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FITOTERAPIA

Profª Ivy Menezes


A FITOTERAPIA É…

O termo “fitoterapia” resulta da junção das palavras gregas “Phythón”

(planta) e “Therapeía” (terapia) e, enquanto parte integrante da

Medicina Chinesa, estuda as plantas medicinais e as suas aplicações

no tratamento de problemas de saúde.

 Fitoterapia é a aplicação da ciência moderna (estando sujeita a testes

e controles científicos) à medicina herbal, ou seja, para além de

identificar os componentes ativos de cada planta, explica a maneira

como as plantas medicinais atuam no corpo humano.


 HISTÓRIA DAS PLANTAS
 A fitoterapia ou terapia pelas plantas é uma das mais antigas práticas terapêuticas da
humanidade. Ela remonta há cerca de 8.500 a.c. e apresenta origens tanto no
conhecimento popular (ETNOBOTÂNICA) como na experiência científica
(ETNOFARMACOLOGIA).

 E, em 2500 a.C., foi escrito o primeiro livro com referências a fórmulas de


fitoterapia, o célebre “Nei Jing”.

 Seguiram-se anos de investigação não só sobre as plantas, mas também sobre as


vitaminas, os minerais e os alimentos, mas mais importante do que isso, foi o estudo
sobre a forma como estas riquezas naturais influenciavam ou não o corpo humano.

 Deve-se o termo “fitoterapia” ao médico francês, Henri Leclerc, que depois de


inúmeras experiências com plantas durante a década de 50, reuniu os
resultados na obra “Sumário de Fitoterapia”.
A FITOTERAPIA HOJE...

A fitoterapia recorre aos princípios ativos das plantas para prevenir


e tratar doenças, reforçando assim, as defesas naturais do
organismo. Popularmente conhecidos como “medicamentos de
saúde”, são apresentados de diversas maneiras: chá, ampolas,
comprimidos, cápsulas, drageias, óleos essenciais, tinturas, bem
como cremes e pomadas para uso externo. O sucesso dos
medicamentos confeccionados exclusivamente com plantas reside,
obviamente, na sua composição o que implica, por sua vez, uma
extração cuidadosa a partir das próprias plantas.
 De acordo com a Anvisa, o medicamento fitoterápico é um remédio
produzido a partir de vegetais ou plantas medicinais com
alguma ação terapêutica. Eles também são caracterizados por
dispor de um conjunto de princípios ativos que são conseguidos a
partir de partes de plantas, como raízes, folhas e sementes.

 Os fitofármacos também são considerados medicamentos da


biodiversidade de origem vegetal e diferem dos fitoterápicos por
serem substâncias purificadas e isoladas a partir de matéria-
prima vegetal com estrutura química definida e atividade
farmacológica.
Fitoterapia, Legislação e SUS
Os conselhos de classe autorizam, por meio de legislação
específica, os profissionais da saúde a prescrever ou
recomendar plantas medicinais e fitoterápicos.
Dica Saudável de hoje:

Camomila
Propriedades medicinais
1.Funções miorrelaxantes (relaxante muscular) e
antiespasmódicas: substâncias presentes na camomila
diminuem as contrações musculares involuntárias, como
espasmos intestinais e uterinos, e aumentam a produção corporal
de glicina, aminoácido com capacidade de relaxar os músculos.
Com isso, há redução dos sintomas de cólicas abdominais e
menstruais. O consumo de camomila ainda auxilia indiretamente
no controle da hipertensão, do estresse e da ansiedade. Atenção:
crianças com mais de 1 ano já podem ingerir até 100 ml/dia da
bebida sem adição de açúcar.
2. Funções calmante, relaxante e ansiolítica: compostos presentes
na camomila, como a glicenia e o flavonoide apigenina, promovem
relaxamento neural e conexão com receptores do neurotransmissor
GABA. Dessa forma, a camomila é útil para acalmar, relaxar e
induzir ao sono, além de controlar sintomas da depressão, ansiedade e
insônia.
A apigenina é um flavonoide que acalma o sistema nervoso
central e diminui os níveis de cortisol no organismo, um
hormônio que está relacionado com o estresse.
3. Funções de combate a radicais livres e prevenção de doenças: por
possuir diversas substâncias antioxidantes (compostos flavonoides, vitaminas
do complexo A e B, potássio, magnésio e zinco) , a camomila, aliada a uma
alimentação equilibrada e à prática regular de exercícios físicos, reduz ainda
mais o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e
neurodegenerativas, além de retardar o envelhecimento precoce.
• Graças à sua propriedade antioxidante e anti-inflamatória, o chá
de camomila pode ajudar a prevenir o surgimento de alguns tipos
de câncer, como próstata, mama, tireoide e ovário, por exemplo.
Alguns estudos indicam que a camomila previne o surgimento de
alguns tipos de câncer, porque contém apigenina, um composto
bioativo que provoca a morte de células cancerígenas.
4. Evitar doenças do coração
O chá de camomila é rico em luteolina, quercetina e
esculetina, antioxidantes que evitam a oxidação das células
de gordura, ajudando a equilibrar os níveis de colesterol total
e colesterol “ruim”, o LDL, no sangue, prevenindo, assim, o
surgimento que doenças, como infarto e derrame.
Além disso, os flavonoides presentes no chá de camomila
também promovem a elasticidade e a saúde das artérias,
melhorando a circulação de sangue e ajudando a evitar a
pressão alta.
5. Ajudar no tratamento da candidíase
O chá de camomila contém flavonoides e alfa-
bisabolol, compostos bioativos com
propriedades antifúngicas, que ajudam no
tratamento da candidíase, aliviando os sintomas
de coceira, irritação e dor.
6. Promover a saúde da pele
O chá de camomila é ótimo para a pele,
porque ajuda a acalmar e combater o
crescimento de bactérias, ajudando no
tratamento de situações, como alergias,
dermatite, queimadura pelo sol, feridas e
eczema. 
Ingredientes:
1. 200 ml de água fervente;
2. 3 g ou 1 colher de sobremesa da erva seca.
Modo de preparo:
3. Adicione a erva na água e tampe o recipiente, deixando por cinco
minutos abafado em infusão;
4. Não ferva as folhas e flores;
5. Coe e sirva ainda quente.
Observação: Os chás são bebidas que não devem ser consumidas com
adição de açúcares e, nesse contexto, para quem está começando a
criar o hábito de consumi-las, sabores como o da camomila são ideais
para iniciar essa rotina por ser uma erva com aroma frutado e
naturalmente adocicada. Caso prefira, adicione sumo de limão na xícara
Possíveis efeitos colaterais e contraindicações
Os possíveis efeitos colaterais que podem surgir com
o uso da camomila são sono excessivo, náuseas,
vômitos e irritação na pele, principalmente quando
usada em quantidades maiores do que as
recomendadas.
O chá de camomila não é indicado para pessoas com
alergia à camomila e a plantas da mesma família da
camomila, como margarida, ambrósia e crisântemos.
Esse chá também não é indicado para bebês menores
Aula do dia 13/03 – Mercado da Vila Rubim
A Vila Rubim é um bairro que está localizado na região do Centro de Vitória, no município
de Vitória e tem como vizinhos os bairros Ilha do Príncipe, Caratoíra, Morro do Quadro, Morro
do Alagoano e Bela Vista.

Em junho de 1895, o então chamado Governo Municipal, tinha as mesmas atribuições das
atuais câmaras municipais, sob a presidência de Cleto Nunes, que executava obras
municipais no governo de Muniz Freire. Cleto aprovou plantas de arruamento nos morros
anexos à Vila Moscoso, pertencentes a Companhia Torrens. Essa empresa assinou contrato
com o Governo Municipal para realizar obras no município, como o abastecimento de água à
população, por exemplo, dando início a construção dos alicerces do grande reservatório no
morro de Santa Clara. No dia 16 de setembro de 1895, Cleto Nunes propôs que a
então "Cidade de Palha" se denominasse "Vila Rubim" como homenagem ao governador da
capitania de 1812 a 1819.  apelido "Cidade de Palha" se denominou pela predominância da
pobreza local com casebres que abrigavam famílias provenientes do interior do Espírito
Santo (estado) e de outros estados.
Quem governava a capitania era Francisco Alberto Rubim da Fonseca desde 5 de outubro de
1812, nomeado em 12 de junho do mesmo ano. Rubim abriu estradas e incentivou o
povoamento local. Além disso, Rubim investiu em regiões como a de Viana onde fundou e
colonizou o chamado "Sertão de Santo Agostinho" e a construção de um hospital na Ilha do
O Mercado da Vila Rubim é um espaço na cidade de Vitória onde estão reunidas várias lojas
de artesanato, artigos de umbanda, casa de ervas medicinais, artigos de pesca, casas
pirotécnicas, peixarias, entre outras. O Mercado da vila Rubim é um grande marco na
economia capixaba.
O principal mercado da cidade de Vitória estava localizado na Avenida Capixaba, atual
Avenida Jerônimo Monteiro no centro da capital. O mercado foi demolido por não atender a
demanda da cidade no início do século XX e em 1926 no mesmo lugar foi edificado um novo
imóvel: o Mercado da capixaba.
O bairro da Vila Rubim surgiu no início do século XX devido à posição geográfica vista como
passagem entre o continente e a Ilha, bem como a porta de acesso ao centro de Vitória.  Na
época o bairro era conhecido como Cidade de Palha e havia um ponto de desembarque de
mercadorias que chegavam à baía de Vitória provenientes do interior do estado e eram
comercializadas por pequenos mercadores.
Na manhã de 1º de julho de 1994 o mercado sofreu um
incêndio que durou 3h30m, considerado o maior da
história do Espírito Santo, resultado de
armazenamento irregular de fogos de artifícios que
destruiu 110 boxes, 30 lojas, sete veículos, resultou na
morte de quatro pessoas e deixou 35 feridos. Um
outro incêndio ocorreu na noite do dia seis de março
de 2010 em um galpão onde funcionavam loja de
artigos de pescaria, bebidas e embalagens. Não houve
vítima neste último devido ao fato de que não havia
ninguém no local no início do incêndio.
ROTEIRO DE ENTREVISTAS

1. Conhecer algumas casas de ervas medicinais.


2. Descobrir quando foram inauguradas.
3. Que tipos de produtos são comercializados? Tinturas,
xaropes, etc...
4. Quais plantas são mais comercializadas? Para tratar quais
males?
5. Tem percebido um aumento no consumo de plantas
medicinais ou não ao longo dos anos?
6. Como aprendeu a trabalhar com plantas medicinais?
7. Acreditamos ser importante conscientizar os jovens e passar
FITOTERAPIA
AULA DIA – 13/03
PLANTAS MEDICINAIS – GLOBO REPORTER
ARNICA

Arnica chamissonis
Uso popular: Uso externo: contusões, traumatismos, distensão, escaras,
feridas infectadas, úlceras crônicas, artrites, edema local associado a fraturas,
hematomas, hemorroidas, dores musculares, reumáticas e articulares, picadas
de inseto inflamadas, flebite superficial, insuficiência venosa crônica, sintomas
de veias varicosas, frieiras superficiais, xampus para dermatite seborreica
(caspa) e para estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo (MILLS;
BONE, 2000), infecções cutâneas como acne e furunculoses, inflamações da
orofaringe, queimaduras de sol, queimaduras superficiais e pouco extensas,
eritema de nádegas (BRUNETON, 2001).

​A arnica é uma planta medicinal rica em flavonoides e compostos fenólicos,


possuindo propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas,
antioxidantes e anticoagulantes. Por isso, esta planta pode ser utilizada para
ajudar no tratamento de vários problemas de saúde, como contusões, dores
reumáticas, escoriações e dores musculares, por exemplo.
Partes usadas: Flores (capítulos florais)

Advertência: o uso interno da planta na forma de infusão ou tintura não é


adequado, a planta é utilizada pela via oral apenas em formulações
homeopáticas (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 2002). 

A arnica pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias


homeopáticas ou de manipulação, ou drogarias, e encontrada na forma
de flores secas, tintura, óleo, glóbulos homeopáticos, pomada ou gel. Seu
uso deve ser sempre feito com orientação de um médico ou outro
profissional de saúde com experiência no uso de plantas medicinais.
1. Cicatrização de feridas
Alguns estudos mostram que a arnica possui lactonas com propriedades
cicatrizantes e anti-inflamatórias, reduzindo a produção de substâncias
inflamatórias como as prostaglandinas e citocinas, podendo ser utilizadas para
auxiliar no tratamento de feridas da pele, escoriações, arranhões, machucados ou
cortes, por exemplo.
Além disso, a arnica tem ação anti-histamínica, que ajuda a reduzir o inchaço das
feridas por inibir o extravasamento de líquidos dos vasos sanguíneos no local da
ferida.
Furúnculo
A arnica, por conter lactonas, flavonoides e compostos fenólicos na sua
composição, possui ação antisséptica, antimicrobiana e anti-inflamatória ajuda a
reduzir a inflamação e a dor, podendo auxiliar no tratamento do furúnculo.
2. Contusões
A arnica, na forma de gel ou pomada, pode ser
usada nos casos de contusões, traumatismos ou
pancadas que formam hematoma ou equimose
sob a pele, por possuir lactonas, helenalina e
ácido hexurônico na sua composição, com ação
anticoagulante, analgésica e anti-inflamatória, o
que ajuda a reduzir a mancha roxa na pele e a
dor no local da lesão.
3. Dor nas articulações
Por conter helenalina na sua composição, com uma
potente ação anti-inflamatória, a arnica ajuda a bloquear
a produção de proteínas responsáveis pela inflamação
crônica das articulações em pessoas com osteoartrite.
Alguns estudos mostram que o uso tópico da arnica na
osteoartrite, por ajudar a aliviar a dor nas articulações,
melhora a movimentação e diminui a rigidez matinal das
mãos.
4. Dor ou distensão muscular
A arnica ajuda a diminuir a dor e a tratar a distensão
muscular causada por atividades físicas ou no caso de
torcicolo, por exemplo, devido às lactonas na sua
composição com ação anti-inflamatória e analgésica.
Além disso, alguns estudos mostram que a arnica
quando ingerida na forma de glóbulos homeopáticos
por atletas maratonistas, ajuda a reduzir a dor
muscular causada por esse tipo de esporte,
melhorando o tempo de recuperação após a corrida.
5. Dor pós operatória
A arnica devido ao seu efeito analgésico, anti-inflamatório e
cicatrizante ajuda a reduzir a inflamação nos tecidos após
cirurgia, o que auxilia no tratamento da dor e do inchaço pós
operatório.
Além disso, após cirurgia, é normal surgirem hematomas
próximos à cicatriz devido ao rompimento dos vasos
sanguíneos pelo corte da cirurgia, e a arnica pode ajudar a
reduzir as marcas roxas na pele devido ao seu efeito
anticoagulante. No entanto, só deve ser usada após cirurgia
quando orientado pelo médico e a cicatriz já estiver fechada.
Tintura de arnica para aplicar na pele
A tintura de arnica, preparada com álcool, é um ótimo remédio para tratar marcas roxas causadas por
pancadas, contusões e lesão muscular, além de dor nas articulações causadas pela osteoartrite. Essa
preparação deve ser usada somente sobre a pele e não deve ser ingerida.
Ingredientes
•10 gramas de folhas secas de arnica;
•350 mL de álcool de cereais;
•150 mL de água filtrada.
Modo de preparo
Triturar as folhas secas de arnica com um pilão para liberar as substâncias ativas. Em seguida, colocar
as folhas secas de arnica trituradas num pote de vidro com tampa limpo e seco, e acrescentar o álcool
e a água filtrada. Fechar o vidro com a tampa, cobrir por fora com papel alumínio e deixar repousar por
1 semana.
É importante agitar o frasco todos os dias. Após 1 semana, retirar as folhas de arnica da solução e
transferir a tintura para outro frasco de vidro limpo e seco e coberto com papel alumínio. Essa tintura
tem a validade de até um ano.
Antes de usar a tintura, deve-se agitar o frasco. Aplicar a tintura de arnica nos locais desejados de 2 a
3 vezes por dia com auxílio de uma bola de algodão, massageando o local.
A tintura de arnica não deve ser usada em feridas abertas ou em sangramento pois o álcool da tintura
pode causar ardor na ferida.
Óleo de arnica
O óleo de arnica pode ser usado para tratar hematomas, pancadas, torções, dor
muscular, dor nas articulações ou pernas inchadas, devido suas propriedades anti-
inflamatórias, analgésicas e anticoagulantes.
Este óleo deve ser usado somente sobre a pele, não deve ser consumido.
Ingredientes
•10 gramas de flores secas de arnica;
•100 mL de azeite de oliva, óleo de amêndoas ou óleo de jojoba.
Modo de preparo
Colocar as flores secas de arnica e o óleo em um frasco de vidro limpo, seco e que
tenha tampa. Misturar com uma colher, tampar o frasco e cobrir com papel alumínio.
Agitar bem o frasco para ajudar a liberar as substâncias ativas da arnica. Guardar o
frasco em local arejado, longe da claridade, por 30 a 40 dias. Após esse período,
coar o óleo para retirar as flores da arnica e guardar o óleo em um frasco limpo,
seco e com tampa, coberto com papel alumínio. Pode-se usar o óleo de arnica de 2
a 3 vezes por dia na área afetada.
Possíveis efeitos colaterais
A arnica é segura para a maioria dos adultos quando usada na forma tópica, por um
curto período de tempo. Entretanto, essa planta pode causar alergia na pele, inchaço
ou dermatite.
A arnica não deve ser ingerida, pois é considerada uma planta tóxica, podendo causar
irritação na boca e na garganta, dor de estômago, náuseas, vômitos, diarreia,
alucinações, vertigens, falta de ar e complicações cardíacas, como arritmia, aumento
da pressão arterial, fraqueza muscular, sangramento, coma e morte.
Deve-se procurar ajuda médica imediatamente ou o pronto socorro mais próximo se
apresentar sintomas de intoxicação ou reação alérgica pela arnica, como dificuldade
para respirar, náuseas, vômitos ou convulsões.
MULUNGU
Mulungu (Erythrina mulungu) é uma planta com
propriedades calmantes e sedativas,
normalmente indicada para o tratamento de insônia,
estresse e ansiedade.
Além disso, o mulungu, conhecido também como
corticeira, canivete ou bico-de-papagaio, possui
ação analgésica e, por isso, ajuda no alívio das dores
reumáticas e cólicas menstruais.
O mulungu geralmente é usado na forma de chá, que
pode ser preparado com as cascas ou folhas secas
da planta. O mulungu pode ainda ser encontrado na
1. Tratar ansiedade e estresse
O mulungu contém ótimas quantidade de hipaporfina, eritrina e
eritravina, compostos com ação ansiolítica que ativam os
receptores de GABA, um neurotransmissor que atua como
relaxante no sistema nervoso, ajudando, assim, no tratamento da
ansiedade e do estresse.
2. Aliviar cólicas menstruais
O mulungu possui propriedades analgésicas e antinoceptivas,
diminuindo a sensação de dor e ajudando a aliviar as cólicas
menstruais.
3. Regular a pressão arterial
A eristristemina e a erisotiopina são compostos alcaloides presentes
no mulungu, que possuem propriedades hipotensoras, ajudando a
equilibrar a pressão arterial e evitando o surgimento da hipertensão.
4. Combater a insônia
Por conter hipaforina, um composto com efeito sedativo e calmante
do sistema nervoso central, o mulungu melhora a qualidade e a
duração do sono, combatendo a insônia.
5. Aliviar dores reumáticas
O mulungu contém ótimas quantidades de eritralina, uma substância
que possui potente ação anti-inflamatórias e, por isso, essa planta
pode ajudar no tratamento de dores reumáticas, como gota, artrite e
Como preparar o chá de mulungu
A casca é a parte mais utilizada do mulungu para o preparo de chá,
que pode ser encontrada na sua forma natural ou em pó.
Ingredientes:
•1 colher de chá (de 4g a 6g) de cascas de mulungu;
•1 xícara (200 ml) de água.
Modo de preparo:
Em uma panela, ou chaleira, colocar as cascas de mulungu e a água,
levando ao fogo para ferver por 10 minutos. Desligar o fogo, deixar
amornar, coar e beber. Beber até 3 xícaras desse chá por dia. O chá
de mulungu pode ser usado por um período máximo de 30 dias
seguidos.
As sementes de mulungu não devem ser usadas, uma vez que
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais do uso de mulungu são raros, no entanto,
alguns sintomas como sonolência, hipotensão e paralisias
musculares podem surgir em algumas pessoas.
Contraindicações
O mulungu não é indicado para crianças. Assim como também
não é recomendado para mulheres grávidas ou que estejam
amamentando, pessoas com insuficiência cardíaca e arritmia.
Pessoas que usam remédios anti-hipertensivos ou
antidepressivos, devem consultar o médico antes de usar o
mulungu, porque essa planta pode alterar os efeitos desses
medicamentos.
ANIS ESTRELADO
Anis-estrelado, também conhecido como
estrela-de-anis, é uma especiaria que é feita
a partir do fruto de uma espécie de árvore
asiática chamada de Ilicium verum. 

Embora seja muito utilizado na culinária para


conferir um sabor adocicado a algumas
preparações, o anis-estrelado também
apresenta vários benefícios para a saúde
devido aos seus componentes,
especialmente o anetol, que parece ser a
substância presente em maior concentração.
Por vezes, o anis-estrelado é confundido
com o anis-verde, que é a erva-doce, mas
estas são plantas medicinais completamente
1. Prevenir o aparecimento da gripe
O anis-estrelado é um depósito natural de ácido xiquímico,
uma substância que é utilizada na indústria farmacêutica
para produzir o remédio antiviral oseltamivir, mais conhecido
como Tamiflu. Este remédio é usado para prevenir e tratar
infecções pelos vírus Influenza A (H1N1 e H3N2) e B, que são
responsáveis pela gripe.
O consumo regular de anis estrelado, seja em preparações
culinárias ou na forma de chá, pode ser uma ótima forma
natural de prevenir a gripe, especialmente durante períodos
de maior incidência dessa doença. 
2. Combater infecções por fungos
Por ser rico em anetol, o anis-estrelado tem forte ação contra
vários tipos de microrganismos, incluindo os fungos. Segundo
estudos feitos em laboratório, o extrato de anis-estrelado é
capaz de inibir o crescimento de fungos como Candida
albicans, Brotytis cinerea e Colletotrichum gloeosporioides.

3. Eliminar infecções bacterianas


Além da função contra fungos, o anetol do anis-estrelado
também impede o desenvolvimento de bactérias. Até o
momento, foi identificada ação contra as
bactérias Acinetobacter baumannii, Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococcus aureus e Escherichia coli, em
laboratório. Estas bactérias são responsáveis por vários tipos de
infecções, como gastroenterite, infecção urinária ou infecção de
pele.
Além do anetol, os estudos indicam que outras substâncias
presentes no anis-estrelado também podem contribuir para sua
4. Fortalecer o sistema imune
Assim como a maior parte das plantas aromáticas, o anis-
estrelado tem boa ação antioxidante devido à presença de
compostos fenólicos na sua composição. Embora alguns estudos
tenham identificado que o poder antioxidante do anis-estrelado
pareça ser inferior ao de outras plantas aromáticas, esta ação
continua ajudando a fortalecer o sistema imune, já que elimina
radicais livres que atrapalham o correto funcionamento do corpo.
Além disso, a ação antioxidante também tem sido relacionada
com a diminuição do risco de desenvolver doenças
cardiovasculares e câncer.
5. Eliminar e repelir insetos
De acordo com alguns estudos feitas com o óleo essencial de
anis-estrelado, foi identificado que a especiaria tem ação
inseticida e repelente contra alguns tipos de insetos. Em
laboratório, foi confirmada sua ação contra as "moscas das
frutas", baratas germânicas, besouros e até pequenos
caramujos.
6. Facilitar a digestão e combater gases
O anis-estrelado possui ação carminativa e anti-
inflamatória e, por isso, pode ser consumido após
refeições muito pesadas e gordurosas, pois é capaz
de facilitar a digestão e de evitar o acúmulo de
gases no estômago e no intestino.
Além disso, de acordo com alguns estudos, quando
o anis-estrelado é consumido juntamente com a
camomila, é possível combater a diarreia.
Chá de anis estrelado
O chá de anis estrelado é a principal forma de consumo dessa
especiaria, podendo ser tomado ao longo do dia ou após a refeição,
caso o objetivo seja o de melhorar a digestão.
Ingredientes
•1 colher (de chá) de sementes de anis-estrelado moídas;
•250 ml de água fervente.
Modo de preparo
Colocar o anis estrelado na água fervente e deixar repousar 10
minutos. Depois coar o anis-estrelado, deixar amornar e beber 2 a 3
vezes por dia. Para melhorar ou alterar o sabor, também pode ser
adicionada uma rodela de limão, por exemplo.
Possíveis efeitos colaterais
O anis-estrelado é considerado seguro, especialmente quando
usado na preparação de pratos. Já no caso do chá, ainda existem
poucos estudos que avaliem seus efeitos colaterais. Ainda assim,
algumas pessoas parecem relatar algumas náuseas após ingerir
grandes quantidades. No caso do óleo essencial, se aplicado
diretamente na pele, poderá causar irritação da pele.
Quando não deve ser usado
O anis-estrelado está contraindicado para pessoas com
hipersensibilidade, grávidas, mulheres em fase de amamentação e
crianças, pois até o momento não foram realizados estudos nessa
população sobre os efeitos a médio e longo prazo do uso do anis-
OLERICULTURA
A olericultura é o ramo da horticultura que abrange a
exploração de um grande número de espécie de plantas,
habitualmente conhecidas como hortaliças e que podem ser
constituídas das seguintes partes das plantas: folhas,
inflorescências, raízes, caules e frutos.

As plantas medicinais, em sua maioria, são de ciclo


curto e podem ser tratadas como hortaliças.
Para a Organização Mundial de Saúde - OMS, saúde é: “Um bem-
estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença”. O
uso de plantas medicinais como prática alternativa pode
contribuir para a saúde dos indivíduos, mas deve ser parte de um
sistema integral que torne a pessoa realmente saudável e não
simplesmente “sem doença”.

Desde a década de 1980, várias iniciativas vêm sendo adotadas


no caminho de implementar no Sistema Único de Saúde (SUS)
uma política de plantas medicinais e fitoterapia, destacando o
Decreto Nº 5.813 de 22 de junho de 2006, que aprova a Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a portaria Nº 971
A horta caseira traz muitos benefícios a saúde e ao
meio ambiente, já que os alimentos produzidos são
mais saudáveis e livres de agrotóxico. Além de ter o
prazer de cultivar alimentos na própria varanda ou no
quintal, ter uma plantação gera um pouco de economia
nos gastos mensais de supermercado.
A horta caseira também é uma grande oportunidade de
criar um produto de fomento ao plantio domiciliar que
possibilite aos moradores plantarem suas ervas em um
VAMOS PLANTAR!!!
AULA 10/04

BABOSA
A babosa, também conhecida como Aloe vera, é um planta medicinal
que possui diversos benefícios para a saúde, como favorecer a
cicatrização de feridas e queimaduras, aliviar a prisão de ventre e
prevenir a cáries dentárias.
Além disso, a babosa também pode ser usada em diversos
tratamentos de beleza, principalmente no cabelo e na pele, pois
ajuda na remoção da maquiagem, previne o aparecimento de rugas
e estimula o crescimento do cabelo.
A babosa, cujo nome científico é Aloe barbadensis, pode ser
comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação,
mercados municipais e supermercados. Essa planta também pode
Para que serve
A babosa contém substâncias mucilaginosas e
quercetina, que funcionam como emolientes, servindo
para renovar as células danificadas da pele, além de
possuir polissacarídeos e hormônios vegetais que
servem para estimular e hidratar as células.
Além disso, por ser rica em vitamina A, B, C e E, cálcio,
magnésio, potássio, selênio, zinco e fosfato, a Aloe vera
atua sobre os tecidos, possuindo efeito cicatrizante,
além de ajudar a fortalecer o sistema imunológico.
A babosa também pode servir para promover a saúde
do cabelo e da pele e para auxiliar no tratamento de
anemia, artrite, dor de cabeça, dor muscular, feridas,
gripe, insônia, pé de atleta, alterações inflamatórias,
prisão de ventre e problemas digestivos.
Principais benefícios
Os principais benefícios da babosa são:
1. Estimular o crescimento do cabelo
A babosa possui enzimas que ajudam a remover as
células mortas do couro cabeludo, além de ser uma
excelente fonte de hidratação e de minerais para as
fibras do cabelo. Dessa forma, o cabelo pode crescer
de forma mais rápida e mais forte.
Como usar: em um pote, juntar 2 claras de ovo com 2
colheres de sopa de gel de babosa e misturar bem.
Aplicar a mistura, garantindo que toda a raiz dos
cabelos esteja coberta. Esperar 5 minutos e retirar com
água fria e shampoo.
2. Eliminar a caspa
A caspa é formada por placas de células mortas, de forma que a
babosa pode ser usada no tratamento da caspa, uma vez que
contém enzimas que eliminam as células mortas.
Como usar: misturar 2 colheres de sopa de gel de babosa com 1
colher de sopa de mel e 2 colheres de sopa de iogurte natural.
Aplicar a mistura na raiz dos cabelos, massageando o couro
cabeludo por cerca de 15 minutos. Aguardar 30 minutos e, depois,
lavar o cabelo com shampoo. Esse tratamento deve ser feito
apenas 1 vez por semana.
3. Evitar a queda de cabelo
A babosa ajuda na produção de colágeno e, por isso, ajuda a fixar
as fibras do cabelo no couro cabeludo, evitando a sua queda. Além
disso, essa planta medicinal possui minerais e água, fortalecendo
toda a fibra e fazendo com que fique mais forte e menos
quebradiça.
Como usar: misturar 2 colheres de sopa de Aloe vera com 2
colheres de sopa de óleo de coco e aplicar em todo o cabelo.
4. Remover a maquiagem do rosto
A babosa pode ser usada para retirar a maquiagem do rosto, já
que não contém substâncias químicas, promove a hidratação da
pele e alivia a irritação provocada pelas substâncias presentes
na maquiagens.
Como usar: colocar um pouco de gel de babosa em um pedaço
de algodão e esfregar levemente nas regiões do rosto com
maquiagem. Em seguida, lavar o rosto com água morna e sabão
neutro.

5. Combater as rugas
A babosa estimula a produção de colágeno na pele, que é a
substância responsável por manter a elasticidade e firmeza.
Assim, quando usada regularmente, a babosa pode diminuir as
rugas e eliminar algumas marcas de expressão.
Como usar: aplicar, com os dedos, uma pequena quantidade de
gel de babosa nas regiões em que são observadas mais rugas e
linhas de expressão. Fazer uma leve massagem no local e deixar
atuar durante 5 a 10 minutos. Em seguida, retirar a babosa com
6. Esfoliar a pele
A babosa pode ser usada como base para um esfoliante, já que além de
hidratar a pele, fornece oxigênio, que é importante para manter as
células mais profundas da pele fortes.
Como usar: misturar 2 colheres de sopa de gel de babosa com 1 colher
de sopa de açúcar ou bicarbonato de sódio. Em seguida, esfregar a
mistura no rosto ou em outras partes mais ressecadas da pele, como
cotovelos ou joelhos, por exemplo. Retirar a babosa com água e sabão
neutro e repetir esse processo 2 a 3 vezes por semana.
7. Aliviar irritações na pele
A aplicação de gel de babosa na pele proporciona um alívio rápido de
coceira e queimaduras relacionadas com a exposição solar prolongada.
Além disso, essa planta pode ser utilizada no tratamento da psoríase,
dermatite e mucosite oral, além de também poder ser indicada para
aliviar os mamilos rachados relacionados com a amamentação, já que
ajudam a regenerar a pele e a reduzir as inflamações.
Como usar: cortar uma parte da folha de babosa, retirar o gel e aplicar
diretamente na região a ser tratada 3 vezes ao dia. No caso de mamilos
rachados, aplicar o gel de Aloe vera na área afetada após a
8. Atuar contra infecções
A babosa aplicada na pele em forma de creme ou gel ajuda a cicatrizar e
curar feridas de maneira mais rápida, evitando o desenvolvimento de
diferentes infecções, pois é rica em polifenois, que são compostos
antioxidantes com propriedades antivirais, anti-inflamatórias e
antibacterianas.
Como usar: cortar uma parte da folha de babosa e aplicar o gel sobre a
área afetada 3 vezes ao dia.
9. Prevenir cáries
A babosa pode ser utilizada como enxaguante bucal, já que pode ajudar a
diminuir a placa bacteriana, que é uma película incolor composta por
bactérias que se formam e ficam aderidas nos dentes, sendo a principal
causadora de cárie, tártaro e gengivite.
Além disso, o enxágue bucal com babosa também ajuda a aliviar as feridas
na boca, aftas ou queimaduras na língua causadas por algum alimento
quente, por exemplo.
Como usar: para fazer o enxaguante bucal de babosa, deve-se misturar o
10. Aliviar a prisão de ventre
A babosa contém aloína e barbaloína, que são substâncias
presentes na casca da planta e que possuem propriedades
laxantes, aumentando a quantidade de líquido no intestino,
estimulando os movimentos intestinais e facilitando a
eliminação das fezes.
Além disso, por ter uma ação prebiótica, essa planta também
estimula o crescimento das bactérias benéficas do intestino,
equilibrando a flora intestinal e melhorando o seu
funcionamento.
Como usar: para aliviar a prisão de ventre, pode-se preparar
um suco de babosa. Para isso, deve-se retirar o gel da folha de
babosa e misturar com água na proporção de 100 gramas de gel
para 1 litro de água. Se necessário, pode ser também
acrescentada 1 colher de sopa de mel e uma fruta, como limão
ou laranja, para melhorar o sabor da bebida. Esse suco deve ser
bebido, preferencialmente, pela manhã em jejum.
Possíveis efeitos colaterais
O uso tópico da babosa, ou seja, a sua aplicação
na pele, e a forma oral, geralmente é
considerado seguro e não está relacionado com
efeitos secundários conhecidos. No entanto,
quando ingerida grande quantidade, a Aloe vera
pode causar cólica, vômitos, diarreia,
hipotermia e fraqueza.
Em alguns casos, o uso de suplemento de Aloe
vera por longos períodos pode causar
problemas no fígado.
Como usar babosa no rosto?
Veja o passo a passo de como usar o gel da babosa no rosto com o reforço de
um creme de hidratação da sua preferência. Assim, confira abaixo:
1.Lave o rosto com um produto de limpeza específico para essa finalidade;
2.Seque bem a pele com uma toalha limpa;
3.Abra a folha da babosa utilizando uma faca e retire o gel dentro da planta
com a ajuda de uma colher;
4.Em seguida, aplique o gel da babosa no seu rosto, pescoço e colo;
5.Evite o contato da babosa com a região dos olhos e da boca;
6.Deixe agir por 15 minutos;
7.Logo depois, lave o rosto com água fria e remova o gel totalmente;
8.Aplique um creme para hidratar a pele da sua preferência;
9.Faça movimentos circulares com as pontas dos dedos;
10.Deixe o creme agir conforme o indicado na embalagem;
11.Pronto! Hidratação finalizada! 
Quais os benefícios da babosa no rosto?
O Dr. Luann Lôbo informou que existem diversas fontes científicas que apontam os
benefícios da babosa, como as propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, hidratantes e
anti-sépticas. 
“Quando aplicada no rosto pode ter efeito calmante, reparador, reepitelizante e hidratante,
acalmando irritações e atenuando a profundidade das rugas finas”, acrescenta o médico
especialista. 
Podemos citar outros benefícios da aloe vera na pele. Portanto, veja abaixo: 
•Combate as rugas;
•Clareia áreas com manchas;
•Limpa as camadas profundas da pele;
•Melhorar o aspecto da dermatite;
•Auxilia na redução de oleosidade da pele;
•Cicatriza queimaduras;
•Possui ação antioxidante;
•Seca espinhas;
•Aliviar a irritação cutânea após depilação com cera ou lâminas.
•Nutre a pele por ser rica em ativos terapêuticos, cálcio, magnésio, sódio, potássio,
selênio e zinco; além de vitaminas A, B1, B2, B3, B5, B6 e C.
Além disso, a aloe vera também entrega diversas vantagens para o nosso cabelo. Como
por exemplo, na prevenção da queda, crescimento dos fios, combate a caspa, hidratação
capilar, entre outras.

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