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Capitulo 19 –

Teoria Cinética
dos gases

Prof. Leonardo Lago


Física Geral II – FGE2001
Semestre 2023/01
Modelo do gás ideal

• Colisões perfeitamente elásticas entre partículas;


• Não existem interações entre partículas;
• As partículas têm dimensões desprezíveis;
• As partículas descrevem um movimento retilíneo e
uniforme;
• As partículas são rígidas e estão em um constante
estado de movimentação caótica e desordenada;
• Gás rarefeito / baixa pressão
Equação de estado de um Gás Ideal
Interpretação microscópica da pressão

1 𝑁𝑚 2 1 2
𝑝= 𝑣 = 𝜌𝑣
3 𝑉 3

Interpretação microscópica da temperatura


1 2
3
𝑀𝑣 = 𝑅𝑇
2 2
1 2
3 𝐽
𝑚𝑣 = 𝑘𝐵 𝑇 𝑘𝐵 = 1,38 × 10−23
2 2 𝑚𝑜𝑙. 𝐾
Livre Caminho Médio
Define-se livre caminho médio () a distância média
percorrida por uma partícula entre duas colisões sucessivas.

Ao considerarmos as partículas esferas rígidas, quanto


maior for o seu diâmetro, maior será o número de colisões,
diminuindo assim o seu livre caminho médio

Uma molécula de gás ideal:


• Sofre ação de uma força somente durante a colisão
• Durante o movimento; 𝐹 = 0 → 𝑀𝑅𝑈
Livre Caminho Médio: hipóteses

Esperamos que λ varie inversamente o número de


moléculas por unidade de volume com N/V (ou
concentração de moléculas). Quanto maior o valor de N/V,
maior o número de colisões e menor o livre caminho médio.

Também esperamos que λ varie inversamente com algum


parâmetro associado ao tamanho das moléculas, como o
diâmetro d, por exemplo. Quanto maior as partículas,
maior a quantidade de choque e menor o livre caminho
médio.
Quando uma partícula se aproxima de outra, ela “vê” um
círculo de raio r (raio da esfera), de modo que ela “vê”
um objeto de área 𝜋𝑟 2 . Quanto maior for esta área maior
será a possibilidade de colisão e com isto menor o
caminho médio
Ao ziguezaguear pelo gás, a partícula varre um pequeno
cilindro de seção reta d2 entre colisões sucessivas.

Em intervalo de tempo Δt, a molécula percorre uma


distância vΔt; alinhando todos os pequenos cilindros,
formamos um cilindro de comprimento vΔt e volume
(πd2)(vΔt);

O número de colisões que


acontecem em um intervalo de
tempo Δt é igual ao número de
moléculas (pontuais) no
interior desse cilindro.
Como N/V é o número de moléculas por unidade de volume,
o número de moléculas no interior do cilindro é N/V vezes
o volume do cilindro, ou (N/V)(πd2vΔt).

Esse é também o número de colisões que acontecem no


intervalo Δt.

Assim, o livre caminho médio é o comprimento da


trajetória (e do cilindro) dividido por esse número:
Lei de distribuição de Maxwell

Maxwell, em 1852, resolve o problema da determinação


da distribuição de velocidades das moléculas em um gás
Como se distribuem as velocidades das partículas em
um gás?
3
𝑀 2 𝑀𝑣 2
𝑃 𝑣 = 4𝜋 𝑣 2 𝑒 − 2𝑅𝑇
2𝜋𝑅𝑇

𝑣 velocidade molecular
𝑇 temperatura
𝑀 massa molar
𝐽
𝑅 constante dos gases ( 𝑅 = 8,314 )
𝑚𝑜𝑙𝐾
O produto 𝑃 𝑣 𝑑𝑣 (que é uma grandeza adimensional)
é a fração de moléculas cujas as velocidades se
encontram entre 𝑣 𝑒 𝑣 + 𝑑𝑣
Em um gás podemos ter:

• 𝑣ҧ Velocidade média − é a média


simples da distribuição de velocidades
𝑂2 → 𝑣ҧ = 445𝑚/𝑠

• 𝑣 2 Velocidade quadrática média (𝑣𝑟𝑚𝑠 )


– nos dá uma ideia geral da velocidade
molecular numa dada temperatura .
Para o 𝑂2 → 𝑣 2 = 483𝑚/𝑠

• 𝑣𝑝 Velocidade mais provável - marca o


máximo de distribuição de velocidades
→ 𝑂2 → 𝑣𝑝 = 395𝑚/𝑠
Energia Interna

Para um gás monoatômico (átomos isolados), a energia


interna Eint do gás é simplesmente a soma das energias
cinéticas de translação dos átomos.
1 2
3
𝑚𝑣 = 𝑘𝐵 𝑇
2 2
Primeira lei: balanço de energia

∆Eint = 𝑄 − 𝑊

Vf
3
Eint = nRT Q = mcΔT W = න pdV
2 Vi
3
Eint = RnT
2
Calor específico
molar
Calor específico molar: volume constante

Q = nCVΔT
Calor específico molar: volume constante

∆Eint = 𝑄 − 𝑊

∆Eint = 𝑄
Energia Interna
Calor específico molar: pressão constante

Q = nCpΔT
Calor específico molar: pressão constante

∆Eint = 𝑄 − 𝑊

3
Eint = nRT Q = nCpΔT W = pΔV
2

5
Cp = R
2
Relação entre os calores específicos molares

5
Cp = R
2
Cp − C V = R
3
CV = R
2
5
Q = nCpΔT Cp = R
2

3
Eint = nRT
2

∆Eint = 𝑄 − 𝑊
Expansão Adiabática (Q = 0)

∆Eint = 𝑄 − 𝑊

∆Eint = −𝑊
Expansão Adiabática (Q = 0)

Quando o volume aumenta, tanto a pressão como a


temperatura diminuem.

As relações entre a pressão e o volume e entre a


temperatura e o volume durante um processo adiabático
são dadas por:
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