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Aplicações da equação de estado

Densidade
m = em gramas
n
m MM – em gramas mol-1
PV  nRT MM
mRT
PV 
MM
Volume molar
mRT m
P d
VMM V RT
Vm 
P
PMM
d
RT

1
E quando P, V, n e T variam?
- Tem-se uma combinação das leis:

Condição inicial: Antes da mudança Condição final: Depois da mudança

Para n1 = n2

2
Mistura de gases
Mistura de gases

 Dalton observou que gases diferentes em uma mistura


parecem exercer pressão nas paredes do recipiente,
independentemente um do outro.

 A pressão medida de uma mistura de gases é a soma das


pressões que os gases exerceriam se cada um estivesse
sozinho.
Mistura de Gases e Pressões Parciais
Exemplo: N2 + H2O + CO2

- Lei de Dalton

Em 1801 disse que a pressão total de uma


mistura de gases é a soma das pressões
individuais de cada componente.

Ptotal = PN2 + PH2O + PCO2

PT  P1  P2  P3

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Pressão parcial
Pressão total
nT RT
PT 
V
RT
P1  n1 - dividindo por PT

PB
PA
V
P1 n1RT

PT PTV
0 1
P1 n1
  x1 Fração molar de B, xB

PT nT

P1  x1 PT
Pressão parcial
tem significado físico?
6
Folha de Paládio 100kPa Manômetro 100kPa
Hg
H2
V
T Pi = 1atm
P = 100 kPa H2
38 cm
P = 50 kPa
2V
P=0 Nível de Hg T
V Pf = ½ atm

Folha de Paládio 100kPa 100kPa

H2
V
T Pi = 1atm H2 + N2
P = 100 kPa 2V
T 38 cm
PH2 = 50 kPa
N2
PN2 = 50 kPa
V
T
P = 100 kPa PH2= 1/2 atm
PT= 1 atm

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Exercício 01. O pneu de um automóvel foi regulado de forma a manter
uma pressão interna de 21 libras-força por polegada quadrada (lb/pol²), a
uma temperatura de 14°C. Durante o movimento do automóvel, no
entanto, a temperatura do pneu elevou-se a 55°C. Determine a pressão
interna correspondente, em lb/pol², desprezando a variação do volume
do pneu.

Os fabricantes de pneus informam sempre a pressão


recomendada para garantir o bom funcionamento e
aumentar a vida útil dos pneus. Por esta razão, é
preciso sempre verificar a pressão dos pneus de um
automóvel.

Pensando no problema que acabamos de


resolver, qual seria a ocasião mais apropriada
para se fazer uma verificação e ajuste da
pressão dos pneus de um automóvel?
Exercício 02. Sábado é dia de feijoada!
Cozinheiros sabem que o feijão preto costuma ser uma leguminosa difícil de ser cozida;
logo, põem-no, juntamente com os demais ingredientes, em uma panela de pressão
porque sabem que a temperatura dentro da panela pode atingir valores bem mais
elevados que o da ebulição da água em condições normais. Para a preparação de
quantidades maiores de feijoada, pode-se utilizar uma panela de 18L (1,8x10-2m³). Nessa
panela, a pressão é controlada por uma pequena válvula de 0,82 N, que repousa sobre um
tubinho de 30 mm² (3x10-5m²) de seção reta, por onde escoa o excesso de vapores,
impedindo, assim que a pressão se acumule perigosamente além do necessário. No
instante em que a válvula começa a liberar vapores, a panela apresenta temperatura de
127°C (400K) e 2/3 de seu volume estão ocupados pela feijoada. Supondo que a massa
gasosa no interior da panela comporta-se como um gás ideal, calcule o número de moles
de gás que estarão presentes na panela no instante em que a válvula começar liberar
vapores. Considere a constante universal dos gases perfeitos igual a 8,2 N x m/mol x K.
Exercício 3 - O catálogo de produtos de um certo fornecedor de
gases especiais disponibiliza um cilindro de aço de 50 L contendo o
gás argônio com pureza de 99,998%m/m na temperatura de 25°C e
pressão de 200 kgf/cm2.

a) Expresse a pressão do gás no cilindro em unidades de pascals e de


atmosferas.
b) Calcule a quantidade de matéria e a massa do gás Ar contido no
cilindro de gás.
c) Calcule o volume em litros e em metros cúbicos que o gás contido
no cilindro ocupará quando liberado para a temperatura e pressão
ambientes de 25°C e 1atm.
Equação de estado dos gases Dados empíricos

Visão macroscópica do comportamento


das moléculas no estado gasoso

- Visão microscópica das moléculas gasosas relacionado as


propriedades macroscópicas.

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Modelo Cinético dos Gases
A teoria cinética dos gases procura descrever o comportamento
deste estado de agregação através de um modelo conceitual
simples.

O modelo é um exemplo da relação entre o comportamento


microscópico da matéria, e as propriedades que apresenta à
escala macroscópica.

A origem - caráter mecanicista


Bernoulli, em 1738 - afirma que a
pressão de um gás se deve ao impacto
das partículas nas paredes do recipiente
onde está contido.
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Modelo Cinético dos Gases

A teoria atual teve a sua origem em 1859 quando James


Clerck Maxwell introduz o conceito de caos molecular,
refletindo o carácter aleatório do movimento molecular.

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Modelo Cinético dos Gases
A teoria cinética dos gases é formada por um conjunto de hipóteses
básicas:

1.-Todos os gases são constituídos por um grande número de


moléculas, esféricas, pequenas quando comparadas com as
dimensões do recipiente de volume V onde estão contidas e
com grandes distâncias percorridas entre colisões sucessivas.

2.- As moléculas estão em movimento contínuo e aleatório,


deslocando-se em todas as direções em trajetórias retilíneas.

3.- As moléculas são independentes umas das outras e só


interagem durante colisões elásticas de curta duração.

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Modelo Cinético dos Gases - Maxwell

Gás Moléculas em movimento Energia cinética

Como se determina a Ek de um gás?

Qual a definição de energia cinética?

Ek = ½ m v 2

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Modelo Cinético dos Gases
Lei de Newton: F = taxa de variação de momento (p)

p = mv

2
Nmv
P
p = mv AL

Nmv 2
P
V

As partículas se movem em todas as direções.


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Modelo Cinético dos Gases

Ek = ½ m v2

2
N1 / 3mv
v2 = vx 2+ vy + vz
2 2 P
V
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Modelo Cinético dos Gases
Combinando o resultado para a pressão e a lei dos gases ideais
NA - número de Avogadro
2
N1 / 3mv PV = nRT R - constante do gás
P K -constante de Boltzmann k = R/NA
V A constante de Boltzmann é k =
1,38 x 10-23 joules/K
N R 1 2
NA  K E  mv
PV  1 / 3 Nmv
k
2 n NA 2

1 / 3 Nmv  nRT
2

1
N A mv 2  RT
3 1 mol de gás

2 3 A energia cinética média molecular é


N A Ek  RT Ek  RT proporcional à temperatura absoluta.
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3 2
A distribuição de velocidade de Maxwell
Por outro lado, ele observou que uma descrição completa de como cada
molécula se move não era necessária.

O que era necessário era alguma compreensão de como este modelo


microscópico estava conectado com as propriedades macroscópicas, que
representam as médias de um número enorme de moléculas.

A informação microscópica relevante não é o conhecimento das posições e


velocidades de cada molécula a cada instante de tempo, mas a sua função
distribuição.

- Isto é o mesmo que dizer que percentagem de moléculas estão em uma


certa parte do recipiente, e que a percentagem possuem velocidades
dentro de certo intervalo, a cada instante de tempo.

Exemplo? 1 mol de gás: 6,02x1023 moléculas


- a cada 10-9s ocorre uma colisão
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Distribuição de velocidade de Maxwell
Para um gás em equilíbrio térmico, a função distribuição é independente
do tempo. Ignorando pequenas correções devido à gravidade, o gás se
distribuirá uniformemente no recipiente, de modo que o único dado
desconhecido é a função distribuição de velocidade.

Maxwell encontrou que a distribuição de velocidade das moléculas de gás


em equilíbrio térmico pelos seguintes argumentos baseados:
- Para um gás de N partículas, seja Nf(vx)dvx o número de partículas tendo
velocidade na direção x entre vx e vx + dvx .
- Em outras palavras, f(vx)dvxé a fração de todas as partículas que possuem
velocidade na direção x dentro no intervalo entre vx e vx + dvx.

Todas as direções são iguais, de modo que a mesma função f dará a


distribuição de probabilidade para as outras direções. A probabilidade
para a velocidade ficar entre vx e vx + dvx, vy e vy + dvy, e vz e vz + dvz será:
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Distribuição de velocidades de Maxwell
3/ 2
 M  2  Mv 2 / 2 RT
f (v)  4   ve
 2RT 

Velocidade média das moléculas


1/ 2
 8 RT 
C  
 M 
Velocidade média relativa Massa reduzida
m A mB
 8kT 
1/ 2

C rel    m A  mB
  
Velocidade média com que uma molécula se aproxima de outra.
21
Distribuição de velocidades de Maxwell

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Distribuição de velocidades de Maxwell
3/ 2
 M  2  Mv 2 / 2 RT
f (v)  4   ve
 2RT 

Diferentes temperaturas

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Efusão e difusão

A efusão é a evasão de um gás


através de um buraco pequeno.

Por que um balão esvazia com o


tempo?

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Efusão e difusão
Exemplos e aplicações:
O urânio é encontrado na natureza na forma de uma
mistura constituída por 99,3% do isótopo 238U e apenas
0,7% do isótopo 235U.

O urânio-235 é um isótopo físsil ou fissionável

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Efusão e difusão
• Os minérios de urânio contêm, normalmente, vários óxidos desse
elemento: UO2, UO3 e U3O8, contendo, em média, 99,3% de 238U e
0,7% de 235U,

• Após ser extraído, o minério passa por uma série de processos: Para
obter uma mistura gasosa de 238UF6 e 235UF6, cuja separação é
extremamente difícil e onerosa.

- Difusão gasosa (ou melhor, efusão gasosa) através de placas porosas;


- Ultracentrifugação (centrifugação em altíssimas velocidades);

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Efusão e difusão
A mais conhecida reação nuclear é a fissão, na qual um
núcleo pesado se combina com um nêutron e se separa em
dois outros, de núcleos mais leves.

Uma típica reação de fissão envolvendo o urânio-235 é:

92 U235 + 1 NÊUTRON = 38 Sr96 + 54 XE138 + 2 NÊUTRONS + ENERGIA

Energia = é de aproximadamente 200 milhões de eletrôn. volts


(eV),
- um fator de 25 milhões de vezes superior ao da reação da
combustão do metano.

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Efusão e difusão
A difusão de um gás é a sua propagação pelo espaço.
Thomas Graham - químico escocês

Esse cientista passou grande parte de seu tempo


estudando a difusão dos gases e de líquidos.

No caso dos gases, ele observou que, quando um gás


se difunde por outro meio gasoso, a sua densidade interfere
na velocidade dessa difusão. Com isso, em 1828, ele
enunciou a seguinte lei:

Lei de Graham: A velocidade de difusão e de efusão de


um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de
sua densidade.
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Considerando dois gases com massas diferentes, na mesma temperatura

1 2 3
Ek  mv Ek  RT
2 2
T1  T2

Ek 1  Ek 2

1 2 1 2
m1v1  m2 v2
2 2 Considerando m sendo a MM

m1 v2
2
v1 MM 2 2 Lei de Graham
 2 
m2 v1 v2 MM 1 1
v1 e v2 - são as velocidades de difusão dos gases 1 e 2;
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ρ - representa as densidades destes gases;
MM - representa a massa molar.
Exercícios:
1. Um tanque de oxigênio armazenado fora de um edifício tem uma pressão de 20,00 atm às 6 horas, quando a
temperatura é 10 0C. Qual será a pressão no tanque as 18:00 horas quando a temperatura chega a 30 0C? (21,4
atm)

2. Mergulhadores, explorando um naufrágio e desejando evitar a narcose associada ao uso de nitrogênio usado na
mistura de gás, mudaram para uma mistura de neônio e oxigênio que contém 141,2 g de oxigênio e 335,0 g de
neônio. A pressão nos tanques de gás é 50,0 atm. Qual a pressão parcial de oxigênio nos tanques? (10,5 atm )

3. Com as constantes de Van der Waals para o cloro calcule o valor aproximado da temperatura de Boyle do cloro. a
= 6,579 L2 atm mol2, b = 5,622x10-2 L mol-1 (T = 1427,11 K)

4. Considere a distribuição de velocidades de Maxwell mostrada na figura abaixo:

a) A partir do gráfico, ache a localização que representa a velocidade mais provável das moléculas.
b) O que acontece com a porcentagem de moléculas que tem a velocidade mais provável quando a temperatura
aumenta?

5. Um reservatório de uma empresa especializada em gases contém o gás hidrogênio a uma pressão P e uma
temperatura T. Sabe-se que esse reservatório apresenta uma perda por difusão de 6,0.104 moléculas por segundo.
Quando comparado a outro reservatório da empresa contendo o gás oxigênio, nas mesmas condições de pressão e
temperatura, podemos dizer que ele perderá o mesmo número de moléculas em qual tempo? (Dados: H = 1 g/mol;
O = 16 g/mol) (4s)
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