TEORIA

GERAL DO
DIREITO
CIVIL

AULA 2
24.08.2022

P r o f a . F a b i o l a Machado
 OBJETIVO

• Conhecer a LINDB;
• Conhecer as alterações trazidas
pelo CC/2002;
• Refletir sobre as transformações
na era digital;
 Continuando a tratar tema Direito
Civil e Direito Privado

Origem e fontes

LINDB (concluir)

O CC de 2002 e o CC de 1916

O Direito privado na era digital

 • A partir de que momento uma lei passa a ter
vigência?
• O que significa vacatio legis?
• Até quanto uma lei vige?
Vamos
• O que significa ab-rogação e derrogação?
relembrar ?
• É possível que se opere a repristinação
quando a lei revogadora é revogada?
• Se houver conflito entre leis, como
resolver?
 Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a
lei, alegando que não a conhece.
EFICÁCIA DA LEI
Assegura a eficácia GERAL

Princípio da
OBRIGATORIEDADE

• Mitigação vedada para normas cogentes;

• Possibilidade para normas dispositivas.
 INTEGRAÇÃO DA LEI

Art. 140, CPC/2015. O juiz não se exime

de decidir sob a alegação de lacuna ou
obscuridade do ordenamento jurídico

Art. 4º, LINDB. Quando a lei for omissa, o

juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais
de direito.
A analogia
Consiste em “[...] aplicar para o caso não previsto a norma concernente a
uma hipótese prevista e, por isso mesmo tipificada.” (AMARAL, apud
EHRARDT JR, 2011:52).

Art. 499, CC. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com

relação a bens excluídos da comunhão.

A norma é expressa em relação aos cônjuges, mas e se a venda se der

entre companheiros, relativamente a bens excluídos da comunhão, seria
lícita ou ilícita?
Critérios:
1. Falta de previsão legal para o caso concreto;
2. Semelhança entre o caso contemplado e o não previsto em lei;
3. Presença dos fundamentos lógico e jurídicos comuns às duas
situações.

Classificação:
1. Analogia legal: se busca outro dispositivo que seja adequado ao
caso concreto em razão de identidade nos eventos, aplicação de uma
norma próxima (art. 167, CTN c/c art. 161, § 1º);
2. Analogia jurídica: a solução para o caso não contemplado na norma
se faz a partir de um conjunto de normas e princípios dos quais se
extraem elementos para a solução do caso controvertido.
 Analogia ou interpretação extensiva ?
Aplicação do art. 157, § 2º do CC
(possibilidade de revisão do negócio
se a parte beneficiada com a
desproporção oferecer suplemento
suficiente para o equilíbrio do
negócio) para a lesão usuária prevista
no /dec.-lei 22.626/1933.
Aqui há interpretação extensiva,
pois haverá subsunção
Aplicação do art. 157, § 2º do CC
(possibilidade de revisão do negócio
se a parte beneficiada com a
desproporção oferecer suplemento
suficiente para o equilíbrio do
negócio) para os casos de estado de
perigo (art. 156, CC).
Aqui há analogia, pois o comando
em questão está sendo aplicado a
outro instituto jurídico (Enunciado 148
do CJF/STJ, da III JDC)
Será que há limites para o uso
da analogia?

• Direito Penal (salvo se benéfico ao réu

– analogia in bonam partem)
• Em matéria tributária;
• Em negócios jurídicos benéficos
(gratuitos);
• Em negócios que envolvam renúncia à
direito;
• Casos de transação e de fiança.
Os costumes

Fonte supletiva que se caracteriza pela constante repetição de um

certo comportamento ao longo do tempo, de modo público e
notório (elemento externo objetivo), por quem crê na obrigatoriedade de
sua prática como necessária à vida em comunidade (elemento interno
subjetivo). EHRHARDT JUNIOR, 2011, 54-54)

Características (FRANÇA, apud TARTUCE, 2019, p. 28):

• Continuidade;
• Uniformidade;
• Moralidade;
• Diuturnidade;
• Obrigatoriedade.
CLASSIFICAÇÃO

 Secundum legem, expressamente referido em

lei que lhe outorga eficácia obrigatória (art. 569,
II, CC, art. 596, CC, art. 17 da LINDB);
 Praeter legem, visa suprir a ausência ou
omissão legislativa. (ex: cheque pré-datado –
Súmula 370 do STJ). Aqui há integração.
 Contra legem é o contrário a lei (Ex: colocação
de lombadas sem atender às especificações e padrões
estabelecidos pelo CONTRAN). Aqui também não
há integração por razões óbvias e não tem o
poder de revogar uma lei pelo seu não uso
(desuetudo).
Os princípios gerais do Direito
“[...] são regras que se encontram na consciência dos povos e são
universalmente aceitas, mesmo não escritas. Tais regras, de caráter genérico,
orientam a compreensão do sistema jurídico em sua aplicação e integração,
[...]”. (GONÇALVES, 2020:79).

Sob a ótica de seus fins, “[...] são regramento básicos aplicáveis a um

determinado instituto ou ramo jurídico, visando a auxiliar o aplicador do
direito na busca da justiça e da pacificação social.” (TARTUCE, 2019:32).

“[...] são postulados que procuram fundamentar todo o sistema

jurídico, não tendo necessariamente uma correspondência
positivada equivalente.” (GAGLIANO e PAMPLONA FILHO, 2014:69).
É necessário seguir a ordem prevista no
art. 4º da LINDB ?

• CF/1988;
• Constitucionalização do Direito Civil;

• Inexistência de hierarquia entre os

métodos integrativos;
• Valorização dos princípios porque
representam os valores fundamentais da
sociedade e o novo constitucionalismo
os transmudaram para princípios
constitucionais.
INTERPRETAÇÃO

Buscar o exato significado do dispositivo

escolhido e, a partir dele, a norma adequada
ao caso concreto. (GONÇALVES, 2020:82).

Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá

aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum.
Classificação:

Origem (fontes) Recursos Resultados

• Autêntica • Gramatical • Declarativa

• Judicial • Lógica • Extensiva
• Doutrinária • Sistemática • Restritiva
• Histórica
• Teleológica
 “Proibida a entrada de cães e gatos!”

SITUAÇÃO 1 SITUAÇÃO 2
 Agora é com você!!!

• Faça uma boa revisão do que já estudamos aqui

em seu livro de doutrina e que tal fazer uma boa
leitura dos artigos já trabalhados?

Bons estudos!
Na próxima aula vamos concluir
este assunto.
 Ficou com dúvidas ?

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E se ainda precisar de auxílio,

entre em contato comigo.

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