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Técnicas de Lubrificação

Daniel Santos
Me. Engenharia
Mecânica
UNESP – Ilha Solteira /
SP
Engenheiro de Produção
Não utilizar celulares e aparelhos sonoros durante as aulas;

Deixar o celular no modo silencioso;

Não utilizar bonés em sala de aula;


COMBINADOS

Evitar conversas paralelas;

Evitar saídas durante a aula;

Utilizar vestimenta adequada durante as aulas;

Lembre-se : Você esta sendo avaliado.

Aspectos Aspectos
Pontualidade Frequência Comportamento
Segurança Técnicos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
Ao final desta aula você será capaz de:

Multiplicar os conhecimentos Reconhecer o sistema de Aplicar as boas práticas de


básicos de lubrificação lubrificação mais adequado manuseio, armazenamento e
• Conhecendo os tipos de atrito, para cada tipo de ativo estocagem de lubrificantes.
desgaste e lubrificantes. operacional.
• Aprendendo o significado de • Conhecendo os diferentes sistemas de
“Viscosidade” e “Consistência” lubrificação.
• Entendendo os diferentes sistemas de • Calculando, de acordo com
classificação de óleos e graxas. normativas internacionais e
procedimentos de fornecedores, as
formas corretas de seleção e aplicação
de lubrificantes.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1 INTRODUÇÃO 4. SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

• 3.1 SISTEMA TRIBOLÓGICO


2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
• 3.2 ATRITO
• 3.2.1 CONDIÇÕES DE ATRITO
3 TRIBOLOGIA • 3.2.2 LEIS DO ATRITO DE DESLIZAMENTO
• 1 SISTEMA TRIBOLÓGICO • 3.2.3 LEIS DO ATRITO DE ROLAMENTO
• 2 ATRITO • 3.3 DESGASTE
• 2.1 CONDIÇÕES DE ATRITO • 3.3.1 DESGASTE POR FADIGA
• 2.2 LEIS DO ATRITO DE DESLIZAMENTO
• 2.3 LEIS DO ATRITO DE ROLAMENTO
• 3.3.2 DESGASTE POR EROSÃO
• 3 DESGASTE • 3.3.3 DESGASTE POR CAVITAÇÃO
• 3.1 DESGASTE POR FADIGA • 3.3.4 DESGASTE ADESIVO
• 3.2 DESGASTE POR EROSÃO • 3.3.5 DESGASTE ABRASIVO
• 3.3 DESGASTE POR CAVITAÇÃO
• 3.4 DESGASTE ADESIVO
• 3.4 LUBRIFICAÇÃO
• 3.5 DESGASTE ABRASIVO • 3.4.1 REGIMES DE LUBRIFICAÇÃO
• 4 LUBRIFICAÇÃO • 3.4.2 FUNÇÃO DOS LUBRIFICANTES
• 1 REGIMES DE LUBRIFICAÇÃO • 3.4.3 TIPOS DE LUBRIFICANTES
• 2 FUNÇÃO DOS LUBRIFICANTES
• 3 TIPOS DE LUBRIFICANTES
• 3.4.3.1 LUBRIFICANTES SÓLIDOS
• 3.1 LUBRIFICANTES SÓLIDOS • 3.4.3.2 LUBRIFICANTES LÍQUIDOS
• 3.2 LUBRIFICANTES LÍQUIDOS • 3.3.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO
• 3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO • 3.3.3.11 LUBRIFICANTES SEMI-SÓLIDOS
• 3.11 LUBRIFICANTES SEMI-SÓLIDOS
• 3.12 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA GRAXA
• 3.3.3.12 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA GRAXA

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CONHECIMENTOS BÁSICOS DE LUBRIFICAÇÃO

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INTRODUÇÃO

A lubrificação é um dos conhecimentos mais


importantes que o pessoal de manutenção e
produção deve dominar.
Para realizar a lubrificação, o profissional
deve saber o que é atrito, quais os problemas
que ele pode causar, as características físicas
dos lubrificantes em geral, sua classificação,
uso e métodos de aplicação.

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Começou no Egito Antigo, com a necessidade de


“transportar” colossos e blocos para a construção
Esfinges e Pirâmides. Como a lubrificação era
desconhecida, os egípcios utilizavam galhos de
árvores para arrastar e puxar os trenós com
aproximadamente 60 toneladas de blocos.
Em 2006 a.C. foi encontrado o 1º vestígio de
lubrificação nas rodas do trenó que pertenceu a Ra-
Em-Ka (Rei do Egito), comprovado por análise que o
lubrificante era sebo de boi ou de carneiro.

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

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TRIBOLOGIA

TRIBOLOGIA
É a ciência e tecnologia da interação de superfícies em
movimento relativo e assuntos e práticas relacionados
Estuda o atrito, desgaste e lubrificação, abordando
como superfícies se comportam em movimento
relativo dentro de sistemas naturais e artificiais. Desgaste
Atrito
Lubrificação
Por que lubrificar?

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TRIBOLOGIA

TRIBOLOGIA
É a ciência e tecnologia da interação de superfícies em
movimento relativo e assuntos e práticas relacionados
Estuda o atrito, desgaste e lubrificação, abordando
como superfícies se comportam em movimento
relativo dentro de sistemas naturais e artificiais. Desgaste
Atrito
Lubrificação
Por que lubrificar?
Uma vez que o atrito e o desgaste provêm do contato
das superfícies, a melhor maneira de reduzi-los é
manter as superfícies separadas por uma camada de
lubrificante, reduzindo o desgaste e o calor gerado,
aumentando o desempenho geral.
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1 SISTEMA TRIBOLÓGICO

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2 ATRITO

A norma DIN 50281 define atrito


como: “Atrito é a força que se origina
da união das superfícies de dois
corpos, limitando ou impossibilitando
um movimento em sentido oposto
por deslizamento, rolamento ou
rotação”.

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2.1 CONDIÇÕES DE ATRITO

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2.1 CONDIÇÕES DE ATRITO

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2.2 LEIS DO ATRITO DE
DESLIZAMENTO
• 1ª Lei - O atrito é diretamente proporcional à carga
aplicada
• 2ª Lei - O atrito, bem como o coeficiente de atrito,
independem da área de contato aparente entre
superfícies em movimento.
• 3ª Lei - O atrito cinético (corpos em movimento) é
menor do que o atrito estático (corpos sem
movimento), devido ao coeficiente de atrito
cinético ser inferior ao estático.
• 4ª Lei - O atrito diminui com a lubrificação e o 𝐹=𝜇 . 𝑊
 

polimento das superfícies, pois reduzem o


coeficiente de atrito.
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2.3 LEIS DO ATRITO DE ROLAMENTO

• 1ª Lei - A resistência ao rolamento é diretamente


proporcional à carga aplica.
• 2ª Lei - O atrito de rolamento é inversamente
proporcional ao raio do cilindro ou esfera.

𝐹=𝜇 . 𝑊
 

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3 DESGASTE

O desgaste é definido como a perda material


irreversível de superfícies que interagem.
Processos elementares físicos e químicos na área
de contato de um par deslizante, que
subsequentemente conduzem à alteração no
material e forma dos parceiros de atrito, são
conhecidos como mecanismos de desgaste.

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3 DESGASTE
1. MECANISMOS DE DESGASTE
• São os processos físicos e químicos que ocorrem
durante o desgaste.
2. APARÊNCIA DE DESGASTE
• Significa as modificações provocadas pelo
desgaste na camada superficial de um corpo,
bem como o tipo e a forma das partículas
desgastadas.
3. QUANTIDADES DE MEDIDA DE DESGASTE
• Caracterizam direta ou indiretamente as
modificações na geometria ou na massa de um
corpo, em consequência de desgaste.
• (ver DIN 50 321).

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3.1 DESGASTE POR FADIGA

A definição de fadiga, pela norma ASTM E1823-96


[1996]:
“É o processo de mudança localizada, permanente e
progressiva na estrutura, que ocorre no material
sujeito a flutuações de tensões e deformações que
pode culminar em trincas ou completa fratura
depois de um número suficiente de flutuações”. De
forma mais simples, ela é um tipo de desgaste
atribuído a carregamentos cíclicos de duas
superfícies em contato mútuo e usualmente ocorre
sem perdas progressivas de material. Este tipo de
desgaste pode ocorrer em dois modos:
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3.2 DESGASTE POR EROSÃO
O desgaste por erosão é caracterizado
pela remoção de material pelo impacto
na superfície de partículas sólidas
presentes em um determinado fluído.
Esse tipo de desgaste é encontrado em
peças de máquinas, tais como pás de
ventiladores, exaustores industriais, pás
de turbinas de hidrelétricas,
distribuidores de adubos, tubulações,
entre outros.

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3.2 DESGASTE POR EROSÃO

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3.2 DESGASTE POR EROSÃO

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3.3 DESGASTE POR CAVITAÇÃO
O mecanismo de desgaste por cavitação ou corrosão Posteriormente, quando as bolhas entram em uma zona
por cavitação é uma forma de desgaste feito através de pressão reduzida, elas tomam um tamanho reduzido
de  qualquer líquido que contenha bolhas gasosas como resultado da condensação de vapores que elas
ou vaporosas, que servem como núcleos de contêm.
cavitação.
Quando a pressão é reduzida a um determinado
nível, as bolhas se tornam o repositório de vapor ou
de gases dissolvidos. O resultado imediato dessa
condição é que as bolhas aumentam rapidamente
de tamanho.

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3.3 DESGASTE POR CAVITAÇÃO

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3.4 DESGASTE ADESIVO
O desgaste adesivo se dá pela junção
localizada no meio de superfícies solidas
em contato, o que causa transferência
de partículas solidas de um ponto da
peça à outra parte, ou perda de uma
dessas partículas. Materiais sólidos
tendem a se unir com esse tipo de
desgaste.

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3.5 DESGASTE ABRASIVO
O desgaste abrasivo é o tipo de desgaste
ocasionado por partículas e protuberâncias
localizadas nas superfícies dos materiais,
que são forçadas umas contra as outras ao
longo da superfície de contato. Logo, a
perda de material ocorre devido ao
roçamento das partículas com os materiais
atritados, que desgastam as superfícies dos
mesmos.

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3.5 DESGASTE ABRASIVO
O desgaste abrasivo é o tipo de desgaste
ocasionado por partículas e protuberâncias
localizadas nas superfícies dos materiais,
que são forçadas umas contra as outras ao
longo da superfície de contato. Logo, a
perda de material ocorre devido ao
roçamento das partículas com os materiais
atritados, que desgastam as superfícies dos
mesmos.

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4 LUBRIFICAÇÃO
Lubrificação é o processo ou técnica utilizada na aplicação de
uma camada chamada lubrificante com a finalidade de reduzir
o atrito e o desgaste entre duas superfícies sólidas em
movimento relativo separando-as parcialmente ou
completamente. Além de separar as superfícies, a camada
também tem a função de retirar do sistema o calor e detritos
gerados na interação das superfícies. Esta camada lubrificante
pode ser constituída por uma variedade de líquidos, sólidos
ou gases, puros ou em misturas.

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4.1 REGIMES DE LUBRIFICAÇÃO

Hidrodinâmica

Elasto-hidrodinâmica

Limítrofe
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4.1 REGIMES DE LUBRIFICAÇÃO

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4.2 FUNÇÃO DOS LUBRIFICANTES
1. Controle de atrito - transformando o atrito sólido em atrito fluido,
reduzindo assim a perda de energia.
2. Controle do desgaste - reduzindo ao mínimo o contato entre as superfícies
de origem do desgaste.
3. Controle da temperatura - absorvendo o calor gerado pelo contato de
superfícies (motores, operações de corte, etc.);
4. Controle da corrosão - evitando que a ação de ácidos destrua os metais.
5. Amortecimento de choques - transferindo energia mecânica para energia
fluida.
6. Remoção de contaminantes - evitando a formação de borras e vernizes.
7. Vedação - impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas ou
fluidos estranhos. - Limpeza - Transmissão de força

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4.3 TIPOS DE LUBRIFICANTES
Os lubrificantes podem ser gasosos como o ar; líquidos
como os óleos em geral; semi-sólidos como as graxas e
sólidos como a grafita, o talco, a mica etc.

Contudo, os lubrificantes mais práticos e de uso diário são


os líquidos e os semi-sólidos, isto é, os óleos e as graxas.

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4.3.1 LUBRIFICANTES SÓLIDOS

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4.3.2 LUBRIFICANTES LÍQUIDOS
Quanto à origem, os óleos podem ser classificados em quatro categorias

• Óleos minerais: são substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua estrutura molecular, são
classificados em óleos parafínicos ou óleos naftênicos.
• Óleos vegetais: são extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, etc.
• Óleos animais: são extraídos dos animais como, baleias, peixes e grandes mamíferos.
• Óleos sintéticos: são produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e inorgânicas
para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas, etc.

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4.3.3 ÓLEOS LUBRIFICANTES

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4.3.4 ÓLEOS BÁSICOS

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4.3.4 ÓLEOS BÁSICOS

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4.3.4 ÓLEOS BÁSICOS
ÓLEOS MINERAIS
ÓLEOS PARAFÍNICOS ÓLEOS NAFTÊNICOS
• Os óleos básicos do tipo saturado com • Os de cadeias cíclicas são chamados
cadeias lineares ou ramificadas são NAFTÊNICOS.
denominados PARAFÍNICOS. • Mais aplicados em condições de baixa
• Densidade menor e é menos sensível a temperatura
alteração de viscosidade/temperatura • Desvantagem dos naftênicos é sua
• Maior estabilidade a oxidação incompatibilidade com materiais
• Bom índice de viscosidade sintéticos e elastômeros
• Ponto de congelamento mais alto • Densidade mais alta
• Fraco poder solvente • Grande poder solvente
• Boa estabilidade • Estabilidade mediana

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4.3.5 ÓLEO MINERAL
VANTAGENS:
• Bom poder lubrificante
• Fácil de aditivar
• Praticamente neutro frente ás vedações (NBR), pinturas e materiais
• Bom preço

DESVANTAGENS
• Indicado até 100ºC no máximo
• Comportamento deficiente em altas e baixas temperaturas
• Fraca biodegrabilidade

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4.3.4 ÓLEOS BÁSICOS
ÓLEOS SINTÉTICOS
HIDROCARBONETOS SINTÉTICOS ÓLEOS DE SILICONE
• Entre os hidrocarbonetos sintéticos • Os silicones destacam-se pela altíssima resistência
destacam-se hoje com maior importância de contra temperaturas baixas, altas e envelhecimento,
um lado os polialfaoleofinas (PAO) e os óleos como também pelo seu comportamento favorável
hidrocraqueados. quanto ao índice de viscosidade.
• Estes óleos são fabricados a partir de óleos • Para a produção de lubrificantes destacam-se os
minerais. Fenil-polisiloxanes e Methil-polisiloxanes. Grande
• Estes hidrocarbonetos semi-sintéticos importância tem os Fluorsilicones na elaboração de
atingem de 4 (Índices de Viscosidade) até lubrificantes resistentes a influência de produtos
150. químicos, tais como solventes, ácidos, etc.

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4.3.6 ÓLEO SINTÉTICO
Vantagens:
• Reduzido ponto de fluidez (mais favorável para baixas temperaturas)
• Baixa volatilidade (evaporação reduzida)
• Comportamento favorável viscosidade-temperatura (ampla temperatura de serviço)
• Elevada resistência ao envelhecimento (longos períodos)
• Boa resistência à oxidação (a temperaturas elevadas)
• Alguns tipos são rapidamente biodegradáveis
• Alguns óleos sintéticos atendem às exigências de Grau Alimentício

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4.3.7 ADITIVO
Vantagens:
• Melhoram as propriedades dos óleos base (ex.: desempenho à baixa temperatura,
relacionamento viscosidade x temperatura)
• Fornecem aos óleos base novas propriedades (ex.: proteção à corrosão, propriedades EP)

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4.3.8 ADITIVO
Vantagens:
• Melhoram as propriedades dos óleos base (ex.: desempenho à baixa temperatura,
relacionamento viscosidade x temperatura)
• Fornecem aos óleos base novas propriedades (ex.: proteção à corrosão, propriedades EP)

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

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4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

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4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO
A IMPORTÂNCIA DA VISCOSIDADE
• Velocidade - quanto maior a velocidade, menor deve ser a viscosidade, pois a formação da película
lubrificante é mais fácil. Os óleos de maior viscosidade possuem maiores coeficientes de atrito interno,
aumentado a perda de potência, isto é, a quantidade de força motriz absorvida pelo atrito interno do
fluido.
• Pressão - quanto maior for a carga, maior deverá ser a viscosidade para suportá-la e evitar o rompimento
da película.
• Temperatura - como a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, para manter uma película
lubrificante, quanto maior for a temperatura, maior deverá ser a viscosidade.
• Folgas - quanto menores forem as folgas, menor deverá ser a viscosidade para que o óleo possa penetrar
nelas.
• Acabamento - quanto melhor o grau de acabamento das peças, menor poderá ser a viscosidade do óleo

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.9 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
CLASSIFICAÇÕES DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES
Cada classificação tem uma característica diferente, dentre elas:
• ISO: classificação baseada na viscosidade
• SAE: classificação baseada na viscosidade
• API: classificação para motores automotivos,
• engrenagens

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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO ISO VG
• DIN 51519 / ISO 3448 / óleos industriais.
• Classifica os óleos de acordo com a sua
viscosidade na unidade de medida
centistokes (cSt) à 40ºC.
• Os valores variam de 2 a 1500 cSt e na
tabela ISO 3448, o mesmo grau é
correlacionado com o valor da sua
viscosidade, com tolerância de 10% para
mais ou para menos.
• Exemplo: Um óleo ISO VG100 terá um valor
de viscosidade a 40ºC entre 90 e 110 cSt. As
letras VG significam Viscosity Grade (grau
de viscosidade).
PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO ISO VG
• DIN 51519 / ISO 3448 / óleos industriais.
• Normalmente são fornecidos na
viscosidade ISO VG 68, para aplicações
diversas, sendo que, para máquinas que
trabalham com as guias sob altas
pressões é utilizado óleo na viscosidade
ISO VG 220.
• Desde 01/01/78, os lubrificantes
industriais passaram a ser designados
em função da viscosidade cinemática a
40ºC (mm²/s ou cSt), conforme
estabelece o sistema ISO (Internacional
Standards Organization).
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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO SAE
• SAE: Society of Automotive Engineers
• Sociedade de Engenheiros Automotivos
• Classificação baseada na viscosidade
• Não considera aditivação, qualidade, tipo
de serviço, qualidade do combustível…
• Os ensaios são feitos a 100 ºC e a
diferentes baixas temperaturas
• Óleos com letra W (winter) são para
utilização em baixa temperatura

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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO SAE
• ÓLEOS MULTIVISCOSOS:

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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO API
• API: American Petroleum Institute
• Instituto Americano do Petróleo
• Classificação comercial, que simplifica
a venda. É baseada na performance.
• Para motores:
• Série S: motores a gasolina
• Série C: motores diesel
• Para engrenagens
• Série GL

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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO API
• API: American Petroleum Institute
• Instituto Americano do Petróleo
• Classificação comercial, que simplifica
a venda. É baseada na performance.
• Para motores:
• Série S: motores a gasolina
• Série C: motores diesel
• Para engrenagens
• Série GL

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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO API
• API: American Petroleum Institute
• Instituto Americano do Petróleo
• Classificação comercial, que simplifica
a venda. É baseada na performance.
• Para motores:
• Série S: motores a gasolina
• Série C: motores diesel
• Para engrenagens
• Série GL

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4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO API
• API: American Petroleum Institute
• Instituto Americano do Petróleo
• Classificação comercial, que simplifica
a venda. É baseada na performance.
• Para motores:
• Série S: motores a gasolina
• Série C: motores diesel
• Para engrenagens
• Série GL

PÓS TÉCNICO EM MECÃNICA INDUSTRIAL – ESPECIALISTA EM MANUTEÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS – PROF. DANIEL SANTOS / SENAI MS 2020
4.3.10 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO
ÓLEO
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO API
• API: American Petroleum Institute
• Instituto Americano do Petróleo
• Classificação comercial, que simplifica
a venda. É baseada na performance.
• Para motores:
• Série S: motores a gasolina
• Série C: motores diesel
• Para engrenagens
• Série GL

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4.3.11 GRAXA LUBRIFICANTE (SEMI-
SÓLIDO)
ONDE USAR A GRAXA?
• Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com
facilidade;

• Onde existem dificuldades e condições inseguras


para relubrificação;

• Onde o lubrificante deve ter a função de vedar;

• Onde se quer reduzir a frequência de lubrificação;

• Onde existem condições extremas de altas


temperaturas, altas pressões, cargas de choque e
baixas velocidades com cargas elevadas.

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4.3.11 GRAXA LUBRIFICANTE (SEMI-
SÓLIDO)

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4.3.11 GRAXA LUBRIFICANTE (SEMI-
SÓLIDO)
VANTAGENS: DESVANTAGENS:
• As graxas promovem uma melhor vedação • Os óleos dissipam melhor o calor do que as
contra a água e impurezas. graxas.
• Quando a alimentação de óleo não pode ser • Os óleos lubrificam melhor em altas
feita continuamente, empregam-se as graxas, velocidades.
pois elas permanecem nos pontos de • Os óleos resistem melhor à oxidação.
aplicação.
• As graxas promovem maior economia em
locais onde os óleos escorrem.
• As graxas possuem maior adesividade do que
os óleos.

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4.3.11 GRAXA LUBRIFICANTE (SEMI-
SÓLIDO)
TIPOS DE GRAXA
• A graxa amplamente empregada nas indústrias é do tipo sabão de lítio, pois proporciona: boa resistência a
lavagem por água, boa estabilidade ao cisalhamento e proteção contra oxidação e corrosão (desde que
aditivadas com os respectivos inibidores). Afim de evitar o ressecamento da graxa, quando utilizada em
sistemas de lubrificação centralizada, recomendamos a utilização do aditivo “EP” (extrema pressão),
normalmente fósforo e enxofre.
• Graxa à base de alumínio: macia; quase sempre filamentosa; resistente à água; boa estabilidade estrutural
quando em uso; pode trabalhar em temperaturas de até 71°C. É utilizada em mancais de rolamento de
baixa velocidade e em chassis.
• Graxa à base de cálcio: vaselinada; resistente à água; boa estabilidade estrutural quando em uso;
deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode trabalhar em temperaturas de até 77°C. É aplicada em chassis e
em bombas d’água.

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4.3.11 GRAXA LUBRIFICANTE (SEMI-
SÓLIDO)
TIPOS DE GRAXA
• Graxa à base de sódio: geralmente fibrosa; em geral não resiste à água; boa estabilidade estrutural quando
em uso. Pode trabalhar em ambientes com temperatura de até 150°C. É aplicada em mancais de
rolamento, mancais de rodas, juntas universais etc.
• Graxa à base de lítio: vaselinada; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente à água; pode
trabalhar em temperaturas de até 150°C. É utilizada em veículos automotivos e na aviação.
• Graxa à base de bário: características gerais semelhantes às graxas à base de lítio.

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4.3.11 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA
GRAXA

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4.3.11 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA
GRAXA

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4.3.11 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA
GRAXA

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4.3.12 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA
GRAXA

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SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

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CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO

Já vimos que as condições de atrito


entre duas superfícies podem ser
classificadas de acordo com a película
lubrificante.

• Na lubrificação fluida, a película


lubrificante é espessa e separa
totalmente as superfícies, não
havendo contato metálico entre
elas.

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CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO

• Na lubrificação limite, a película é


mais fina e permite o contato entre
as superfícies de vez em quando.

• Isto é, a espessura da película é


igual a soma das alturas da
rugosidades das superfícies.

• Quando as condições de trabalho


são muito severos, devem ser
empregados aditivos de extrema
pressão.

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CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO

• Na lubrificação mista podem


ocorrer os dois casos anteriores.

• Por exemplo, na partida de


máquinas os componentes móveis
estão apoiados sobre as partes
fixas, havendo uma película
insuficiente, permitindo o contato
entre as superfícies (lub. limite).

• Quando o componente móvel


adquire velocidade, é produzida
uma pressão hidrodinâmica que
separa as superfícies de contato
(lub. fluida).
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LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS

MANCAIS

• Os mancais são dispositivos


utilizados para suportar cargas e
dar apoio adequado e necessário
aos eixos e componentes gerais de
uma transmissão, permitindo seu
movimento relativo.

• Os tipos mais comuns de mancais:


• Mancal de deslizamento
• Mancal de rolamento

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MANCAIS DE DESLIZAMENTO
O funcionamento de um mancal de
deslizamento depende da formação de
uma película de lubrificante (contato
eixo-mancal), a qual somente será
formada a partir do movimento relativo
de escorregamento entre as partes.

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MANCAIS DE ROLAMENTO
ROLAMENTOS RADIAIS
• Os rolamentos radiais (1) Carreira de esferas
acomodam cargas que são em
maioria perpendiculares em (28) Carreira de rolos cilíndricos
relação ao eixo.
• Os rolamentos são (33) Carreira de rolos agulha
normalmente classificados por
tipo de elemento rolante e
formato das pistas.

ROLAMENTOS AXIAIS
• Os rolamentos axiais (57) Escora de esferas
acomodam cargas que estão
predominantemente na (65) Escora de rolos cilíndricos
direção do eixo.
• Os rolamentos são (68) Escora de rolos agulha
normalmente classificados por
tipo de elemento rolante e
formato das pistas

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MANCAIS DE ROLAMENTO
DIMENSÕES MÁXIMAS
As dimensões máximas são as
principais dimensões de um
rolamento.

Elas incluem:

• o diâmetro do furo (d)


• o diâmetro externo (D)
• a largura / altura (B, C, T ou H)
• as dimensões de chanfro (r)

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MANCAIS DE ROLAMENTO
DESIGNAÇÃO BÁSICA
As designações da maioria dos
rolamentos SKF seguem um
sistema de designação.

A designação completa está


sempre marcada no pacote do
rolamento, enquanto a marcação
no rolamento poderá ser
incompleta.

A designação básica identifica:

• tipo do rolamento
• o projeto básico
• as dimensões máximas

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MANCAIS DE ROLAMENTO
DESIGNAÇÃO BÁSICA
As designações da maioria dos
rolamentos SKF seguem um
sistema de designação.

A designação completa está


sempre marcada no pacote do
rolamento, enquanto a marcação
no rolamento poderá ser
incompleta.

A designação básica identifica:

• tipo do rolamento
• o projeto básico
• as dimensões máximas

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MANCAIS DE ROLAMENTO
MÉTRICAS IMPORTANTES
As designações da maioria dos
rolamentos SKF seguem um
sistema de designação.

A designação completa está


sempre marcada no pacote do
rolamento, enquanto a marcação
no rolamento poderá ser
incompleta.

A designação básica identifica:

• tipo do rolamento
• o projeto básico
• as dimensões máximas

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OBRIGADO!

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