Teste 2 v1

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Teste de avaliação sumativa

GRUPO I – Leitura
O 8.º ano que
Ano letivo: 2023/2024 PORTUGUÊS

Nome: ________________________________________________ Turma: ___ N.º: __ Data: __/__/2024

5 Professor: ___________________ Enc. Educação: ___________________ Duração: 90 minutos

Classificação por Domínio (100% cada domínio):


2

Leitura: ______ % Ed. Literária: _____ % Gramática: ______ % Escrita: ______ %


10
Menção: ___________ Menção: ___________ Menção: ___________ Menção: ___________

aconteceria se a Lua desaparecesse?


As noites iriam ficar mais escuras. Mas nas cidades não se notaria muito. Contudo, quem vive em

15
zonas sem luz artificial, fora dos centros urbanos sentiria muito a falta do luar. Nestes locais as noites
ficariam sempre muito escuras. Essa escuridão afetaria os animais que dependem do luar para caçar
e orientarem-se, podendo, em alguns casos, levar à sua extinção. As espécies animais demorariam
milhares, milhões de anos a adaptarem-se a esta mudança.
Os eclipses (do Sol e da Lua) que observamos em duas épocas do ano deixariam de existir. Mas
20 isso não traria alterações significativas.
Contrariamente ao que se diz por aí, as marés oceânicas não desapareceriam. Continuaria a haver
marés diárias mas seriam mais suaves, pois a força gravítica do Sol produz um «efeito de maré» com
metade da intensidade daquela que é provocada pela Lua. Porém, deixaria de haver marés vivas
mensais e equinociais1 – que acontecem duas vezes por ano, perto de março e setembro – quando o
25
Sol, a Terra e a Lua quase se alinham, e a lenta movimentação oceânica no Atlântico Norte atinge as
costas portuguesas. Estas marés são ainda mais fortes quando acontece um eclipse. Assim, as marés
seriam muito regulares diariamente e mais suaves.
O período de translação da Terra ao redor do Sol é de 365,25 dias. Ou seja, num ano solar a Terra
30 roda 365,25 vezes no seu próprio eixo. Devido à força gravítica da Lua na Terra, o movimento de
rotação terrestre tem vindo a ser mais lento. Retirando-se a Lua, esta desaceleração desapareceria.
Outro efeito físico é a estabilidade da inclinação do eixo terrestre (23,4°), que se tem mantido
muito constante por causa da Lua. Se ela desaparecesse, esta inclinação poderia oscilar entre os 0° e
os 60°,
levando a que a zona congelada na Terra variasse a posição entre a zona polar (como hoje temos) e
uma zona mais equatorial. Países como o Brasil e países africanos ficariam congelados!
A nível físico seriam estas as principais consequências do desaparecimento da Lua.
Por outro lado, a Lua sempre teve (e terá) uma grande importância a nível cultural e científico.
Por exemplo, todos os calendários foram feitos com base no ciclo das fases lunares: a Lua Cheia permitia
viajar à noite com mais segurança e a humanidade contou os 29,5 dias do mês lunar. Daí termos os meses
com durações próximas do ciclo lunar. Não havendo Lua não haveria razão alguma para dividir o ano em
12 meses, como agora temos.
Algumas descobertas científicas foram feitas pela observação da Lua e durante os eclipses: a
observação por Galileu2 da existência de «montanhas e vales» na Lua constituiu uma das provas para a
aceitação da Teoria Heliocentrista – esta diz que os planetas, incluindo a Terra, giram à volta do Sol.
Além de tudo isto, a Lua também tem servido de inspiração para a poesia, literatura e conquista
espacial. E continuará sempre ligada à Terra e poderemos desfrutar da sua presença o resto dos
nossos dias.
Rui Agostinho, Visão Júnior, 13/01/2016 (texto adaptado)

Notas:
1.equinocial: relativo ao equinócio (momento em que o Sol, no seu movimento anual aparente, cruza a linha do
equador, fazendo o dia e a noite terem duração igual).
2.Galileu: astrónomo italiano, viveu nos séculos XVI e XVII, é considerado o pai do método científico e defendeu o
heliocentrismo.

1. Assinala com X, nos itens 1.1 e 1.2, a opção que completa cada afirmação sobre o título do texto: «O
que aconteceria se a Lua desaparecesse?»

1.1. A oração subordinante «O que aconteceria» aponta para

A. possíveis razões para o desaparecimento da Lua.


B. possíveis consequências do desaparecimento da Lua.
C. diferentes responsáveis pelo desaparecimento da Lua.
D. diferentes teorias sobre o desaparecimento da Lua.

1.2. A passagem «se a Lua desaparecesse?» contém uma ideia de

A. causa.
B. contraste.
C.finalidade.
D.condição.

2. Assinala com X todas as opções que completam a afirmação seguinte, tendo em conta os três primeiros
parágrafos do texto.
Caso a Lua desaparecesse,

A. a ausência de luz lunar seria muito sentida nas áreas urbanas.


B. alguns predadores noturnos correriam o risco de extinção.
C. a fauna terrestre necessitaria de milhões de anos para se adaptar.
D. a ausência de eclipses seria desastrosa para a Terra.
E. as marés vivas dependeriam da força gravítica do Sol.

3. Usa as três expressões apresentadas abaixo para completares as frases seguintes sobre alguns dos efeitos
da Lua. Escreve, em cada espaço, o número da opção selecionada.

Causas Efeitos

A. A força gravítica da Lua determina 1. a organização do calendário.


B. Ao garantir a constância do eixo de 2. a desaceleração da rotação terrestre.
inclinação da Terra, a Lua determina
3. a localização dos polos da Terra.
C. O ciclo da Lua determina

V1
4. Assinala com X, nos itens 4.1 a 4.3, a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

4.1. A expressão que indica que a maior parte das pessoas acredita no fim das marés é

A. «Mas isso não traria alterações significativas.» (linhas 6-7)


B.«Contrariamente ao que se diz por aí,» (linha 8)
C. «as marés oceânicas não desapareceriam.» (linha 8)
D. «Porém, deixaria de haver marés vivas mensais» (linha 10)

4.2. Na passagem «esta diz que os planetas giram à volta do Sol.» (linha 30), está presente uma oração
subordinada

A. adjetiva relativa.
B. substantiva completiva
C.adverbial final.
D.adverbial condicional.

4.3. Na primeira frase do último parágrafo, são dados mais exemplos da importância da Lua a nível

A. apenas físico.

B.físico e cultural.

C. científico e cultural.

D. apenas científico.

GRUPO II – Educação Literária

Lê o excerto de “História Breve da Lua” e responde as seguintes questões.


(Entram dois homens do povo, Agapito e Jerónimo, que logo se percebe virem a discutir a respeito da Lua.
Jerónimo é ignorante; Agapito não é tanto.)
(Entra o Astrónomo, figura de sábio, bem-disposto
JERÓNIMO Tu és teimoso, Agapito! e divertido, velho, despenteado e simpático.
(apontando a Lua) 15 Transporta um tripé e um óculo comprido que, na
5 Então não vês que é um homem? altura própria, instalará em cena.)

AGAPITO Pois que por burro me tomem


ASTRÓNOMO Ora vivam, meus senhores!
mas nisso não acredito.
Uma noite como esta
Querias tu que fosse alguém
não é feita p’ra rancores.
que ali estivesse estampado!
20 ‘Stá a Natureza em festa.
10 Ó filho da tua mãe!
O arzinho cheira a flores.
Eu sou teimoso, está bem,
(noutro tom)
mas tu és burro chapado.
Par’ceu-me que discutiam
qualquer coisa sobre a Lua.

JERÓNIMO 25 É verdade.
(espreitando pelo óculo)
Cá está ela! Cá está ela!
V1
70 A Lua dos meus amores!
ASTRÓNOMO E que diziam?
Se calhar não se entendiam.

AGAPITO Cada um ficou na sua.

ASTRÓNOMO Talvez possa ser prestável


30 com minha sabedoria.
Dedico-me à astronomia.
Sou astrónomo, e notável.
Conheço o céu ponta a ponta
e os astros todos sem conta
35 tão bem como o meu nariz.

JERÓNIMO (de boca aberta, a Agapito)


Que é isso de ser astrónimo?

AGAPITO Não sejas parvo, Jerónimo!


(batendo bem as sílabas)
40 As-tró-no-mo é que se diz.

JERÓNIMO E isso que é? Não percebo!

AGAPITO Já foi dito. Não ouviste?


Se não percebes, desiste.
Não faças papel de gebo.

ASTRÓNOMO 45 Mas vamos então lá ver.


Afinal de que se trata?

AGAPITO Este cabeça de lata


não há meio de perceber,
coitado, não compreende,
50 que a mancha que além se estende
(aponta para a Lua)
ou sombra ou lá o que seja,
não pode ser a figura
de nenhuma criatura,
55 de algum homem que lá esteja.
Com as formas que apresentam
ASTRÓNOMO ‘Stá certo, e até calha bem 115 não admira que as tomem
que vos vou tirar as teimas. como sendo formas de homem,
Eu cá não sou de toleimas mas são coisas que se inventam.
mas, melhor do que eu, ninguém
AGAPITO Ouves, Jerónimo? E então?
60 conhece o mundo celeste, Quem é que tinha razão?
vocês são homens com sorte! 120 Diz lá com sinceridade.
desde o sul até ao norte,
desde leste até oeste.
(dispondo-se a montar o óculo sobre o tripé
65 para a observação da Lua)
Ora dai-me aqui ‘ma ajuda
para assentar o tripé. […]

Essa luz que o Sol lhe dá


110 quando bate nas montanhas
e nas crateras tamanhas
forma essas sombras estranhas
V1
que nós notamos de cá.

António Gedeão, História breve da Lua, Porto Editora, 2021 (págs. 20-33, com supressões)

1. António Gedeão não dividiu esta peça em cenas. Se o tivesse feito, quantas cenas haveria neste excerto?
Justifica a tua resposta.
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2. Na didascália inicial do excerto, são-nos dadas algumas informações sobre duas personagens.
2.1. Identifica essas personagens e caracteriza-as, por palavras tuas.

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3. A meio da discussão que opõe Agapito a Jerónimo, “Entra o Astrónomo” (v.13).


3.1. O Astrónomo parece ser a pessoa indicada para resolver o desentendimento entre os dois homens.
Justifica.

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4. Assinala a opção que completa corretamente a afirmação.


4.1. O recurso expressivo presente em “É como barca perdida,/desolada e adormecida/nos espaços siderais.
(vv.96-98)

a. antítese c. enumeração
b. comparação d. hipérbole

5. Neste excerto encontram-se algumas indicações cénicas. Transcreve um exemplo que se refira a:

A. Movimentação de personagens:
______________________________________________________________________________________
______

B. Características físicas e psicológicas:


______________________________________________________________________________________
______

V1
6. Que conclusões podemos tirar da leitura deste excerto? Classifica as seguintes alíneas como verdadeiras
(V) ou falsas (F), corrige as falsas.
a) A ciência vence a ignorância.
b) O conhecimento científico consiste em ter uma visão espontânea da Lua, vendo na sua mancha
a sombra de uma figura humana.
c) O conhecimento científico elimina a beleza que envolve os corpos celestes.
d) A realidade é mais bela do que a fantasia produzida pelo desconhecimento.

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GRUPO III – Gramática


1. Observa esta lista de verbos, que traduzem ações dos atores e do público:
 representar  atuar
 imitar  divertir-se
 vaiar  reproduzir
 aborrecer-se  aplaudir
1.1. Identifica dois pares de sinónimos e dois de antónimos.

Sinónimos Antónimos

2. Escreve a palavras adequada, fazendo as substituições indicadas.

Nesta peça, surgem outras personagens, uma das quais é um astrónomo, que sabe muito sobre a Lua. Em

relação a este astro ele justifica as manchas que se veem na Lua, e que um conto tradicional atribui à

ausência de um homem premiado por trabalhar ao domingo. É também o astrónomo que explica a
existência de lua cheia, quarto minguante, lua nova e quarto crescente .

2.1. 1- _______________; 2- ___________________; 3-

___________________;___________________

4- ___________________

V1
3. Indica a palavra que não refere uma parte (merónimo) de sala de teatro (holónimo):
plateia, balcão, camarote, ator, palco

______________________________

4. Reescreve as frases, de acordo com as indicações. Altera o que for necessário.


a) O Astrónomo decide fazer uma demonstração das fases da lua.
Oxalá
____________________________________________________________________________
.
b) Os dois homens entendem a explicação.
É possível que
____________________________________________________________________.
c) O Jerónimo duvidava das explicações do Astrónomo.
Talvez
____________________________________________________________________________
.

5. Assinala, com um X, todas as frases que incluem um predicativo do sujeito.

(A) O Astrónomo continuava entusiasmado com as explicações.


(B) O Jerónimo revelava as suas dúvidas.
(C) O Astrónomo continuava a pedir para espreitarem pelo óculo.
(D) As explicações do Astrónomo eram exemplo de sabedoria.

6. Associa as orações sublinhados na Coluna A à sua classificação na Coluna B.

Coluna A Coluna B
A. Ele pensava que os homens conheciam as
fases da lua. 1. oração subordinada substantiva
B. O Astrónomo, que tinha iniciado a sua completiva
explicação, estava entusiasmado. 2. oração subordinada adjetiva
C. A Lua que se via ao longe encantava com a relativa explicativa
sua beleza. 3. oração subordinada adjetiva
D. Os homens perguntavam se as manchas eram relativa restritiva
um camponês.
E. As explicações que o Astrónomo dava eram
exemplo de sabedoria.

7. Assinala, com um X, todas as frases que incluem um predicativo do complemento direto.

(A) O Jerónimo considerava as explicações pouco esclarecedoras.


(B) O Astrónomo achava que era esclarecedor.
V1
(C) O Astrónomo nomeou-os seus colaboradores.
(D) As explicações do Astrónomo foram consideradas exemplo de sabedoria.

GRUPO IV – Expressão Escrita

Lê o poema Lua adversa, de Cecília Meireles.

Tenho fases, como a lua.


Fases de andar escondida, E roda a melancolia
fases de vir para a rua… seu interminável fuso!
Perdição da minha vida!
5 Perdição da vida minha! Não me encontro com ninguém
Tenho fases de ser tua, 15 (tenho fases como a lua…)
tenho outras de ser sozinha. No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
Fases que vão e vêm, E, quando chega esse dia,
no secreto calendário o outro desapareceu…
10 que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

Redige um comentário (100 a 150 palavras) no qual exponhas as principais ideias transmitidas pelo
poema, relacionando-as com a “História Breve da Lua”, de António Gedeão.
Não te esqueças da estrutura tripartida do comentário
 introdução: identificação do texto e autor, do tema e/ou assunto;
 desenvolvimento: ideias principais; relação com a História Breve da Lua e opinião;
 conclusão: síntese de ideias.

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos
ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o
constituam (exemplo: /2022/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

 um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
 um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 2. 3. 4.
I 100
10 10 20 30 30
1. 2.1 3.1. 4.1. 5. 6.
II 100
14 14 14 8 14 36
1.1. 2.1. 3. 4. 5. 6. 7.
III 100
8 25 7 15 10 25 10
IV Tema/ tipologia; Coerência / pertinência informação; 100
Estrutura e coesão; Repertório vocabular; Ortografia
V1
20 20 20 20 20

CORREÇÃO
Grupo I
1.1. B; 1.2. D
2. B e C
3. A. 2; B. 3; C-1
4. B; B;C
Grupo II

1. Este excerto poderia ser dividido em duas cenas, correspondentes à entrada de novas
personagens em palco: “(Entram dois homens do povo…)” e “(Entra o Astrónomo…)”.

2.1. As personagens são Jerónimo e Agapito: o primeiro é um homem simples e ignorante /ingénuo, já o
segundo demonstra ser mais perspicaz e esperto / inteligente.

3.1. O Astrónomo é a pessoa indicada para resolver a situação, uma vez que, por ser
astrónomo / se dedicar à astronomia conhece o céu de ponta a ponta e todos os astros (vv.
29-35)
4. 1. Comparação B.
5. A. Entram dois homens do povo, Agapito e Jerónimo (v.1) / Entra o Astrónomo (v.13)
B. figura de sábio, bem-disposto e divertido, velho, despenteado e simpático. (v.14)
6. a. V; b. F o conhecimento cientifico contradiz o que à primeira vista a sombra parece; c. F a lua vista
pelo óculo é, na opinião do Astrónomo, um homem de ciência, extremamente bela (“ e digam lá se não é
bela (v.72); d. V
Grupo III
1. Sinónimos representar- atuar; imitar – reproduzir
Antónimos: aplaudir – vaiar; aborrecer-se – divertir-se

2. Nesta peça, surgem outras personagens, uma das quais é um astrónomo, que sabe muito sobre a Lua.
Em relação a este planeta / satélite, ele justifica as manchas que se avistam na Lua, e que um conto
tradicional atribui à presença de um homem castigado por trabalhar ao domingo. É também o astrónomo
que explica a existência de fases da Lua.

3. Ator

4.

a) Oxalá o Astrónomo decida …


b) É possível que os 2 homens entendam …
c) Talvez o Jerónimo duvidasse ….

5. A e D
6. A. 1; B. 2; C. 3; D. 1; E. 3
7. A e C

V1

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