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Instituto Superior de Estudos Universitário de Nampula- ISEUNA

A´Politécnica

MÁQUINAS TÉRMICAS II
AULA- 01

CONCEITOS GERAIS DAS TURBINAS A VAPOR E A GÁS

Curso de Engenharia Mecânica

Engº Homen Cristo Nivaculo 1


TURBINAS A VAPOR

MOTORES TÉRMICOS
1- De combustão externa: de êmbolo – máquina a vapor
CONCEITOS GERAIS rotativo – turbina a vapor;
2 - De combustão interna: de êmbolo –p/ faísca, p/
injeção rotativo – turbinas a gás;
3- De ar comprimido: (britadeiras, parafusadeiras,
brocas de dentista).

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TURBINAS A VAPOR
Vantagens das turbinas em relação às máquinas a vapor
- Movimento rotativo (pouca vibração);
- Menor relação peso/potência;
- Melhor rendimento – menor atrito, sem a perda "triangular“;
- Menor espaço ocupado;
CONCEITOS GERAIS
- Menor custo de manutenção (embora exija manutenção
especializada),
- Permitem grandes potências.
Evolução das turbinas a vapor
Maiores turbinas a vapor ≈ 1000 MW (equivale a 10.000 motores
de 136 CV);
Maiores turbinas a gás < 10% pot. das maiores turbina a vapor;
Maiores motores Diesel < 5% pot. das maiores turbina a vapor.

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TURBINAS A VAPOR
 Definições;
 Princípios Básicos de
Funcionamento;
 Elementos de Construção de
Turbinas a Vapor;
CONTEÚDO  Classificação das Turbinas a
vapor;
 Projeto e dimensionamento de
Turbinas;
 Dispositivos de regulagem e
segurança;
 Materiais empregados;
 Manutenção e reparo de turbinas a
vapor;

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TURBINAS A VAPOR
 Turbinas a Vapor são máquinas térmicas que
utilizam a energia do vapor sob forma de energia
cinética. Deve-se transformar em energia mecânica
a energia contida no vapor sob a forma de energia
térmica e de pressão.
DEFINIÇÕES
 A história registra a construção de dispositivos
rudimentares, que se baseavam nos princípios de
ação ou de reação das turbinas atuais em épocas
longínquas.
 O desenvolvimento da turbina a vapor, como um
tipo realmente útil de acionador primário até a sua
forma atual, ocorreu somente nos últimos setenta
anos.

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TURBINAS A VAPOR

 As Turbinas de uma forma geral, são motores


rotativos que convertem em energia mecânica a
energia de uma corrente de água (turbinas
DEFINIÇÕES hidráulicas), vapor de água (turbinas a vapor) ou ar
(turbinas a gás).
 O Elemento Básico da Turbina é a roda ou rotor,
que conta com palhetas, hélices, lâminas ou cubos
colocados ao redor de sua circunferência, de forma
que o fluido em movimento produza uma força
tangencial que impulsiona a roda, fazendo-a girar.

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TURBINAS A VAPOR

DEFINIÇÕES

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TURBINAS A VAPOR

DEFINIÇÕES

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Figura2 – Turbina Francis
TURBINAS A VAPOR
Em uma turbina a vapor a transformação de energia
do vapor em trabalho é feita em duas etapas:
inicialmente, a energia do vapor é transformada em
energia cinética.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE  Para isso o vapor é obrigado a escoar através de
FUNCIONAMENTO pequenos orifícios, de formato especial,
denominados expansores, onde, devido à pequena
área de passagem, adquire alta velocidade,
aumentando sua energia cinética, mas diminuindo,
em consequência, sua entalpia (energia).
 Em um expansor, além do aumento de velocidade e
da diminuição da entalpia, ocorrem também queda
na pressão, queda na temperatura e aumento no
volume específico do vapor.
Engº Homen Cristo Nivaculo 9
TURBINAS A VAPOR

 Na segunda etapa da transformação, a energia


cinética obtida no expansor é transformada em
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE trabalho mecânico.
 Esta transformação de energia pode ser obtida de
FUNCIONAMENTO
duas maneiras diferentes: segundo os princípios da
Ação ou Reação.
 Assim sendo os princípios da Ação e Reação são as
duas formas básicas como podemos obter trabalho
mecânico através da energia cinética inicialmente
obtida.

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TURBINAS A VAPOR
A B

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
FUNCIONAMENTO

C
D

Figura 3 - (A e B) Turbinas de Reação e Ação; (C e D) Princípios da Reação e Ação


Engº Homen Cristo Nivaculo 11
TURBINAS A VAPOR
 Se o expansor for fixo e o jato de vapor dirigido contra um
anteparo móvel, a força de ação do jato de vapor irá deslocar o
anteparo, na direção do jato, levantando o peso W.
 Se, entretanto o expansor puder mover-se, a força de reação, que
atua sobre ele, fará com que se desloque, em direção oposta do
jato de vapor, levantando o peso W.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
 Em ambos os casos a energia do vapor foi transformada em
FUNCIONAMENTO energia cinética no expansor e está energia cinética, então,
convertida em trabalho.
 Newton afirmou que é necessário exercer uma força para mudar a
velocidade (tanto em módulo como em direção) de um corpo em
movimento. Este princípio está ilustrado na caixa D da figura 3.
 O jato de vapor (um corpo em movimento) tem sua velocidade
modificada pelo anteparo circular, colocado em seu caminho.
 A força resultante move o anteparo, na direção do jato, e levanta
o peso W.
Este é o Princípio da Ação.
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TURBINAS A VAPOR
 Newton estabeleceu que a cada ação corresponde
uma reação igual (de mesma intensidade) e
contrária.
 Esta lei é a base teórica que explica o
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE funcionamento tanto de um foguete espacial ou de
FUNCIONAMENTO um avião a jato puro.
 Imagine que a caixa D da figura 3 não tenha
abertura alguma e esteja cheia de vapor sob
pressão.
 A pressão agindo em qualquer parede equilibra
exatamente a pressão agindo na parede oposta e,
havendo balanceamento de forças, a caixa
permanecerá em repouso.

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TURBINAS A VAPOR

 Entretanto, se fizermos um furo em um dos lados


da caixa e colocarmos neste furo um expansor,
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE haverá, através do expansor, um jato de vapor e a
FUNCIONAMENTO pressão no expansor será menor do que a pressão
no ponto correspondente da parede oposta.
 O desbalanceamento de forças, então produzido,
fará a caixa mover-se na direção oposta à do jato de
vapor.
Este é o Princípio da Reação.

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TURBINAS A VAPOR
 Uma turbina a vapor é composta basicamente dos seguintes
componentes:
• Estator (roda fixa);
• Rotor (roda móvel);
• Expansor;
ELEMENTOS DE • Palhetas;
CONSTRUÇÃO DE • Diafragmas;
TURBINAS A VAPOR
• Disco do rotor;
• Tambor rotativo;
• Coroa de palhetas;
• Aro de consolidação;
• Labirintos;
• Deflectores de Óleo;
• Carcaça;
• Mancais de deslizamento e escora;
Engº Homen Cristo Nivaculo • Elementos de controle (periféricos). 15
TURBINAS A VAPOR
ESTATOR (RODA FIXA)
É o elemento fixo da turbina (que envolve o rotor) cuja função é
transformar a energia potencial (térmica) do vapor em energia
cinética através dos distribuidores;
ROTOR (RODA MÓVEL)
ELEMENTOS DE É o elemento móvel da turbina (envolvido pelo estator) cuja função é
CONSTRUÇÃO DE transformar a energia cinética do vapor em trabalho mecânico através
TURBINAS A VAPOR dos receptores fixos.
EXPANSOR
A função do expansor é orientar o jato de vapor sobre as palhetas
móveis. No expansor o vapor perde pressão e ganha velocidade.
Podem ser convergentes ou convergentes-divergentes, conforme sua
pressão de descarga seja maior ou menor que 55% da pressão de
admissão. São montados em blocos com 1, 10, 19, 24 ou mais
expansores de acordo com o tamanho e a potência da turbina e
conseqüentemente terão formas construtivas específicas, de acordo
com sua aplicação.
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TURBINAS A VAPOR

ELEMENTOS DE
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 4 – Estator, eixo do rotor e palhetas móveis


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TURBINAS A VAPOR

ELEMENTOS DE
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 5 - Estator

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TURBINAS A VAPOR

PALHETAS
Palhetas móveis são aquelas fixadas ao rotor, enquanto
que palhetas fixas são fixadas no estator.
ELEMENTOS DE As palhetas fixas (guias, diretrizes) orientam o vapor
CONSTRUÇÃO DE para a coroa de palhetas móveis seguinte. Podem ser
TURBINAS A VAPOR encaixadas diretamente no estator (carcaça) ou em
rebaixos usinados em peças chamadas de anéis suportes
das palhetas fixas, que são, por sua vez, presos à carcaça.
As palhetas móveis tem a finalidade de receber o impacto
do vapor proveniente dos expansores (palhetas fixas) para
movimentação do rotor. São fixadas ao aro de
consolidação pela espiga e ao disco do rotor pelo
“malhete” e, ao contrário das fixas, são removíveis,
conforme podemos ver na figura 5 e 6.
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TURBINAS A VAPOR

ELEMENTOS DE
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 6 – Detalhes construtivos de uma palheta.

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TURBINAS A VAPOR

ELEMENTOS DE
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 5a – Detalhe esquemático de alguns dispositivos de fixação de palhetas.

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TURBINAS A VAPOR

Figura 7 – Fixação das


ELEMENTOS DE palhetas móveis
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 8 – Exemplo de palhetas

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TURBINAS A VAPOR
DIAFRAGMAS
São constituídos por dois semicírculos,
que separam os diversos estágios de
uma turbina de ação multi-estágio.
 São fixados no estator, suportando os
ELEMENTOS DE expansores e “abraçando” o eixo sem
CONSTRUÇÃO DE tocá-lo.
TURBINAS A VAPOR  Entre o eixo e o diafragma existe um
conjunto de anéis de vedação que
reduz a fuga de vapor de um para
outro estágio através da folga
existente entre diafragma-base do
rotor, de forma que o vapor só passa
pelos expansores.
 Estes anéis podem ser fixos no
próprio diafragma ou no eixo. Este Figura 9 – Diafragma com
tipo de vedação é chamado de anel de palheta.
selagem interna.
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TURBINAS A VAPOR
DISCO DO ROTOR
É a peça da turbina de ação destinada a receber o
empalhetamento móvel.

ELEMENTOS DE TAMBOR ROTATIVO


CONSTRUÇÃO DE É basicamente o rotor da turbina de reação, que possui
TURBINAS A VAPOR o formato de um tambor cônico onde é montado o
empalhetamento móvel.
COROA DE PALHETAS
É o empalhetamento móvel montado na periferia do
disco do rotor e dependendo do tipo e da potência da
turbina pode existir de uma a cinco coroas em cada
disco do rotor.

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TURBINAS A VAPOR

 É uma tira metálica, secionada, presa às espigas das


palhetas móveis com dupla finalidade: aumentar a
rigidez do conjunto, diminuindo a tendência à
ELEMENTOS DE vibração das palhetas e reduzindo também a fuga do
CONSTRUÇÃO DE vapor pela sua periferia.
TURBINAS A VAPOR  São utilizadas nos estágios de alta e média pressão
envolvendo de 6 a 8 palhetas cada seção.
 Nos estágios de baixa pressão, é substituído por um
arame amortecedor, que liga as palhetas, não por suas
extremidades, mas em uma posição intermediária
mais próxima da extremidade que da base da palheta
(Figura 10).

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TURBINAS A VAPOR

Figura 10 - Aro de consolidação,


Disco rotor, e Coroa de palhetas
ELEMENTOS DE
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 11 – Foto de uma seção


de palhetas

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TURBINAS A VAPOR
LABIRINTOS
São peças metálicas circulantes com ranhuras
existentes nos locais onde o eixo sai do interior da
máquina atravessando a carcaça cuja função é evitar o
ELEMENTOS DE saída de vapor para o exterior nas turbinas não
CONSTRUÇÃO DE condensantes e não permitir a entrada de ar para o
TURBINAS A VAPOR interior nas turbinas condensantes. Esta vedação é
chamada de selagem externa.
Nas turbinas de baixa pressão utiliza-se vapor de fonte
externa ou o próprio vapor de vazamento da selagem
de alta pressão para auxiliar esta vedação, evitando-se
assim não sobrecarregar os ejetores e não prejudicar o
vácuo que se obtém no condensador, como vemos na
Figura 12:
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TURBINAS A VAPOR

ELEMENTOS DE
CONSTRUÇÃO DE
TURBINAS A VAPOR

Figura 12 – (A) Selagem de baixa pressão; (B) Selagem de alta pressão.

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TURBINAS A VAPOR
DEFLECTORES DE ÓLEO
Tem por finalidade evitar que um possível vazamento
axial de óleo, venha a contaminar o sistema de
alimentação por intermédio da drenagem do
ELEMENTOS DE engaxetamento, ou vice-versa, que o vapor venha a se
CONSTRUÇÃO DE condensar no mancal, causando a contaminação do
TURBINAS A VAPOR óleo que ali trabalha.
CARCAÇA
A carcaça de uma turbina nada mais é que o suporte
das partes estacionárias tais como diafragmas,
palhetas fixas, mancais, válvulas, etc. Na grande
maioria das turbinas são de partição horizontal, na
altura do eixo, o que facilita a manutenção.

Engº Homen Cristo Nivaculo 29


TURBINAS A VAPOR
MANCAIS DE APOIO (RADIAIS)
 São distribuídos, normalmente, um em
cada extremo do eixo da turbina com a
finalidade de manter o rotor numa
posição radial exata.
ELEMENTOS DE  Os mancais de apoio suportam o peso
CONSTRUÇÃO DE do rotor e também qualquer outro
TURBINAS A VAPOR esforço que atue sobre o conjunto
rotativo, permitindo que o mesmo gire
livremente com um mínimo de atrito.
 São na grande maioria mancais de
deslizamento, como mostra a (Figura Figura 13 – Mancal
13), constituídos por casquilhos de Deslizamento
revestidos com metal patente, com
lubrificação forçada (uso especial) o
que melhora sua refrigeração e ajuda a
manter o filme de óleo entre eixo e
casquilho.
Engº Homen Cristo Nivaculo 30
TURBINAS A VAPOR

MANCAIS DE ESCORA
 O mancal de escora é
ELEMENTOS DE responsável pelo
CONSTRUÇÃO DE posicionamento axial do
TURBINAS A VAPOR conjunto rotativo em
relação às partes
estacionárias da máquina,
ou seja, pela manutenção
das folgas axiais.
Figura 14 – Mancal de escora

Engº Homen Cristo Nivaculo 31


TURBINAS A VAPOR
VÁLVULAS DE CONTROLE DE ADMISSÃO
 Após estabilizada, a turbina opera entre condições de vapor estáveis,
nas quais as variações da carga devem ser atendidas por meio do
controle da vazão de vapor admitida na máquina.
 Esta função é executada, automaticamente, pelas válvulas de controle
de admissão, sob controle de um dispositivo, o regulador
ELEMENTOS DE (governador).
CONSTRUÇÃO DE  O regulador é ligado ao eixo da turbina, diretamente ou por meio de
TURBINAS A VAPOR uma redução, girando, portanto, a uma rotação igual ou proporcional
à rotação da turbina, e sente as flutuações da carga por intermédio de
seu efeito sobre a velocidade da turbina. Assim, quando ocorre, por
exemplo, um aumento de carga, se a vazão do vapor permanecer
inalterada, haverá uma queda da velocidade da turbina.
 O regulador sente esta queda de velocidade incipiente e comanda
uma abertura maior das válvulas de controle de admissão, permitindo
a passagem de uma vazão maior de vapor, necessária ao aumento da
carga e ao estabelecimento da velocidade inicial.
 Existem dois tipos básicos para as válvulas de controle de admissão:
a construção “multi-valve” e a construção “single-valve”.
Engº Homen Cristo Nivaculo 32
TURBINAS A VAPOR
VÁLVULAS DE CONTROLE DE EXTRAÇÃO
 Algumas turbinas possuem uma retirada parcial de vapor,
em um estágio intermediário, e portanto a uma pressão
intermediária entre a de admissão e a de descarga,
ELEMENTOS DE conhecida como extração.
CONSTRUÇÃO DE  Como a pressão em um ponto qualquer ao longo da turbina
TURBINAS A VAPOR varia, quando variam as condições de carga da turbina, se a
extração consistir simplesmente em um flange, através do
qual poderemos retirar vapor, após um determinado estágio
da máquina, a pressão do vapor extraído será influenciada
pelas condições de carga da turbina.
 As válvulas de controle de extração funcionam de maneira
semelhante às válvulas de controle de admissão, só que
controladas pela pressão do vapor extraído, através do
controlador de pressão de extração, e não pela velocidade
da turbina, através do governador.
Engº Homen Cristo Nivaculo 33
TURBINAS A VAPOR
VÁLVULAS DE BLOQUEIO AUTOMÁTICO
 A maneira usual de parar uma turbina a vapor é
pelo fechamento rápido de uma válvula, chamada
válvula de bloqueio automático, colocada em série
ELEMENTOS DE com válvula de controle de admissão, o que corta
CONSTRUÇÃO DE totalmente a admissão de vapor para a turbina. Esta
TURBINAS A VAPOR válvula é também conhecida como válvula de
desarme rápido e como válvula de "trip".
 O dispositivo de desarme por sobrevelocidade
protege a turbina, impedindo que opere em
velocidades superiores à velocidade de “trip”, onde
as tensões resultantes da força centrífuga poderiam
ser perigosas para a resistência mecânica do
conjunto rotativo da turbina.
Engº Homen Cristo Nivaculo 34
TURBINAS A VAPOR

Os dispositivos apresentados na figura 2 mostram


apenas os princípios básicos de funcionamento.
A partir destes princípios iremos derivar uma TURBINA
CLASSIFICAÇÃO DAS
DE AÇÃO E DE REAÇÃO.
TURBINAS A VAPOR
Se tivermos um expansor, montado em uma câmara de
vapor estacionária, dirigindo um jato para uma
palheta, montada na periferia de uma roda, teremos
uma turbina de ação elementar.
Obs.: expansor é o órgão ou componente cuja função é
orientar o jato de vapor sobre as palhetas móveis. No
expansor o vapor perde pressão e ganha velocidade.

Engº Homen Cristo Nivaculo 35


TURBINAS A VAPOR
Em uma turbina de ação real
teremos, a não ser em máquinas de
potência muito pequena, não
apenas um, mas vários expansores,
em paralelo, constituindo um arco
CLASSIFICAÇÃO DAS ou um anel de expansores,
TURBINAS A VAPOR conforme ocupem apenas parte ou
toda a circunferência.
Os anéis de expansores são
também conhecidos como rodas
de palhetas fixas. Figura 15 – Estágio de Ação

Os expansores dirigem seu jato de


vapor na direção não de uma
palheta, mas de uma roda de
palhetas móveis, conforme ilustra
a Figura 15:
Engº Homen Cristo Nivaculo 36
TURBINAS A VAPOR
 Vapor em alta velocidade
incide sobre Palhetas Móveis;
 Conversão de Energia Cinética
em Mecânica;
 Vapor atravessa Palhetas
CLASSIFICAÇÃO DAS
Móveis a pressão constante
TURBINAS A VAPOR atuando sobre elas através de
sua velocidade;
 Queda de Pressão de Vapor
nos Bocais e Queda de
Entalpia associada; Figura 16 – Exemplo de
 Transformação da variação de turbina de ação.
Entalpia em Energia Cinética.

Engº Homen Cristo Nivaculo 37


TURBINAS A VAPOR

Em uma turbina de reação


comercial teremos sempre
vários estágios, colocados
em serie, sendo cada
CLASSIFICAÇÃO DAS estágio constituído de um
TURBINAS A VAPOR
anel de expansores
(também chamado de roda
de palhetas fixas), seguido
de uma roda de palhetas
móveis, como está
apresentado
esquematicamente na Figura 17 – Estágio de Reação

Figura 17:

Engº Homen Cristo Nivaculo 38


TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
De forma geral, podemos dividir as
turbinas quanto aos seguintes
critérios:
 Quanto ao arranjo dos estágios;
 Quanto a direção do fluxo de
CLASSIFICAÇÃO DAS vapor;
TURBINAS A VAPOR  Com relação a seqüência de fluxo
de vapor;
 Quanto a ligação ao equipamento
Quanto ao arranjo dos estágios acionado;
 Quanto a pressão de descarga
TURBINAS CURTIS (ação)
Trata-se de uma turbina de ação com
escalonamentos (estágios) de
velocidades. É aquela que possui
mais de uma coroa de palhetas
móveis por estágios de pressão.
Engº Homen Cristo Nivaculo Figura 18 – Estágios de velocidade 39
TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
 O estágio de velocidade é composto de um arco de
expansores, seguido por duas rodas de palhetas móveis,
entre as quais há um arco de palhetas guias.
 Toda a queda de pressão do estágio ocorre nos expansores.
CLASSIFICAÇÃO DAS
 A velocidade do vapor, porém, é absorvida apenas
TURBINAS A VAPOR
parcialmente na primeira roda de palhetas móveis.
 O vapor deixa, então, esta roda com uma energia cinética
ainda elevada que será aproveitada em uma segunda roda
de palhetas móveis.
 Apenas com a finalidade de reorientar o jato de vapor,
para que o esforço sobre a segunda roda de palhetas
móveis seja de sentido igual ao do esforço sobre a
primeira roda, é colocado entre ambas um arco de palhetas
guias.

Engº Homen Cristo Nivaculo 40


TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
 É importante notar que não há expansão nas
palhetas guias, permanecendo constantes, ao longo
delas, tanto a pressão como a velocidade.
CLASSIFICAÇÃO DAS  Por este motivo, estas palhetas têm um formato
TURBINAS A VAPOR simétrico e seções constantes, à semelhança das
palhetas móveis de estágios de ação. O estágio de
velocidade, que acabamos de descrever é mostrado
a direita da Figura 5.
 As Palhetas Fixas/Bocais convertem a Energia
Térmica em Energia Cinética e redirecionam o
fluxo de vapor.
 As Palhetas Móveis convertem a Energia Cinética
em trabalho.
Engº Homen Cristo Nivaculo 41
TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
TURBINAS “RATEAU” (AÇÃO)
 Trata-se de uma turbina de ação tangencial,
desenvolvida inicialmente pelo francês
Rateau em 1890, com escalonamentos de
pressão.
CLASSIFICAÇÃO DAS  Ao invés de uma queda total da pressão de
vapor ocorrer em um único grupo de
TURBINAS A VAPOR expansores, essa queda poderá ser dividida
em uma ou mais etapas.
 Ao deixar a primeira turbina, ao invés de ser
descarregado passa por um segundo grupo de
expansores, para em seguida passar por uma
segunda seção de palhetas móveis. E assim
sucessivamente, em função do número de Figura 20 – Esquema de
estágios. uma Turbina “Rateau”.
 Como uma única queda de pressão ocorre nos
expansores, cada conjunto de um grupo de
expansores e da ordem de palhetas seguinte
constitui a turbina denominada “Rateau”. E
cada um dos estágios que a constitui um
estágio “Rateau”.

Engº Homen Cristo Nivaculo 42


TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
TURBINAS DE REAÇÃO
 Tanto nas palhetas fixas quanto nas
móveis, ocorre expansão do vapor,
ocorrendo portanto uma
transformação contínua de energia
CLASSIFICAÇÃO DAS cinética em energia mecânica.
TURBINAS A VAPOR  Este fato justifica uma maior
velocidade relativa de vapor na saída
das palhetas do que na entrada, o que
faculta nas turbinas a reação a
utilização de múltiplos estágios, ou
seja, elas são construídas de modo que
a queda de pressão, da admissão do
Figura 21 – Triângulo de
vapor a sua descarga, ocorra em velocidade teórico de uma
quedas gradativas e parciais. turbina de reação.
 Isto ocorre por meio de diferentes
ordens de palhetas fixas e móveis
(escalonamento), de tal sorte que cada
palheta fixa e móvel formam um
Engº Homen Cristo Nivaculo
estágio (ordem). 43
TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
 O estágio de velocidade é composto de um arco de
expansores, seguido por duas rodas de palhetas móveis,
entre as quais há um arco de palhetas guias.
 Toda a queda de pressão do estágio ocorre nos expansores.
CLASSIFICAÇÃO DAS
 A velocidade do vapor, porém, é absorvida apenas
TURBINAS A VAPOR
parcialmente na primeira roda de palhetas móveis.
 O vapor deixa, então, esta roda com uma energia cinética
ainda elevada que será aproveitada em uma segunda roda
de palhetas móveis.
 Apenas com a finalidade de reorientar o jato de vapor,
para que o esforço sobre a segunda roda de palhetas
móveis seja de sentido igual ao do esforço sobre a
primeira roda, é colocado entre ambas um arco de palhetas
guias.

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TURBINAS A VAPOR
Quanto ao Arranjo dos Estágios
 O estágio de velocidade é composto de um arco de
expansores, seguido por duas rodas de palhetas móveis,
entre as quais há um arco de palhetas guias.
 Toda a queda de pressão do estágio ocorre nos expansores.
CLASSIFICAÇÃO DAS
 A velocidade do vapor, porém, é absorvida apenas
TURBINAS A VAPOR
parcialmente na primeira roda de palhetas móveis.
 O vapor deixa, então, esta roda com uma energia cinética
ainda elevada que será aproveitada em uma segunda roda
de palhetas móveis.
 Apenas com a finalidade de reorientar o jato de vapor,
para que o esforço sobre a segunda roda de palhetas
móveis seja de sentido igual ao do esforço sobre a
primeira roda, é colocado entre ambas um arco de palhetas
guias.

Engº Homen Cristo Nivaculo 45


TURBINAS A VAPOR
Quanto a Direção do Fluxo
Podem ser classificadas de acordo com a direção do fluxo
de vapor em relação ao eixo ou ao rotor:
 Turbinas de fluxo axial;
CLASSIFICAÇÃO DAS  Turbinas de fluxo radial: centrífuga e centrípeta; e
TURBINAS A VAPOR  Turbinas de fluxo tangencial helicoidal.
Turbinas de Fluxo Axial
 São aquelas nas quais o vapor percorre uma direção
paralela ao seu eixo.
 São ainda empregadas com qualquer grau de expansão
pois são de fácil construção, bastando para tal aumentar
o nº de estágios.
 Todas as turbinas de propulsão e as turbinas que
acionam geradores elétricos são axiais.
Engº Homen Cristo Nivaculo 46
TURBINAS A VAPOR

Quanto a Direção do Fluxo


CLASSIFICAÇÃO DAS Turbinas de Fluxo Radial
TURBINAS A VAPOR  O percurso de vapor ocorre na direção do raio
geométrico e as palhetas são montadas
perpendicularmente à superfície plana do disco.
 Dividem-se em radial centrífuga (a admissão do
vapor é feita do eixo para a periferia do rotor) e
radial centrípeta (a admissão do vapor é feita da
periferia do rotor para o eixo).

Engº Homen Cristo Nivaculo 47


TURBINAS A VAPOR

Com Relação a Sequência do Fluxo de Vapor


Caracteriza-se pelo número de vezes que o vapor
passa pela mesma ordem de palhetas móveis antes de
CLASSIFICAÇÃO DAS descarregar.
TURBINAS A VAPOR
Podem ser:
Simples fluxo: o vapor admitido percorre um caminho
paralelo ao seu eixo;
Fluxo em série: eixos em linha e eixos paralelos
(vertical ou horizontal);
Fluxo reentrante: o vapor trabalha mais de uma vez na
mesma e única coroa de palheta móveis.

Engº Homen Cristo Nivaculo 48


TURBINAS A VAPOR
Quanto a Ligação ao Equipamento
Ligação Direta: o equipamento acionado está diretamente
ligado no prolongamento de seu eixo, ou seja, tanto o eixo
da turbina como o eixo de seu utilizador estão alinhados,
CLASSIFICAÇÃO DAS ocupando assim a mesma “linha de centro”.
TURBINAS A VAPOR Ligação Indireta: são aquelas que possuem entre o seu
eixo e o do utilizador uma engrenagem redutora de
velocidade.
Quanto a Pressão de Descarga
Turbinas de Condensação: quando a pressão de descarga
for menor que a pressão atmosférica;
Turbinas de Contra-Pressão (ou não-condensante):
quando a pressão de descarga for maior que a pressão
atmosférica.
Engº Homen Cristo Nivaculo 49
TURBINAS A VAPOR
Quanto a Pressão de Descarga
Algumas definições:
a) Turbina de Fluxo Direto (simples fluxo): é a turbina em que o vapor
admitido atua do primeiro ao último estágio sem qualquer retirada
de Vapor;

CLASSIFICAÇÃO DAS b) Turbina com Reaquecimento: todo o fluxo de vapor admitido na


máquina é retirado em um estágio intermediário, reaquecido na
TURBINAS A VAPOR caldeira, e retorna ao estágio seguinte da turbina, de onde evolui,
através dos estágios finais, até a descarga;
c) Turbinas com Extração Automática: há em um, dois ou três estágios
intermediários, uma retirada parcial de vapor, para fins de
aquecimento ou uso no processo industrial. A pressão do vapor
extraído é mantida constante por meio das válvulas de controle de
extração.
d) Turbinas com Extração não-automática: pode haver até nove pontos
de retirada de vapor, em diferentes estágios e pressões. A pressão do
vapor extraído, em cada ponto de extração, de uma turbina com
extrações nãoautomáticas, varia com as flutuações da carga da
turbina;
Engº Homen Cristo Nivaculo 50
TURBINAS A VAPOR
Quanto a Pressão de Descarga
Algumas definições:
e) Turbina de Indução: se em uma determinada instalação houver
disponibilidade de dois fluxos de vapor, um de alta pressão e
outro de média pressão, ambos podem ser combinados para
CLASSIFICAÇÃO DAS acionar uma turbina de indução;
TURBINAS A VAPOR f) Turbina com Extração-Indução: em alguns casos particulares de
instalações onde ora há um consumo de vapor de média pressão,
ora há uma produção deste mesmo vapor, poderemos usar uma
turbina com extração-indução;
g) Turbinas com duplo fluxo: em turbinas de condensação de
potência elevada, as áreas necessárias à passagem do vapor
crescem consideravelmente nos últimos estágios da máquina, o
que obrigaria o uso de palhetas de altura excessiva nestes
estágios finais. Para diminuir os inconvenientes mecânicos que
resultariam destas palhetas muito grandes, emprega-se nestes
casos, turbinas com fluxo dividido na descarga.
Engº Homen Cristo Nivaculo 51
TURBINAS A VAPOR
Os dispositivos de regulagem e segurança são fundamentais para
uma operação eficiente e segura do sistema, quais sejam:
 Controle das variáveis do sistema de vapor:
• Pressão de admissão de vapor (válvulas garganta,
parcializadora e contorno);
DISPOSITIVOS DE • Temperatura de admissão de vapor;
REGULAGEM E SEGURANÇA
• Pressão do anel dos expansores;
• Pressão após o estágio de regulagem;
• Pressão de extração do vapor;
• Temperatura de extração de vapor;
• Pressão de escape de vapor;
• Temperatura de escape de vapor;
• Pressão de selagem de vapor.

Engº Homen Cristo Nivaculo 52


TURBINAS A VAPOR
Controle da Variáveis do Sistema de Óleo Lubrificante:
• Nível de óleo no tanque;
• Temperatura de óleo no tanque;
• Temperatura na entrada/saída do resfriador de óleo;
• Pressão após a bomba;

DISPOSITIVOS DE • Pressão diferencial do filtro;


REGULAGEM E SEGURANÇA • Pressão do óleo de lubrificação;
• Pressão do óleo de regulagem;
• Temperatura dos mancais da turbina e redutora.
Controle de Variáveis Relativas ao Posicionamento dos Eixos e Mancais:
• Posicionamento axial;
• Vibração do eixo e ou caixa dos mancais.
 Controle dos desarmes (“TRIPS”)
 Desarme de sobrevelocidade (TRIP de velocidade);
 Desarme de baixa pressão de óleo lubrificante (TRIP OL).

Engº Homen Cristo Nivaculo 53


TURBINAS A VAPOR
Os componentes de uma turbina estão submetidos a
diferentes condições de serviço (pressão, temperatura,
esforços mecânicos,etc.).
Assim sendo, a condição de equilíbrio entre custo x
benefício, prevalecerá na definição dos critérios de
MATERIAIS EMPREGADOS NA
TURBINAS A VAPOR dimensionamento e especificação dos diversos
materiais empregados na fabricação destes
componentes.
O controle dos materiais a serem empregados é
definido através de ensaios mecânicos e não-
destrutivos, a saber: tração, compressão, flambagem,
fadiga, fluência, ensaios químicos, metalográficos e
elétricos, etc., em peças acabadas ou em processo de
fabricação.
Engº Homen Cristo Nivaculo 54
TURBINAS A VAPOR
CONJUNTO ROTATIVO
 Fabricado por meio de rodas montadas com interferência e
chavetadas em um eixo único.
 Para máquinas de alta rotação usa-se uma construção integral
para o conjunto rotativo, com as rodas e o eixo obtidos a partir
de um forjado único.
DISPOSITIVOS DE 
REGULAGEM E SEGURANÇA Em ambos os casos é indispensável o balanceamento estático e
dinâmico do conjunto rotativo.
PALHETAS
Os seguintes requisitos devem ser considerados no projeto de
palhetas:
 O desempenho termodinâmica e a eficiência da palheta;
 A resistência mecânica para a temperatura de trabalho;
 O comportamento relacionado a vibração; e
 Resistência à corrosão/erosão.
Engº Homen Cristo Nivaculo 55
TURBINAS A VAPOR
De uma forma geral as palhetas de turbinas são fabricadas em aço inoxidável
ferrítico.
Suas principais características são:
 boa resistência mecânica em temperaturas elevadas;
 boa capacidade de amortecimento de vibrações; e
 boa resistência à erosão.
DISPOSITIVOS DE
EXPANSORES
REGULAGEM E SEGURANÇA
Os expansores de uma turbina de ação podem estar colocados em um arco de
expansores (primeiro estágio ou estágio único) ou em um anel de expansores.
 O arco de expansores usado no primeiro estágio de máquinas multi-estágio
é obtido pela usinagem individual dos expansores, a partir de blocos de
aço inoxidável ferrítico com 12% Cr. Estes expansores são então
encaixados e soldados no arco de expansores.
 Os diafragmas dos estágios intermediários, onde a pressão é mais elevada,
são soldados. Já os diafragmas dos estágios finais, onde a pressão é menor,
são normalmente fundidos. Em ambos os casos os expansores são de aço
inoxidável ferrítico com 12% Cr. As partes estruturais (externas e internas)
são de aço carbono nos diafragmas fundidos.
Engº Homen Cristo Nivaculo 56
TURBINAS A VAPOR
SELAGEM
Nas selagens externas para resistir à corrosão, em uma condição
de condensação contínua de vapor, todos os componentes da
selagem, como labirintos, espaçadores dos anéis de carvão,
molas, devem ser de material resistente à corrosão,tais como aço
inoxidável ou superligas de Cr-Ni como monel, inconel,
hastelloy, etc.
DISPOSITIVOS DE
REGULAGEM E SEGURANÇA MANCAIS
a) Mancais radiais (apoio)
 Os casquilhos dos mancais de apoio podem ser de aço, bronze
ou ferro fundido, sempre revestidos internamente por uma
camada de metal patente.
 Os moentes (ou colos) dos eixos (regiões de trabalho dos
mancais radiais) devem ser usinados de maneira a apresentar
um ótimo acabamento superficial, pois qualquer
irregularidade poderá prejudicar a formação da “bolsa”
(filme) de óleo essencial ao correto funcionamento do
Engº Homen Cristo Nivaculo mancal. 57
TURBINAS A VAPOR

b) Mancais de escora
 As pastilhas dos mancais de escora são revestidos
de metal patente.
 O colar de escora, sobre o qual se apóiam as
DISPOSITIVOS DE pastilhas, pode ser integral com o eixo ou não.
REGULAGEM E SEGURANÇA
 No primeiro caso o seu material será obviamente
igual ao do eixo.
 No segundo caso o colar de escora poderá ser de
material diferente, ou receber um tratamento
térmico diferente, visando aumentar sua dureza e
diminuir seu desgaste.

Engº Homen Cristo Nivaculo 58


TURBINAS A VAPOR
Os objetivos e metas a serem alcançados para o bom
funcionamento de equipamentos e sistemas visa os
seguintes aspectos:
 Aumentar o equilíbrio entre custo de operação e
eficiência das máquinas;
MANUTENÇÃO E REPARO  Aumentar a disponibilidade dos equipamentos
DE TURBINAS A VAPOR (diminuição ao máximo os custos de perda de
produção); e
 A diminuição do custo total.

Engº Homen Cristo Nivaculo 59


TURBINAS A VAPOR
Alguns conceitos:
Manutenção Preventiva: revisões baseadas em horas
equivalentes de operação e paradas programadas;
Monitoramento de todas as condições e parâmetros de
operação.
MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR Recuperação (“overhal”): Retrofit; Recuperação e a
modernização/automação.

Engº Homen Cristo Nivaculo 60


TURBINAS A VAPOR

Manutenção: preservação e restauração à condição


desejada, e determinação e avaliação da condição
atual.
Inspeção: determinação e avaliação do estado atual
MANUTENÇÃO E REPARO do equipamento e de seus componentes;
DE TURBINAS A VAPOR Revisão: restauração da condição inicial.
Desgastes em função do tempo
Como consequência de reações físicas e/ou químicas,
todos componentes estão sujeitos a desgastes.
 Podem ser classificados como: naturais, fadiga,
corrosão e falhas e/ou rupturas repentinas
(catastróficas).

Engº Homen Cristo Nivaculo 61


TURBINAS A VAPOR
Fatores que influenciam no desgaste:
Pelo produto:
 Materiais utilizados;
 Fator de segurança de projeto; e
 Qualidade da fabricação.
MANUTENÇÃO E REPARO Pelo processo:
DE TURBINAS A VAPOR  Qualidade do vapor;
 Temperatura de trabalho;
 Umidade do vapor;
 Partículas estranhas; e
 Procedimentos de paradas e partidas.
Pelo modo de operação:
 Carga parcial e/ou sobrecarga; e
 Operação contínua ou intermitente.
Engº Homen Cristo Nivaculo 62
TURBINAS A VAPOR

MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR

Engº Homen Cristo Nivaculo 63


TURBINAS A VAPOR
SEGMENTOS INJETORES
Alguns problemas possíveis:
Bordas de saída do vapor desgastadas devido a
impacto de partículas sólidas; impacto por elementos
sólidos.
MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR

Engº Homen Cristo Nivaculo 64


TURBINAS A VAPOR
PALHETAS E LABIRINTOS
 Corrosão (“pittings”);
 Impactos por objetos ou partículas estranhas;
 Incrustações;
 Aumento das folgas devido a desgaste;
MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR  Erosão;
 Desgaste do material por erosão/corrosão.

Engº Homen Cristo Nivaculo 65


TURBINAS A VAPOR
MANCAIS
Desagregação de metal patente;
Trincas e defeitos no metal patente: fabricação.

MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR

Engº Homen Cristo Nivaculo 66


TURBINAS A VAPOR

MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR

Engº Homen Cristo Nivaculo 67


TURBINAS A VAPOR

MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR

Engº Homen Cristo Nivaculo 68


TURBINAS A VAPOR

MANUTENÇÃO E REPARO
DE TURBINAS A VAPOR

Engº Homen Cristo Nivaculo 69


TURBINAS A GÁS
Origens das Turbinas a Gás

Embora as turbinas a gás modernas


tenham evoluído com avançados
recursos tecnológicos, o conceito básico
de uma turbina a gás pode ser rastreado
INTRODUÇÃO até os primórdios da civilização. A ideia
de usar o fluxo de ar ou vapor para gerar
movimento mecânico tem suas raízes
nos moinhos de vento e nas máquinas a
vapor dos séculos passados. Contudo,
foi no século XX, com os avanços em
termodinâmica e materiais, que as
turbinas a gás começaram a tomar sua
forma atual e a serem aplicadas em larga
escala na indústria e aviação.
Sistemas de potência utilizando gás:
 Turbinas a gás
 Motores alternativos (ICE, ICO).
Engº Homen Cristo Nivaculo 70
TURBINAS A GÁS
Turbinas Industriais
 São as mais empregadas para a produção de
potência (0,5 a 250 MW).
 São grandes e pesadas, já que geralmente não há
restrições quanto à tamanho ou peso.
TIPOS DE
TURBINAS A GÁS  São menos eficientes, porem de menor custo por
quilowatt gerado que as aeroderivativas;
 Podem atingir temperaturas máximas de até 1260
oC;
 Taxas de compressão podem atingir até 18:1 em
novas unidades;
 Usam uma variedade maior de combustíveis do
que as aeroderivativas.
Engº Homen Cristo Nivaculo 71
TURBINAS A GÁS
Turbinas Aeroderivativas
 Tem sua origem na indústria aeronáutica.
 As maiores turbinas aeroderivativas estão na faixa de
potência entre 40 e 50 MW;
TIPOS DE  Usam componentes mais leves e mais compactos;
TURBINAS A GÁS  São mais eficientes (até 40%) e taxas de compressão
de 30:1;
 Investimentos mais elevados.

Engº Homen Cristo Nivaculo 72


TURBINAS A GÁS
 Combustíveis – Podem operar numa grande variedade de
combustíveis, incluindo gás natural, gás de processo, gás de
aterro, óleo combustível, entre outros.
 Faixa de potência – Entre 0,5 e 250 MW. Microturbinas, no
entanto, podem ter potências tão baixas quanto 30 kW;
CARACTERÍSTICAS GERAIS  Vida útil – 25000 a 50000 horas com manutenção adequada;
DE TURBINAS A GÁS  Rejeitos Térmicos – turbinas a gás produzem produtos de
combustão de alta temperatura (430 – 600 oC). Esse rejeito
térmico pode, por meio de uma caldeira de recuperação,
produzir vapor a alta temperatura e pressão para acionar um
ciclo de vapor de forma combinada;
 Emissões – Muitas turbinas a gás operando com gás natural
podem produzir Nox abaixo de 25 ppm e CO na faixa de 10 a
50 ppm;
 Carga parcial – São relativamente sensíveis a operação com
cargas parciais
Engº Homen Cristo Nivaculo 73
TURBINAS A GÁS

COMPONENTES DE
TURBINAS A GÁS

Engº Homen Cristo Nivaculo 74


TURBINAS A GÁS
 Tomada da ar – tomada de ar dotada de filtros. Também podem ter
sistemas de resfriamento (resfriamento evaporativo ou outro meio)
para diminuição da temperatura de entrada do ar (aumento de
eficiência).
 Sistema de exaustão – os produtos de combustão que deixam a
turbina ou são diretamente dirigidos para chaminé e, posteriormente
para a atmosfera, ou primeiramente passam pelo regenerador para
pré-aquecer o ar comprimido antes da combustão – ver esquema
COMPONENTES E SISTEMA
acima. Em casos de ciclos combinados, os produtos de combustão
AUXILIARES DE TURBINAS A
são direcionados para a caldeira de recuperação a fim de produzir
GÁS
vapor.
 Gerador elétrico – equipamento que converte energia mecânica
produzida pela turbina em energia elétrica.
 Sistema de partida – Existem três sistemas de partida: (1) motor
diesel; (2) motor elétrico; (3) sistema estático de partida.
Os sistemas (1) e (2) usam um acoplamento por meio de embreagem. A
turbina é acionado ou pelo motor diesel ou pelo elétrico até que a
rotação e condições operacionais sejam alcançados.

Engº Homen Cristo Nivaculo 75


TURBINAS A GÁS
A partir daí realiza-se o desacoplamento. No sistema estático de
partida, o gerador funciona de forma reversível e atua como um
motor elétrico para acionar a turbina até que o regime seja
estabelecido. Ápós o que é revertido para sua função normal.
Sistema de combustível – muitas turbinas são projetadas para
trabalhar tanto com combustíveis líquidos (óleo combustível),
como gasosos (gás natural). Os combustíveis devem ser injetados
COMPONENTES E SISTEMA
na câmara de combustão na pressão de trabalho e vazões
AUXILIARES DE TURBINAS A
GÁS controladas. Para isso, é preciso um sistema complexo de
bombas, compressores, válvulas e controladores
Sistemas auxiliares
- Sistemas de óleo lubrificante para os mancais e acionamentos
hidráulicos diversos.
- Sistemas de resfriamento de componentes da turbina por meio
de ar. - Controle de emissões
– Sistemas de monitoramento e controle de emissões, sobretudo
CO e Nox.
Engº Homen Cristo Nivaculo 76
TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 77


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 78


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 79


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 80


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 81


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 82


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 83


TURBINAS A GÁS

O CICLO BRAYTON
SIMPLES

Engº Homen Cristo Nivaculo 84


TURBINAS A GÁS
 Uma das primeiras coisas que ressaltam do ciclo de Brayton
simples é que os gases de saída saem com uma temperatura
relativamente elevada.
 Por outro lado, calor tem que ser fornecido ao ciclo por
combustão. Assim, o ciclo de Brayton com regeneração ou
recuperação aproveita o calor que, de outra forma seria liberado
para a atmosfera, para aquecer o ar comprimido imediatamente
O CICLO BRAYTON COM antes da câmara de combustão.
REGENERADOR OU
RECUPERADOR DE CALOR

 O regenerador ideal é um trocador de calor de contracorrente.

Engº Homen Cristo Nivaculo 85


TURBINAS A GÁS

PARÂMENTRO DE
ESPECIFICAÇÃO E
DE DESEMPENHO

Engº Homen Cristo Nivaculo 86


TURBINAS A GÁS
 Temperatura de admissão – temperatura (bulbo seco) do ar de admissão
no compresso.
 Temperatura de exaustão – temperatura média dos produtos de
combustão que deixam a turbina. Menores temperaturas de exaustão são
indicações de melhores eficiências térmicas. Como regra geral turbinas
industriais apresentam Tsaída entre 500oC e 600 oC e turbinas
aeroderivadas entre 430oC e 500 oC.
 Razão de pressões ou taxa de compressão – razão entre a pressão do ar
PARÂMENTRO DE na saída do compressor e na entrada. Em princípio, quanto mais elevada a
ESPECIFICAÇÃO E taxa de compressão, mais elevados são os rendimentos. Na prática, custos
DE DESEMPENHO e condições operacionais impedem valores muito elevados. Alguns
dados: turbinas industriais na faixa 10 a 18 e aeroderivativas na faixa de
18 a 30.
 Temperatura de admissão na turbina – também conhecida como
“turbine firing temperature”. É a temperatura média dos produtos de
combustão que entram no estágio da turbina, após a câmara de
combustão. Temperaturas mais elevadas, implicam em maiores
rendimentos, sendo o máximo valor é limitado pelas propriedades
metalúrgicas dos materiais e processos de resfriamento das pás das
turbinas. Turbinas de última geração possuem temperatur de admissão de
Engº Homen Cristo Nivaculo
até 1260 oC. 87
TURBINAS A GÁS
 Vazão dos gases de exaustão – é a vazão mássica dos gases que deixam
a turbina. Essencialmente é a soma das vazões de ar e de combustível e
de vapor de água, caso haja injeção de vapor.
 Fluxo de energia térmica de exaustão – (“exaust heat”) em kJ/h ou
Btu/h é o fluxo de energia térmica dos produtos de combustão que
deixam a turbina. É o fluxo de entalpia total. Pode ser obtido de um
balanço térmico da turbina considerando os insumos energéticos e a
eficiência térmica da máquina.
PARÂMENTRO DE  Perdas de carga – geralmente fornecida em cmH2O (ou inH2O). Medida
ESPECIFICAÇÃO E das perdas de carga na região de admissão do compressor (perda de carga
de admissão) ou na região de descarga (perda de carga de descarga).
DE DESEMPENHO

Exemplo de catálogo
(turbina ALSTOM)

Engº Homen Cristo Nivaculo 88


TURBINAS A GÁS
1) Condições ambientes – as curvas a seguir mostram como a turbina é
afetada pela mudança das condições ambientes. Säo mostradas influência
da temperatura de admissão; umidade absoluta; pressão barométrica.

PARÂMETROS QUE
AFETAM O
DESEMPENHO

2) Combustíveis – o tipo de combustível também afeta o desempenho de turbinas.


Gás natural e óleos combustíveis leves são os mais usados. Também pode-se
empregar gás de refinaria, propano, combustíveis sintéticos, entre outros.

Engº Homen Cristo Nivaculo 89


TURBINAS A GÁS
3) Carga parcial – quando potências menores que a máxima são geradas, a
potência produzida pode ser diminuída pela diminuição da temperatura dos
produtos de combustão na entrada da turbina provenientes da câmara de
combustão. Consequentemente, haverá uma diminuição da eficiência global
da máquina, como indicado na figura abaixo. Emissões também geralmente
aumentam com a operação em carga parcial.

PARÂMETROS QUE
AFETAM O
DESEMPENHO

Engº Homen Cristo Nivaculo 90


TURBINAS A GÁS

MELHORIA DE
DESEMPENHO
DAS TURBINAS

Engº Homen Cristo Nivaculo 91


TURBINAS A GÁS
Resfriamento Entre-Estágios (“Intercoolers”) – Maior trabalho líquido da
turbina pode ser obtido se o ar comprimido em estágios sofrer um
resfriamento intermediário. Assim, o ar sofre uma compressão e é resfriado
com o ar atmosférico (ou água) antes de continuar o processo de
compressão no estágio posterior do compressor.

MELHORIA DE
DESEMPENHO
DAS TURBINAS

Engº Homen Cristo Nivaculo 92


TURBINAS A GÁS
Ciclo com Injeção de Vapor – Também conhecido como ciclo de
Cheng. Neste ciclo, grandes quantidades de vapor de água são injetadas
na câmara de combustão para melhorar a potência líquida e a eficiência.
No esquema ao lado é mostrada uma caldeira de recuperação (HRSG)
que aproveita a energia contida nos gases de escape para produzir vapor
de água necessário para alimentar a turbina e também para outros fins.
Esse processo não só permite um aumento desejado de potência e
eficiência, como também uma diminuição das emissões de NOx.
MELHORIA DE
DESEMPENHO
DAS TURBINAS

Engº Homen Cristo Nivaculo 93


TURBINAS A GÁS
Como estudado, os gases de exaustão de uma
turbina apresentam uma temperatura
relativamente elevada. De forma que é bastante
atrativo se utilizar essa energia térmica contida
nos gases para alguma outra finalidade útil.

Existe uma série de possibilidades de se aproveitar a


CICLO COMBINADO energia térmica. Entre elas: (1) a produção de frio pela
utilização de uma máquina de absorção de calor; (2) a
BRAYTON-RANKINE produção de vapor para utilização posterior; (3) a produção
de vapor para acionamento de uma turbina a vapor.

Os casos (1) e (2) acima são geralmente objetos dos


sistemas de cogeração não estudados nesta aula. O caso (3) é
o que nos interessa e trata-se de um ciclo combinado em que
os rejeitos térmicos de uma turbina a gás são empregados
para gerar vapor em uma caldeira de recuperação para
acionamento de uma turbina a vapor.
Engº Homen Cristo Nivaculo 94
TURBINAS A GÁS

CICLO COMBINADO
BRAYTON-RANKINE

Engº Homen Cristo Nivaculo 95


TURBINAS A GÁS

CICLO COMBINADO
- CONFIGURAÇÕES

Engº Homen Cristo Nivaculo 96


TURBINAS A GÁS
 Os gases de exaustão de uma ou mais turbinas a gás são aproveitados
para produzir vapor na caldeira de recuperação.

 A caldeira de recuperação é do tipo convectiva, isto é, a troca de calor


dos gases quentes para a água é por convecção de calor. Já nas caldeiras
comuns, a radiação térmica desempenho um papel bem significativo.

 Vapor pode ser gerado em um ou mais níveis de pressão para alimentar


a turbina a vapor, ou mesmo ser consumido em algum outro ponto de
CICLO COMBINADO – processo.
CALDEIRA DE
RECUPERAÇÃO  Em situações em que a demanda de vapor é maior do que pode ser
produzido pela recuperação da energia térmica dos gases, uma queima
adicional de combustível pode ser realizada.

 Deve ter o cuidado de que a temperatura dos gases de exaustão não caia
para abaixo de cerca de 150 oC, quando poderá ter início o processo de
condensação do vapor de água dos gases e, consequentemente, podendo
dar início ao processo de corrosão da tubulação .

Engº Homen Cristo Nivaculo 97


TURBINAS A GÁS
 Um conceito importante no projeto e seleção das caldeiras de
recuperação é a mínima diferença de temperatura alcançada entre os
gases e a água, ou ponto de pinça (“pinch point”).

 Os gases de exaustão da turbina a gás


entram na caldeira de recuperação na
temperatura (5) e a deixam em (6),
como ilustrado.
 A agua entra no economizador na
condição (d) e o deixa em (x) na condição
de líquido saturado. Exatamente nessa
condição ocorre o ponto de pinça. Valores
típicos são ∆T = 15 oC a 30 oC.

 Entre os pontos (x) e (y), a agua sofre o processo


de evaporação ,sendo que em (y) ela se tornou em
vapor saturado.

 A partir do ponto (y) o vapor se torna superaquecido e vai deixar a caldeira em (a).
Engº Homen Cristo Nivaculo 98
TURBINAS A GÁS

Engº Homen Cristo Nivaculo 99


TABLE
Category 1 Category 2 Category 3 Category 4

Item 1 4.5 2.3 1.7 5

Item 2 3.2 5.1 4.4 3

Item 3 2.1 1.7 2.5 2.8

Item 4 4.5 2.2 1.7 7

Sample Footer Text 100


THE WAY TO GET
STARTED IS TO QUIT
TALKING AND BEGIN
DOING.

Walt Disney

101
TEAM

Name Name Name Name


Title Title Title Title

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TIMELINE

Title Title Title


To start a presentation, go to During your presentation, the If you don’t see the Notes pane
the Slide Show tab, and select speaker notes are visible on or it is completely minimized,
From Beginning. your monitor, but aren't visible click Notes on the task bar
to the audience. across the bottom of the
PowerPoint window.

To start a presentation, go to The Notes pane is a box that


the Slide Show tab, and select appears below each slide. Tap it
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Title Title

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CONTENT
SUMMARY SUMMARY
• Add text, images, art, and • Open the Design Ideas pane
videos. for instant slide makeovers.
• Add transitions, animations, • When we have design ideas,
and motion. we’ll show them to you right
• Save to OneDrive, to get to there.
your presentations from your
computer, tablet, or phone.

Sample Footer Text 104


CONTENT 2
SUMMARY SUMMARY SUMMARY
• Add text, images, • Open the Design • This PowerPoint
art, and videos. Ideas pane for theme uses its own
instant slide unique set of colors,
• Add transitions,
makeovers. fonts, and effects to
animations, and
create the overall
motion. • When we have look and feel of these
design ideas, we’ll slides.
• Save to OneDrive, to
get to your show them to you
right there. • PowerPoint has tons
presentations from of themes to give
your computer, your presentation just
tablet, or phone. the right personality.

Sample Footer Text 105


SUMMARY
With PowerPoint, you can create
presentations and share your
work with others, wherever they
are. Type the text you want here
to get started. You can also add
images, art, and videos on this
template. Save to OneDrive and
access your presentations from
your computer, tablet, or phone.

Sample Footer Text 106


THANK YOU
Presenter Name
Email Address
Website Address

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