágio do transformador deve ser capaz de fornecer a corrente necessária. Se for usado um
transformador muito pequeno, é provável que a capacidade da fonte de alimentação de manter a
tensão de saída total com a corrente de saída total seja prejudicada. Com um transformador muito
pequeno, as perdas aumentarão drasticamente à medida que a carga total for colocada no
transformador. Como o transformador provavelmente será o item mais caro na unidade de
alimentação, deve-se considerar cuidadosamente o custo de equilíbrio com a exigência de
corrente provável. Também pode haver necessidade de dispositivos de segurança, como fusíveis
térmicos, para desconectar o transformador se ocorrer o superaquecimento e o isolamento
elétrico entre os enrolamentos primários e secundários, para segurança elétrica.

Figura 2 estado de redução de tensão da rede para a tensão necessária na carda

2.1.2. Retificação (de estado 2 para estado 3)


O próximo passo é a retificação, processo que consiste em transformar a tensão alternada em
tensão pulsante. Nesse processo, transformamos os semiciclos negativos da tensão alternada em
semiciclos positivos, fazendo com que a forma de onda na saída do retificador seja ainda
alternada, porém possuindo somente semiciclos positivos. O processo de retificação em relação
ao número de fases pode ser monofásico, bifásico ou trifásico, podendo em todos os casos
anterior ser de meia onda ou onda completa em ponte ou com transformador com Tap central,
usando base a díodos ou mesmo SCRs. Abaixo apresentamos um circuito retificador de onda
completa em ponte usado díodos.

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Figura 3 estágio de retificação monofásico em ponte (AC para DC)

2.1.3. Filtragem (de estado 3 para estado 4)


Após a retificação, vem o estágio de filtragem, onde a forma de onda pulsante será transformada
em tensão contínua, porém contendo uma pequena oscilação, chamada ripple. Tensão contínua
contendo esse tipo de oscilação é também chamada de não regulada. Este estágio é formado por
um capacitor eletrolítico. Quanto maior o valor desse capacitor, melhor será a filtragem (isto é,
menor o ripple). O ponto mais importante da escolha do capacitor eletrolítico é a sua tensão de
alimentação. No caso em que o transformador fornece no seu secundário 12V devesse escolher
no mínimo um capacitor de 25 V e não de 12 V ou de 16 V. Se colocássemos um capacitor de 12
V ou 16 V nesse circuito, ele literalmente explodiria. A razão é muito simples. Tanto a tensão
nominal de um transformador quanto de um capacitor são dadas em valor eficaz (RMS). Assim,
o transformador está fornecendo para o circuito 12 V RMS, o que equivale a 17 V de pico (12 V.
√ 2). O capacitor, no entanto, armazena carga no pico da onda. Assim, o capacitor armazenará 17
V. Se usarmos um capacitor de 12 V ou de 16 V, ele estará armazenando mais carga do que é
capaz, podendo explodir. Por isso, o ideial para uma conte de 12V e um capacitor de 25 V, que é
o valor comercial disponível depois de 16 V. Assim, na hora de definir o capacitor eletrolítico da
fonte, você deve multiplicar a tensão de saída do transformador por 1,4 ( √ 2) para saber a tensão
mínima que o capacitor deverá ter.

Figura 4 estagio de filtragem com base a um condensador

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1.1.1. Regulação (do estado 4 para a carga)
Após o capacitor, a tensão obtida já será contínua, porém haverá uma oscilação (chamada ripple)
Para eliminarmos essa oscilação, basta utilizarmos um circuito regulador de tensão. Em fontes
lineares, este circuito poderá ser feito basicamente de três formas:
 Usando um diodo Zener, caso a corrente máxima da fonte seja baixa.
 Usando um circuito integrado regulador de tensão da série 78xx, caso você esteja
construindo uma fonte com corrente máxima de até 1 A.
 Usando um diodo Zener e um transistor de junção bipolar, caso você queira maior
capacidade de corrente.

Figura 5 estado de regulação da tensão entregue pelo filtro com base ao díodo zener, 7812 ou
um circuito regulador com transístor.

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2.2. Fonte de alimentação chaveada
As fontes de alimentação chaveadas, também chamadas conversores DC-DC, funcionam de uma
maneira completamente diferente das fontes lineares. Em vez de baixarem a tensão alternada
primeiro, a tensão alternada da rede é aumentada e transformada em contínua. Essa alta tensão
contínua é então transformada em uma forma de onda retangular de alta frequência usando tran-
sistores (chamados transistores chaveadores), e aplicada sobre um transformador para ser redu-
zida. Na saída do transformador temos um estágio de retificação (feito por diodos e uma bobina),
onde a forma de onda retangular é transformada em contínua e, em seguida, um estágio de filtra-
gem, onde ruídos e oscilações (ripple) são removidos, que é feito através de bobinas e
capacitores.
A bobina usada do secundário é a “marca registrada” das fontes chaveadas. Existem três
maneiras básicas de se posicionar essa bobina, gerando os três tipos básicos de fontes chaveadas,
chamadas topologias:

Buck-Boost (Flyback): Nessa configuração a bobina é instalada em paralelo à saída da fonte e é


usada quando queremos montar uma fonte de alimentação elevadora de tensão. Essa bobina pode
eventualmente ser feita usando uma derivação do transformador principal da fonte. Quando isso
é feito, o transformador recebe o nome de flyback.
Boost: Nessa configuração a bobina é instalada em série à saída da fonte, antes do diodo
retificador. Essa configuração é usada quando queremos montar uma fonte de alimentação
elevadora de tensão.
Buck: Nessa configuração a bobina é instalada em série à saída da fonte, após o diodo re-
tificador. Essa configuração é usada quando queremos montar uma fonte de alimentação
abaixadora de tensão.

Um dos aspectos que torna fontes de alimentação chaveadas bastante diferentes das fontes line-
ares é a maneira com que a regulação de tensão é feita. Em fontes lineares temos um circuito fixo
na saída da fonte responsável pela regulação. Nas fontes chaveadas a regulação de tensão é feita
através de uma realimentação.
O circuito de controle dos transistores chaveadores monitora constantemente a saída da fonte.
Caso o valor da tensão na saída não esteja correto (isto é, esteja um pouco abaixo ou um pouco
acima do valor pretendido), ele ajusta o ciclo de carga da forma de onda que é aplicada no
transformador, o que faz com que a tensão na saída do estágio de retificação do secundário
aumente ou diminua, de acordo com o comportamento pretendido para corrigir o problema. O
uso deste esquema engenhoso de regulação de tensão é o principal motivo pelo qual fontes
chaveadas são mais eficientes, já que não há um componente na saída da fonte desperdiçando
potência em forma de calor.

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Figura 6. Funcionamento simplificado de uma fonte de alimentação chaveada
Como fontes chaveadas transformam a tensão da rede elétrica em contínua antes de aplicá-la
sobre o transformador, este tipo de fonte é também conhecido como conversor CC-CC, pois
transforma uma tensão contínua de um determinado valor em uma tensão contínua de outro
valor.
2.2.1. Filtragem de Transientes
Um problema derivado do chaveamento em alta frequência é a geração de interferência eletro-
magnética (também conhecida como EMI, ElectroMagnetic Interference). Com isso, toda a fonte
chaveada deve ter, logo em sua entrada, uma série de capacitores e bobinas para filtrarem não só
a tensão que entra na fonte, mas para evitar que a interferência gerada pela fonte entre de volta
na rede elétrica, evitando interferência em outros equipamentos eletrônicos.

Figura 7. Estágio de filtragem de transientes.

2.2.2. PFC Passivo


Se a fonte de alimentação tiver um circuito de correção do fator de potência (PFC) do tipo
passivo, este será colocado em série entre o estágio de filtragem de transientes e a ponte retifi -
cadora. Este tipo de circuito é formado por uma enorme bobina (que fisicamente se assemelha a
um transformador) e um capacitor colocados em paralelo. Este tipo de circuito serve para reduzir
a quantidade de energia reativa que é consumida pelo circuito.
2.2.3. Retificação, Dobrador de Tensão e Filtragem
Após o estágio de filtragem de transientes, temos o estágio de retificação, que é composto por
uma ponte retificadora. Logo após este estágio, temos um circuito de filtragem, formado por dois
capacitores eletrolíticos, fazendo com que a tensão seja transformada em contínua (não
regulada). Esses capacitores são os maiores capacitores encontrados em uma fonte chaveada.
Em fontes de alimentação com configuração meia-ponte, os varistores, quando existentes, estão
normalmente instalados em paralelo aos capacitores eletrolíticos desse estágio.

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Figura 8. Retificação, dobrador de tensão e filtragem

2.2.4. PFC Ativo


Se a fonte de alimentação contemplar um circuito ativo de correção do fator de potência (PFC,
Power Factor Correction), este estará logo após a ponte retificadora.
Este circuito é formado por uma grande bobina (a maior do primário da fonte), um diodo e um
ou mais transistores (normalmente do tipo MOSFET), além de um circuito de controle próprio
(normalmente um circuito integrado). Em fontes que trazem este circuito, ele também eleva a
tensão para cerca de 400 V em sua saída independentemente da tensão de entrada, e por isso
fontes de alimentação com circuito PFC ativo normalmente não precisam de chave seletora
110V/220V.
Em fontes que utilizam este tipo de circuito, o termistor está normalmente localizado entre o
circuito PFC ativo e o capacitor eletrolítico de filtragem, em vez de estar no estágio de filtragem
de transientes.
A tensão sobre o resistor RS é monitorada pelo circuito de controle de modo a saber o consumo
da fonte de alimentação.
A saída do circuito PFC ativo é filtrada usando um capacitor eletrolítico, de forma que temos na
saída deste estágio uma tensão contínua por volta de 400 V (o valor exato vai depender do
projeto da fonte). Esse capacitor é o maior capacitor encontrado em uma fonte chaveada.

Figura 9. Circuito PFC ativo típico.

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2.2.5. Chaveamento

Um ou mais transistores chaveiam a alta tensão contínua de forma a gerar uma forma de onda
retangular de alta frequência (20 kHz ou mais) e alta tensão na saída desta etapa. Esses transis -
tores podem ser do tipo bipolar (projetos mais antigos, menor eficiência) ou do tipo MOSFET
(projetos mais modernos, maior eficiência).

Figura 10. Meia-ponte.


Os transistores chaveadores podem ser configurados de diversas formas, e essa configuração diz
a configuração da fonte de alimentação.
Há três tipos de projeto ressonante possíveis, dependendo de como o capacitor é instalado: em
série (também chamado SRC, Series Resonant Converter), em paralelo (também chamado PRC,
Parallel Resonant Converter) e em série-paralelo (também chamado SPRC, Series Parallel Reso-
nant Converter). Os dois primeiros também são chamados LLC (por usarem duas bobinas e um
capacitor, sendo que a segunda bobina é o primário do transformador) e o terceiro é também
chamado LCC (por usar uma bobina e dois capacitores).
Independentemente da configuração usada, os transistores chaveadores são controlados por um
circuito chamado PWM (Pulse Width Modulation, modulação por largura de pulso),
normalmente usando um circuito integrado para esta função. Esse circuito é realimentado pela
saída da fonte, de forma que o ciclo de carga da forma de onda gerada variará de modo a manter
a saída da fonte com o valor pretendido.
O circuito controlador PWM pode estar fisicamente no primário ou no secundário da fonte,
dependendo do projeto da mesma. Se ele estiver localizado no secundário, a conexão entre ele e
os transistores chaveadores é feita usando-se um pequeno transformador isolador, para que não
exista contato físico entre o primário e o secundário. Neste caso, a linha de realimentação (saída
da fonte) é ligada diretamente ao circuito de controle. Caso o circuito de controle esteja
fisicamente localizado no primário, a linha de realimentação usa um optoisolador, de forma que
o secundário e o primário fiquem completamente isolados.
A saída do estágio de chaveamento é aplicada diretamente no transformador principal da fonte de
alimentação.

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2.2.6. Retificação (Secundário)

Na saída do transformador da fonte de alimentação temos uma forma de onda retangular. Esta
forma de onda precisa ser retificada, de modo a ser transformada em uma tensão contínua.
A retificação é feita por dois diodos (frequentemente do tipo Schottky para aumentar a eficiência
da fonte) e uma bobina. Essa bobina é fisicamente grande, sendo a maior bobina presente no
secundário da fonte. Eventualmente os diodos podem ser substituídos por transistores MOSFET,
de modo a aumentar a eficiência.

Figura 11 circuito retificador

2.2.7. Filtragem (Secundário)


A saída do estágio de retificação do secundário é praticamente contínua, porém o chaveamento
que é feito entre a tensão do transformador e a tensão armazenada na bobina pela etapa de
retificação do secundário não é perfeita, gerando ruído. Já que a forma de onda vinda do trans-
formador está na ordem de kHz, este ruído também está na casa dos kHz. Precisamos, então,
adicionar um filtro do tipo passa-baixa para remover esse ruído de alta frequência.

Figura 12. Etapa de filtragem do secundário.

2.2.8. Realimentação
A saída da fonte é ligada ao circuito controlador PWM para que ele efetue a regulação de tensão,
conforme já descrito anteriormente.

Proteções

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A fonte de alimentação poderá opcionalmente ter circuitos de proteção que desligarão a fonte em
caso de comportamento anormal. As proteções mais comuns são as seguintes:

Proteção contra curto-circuito (SCP, Short-Circuit Protection): Desliga a fonte caso


qualquer uma de suas saídas entre em curto-circuito.
Proteção contra sobretensão (OVP, Over Voltage Protection): Desliga a fonte caso o
valor de sua saída esteja muito acima do especificado. Também pode ser implementado circuito
semelhante para desligar a fonte caso a tensão da rede elétrica esteja muito acima do
especificado.
Proteção contra subtensão (UVP, Under Voltage Protection): Desliga a fonte caso o
valor de sua saída esteja muito abaixo do especificado. Também pode ser implementado circuito
semelhante para desligar a fonte caso a tensão da rede elétrica esteja muito abaixo do
especificado.
Proteção contra sobretemperatura (OTP, Over Temperature Protection): Desliga a
fonte caso a temperatura interna (normalmente monitorada no dissipador de calor dos
retificadores do secundário) esteja acima de um determinado valor.
Proteção contra sobrecarga de potência (OPP, Over Power Protection, ou OLP,
Over Load Protection): Desliga a fonte caso a mesma esteja puxando uma potência acima do
especificado.
Proteção contra sobrecarga de corrente (OCP, Over Current Protection): Desliga a
fonte caso uma das saídas esteja puxando mais corrente do que o especificado.

2.3. Eficiência de uma fonte de alimentação


A eficiência de uma fonte, representada pela letra grega Eta minúscula (η), é a relação entre a
potência que é consumida pelo circuito que está conectado à fonte (Po ) e a potência que a fonte
está consumindo da rede elétrica (P i ). A eficiência de uma fonte ideal é 1 ou 100%, indicando
que a potência sendo consumida da rede elétrica e a potência sendo consumida pelo circuito que
está conectado à fonte é a mesma, isto é, a fonte de alimentação não consome nada para seu
próprio funcionamento. Só que, na prática, isso nunca acontece, pois a fonte consome parte da
potência sendo puxada da rede elétrica para seu próprio funcionamento. Esse problema é maior
em fontes lineares
Pₒ
ɳ ¿ Pᵢ
Para entender esse problema, imagine que você tenha uma fonte de +12 V e a converte para
+5 V simplesmente adicionando um circuito integrado regulador de tensão (ex.: 7805). Essa

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conversão é feita transformando-se a diferença entre as duas tensões em calor. Essa potência
dissipada em forma de calor é completamente perdida (não está gerando trabalho), diminuindo
drasticamente a eficiência da fonte. Ou seja, comparada a uma fonte de alimentação com menor
eficiência, uma fonte de alimentação com alta eficiência consumirá menos da rede elétrica para
seu próprio consumo, significando uma menor conta de eletricidade

Figura 13 Principais diferencas entre as fontes de alimentacao linear e chaveada


Atualmente não há praticamente nenhum equipamento eletrônico novo que use fontes lineares,
especialmente por conta da eficiência. O custo de fabricação em larga escala deste tipo de fonte,
por conta do volume, caiu o suficiente para que isso se tornasse possível. Entretanto, por causa
da complexidade de seu projeto e número elevado de componentes, a construção de fontes
chaveadas por hobistas é normalmente de custo proibitivo

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3. Conclusão
Em gesto de conclusão, é importante salientar que, a tecnologia usada nos dispositivos
eletrónicos/elétricos esta em constante desenvolvimento no sentido de tornar esses
dispositivos mais eficientes diminuindo o seu consumo e compactos diminuindo o seu tamanho,
e quanto mais compacto for o dispositivo eletrónico mais específica será a tensão de
alimentação. Podendo ser em alguns casos, altas tensões alternadas ou continuas. Essa
necessidade de tensões ou correntes específicas para alimentar os dispositivos
eletrónicos/elétricos e satisfeita pelo uso das fontes de alimentação, que foi visto no decorrer
do trabalho que elas podem ser de dois tipos, que são fontes de alimentação lineares e fontes
de alimentação chaveadas. Que diferem se pela existência de circuito de chaveamento ou
circuito conversor de tensão/corrente continua para tensão/corrente alternada, aumentando
mais um estagio de retificação apos o estagio de chaveamento, tornando o circuito equivalente
das fontes de alimentação chaveadas mais complexas em relação as fontes lineares, E a
existência de um regulador PWM aumenta a eficiência das fontes de alimentação chaveadas.

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4. Referencias

 TORRES, G. (2018). Eletronica para autodidata, Estudantes e tecnicos . Rio de janeiro : clube do
Hardware.

 C.Braga, N. (2013). Fontes de alimentacao . Sao paulo: Instituto NCB.

 https://www.researchgate.net/publication/347893879
 www.learnabout-electronics.org
 www.teamWavelength.com

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