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Trabalho de conclusão de curso (TCC)

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRICAS


CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

POLÍMEROS SINTÉTICOS E SUA AÇÃO


NO MEIO AMBIENTE

Patricia Mendes Bresciane 005516


Orientador: Prof. Dr. Jeferson Botelho de Oliveira
Patricia de Souza Vitoria 020533
São Paulo 2020
Metodologia
• Uma pesquisa básica com o objetivo bibliográfico do tipo
exploratória-descritiva, por meio de buscas informatizadas de
artigos científicos e livros
• Bases de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online)
USP (Universidade de São Paulo)
ERIC (Educational Resources Information Center)
CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior)
IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia) dentre os anos 2005 á 2020,
• Utilizando os seguintes Descrições em Ciências da Saúde
(DeCS), de forma isolada e combinada:
1. Polímeros.
2. Microplástico.
3. Saúde.
4. Meio Ambiente.
Justificativa

• Preocupações futuras.
• Doenças e deficiências de vitaminas.
• Estresse causado pela ingestão.
• Gasto excessivo de energia.
• Exposição a contaminantes.
Introdução
• Em meio a tanta tecnologia, ainda vivemos com um
grande problema à nossa sociedade. E, embora os
polímeros possam nos ajudar em alguns aspectos,
eles podem impactar diretamente no meio em que
vivemos.
• Cerca de 6,3 bilhões de toneladas de polímeros
foram descartados desde 1950, sendo que 4,9
bilhões toneladas acumulam-se em aterros e na
natureza.
• Os nanoplásticos e os microplásticos, por
apresentarem uma alta área de superfície, acabam
promovendo uma forte sorção de compostos
tóxicos, que acabam sendo digerido por várias
espécies causando bloqueio intestinal ou úlceras no
estomago, reduzindo a absorção de nutrientes,
criando falsa sensação de saciedade
enfraquecendo o crescimento, a reprodução e a
sobrevivências das espécies, prejudicando todo o
ecossistema (PEREIRA, 2014).
POLIÉSTER

• Pequenas fibras e detritos coletados


durante amostragem de um núcleo
de gelo marinho na Groenlândia.
Fonte: Lawrence Hislop (2019)
POLIESTIRENO

• Imagem de microscópio eletrônico


de varredura de micro e
nanopartículas de poliestireno
aderidas a uma esférula de
poliestireno expandido, que foi
submetida a abrasão acelerada por
um período de um mês. Setas
amarelas indicam partículas
nanométricas. Fonte: Shim, 2014
• Plásticos encontrado no gelo (Obbarbad, 2014).
• Reduções consideráveis no tamanho da espécie Lumbricus
Polímeros no (HUERTA, 2016).
Ambiente • Neste estudo Ali Karami investigou mais a fundo a presença
de MPs pela extração de partículas de 17 marcas diferentes
de sal originárias de 8 países ao longo 4 continentes.
Água

• A Orb (2017) verificou que em algumas


cidades ao redor do mundo a água da
torneira está contaminada. No Brasil das
dez amostras coletadas na cidade de São
Paulo 9 continham a presença de
microplásticos. Foi detectado a presença
dos fragmentos em água engarrafada, pelo
menos em 93% das amostras em todo o
mundo.

• Podemos absorver essas micropartículas


de diversas maneiras, respirando,
deglutindo, bebendo, conforme estudos
que já comprovaram a presença de
microplásticos em fezes humanas por
exemplo.
Polímeros X Filtros
Tabela 1. Classificações de plásticos e suas dimensões. (CAIXETA, 2018) Tabela 2. Classificações de filtragem e suas dimensões pela SABESP (2014).

Nanoplástico Microplástico Mesoplástico Macroplástico Referências


  Espessura Filtragem
- 25 μm - 5 mm 5-2,5 cm - GALGANI, 2013
  Carvão mineral antracito 40 cm >0,85 mm à <1,00 mm
 
<20 μm - - - WAGNER, 2014
 
Areia 25. m >0,45 mm à <0,55 mm

<100 nm - - - KOELMANS, 2015  

Pedregulhos menores 7,5 cm >238 mm à <635 mm


<1 μm = - - COSTA, 2016
 
 

1 – 1000 nm 1-5 mm - - GIGAULT, 2018 Pedregulhos maiores 7,5 cm >1270 à <1900 mm


25μm -1 mm  

<0,001 nm 0,001-1 mm 1.10mm >10 mm KARAMI,2018


 
Sal

• Existem preocupações sobre a potencial


transferência de contaminantes da água
para o sal marinho após a cristalização e
processo de concentração. No único
estudo disponível sobre produtos
abióticos, mostraram a presença de acima
de 681 MPs / kg em sais originários da
China
• Mais nenhum relatório está disponível
sobre cargas de microplásticos em
amostras de sal de outras regiões do
mundo, no entanto, são potencialmente
consumidas por cerca de 6 bilhões de
pessoas, excluindo bilhões de outros
organismos, como gado, que precisam
consumir sal regularmente.
Solo
• A ingestão de microplásticos no ambiente
terrestre podem ocorrer mesmo com
informações limitadas sobre o
comportamento desses polímeros e, a
evidência direta e quantitativa desses
materiais nos solos são escassos.
• Recentemente, um estudo relatou reduções
consideráveis no tamanho da espécie e ao
mesmo tempo o aumento da taxa de
mortalidade da espécie Lumbricus as
caracterizações e análises de Microplásticos
terrestris, que foi exposto a diferentes
concentrações de partículas de PE <150 mm
(HUERTA, 2016) as ingestão das minhocas
demonstrou, que o tamanho das partículas
eram menores de <50 μm, o que poderia
representar implicações significativas.
Objetivo

• O objetivo deste trabalho consiste na estimativa


da presença de polímeros sintéticos no meio
ambiente, tendo aspectos negativos para a
saúde no ano de 2020, com alguns estudos que
analisam a existência de polímeros em solo,
água e ar mostrando o impacto que nos causam
em modo geral, tanto na saúde humana quanto
no meio ambiente, por meio de revisão de
literatura com duração de pesquisa de
bibliografia por nove meses.
- Identificar aspectos impactantes e de toxicidade
na saúde por polímeros sintéticos.

- Mostrar como se encontra a intoxicação por


polímeros sintéticos no meio ambiente.
Conclusão

• Os artigos revisados demonstraram informações


importantes sobre os aspectos negativos dos
microplasticos que acrescentados a novos esforços
de pesquisa podem contribuir para uma melhor
compreensão do tema, do mesmo modo que,
auxiliar propostas de políticas públicas para a
gestão desses resíduos.

• No universo de nossa pesquisa parecem ser


conhecidos os danos dos plásticos e microplásticos
para a saúde animal. Com a relação à saúde
humana, há fortes indícios, mas a pesquisa que
encontramos ainda é insuficiente. As defesas do
ambiente e do ser humano através de leis
proibitivas para o mercado do plástico ainda são
escassas e não despertaram para a nossa
preocupação, sobre o microplástico
Referências
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• CAIXETA S. Danila, CAIXETA C. Frederico; NANO E MICROPLÁSTICOS NOS ECOSSISTEMAS: IMPACTOS AMBIENTAIS E EFEITOS SOBRE OS
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