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Tecnologia de Vácuo
Moltinho-Silva-Cunha
Tecnologia de Vácuo
I. Propriedade dos gases 3
II. Cálculo de sistemas de vácuo 16
III. Bombas de vácuo 36
IV. Medidas de pressão 82
V. Analisadores de gases residuais 115
VI. Detecção de fugas 137
VII. Materiais 150
VIII. Montagem e funcionamento 167
2
I – Propriedade dos gases
1) Estado gasoso
2) Temperatura
3) Pressão
4) Leis dos gases
5) Livre caminho médio
6) Vácuo
7) Termos correntes
8) Aplicações
3
I – Propriedade dos gases
1) Estado gasoso
Toda a matéria é formada por átomos (atração x repulsão).
Os diferentes estados da matéria correspondem ao maior
ou menor grau de liberdade das partículas.
Estado sólido partículas próximas – e.g., estruturas
ordenadas (redes cristalinas).
Forças intensas, pouco se afastam da posição de equilíbrio.
Estado líquido destruição da estrutura sólida, porém
existem forças de coesão.
Estado gasoso Grande energia cinética (colisões = N/dV)
Tensão de vapor
4
I – Propriedade dos gases
2) Temperatura
As moléculas que formam um gás têm velocidades
≠ nas mais variadas direções.
5
I – Propriedade dos gases
3) Pressão
Força F p A
Imaginemos: êmbolo não recebendo energia das
moléculas (refletor) variação do momento linear total 2mV
x
1 2
FX nVx A 2mVx nmVx2 A p nmV
Pressão x
2
6
I – Propriedade dos gases
3) Pressão
Como todas as moléculas têm velocidades
≠ em direções ≠ é necessário considerar a
média dos valores de Vx2.
2 1 2
V x Vr
3
Pressão 1 2 2 mV 2
p nmVr n r
3 3 2
7
I – Propriedade dos gases
pV NkT
Em misturas: N=N1+N2+...
V=V1+V2+...
p=p1+p2+... (Lei de Dalton)
8
I – Propriedade dos gases
9
I – Propriedade dos gases
6) Vácuo
Um determinado volume diz-se em vácuo
quando a densidade de partículas nele
existente é inferior à que se encontra na
atmosfera a pressões e temperaturas
normais.
12
I – Propriedade dos gases
Comparação de pressão com várias grandezas físicas
Pressões Zonas de Livre caminho N.O de N.O de colisões Altitudes em
(mbar) pressão médio moléculas por por seg. com 1 relação à Terra
(ar à cm3 cm2 de parede com condições
temperatura n equivalentes
1
ambiente) nv (Km)
(cm) 4
7) Termos correntes
Absorção
Adsorção
Bombeamento
Condutância
Desgaseificação
Fuga
Pressão parcial
Sistema dinâmico
Sistema estático
14
I – Propriedade dos gases
8) Aplicações
Desgaseificação de óleos;
Filtragem em vácuo;
Destilação em vácuo;
Desidratação de alimentos;
Nas lâmpadas de luz elétrica e de luz
fluorescente;
No transporte de líquidos (ex. leite);
E outras...
15
II – Cálculo de sistemas de vácuo
1) Velocidade de bombeamento
2) Condutância
3) Fluxo de gases em tubos
4) Fluxo viscoso
5) Fluxo molecular
6) Fluxo intermediário (ou de Knudsen)
7) Variação no tempo da pressão
16
II – Cálculos de sistemas de vácuo
1) Velocidade de bombeamento
Volume de gás retirado
por segundo. dV
S
dt
Quantidade de gás bombeada na unidade de tempo
(fluxo).
QSp
O fluxo Q (T=const.) Q = Qg + Qd + Qf
Qg gases existentes inicialmente
Qd desgaseificação dos materiais
Qf entrada de gás contínua
17
II – Cálculos de sistemas de vácuo
2) Condutância
Sistema de vácuo
Q C p1 p2
Quantidade de gás que
1
C passa pelo tubo por
unidade de tempo e pela
Z diferença de pressão
2) Condutância
Se C « Sb S C (condutância do tubo)
Se C » Sb S Sb (características da bomba)
19
II – Cálculos de sistemas de vácuo
Dimensões
Pressão
Velocidade de bombeamento
20
II – Cálculos de sistemas de vácuo
a) Fluxo turbulento
Ocorre quando a pressão e a velocidade dos gases são
muito elevadas.
b) Fluxo viscoso ou laminar
O gás desloca-se em camadas finas sobrepostas umas às
outras. A áreas das camadas
Av l distância entre elas
Qvisc v velocidade
l fator de proporcionalidade
(coeficiente de viscosidade
c) Fluxo molecular
Ocorre a baixas pressões quando o livre caminho médio
excede o diâmetro do tubo.
d) Fluxo intermédio ou de Knudsen
A velocidade do gás junto à parede do tubo não pode ser
considerada nula.
21
II – Cálculos de sistemas de vácuo
Dv
D diâmetro do tubo
v velocidade média de fluxo do gás
Re no tubo
densidade
coeficiente de viscosidade do gás
Re 8,3 xD 1Q(20o C )
Se Q > 2,5x102D (turbulento)
Se Q < 1,2x102D (viscoso)
D > 0,3 cm tubos são superiores
22
II – Cálculos de sistemas de vácuo
D diâmetro do tubo
livre caminho médio Kn
D
Se Kn < 10-2 (viscoso)
Se Kn > 1 (molecular)
Assim...
Fluxo viscoso se pm D > 7x10-1 mbar cm
Fluxo molecular se pm D < 7x10-3 mbar cm
“Regras válidas para tubos cilíndricos”
23
II – Cálculos de sistemas de vácuo
L
4) Fluxo viscoso d
Tubo retangular
b
a
L
a 2b 2 Y é um fator que
-1 2
C (1 s ) 3,57 10 pmY depende da razão
L a/b.
2 2
Para o ar a 20 C a b
C (1 s -1 ) 196
o
pmY
L
Orifício pequeno em relação ao volume a bombear (com
p1> p2).
A = área do orifício em
A p cm2
C (1 s -1 ) 20 para 2 0,52
1 p2 p1 p1 P2/p1=0,52 é um valor
crítico (máximo de fluxo)
p2/p1 0,1 (C const. E igual a 20A).
25
II – Cálculos de sistemas de vácuo
5) Fluxo molecular
Tubo comprido secção uniforme qualquer
A = área da secção
1 P = perímetro
-1 T 2
A2
C (1 s ) 19,4 K L = comprimento do tubo
M PL K = fator de Clausing (depende da
forma da secção e do peso
molecular do gás - M)
-1 D3 Para o ar a 20 oC
C (1 s ) 12,1 fazendo M = 28,98g
L
26
II – Cálculos de sistemas de vácuo
Tubo retangular
Para a«L Para a»b
1 1
T 2
ab2 2
T 2
ab 2
-1
C (1 s ) 9,7 K C (1 s -1 ) 9,7 K'
M a b L M L
Para o ar a 20 oC Para o ar a 20 oC
2 2 2
-1 a b ab
C (1 s ) 30,9 K C (1 s -1 ) 30,9 K'
a b L L
Condutância
27
II – Cálculos de sistemas de vácuo
28
II – Cálculos de sistemas de vácuo
Caso A:
Sistema bombeado a partir da atmosfera.
Q » Q + Q (podendo se desprezar).
g d f
Caso A:
O tempo que uma bomba leva para passar da
pressão inicial pi para p é dado por:
pi V pi
t ln 2,3 log
p S p
Uma pressão igual a metade da pressão inicial
será atingida ao fim de um tempo.
V
t1 2 0,69
S
Considerando-se que S não varia entre pi e p.
Se ocorrer o intervalo entre pi e p terá que ser
decomposto em pequenos intervalos dentro dos
quais S é constante.
32
II – Cálculos de sistemas de vácuo
Caso B:
Qd e Qf são importantes em comparação a Qg, o que
ocorre passado o pré-vácuo.
dp
pS V Q0
dt
Qd + Qf = Q0 = constante
V p
S 2,3 log
t 2 t1 p0
Caso C:
Então...
f g
p t
S S
isto é, a pressão diminuirá linearmente com o
tempo.
34
II – Cálculos de sistemas de vácuo
Caso D:
Se o fluxo de gás Q devido a fugas ou introdução
f
contínua de gás prevalecer.
Qf
pf
Caso E: S
Isolando o volume V já em vácuo (S=0 e Q =0) – caso B
g
Q0
p pi t
V
Em que pi representa a pressão do sistema em t=0 p
aumentará linearmente com o tempo.
Caso F:
Se a desgaseificação for muito importante depois de
isolar o volume – caso C (pressão aumentará com o
tempo segundo a lei quadrática) f 2 g
p t t pi
2V V
35
III – Bombas de vácuo
1) Introdução
2) Bombas mecânicas
3) Bombas de vapor
4) Bombas de fixação
5) Medidas de velocidades de bombeamento
(S) e de condutância (C)
36
III – Bombas de vácuo
1) Introdução
Bombas de vácuo
(retiram gases)
Subatmosféricas
Bombas de fixação
37
III – Bombas de vácuo
Bombas rotatórias
Bombas de absorção
Bombas “Roots”
Ejetores de vapor
Bombas “Booster”
Bombas de difusão
Bombas iônicas e de adsorção
Bombas criogênicas
Bombas moleculares
38
III – Bombas de vácuo
39
III – Bombas de vácuo
Princípios básicos
Bombas mecânicas passagem do gás de
entrada/saída (transferência de momento linear
entre o meio motor e o gás).
Ex.: rotatórias; “Roots” e as bombas moleculares.
Bombas de vapor é o vapor de água, de
mercúrio ou de um óleo de baixa pressão de vapor
que arrasta as moléculas de gás de entrada/saída.
Bombas de vapor
Tipo Zona de operação
Ejetoras de vapor 1023 a 4x10-2 mbar
Bombas de difusão <10-3 mbar
Bombas “booster” 10-2 a 10-4 mbar
40
III – Bombas de vácuo
Bombas de fixação
41
III – Bombas de vácuo
2) Bombas mecânicas
Bombas rotatórias com vedação a óleo
Asseguram o vácuo primário.
Vedação com óleo (lubrificante).
Estágios 1 ou 2 (limite de 10-2, 10-4 mbar).
Representação das características das bombas
através das curvas de “S” em função da “p”.
Mecânicas (S) 10 e 90 000 l/min.
Fases: 1. gases, vapores e tensão de vapor
elevada a pressão que se pretende atingir.
2. melhorar a eficiência (balastro). ex: vapor de
água.
42
III – Bombas de vácuo
Bombas rotatórias
1. Bombas de pistão
rotatório
2. Bombas de palhetas
(duas ou simples)
43
III – Bombas de vácuo
1. Com um estágio
2. Com dois estágios
sem balastro
com balastro
44
III – Bombas de vácuo
Condensadores
Protegem contra: vapor ou gases corrosivos e
evita a migração de óleo p/ bomba (10-5mbar)
Regenera aquecendo (“by pass”, não satura).
46
III – Bombas de vácuo
47
III – Bombas de vácuo
48
III – Bombas de vácuo
49
III – Bombas de vácuo
50
III – Bombas de vácuo
S 3 x 103 a 1,5 x 106 l min-1.
Pressão 15 a 10-3 mbar (10-5 mbar).
Como não usam óleo, a maior parte da potência
desenvolvida para comprimir o gás vai aquecer
os motores.
Cr = Fator de proporcionalidade
P Cr S1 p2 p1 S1 = Velocidade de bombeamento
p1 e p2 =pressão entrada/saída
O aquecimento diminui com a associação de
uma bomba rotatória.
Maior aquecimento a altas pressões (início do
bombeamento.
Grande aquecimento dos motores (gripar).
Precauções arrefecimento, interruptor
sensível a pressão.
51
III – Bombas de vácuo
Bombas moleculares
Bombas:
1. De arrastamento molecular
2. Turbomoleculares
52
III – Bombas de vácuo
Bombas turbomoleculares
Primeiros estágios altas velocidades de
bombeamento e pouca compressão.
Últimos alta compressão embora com menor
velocidade de bombeamento (Q=Sp).
Construção vertical ou horizontal.
54
III – Bombas de vácuo
3) Bombas de vapor
Ejetores de vapor
O gás a bombear é arrastado por um jato de vapor, dando-
se uma transferência de momento linear entre a
corrente de vapor e o gás. • razão de
• Vapor.
compressão de um
• Energia térmica ejetor 7 para 1.
energia cinética de
• Utilizando vários
translação.
andares (4) 10-2
• pressão mbar.
dependente da
• “S” até 4500l/s
pressão inicial do
vapor e do Utilizado em sistemas
desempenho do muito sujos ou
ejetor, senão o gás grandes quantidades
reentra no sistema. de vapor.
56
III – Bombas de vácuo
Bombas de difusão
• Envólucro cilíndrico;
• Vaporizador para o
líquido da bomba;
• Chaminé com vários
andares;
pratos
Arrefecidos por água ou
freon (-18 a -25 oC) ou
anéis
por elementos de
Peltier
chevrons
Bombas “Booster”
4) Bombas de fixação
Bombas de absorção
Estão substituindo as bombas rotatórias (pré)
São essencialmente constituídas por vasos
cheios de um material absorvente como os
crivos moleculares (zeolites) e o carvão ativado.
65
III – Bombas de vácuo
66
III – Bombas de vácuo
67
III – Bombas de vácuo
Bombas de adsorção
sublimação de titânio
sem evaporação
Sublimação de titânio
Câmara depositada
Temperatura
Velocidade de vaporização
Pressão do sistema
Saturação (troca-se).
71
III – Bombas de vácuo
73
III – Bombas de vácuo
Bombas criogênicas
Nova como método de bombeamento.
Permite bombear grandes volumes (baixo $),
vantagem de obter pressões muito baixas.
Funcionamento introdução de uma superfície
arrefecida a T« no volume a bombear
(condensação dos gases).
Resfriamento Nitrogênio líquido ou água.
Tendência reevaporar à medida que a
pressão desce, estabelecendo um equilíbrio.
Hélio líquido (4,2 K) mais usado 20 K (H2,
néon, hélio) – retirados por: bombas de difusão
ou iônica.
76
III – Bombas de vácuo
77
III – Bombas de vácuo
Q S p1 p10 C p2 p1
p2 p1
S C , fluxo molecular
p1 p10
Este método tem vantagem de não necessitar de
medir fluxos mas somente pressões.
80
III – Bombas de vácuo
81
IV – Medidas de pressão
1) Introdução
2) Tubo em U
3) Medidor de McLeod (ou de compressão)
4) Descarga de alta freqüência
5) Medidores mecânicos
6) Medidores de condutibilidade térmica
7) Medidor de Knudsen
8) Medidor de ionização
9) Escolha de Medidores
10) Calibração de Medidores
82
IV – Medidas de pressão
1) Introdução
Medidas de pressão inferiores à pressão
atmosférica são, e.g., difíceis e por vezes
sujeitas a grandes erros.
Depende da resposta do medidor e da
composição química da atmosfera residual.
Precisão relativa 10-1 e 10-3 mbar.
10-4 mbar medidas indiretas (aparelhos de
calibração!).
Felizmente em muitos aplicações basta uma
aproximação.
83
IV – Medidas de pressão
2) Tubo em U
Medidor mais simples para vácuo primário.
p patm h
Tubo fechado em vácuo diretamente a
pressão (vapor de mercúrio 10-3 torr).
Esse medidor consegue ler pressões com
precisão de 10-1 torr.
Usando um catetômetro 10-2 torr.
É possível utilizar, em vez de mercúrio, óleo de
tensão de vapor muito baixa.
Desvantagem principal aderência do óleo as
paredes do tubo (tempo de espera).
85
IV – Medidas de pressão
88
IV – Medidas de pressão
89
IV – Medidas de pressão
90
IV – Medidas de pressão
5) Medidores mecânicos
Medidor de Bourdon
Consiste de um tubo em forma de arco flexível,
fechado num extremidade e ligado ao sistema
de vácuo na outra.
A curva do tubo varia
com a pressão e estas
variações são indicadas
num mostrador por meio
de um ponteiro ligado à
extremidade fechada.
Medidor de membrana
Formado por duas câmaras separadas por um
diafragma muito sensível à variação de pressão
membrana metálica (podendo ser enrugada).
Deformação
Métodos mecânicos
Métodos elétricos
2
p constante V
Para pressões baixas as leituras são difíceis
ruídos e flutuações.
93
IV – Medidas de pressão
Vantagens:
Permite obter medidas de pressões e gases
corrosivos ou que reajam com o mercúrio.
Não contaminam o sistema.
Desvantagens:
Necessidade de uma calibração prévia.
94
IV – Medidas de pressão
Independe da pressão
Pirani
96
IV – Medidas de pressão
97
IV – Medidas de pressão
Aumento da pressão:
da temperatura do filamento
da resistência
Usados desde a pressão atmosférica até
pressões da ordem de 10-3 a 10-4 mbar.
Ao invés de um filamento, um termistor.
Termopar
Os termopares são menos frágeis que os
pirani, mas são menos sensíveis.
Usam-se na mesma zona de pressões e para
vários gases é necessário tabelas de correções.
98
IV – Medidas de pressão
7) Medidor de Knudsen
Formado por uma placa muito leve suspensa por
um fio entre dois aquecedores.
99
IV – Medidas de pressão
8) Medidor de ionização
A baixas pressões o número de íons
devido ao bombardeamento, de elétrons,
do gás residual é proporcional a pressão
desse gás.
Pressões variam com o tipo de construção.
Zonas de 1 a 10-5 mbar
10-2 a 10-7 mbar
10-3 a 10-11 mbar
101
IV – Medidas de pressão
105
IV – Medidas de pressão
109
IV – Medidas de pressão
Alfatron
As radiações ionizantes podem ser usadas para
medidas de pressão.
A radiação não contém riscos de
contaminação e não oferecem riscos a saúde.
Utilizados a atmosfera até 10-4 mbar.
Até 10-3 mbar as medidas são estáveis e de
grande precisão.
Sensibilidade 10-5 A mbar-1.
Utilizado para detecção de fugas, pois trabalha
a altas pressões, sem filamentos que possam
queimar e sem que haja perigo de descargas.
110
IV – Medidas de pressão
9) Escolha de medidores
Vários fatores devem ser tomados em
consideração ao escolher um determinado
medidor. Os mais importantes são:
111
IV – Medidas de pressão
Leituras contínuas
Independente do gás
Várias cabeças
Suficiente
Mau
X SIM
SIM com reservas
114
V – Analisadores de gases residuais
1) Introdução
2) Espectrômetros de massa
3) Escolha de um analisador
4) Análise de gases residuais com a ajuda
da desadsorção
115
V – Analisadores de gases residuais
1) Introdução
O conhecimento das pressões parciais permite,
saber ao certo quais as moléculas que podem
intervir no processo.
Em realção ao sistema pode-se saber o
estado de desgaseificação das paredes, o estado
de limpeza dos sistema e mesmo detectar fugas.
Os métodos mais usados são espectroscopia
de massa e o estudo da libertação de gases
adsorvidos e absorvidos no sistema, por
aquecimento do material sorvente.
116
V – Analisadores de gases residuais
2) Espectrômetros de massa
Aplicados para análise de gases residuais são
mais simples que os de tipo analítico dado o
trabalho específico a que se destinam.
Figura 5.1
119
V – Analisadores de gases residuais
121
V – Analisadores de gases residuais
122
V – Analisadores de gases residuais
Tipo coloidal
Os íons são produzidos na fonte por impacto
eletrônico são analisados por um campo
magnético perpendicular ao plano da figura e
por um campo elétrico no plano do feixe
Omegatron
O omegatron é um ciclotron em miniatura.
M 3 V
r [m] 0
130
V – Analisadores de gases residuais
Tempo de vôo
Não tem campo magnético.
Todos os íons acelerados na fonte tem a mesma
Ec, como as massas são , as veloc. também
são.
Usando uma fonte pulsada (tensão +) é
possível ao fim de um percurso conhecido, de
40 a 100 cm, registrar a passagem de grupos de
íons e estabelecer uma correspondência com as
massas.
A velocidade de cada íon é a (z/M)1/2, os íons
mais leves são coletados primeiro.
M/z com o tempo M/z 2 x 108 (vt2)/L.
Eletrônica com resposta rápida impulsos 10-
6
s, duração da freqüência de 104/s.
132
V – Analisadores de gases residuais
Radiofreqüência
Os íons atravessam uma série de eletrodos aos
quais está aplicada uma tensão de
radiofreqüência.
Para um determinado valor da razão M/z a
velocidade do íon vai ser tal que ao passar em
todos os eletrodos receba um impulso
acelerador.
Os outros serão acelerados ou retardados, só
os íons com determinado valor de M/z tem o
máximo da energia e vão poder atravessar as
grelhas seletoras colocadas antes do coletor.
133
V – Analisadores de gases residuais
3) Escolha de um analisador
Zona de pressões de trabalho e orientação do
fluxo
Sensibilidade (A mbar-1)
Poder de resolução M/M
Intervalo de massas necessário (Mmín., Mmáx.).
Possibilidade de sintonizar uma determinada
massa.
Possibilidade de indicação da pressão total.
Possibilidade de ser desgaseificado por
aquecimento.
135
V – Analisadores de gases residuais
137
VI – Detecção de fugas
1) Introdução
Um sistema de vácuo nunca é perfeitamente
isolado permeabilidade dos próprios materiais
utilizados e das juntas de vedação.
Uma fuga tem as dimensões de um fluxo.
As fugas aparecem, com mais facilidade, em
soldas e em todos os pontos onde haja ligações
desmontáveis, mas podem surgir devido a
fraturas ou poros nas paredes do sistema.
Fugas virtuais imperfeições no sistema que
aumentam com o tempo.
Para calcular a fuga num sistema cujo volume V.
138
VI – Detecção de fugas
2) Métodos de detecção e
localização de fugas
*Para vácuo pouco elevado
Detecção com gases comprimidos
Construção ar comprimido e um tanque de
água (borbulhar do ar na água).
Montado cobre-se a zona suspeita de fuga
com uma solução de sabão e injeta-se ar
comprimido através de uma entrada (bolhas).
Método usado em sistemas que não tenham
partes de vidro.
A fuga mínima detectável 10-4 mbar l/s.
140
VI – Detecção de fugas
142
VI – Detecção de fugas
143
VI – Detecção de fugas
Pirani ou termopar
Medidores de condutibilidade térmica
hidrogênio ou hélio (condutibilidade térmica
maior que a do ar).
Usado entre 10 e 10-3 mbar, fuga mínima 10-3
mbar l/s.
Aumenta-se a sensibilidade para 10-5 mbar l/s
utilizando o Pirani, desde que se possa zerar o
aparelho.
Medidor de ionização
Para aumentar a sensibilidade utiliza-se dois
gases , um que aumente o valor lido e o outro
que o diminua.
Utiliza-se pressões inferiores a 10-4 mbar
(fuga 10-9 mbar l/s)
144
VI – Detecção de fugas
145
VI – Detecção de fugas
147
VI – Detecção de fugas
148
VI – Detecção de fugas
149
VII - Materiais
1) Introdução
2) Metais
3) Plásticos
4) Borrachas
5) Cerâmicas
6) Vidro
7) Massas lubrificantes
8) Óleos para bombas de vácuo
9) Outros materiais orgânicos
150
VII – Materiais
1) Introdução
Os materiais a escolher para construção de
aparelhagem de vácuo devem satisfazer as
seguintes condições:
151
VII – Materiais
152
VII – Materiais
2) Metais
Mais usados aço inoxidável, cobre e latão.
Aço inoxidável – inox de estrutura austenítica e
de baixo teor em carbono. As propriedades
antimagnéticas da estrutura não interferem nos
instrumentos elétricos (baixa tensão de vapor).
Soldas – por arco em atmosfera de argônio ou
por feixe de elétrons em vácuo (com polimento
eletrolítico).
Desgaseificação – aquecimento (250 e 350 oC).
Cobre – Usa-se para tubagens em pré-vácuo com
soldas feitas a prata, e em anéis de vedação
(cobre eletrolítico).
Alumínio – anéis de vedação.
153
VII – Materiais
Detalhes de soldas
155
VII – Materiais
3) Plásticos
Polietileno – barato e de boa resistência
mecânica. Uma vez desgaseificado não volta
facilmente a adsorver a mesma quantidade.
Nylon – forte, resistente a altas temperaturas,
mas libera muito vapor de água.
Perspex – transparente e facilmente trabalhável
(janelas), libera vapor de água. Acetona e álcool
o deixam quebradiço.
Teflon (PTFE) – caro, porém o melhor!
Facilmente trabalhável, autolubrificante e inerte.
Acima de 400 oC libera vapores altamente
tóxicos (norma não fumar!). ☠
Araldite – colar.
156
VII – Materiais
4) Borrachas
São usadas para vedações, em anéis de juntas
desmontáveis e para diafragma de válvulas (alta
taxa de desgaseificação).
Limpeza – pano seco ou uma passagem rápida
com álcool, acetona ou preferencialmente xileno,
benzeno, tolueno ou clorofórmio.
Borracha natural – vácuo primário, utilizada para
anéis de vedação (sofre ataque – óleo das
bombas – 70 e 105oC ).
Neopreno – Tem permeabilidade e taxa de
desgaseificação baixas mas menos que a
borracha natural (não é atacada pelos óleos –
150 oC [80 oC]).
157
VII – Materiais
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VII – Materiais
5) Cerâmicas
Possuem tensões de vapor desprezáveis e são
facilmente limpos e desgaseificado.
Tem todos os tamanhos, com possibilidades de
soldar a metais e com grande resistência
mecânica, elétrica e térmica.
Porcelanas (cerâmicas refratárias convencionais)
– autovitrificadas, bons isoladores elétricos mas
possuem pouca resistência mecânica ao choque
e taxa de desgaseificação elevada [1300 oC].
Porcelanas refratárias nobres (tipo óxidos puros)
6) Vidros
Usam-se vidros de borosilicato (Pyrex),
porque além de ter boa resistência
mecânica podem ser desgaseificados em
vácuo até 450 oC.
Podem fazer-se ligações vidro-metal
utilizando o “Kovar”, que é um liga de
ferro, níquel e cobalto.
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VII – Materiais
7) Massas lubrificantes
Gorduras
São utilizadas para lubrificação e vedação. Devem ser
usadas em quantidades mínimas para evitar uma
desgaseificação muito elevada.
a. Hidrocarbonetos de alto peso molecular
b. Silicones
Ceras
São sólidos moldáveis à temperatura ambiente que se
tornam plásticos e fundem quando se eleva a
temperatura.
Lubrificantes
Óleos das bombas e sólidos usados em vácuo com
baixa tensão de vapor e baixo coeficiente de fricção.
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VII – Materiais
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VII – Materiais
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VIII – Montagem e funcionamento
1) Introdução
2) Acessórios
3) Escolha e funcionamento de sistemas de
bombeamento
4) Limpeza de sistemas de vácuo
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
1) Introdução
Os sistemas de vácuo são, essencialmente de
dois tipos:
Sistemas estáticos – sistemas que são bombeados
e em seguida fechados de modo a manter o
vácuo, ex: válvulas eletrônicas;
Sistemas dinâmicos – sistemas que são
bombeados continuamente de modo a manter
uma determinada pressão, ex: espectrômetros
de massa, microscópios eletrônicos, aparelhos
de feixes moleculares, aceleradores, etc.
Esses últimos sistemas podem dividir-se
ainda em abertos e fechados.
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
1) Volume a evacuar;
2) Sistema de bombeamento;
3) Sistema de medida;
4) Sistemas de circulação de águas,
alimentação elétrica, segurança contra
faltas de água, de energia elétrica, ...
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
2) Acessórios
Os sistemas de vácuo necessitam de ser flexíveis,
i.é., de poder ser facilmente modificados ou
parcialmente substituídos em caso de avaria.
Ligações desmontáveis
Na zona de pré-vácuo, entre a bomba de difusão e
a bomba rotatória, e.g., se faz a ligação por
meio de um tubo de borracha de neopreno de
paredes grossas.
Servem ainda como amortecedores de modo a que
a vibração da bomba rotatória não seja
transmitida ao resto do sistema (forma mais
duradoura – tubo flexível “bellow” de metal.
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
Válvulas
Sistemas de vidro válvulas de vácuo torneira de vidro.
Sistemas metálicos válvulas metálicas – pré-vácuo
(diafragma); em alto vácuo (além das de diafragma
usam-se válvulas de gaveta, de borboleta e de prato).
Outro tipo válvula de esfera, para pré e alto vácuo.
Controle de fluxo válvulas agulha.
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
Válvulas
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
Dispositivos de proteção
3) Escolha e funcionamento de
sistemas de bombeamento
Três tipos:
Bomba rotatória e bomba de difusão
pretende-se atingir o alto vácuo mas não
se tem a preocupação de eliminar a
contaminação por óleos.
Sistema constituído por bomba iônica e de
adsorção e bombas de absorção.
Grande volume de gás até atingir o vácuo
primário com bombas roots ou rotatória.
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VIII – Montagem e funcionamento de sistemas de vácuo
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