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TEORIA

PIAGETIANA

Dra. VERA LELLIS


PEDAGOGA E PSICÓLOGA,
DOUTORA EM DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO PELO UNIVERSIDADE MACKENZIE
JEAN PIAGET

2
O FOCO DA TEORIA DE JEAN
PIAGET 3

•Estudo do padrões de desenvolvimento que


são comuns a todas as crianças e não as
diferenças individuais.
•Piaget queria responder uma pergunta
fundamental: Como se desenvolve o
conhecimento de mundo da criança?
•Ao responder a pergunta a suposição inicial
era que a criança participa ativamente no
desenvolvimento do conhecimento.
•A criança como um pequeno cientista.
ADAPTAÇÃO 4

•É um processo de interação de um
organismo com seu ambiente cujo efeito
é a modificação do organismo, que se torna
mais bem preparado para viver ali. Ex.
ADAPTAÇÃO 5

•Não apenas nossos comportamentos que se


adaptam à realidade. Isso também ocorre
com nosso sistema cognitivo, nosso
conjunto estruturado de noções, ideias e
pensamentos.
ADAPTAÇÃO 6

• Criança em estado de desequilíbrio busca


comportamentos mais adaptativos.

• Piaget valoriza a curiosidade intelectual e a


criatividade sugerindo que o ato de conhecer
é prazeroso e gratificante.

• Conhecimento possibilita novas formas de


interação como ambiente proporcionando
adaptação mais completa.
HEREDITARIEDADE 7

•O indivíduo herda uma série de estruturas


biológicas que predispõe ao surgimento de
certas estruturas mentais.

•Herdamos um organismo que vai amadurecer


em contato com o meio ambiente.

•Interação entre organismo + ambiente=


estruturas cognitivas
APRENDIZAGEM SOCIAL 8
•Comportamentos, atitudes e conhecimentos que a
criança adquire através do contato humano constante e
contínuo.

•Importante a estimulação no desenvolvimento da


inteligência.

•Sujeito herda a capacidade para aprendizagem. Mas a


plena realização desta depende das condições que o
meio irá oferecer.

•Ex. aprendizagem da linguagem. Quanto melhor os


adultos falarem com a criança, melhor ela irá se
comunicar.
ESQUEMA 9

•São estruturas mentais ou cognitivas pelas


quais os indivíduos intelectualmente se adaptam
e organizam o meio.
•São estruturas que organizam os eventos como são
percebidos e classificam em grupos.
•Ex. fichas de arquivos usados para identificar a
entrada de estímulos e classificar em grupos de
acordo com características comuns.
ESQUEMA 10
ESQUEMA 11
•O cérebro em desenvolvimento cria esquemas. Os
adultos mais fichas e as crianças menos fichas.

•Mudanças de esquemas mais simples para mais


complexos se dá por três processos básicos:
•ASSIMILAÇÃO, ACOMODAÇÃO E EQUILIBRAÇÃO
ASSIMILAÇÃO 12

Quando usamos óculos com lentes coloridas, vemos o mundo


alterado pelas cores da lente. Se usarmos óculos amarelos, as
coisas brancas serão amarelas e todas as outras coisas
ficarão amareladas.
Com a nossa mente ocorre algo parecido, envolvendo os
sentidos. A mente muda constantemente, e o modo que
assimilamos a realidade também se altera. A ideia é que
que a realidade é interpretada com base nas estruturas
cognitivas. Nossa história pessoal constrói uma espécie de
lente que interfere no que assimilamos.
ASSIMILAÇÃO 13
•Cada pessoa assimila a realidade com base no
conhecimento que tem no momento.
•Estes conhecimentos não estão desorganizados
e nem desconectados em nossa mente, mas
compõem, em vez disso uma estrutura
organizada.
•Ex. Criança que conhece apenas cachorro e
gato, ao avistar um cavalo o chama de
cachorro.
? CACHORRO
ASSIMILAÇÃO 14

PASTA CARRO
ASSIMILAÇÃO 15
• É um processo cognitivo pelo qual uma
pessoa integra (absorve) um novo dado nos
esquemas já existentes. Ex. balão
• É classificar novos eventos em esquemas já
existentes.
• Os estímulos são forçados a se adaptarem
à estrutura da pessoa.
• Nós assimilamos seletivamente as
informações. Nós não absorvemos tudo o
que vivenciamos.
ACOMODAÇÃO 16

MEIOS DE
TRANSPORTE

ANIMAIS

LIVROS

?
ACOMODAÇÃO 17
•Quando confronta com um novo estímulo, a criança
tenta assimila- lo a esquemas já existentes.
Algumas vezes isso não dá, então ela pode:
•1° criar um novo esquema no qual se possa
encaixar o estímulo.
•2° pode modificar um esquema prévio de modo que
o estímulo possa ser nele incluído.
•É a criação de novos esquemas ou a modificação
de velhos esquemas
•Na acomodação a pessoa é “forçada” a mudar sua
configuração cognitiva para acomodar novos
estímulos.
EQUILIBRAÇÃO 18
• A criança aprendeu a diferença entre cachorro e
gato e só vê esse tipo de animal. Então, está no
que chamamos de equilíbrio.
EQUILIBRAÇÃO 19
• É o balanceamento entre assimilação e
acomodação. Permite que a experiência
externa seja incorporada à estrutura
interna.
• Como a criança organiza os estímulos é
teoricamente sempre apropriado ao seu
nível de desenvolvimento. Não há
organização errada.
• Piaget pensava que cada criança opera de
maneira semelhante, criando modelos ou
teorias com certa consistência interna.
Reorganização a cada novo estágio de
desenvolvimento.
ESTÁGIOS DO
DESENVOLVIMENTO 22
• Estágio da inteligência sensório- motora (0-2
anos).
• Estágio do pensamento pré- operacional (2- 7
anos).
• Estágio das operações concretas (7 – 11 anos).
• Estágio das operações formais (11- 15 anos).
•De acordo com Piaget, toda a criança deve
passar pelos estágios de desenvolvimento
seguindo a mesma ordem, mas não
necessariamente a mesma velocidade em
virtude das experiências ou aspectos
hereditários.
23
DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO – MOTOR
(0-2 ANOS) 24
• O desenvolvimento mental é um processo que
começa no dia em que a criança nasce (talvez
antes).
• Isto significa que os comportamentos sensórios –
motores que ocorrem desde o nascimento são
necessários e úteis ao desenvolvimento
cognitivo posterior.
• O desenvolvimento mental que ocorre nesse
período determina o curso inteiro da evolução
psicológica.
• A função da inteligência será, portanto a
diferenciação entre objetos externos e o
próprio corpo.
DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO – MOTOR
(0 -2 ANOS) 25
• Começa com reflexos hereditários que irão
gradualmente se transformando em esquemas
sensório-motores. Ex. reflexo de sucção →
esquema de sucção.
• Piaget dividiu o estágio sensório motor em seis
etapas:
DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO – MOTOR
(0-2 ANOS) 26
• Para Piaget o bebê está quase preso
ao presente imediato.
• Ele não lembra acontecimentos ou
objetos de um momento para o outro e
não tem planos ou intenções. Isso
muda aos poucos.
DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO – MOTOR
(0-2 ANOS) 27

• O bebê apresenta um tipo de funcionamento


intelectual totalmente prático.
• Ele não apresenta o funcionamento mais
contemplativo, reflexivo.
• E pensa no sentido de comportar-se em
relação a eles com a boca, com mão, com os
olhos .
28
1ª ETAPA DA ATIVIDADE REFLEXA:
29

• No nascimento, comportamento típico de um


bebê é predominantemente reflexo.
• Os reflexos básicos são: sugar, agarrar,
chorar, bem como movimentos de braços,
tronco e cabeça.
• Quando o bebê é estimulado, seus reflexos
respondem.
• Posteriormente ao nascimento já podem ser
observadas acomodações simples pelo
bebê Ex. ao nascer, o bebê chupa o que é
colocado em sua boca. Depois ele começa a
procurar pelo seio.
1ª ETAPA DA ATIVIDADE REFLEXA:
30
• Uso de reflexos é essencial para o estágio
em si e para o desenvolvimento de
estruturas cognitivas dos estágios
seguintes.
• Quando o bebê nasce, ele não tem noção dos
objetos. Qualquer objeto que lhe seja
apresentado é meramente um objeto para
chupar, agarrar ou olhar que invoca uma
resposta reflexa indiferenciada.
31
1ª ETAPA DA ATIVIDADE REFLEXA:
• Quando a criança nasce é totalmente
egocêntrica e não apresenta nenhuma
noção de causalidade.
• Com os seus comportamentos reflexos, o
recém nascido busca a alimentação e a
liberação dos desconfortos.
• Ele suga e chora e o afeto é associado.
2ª ETAPA DAS PRIMEIRAS DIFERENCIAÇÕES
(1- 4 MESES) 32
• Início quando comportamentos do período
anterior começam a ser modificado. Ex.
movimento dos objetos começa a ser
seguido, cabeça em direção aos sons.
• A criança começa a manifestar consciência
de objetos. Ex. A criança tende a olhar para
objetos cujos sons ela ouve.
• Na perfectiva de Piaget, o afeto não é ainda
transferido para ou outros porque o bebê
não diferencia ainda o eu como um objeto
distinto dos outros objetos do ambiente.
3ª ETAPA DA REPRODUÇÃO DE EVENTOS
INTERESSANTES (4- 8 MESES) 33
•O comportamento da criança orienta-se
progressivamente para outros objetos e eventos
além de seu próprio corpo.
• Quando experiências interessantes ocorrem os
bebês tentam repeti-las.
• Progresso de um comportamento não intencional
para um intencional.
3ª ETAPA DA REPRODUÇÃO DE EVENTOS
INTERESSANTES (4- 8 MESES) 34
• A criança começa a antecipar as
posições pelas quais o objeto irá
passar quando em movimento.
Indica a noção de permanência do
objeto. Ex. Bebê procura pelo objeto
nos lugares onde prevê a queda.
• A criança tenta fazer com que as
coisas aconteçam novamente.
Aprendizagem por tentativa e erro.
• A criança permanece egocêntrica. Ela
vê a causa básica de toda atividade.
4ª ETAPA DA COORDENAÇÃO DE
ESQUEMAS 35
(8 – 12 MESES)
• Ao final do 1º ano de vida, surgem
comportamentos que constituem verdadeiros
atos de inteligência. Ex. a criança começa a
procura por objetos que vê desaparecer,
começa a ver que outros objetos podem ser
fontes de atividades.
• Agora a criança já pode ser vista afastando
um objeto para obter um outro fim. Ex. um
travesseiro é retirado do caminho para
alcançar um brinquedo.
• Ocorre imitação de comportamentos
novos assim como a transferência de
informação.
5ª ETAPA DA INVENÇÃO DE NOVOS
MEIOS (12- 18 MESES)
36
• Quando a criança é confrontada com um
problema não solucionável pelo uso de
esquemas disponíveis, experimenta através
do processo de tentativa e erro e desenvolve
novos meios (esquemas) que resultam na
solução do problema.
• Para Piaget o comportamento passa a ser
inteligente quando a criança adquire a
capacidade de resolver novos problemas
6ª ETAPA DA REPRESENTAÇÃO:
37
• A criança passa de inteligência sensória – motora 
representacional.
• Isto significa que a criança torna-se apta a
representar internamente.
• Ela torna-se apta a construir mentalmente possíveis
soluções, executando possíveis sequências das
ações em sua cabeça sem ajuda da
experimentação sensório-motora.
6ª ETAPA DA REPRESENTAÇÃO: 38

•A criança pode encontrar objetos


quando eles são visivelmente
escondidos e tem noção que os objetos
são permanentes.
• As crianças tornam-se capazes de
investir afeto em outras pessoas. (Gostar
ou não gostar).
• Para Piaget, não há evidência da
compreensão de regras e de outros
conceitos morais.
ETAPA DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO – MOTOR
CARACTERÍSTICAS

1ª ATIVIDADE REFLEXA Os reflexos básicos são: sugar, agarrar, chorar, bem como movimentos de
braços, tronco e cabeça. Quando o bebê é estimulado, seus reflexos respondem.
Uso de reflexos é essencial para o desenvolvimento de estruturas
cognitivas dos estágios seguintes.
Quando o bebê nasce, ele não tem noção dos objetos. Qualquer objeto que lhe
seja apresentado é meramente um objeto para chupar, agarrar ou olhar que
invoca uma resposta reflexa indiferenciada. Quando a criança nasce é totalmente
egocêntrica e não apresenta nenhuma noção de causalidade. Ele suga e
chora e o afeto é associado.

2ª PRIMEIRAS A criança começa a manifestar consciência de objetos. Ex. A criança tende a


DIFERENCIAÇÕES olhar para objetos cujos sons ela ouve. Na perfectiva de Piaget, o afeto não é
(1- 4 MESES) ainda transferido para os outros porque o bebê não diferencia ainda o “eu” como
um objeto distinto dos outros objetos do ambiente.

3ª REPRODUÇÃO DE O comportamento da criança orienta-se progressivamente para outros objetos


EVENTOS e eventos além de seu próprio corpo. Quando experiências interessantes
ocorrem os bebês tentam repeti-las.
INTERESSANTES (4- 8 Progresso de um comportamento não intencional para um intencional. A criança
MESES) começa a antecipar as posições pelas quais o objeto irá passar quando em
movimento. Indica a noção de permanência do objeto. Ex. Bebê procura pelo
objeto nos lugares onde prevê a queda.
A criança tenta fazer com que as coisas aconteçam novamente. Aprendizagem
por tentativa e erro.
ETAPA DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO – MOTOR
CARACTERÍSTICAS

4ª COORDENAÇÃO DE Ao final do 1º ano de vida, surgem comportamentos que constituem verdadeiros atos
ESQUEMAS de inteligência. Ex. a criança começa a procura por objetos que vê desaparecer,
(8 – 12 MESES) começa a ver que outros objetos podem ser fontes de atividades.
Agora a criança já pode ser vista afastando um objeto para obter um outro fim. Ex.
um travesseiro é retirado do caminho para alcançar um brinquedo. Ocorre imitação
de comportamentos novos

5ª INVENÇÃO DE Quando a criança é confrontada com um problema não solucionável pelo uso de
NOVOS MEIOS esquemas disponíveis, experimenta através do processo de tentativa e erro e
(12- 18 MESES) desenvolve novos meios (esquemas) que resultam na solução do problema.

6ª REPRESENTAÇÃO Ela torna-se apta a construir mentalmente possíveis soluções, executando possíveis
sequências das ações em sua cabeça sem ajuda da experimentação sensório-
motora.
A criança pode encontrar objetos quando eles são visivelmente escondidos e
tem noção que os objetos são permanentes.
As crianças tornam-se capazes de investir afeto em outras pessoas. (Gostar ou
não gostar).
ESTÁGIO DO PENSAMENTO
PRÉ- OPERACIONAL 41
(2- 7 ANOS)
• Estágio dos 2- 7 anos de idade.
• A criança torna-se apta a representar
eventos internamente e torna- se menos
dependente de suas ações sensório-
motoras.
• Representação: capacidade de representar
objetos e eventos.
• 5 formas de representação:
ESTÁGIO DO PENSAMENTO
PRÉ- OPERACIONAL 42
(2- 7 ANOS)
1. Imitação diferida: é a imitação de objetos ou
eventos já distantes algum tempo. Importante
pois a criança desenvolveu a capacidade de
recordar o comportamento imitado. Ex. brincar
de cozinhar.
2.Jogo simbólico: é o jogo do faz de conta
(imitativa – auto expressão tendo a si
mesmo como audiência). Os brinquedos nem
sempre são usados para os seus propósitos
reais. Exemplo: brincar de mamãe e papai / ter
um amigo imaginário.
3.Desenho: cresce o empenho de representar
coisas através dos desenhos.
DESENHO 43
ESTÁGIO DO PENSAMENTO
PRÉ- OPERACIONAL 44
(2- 7 ANOS)
4.Imagens mentais: são representações internas
(símbolos) de objetos ou de
experiências, embora não sejam cópias fiéis são
concebidos como símbolos.
5. Linguagem falada: a criança começa a usar
palavras faladas como símbolos em vez de
objetos. Começa com uma palavras e depois a
facilidade linguística se expande.
ESTÁGIO DO PENSAMENTO
PRÉ- OPERACIONAL 45
(2- 7 ANOS)
• Comportamento: Para Piaget o indivíduo não é um
ser social a nascer, mas torna- se social
progressivamente à medida que ela interage com
adultos e com outras crianças.
• Pensamento pré – operacional: O comportamento
cognitivo é ainda influenciado pelas atividades
perceptivas.
ESTÁGIO DO PENSAMENTO PRÉ- OPERACIONAL
(2- 7 ANOS) 46
• Egocentrismo: a criança não pode assumir
o papel ou o ponto de vista de outro. Ela
acredita que todos pensam como ela e que
todos pensam as mesmas coisas que ela.
• A criança não questiona os seus
pensamentos pois acredita que estão
certos.
• Somente aos 6 ou 7 anos o pensamento
começa a ceder às pressões sociais e
obriga a questionar os seus pensamentos.
ESTÁGIO DO PENSAMENTO PRÉ- OPERACIONAL
(2- 7 ANOS) 47
• RACIOCÍNIO TRANSFORMACIONAL:
• Incapacidade para raciocinar de forma clara
sobre transformações. Ex. queda de um
lápis (elas só reproduzem apenas as
posições iniciais e finais).
RACIOCÍNIO
TRANSFORMACIONAL 48
ESTÁGIO DO PENSAMENTO PRÉ- OPERACIONAL
(2- 7 ANOS) 49

• Centração: A criança diante de um


estímulo visual tende a centrar ou
fixar sua atenção sobre um número
limitado de aspectos do estímulo.
Ex. comparar duas fileiras.
ESTÁGIO DO PENSAMENTO PRÉ- OPERACIONAL
(2- 7 ANOS)
50

• Reversibilidade: Se o pensamento é
reversível ele pode seguir a linha de
raciocínio de volta ao ponto de partida.
• Ex. Música cravo e a rosa.
ESTÁGIO DO PENSAMENTO PRÉ- OPERACIONAL
(2- 7 ANOS) 51

• Conservação: refere- se ao conceito de que a


quantidade de uma matéria permanece a mesma
independente de quaisquer mudança de dimensão.
Ex. Latas de suco colocadas no copo
Ex. massinha
Idade
• Número 5-6
• Substância (massa) 7-8
• Área 7-8
• Volume líquido 7-8
• Peso 9 - 10
• Volume ( sólidos ) 11-12
ESTÁGIO DO PENSAMENTO PRÉ- OPERACIONAL
(2- 7 ANOS) 52
• Regras: em geral entre 2 a 5 anos as
crianças adquirem a noção da existência de
regras e começam a querer jogar mas
acabam brincando com elas mesmas sem
tentar vencer. As crianças acreditam que
todas podem vencer.
• A cooperação social não acontece antes dos
7 ou 8 anos e o objetivo agora é vencer.
• Em torno dos 11 anos as crianças começam
a entender que as regras são e podem ser
feitas pelo grupo e necessárias para um jogo
honesto.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
(7 – 11 ANOS) 53

• Pensamento operacional concreto: Os


processos mentais de uma criança tornam-
se lógicos e podem ser aplicados a
problemas concretos. Ex. Como: adição,
subtração, multiplicação, divisão, seriação
• A criança não apresenta dificuldade na
solução de problemas de conservação e
apresenta argumentos corretos para suas
respostas.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
(7 – 11 ANOS) 54
• Usa mais decisões cognitivas e lógicas
em oposição ás decisões perceptuais.
• Acompanha as transformações de forma
que alcança a reversibilidade.
• Criança mais social e menos egocêntrica.
• Não pode aplicar a lógica a problemas
hipotéticos, abstratos, verbais ou
concretos que envolvam muitas variáveis.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
(7 – 11 ANOS) 55
• Egocentrismo e socialização: O pensamento da
criança não é egocêntrico. Ela tem consciência de
que os outros podem chegar a conclusões que são
diferentes das suas.
• Neste estágio os conceitos são verificados ou
negados através da interação social.
• As crianças trocam informações com outros em
suas conversas e aprendem a ver os eventos da
perspectiva dos outros.
• Centração: A criança descentra.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
(7 – 11 ANOS) 56
• Transformação: A criança consegue entender os
passos sucessivos de uma transformação.
Conseguem entender as transformações nos
estados afetivos dos outros. (alegria ou tristeza). Ex.
choro- filme.
• Reversibilidade: a criança consegue entender que
as operações mentais podem ser revertidas. Ex.
salsicha de argila pode ser revertida em bola
novamente. Capacidade de compreender
hierarquias de classes.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
(7 – 11 ANOS) 57
• Conservação: surge a capacidade de operar
logicamente sobre os problemas de conservação.
• A criança chega a conclusões lógicas em vez de
usar a percepção.
• Seriação: consiste na capacidade de organizar
mentalmente um conjunto de elementos em ordem
crescente e decrescente.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS
(11 OU MAIS) 58

• Na adolescência será capaz de formar esquemas


conceituais abstratos: esquemas como: amor,
fantasia, justiça, democracia etc.
• O adolescente adquire a capacidade para criticar
sistemas sociais, propor novos códigos de conduta,
discutir valores de seus pais e construir seus
próprios valores.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS
(11 OU MAIS) 59
• Não mais limitado no aqui e agora.
• Podem utilizar símbolos para representar outros
símbolos.
• Podem aprender álgebra, cálculo, metáfora,
alegoria e descobrir significados mais profundos na
literatura.
• Estão aptos a pensar em termos do que poderia ser,
e não só do que é.
• São capazes de imaginar possibilidades e testar
hipóteses.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS
(11 OU MAIS) 60

• Raciocínio hipotético- dedutivo: proporciona um


instrumento para resolver problemas.

• O que provoca mudança para o raciocínio formal?


Piaget atribui essa mudança a uma combinação de
maturação cerebral + e expansão das
oportunidades ambientais (estimulação apropriada).
PESQUISAS RECENTES 61
• O pensamento de operações formais
ser encontrado mais frequentemente
entre jovens ou adultos das culturas
ocidentais ou industrializados.
• Todos adolescentes teriam
capacidade para lógica formal, mas
apenas aqueles cuja a vida exigir seu
desenvolvimento irão na verdade,
adquiri-la.
PESQUISAS RECENTES 62

• O desempenho das crianças é muito


variado.
• As crianças mais novas tem de forma
rudimentar a o pensamento de operações
formais.
• Piaget deu pouca atenção as diferenças
individuais.
63
CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET 64

• Visão atual de que a criança é um


pensador ativo e construtivo.
• Ideia de que os conceitos não surgem de
repente e já desenvolvido, mas sim
através de uma série de realizações
parciais que levam a um aumento
gradual da compreensão.
• As observações cuidadosas das crianças
mostraram como as crianças agem e
adaptam ao mundo.
CONSTRUTIVISMO 65
• Não é uma teoria, e sim uma referência explicativa,
composta por diversas contribuições teóricas, que
auxilia os professores nas tomadas de decisões durante
o planejamento, aplicação e avaliação do ensino.
• Não é uma receita, um manual que deva ser seguido à
risca sem levar em conta as necessidades de cada
situação particular.
• Não é um referencial acabado, fechado a novas
contribuições.
• Resultado de trabalho coletivo:
• PROFESSORES
• DIREÇÃO
• PAIS
• ALUNOS
CONSTRUTIVISMO 66
• O construtivismo considera que há uma construção
do conhecimento e que, para que isso aconteça, a
educação deve criar métodos que estimulem essa
construção.
• Essa metodologia entende que o aprendizado deve
acontecer através do professor mediador e dos
alunos, que não são apenas meros aprendizes, e
sim, indivíduos com informações e
conhecimentos que precisam ser levados em
consideração no contexto escolar.
• Aprender não é copiar ou reproduzir, mas elaborar
uma representação pessoal da realidade.
CONSTRUTIVISMO 67
• O aluno é o centro e o protagonista do processo de
aprendizagem.
• O nível de amadurecimento de cada estudante é
respeitado;
• O ensino é visto como processo dinâmico, em que
o aluno interage, e não estático, como acontece
com frequência em métodos pedagógicos
tradicionais;
• O aprendizado é construído gradualmente, e cada
novo conhecimento é aprendido a partir de
conceitos anteriores.
• O conhecimento não é visto como a única verdade
possível ou como uma versão exata da realidade.
CONSTRUTIVISMO 68

Interesse ou
Necessidad
e de
aprender
CONSTRUTIVISMO 69

Aprendizagem
envolve
aspectos
cognitivos,
afetivos e
sociais
CONSTRUTIVISMO 70

MOTIVAÇÃO
PARA
CONHECER
PODE SER
PROFUNDA OU
SUPERFICIAL

Depende da situação do ensino e pode ser trabalhado com o aluno.


CONSTRUTIVISMO 71

É preciso conhecer
as características
da tarefa
trabalhada, o que
se pretende com
determinado
conteúdo e a sua
necessidade.

Demanda tempo, esforço e envolvimento pessoal.


Professor, ao entrar em sala de aula carrega consigo certa visão de
mundo.
CONSTRUTIVISMO 72
CONSTRUTIVISMO 73

O ponto de partida da
aprendizagem de
novos conteúdos são
à partir de
conhecimentos
prévios do aluno
(representação que
cada um possui da
realidade).
CONSTRUTIVISMO 74

Para o ensino coerente, é


preciso considerar o estado
inicial dos alunos, seus
conhecimentos prévios e
esquemas de conhecimentos
construídos. Esse deve ser o
início do processo educativo:
conhecer o que se tem para
que se possa, sobre essa
base, construir o novo.
CONSTRUTIVISMO 75

O que faz com que o aluno


e aluna aprendam os
conteúdos escolares?
A natureza ativa e
construtiva do
conhecimento.
Professor propõe desafios
que levam os alunos a
questionarem esses
conhecimentos prévios.
PAPEL DO PROFESSOR 76

• No construtivismo o professor não é apenas um


transmissor unilateral de conhecimento. Ele tem o
papel de ser um facilitador, um mediador e um
orientador durante a aprendizagem, que é
construída pelo aluno. Ajuda o aluno.
• Quando está diante dessas situações, o estudante
precisa encontrar soluções e, assim, ele constrói o
conhecimento.
• O professor também é responsável por incentivar
os alunos a buscarem novos conceitos, novas
maneiras de conhecer e de compreender o mundo
ao seu redor e o que é apresentado em sala de
aula.
CONSTRUTIVISMO
FUNCIONA? 77

https://www.youtube.com/watch?v=KB7YuB3BH8
w
CRÍTICAS 78
• A maioria dos estudiosos contemporâneos concorda
que o desenvolvimento cognitivo da criança não se
estrutura em estágios como Piaget pensava. Isso
devido a falta de sincronia no desenvolvimento
humano.
• A cultura e a educação exercem influências mais fortes
no desenvolvimento da criança do que Piaget pensava.
• Teoria com muitos pontos corretos mas precisa de
revisão.
• Algumas capacidades cognitivas surgem mais cedo do
que Piaget pensava. Ex. crianças de 2 anos não são
tão egocêntricas como ele pensava.
• Muitas habilidades cognitivas podem surgir mais tarde
do que Piaget pensava. Muitos adolescentes ainda
pensam de maneira operacional concreta ou estão
começando a dominar as operações lógico- formais.
LEIA E RESPONDA DE ACORDO COM A
TEORIA DE PIAGET 79

Nessa fase, a criança começa a lidar com conceitos como os números e relações.
Esse estágio passa a manifestar-se de modo mais evidente o que coincide (ou deve
coincidir) com o início da escolarização formal, ou seja, com o Ensino Fundamental. É
caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar
problemas concretos. Neste momento, o declínio no egocentrismo passa a ser mais
visível. Isso quer dizer que a linguagem se torna mais socializada e a criança será
capaz de levar em conta o ponto de vista do outro. Dessa forma, objetos e pessoas
passam a ser mais bem explorados nas interações das crianças. Inicia-se a
capacidade da criança estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos
de vistas diferentes e de cooperar com os outros. Trabalhos em grupos tornam-se
possíveis sem a perda da autonomia pessoal. QUAL ESTÁGIO QUE SE REFERE A
DESCRIÇÃO ACIMA?
I) ESTÁGIO FORMAL.
II) ESTÁGIO OPERAÇÕES CONCRETAS.
II) ESTÁGIO PRÉ- OPERACIONAL.
IV) ESTÁGIO SENSÓRIO- MOTOR.
REFERÊNCIAS 80

• COLL, César e outros. O construtivismo na


sala de aula. São Paulo: Ática, 1999.
• GROHS, L. F. M.; PILETTI, A. C. da C. A
psicologia e o processo educativo: teoria e
prática docente. São Paulo: Edições Loyola,
2015.
• SANTROCK, J. W. Psicologia educacional.
São Paulo: McGraw- Hill, 2009.

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