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FARMACOLÓGICO
DA OBESIDADE
dismorfia corporal.htm
Atividade limitada
no campo coletivo.
Atendimento de
massa aplicado ao
indivíduo.
Pragmatismo
médico.
Por que somos e agimos assim?
Prepotência médica.
Dificuldade de trabalhar em equipe.
Conveniência do paciente e leniência do
médico.
Limitação dos planos de saúde. (planos
de doença?)
Razões econômicas, como remuneração
insuficiente no serviço público e pelos
planos de doença.
Falta de preparo técnico.
Emagrecimento fácil
Resultado de Satisfação
longo prazo imediata
incerto garantida
“Afinal, existe espaço para os
médicos e seus medicamentos?”
Perspectiva histórica
Considerações de
custo-benefício
Correlação entre
etiopatogenia da
obesidade e
mecanismo de ação
das drogas
Critérios para uso dos
medicamentos
I - PERSPECTIVA HISTÓRICA
Início do século XX usava-se
hormônio tireoideano; as
profissões da área de saúde
restringiam-se à medicina e
enfermagem
Década de 30, empregou-se
anfetamina.
Até os anos 80, anfetaminas
modificadas, surgiu o mazindol e
os serotoninérgicos, como
fenfluramina.
Nos anos 90 surgiram estudos de
médio e longo prazo, e novas
drogas, como sibutramina e
orlistat.
MD Consult - revisão JCEM.htm
II - Considerações de custo-benefício para
uso de medicamentos na obesidade
Componente custo:
- Custo financeiro
- Potenciais efeitos adversos
- Risco para a imagem do
médico
Componente benefício:
- Emagrecimento significativo em
estudos clínicos
(intensidade/rapidez), além do
oferecido por dieta, atividade
física e terapia comportamental
- Diminuição do impacto das
co-morbidades
- Potencial aumento da adesão
III - Correlação entre etiopatogenia da
obesidade e mecanismo de ação das
drogas
Balanço energético (ganho X gasto)
Ganho de energia = alimentação
- necessidade nutricional (fome/precisar)
- desejo, gula (prazer/querer)
- ansiedade/compulsão (transtorno psicológico com conflito
de interesses)
Gasto de energia
- Trabalho e exercício
- Metabolismo basal/termogênese
- Efeito térmico do alimento
IV – CRITÉRIOS PARA USO DOS
MEDICAMENTOS
Critérios pessoais:
- Empíricos
- Embasados em
princípios científicos
- Embasados em
evidências
Critérios coletivos:
- Condutas de serviços
- Consensos, “guidelines”
ou similares
INTRODUÇÃO AOS
CONSENSOS DE OBESIDADE
Utilidade Temporalidade
Aplicabilidade Conflitos de interesses
- políticos
- econômicos
ABESO - Conflito de interesses.htm
Cerceamento/limitação da
atividade clínica
Generalização imprópria
Consenso Latino-Americano
Capítulo 1 – Epidemiologia, História Natural do Peso Saudável e do
Sobrepeso. Prevenção (espanhol)
Capítulo 2 – Etiopatogenia e fisiopatologia (espanhol)
Capítulo 3 – Transtornos Alimentares associados com a obesidade
(português)
Capítulo 4 – Diagnóstico e Métodos de Avaliação (espanhol)
- Definição
- Composição corporal / aspectos fisiológicos
- Modelos de composição corporal
- Métodos de avaliação da gordura corporal
- Métodos de avaliação do conteúdo magro
- Diagnóstico clínico da obesidade
# IMC
# Distribuição regional de gordura
- Classificações da obesidade
- Avaliação clínica do obeso
Transtornos Alimentares
Critérios diagnósticos da DSM-IV para Anorexia Nervosa:
A. Recusa em manter o peso corporal acima do peso mínimo considerado normal para a
idade e altura (perda de peso conduzindo a manutenção de peso corporal menor que
85% do esperado, ou falha em atingir um ganho de peso durante o período de
crescimento, conduzindo a um peso corporal menor que 85% do esperado).
B. Medo intenso de ganhar peso o tornar-se gordo mesmo estando abaixo do peso.
C. Distúrbio na forma com a qual o indivíduo vivencia o seu peso ou forma corporal, não
dando importância ao peso e a forma numa auto-avaliação ou negando a seriedade do
baixo peso atual.
D. Nas mulheres após a menarca, amenorréia, isto é, ausência de, no mínimo, 3 ciclos
menstruais consecutivos quando deveriam ocorrer (Uma mulher está em amenorréia se
os seus ciclos ocorrem somente após administração de hormônio, isto é, estrogênio).
Especificar os tipos:
Restritivo: Durante o episódio de A.N., o indivíduo não envolve-se em episódios recorrentes
de compulsão alimentar ou comportamento purgativo (isto é: vômitos auto-induzidos ou
uso inapropriado de laxativos, diuréticos ou enemas).
Purgativo: Durante o episódio de A.N., o indivíduo envolve-se em episódios recorrentes de
compulsão alimentar ou comportamento purgativo (isto é: vômitos auto-induzidos ou
uso abusivo de laxativos, diuréticos ou enemas).
Critérios diagnósticos da DSM-IV para Bulimia Nervosa:
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar, caracterizados por:
1) Comer num período limitado de tempo (ex: num período de 2 horas) uma quantidade
de alimento considerada definitivamente maior do que a maioria das pessoas
consumiria durante um período de tempo similar e em circunstâncias similares;
2) Um sentimento de falta de controle sobre os episódios. (por exemplo, um sentimento
de não conseguir parar ou controlar o que ou o quanto se está comendo).
B. Comportamentos compensatórios inadequados e recorrentes com a intenção de
evitar o ganho de peso, tais como: vômitos auto-induzidos, uso inadequado de
laxantes, diuréticos, enemas ou outras medicações, jejuns ou exercícios físicos.
C. Os episódios de compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios
inadequados ocorreram, ao menos duas vezes, em média, por semana, nos
últimos três meses.
D. A auto-avaliação está exageradamente associada à forma ou peso corporal.
E. O quadro não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.
Especificar os tipos:
Purgativo: Durante o episódio corrente de BN, a pessoa envolve-se em episódios
recorrentes de vômitos auto-induzidos ou uso abusivo de laxativos, diuréticos ou
enemas.
Não-Purgativo: Durante o episódio corrente de BN a pessoa utilizou outros
comportamentos compensatórios inapropriados tais como: jejuns ou exercícios
abusivos, mas não utilizou regularmente vômitos auto-induzidos ou uso abusivo
de laxativos, diuréticos ou enemas.
Critérios diagnósticos para o Transtorno de Compulsão Alimentar(DSM-IV):
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão
alimentar é caracterizado por:
(1) Comer num breve período de tempo (ex: num período de 2 horas) uma
quantidade de comida considerada definitivamente maior do que a maioria das
pessoas comeriam durante um período de tempo similar e em circunstâncias
similares;
(2) Um sentimento de falta de controle sobre os episódios, (por exemplo, um
sentimento de não conseguir parar ou controlar o que ou o quanto se está
comendo).
B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a pelo menos três (3) ou
mais dos seguintes itens:
- (1) Comer mais rápido do que o usual,
- (2) Comer até se sentir desconfortavelmente “cheio”,
- (3) Comer grandes quantidades de comida, sem se sentir com fome,
- (4) Comer sozinho por se sentir constrangido com a quantidade que está
comendo,
- (5) Sentir-se decepcionado, deprimido, ou culpado após a superingestão;
C. O episódio de compulsão alimentar provoca um marcante desconforto;
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem em média duas (2) vezes por
semana durante 6 meses.
E. O episódio de compulsão alimentar não está associado com o uso regular e
inapropriado de comportamento compensatório (ex: do tipo purgativo, jejuns ou
exercício excessivo) e não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia
nervosa ou bulimia nervosa.
Métodos de avaliação da
composição corporal
Tabla 1
COMPARACION DE LOS METODOS DE DETERMINACION DE LA GRASA
CORPORAL Y SU DISTRIBUCION.
b) Premissas Fundamentais:
- A medicação não deve ser o único critério de tratamento
- A medicação deve estar dirigida ao tratamento integral do obeso,
e não exclusivamente à perda de peso
- Sempre deve ser prescrita e vigiada por um médico
c) Classificação básica:
1) Fármacos que atuam no SNC modificando o apetite ou a conduta
alimentar
2) Fármacos que atuam aumentando a termogênese
3) Fármacos que atuam sobre o TGI inibindo absorção de gorduras
d) Duração do efeito: ao suspender o tratamento há perda do efeito, e
por isso se aconselha tratamento de duração prolongada
2) Tratamento:
a) para obesos adultos sem co-morbidades, não existe evidência
suficiente para recomendar terapia de redução de peso, por falta de
evidências de efetividade em longo prazo. (!!!) (Grau C)
b) para adultos obesos com co-morbidades, a redução de peso é
recomendada, pois pode aliviar sintomas, e reduzir o requerimento de
drogas, pelo menos no curto prazo. (Grau B)
3) Detecção:
a) para adultos sem co-morbidades relacionadas à obesidade, não existe
evidência suficiente para recomendar o uso do IMC como parte do
exame periódico de saúde, e a decisão é livre à equipe de saúde. (!!!)
(Grau C)
b) para adultos com co-morbidades, o uso do IMC é recomendado, pois
redução de peso deve ser considerada quando o IMC >27. (Grau B)
Consenso dos endocrinologistas
Definição (%gordura corporal e IMC)
Tipos de Obesidade
Etiologia e Patogênese
Riscos à Saúde associados à obesidade
Prevenção
Diagnóstico
- diagnosticar o grau de obesidade
- determinar o nível de risco à saúde
- identificar co-morbidades psicológicas
- identificar outros fatores etiopatogênicos significativos
- identificar aspectos endócrinos correlacionados
- determinar a estratégia mais apropriada
Estratégias de manejo do peso
1. Componentes essenciais
- metas alcançáveis de perda de peso
- contato regular
- ênfase na manutenção do peso perdido
- consentimento informado
- papel do médico
2. Métodos terapêuticos
- aconselhamento
- restrição calórica (LCD/VLCD)*
- alterações do estilo de vida
- atividade física
- farmacoterapia
Contra-indicações à VLCD:
IAM recente, e distúrbios de condução cardíaca
História de doença cerebrovascular, renal ou hepática
DM tipo 1
Desordens psiquiátricas importantes
Litíase biliar
Alcoolismo
Câncer
Infecção
Abuso de substâncias
Anorexia
Infecção pelo HIV
Farmacoterapia
Perda de peso
- 1/3 de não-respondedores
- Platô com 6 a 8 meses (não parece ser tolerância)
- Se não há pelo menos 1% de perda de peso em 4
semanas é preferível suspender o fármaco
Manutenção da perda de peso
- Racionalidade para uso em longo prazo (Weintraub et al, 1992)
- Uso de medicamentos tem auxiliado a manter peso, e são
menores as taxas de abandono do tratamento
Recomendações para uso dos fármacos
- IMC >ou= 30 ou de 27 a 29 com co-morbidade
- quando há redução >ou=10% em 3 a 6 meses, uso
contínuo pode prevenir reganho de peso
- não esperar perda de peso além de 15% do peso inicial
Tratamento cirúrgico
Manutenção da perda de peso
Obesidade pediátrica e do adolescente
Apêndices interessantes
A – Checklist de avaliação do paciente
B – Consentimento informado (geral)
C – Aconselhamento do paciente
D – Complicações e efeitos colaterais de VLCDs
E – Consentimento informado para farmacoterapia de
longo-prazo
F – Agentes anti-obesidade aprovados
G – Checklist de efeitos colaterais da farmacoterapia
H – Procedimentos cirúrgicos
Por que tratar a obesidade?
Efeito na Pressão Arterial - Perda de
peso é recomendada para reduzir a
pressão arterial em hipertensos com
sobrepeso e obesidade (A).
Efeito nos Lípides - Perda de peso é
recomendada para reduzir CT, LDL-c e
triglicérides, e aumentar HDL-c em
dislipidêmicos com sobrepeso e
obesidade (A).
Efeito na glicemia - Perda de peso é
recomendada para reduzir a glicemia
em diabéticos tipo 2 com sobrepeso e
obesidade (A).
Perda de peso é associada com
redução na gordura abdominal,
conforme medida pela circunferência
da cintura (A).
AVALIAÇÃO DO OBESO
Determinar o grau de obesidade
e co-morbidades presentes
Diagnosticar o risco à saúde
decorrente da obesidade
Identificar condições
psicológicas que tenham que
ser tratadas
concomitantemente, ou que
contra-indiquem tratamento
Identificar traços genéticos ou
doenças neurológicas limitantes
Definir o potencial perfil de
adesão, para selecionar melhor
a terapêutica
adoçante.htm adoçante1.htm
adoçante2.htm adoçante3.htm
Substituto da gordura
(Olestra)
Olestra.htm Olestra1.htm
Olestra2.htm Olestra3.htm
ALTERAR O APETITE
Anfetamina e derivados
# Fentermina
# Dietilpropiona
# Femproporex
# Fenilpropanolamina
Mazindol
Fenfluramina (?)
Sibutramina (?)
Regulação do apetite
(o que está na moda)
POMC/MSH
Grelina
Resistina
CCK
Leptina
NPY
Receptor canabinóide
Outros neuropeptídeos
Fibra.htm
Fibra1.htm
Fibra2.htm
ALTERAR O TRÂNSITO
DIGESTIVO
Fibras
Mazindol (?)
ALTERAR A CAPACIDADE
ABSORTIVA
Inibidores da alfa-glicosidase (acarbose) – não
obteve resultado para perda de peso
Faseolamina (?)
Cassiolamina (?) faseolamina.htm
Quitosana
Orlistat
faseolamina1.htm
Chitosan.htm chitosan2.htm
serotonina
Custo: R$ 128,00 1 cx.c/28 (20mg)
Indicação clássica: anti-depressivo
Indicação paralela: transtorno da
compulsão alimentar
Dose: 20 a 60 mg/dia
Cuidados: hiponatremia e SIADH,
ativação de mania/hipomania,
convulsões, ideação suicida
Efeitos adversos: insônia, tontura,
diminuição de libido, cefaléia. Perda
de peso 0,5 Kg comparado ao
placebo.
MANUTENÇÃO DO PESO
Reforçar a visão de cuidados por
toda a vida
Equipe multi-disciplinar
Estabelecer metas realísticas
Reforço positivo e técnicas
motivacionais quanto às mudanças
no estilo de vida
Encorajar auto-monitorização do
peso, da alimentação e do exercício
Promoção da atividade física como
parte fundamental da manutenção
Auxiliar na administração dos
escapes
Incentivar a prática de outras
experiências positivas de vida
Falha terapêutica
Avaliar se há motivação para continuar
a terapêutica clínica
Considerar fatores perturbadores:
* aporte calórico
* consumo de álcool
* dificuldade para praticar exercício
* dificuldade em manter a terapia
comportamental
* eventos negativos recentes na vida
* pressões sociais ou familiares
* problemas psiquiátricos
concomitantes (depressão, BED, BN)
DISSECANDO UM CADÁVER:
A “FÓRMULA”
Mistura de componentes, em tese
com ações aditivas e/ou
complementares, visando
emagrecimento
Portaria CFM de 1997 recomenda a
suspensão das prescrições deste
tipo, particularmente com
catecolaminérgicos
Geralmente prescritas por médicos
sem especialização ou titulação em
endocrinologia
Permitem rápida perda de peso, por
doses elevadas de anorexígenos,
diuréticos, laxativos e às vezes
hormônios tireoideanos
A perda de peso decorre em grande
parte a redução de massa magra e
água
COMPONENTES HABITUAIS
Femproporex, ou dietilpropiona
(anfepramona) ou mazindol
(doses altas)
Fluoxetina (geralmente sub-dose)
HCTZ ou furosemida (sub-doses)
Benzodiazepínico (geralmente
sub-dose)
Cáscara sagrada ou aloína ou
sene
TRIAC ou T3
Fitoterápicos – Fucus, Centella
asiatica, spirulina, Zedoaria, Ma
Huang, Garcinia, Advantra Z
(Citrus aurantium), outros
Oligoelementos – vanádio,
picolinato de cromo