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Propriedades de transporte
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
4
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
5
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Hipóteses:
6
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Colisão elástica:
7
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Propriedades macroscópicas:
Pressão, temperatura, volume
8
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
10
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
11
Cálculo da força exercida por essas moléculas sobre a parede da direita da
caixa (perpendicular ao eixo x e de área A):
- Moléculas que atingem essa parede no intervalo de tempo t são aquelas
que estão à distância vx t da parede e estão se movendo para a direita.
vx t
2V V
nMAvx2 t Número de moléculas que
= colidem com a parede (de
área A):
V
13
(Sendo M = m NA) *
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
nMAvx2
nMvx2 (2)
p= =
V
A *
V
14
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
nMvx 2
pressão =
V
As moléculas têm diferentes velocidades, por
isso, utiliza-se a velocidade média <vx2>
2
nM v x
p= (3)
V
Considerando as velocidades em três dimensões e que:
<vx2> = <vy2> = <vz2>
c2 = <vx2> + <vy2> + <vz2> = 3<vx2>
<vx2> = c2/3 (4)
c = velocidade média quadrática 15
das moléculas *
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
1
pV = nMc 2
3
Comparando a eq. acima com a lei dos gases ideais:
pV = nRT, temos que:
1/3(Mc2 ) = RT → c2 = 3RT/M
A energia de translação média de uma molécula é
dada´por:
= ½(mc2)
Substituindo o valor de c2 na expressão de obtém-se:
= 3/2(RTm/M) = 3RT/2NA
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
18
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Funções de distribuição
Suponha que um professor aplique um teste com 25 perguntas a
um grande número de estudantes, dado por N.
Para descrever os resultados, opção: nota média → problema:
descreve o cenário de modo incompleto.
Cenários possíveis:
(i) metade dos alunos acerta as 25 e a outra metade erra tudo;
(ii) na média todos acertam 12,5 perguntas;
Observe que, embora a taxa média de acerto seja a mesma (12,5),
os cenários são bem distintos.
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Descrição completa: fornecer o número ni dos estudantes que receberam a nota
si, para todas as notas obtidas.
Outra alternativa: dar a fração dos estudantes fi = ni/N que receberam a nota
si. Ambas, ni e fi, são funções da variável s e são denominadas de funções de
distribuição. Este tipo de distribuição fracionária é um pouco mais conveniente
de usar.
A probabilidade de que um dos N estudantes selecionados ao acaso tenha
recebido a nota si = número total de estudantes que receberam aquela nota ni
dividido por N = fi .
ni 1
fi = ni/N
i
fi = =
i N N
n
i
i (7)
f
i
i =1 Condição de normalização
(9) para distribuições
fracionárias
20
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Para calcular a nota média → somam-se todas as notas e divide-se por N. Como
cada nota si foi obtida por ni=Nfi estudantes, isto equivale a:
1
sméd =
N
n s = s f
i
i i
i
i i (10)
1
2
( s ) méd =
N
i i i fi (11)
s
i
2
n = s 2
22
Exemplo “Fazendo um teste”
Quinze estudantes fazem um teste de 25 questões, cada uma valendo um
ponto. Os estudantes obtiveram 25,22,22,20,20,20,,18,18,18,18,18,15,15,15 e
10 . Determine a nota média e a nota média quadrática.
R.: a função de distribuição para esse problema é n25 = 1, n22 = 2, n20 = 3,
n18 = 5, n15 = 3 e n10 = 1.
1) Por definição, sméd é:
1
sméd = ni si
N i
1 1
= [1(25) + 2(22) + 3(20) + 5(18) + 3(15) + 1(10)] = (274) = 18,3
15 15
25
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
A fração das pessoas com alturas em um determinado intervalo h corresponde à
área f(h)h. Se n for muito grande, pode-se escolher h muito pequeno → o
histograma se aproximará de uma curva contínua.
A função de distribuição f(h) pode ser tornada contínua se o intervalo h mudar
para dh e substituir fi por f(h)dh e si por h nas eqs. (9) e (10), e fazendo as somas
serem transformadas nas integrais correspondentes:
f (h)dh = 1 (12) fi = 1
i
(9)
1
h = hf ( h) dh (13)
méd
sméd =
N
n s = s f
i
i i
i
i i
(10)
[ g ( h)] = g ( h) f ( h) dh
méd
1
(h ) méd = h f (h)dh (14)
2 2 2
( s ) méd =
N
i i i fi
s
i
2
n = s 2
i
*
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
A distribuição de Maxwell-Boltzmann
A distribuição das velocidades das moléculas de um gás pode ser medida
diretamente, usando o aparato ilustrado na Figura 17-15.
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Em um gás com N moléculas, o número de moléculas com velocidades na faixa
entre v e v+dv é dN, dado por:
dN = Nf (v) dv (15)
2 2 2
1 / 3 − mv x / 2 kT
2
f (v x ) = K e
A constante K pode ser encontrada, observando que a fração de
moléculas com velocidade num intervalo vx e vx + dvx é dada por f(vx)dvx.
Então, num intervalo - < vx < :
−
f (vx )dx = 1 * 29
Substituindo nesta integral a expressão de f(vx),após multiplicá-la por dvx obtém-
se: 1/3 − mvx 2 /2 kT
f (v x ) = K e
f (vx )dvx = 1
f (vx )dvx = K e 1/3 − mvx 2 /2 kT
− 2kT 1/ 2 dvx
e
− mv x 2 / 2 kT
1= K 1/ 3
dvx = K 1/ 3
( )
−
m
tendo sido utilizada a integral tabelada:
1/ 2
e
− ax 2
dx =
− a
em que v 2 = vx 2 + vy 2 + vz 2 *
30
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
3/ 2
4 m 2 −mv 2 /( 2 kT ) (18)
f (v ) = ve
2kT
Função de distribuição de velocidades de
Maxwell-Boltzmann
31
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
32
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
dN/N = f(v)dv
3/ 2
4 m
v 2 e −mv
2
f (v ) =
/( 2kT )
2kT
34
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
1,0
0,8
0,6
Y Axis Title
Y Axis Title
0,4
0,2
0 0,0
0 5
X Axis Title 0 5
X Axis Title
f(x) = x2.e-x2
E
0,40
0,35
0,30
0,25
Y Axis Title
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
-0,05
0 5 35
X Axis Title
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
A velocidade mais provável vmáx é a velocidade para a qual f(v) é máxima. Pode
ser demonstrado que:
2kT 2 RT
vmáx = = (19)
m M
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Usando a distribuição de Maxwell-Boltzmann. Calcule o valor médio de v2 e vrms=
(velocidade média quadrática) para as moléculas de um gás, usando a
distribuição de Maxwell-Boltzmann.
R.: O valor médio de v2 é calculado usando eq (14), substituindo h por v e com
f(v) dada pela equação 16.
1) Por definição (v2)méd é:
(v 2 ) méd = v 2 f (v)dv
0
3/ 2
4 m
(v ) méd = v
2 2
2 − mv 2 /( 2 kT )
ve dv
0 2kT
3/ 2
4 m 4 −mv2 /( 2kT )
=
2kT
v e dv
0
38
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
3) A integral da segunda etapa pode ser encontrada em tabelas padrões de
integrais:
5/ 2
3 2kT
e
4 − mv
dv =
2
/( 2 kT )
v
0
8 m
4) Usando o resultado anterior para calcular (v2)méd:
3/ 2 5/ 2
4 m 3 2kT 3kT
2
(v ) méd = =
2kT 8 m m
v rms = (v )2
med
Para se chegar a:
3kT vrms =
3RT
vrms = (20)
M
m
Lembrar que k = R/NA e m = M/NA
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
vrms ( H 2 ) M O2
= assim
vrms (O2 ) M H2
M O2 32g / mol
vrms ( H 2 ) = vrms (O2 ) = (483m / s) = 1930m / s
M H2 2 g / mol 40
Por quê não há H2 livre na Terra ?
vrms das moléculas de H2 é de ca.
1,93 km/s → 1/6 da velocidade de
escape da Terra (Tipler, V.1, seção
11-3, 11,2 km/s).
3/ 2
4 m 2 − mv 2 /( 2 kT ) 1
x e
3 − ax 2
f (v ) = ve dx =
2kT 0 2a 2
lousa
43
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
45
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
D. Ball, V. 1
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Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Cálculo da frequência de colisões
Supondo que todas as moléculas, exceto uma, fique parada durante um
intervalo de tempo Δt.
A única molécula que se movimenta através do gás (que está na extremidade
esquerda do tubo) tem velocidade relativa média <c>rel neste intervalo de
tempo.
A molécula se movimenta num “tubo de colisão”, de área de secção reta =
d2 e comprimento = <c>rel. Δt
N = Número de moléculas com centros no interior do tubo de colisão
V = volume do tubo = .(<c>rel. Δt) = seção eficaz de
N = N/V = densidade numérica de moléculas colisão das moléculas
N = N . V = N ..<c>rel. Δt
z = número de colisões por unidade
de tempo = N/Δt
z = N ..<c>rel. Δt/Δt
Z = N . .<c>rel. (23) 47
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
D. Ball, V. 1
48
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
=<c>/z (25)
50
Movimentos dos gases: teoria cinética dos gases
Zw = ¼(<c>.N) (27a)
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Movimentos dos gases: colisões com paredes e superfícies
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Movimentos dos gases: colisões com paredes e superfícies
Efusão e difusão
Efusão
Difusão
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Movimentos dos gases: colisões com paredes e superfícies
Efusão
A velocidade de efusão depende de três fatores:
• velocidade média das moléculas gasosas, <c>
• densidade de moléculas gasosas no sistema, N
• área do orifício por onde as moléculas passam, A
dN 1 p.N A 8RT
1/ 2
= A.
dt 4 RT M
1/ 2
dN p.N A 2 RT
1/ 2
dN p.N A RT
= A. (28) = A.
dt RT M dt RT 2M
lousa
57
Propriedades de transporte de um gás perfeito
59
Propriedades de transporte de um gás perfeito
dN
J (matéria ) = − D (31)
dz
D é o coeficiente de difusão.
Unidade no SI: m2s-1
61
Propriedades de transporte de um gás perfeito
(J.K-1m-1s-1) (P)
273 K 273 K 293 K
Ar 0,0163 210 223 Ex. 20.18.a
Atkins.
CO2 0,0145 136 147
He 0,1442 187 196
N2 0,0240 166 176 62
Propriedades de transporte de um gás perfeito
z0 z0 +2/3
z0 -2/3
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Propriedades de transporte de um gás perfeito
A dedução para o coeficiente de condutividade térmica é obtido a
partir da teoria cinética dos gases, para pressões intermediárias, isto
é, quando d << << L.
d = diâmetro molecular, L = dimensão (comprimento) do recipiente e
= livre caminho médio.
Vamos calcular o fluxo de calor no plano perpendicular a z = z 0
O calor transportado, num intervalo de tempo dt, pelas moléculas
através do plano z = z0 é dado por:
dq = L dNL - R dNR (35)
em que dNL é o número de moléculas vindas da esquerda e L é a
energia média (translacional, rotacional e vibracional) de cada
uma dessas moléculas. dNR e R são as
grandezas correspondentes para as
moléculas cruzando o plano a partir da
direita.
z0 - 2/3 z0 z0 + 2/3 67
Propriedades de transporte de um gás perfeito
Admitindo que não há convecção, não há fluxo líquido do gás:
dNL = dNR .
Imaginando que o plano em z0 seja uma parede invisível, então
o número de moléculas que atingem a parede no tempo dt é dado por :
dN = ¼(<c>.N).A.dt. Portanto:
Zw = ¼(<c>.N) (27)
dNL = dNR = ¼(<c>.N).A.dt (36)
dq 1 dT
= c [ A]. A.Cv ,m dt (43)
dt 3 dz
Comparando com a expressão para o fluxo de calor:
dT
J (energia) = −
dz
Sendo J = dq/A.dt, o coeficiente de condutividade térmica fica:
= 13 c Cv,m[ A] (44)
para gases monoatômicos, considerados como esferas rígidas
70
Propriedades de transporte de um gás perfeito
= 13 c Cv,m [ A] (44)
1
= M c [ A] (45)
3
M é a massa molar do gás
Podemos inferir que:
1. A viscosidade é independente da pressão, pois:
1/p e [A] p → <c>
Interpretação física da independência da viscosidade com a pressão:
número de moléculas que transportam o momento linear é grande,
pois a distância do transporte é pequena ( é pequeno).
2. A viscosidade de um gás aumenta com a temperatura, pois como
<c> T1/2 → T1/2
A temperaturas elevadas, as moléculas gasosas se movem com 72
maior velocidade, portanto, o fluxo do momento também é maior.
Difusão
73
Difusão
74
Difusão
c c '
J − J ' = −D + D
x x
c c 2
c
J − J = − D + D c + l = Dl
'
x x x x 2
Substituindo a expressão de J-J’ na eq. (46), obtém-se:
c c2
=D (47)
t x 2
segunda lei de Fick da difusão 75
Difusão
c 2c
=D
t x 2
76
Difusão
77
Difusão
t1 t2 > t1 t3 > t2
78
Difusão
Simulação de uma marcha ao acaso (random walk) unidimensional. Inicialmente todas
as partículas estão numa certa posição (1). Supondo que metade das partículas
executem um salto de um certo comprimento à direita ou à esquerda, a nova
distribuição é mostrada em (2). O salto se repete, chegando à situação (3) e assim por
diante. 20
10
5
15 (4)
(1)
10 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
5
0 8
1 2 3 4 5 6 7 8 9 6
(5) 4
2
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
(2) 5
6
0 4
1 2 3 4 5 6 7 8 9
2
(6) 0
10 1 2 3 4 5 6 7 8 9
(3) 5
5
0
(7)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0
79
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Difusão
Difusão com convecção
Além do transporte de partículas por difusão, há
uma outra forma de transporte devido ao
movimento da corrente do fluido, a convecção.
A convecção pode ser natural (se o movimento for
provocado por diferenças de densidades) ou
forçada (se o movimento for provocado por ação
de agentes externos, como uma ventoinha, bomba
centrifuga, ou outros).
80
Difusão
c J − J ' c v c
= = c − c + l = −v
t l x l x (49)
c 2c c
=D −v (50)
t x 2 x
equação de difusão generalizada 82
Difusão
água
x=0 açucar
85
Difusão
Exercício 21.31, Atkins. Qual a distância média quadrática
percorrida por uma molécula de I2 em benzeno e por uma
molécula de sacarose em água a 250C em 1,0 s?
distância média quadrática = <x2>1/2
2
x cAN A dx
= N
2
x
0 0
(cNAAdx)/N0 = N/N0 = probabilidade de uma A
molécula estar contida em um volume dV (de
área de seção reta A e comprimento dx). dx
N= n.NA = (c.V).NA = (c.A.dx)NA
c = concentração em mols.L-1
N= no de moléculas contidas no volume dV
n = número de mols de moléculas no volume dV
NA = número de Avogadro 86
N = número total de moléculas
Difusão
Substituindo na integral:
2
x cAN A dx
x 2
=
0
N0
a expressão de c, obtida a partir da resolução da
equação de difusão:
n0 − x 2 / 4 Dt
c ( x, t ) = e
A(Dt ) 1/ 2
obtém-se:
1 2 − x 2 4 Dt
= x dx = 2 Dt
2
x e
(Dt ) 1/ 2
0
<x2>1/2 =(2Dt)1/2
Para difusão em 3 dimensões, substitui-se <x2> por <r2>
sendo:
<r2> = <x2> + <y2>+ <z2> = 3<x2>
87
<r > = 3(2Dt) = 6Dt
2
Difusão
88
Difusão
Problema numérico 21.18, Atkins, V.2.
Uma solução concentrada de sacarose é colocada numa proveta
comprida, com diâmetro de 5,0 cm. A solução tinha 10 g de
sacarose em 5,0 cm3 de água. Depois. colocou-se
cuidadosamente na proveta 1,0 dm3 de água, por cima da
camada da solução, sem haver misturação. Ignore efeitos
gravitacionais e leve em conta somente o processo de difusão.
Então, ache a concentração num ponto 5,0 cm acima da
camada inferior depois de um intervalo de tempo de (a) 10 s, (b)
1,0 ano.
V = r2
n0 = 10 g/ 342 g.mol-1 = 0,029 mols
D (sac/água) = 0,526 x 10-9 m2.s-1
A = (2,5 cm) 2 = 19,62 cm2
89