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temas Construtivos
Fluviais ou Lacustr
Discente:
32294-Milainy Neto
Docente:
Universidade Metodista de Angola Arq:Rogerio de Bri
Índice
4 SISTEMAS PALAFÍTICOS
EM SÃO TOMÉ
• Palafitas por Terra:
Arquitectura Popular de
São Tomé e Príncipe 17
INTRODUÇÃO
Pretende-se, através deste estudo, identificar e abordar aspectos que possam contribuir para um
desenvolvimento integrado, atento às condições locais e às diferenças desta para uma contrução
tradicional, apontando potenciais desafios aos papéis da Arquitectura e da Engenharia.
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Construções II
1ºReferencial Teórico:
Consiste na pesquisa e leitura das referências (livros, artigos, trabalhos acadêmicos, entre outros)
relacionada aos objectivos do trabalho, auxiliando, assim, na compreensão do mesmo;
2ºEstrutural
Consiste na abordagem de como é feita a estrutura dos sistemas construtivos lacustres, desde
ilustrações e projectos;
3º Fachada
Consiste na abordagem dos matériais usados geralmente para o sistema, na amostra de fachas
de projectos;
4ºCobertura
Consiste na amostra e técnicas de ensombramento usadas, na abordagem segundo a Tabela 1
feita em São Tomé das coberturas geralmente usadas nas contruções palafíticas de São tomé;
Referencial Teorico
Sistemas Construtivos
Estrutural
Os sistemas construtivos devem
estabelecer um sistema de
produção, um conjunto de Fachada
processos construtivos, cujo
produto final será o edifício.
Cobertura
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Construções II
Depósitos lacustres:
Cidades Lacustres:
Actualmente ainda se constrói sobre água, quer os aglomerados nas Filipinas, Jamaica e outras
ilhas do Oceano Pacífico, onde são encontrados povos que constroem suas habitações sobre
lagos.
Modernos Resorts nas Maldivas, nas praias do México ou no Dubai, são edificados sobre as
águas marítimas, de lagos artificiais ou de zonas alagáveis (aquíferas).
Sistema Palafático:
Consiste na construção elevada por meio de pilares;
Sistema elevado:
Tem origem, enquanto princípio nos esquemas estruturais palafíticos;
Palafita:
Conjunto de uma estrutura em estacas que sustenta uma qualquer construção acima de uma
superfície alagável, ou com água, elevando a construção acima do nível do solo.
Frechal:
Viga de madeira onde se assentam os barrotes, varas ou caibros dos telhados em estrutura de
madeira.
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Construções II
SISTEMA
ELEVADO
Em geral, as palafitas são feitas de madeira, e as casas sobre elas de palha ou de taipa (a taipa é
um composto de material em que o barro é assente sobre uma armação de galhos e ripas). Como
se trata de um tipo de construção precária, as populações que vivem em palafitas estão em
constante risco, especialmente quando as águas sob as casas são poluídas ou sobem por
intempéries.
2ªElevação de uma plataforma por meio de pilares ou pilotis, onde depois irá ser erguido um
edifício de forma independente, ou seja , a estrutura em pilotis sustenta apenas a plataforma
onde posteriormente a casa é construída(ex: palafitas da Indonésia, Tailândia, Filipinas e sul da 6
Índia); Construções II
SISTEMA ELEVADO
Portugal
As palafitas encontradas nas margens do rio Tejo, ou seja, as construções elevadas do solo com
pilares conferem às povoações Avieiras uma forte identidade arquitetónica, comprovada pela
inovação das técnicas construtivas adotadas.
As contruções avieiras que é uma derivação do palheiro litoral, permitem identificar aspectos de
continuidade e inovação face ao sistema construtivo tradicional de palheiros encontrado na costa
ocidental portuguesa, cujo sistema constitui as principais raízes.
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Construções II
Cobertura
A cobertura a principio era feita em colmo,
passando mais tarde a telha. Telhados de
duas águas, com uma das empenas sobre a
rua.
Alçado
O tabuado de madeira, disposto na vertical
ou na horizontal, é normalmente pintado de
vermelho.
As juntas são pintadas de branco ou outra
cor, assim como as caixilharias e molduras,
pintadas de branco ou azul, contrastando
com o fundo escuro. Algumas construções
tinham dois ou mais pisos acima da estacaria,
exibindo na fachada uma varanda corrida
onde se situava a porta que dava acesso a
uma escada exterior.
Revestimento
O revestimento era feito com tabuados de
madeira e posteriormente pintados.
Fig[9] Planta, cortes e alçados
Fonte:Arquitectura de la Costa
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Fig[10] Palhota
Fonte:Oliveira e Galhano, 1964
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Alçado
O alçado era simples, com os vãos insubistituíveis, ou mesmo sem vãos num dos alçados.´A
principio a disposição era aleatória, mas posteiormente os vãos eram dispostos alternadamente
num sistema ternário (janela, porta, janela) ou quaternário (porta, janela, porta, janela). Nos casos
em que os beirais estão virados para a rua, o alçado torna-se mais complexo, com alpendre, beiral
saliente e varanda com acesso exterior.
Revestimento
No caso dos revestimentos, embora ainda se encontrem muitos exemplos em tabuado de
madeira, existe uma grande multiplicidade de materiaiscorrelacionadas economicamente. Uma
das opções recorrentes é o contraplacado de madeira, por vezes aplicado com um outro material
numa espécie de mistura.
Elementos
Cobertura
Volume
Rectângular
Plataforma
Passadiço
Estructura
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Fig[9] Elementos de vivenda Construções II
Fonte:Arquitectura de la Costa
No livro “Palheiros do Litoral Central Português” são analisados e sistematizados os seus métodos
construtivos e também as suas tipologias habitacionais.
O primeiro estudo que abordou a caracterização deste tipo de construção pertence a Ernesto Veiga
e Oliveira Fernando Galhano.
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Pormenor tipo nº 1
Legenda:
1.Prumo
2.Forro interior em contraplacado
3.Travessa em madeira
4.Tabuado Vertical Exteior
5.Ripa Mata-Juntas
6.Soalho macheado
7.Viga de Soalho
8.Viga perimetral do Sobrado
9.Pilar de betão armado
10.Solo arenoso ou argiloso
11.Sapata em betão armado
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Construções II
Pormenor tipo nº 2
Legenda:
1. Travessanho
2. Calço
3. Forro interior em contraplacado
4.Tabuado Vertical Exteior
5.Ripa Mata-Juntas
6. Prumo
7. Soalho macheado
8. Viga de Soalho
9. Viga perimetral do Sobrado
10. Pilar de betão armado 21
11.Grampos de fixação metálicos Construções II
Pormenor tipo nº 3
Legenda:
1. Estrutura de suporte do contraplacado
2. Prumo vertical em madeira
3. Revestimento interior em contraplacado
4. Revestimento exterior em contraplacado
5.Soalho macheado
6. Viga de Soalho
7.Viga perimetral de soalho
8. Grampos de fixação metálicos
9. Pilar de betão armado
8.Pilar de betão armado
10.Solo argiloso ou de areia
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11.Sapata de betão armado
Construções II
SISTEMA PALAFÍTICO
EM SÃO TOMÉ
As construções populares em São Tomé, são feitas de acordo com os diferentes ciclos económicos,
as condições climatéricas e pela caracterização social e étinica dos seus habitantes. São váreas
situações cuja origem é difícil de determinar [Figura 13]. Mas a sua preponderância no contexto
global deste tipo de construção é incontornável, não só pelo facto de podermos encontrar várias
contruções com o sistema palafítico, mas principalmente pela sua recorrente associação à
escassez de recursos económicos e a um frágil contexto social o que leva a optar por uma
contrução vernacular.
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Construções II
Tabela 1. Parte do diagrama de análise de uma amostra de construções populares, Roça Boa Entrada, Ilha de
São Tomé, 2010 [ASF]. Identificação de padrões tipológicos através da análise de volumetria, configuração,
cobertura e materiais de construção.
• Função:
Habitação,equipamento colectivo, comércio, serviço;
• Estado:
Construção, utilização, ruina;
• Pisos:
um, dois, três ou mais; piso de embasamento
Configuração:
Elevada de estaca, elevada sobre pilares, pousada base de pedra;
• Cobertura:
Plana, uma água, duas águas contiguas, duas águas desfasadas, quatro águas, mais de
quatro água;
• Revest, paredes:
Chapa, tabuado vertical sem mata-juntas;
Tabuado vertical com mata-juntas;
Tabuado horizontal justaposto;
Tabuado horizontal em escama;
Bloco á vista/reboco;
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Construções II
SISTEMA ELEVADO
COMTEMPORÂNEO
Hoje em dia, muitos arquitetos inspiram-se na palafita de forma consciente ou inconsciente para a
conceção de algumas das suas obras, projectos de arquitectura contemporânea recorrem a este tipo
de sistema, seja numa construção sobre água, num terreno rochoso e acidentado ou mesmo num
espaço urbano compacto, empregando diferentes tipos de materiais e respeitando o lugar.
Embora haja edifícios que traduzam a linguagem do conceito palafítico, poucos transpõem a ideia
de proteção e conforto climático que estiveram na sua origem e que caracterizam a sua essência.
O uso da palafita tem evoluído ao longo dos tempos e os exemplos de arquitectura vernácula
influenciaram a arquitectura do século XX. Existem duas obras importantes do século XX, como
herdeiras parciais desta arquitectura popular que conta com um grande número de exemplos em
todo mundo.
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3. Casa do Lago,
2004 Çanakkale, Turquia Boran Ekinci Architects
Fundações: pilares de aço
- Situada nas margens de um lago artificial, é autónoma,
sustentável e amiga do ambiente;
- Estrutura em aço, e poucos pontos de contacto com o
terreno;
- Independente do contexto, mas perfeitamente
integrado nele;
- Os pilares erguem a construção para preservar a
natureza envolvente.
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6. Kraanspoor, 2009
Brahamón & Álvarez
Fundações: pilares de secção quadrada em betão
armado;
-Escritórios nos três pisos;
-É um bom exemplo da prática da arquitetura em
ambientes residuais esquecidos no tempo;
-Serve-se do rio através de bombas para encher o
sistema do pavimento e manter o ambiente estável tanto
no inverno como no verão;
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Fig Planta 1 31
Construções II
O sistema de escadas tem a particularidade de se adaptar às subidas e descidas das marés, tendo
a vantagem de estar sempre à cota das hortas, mesmo que haja alguma alteração nos níveis do
caudal da ribeira. Os acessos para as pessoas de mobilidade reduzida serão feitos pela parte
exterior destes módulos nos momentos em que neste caso, o elevador possa intersectar as várias
plataformas que constituem a zona de conexão.
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Metamorfose no modelo tradicional para facilitar Construções II
O modelo básico da palafita é constituído por um espaço único bastante versátil que serve de sala e
quarto de dormir, ficando a zona da cozinha encostada numa parede ou numa galeria exterior e a
casa de banho localizada num módulo à parte, também exterior à habitação.
O seu desenho não é reti-líneo e por essa razão, dificulta a agregação dos módulos com o desenho
mais tradicional. Assim sendo, o módulo sofre duas torções com direções opostas nas suas
extremidades como mostra a figuram em baixo, mas que, no entanto, a sua disposição espacial
básica permanece com a instalação sanitária a hierarquizar o espaço comum do espaço mais
privado.
a construção deste módulo, será feita através de materiais reciclados, nomeadamente madeira e
ligas metálicas resistentes. A sua montagem será executada no local de construção em conjunto
com a comunidade. O seu processo construtivo divide-se em duas partes distintas e que poderão
ser assentes em momentos diferentes.
• A primeira consiste na construção de um esqueleto em material ferroso que servirá de suporte
primário com perfis metálicos;
• A segunda será a parte dos acabamentos que engloba a passagem das redes de água esgotos,
eletricidade e isolamentos entre a estrutura metálica.
Cozinha
Quarto
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Modelo Habitacional
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Construções II
Fig[13.4] Yona Friedman, “La Ville Spatiale”, 1960.
Fig[16] MPC
Fonte: BIG
O projeto prevê, também, uma abundância
de plantação. Elas estarão nos jardins,
nas passarelas e até no estacionamento
onde as árvores crescerão por lacunas no
teto.
Fig[17] MPC
Fonte: BIG
Fig[18] MPC 37
Fonte: BIG Construções II
Fundação:podemos
Constactar o uso de
barrotes para a elevalção
do hotel.
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CASAS
FLUTUANTES
Água e esgoto
Os fluctuadores seriam feitos de restos de obras(fibras de plástico e esferovite) A
água seria captada a partir da chuva, que passaria por um sistema de filtragem para
torná-la potável.
O esgoto teria um sistema de tratamento por depuração, utilizando raizes, para
purificação. Assim, todo o fluido resultante seria vertido no Rio / Lago com 94% de
pureza. Tudo o que for plantado na zona de raízes ajudará na filtragem e seria
comestível. As fezes serão tranformadas em lamas e servirão como adubo
fertilizante. A iluminação viria de cinco placas de energia solar, com claraboias
instaladas pelos cômodos, assim, apenas a luz natural setia necessária durante o Fig[15] MPC
dia. Fonte: BIG
Cada moradia seria fixada por quatro âncoras. Respeitando a Legislação Marinha, as
casas precisariam de extintores, boias, e, na parte externa, de sinalizadores, que 41
acenderiam automaticamente para iluminar a instalação. Construções II
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BIBLIOGRAFIA
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