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BYUNG-CHUL HAN
Han é autor de diversas obras, sendo que as mais recentes são tratados sobre aquilo a que
ele chama a "sociedade do cansaço" e a "sociedade da transparência". Ele já escreveu sobre
tópicos como déficit de atenção e hiperatividade, borderline, a síndrome de burnout,
depressão, exaustão, internet, amor, cultura pop, poder, racionalidade, religião,
subjetividade, cansaço, transparência e a violência.
O autor é considerado uma das vozes filosóficas mais inovadoras da atualidade, descreve
neste ensaio como o Ocidente está se tornando uma sociedade do cansaço.
• Superdesempenho
• Superprodução
• Empresários de si
• Autoexploração naturalizada
“O que causa a depressão do esgotamento não é o imperativo de
obedecer apenas a si mesmo, mas a pressão de desempenho. Vista a
partir daqui, a Síndrome de Burnout não expressa o si-mesmo esgotado,
mas antes a alma consumida. Segundo Ehrenberg, a depressão se
expande ali onde os mandatos e as proibições da sociedade disciplinar
dão lugar à responsabilidade própria e à iniciativa. O que torna doente,
na realidade, não é o excesso de responsabilidade e iniciativa, mas o
imperativo do desempenho como um novo mandato da sociedade pós-
moderna do trabalho”. p. 27
3. O tédio profundo
• Hiperatenção Multitarefas
• Estímulos constantes
silenciosa
6. Sabotando o esgotamento
“Em meio à crise financeira na Grécia assistimos a um fenômeno que serve de sinal que aponta para o futuro. Crianças, brincando,
encontraram nas ruínas de uma casa um grande maço de notas de dinheiro. Dele fizeram um uso bem diferente que o usual. Usaram o
dinheiro para brincar e acabaram rasgando-o todo. Possivelmente, essas crianças anteciparam nosso próprio futuro: O mundo está em
ruínas. No meio dessas ruínas, nós mesmos brincamos como aquelas crianças com cédulas de dinheiro, e acabamos também rasgando-as.
Essas crianças gregas profanam o dinheiro, o capital, o novo ídolo, fazendo um uso bem diferente desse material, a saber, um brinquedo.
A profanação transforma o dinheiro, que hoje é fetichizado de forma bem marcante num brinquedo. Esses episódios acabam se tornando
algo bem incomum em razão de terem ocorrido precisamente num país que hoje sobre terrivelmente sob o jugo do capital, sob o terror do
neoliberalismo. Trata-se, de fato, de um terrorismo do capital e do capitalismo financeiro. Aquele episódio incomum que se deu na Grécia
possui um caráter eminente simbólico. Acena como um sinal vindo do futuro. Hoje, há que se profanar o trabalho, a produção, o capital, o
tempo de trabalho, transformando-os em tempo de jogo e de festa”. p.122-123