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Metodologia: as regras da

pesquisa histórica.
Aula III
Jörn Rüsen
 Uma defesa do caráter científico da história;
 Um historiador de filiação historicista;
 Leitor de Droysen;
 O método histórico perpassar pelo campo da hermenêutica;
 Rejeita a redução da história a uma dimensão linguística;
 Critica ao linguist turn;
 Por que a história é uma ciência?
 O método histórico; As regras do Método Histórico;
 A história está intimamente ligada ao cotidiano do historiador;
 Avança na elaboração de uma consciência histórica sobre os
limites e possibilidades de produção do conhecimento
histórico.
 Como se opera a reconstrução do passado?
 Historiador e Filósofo Alemão.
As regras do Método histórico...
 O que é o método histórico?
 Conceito abrangente: o conjunto de todas as regras de procedimento observadas pelo pensamento histórico,
quando procede cientificamente.
 Todos os métodos científicos apreendidos historicamente; todo método, toda ciência tem uma história;
 Exp. Carlo Ginzburg. Sinais, raízes de um paradigma indiciário;

 Conceito restrito: “operações específicas de conhecimento conhecidas como pesquisa histórica, e


abrange suas regras básicas”. p. 102.
 Faz a história ser reconhecida enquanto uma disciplina; uma prática;
 Para que serve o método histórico? Por que a história (ordem do pensável) deve seguir regras?
 As regras da garantia de validade empírica das histórias, por meio da pesquisa histórica, que inserem o
pensamento histórico no movimento do progresso cognitivo.
 O método histórico é único? É transversal? Multidisciplinar?
Unidade do método histórico...
 Definição de pesquisa histórica: “um processo cognitivo, no qual os dados das fontes são apreendidos e
elaborados para concretizar ou modificar perspectivas (teóricas) referentes ao passado humano”. p. 104
 Se ocupa da experiência humana, nas quais o passado se manifesta perspectivamente, ou seja: da fonte.
 Referência da pesquisa histórica: “do testemunho empírico atual do passado [fonte] ‘fluem’ para o
historiador informações sobre o que foi o caso no passado, ao que se deve referir, se o saber histórico
produzido por ele deve ser considerado empiricamente pertinente”.
 O passado se revela empiricamente; há uma referencia do passado contido na fonte;
 A pesquisa, apoiada nas informações contidas nas fontes, torna o conhecimento histórico controlado;
 O passado é referente: Regra Geral; p. 106/108;
 Um caso particular (Unidade) da pesquisa histórica: as informações são elaboradas e ponderadas em relação
direta com o testemunho empírico do passado – o que, quando, onde, como e por que foi o caso; coesão interna
das regras;
 Cuidados para não cair na metáfora do encantamento das fontes;
 A pesquisa histórica é mediada por perguntas; A importância da pergunta histórica; p. 105; Chave de
leitura: as perguntas controlam a experiência empírica;
 Uma objetividade por consenso; p. 107.
O conhecimento histórico como processo; Regras internas...

 Três fases (uma pesquisa regulada) p. 111:


1. Formulação da pergunta histórica;
2. Dirigir as perguntas as fontes e obter destas informações necessárias para respond~e-las;
3. Formulação da resposta histórica;
 Formulação da(s) pergunta(s) ao encontro das resposta(s);
 Uma dinâmica científica guiada por regulações metódicas – passos metódicos p. 112/113: unidade do
método histórico: operativa e procedimental...
1. Heurística: abrir a narrativa histórica a dinâmica das experiências do passado; questões abertas à experiências;
1. Uma Dialética da experiência ao construto narrativo;

2. Critica histórica: obter sistematicamente informações factuais das fontes;


3. Interpretação: as informações extraídas das fontes são submetidas a contrutos narrativos teóricos;
 Operações substantivas; operações substanciais;
 A operação substancial capta a experiência humana em seu continuo temporal;
 A) tempo do homem; B) tempo natural; C) mediação de ambas no tempo histórico. p. 115
Uma unidade na multiplicidade...
 Simplificando esquematicamente, operacional e substancialmente, a pesquisa histórica se concebe de três maneiras: Hermenêutica,
analítica e dialeticamente. p. 116/17.

Hermeneuticamente • A pesquisa reconstrói processos temporais do passado de acordo com a perspectivas


coerentes de sentido atores (agentes ou pacientes) desses processos; a história é extraída das
Tempo do homem. fontes.

Analiticamente • A pesquisa reconstrói processos temporais de acordo com as perspectivas dos contextos de
causalidade (fatores internos e externos), que decorrem das condições estruturais sobre os
Tempo natural. sujeitos ao agir e sofrer co-produzem tais processos.

Dialeticamente • A pesquisa media as perspectivas da reconstrução hermética e analítica dos processos


temporais, organizando-as em conjuntos complexos, nos quais a direção dos processos
históricos resulta de uma relação de mútua influência entre intenções e condições
Tempo histórico. estruturais do agir humano.

 A identidade humana se dá a partir de uma continua autocompreensão e auto-entendimento – no processo de interação – com os outros e
consigo próprio.
Uma coerência interna...
 Na busca pela por conectar a identidade do “eu” com o “nós” o método histórico encontra uma
coerência cognitiva, em função:
1. Heurística: operação metódica da pesquisa que relaciona questões históricas, intersubjetivas
controláveis, a testemunhos empíricos do passado, que reúne, examina e classifica as informações
das fontes relevantes para responder às questões, e que avalia o conteúdo informativo das fontes;
 A operação metódica que envolve a formulação do problema em história com base no testemunho empírico
do passado. O controle da pesquisa. p. 121.
2. Crítica: A critica das fontes é a operação metódica que extrai, intersubjetivamente e
controlavelmente, informações das manifestações do passado humano acerca do que foi o caso. O
conteúdo dessas informações são fatos ou dados: algo foi o caso em determinado lugar e em
determinado tempo (ou não);
 A critica da fonte pisa no chão seguro da facticidade histórica; p. 123. A seguridade da fonte; p. 124. o poder
de veto, p. 125. a interpretação da fonte. 126.
3. A interpretação: é a operação metódica que articula, de modo intersubjetivamente controlável, as
informações garantidas pela critica das fontes sobre o passado humano.
 Ela organiza as informações da fonte em história; O ato de transformar. p. 129; o trabalho de síntese. A
síntese do heterogêneo. Ricoeur; A plausibilidade explicativa.

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