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1.

Introdução
O objetivo de qualquer teoria molécular é abordar as propriedades macroscópicas da substância
em termos de sua estrutura atômica e molécular. Tais teorias possuem uma irregular importância
prática: depois de compreendê-las. podemos projetar materiais com as propriedades específicas
desejadas. Tal análise conduziu ao desenvolvimento de aços com resistências elevadas, vidros
com propriedades ópticas especflicas, materiais semicondutores para dispositivos eletrônicos e
um grande número de materiais essenciais na tecnologia moderna.
O presente trabalho aborada de forma simples e directa o compotamento das moléculas das
substâncias (gas ideal) dentro de um sistema fechado, onde vapor fluem através com uma
velocidade durante um processo no sistema.

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1.2. Objetivo geral
 Falar da velocidade molécular.

1.3. Ojetivo específico


 Falar de função distribuição;
 Falar da velocidade média das particulas;
 Falar da velocidade quadrática.

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1.1.1. Velocidades moléculares
Nem todas as moléculas de um gás possuem a mesma velocidade. A Figura 1 ilustra um esquema
experimental para medir velocidades moleculares. Uma substância é vaporizada em um forno
quente; as moléculas do vapor fluem através de uma fenda na parede do forno e atingem uma
câmara sob vácuo. Uma série de fendas bloqueia todas as moléculas, exceto aquelas que se
deslocam paralelamente a um feixe estreito, que é dirigido para um par de discos que giram. A
molécula que passa através de uma fenda no primeiro disco é bloqueada pelo segundo disco. a
menos que ela atinja o segundo disco no momento em que a fenda esteja alinhada com a direção
do feixe. Os discos funcionam como seletores de velocidade que deixam passar somente
moléculas com velocidades dentro de um certo intervalo de velocidades muito pequeno. Esse
intervalo pode ser alterado fazendo-se variar a velocidade de rotação dos discos, de modo que
podemos medir o número de moléculas que possuem velocidades dentro do limite determinado
pelos intervalos selecionados.

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Figura 1: Esquema experimental de uma molecula que passa numa fenda.
Fonte:(Fisica 2 Termodinâmica e Ondas).

Para descrever os resultados de tais medidas, definimos uma função ƒ(ʋ) denominada função de
distribuição. Se estamos medindo um total de N moléculas, o número dN de moléculas com
velocidades no intervalo entre ʋ e ʋ+ dʋ é dado por:
dN = Nƒ(ʋ) dʋ.

Podemos também dizer que a probabilidade de que uma molécula escolhida ao acaso possua uma
velocidade ʋ e ʋ + dʋ é dada por ƒ(ʋ) dʋ. Logo, ƒ(ʋ) é a probabilidade por unidade de intervalo
de velocidade; ela não é igual à probabilidade de que uma molécula possua velocidade
exatamente igual a ʋ. Como a probabilidade é um número puro, ƒ(ʋ) possui unidades de inverso
de velocidade (s/m).

A figura 2 acima ilustra a função de distribuição para cada temperatura especificada. Em cada
temperatura a altura da curva para qualquer valor de ʋ é proporcional ao número de moléculas
com velocidades nas vizinhanças de ʋ. O pico da curva indica o valor da velocidade mais
provável ʋmp para a temperatura correspondente. À medida que a temperature aumenta, a energia
cinética molecular média aumenta e, portanto, o pico deƒ(ʋ) é deslocado para velocidades cada
vez mais elevadas.

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Figra 2: Curvas da função de distribuiçao de Maxweii-Boltzmannƒ(ʋ) para diversas temperaturas.
Fonte:(Fisica 2 Termodinâmica e Ondas).

A figura 3 acima ilustra que a área em baixo da curva entre dois valores de ʋ representa a fração
de todas as moléculas que possuem velocidades nesse intervalo. Toda molécula deve possuir
algum valor de ʋ, de modo que a integral de ƒ(ʋ) sobre todos os valores de ʋ deve ser igual a um
para qualquer valor de T. Conhecendo-se ƒ(ʋ), podemos calcular a velocidade mais provável ʋmp
a velocidade média ʋméd e a velocidade quadrática média ʋq.méd.

Figra 3: Curvas da função de distribuiçao de Maxweii-Boltzmannƒ(ʋ) para diversas temperaturas.


Fonte:(Fisica 2 Termodinâmica e Ondas).

As figures 2 e 3 explicam o seguinte: curvas da função de distribuiçao de Maxweii-Boltzmann


ƒ(ʋ) para diversas temperaturas. A medida que a temperature aumenta, a curva se torna mais
achatada e o ponto do máximo da curva se desloca para velocidades maiores. Para a temperatura
T3 a fração das moléculas que possuem velocidades entre ʋ1 e ʋ2 é indicada pela área sombreada
embaixo da curva T3. A fração com velocidades maiores do que ʋA é indicada pela área
sombreada de ʋA até o infinito.

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1.1.2. Consequências da Distribuição de Velocidades
Pode-se obter muitas informações _uteis a partir da equação de distribuição das velocidades
moleculares (equação 1).
Para calcular a ʋmp basta achar o ponto onde dƒ/dʋ =O; isto fornece o valor da velocidade para a
qual a curva possui seu pico. Para calcular ʋméd tomamos o número Nƒ(ʋ) dʋ de moléculas que
possuem velocidades em cada intervalo dʋ, multiplicamos estes números pelas respectivas
velocidades ʋ e somamos todos esses produtos (integrando-se sobre todos os valores de ʋ desde
zero até o inf1nito) e, fina lmente, dividimos o resu ltado por N.

Equação 1

A velocidade quadrática média é determinada de modo análogo; a média de ʋ2 é dada por:

Equação 2

1.1.3. Distribuição das velocidades moleculares


O fisico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) foi quem primeiro resolveu o problema da
distribuição das velocidades em um gás contendo um grande número de moléculas. A
distribuição de moléculas de Maxwell para uma amostra de gás com temperatura T contendo N
moléculas, cada uma com massa m.
E o valor da ʋq.méd é a raiz quadrada do resultado anterior. A função ƒ(ʋ) que descreve a
distribuição real da velocidades moleculares denomina-se distribuição de Maxwell-Boltzmann.
Ela pode ser deduzida a partir de considerações de mecânica estatística. Porém, essa dedução
está fora dos nossos objctivos. Deduzindo obtemos:

Equação 3

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Podemos também expressar esta função em termos da energia cinética da translação da molécula,
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que será designada por ɛ. Ou seja, ɛ= 𝑚𝑣 2 Convidamos você a verificar que quando
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substituímos isto na equação 2, o resultado é:

Equação 4

Esta forma mostra que o expoente da função de distribuição de Maxwell-Boltzmann é igual a


ɛ/kT e a forma da curva é determinada pelos valores de ɛ e de kT cm cada ponto. Deixamos
como um exercício provar que o pico de cada curva ocorre quando ɛ=kT, correspondendo à
velocidade mais provável ʋmp, é dada por:

Equação 5

1.1.4. Velocidade média


Para determinar a velocidade média, basta substituir a equação (1) na equação( 3), calculamos a
integral fazendo a mudança de variável ʋ2 = x e a seguir integrando por partes; o resultado é:

Equação 6

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1.1.5. Velocidade quadrática
Finalmente, para calcular a velocidade quadrática média, substituímos a quação (3) na equação
(2). O cálculo da integral resultante exigiria uma série de transformações matemáticas, porém
você pode achar esta integral em uma tabela de integrais. O resultado é:

Equação 7

1.1.6. Exemplo
Dada a distribuição de Maxwell para as velocidades das partículas, encontre:
a) A velocidade mais provável;
b) A velocidade media
c) A velocidade quadrática média.

a) Para calcular a velocidade mais provável derivamos f(ʋ) e igualamos a zero:

b) A velocidade media

c) A velocidade quadratica media é dada pela raiz quadrada da integral:

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Substituindo a função f(v) na expressão acima, temos:

Novamente, a integral pode ser encontrada em tabelas de integrais. O resultado é:

Frações de moléculas de um gás idealcom velocidades menoresdo que os multpulos de


ʋ/ʋq.méd

ʋ/ʋq.méd Fração
0.20 0.011
0.40 0.077
0.60 0.218
0.80 0.411
1.00 0.608
1.20 0.771
1.40 0,882
1.60 0,947
1.80 0,979
2,00 0,993

Tabela 1
Fonte:(Fisica 2 Termodinâmica e Ondas).

A distribuição das velocidades das moléculas de um líquido é semelhante à distribuição para


gases, embora não seja idêntica. Usando este modelo podemos entender a pressão de vapor de
um líquido e o fenômeno da ebulição. Suponha que, quando urna molécula possua urna
velocidade pelo menos igual a ʋA, ela possa escapar da superfície do líquido e passar para a fase

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vapor. O número dessas moléculas, representado pela area embaixo da "extremidade" de cada
curva (do lado direito da velocidade ʋA), cresce rapidamente com a temperatura. Logo, a taxa
com a qual as moléculas podem escapar depende fortemente da temperatura. Este processo
compete com outro no qual as moléculas da fase vapor colidem inelasticamente com a superfície
e ficam presas na fase líquida. O número de moléculas que sofrem esta colisão é proporcional à
pressão da fase vapor. O equilíbrio de fase entre o líquido e o vapor ocorre quando estes dois
processos competitivos possuemuma taxa exatamente igual.

1.2. Conclusão
Portanto, o trabalho abordou quando as distribuições das velocidades moleculares forem
conhecidas para diversas temperaturas, podemos fazer uma previsão teórica da pressão de vapor
em função da temperatura. Quando um líquido se evapora, são as moléculas com velocidades
mais elevadas que escapam da superfície. Aquelas que permanecem na fase líquida são as que
possuem na média uma energia menor; este raciocínio fornece um modelo molecular do
resfriamento produzido pela vaporização. As taxas das reações química~ são geralmente
fortemente dependentes da temperature e a reação pode estar contida em uma distribuição de
Maxwell-Boltzmann. Quando duas moléculas que reagem colidem, a reação só pode ocorrer

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quando as moléculas estiverem sulicientemente próximas para que haja interação entre os
elétrons das suas distribuições de carga elétrica.

1.2.1. Referências bibliográficas


 FSÍCA II- 10ª edição termodinâmica e ondas;
 Fundamentos da fsíca-volume 2, 8ª edição.

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Indice
1. Introdução ............................................................................................................................................. 1
1.2. Objetivo geral.................................................................................................................................... 2
1.3. Ojetivo específico ............................................................................................................................. 2
1.1.1. Velocidades moléculares .............................................................................................................. 3
1.1.2. Consequências da Distribuição de Velocidades ............................................................................ 6
1.1.3. Distribuição das velocidades moleculares .................................................................................... 6
1.1.4. Velocidade média...................................................................................................................... 7
1.1.5. Velocidade quadrática ................................................................................................................... 8
1.1.6. Exemplo ........................................................................................................................................ 8

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1.2. Conclusão........................................................................................................................................ 10
1.2.1. Referências bibliográficas ........................................................................................................... 11

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