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Plantas na Gestação e Amamentação

Conteudista: Prof.ª Dra. Gisele Damian Antonio


Revisão Textual: Esp. Keli Francieli Cattoni

Objetivo da Unidade:

Aprender as aplicações terapêuticas das principais plantas medicinais e fitoterapia para o cuidado materno-infantil.

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1 /3

ʪ Material Teórico

Introdução
A gestação e a amamentação trazem consigo um turbilhão de sentimentos, problemas de saúde e adaptações para mamãe, papai, bebê e sua
família! A busca por informações sobre plantas contraindicadas e/ou úteis para controle de enjoo, ansiedade, anemia, problemas no mamilo e
para ajudar na lactação é intensa pelas mulheres. É nesse contexto que entra a importância do terapeuta integrativo e do naturólogo qualificado
para trabalhar com plantas medicinais, pois esses profissionais podem contribuir para o bem-estar e cuidado da saúde materno-infantil com
informações baseadas em evidências e que garantem a segurança e a qualidade de vida das gestantes e suas famílias!

Essa Unidade apresenta informação sobre o uso da fitoterapia para situações especiais, como gestação e amamentação, para o cuidado seguro
das mamães e seus bebês. Não se esqueça de acessar os links dos Materiais Didáticos, onde encontrará o conteúdo e as atividades propostas para
esta unidade. Além disso, você terá indicações de leituras complementares para o aprofundamento das discussões nos espaços disponibilizados
no ambiente virtual. Leia todas elas e interaja com os demais cursistas e com a tutoria nos fóruns de discussão desta Unidade. 

Esperamos que o conhecimento adquirido nesta unidade de aprendizagem auxilie o entendimento da fitoterapia para o cuidado em saúde
materno-infantil. 

Bom estudo!

Plantas Medicinais no Cuidado da Saúde Materno-infantil


A gravidez e a amamentação são fases lindas e delicadas da vida de uma mulher. É um período com muitas adaptações, variações emocionais
(alegria, medo ou rejeição são os primeiros que aparecem), hormonais e de metabolismo, problemas na lactação e com os mamilos durante a
amamentação, bem como um momento de novas prioridades, cuidados especiais, dúvidas, questionamentos e incertezas.

Trocando Ideias...
É a fase em que a mulher fica mais atenta à alimentação, ao uso de plantas medicinais, à qualidade do sono,
ao bem-estar físico e emocional e ao desenvolvimento do bebê dentro da sua barriga. Estar feliz, saudável e
plena para acompanhar todos os detalhes do desenvolvimento do bebê de modo positivo é o desejo de
qualquer mulher. Mas são tantas as dúvidas que surgem ao longo dos nove meses que a busca por recursos
naturais pode se intensificar na rotina da nova mamãe devido às contraindicações dos medicamentos
sintéticos! 
Reflita
E aí, qual o seu papel neste processo? O que fazer ou orientar? Será que todo recurso natural, por ser
natural, não faz mal para a gestante e o bebê?

A gestação é um período em que o bebê está em formação, está vulnerável a qualquer agressão e precisa de um nível maior de segurança para
evitar danos irreversíveis. O lactente também exige cuidados especiais, pois alguns produtos podem ser excretados no leite materno. Diante
disso, é necessária a aplicação do princípio da precaução, ou seja, durante os três primeiros meses de gestação, deve ser evitado o uso de
qualquer espécie de planta medicinal cujos estudos para a avaliação de efeitos tóxicos e de má formação sobre o feto não estejam concluídos, da
mesma forma que ocorre com os medicamentos sintéticos.

As plantas medicinais são utilizadas em muitas culturas e sistemas médicos complexos para aliviar desconfortos durante a gestação, amenizar a
dor do parto e ajudar na produção de leite ou na sua cessação. As plantas medicinais na gestação, parto e puerpério podem ajudar, desde que com
cautela, em diferentes situações:

Variação de humor e dificuldade em manter o autocontrole;

Prevenção da anemia;

Controle de náuseas e vômito;

Constipação;

Retenção de líquidos;

Infecções urinárias e vaginais;

Dermatites atópicas e eczemas;

Prevenção de infecções respiratórias superiores;

Auxiliar no trabalho de parto;

Auxiliar na produção de leite e problemas nos mamilos.

As plantas medicinais podem ajudar a mulher a passar pelas dificuldades com amor, tranquilidade, esperança e autoconfiança, mas não
substituem o acompanhamento médico e os medicamentos. Entretanto, a gestante pode ter o acompanhamento, também, de um terapeuta
integrativo ou naturólogo durante toda a gestação para cuidar da saúde materno-infantil. O terapeuta com formação em Fitoterapia, por meio da
sua abordagem clínica centrada na pessoa, irá ouvir todas as queixas, dúvidas, temores e preocupações da gestante e, por fim, orientar sobre o
uso de planta medicinal que pode ser adequada ou não para cada ocasião. Assim, esses profissionais de práticas integrativas poderão ajudar a
gestante a ter um momento pleno e tranquilo, contribuindo para que o bebê possa vir a este mundo com muita tranquilidade e amor.
Apesar das controvérsias e inúmeras contraindicações, existem evidências científicas sobre a segurança do uso de plantas medicinais durante a
gravidez e o puerpério/amamentação.

Vejamos algumas plantas que você pode indicar na gestação e amamentação, segundo Mills (2006) e Brasil (2011).

Plantas e Gestação

Acerola (Malpighia Glabra L.)

Indicação: remineralizante, por ser rica em aminoácidos e ácido ascórbico (vitamina C);

Modo de usar:

Suco da fruta: preferencialmente centrifugada e consumida imediatamente, 1 copo três a


quatro vezes ao dia;

Fruta fresca: 1 xícara fornece 3.780 mg, que equivalem a três vezes a recomendação diária,
a qual varia entre 60 e 1.000 mg nas situações de carência.

Alho (Allium sativum L.)

Indicação: prevenção de anemia falciforme (grau de recomendação E);

Modo de usar: 

Cápsulas de óleo de alho: 250 mg. Uma a três cápsulas ao dia.

Cápsulas de extrato seco de alho: 300 mg. Uma a três cápsulas ao dia.

Maceração: 2 ou 3 dentes de alho em 1 xícara de água por dia.

Tintura 20%: tomar 10 mL da tintura diluídos em 75 mL de água, três vezes ao dia.

Alho fresco: 4 g/dia (um dente de alho cru). Picar, macerar e esperar o alho por dez minutos
(tempo de as enzimas agirem e, só então, utilizá-lo). No cozimento, é importante não
deixar o alimento escurecer.

Importante!
A suplementação de alho, após o terceiro mês da gestação, não apresenta risco.
Ameixa (Prunus domestica L.)

Indicação: prisão de ventre como laxante;

Modo de usar:

Uso como alimento: in natura, em salada de frutas, sucos, vitaminas, sobremesas ou pode-
se fazer geleias. Comer 1 a 2 frutas frescas 30 minutos antes das principais refeições ou três
frutas secas maceradas em água por 12 horas e fervida por três minutos, tomadas em jejum.

Babosa [Aloe Vera (L.) Burm f.]

Indicação: hidratante para pele seca ou dermatite de contato irritativa (nível de evidência B2);

Modo de usar:

Gel de extrato glicólico de babosa 10%: aplicar nas áreas afetadas de uma a três vezes ao
dia.

Importante!
O uso externo de gel de babosa não foi relatado em literatura científica como contraindicado durante a
gravidez ou lactação (nível de evidência 4).

Beterraba (Beta vulgaris L.)

Indicação: prevenção de anemia durante a gestação;

Modo de usar: 
Uso como alimento: raiz, folhas e talo fresco, como salada;

Decocção: ½ raiz picada de beterraba em 150 mL de água. Ferver por dez minutos, coar e
tomar 1 xícara três vezes ao dia;

Maceração: deixar uma beterraba cortada em rodelas finas, macerar em mel por 12h (à
noite). Após 12h de maceração, filtrar e tomar uma colher de sopa três vezes ao dia;

Suco: tomar 1 xícara de suco de beterraba três vezes ao dia, preferencialmente centrifugado.

Calêndula (Calendula o cinalis L.)

Indicação: cicatrizante e infecções urinárias;

Modo de uso: 

Uso externo: fazer banho de assento três vezes ao dia com 250 mL da tintura diluídos em 1 L
de água duas vezes ao dia para infecções vaginais.

Importante!
O uso tópico da calêndula não foi relatado na literatura cientifica como sendo contraindicado durante a
gravidez (nível de evidência 5). No entanto, o uso oral do infuso da calêndula é contraindicado durante a
gestação devido ao efeito uterotônico (nível de evidência 3), abortivo, emenagogo e estrogênico (nível de
evidência 4). A preparação homeopática de Calendula o cinais 12CH apresenta risco mínimo na gravidez
(nível de evidência 5).

Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum L.)

Indicação: edema nas pernas e insuficiência venosa, fragilidade capilar induzido pela gestação;

Modo de usar: 

Cápsulas: é recomendado o uso de cápsulas de 240 a 290 mg de extrato de castanha-da-


índia, padronizados para 50 mg de escina nos casos de edema nas pernas atribuído à
insuficiência venosa induzida pela gravidez (grau de recomendação A);

Tintura: 3 a 12 mL de tintura divididas em duas ou três tomadas diárias, diluída em água;


Decocção: 1 g da semente da planta seca em 150 mL de água. Tomar 1 xícara três vezes ao
dia.

Importante!
O uso de castanha-da-índia durante a gestação apresenta risco mínimo (nível de evidência 1A).

Couve (Brassica oleracea)

Indicação: prevenção de anemia;

Modo de usar:

Suco das folhas: centrifugado ou macerado com limão, laranja ou abacaxi. Tomar 1 copo de
suco duas vezes ao dia.

Cranberry (Vaccinium macrocarpon Aiton)

Indicação: prevenção de infecções do trato urinário na forma de extrato (grau de recomendação A) ou como suco (grau de
recomendação B);

Modo de usar: 

Uso como alimento: o consumo de até 4 L/dia do suco em indivíduos saudáveis.

Dente-de-leão (Taraxacum O cinale L.)

Indicação: para a prevenção de infecção do trato urinário (grau de recomendação B2) e como anti-inflamatório (grau de
recomendação E);

Modo de usar:

Infusão: tomar 150 mL do infuso (3 a 4 g planta inteira seca em 150 mL de água), logo após
o preparo, três vezes ao dia.
Importante!
O uso do dente-de-leão como alimento apresenta risco mínimo após os três meses da gestação (nível de
evidência 4).

Erva-cidreira/Melissa [Lippia Alba (Mill.) NE Br.ex Britton & P. Wilson]

Indicação: ansiedade;

Modo de usar:

Infusão: preparar o infuso com 1 a 3 g das folhas secas em 150 mL de água, tomar 35 mL do
infuso logo após o preparo, três vezes ao dia.

Importante!
Recomendado após o terceiro mês da gestação para ansiedade.

Gengibre (Zingiber o cinalis)

Indicação: controle de náuseas e vômito;

Modo de usar:

O uso de até 1.500 mg/dia de gengibre seco por, no máximo, quatro dias;
Infusão: tomar 150 mL do infuso (0,5-1 g do rizoma seco em 150 mL de água), cinco
minutos após o preparo, duas a quatro vezes ao dia;

Tintura 20%: tomar 50 gotas da tintura diluída em 75 mL, uma a três vezes ao dia.

Importante!
Durante a gestação, o gengibre apresenta risco mínimo (grau de recomendação B1).

Linhaça (Linum usitatissimum L.)

Indicação: constipação;

Modo de usar:

Uso como alimento: 1 a 2 colheres (sopa) de semente de linhaça triturada ou in natura.


Ainda não existe um consenso sobre a quantidade ideal de consumo, sendo o recomendado
5 a 50 g/dia.

Trocando Ideias...
Na maioria dos estudos existentes, os benefícios foram alcançados com a ingestão média de 1 a 2 colheres
(sopa) de semente de linhaça ao dia. Deve-se evitar o consumo excessivo devido ao seu conteúdo calórico e
pelo risco de interferir na absorção de outros nutrientes. O uso da linhaça como alimento representa risco
mínimo após os três primeiros meses da gestação, sendo indicado para a constipação leve (grau de
recomendação B). No entanto, a semente de linhaça ou o óleo na forma de encapsulados podem contribuir
para a redução do peso ao nascer do bebê (nível de evidência 3).
Tansagem (Plantago major L.)

Indicação: afecções urinárias e edemas;

Modo de usar:

Uso externo: fazer banho de assento três vezes ao dia com 50 mL da tintura diluídos em 750
mL de água, dias vezes ao dia.

Importante! 
É recomendado no tratamento de afecções urinárias e edemas após os três primeiros meses da gestação.

Plantas Medicinais e Amamentação


Na maioria das vezes, o sucesso ou insucesso da amamentação está ligado aos hábitos, alimentação e nutrição da mulher durante o período de
aleitamento materno. Nesse período, é preciso ter cautela e prevenir que o uso de plantas medicinais seja compreendido como se fosse essencial
na primeira dificuldade de iniciação, manutenção ou produção do leite (RABBONI, 2004). Também se faz necessário que o nutricionista conheça
os princípios ativos e os efeitos adversos que eles podem ocasionar durante a amamentação. O lactente exige cuidados especiais, pois algumas
plantas podem ser excretadas no leite materno e apresentar efeitos indesejáveis para as crianças (SIMÕES, 2007).

Há mais de 400 espécies vegetais que têm sido utilizadas pelo saber popular como galactagogas (BINGEL; FARNSWORTH, 1994). Dentre as mais
conhecidas, podemos citar: feno-grego (Trigonella foenicum-graecum), cardo-santo (Cnicus benedictus), algodão (Gossypium hirsutum), funcho
(Foeniculum vulgare Mill), salsa [Petroselinum crispum (Mill.) Fuss], erva-doce (Pimpinella anisum), cominho (Carum carvi), cidró (Aloysia
citriodora), cardo-mariano (Silybum marianum), framboesa (Rubus idaeus), galega (Galega o cinallis), hortelã-pimenta (Mentha piperita),
urtiga (Urtica dióica), urtigão (Urera baccifera), anis-estrelado (Illicium verum), erva-cidreira (Lippia alba L.), angélica (Angelica archangelica L.)
(BIAZZI, 1994; BIAZZI, 1996, FADYNHA, 2005, SPETHMANN, 2004). Contudo, nem todas as plantas medicinais citadas acima apresentam
comprovação científica de sua eficácia e segurança de uso na lactação.

As plantas podem ser recomendadas para uso na forma de decocção, maceração, infusão, tintura ou em preparações magistrais ou industriais
por meio de uma orientação terapêutica escrita. Essa orientação de uso de plantas medicinais deverá conter: i) nome botânico, sendo opcional o
nome popular; ii) parte usada; iii) forma farmacêutica/modo de preparo; iv) tempo de utilização; v) dosagem; vi) frequência de uso; vii) horário.
Agora, apresentaremos alguns exemplos e sugestões de preparações fitoterápicas que possuem estudos fitoquímicos (in vitro e in vivo) e
etnofarmacológicos (tradição de uso popular) que embasam o efeito galactagogo delas.

Vamos conhecê-las?

Funcho (Foeniculum Vulgare Mill.): uso de infuso de 1 colher de chá de frutos esmagados ou 1 colher de sopa das folhas em 150
mL de água fervente uma a três vezes ao dia por, no máximo, sete dias, devido à sua atividade estrogênica para puérpera
(BRASIL, 2016). Em casos de cólica infantil em menores de 2 anos, pode-se preparar 1/8 da dose do infuso e ofertar ao lactente
1 mL duas vezes ao dia (em colher de silicone) por sete dias (SAVINO et al., 2005). Para as infusões, não há contraindicações
(UFSC, 2022);

Algodoeiro (Gossypium Herbaceum L.): uso de cocção de 1 colher de sopa de casca e raiz do algodoeiro em 150 mL de água.
Tomar três vezes ao dia, junto com as refeições (UFSC, 2022). Pode aumentar o fluxo menstrual, não sendo recomendado o
uso para mulheres que desejam engravidar. O uso de algodoeiro faz com que o óvulo não se implante corretamente no útero;

Anis-estrelado (Illicium Verum): tem ações semelhantes à erva-doce Pimpinella anisum) e ao funcho (Foeniculum vulgare).
Sugere-se o uso do infuso de 2 estrelas por litro de água. Tomar 1 xícara após as refeições. A planta é contraindicada a
mulheres que apresentam sensibilidade ao anetol;

Erva-cidreira (Lippia Alba L.): é uma planta com ação calmante, digestiva e indicada para resfriados, ansiedades leves e
insônia. Não é uma planta lactogoga, mas é uma erva indutora de amamentação pelos efeitos calmantes. Recomenda-se o uso
do infuso de 1 colher de sopa de folhas e flores em 150 mL de água fervente. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia (UFSC, 2022);

Salsinha (Petroselinum Crispum Mill.): é uma espécie vegetal utilizada na culinária. Pode ser consumido até 50 g de salsa por
refeição. Como infuso, usa-se 1 colher de sopa de planta fresca para 150 mL de água. A salsa contém vitamina K, que pode
antagonizar com anticoagulantes e anti-hipertensivos se tomada em superdoses (UFSC, 2022);

Erva-doce (Pimpinella Anisum): usar o infuso de 1 colher de café dos frutos em 150 mL de água fervente. Sugere-se o uso de até
2 xícaras/dia. O óleo essencial é contraindicado para uso interno durante a gravidez e o aleitamento. Pode provocar reação
alérgica ocasional da pele, trato respiratório ou trato gastrointestinal (UFSC, 2022);

Urtiga (Urtica Dióica): é uma planta bem tolerada e rica em aminoácidos, lipídeos, b-caroteno, vitamina B1, B5 ou ácido
pantotênico, B2 ou riboflavina, ácido ascórbico, vitamina K1, sais minerais, ferro, cálcio, sílica, fósforo, enxofre, sódio,
potássio, cloro, magnésio, manganês, traços de cobre e zinco, clorofila alfa e beta. O uso popular recomenda o seu uso para
aumentar a produção de leite. Usar o infuso de 1 colher de chá de folhas picadas para 150 mL de água fervente, tomar 3 xícaras
por dia por sete dias (UFSC, 2022).

Site
Consulte o site Tropics® e conheça as caraterísticas das plantas citadas por meio da galeria de fotos. Você
também pode consultar o site do Horto Didático do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa
Catarina.

Tropics
Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Horto Didático
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ACESSE
A literatura, pautada no saber popular, também cita alguns alimentos e frutas úteis para estimular a lactação, como ilustra o Quadro 1:

Quadro 1 – Lista de alimentos e frutas úteis para lactação

Alimentos
Frutas
(Cereais, Hortaliças e Sementes)

Agrião;
Amoras;
Amendoim;
Morangos;
Amêndoas;
Laranja-lima;
Arroz integral;
Lima-da-pérsia;
Aveia;
Fruta-do-conde;
Avelã;
Mamão;
Canjica;
Uva;
Castanha-do-pará;
Melão;
Milho e derivados;
Banana;
Nozes;
Coco;
Trigo integral;
Figo;
Beterraba;
Maçã;
Cenoura;
Mamão;
Couve;
Pêra.
Espinafre.

                                Fonte: Adaptado de BIAZZI 1994; SPETHMANN 2004

Acredita-se que plantas, alimentos e frutas citadas nesta unidade possam trazer algum benefício aos seguintes grupos de mulheres:

Mães adotivas ou mães que aguardam seus filhos nascerem de uma barriga de aluguel: indução da lactação em mulheres que
não estavam grávidas;

Relactação: reestabelecimento da lactação após o desmame;

Aumentar um suprimento insuficiente de leite decorrente de separação mãe-filho por doença materna ou do lactente.

Nessa situação, a prescrição mais frequente dos galactagogos tem sido para as mães de prematuros durante a permanência em unidades de
terapia intensiva neonatais, associada à ordenha manual ou mecânica (CHAVES et al., 2008).
Sugestão de Formulações de Sucos e Leites Vegetais Associados com Infusos de
Plantas Medicinais

Suco para auxiliar a produção de leite materno e calmante: 5 g de fruto seco de erva-doce (Pimpinella anisum) ou funcho
(Foeniculum vulgare Mill) ou anis-estrelado (Illicium verum); 5 g de erva-cidreira (Lippia alba L); 1 fruta; 200 mL de água de
coco e 200 mL de água;

Modo de preparo: prepare o infuso com as plantas medicinais. Depois, coloque o infuso frio
dentro do liquidificador juntamente com a água de coco e uma fruta. Bata tudo muito bem e
o suco estará pronto. Beba pela manhã, de preferência em jejum, e ao se deitar. Usar por
sete dias;

Suco estimulante da produção de leite: 5 g de fruto seco de erva-doce (Pimpinella anisum) ou funcho (Foeniculum vulgare Mill)
ou anis-estrelado (Illicium verum), 3 folhas de couve, 2 colheres de sopa de agrião, 2 cenouras, 200 mL de água de coco e
200 mL de água;

Modo de preparo: passe pela centrífuga. Beba pela manhã, de preferência em jejum, e ao se


deitar. Usar por sete dias;

Leite de castanha-do-pará: as castanhas-do-pará são conhecidas como “pílulas da felicidade”. Cada uma possui 60 mcg de
selênio, um importante antioxidante e que ajuda na depressão e ansiedade pós-parto. É rico em vitaminas E e B1 e auxilia na
geração de energia para a mulher. Também auxilia no ganho de peso dos bebês, pois torna o paladar do leite mais saboroso;

Modo de preparo: deixe 1 copo de castanhas pré-lavadas de molho por cerca de oito horas.
Bata com 4 copos de água – sempre filtrada ou mineral – para obter 3 copos de leite. Por
ser um leite mais gorduroso, o leite de castanhas precisa ser coado quatro vezes. Associar o
infuso de uma das plantas galactagoga 50/50;

Leite de amêndoas: possui maior teor de proteínas que a maioria das demais oleaginosas. A amêndoa é rica em vitamina E,
cálcio, ferro e antioxidantes, como flavonoides, quercetina, campferol, magnésio, cálcio, fósforo, potássio, sódio e cloro. O
magnésio, juntamente com o cálcio, tem um papel estrutural e confere dureza aos nossos ossos. Ainda, torna o paladar do leite
mais saboroso;

Modo de preparo: 1 xícara de amêndoas e 4 xícaras de água gelada. Colocar as amêndoas


em água fervendo por 5 a 7 minutos para soltar a casca. Descasque-as. Depois de
descascadas, deixe-as de molho por uma noite. Coloque-as no liquidificador e misture aos
poucos a água, batendo por 3 a 4 minutos até formar um leite homogêneo. Coe em tecido.
Volte a coar cinco a dez vezes. Associar o infuso de uma das plantas galactagoga 50/50.

Plantas Medicinais e Problemas Relacionados aos Mamilos


Nos primeiros dias após o nascimento do bebê, podem surgir problemas relacionados aos mamilos, requerendo apoio à mulher para a resolução
das dificuldades apresentadas. Dentre as possíveis queixas das parturientes, deparamo-nos na prática com: fissuras mamárias, dor no mamilo,
ingurgitamento mamário e até complicações como a mastite.

Além dos recursos farmacológicos, a literatura cita o uso de algumas plantas medicinais para problemas relacionados aos mamilos. O protocolo
de fitoterapia de enfermagem do município de Betim/MG, de Londrina/PR, o Formulário Nacional de Fitoterápicos e o Memento Terapêutico
Fitoterápico apresentam algumas formulações fitoterápicas.
Vamos conhecê-las?

Babosa [Aloe vera (L.) Burm. f.]: é uma planta rica em polissacarídeos, triterpenos e esteroides, além de apresentar ação
cicatrizante (BRASIL, 2011). Pode ser indicada para fissuras mamárias e alívio rápido de dor nos mamilos. Sugere-se o uso do
gel in natura da babosa (70 g de gel in natura diluído em 30 mL de água) para o alívio rápido da dor. Para fazê-lo, é necessário
cortar uma folha de babosa e, depois, extrair o gel. Aplique três a quatro vezes ao dia o gel fresco sobre as áreas afetadas e o
deixe secar por conta própria. Antes das mamadas, lave os mamilos com água morna. Nunca alimente o bebê sem retirar
completamente a babosa com água, pois ela pode causar diarreia em bebês pequenos. O gel hidroalcóolico ou pomada de
extrato glicólico de babosa de 10% é outra opção para ser utilizada nas áreas afetadas, de uma a três vezes ao dia (BETIM,
2011);

Couve-folha (Brassica Oleracea L.) e repolho (Brassica oleracea var. capitata): são ricos em vitamina A, vitamina C, vitamina
B2, vitamina B3, vitamina B5, vitamina K e bioflavanoides. Recomenda-se a aplicação de folha de repolho ou couve resfriada ou
associada à bolsa de gel fria para o alívio de sintomas ou de dor secundária ao ingurgitamento. A compressa fria provoca
vasoconstrição temporária, que leva à diminuição do fluxo sanguíneo, do edema e da drenagem linfática, reduzindo a produção
de leite quando aplicada sobre a mama ingurgitada. Destaca-se a necessidade de uma higiene efetiva das folhas para evitar o
surgimento e a proliferação bacteriana, desencadeando processo infeccioso, via poro mamilar ou trauma (SOUZA et al., 2012);

Calêndula (Calendula O cinalis L.): é rica em óleo essencial, terpenos, saponinas, flavonoides e antocianinas. Apresenta ação
anti-inflamatória, antisséptica e cicatrizante (BRASIL, 2011; BRASIL, 2016). Pode ser indicada para fissura mamária, alívio de
inchaço, dor nos mamilos, mastite e dermatites de fralda. Sugere-se o uso de gel, creme ou pomada de calêndula de 10%
aplicado nos mamilos afetados três vezes ao dia por cinco a dez dias. A compressa de solução de calêndula a 5% aplicada no
bico do peito entre as mamadas auxilia na cicatrização da fissura. Outra opção é aplicar cataplasma de 1 a 2 flores de calêndula
esmagadas sobre a área afetada e deixá-la secar. A mistura de partes iguais de óleo de calêndula e óleo de coco extravirgem
aquecida pode ser usada sobre os mamilos doloridos por meio de massagem suave. O creme de calêndula 10% + óxido de zinco
pode ser orientado em casos de dermatites de fraldas, aplicado no local afetado três vezes ao dia ou a cada troca de fralda
(BETIM, 2011);

Camomila (Chamomilla Recutita L.): é uma planta rica em flavonoides e óleo essencial. Possui propriedade anti-inflamatória
(BRASIL, 2011; BRASIL, 2016), sendo indicada para fissuras mamárias, alívio dos desconfortos associados com mamilos
doloridos, mastite, dermatite de fralda, brotoejas, erupção dentária e monilíase oral (“sapinho”) infantil. Pode ser aplicada na
forma de compressa morna alternada com fria (utilizar a infusão preparada com 30-100 g de droga vegetal em 1.000 mL de
água) para tratar fissuras mamárias, mamilos doloridos e mamas ingurgitadas durante 20 minutos. Antes da amamentação,
lavar a área com água morna. Também se recomenda o infuso de camomila duas vezes por dia como inflamatório. O creme, a
loção ou a pomada de extrato glicólico camomila 10% pode ser aplicada sobre as dermatites e brotoejas do bebê e o uso de
spray de camomila 10% ou gel oralbase até oito vezes ao dia para erupção dentária e monilíase infantil (BETIM, 2011);

Óleo de coco extravirgem (Cocos nucifera): tem ação anti-inflamatória, bactericida e fungicida. Pode ser indicado para fissura
mamária, para alívio do ingurgitamento mamário e problemas de pele. Recomenda-se associá-lo à técnica de Gua-Sha ou
massagem manual das mamas para alívio do ingurgitamento. Após a massagem, deve-se orientar a parturiente a ordenhar, já
que há uma melhor drenagem do leite, as mamas ficam macias e há alívio da dor (SOUZA et al., 2012);

Cavalinha (Equisetum arvense L.): é uma planta que apresenta, na sua composição química, terpenos, cumarinas, alcaloides,
mucilagens, minerais, flavonoides e saponinas. Tem ação diurética, hidratante, cicatrizante e anti-inflamatória. É indicada
para pele excessivamente seca e para a prevenção de fissuras mamárias. Pode ser usada na forma de creme de cavalinha a 10%,
aplicando três vezes ao dia ou associada à calêndula ou ao óleo de semente de uva. Nesse caso, utiliza-se loção de calêndula 5%
+ cavalinha 5% ou loção de cavalinha 5% + óleo de semente de uva 5% para potencializar a ação hidratante e emoliente. A
aplicação deve ser no local duas a três vezes ao dia (BETIM, 2011);

Alecrim (Rosmarinum o cinalis L.): apresenta ação anti-inflamatório (BRASIL, 2011), sendo indicado para aliviar o
desconforto dos mamilos dolorido e mamas ingurgitadas. Recomenda-se o uso de compressa quente alternada com fria
(preparar uma infusão com 3-6 g (2 colheres de sopa) em 150 mL de água) (UFSC, 2022; SOUZA et al., 2012). Molhe uma gaze
com o infuso de alecrim e coloque no local afetado por dez minutos antes da amamentação. Repita duas vezes ao dia até aliviar
os desconfortos do mamilo dolorido e ingurgitado. A compressa quente usada alternadamente com a compressa fria mostra-
se mais efetiva para alívio da dor relacionada ao ingurgitamento quando comparada ao uso de calor. O uso de calor isolado pode
levar ao alívio da dor, mas pode aumentar o ingurgitamento, por promover vasodilatação. (SOUZA et al., 2012). Também pode
ser orientado o uso de cataplasma de alecrim com argila verde. Nesse caso, deve-se misturar 2 colheres de argila verde com
um pouco de infuso de alecrim até formar uma pasta de consistência semilíquida. Aplicar sobre a pele no local da dor, por uma
hora. Após, deve-se retirar o cataplasma de argila. A aplicação deve ocorrer duas vezes por semana e deve perdurar por três
meses como manutenção.

As informações técnico-científicas ainda são insuficientes e controversas a respeito do uso de plantas medicinais, alimentos e frutas na lactação
para estimular a produção do leite. Dessa forma, estudos clínicos e metanálises devem ser produzidos para se avaliar o real efeito do uso das
plantas medicinais durante o período de aleitamento materno, principalmente no que diz respeito ao princípio ativo responsável pelo efeito
galactagogo e à dosagem recomendada para o consumo dessas plantas pelas puérperas (MILLS et al., 2006). A atualização frequente sobre o uso
de plantas medicinais poderá auxiliá-lo a qualificar suas informações sobre segurança e toxicidade de espécies vegetais durante a lactação.
Desejamos, assim, que você esteja sensibilizado, ao final da disciplina, a colocar em prática os conhecimentos adquiridos aqui.

Agora, vamos conhecer as plantas que podem apresentar, na sua composição, princípios ativos contraindicados (abortivos ou teratogênicos) ou
ação emenagoga que justifica o seu uso com cautela e orientado durante a gravidez.

Plantas Contraindicadas na Gestação


As informações para o uso de plantas medicinais na gestação e lactação ainda são insuficientes e controversas (MILLS, 2006; GABAY, 2002).
Atualmente, há poucos estudos teóricos descritos em animais, relatos de casos e estudos clínicos sobre segurança de plantas medicinais na
gestação e na lactação. Por isso, é fundamental conhecer os compostos químicos e os efeitos indesejáveis que eles podem ocasionar durante a
gestação.

Plantas que apresentam na sua composição ácido aristolóquico I e II, alcaloides pirrolizidínicos, tujonas, metafuranos, ascaridol ou plantas ou
substâncias com ação emenagoga devem ter seu uso restrito ou impedido durante a gestação, pois podem ter efeito embriotóxico, teratogênico e
abortivo (SIMÕES, 2007). 

Como ocorre com alguns medicamentos sintéticos, o consumo de plantas medicinais por gestantes deve levar em conta a relação risco-
benefício, como podemos perceber a seguir.

Grupo de plantas medicinais com efeito abortivo e emenagogo contraindicadas na gestação, destacam-se: canela
(Cinnamomum verum), cravo (Syzygium aromaticum), folhas do café (Co ea arabica), quitoco (Pluchea sagittalis), aroeira
(Schinus terebinthifolius), camomila (Chamomilla recutita), erva-doce (Pimpinella anisum), capim-limão (Cymbopogon citratus),
figatil (Vernonia condensata), carqueja (Baccharis trimera), folhas secas do boldo-do-chile (Peumus boldus), boldo-de-jardim
(Plectranthus barbatus Andr.), marcela [Achyrocline satureioides (Lam.) DC.], artemísia (Artemisia absinthium L.), arruda (Ruta
graveolens), boldo-do-chile (Peumus boldus), boldo-baiano (Vernonia condensata Baker), buchinha-do-norte (Lu a
operculata), confrei (Symphytum o cinale), catinga-de-mulata [Chrysanthemum partnenium (L.) Bernh], hortelã-de-jardim e
hortelã-pimenta (Mentha x piperita e Mentha arvensis L.), funcho (Foeniculum vulogare L.), guaco (Mikania glomerata Spreng),
algodoeiro (Gossypium barbadense L.), erva-doce (Pimpinella anisum L.), aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), o uso oral da
babosa (Aloe vera L.), alecrim (Rosmarinus o cinalis L.) e arnica (Arnica Montana L.). Essas plantas podem provocar o
relaxamento do útero, estimular o sangramento e o aborto espontâneo (MILLS et al., 2006);

Grupo de plantas com efeito teratogênico contraindicadas na gestação: destacam-se: confrei (Symphytum o cinale. L.),
mentrasto (Ageratum conyzoides); losna (Artemisia absinthium), sálvia (Salvia o cinalis), arruda (Ruta graveolens), rainha das
ervas (Tanacetum parthenium), poejo (Mentha pulegium L e Cunila microcephala Benth.), melão-de-são-caetano (Momordica
charantia L.); erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L.), cipó-mil-homens (Aristolochia triangularis), copaíba
(Copaifera sp.), dentre outras (MILLS et al., 2006; CLARKE et al., 2007);
Grupo de plantas com risco aumentado de constrição prematura do ducto arterioso com contraindicadas no último trimestre
da gestação: os alimentos ricos em polifenóis e flavonoides (resveratrol e antocianinas) presentes em suco de uva integral
100% tinto, verduras, frutos, chás e bebidas, com efeito anti-inflamatório e antioxidante cientificamente comprovado, com
capacidade de interferir na rota metabólica das prostaglandinas, por meio da inibição da Ciclo-oxigenase-2 (COX-2) ou do
ácido araquidônico, podem induzir tal efeito, como os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs).

Plantas Contraindicadas para Lactação


As principais plantas contraindicadas na lactação são (MILLS et al., 2006):

Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart ex Reissek), alcachofra (Cynara escolimus), sálvia (Salvia o cinalis), pêssego (Prunus
pérsica), tanaceto (Tanacetum parthenium), artemísia (Tanacetum vulgare), por causar redução do leite e sabor amargo no leite;

Cavalinha (Equisetum arvense L.) (deficiência de vitamina B1);

Quebra-pedra (Phyllanthus niuri Linn), alho (Allium sativum), ruibarbo (Rheum palmatum L.), cáscara-sagrada (Rhamnus
purshiana D.C), sene (Sena alexandrna Mill), por causar cólicas e diarreia do lactente;

Cimicífuga (Cimicifuga racemosa), por causar irritação do trato digestivo dos lactentes;

Ginseg (Panax ginseng), pois pode causar androgenização. A androgenização em mulheres pode induzir acne, seborreia,
alopecia androgenética e hirsutismo.

Site
Associação Brasileira de Fitoterapia 
Conheça uma lista de várias plantas medicinais contraindicas para uso interno durante o primeiro
trimestre gestacional e lactação cujos estudos toxicológicos são controversos. Acesse o site da Associação
Brasileira de Fitoterapia e conheça a justificativa exposta pela Resolução SES/RJ nº 1.757, de 18 de fevereiro
2002. Depois, analise a relação risco-benefício ao indicar o uso de plantas medicinais para gestantes e
lactantes durante sua prática clínica.

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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Vídeo  

Webconferência sobre Plantas Medicinais na Gestação 

  Leitura  

Plantas Medicinais para Uso na Gravidez, Parto e Durante a Amamentação

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Risco das Plantas Medicinais na Gestação: uma Revisão dos Dados de acesso Livre em
Língua Portuguesa
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Quais Plantas Medicinais Podem ser Utilizadas Durante a Gestação? – BVS Atenção Primária
em Saúde

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Mapa de Evidência Efetividade Clínica das Plantas Medicinais Brasileiras da BVS MTCI

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ʪ Referências

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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento Fitoterápico: farmacopeia brasileira. Brasília, DF: Anvisa, 2016. Disponível em:
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<https://hortodidatico.ufsc.br/>. Acesso em: 28/08/2022.

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