Paleontologia

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Sumário

Introdução........................................................................................................................2

Justificativa......................................................................................................................2

Formulação do problema................................................................................................2

Hipótese............................................................................................................................2

Objectivo geral.................................................................................................................2

Objectivo especifico.........................................................................................................2

Fundamentação Teórica..................................................................................................3

Conclusões........................................................................................................................9

Bibliografia.....................................................................................................................10

Anexos.............................................................................................................................11
Introdução

Depois dos artrópodes, o Filo Mollusca é o segundo maior grupo de animais em


diversidade, sendo conhecidas 100.000 espécies viventes e 30.000 espécies fósseis. A grande
variedade de formas e hábitos de vida desenvolvidos pelas diferentes classes deixou um
riquíssimo registro fossilífero Fanerozoico, especialmente em sedimentos marinhos, e de
maneira menos abundante em rochas sedimentares de ambientes continentais aquáticos ou
mesmo terrestres. Resultados de estudos moleculares indicaram a divergência dos mais
antigos representantes do filo em rochas com até 1.2 bilhões de anos de idade. No entanto, as
mais antigas raízes filéticas representadas por restos ou vestígios fósseis, são encontradas em
rochas do final do éon Proterozoico, com idades entre 600 e 541 milhões de aos atrás, quando
a mineralização de tecidos começou a dar os primeiros passos entre os metazoários.

Justificativa

Deu nos este tema para interagirmos com os diversos subgrupos do filo molusca e
compreender em que era viveram e quais são os seus representantes actuais.

Formulação do problema

Até que ponto o estudo paleontologico dos moluscos pode influenciar os estudantes do
4ºano do curso de biologia.

Hipótese

Moluscos fósseis representam organismos especialmente importantes do ponto de


vista paleocologico, uma vez que a maioria dos grupos tem representantes vivos permitindo a
utilização do princípio do atualismo na interpretação desua morfologia funcional.

Objectivo geral

 Conhecer os fosseis moluscos.

Objectivo especifico

 Identificar os principias subgrupos do filo mollusca


Fundamentação Teórica

Kimberella quadrata, encontrada em rochas da Austrália e Rússia com idades entre


558 e 555 milhões de anos, ainda no último período do Éon Proterozoico é, atualmente, o
candidato ao mais antigo representante de Mollusca. Kimberella viveu em mares de águas
rasas e oxigenadas, alimentando-se de cianobactérias e outros microorganismos componentes
das camadas microbianas não deixou partes rígidas como conchas e outras estruturas
preservadas. Porém, icnofósseis (Radulichnus) encontrados associados às marcas de descanso
do seu corpo mole, são indicativas da presença de rádula, caráter autapomórfico dos
moluscos.

Diferente da maiora dos filos, os moluscos deixaram as águas marinhas para colonizar
água doce e ambientes terrestres úmidos. A grande variedade de formas deve-se,
principalmente, aos diferentes hábitos alimentares desenvolvidos. Os bivalves, representados
principalmente por formas detritívoras e filtradoras da infauna rasa durante a Era Paleozoica,
tornaram-se durante o Mesozoico a fauna conchífera dominante nos ambientes marinhos,
especialmente pelo fato de terem ocupado de modo eficiente o interior do substrato. Além
disso, monoplacóforos e gastrópodes possuem a rádula, aparelho raspador que possibilitou o
surgimento de formas herbívoras, carnívoras e mesmo necrófagas.

Os cefalópodes, também dotados de rádula, adquiriram mandíbulas fortes, tornando-


se predadores e excelentes nadadores.

Durante o Mesozoico, os cefalópodes experimentaram grande diversificação, mas


foram quase extintos durante a crise do limite Cretáceo-Paleógeno, sendo representados hoje
por poucos gêneros viventes. Os moluscos fósseis representam organismos especialmente
importantes do ponto de vista paleoecológico, uma vez que a maioria dos grupos tem
representantes vivos, permitindo a utilização do princípio do atualismo na interpretação de sua
morfologia funcional.

As diferentes formas e hábitos de vida dos moluscos proporcionam dados importantes


na reconstituição de ambientes antigos. Embora a maioria das características morfológicas
que definam as relações de parentesco entre as diferentes classes de moluscos sejam parte
moles de difícil preservação no registro, a sobrevivência de diversos grupos ancestrais, a
filogenia é bem resolvida quando considerada a maioria dos grupos fósseis conhecidos.
A Revolução Cambriana do Substrato Também chamada de Revolução Agronômica, a
interpretação dos padrões de diversidade reconhecido nas sucessões de rochas cambrianas em
todo o mundo, tem sido útil para a compreensão das causas que impulsionaram a acelerada
disparidade (aparecimento de novos filos e classes) de metazoários em um curto intervalo de
tempo durante o Período Cambriano. Em cerca de 5% do tempo de existência dos metazoários
(algo em torno de 30 milhões de anos), 90% dos filos conhecidos apareceram no registro
geológico, em rochas com idades entre 535 e 505 milhões de anos atrás.

Conhecida como Explosão Cambriana, este que foi um dos eventos mais marcantes na
história da vida, ainda busca por causas que expliquem o rápido aparecimento dos novos
padrões morfológicos no registro cambriano.

A revolução cambriana do substrato está entre as diferentes possibilidades. Dentre


seus principais sinais nas rochas está o aparecimento rápido e crescente de escavações
verticais no substrato. Até então, as esteiras microbianas que revestiam o fundo oceânico
impediam o acesso de invertebrados ao interior do substrato, ambiente no qual milhões de
anos mais tarde evoluiria boa parte da diversidade de metazoários escavadores.

A oportunidade apareceu com o surgimento de tecidos mineralizados. Aparatos


raspadores de moluscos como Kimberella, a rádula, colaboraram com o rompimento das
camadas microbianas que impermeabilizavam o substrato, oferecendo aos metazoários a
oportunidade de acesso ao novo ambiente, e com ela novos modos de vida, alimentação,
ancoragem e proteção.

Com o desaparecimento das esteiras microbianas das águas rasas oxigenadas,


praticamente toda a vida macroscópica a ela associada, cerca de 200 gêneros dá diversificada
Biota de Ediacara, foi extinta na primeira grande crise da vida multicelular. O substrato
anteriormente sulfuroso, anóxico e desabitado, tornou-se durante o Cambriano uma nova
oportunidade para os experimentos evolutivos que logo ampliariam a diversidade de padrões
corporais dentre os Metazoários. Embora outras causas que expliquem o desaparecimento das
esteiras microbianas tenham sido propostas como, por exemplo, o atrito provocado pelas
recém evoluídas carapaças rígidas, é certo que a radiação de moluscos dotados de rádula tenha
tido forte impacto nas comunidades ediacaranas. Desde então, esteiras microbianas ocuparam
ambientes hipersalinos ou alcalinos, impróprios à maioria dos metazoários. A grande radiação
de organismos escavadores dotados de estruturas mineralizadas, determinou o fim do grande
Éon Proterozoico.

Moluscos Caractersticas:

Grupo de invertebrados de uma diversidade extraordinária, incluindo poliplacóforos


(quítones), gastrópodes (lesmas e caracóis), bivalves e cefalópodes (lulas, polvos, nautilos e
fósseis de amonites e belemnites). Quase todos possuem uma concha calcária de carbonato de
cálcio (com excepção de alguns gastrópodes - as lesmas - e alguns cefalópodes - os polvos).

O corpo (partes moles) raramente se conserva no processo de fossilização, sendo as


conchas o material que geralmente se utiliza na sua classificação.

São marinhos na sua maioria, exceptuando alguns bivalves raros e gastrópodes de


água doce, assim como alguns gastrópodes terrestres - os pulmonares (caracóis vulgares).

Sub-grupos dos moluscos:

Bivalves - apresentam duas valvas semelhantes, geralmente dispostas lado a lado


(excepto as ostras e os rudistas). São marinhos. Nível: Câmbrico – actualidade

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS B IVALVIA

Sobre as características gerais, morfológicas, anatómicas e fisiológicas, dos bivalves


sintetizamos a informação genérica que consideramos mais relevante. Para obter um
conhecimento mais pormenorizado, ou ilustrado, consulte-se, por exemplo, T EBBLE (1976:
1 –4 ; 7 – 9; 11 – 23), R UPPERT & B ARNES (1996: 412 – 449) e M ARTINELL et al. in M
ARTÍNEZ -C HACÓN & R IVAS (2009: 227–375 ) .

A Classe B IVALVIA constitui o segundo taxa, em termos de biodiversidade, do Filo


MOLLUSCA . Inclui os moluscos que se apresentam lateralmente comprimidos, cujos tecidos
moles são encerrados por uma concha formada por duas valvas, e que se ligam e articulam
dorsalmente. Possuem músculos adutores, para articulação das valvas, que agem de forma
antagónica ao ligamento da charneira (de natureza proteica, não calcificado e recoberto
exteriormente pelo perióstraco) e cujas marcas, ou marca, de inserção se podem observar no
interior das mesmas. Para aumentar a eficácia do processo de encerramento das valvas,
evitando deslizamentos laterais, a charneira exibe, em geral, dentes e respetivos encaixes, as
fossetas. É no umbo que se situa a prodissoconcha, sendo a partir daí que se dá o crescimento
de cada valva. Na face interna das valvas de algumas espécies existe uma linha paleal que se
estende desde a cicatriz do músculo adutor anterior até à cicatriz do posterior, marcando a
fronteira ventral da adesão dos lobos matélicos do bivalve

•Gastrópodes - possuem uma concha única enrolada em espiral e não


compartimentada. São marinhos ou terrestres. Nível: Câmbrico -actualidade.

Os gastropodes constituem a classe de moluscos mais vasta ocupando nichos


ecológicos diversos, como marinho,de água doce e terrestre. Têm cabeça com olhos ,boca e
outros orgãos sensoriais, são rastejantes e geralmente possuem uma concha calcária simples
enrolada em espiral , onde estão as visceras.

Alguns grupos perderam as conchas no decorrer do processo evolutivo (as lesmas).


Existem desde a base dos câmbrico sendo particularmente abundantes na actualidade.No
baixo mondego são abundantes nas unidades do jurássico e do cretácico superior. Ex:
Gastrópodes actuais.

•Nautilóides – moluscos cefalópodes marinhos que possuem conchas calcárias


enroladas em espiral ou rectilíneas, divididas em câmaras por tabiques. Os tabiques
encontram-se ligados por um sifão. Nível: Câmbrico - actualidade.

Os nautilóides são cefalopodes marinhos arcaicos que foram muito abundantes no


paleozóico, existindo um género vivo-Nautilus que vive no solo do oceano pacífico.Têm uma
cabeça dptada de olho bem desenvolvida com tentáculos preenséis. Sáo nectónicos (nadadores
activos ) tendo uma concha formada por uma serie de câmaras separadas por tabiques; estas
comunicam entre si por orifícios sifonais. São fósseis relativamente raros , encontrando-se
nas unidades do jurássico médio e inferior assim como na base do cretácico superior.

•Amonóides - Moluscos cefalópodes marinhos semelhantes aos Nautilóides, mas cujo


sifão tem posição ventral. Os tabiques originam uma estrutura complexa de suturas. Nível:
Devónico - Cretácico.

São moluscos cefalopodes que surgiram no periódo Devoniano, há 409 milhões de


anos e foram extintos juntos com os dinossauros, no fim do cretáceo, 66 milhões de anos
atrás. Durante a era mesozoica os amonites se diversificaram em uma variedade de formas e
eram abundantes em todos os mares.
As amonites, cefalópodes que habitaram os ambientes marinhos da Terra, desde o
Devónico ao final do Cretácico, são particularmente importantes na estratigrafia, já que os
seus fósseis permitem datar as rochas/camadas em que se inserem. São considerados fósseis
índice ou de idade, com enorme potencial no processo de correlação temporal, pelo facto de
terem pertencido a um grupo taxonómico (Subclasse Ammonoidea) com elevada taxa de
evolução, e com larga distribuição geográfica, segundo andar do Período Jurássico. Este
registo paleontológico, inserido num calcário de grão fino e acumulado num ambiente
marinho não muito profundo, é excecional devido à abundância de exemplares, à sua
disposição, e ao preenchimento calcítico, cristalino, dos fósseis, bem diferente do da rocha
encaixante. É um sinal de que existiu toda uma história, bem complexa, após a morte dos
organismos até à sua consequente fossilização.

•Coleóides- moluscos cefalópodes marinhos que apresentam um rostro calcário


robusto em forma de bala. Nível: Jurássico-Cretácico.

Os fósseis dos corpos de Coléoïdes são, portanto, muito pouco preservados. Na


maioria das vezes, apenas os restos da concha do molusco e os bicos são preservados, de
modo que as espécies são identificadas com esses únicos fósseis. Os cientistas tentam deduzir
a forma desses animais presumindo que as formas são semelhantes se os biótopos das formas
fósseis e os dos atuais Coléoides forem idênticos.

A história evolutiva dos Coléoides é muito mal compreendida, principalmente devido


à falta de fósseis, mas em 2010 a pesquisa também se baseou em análises genéticas, como a
filogenia molecular . Diversas hipóteses são discutidas, mas por mais que o táxon dos
cefalópodes seja considerado monofilético pelos cientistas, as ordens que compõem os
Coléoides são suspeitas de serem parafiléticas . Os únicos depósitos em que se encontram em
abundância fósseis bem preservados são os da Alemanha : Solnhofen, Holzmaden, ambos
datados de 150 Milhões de anos, e o de Hajoula, no Líbano, de 100 Milhões de anos .

Esses breves vislumbres da história não nos permitem ter uma ideia precisa da
evolução e o avanço no conhecimento certamente será feito através da genética, porém parece
que os Coléoides se diferenciaram de seus ancestrais moluscos pela condensação de órgãos do
ântero-posterior parte e um alongamento da parte dorso-ventral. O pé se transformou em um
complexo conjunto de tentáculos. Os órgãos dos sentidos são altamente desenvolvidos,
incluindo os olhos, surpreendentemente semelhantes aos dos vertebrados. A casca regrediu
fortemente, tornando-se uma estrutura interna fina, translúcida ou mesmo transparente, a
pena, que sustenta o manto da lula e serve de suporte para a fixação dos músculos.

Os fósseis mais antigos conhecidos em 2010 são datados do Mississippian, um


subperíodo Carbonífero, cerca de 330 DC atrás . Alguns fósseis do Devoniano também
podem ser Coléoides, mas as dúvidas permanecem.

Os fósseis carboníferos já apresentam grande diversidade . Embora os Belemnites


sejam classificados classicamente com eles por razões morfológicas óbvias, alguns fósseis
sugerem que a diferenciação entre este grupo e os outros coleoides pode de fato ser muito
antiga e, portanto, estes não deveriam ser incluídos neste grupo.
Conclusões

Concluimos que fica evidente que os moluscos fósseis apesar de serem pouco
abordados pelas literatura possuem grande diversidade e são encontrados com relativa
abundância pelos sedimentos cretáceos . A diversidade encontrada na listagem de espécies
aqui apresentada levanta importantes considerações sobre a necessidade de novos trabalhos de
cunho paleoecológico e tafonômico que poderão contribuir numa melhor compreensão da
distribuição desses organismos por seus habitats assim como melhorar o entendimento das
variações paleoambientais.
Bibliografia

Anelli, L.E.; Leme, J.M.; Oliveira, P.E.; Fairchild, T,R. 2020. Paleontologia.
Guia de aulas práticas, uma introdução ao estudo dos fósseis. Universidade de São Paulo,
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Anexos

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